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Registro: 2020.0000353347
ACÓRDÃO
PAULO ROSSI
Relator
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Recurso provido.
Vistos.
para uma empresa chamada Integration que, por sua vez, não cumpriu com o
pagamento. O interrogando esperava que, com a venda da carteira, restituiria
a Danúbio. Teve que ingressar com uma ação contra a Integration. Indagado,
respondeu que nunca pagou contas pessoais com o dinheiro da vítima. Não
teve má-fé e reconhece culpa, revelando vontade de restituir o prejuízo à
vítima (sistema audiovisual).
A representante do condomínio vítima, Eveline
Schvartz Zarenczansky, em juízo, disse que é síndica do condomínio Danúbio
desde 2003 e já naquela época o prédio era administrado pela Embrac. Tinha
uma conta própria do condomínio e a Embrac fazia os lançamentos dos
salários dos funcionários pela internet e os demais pagamentos eram feitos
por cheques assinados pela depoente. Ao longo de 15 anos, a conta seguia
otimamente. Em outubro, a depoente saiu de viagem e quando retornou,
notou falta de dinheiro na conta do condomínio. Ligou imediatamente para o
Banco Santander e pediu o bloqueio da conta. No dia seguinte, compareceu à
agência e constatou 04 lançamentos que não foram feitos pela depoente.
Além das contas normais do condomínio, tinha 03 pagamentos de contas de
água de outros condomínios que desconhece e 01 transferência para conta da
Embrac. Com ajuda dos funcionários do banco, concluiu que os lançamentos
foram feitos pelo acusado. Soube então que a Embrac tinha livre acesso à
conta. Diante dos fatos, tentou entrar em contato com a administradora, mas
não obteve êxito. Em 15 anos de contrato com a Embrac nunca teve
problemas e sempre confiou na empresa. Depois soube pela gerente da
Embrac que a situação financeira estava ruim. A depoente concluiu que
fizeram da conta do seu condomínio uma conta pool, isto é, utilizaram do
dinheiro da conta particular do seu condomínio para pagamento de contas de
outros condomínios. A Embrac funcionava com 2 sistemas: conta
réu. 4. Se ilícito há, pertence ele a esfera civil, onde a perlenga deve ser
resolvida. Precedente (STF, AP 480, Min. AYRES BRITTO, Relator(a) p/
Acórdão: Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 11-3-2010,
DJe-173 DIVULG 16-09-2010 PUBLIC 17-09-2010 EMENT VOL-02415-01
PP-00065). 5. Recurso provido. Réu absolvido. (Acórdão 498867,
20090110671043APR, Relator: SILVÂNIO BARBOSA DOS SANTOS, ,
Revisor: JOÃO TIMÓTEO DE OLIVEIRA, 2ª Turma Criminal, data de
julgamento: 14/4/2011, publicado no DJE: 29/4/2011. Pág.: 186)