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Matheus Martins Fernandes

Direito penal
Jeane Toledo
5° Período Matutino

1) Pela prática do crime de estelionato (artigo 171, caput, do CP), em


continuidade delitiva (artigo 71, do CP), Valfrido é denunciado pelo Ministério
Público Estadual. Quando do oferecimento da denúncia, o Promotor de Justiça
deixa de oferecer a proposta de suspensão condicional do processo, ao
argumento do descabimento da medida. No caso:
a) o Promotor de Justiça não pode oferecer a suspensão condicional do
processo porque tal medida não tem cabimento em crimes contra o patrimônio;
b) o Promotor de Justiça não pode oferecer a suspensão condicional do
processo porque tal medida não tem cabimento à hipótese de estelionato;
c) a suspensão condicional do processo não tem cabimento, já que a
continuidade delitiva impõe somatório que eleva de um ano a pena base;
d) a suspensão condicional do processo somente pode ser oferecida em
hipótese de infrações de menor potencial ofensivo;

2) Com base no que dispõe a Código Penal acerca dos crimes contra o
patrimônio, considere:
I. No crime de roubo, não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo
valor não excede a quota a que tem direito o agente. II. No crime de extorsão,
aumenta-se a pena de um terço até metade, se for cometido por duas ou mais
pessoas, ou com emprego de arma. III. No crime de roubo, a pena aumenta-se
de 2/3, se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de
explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. IV. No crime de
furto, a pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o
repouso noturno.
Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II, III e IV.
3) Tidão, primário, durante o cumprimento de pena privativa de liberdade
decorrente de sentença penal condenatória transitada em julgado pela prática
de roubo, rasga, em várias partes, o lençol que lhe foi fornecido pela Secretaria
de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) com o intento de fazer
um varal para que suas roupas lavadas pudessem secar com maior rapidez. O
agente penitenciário de plantão, durante o confere diário do efetivo, ao adentrar
a cela de Tidão percebe o dano causado ao item e comunica, imediatamente, à
direção da unidade prisional. Com isso, o fato chega ao conhecimento do
Ministério Público que oferece a peça vestibular acusatória por dano ao
patrimônio público (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal),
dando início à demanda penal.
Considerando a doutrina pátria garantista sobre a teoria do crime e a
jurisprudência ventilada no Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que
Tidão deverá ser:

a) responsabilizado penalmente, considerando que seu comportamento se


adequou formalmente aos elementos do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do
Código Penal. Além disso, embora Tidão tenha apenas inutilizado um lençol
que lhe foi fornecido pelo Estado, considerando a Súmula 599 do Superior
Tribunal de Justiça (“O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes
contra a administração pública”), não poderá ser utilizado o princípio da
bagatela, observada, portanto, a tipicidade material;
b) absolvido sumariamente. Analisando o caso apresentado diante do
conceito estratificado de infração penal, embora seu comportamento tenha se
adequado aos elementos descritos abstratamente no Art. 163, parágrafo único,
inciso III, do Código Penal, ele agiu acobertado pelo erro de proibição direto
invencível, sendo gerada em seu favor a exclusão da culpabilidade;
c) absolvido sumariamente. Analisando o caso apresentado diante do
conceito estratificado de infração penal, constata-se a atipicidade formal. Isso
porque o crime de dano é considerado, segundo entendimento doutrinário
defensivo, delito de intenção, não sendo observado, no caso apresentado, o
elemento subjetivo especial do injusto expressamente previsto em lei. Além
disso, também é motivo para sua absolvição a atipicidade material, pois,
conforme precedentes do Supremo Tribunal Federal, tem-se a orientação de
que o cometimento de conduta em prejuízo da administração pública não
impede, a princípio, a incidência do princípio da bagatela, pois devem ser
avaliadas as especificidades do caso concreto;
d) absolvido sumariamente. Analisando o caso apresentado diante do
conceito estratificado de infração penal, embora sua conduta tenha se
adequado formalmente aos elementos descritos abstratamente no Art. 163,
parágrafo único, inciso III, do Código Penal, poderá, em sua defesa, ser
utilizado o princípio da bagatela imprópria e a consequente atipicidade material,
pois, conforme precedentes do Supremo Tribunal Federal, tem-se a orientação
de que o cometimento de conduta em prejuízo da administração pública não
impede, a
princípio, a incidência do princípio da bagatela imprópria, pois devem ser
avaliadas as especificidades do caso concreto;
e) sumariamente. Analisando o caso apresentado diante do conceito
estratificado de infração penal, constata-se a atipicidade formal. Isso porque o
crime de dano é considerado, segundo entendimento doutrinário defensivo,
delito de tendência, não sendo observado, no caso apresentado, o elemento
implícito e subjetivo especial do injusto. Além disso, também é motivo para sua
absolvição a atipicidade material, pois, conforme precedentes do Supremo
Tribunal Federal, tem-se a orientação de que o cometimento de conduta em
prejuízo da administração pública não impede, a princípio, a incidência do
princípio da bagatela, pois devem ser avaliadas as especificidades do caso
concreto.
4) Sérgio, no dia 01/10/2023, se aproxima de Stênio, que caminhava
fumando tranquilamente pela rua, e lhe solicita um cigarro. Stênio, gentilmente,
ao tentar pegar o maço de cigarro que estava em sua mochila, é surpreendido
por Sérgio, que tenta arrebatá-la. Imediatamente, Stênio entra em luta corporal
com Sérgio para que ele não consiga subtrair sua mochila com seus pertences.
Durante a contenda, Sérgio morde a orelha de Stênio e, em razão disso, acaba
conseguindo se desvencilhar, saindo correndo e abandonando a mochila. O
fato é presenciado por transeuntes que, imediatamente, acionam policiais
militares que passavam em ronda pelo local. Sendo assim, Sérgio é preso em
flagrante e conduzido à Delegacia de Polícia.
Considerando o fato narrado, é correto afirmar que sua conduta se adequou
formalmente aos elementos descritos no:

a) Art. 157, caput, do Código Penal (roubo simples);


b) Art. 157, §1º, do Código Penal (roubo impróprio);
c) Art. 155, caput c/c Art. 129, caput, ambos do Código Penal (furto simples
em concurso com lesão corporal);
d) Art. 157, caput n/f do Art. 14, inciso II, do Código Penal (roubo simples
na forma tentada);
e) Art. 155, caput n/f do Art. 14, inciso II c/c Art. 129, caput, todos do
Código Penal (furto simples tentado em concurso com lesão corporal).

5) Na ação penal nº xxxx-xxx-xx, Maria da Graça, 52 anos, foi denunciada


pelo Ministério Público pelo crime de estelionato (Art. 171, caput, do Código
Penal), em razão de ser a responsável pela empresa de móveis pré-moldados
Novotrato Ltda. Narra a inicial acusatória que a denunciada, em 08/02/2016, foi
procurada por Elias de Lima, que, após pesquisa de mercado sobre o melhor
preço, intencionou adquirir bens no valor total de R$ 2.600,00 no referido
estabelecimento comercial. Apesar do pagamento da contrapartida, os móveis
não foram entregues no prazo estipulado, razão pela qual Elias decidiu
desfazer o negócio, porquanto se sentiu lesado enquanto consumidor. De
acordo com as declarações prestadas perante a autoridade policial, a suposta
vítima, ao entrar em contato com Maria da Graça para desfazer o contrato em
razão do inadimplemento da empresa, recebeu três cheques. Entretanto, ao
tentar sacar os valores, estes não possuíam provisão de fundos, motivo pelo
qual realizou o Boletim de Ocorrência. Instaurado o inquérito policial, foram
juntados documentos e ouvida Maria da Graça, que confirmou as informações
prestadas pela vítima, justificando que não dispunha do valor para pagamento,
pois investira o dinheiro na produção dos móveis do contrato cancelado pelo
ofendido. Ainda assim, antes da deflagração da ação penal, Maria da Graça
devolveu a Elias o valor de R$ 1.600,00. A denúncia foi apresentada em
15/03/2016 e a ré, citada pessoalmente, recusou a proposta de sursis (Art. 89
da Lei nº 9.099/1995). Assim, recebida a embrionária acusatória em
25/05/2016, foi realizada a instrução processual, na qual Elias reiterou a versão
prestada no inquérito policial e ratificou seu desejo na continuidade da
persecução penal. A denunciada não foi interrogada e qualificada na instrução
por não ter sido localizada no endereço dos autos para intimação da audiência,
razão pela qual foi declarada revel. A instrução se encerrou em 20/06/2022. O
Ministério Público apresentou alegações finais pela condenação, lastreando
sua manifestação no depoimento da vítima, no depoimento da ré prestado no
procedimento extrajudicial e na documentação aduanada nos autos. Encerrada
a instrução, foram os autos à defesa técnica para memoriais escritos.
Diante dessa situação problema, sua defesa técnica deverá arguir:

a) preliminarmente a nulidade da declaração de revelia de Maria da Graça,


pois não foi intimada pessoalmente da audiência de instrução e julgamento. No
mérito, requer desclassificação para o delito de apropriação indébita, em razão
da ausência de fraude, haja vista que a Súmula do Supremo Tribunal Federal
nº 246 orienta que, comprovado não ter havido fraude, não se configura o
crime de emissão de cheques sem fundo;
b) processo regularmente instruído sem preliminares de nulidade. No
mérito, sustentar que o caso narrado se trata de fato atípico, pois não se
configura o crime de estelionato quando não há engodo preordenado, emprego
doloso de meio fraudulento para iludir a vítima a prejuízo, obtendo vantagem
ilícita;
c) preliminarmente a nulidade da declaração de revelia de Maria da Graça,
pois não foi intimada pessoalmente da audiência de instrução e julgamento. No
mérito, pugnar pela absolvição por falta de provas, haja vista que as alegações
da acusação são fundadas exclusivamente em prova oral fornecida pela vítima.
Além disso, sustentar a ocorrência da prescrição virtual, nos termos do
entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça;
d) no mérito, requer desclassificação para o delito de apropriação indébita
com reconhecimento da atenuante da confissão espontânea e do
arrependimento posterior (Art. 16 c/c Art. 65, III, “d”, do Código Penal) em
razão desta ter devolvido parte da quantia a Elias e pela utilização do teor do
depoimento prestado pela ré, em sede de inquérito policial, apresentado pelo
Ministério Público no bojo de suas alegações finais para fundamentar sua
opinio condenatória;
e) preliminarmente a nulidade da declaração de revelia de Maria da Graça,
pois não foi intimada pessoalmente da audiência de instrução e julgamento.
Requerer a conversão do julgamento em diligência para apresentação pelo
Ministério Público de proposta de acordo de não persecução penal do Pacote
Anticrime (Lei federal nº 13.964/2019), pois o novel diploma legal à espécie se
trata de reformatio in mellius, fazendo a denunciada jus ao benefício legal,
ainda que o processo esteja em curso.

6) Em determinado mercado, ao suspeitar do comportamento de uma pessoa,


o gerente dirigiu-se à sala de monitoramento, passando a acompanhar a
movimentação no interior do estabelecimento. Em certo momento, viu quando o
sujeito colocou duas garrafas no interior da sua calça e se dirigiu à saída da
loja. Ainda de dentro da sala, acionou um fiscal de salão, pelo rádio,
determinando que o sujeito fosse parado. Em razão do movimento da loja, o
fiscal não conseguiu se deslocar a tempo, tendo o sujeito saído à rua e sido
contido por populares, após gritos de “pega ladrão”. Com a chegada da Polícia
Militar, o sujeito retirou as garrafas de dentro da calça, sendo constatado que
se tratava de duas unidades de whisky importado, no valor unitário de R$
1.500,00. Diante do cenário, a respeito da conduta praticada pelo sujeito, é
correto afirmar que:
a) configura furto consumado, pois a existência de vigilância, por si só, não
afasta a viabilidade da conduta;
b) caracteriza crime impossível, por ineficácia absoluta do meio, diante do
monitoramento realizado;
c) caracteriza crime impossível, por absoluta impropriedade do objeto,
diante do monitoramento realizado;
d) caracteriza crime impossível, por absoluta impropriedade do modo de
execução, diante do monitoramento realizado;
e) configura furto tentado, pois a perseguição realizada impediu a
consumação do delito.

7) Ao tentar sacar parcela do seguro-desemprego a que fazia jus, Mário foi


informado, por funcionário da Caixa Econômica Federal, em Niterói/RJ, de que
tais valores haviam sido previamente sacados por terceiro não identificado em
agência da mesma instituição bancária, localizada em João Pessoa/PB.
Investigada a ação, constatou-se que o modus operandi consistia em saques
efetuados em autoatendimento ou lotéricas, com utilização de cartão cidadão
emitido pelo Ministério do Trabalho, sem a prévia solicitação dos beneficiários,
cujos endereços de entrega foram indevidamente alterados.
Diante desse cenário, é correto afirmar que se trata de:

a) estelionato, consumado em João Pessoa;


b) furto mediante fraude, consumado em João Pessoa;
c) estelionato, consumado em Niterói;
d) furto mediante fraude, consumado em Niterói;
e) estelionato, consumado sem lugar definido.

8) João e Mário se ajustaram previamente para subtrair, mediante grave


ameaça exercida com emprego de arma de fogo, bens do interior da residência
das vítimas Ana e Bianca. João desejava apenas subtrair os bens para pagar
dívidas. No decorrer do assalto, Mário desferiu tiros em Ana que lhe causaram
a morte. No caso de condenação, deverão ser aplicadas a João as penas do
delito de

a) latrocínio culposo.
b) roubo majorado pelo concurso de agentes e emprego de arma de fogo,
com aumento até a metade caso fosse previsível o resultado mais grave.
c) latrocínio, apenas se fosse previsível o resultado mais grave.
d) latrocínio, pois João agiu com dolo eventual.
e) latrocínio, com a diminuição de pena de um sexto a dois terços.

9) De acordo com os tipos penais previstos no Código Penal, é INCORRETO


afirmar:
a) Visando conferir maior proteção em razão da vulnerabilidade
apresentada, o Código Penal determina que a pena deva ser dobrada, caso o
crime de estelionato seja cometido contra idoso.
b) Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de
alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a
vítima ou contra terceiro caracteriza a prática do crime denominado Extorsão
Indireta.
c) Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia por motivo egoístico ou com
prejuízo considerável para a vítima constitui crime processado mediante ação penal
privada.
d) Repetindo previsão específica contida no crime de furto, o legislador
pátrio fez incidir no delito de roubo uma qualificadora caso haja subtração de
veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o
exterior.
10) Sobre as alterações trazidas pela Lei n.13.964/2019 (Pacote Anticrime), é
correto afirmar que:
a) seguindo o anseio legislativo de maior recrudescimento penal, o limite
de cumprimento das penas privativas de liberdade poderá alcançar o patamar
de quarenta anos, independentemente do momento da prática do delito;
b) ainda que surtam efeitos na execução da pena e, portanto, no sistema
carcerário, o crime de roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo
(Art.
157, §2º-A, I, do Código Penal) passou a ser considerado hediondo;
c) o juiz não poderá receber a denúncia apenas com fundamento nas
informações das declarações do réu que realizou a colaboração premiada, mas
poderá decretar medidas cautelares reais;
d) a exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá após dez
anos do término do cumprimento da pena dos crimes graves contra a pessoa;
e) o cumprimento e/ou rescisão do acordo de não persecução penal é/são
causa(s) interruptiva(s) da prescrição.

11) Durante evento na loja de uma operadora de telefonia móvel, Tereza,


aproveitando-se da distração dos funcionários, subtraiu para si um aparelho
celular. Ao chegar em casa, sua mãe descobriu o fato e a convenceu a
comparecer à delegacia para devolver o aparelho subtraído, o que foi por ela
feito no dia seguinte.
Diante dos fatos narrados, a conduta de Tereza configura:
a) furto na forma tentada, pois houve arrependimento eficaz;
b) furto na forma tentada, pois houve desistência voluntária;
c) atipicidade, em razão do arrependimento eficaz;
d) furto na forma consumada, com a causa de diminuição pelo arrependimento
posterior;
e) furto na forma consumada, sem causa de diminuição de pena, pois a
restituição da coisa não se deu de maneira espontânea.

12) Haroldo convence Bruna a aplicarem um golpe no casal de noivos Marcos


e Fátima, apresentando-se como organizadores de casamento. Após
receberem do casal vultosa quantia para a organização das bodas, Haroldo e
Bruna mudaram de cidade e trocaram de telefone. Percebendo que haviam
sido vítimas de um golpe, Marcos e Fátima registraram os fatos na delegacia,
demonstrando interesse em ver os autores responsabilizados pelo crime de
estelionato. Após o registro da ocorrência, Bruna, arrependida, por conta
própria, efetuou a devolução ao casal de parte do dinheiro que havia recebido.
Considerando que houve reparação parcial do dano:
a) a conduta de Haroldo e Bruna tornou-se atípica, tratando-se de mero
ilícito civil;
b) Haroldo responderá por estelionato consumado, enquanto Bruna terá
sua tipicidade afastada pela reparação parcial do dano;
c) Haroldo e Bruna responderão por estelionato, devendo Bruna ter sua
pena diminuída pelo arrependimento posterior;
d) Haroldo responderá por estelionato tentado, enquanto Bruna terá sua
tipicidade afastada pela reparação parcial do dano;
e) Haroldo e Bruna responderão por estelionato, sem a causa de
diminuição da pena pelo arrependimento posterior.

13) Múcio, com o objetivo de ter a posse de um carro, abordou Cláudia, que
dirigia devagar na saída de um estacionamento. Ao surpreendê-la, ele fez sinal
para que ela parasse e, após Cláudia sair do veículo, Múcio a colocou, com
violência, dentro do porta-malas, para impedir que ela se comunicasse com
policiais que estavam próximos ao local. Horas depois do crime, Múcio liberou
a vítima em local ermo. Nessa situação hipotética, a conduta de Múcio o sujeita
a responder pelo crime de
a) extorsão mediante sequestro.
b) roubo em concurso material com sequestro.
c) extorsão qualificada mediante a restrição da liberdade da vítima.
d) roubo qualificado, pelo agente ter mantido a vítima em seu poder,
restringindo-lhe a liberdade.

14) Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre os


crimes contra o patrimônio,
a) o sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por
existência de segurança no interior de estabelecimento comercial torna
impossível a configuração do crime de furto, em razão da absoluta ineficácia do
meio.
b) consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem
mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e
em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa
roubada, sendo imprescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
c) no caso de furto de energia elétrica mediante fraude, o adimplemento do
débito antes do recebimento da denúncia extingue a punibilidade.
d) não configura o delito de extorsão (art. 158 do Código Penal) a conduta
do agente que submete vítima à grave ameaça espiritual que se revelou idônea
a atemorizá-la e compeli-la a realizar o pagamento de vantagem econômica
indevida.
e) o aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo
circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a
sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.

15) Analise as proposições abaixo:


I – O crime de roubo próprio, previsto no art. 157, caput, do Código Penal,
consuma-se com a subtração da coisa sem grave ameaça ou violência, vindo o
agente a empregá-las posteriormente contra a vítima, com o fim de assegurar a
impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou terceira pessoa. II – O
emprego de “gazuas”, “mixas”, ou qualquer outro instrumento sem a forma de
chave, mesmo que apto a abrir fechadura, não qualifica o delito de furto. III – A
incidência da majorante do emprego de arma de fogo no roubo não prescinde
da apreensão e da perícia para verificação de seu potencial lesivo. IV –
Responde por tentativa de latrocínio tentado o agente que não consegue
subtrair a coisa alheia móvel, mas elimina a vida da vítima.
Assinale a alternativa correta:
a) Todas as proposições estão corretas.
b) Todas as proposições estão incorretas.
c) Somente a proposição II está correta.
d) Somente a assertiva III está incorreta.
e) Somente as assertivas I e III estão corretas.
16) Fulano, conhecido nos meios policiais pela prática de crimes contra o
patrimônio, decidiu abandonar temporariamente suas atividades delituosas
após conhecer Beltrana, por quem se apaixonara. A moça, no entanto,
conhecendo a má fama de Fulano, o rejeitou. Magoado, Fulano decidiu se
vingar e, durante uma festa na casa de amigos em comum, colocou sonífero na
bebida de Beltrana. Tão logo ela caiu no sono, Fulano a levou para um dos
quartos e, aproveitando-se de que ninguém o observava, subtraiu todas as
roupas de Beltrana, deixando-a nua, além de pilhar dinheiro e documentos que
ela levava em sua bolsa. Em seguida, ele evadiu da festa, levando consigo
todos os bens subtraídos. Nessa situação hipotética, conforme legislação
aplicável ao caso, o Fulano pratica crime de
a) roubo próprio.
b) roubo impróprio.
c) furto simples consumado.
d) furto qualificado pelo abuso de confiança.

17) JJ, frentista de um posto de gasolina e responsável pelo recebimento de


valores que recebia dos clientes, pretendendo ter uma noite especial com sua
namorada em um motel de luxo, resolve pegar do caixa pelo qual é o
responsável há mais de 5 (cinco) anos, a quantia de R$ 1.200,00 em dinheiro.
Para encobrir seu ato, emite e firma três notas fiscais falsas para pagamentos
posteriores, em nome de clientes. Nessa situação hipotética, conforme
legislação aplicável ao caso, o frentista pratica crime de a) estelionato.
b) furto qualificado mediante fraude.
c) furto qualificado pelo abuso de confiança.
d) apropriação indébita qualificada em razão do emprego.
18) No crime contra o patrimônio em que a coisa é subtraída e a violência é
praticada com a intenção de matar a vítima, sem que esta chegue a morrer,
a conduta é tipificada como tentativa de latrocínio, e não como roubo
consumado, nem como latrocínio consumado (art. 157 do CP), conforme
definido pela jurisprudência dominante no STJ. O texto é CERTO OU
ERRADO. EXPLIQUE.
Correto, pois a morte não chegou a ser consumada, somente o roubo dos bens
da vítima.

19) Sobre crime de roubo do artigo 157 do CP:


I - roubo próprio seria toda aquela subtração com emprego de violência a
pessoa, grave ameaça ou violência imprópria
II – violência imprópria é toda aquela em que a vítima fica impossibilitada
de apresentar resistência
III – roubo impróprio é aquele realizado com violência a pessoa, ou grave
ameaça, logo depois de subtraída a coisa, para assegurar a impunidade do
crime.
Assinalando as assertivas acima, verifica-se que;
a) Apenas a I está correta.
b) A I e II estão corretas.
c) Somente a II está correta.
d) Todas estão corretas.

20) Em relação à extorsão mediante sequestro qualificada:

I – a extorsão mediante sequestro que durar mais de 24 horas, é uma


forma qualificada.
II – a qualificadora do §1° do art. 159 do CP somente é aplicada às vítimas
entre 14 e 18 anos.
III – tanto o caput do art 159 CP, quanto as suas qualificadoras, são
hipóteses de crimes hediondos.

Estão corretas:
a) Somente III.
b) I e II.
c) II e III.
d) I e III.

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