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Dos Crimes Contra a Pessoa

Dos Crimes Contra a Vida - Homicídio


(2019 Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público) Com relação aos delitos
tipificados na parte especial do Código Penal, julgue o item subsecutivo.
A circunstância do descumprimento de medida protetiva de urgência imposta ao agressor, consistente na
proibição de aproximação da vítima, constitui causa de aumento de pena no delito de feminicídio.

GABARITO: CERTA

O Feminicídio é uma qualificadora do Homicídio, podendo ter sua pena aumentada de 1/3 até a
metade quando for cometido:

I. durante a gestação (qualquer mês de gestação) ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
II. contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos, com deficiência ou portadora de doenças
degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;
III. na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;
IV. em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas LEI MARIA DA PENHA.

Importante destacar que, de acordo com entendimento jurisprudencial do STJ, a qualificadora do feminicídio
tem natureza OBJETIVA.

Descumprimento de medida protetiva de urgência:

1) é crime próprio e autônomo (art. 24-A da Lei Maria da Penha);

2) é causa de aumento no delito de feminicídio (que, por sua vez, é homicídio qualificado).

§2° Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança.

§3° O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.

(2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia)
Mélvio é instrutor de escaladas, membro da Associação Capixaba de Escaladas (ACE). Sua especialidade é
escalar picos com alto grau de dificuldade. Em comemoração aos seus 10 (dez) anos como instrutor, resolveu
promover uma escalada em Afonso Claudio, cidade do Espírito Santo, na Pedra de Lajinha, que está entre os
cinco picos mais altos do Brasil. Montou um grupo nas redes sociais e convocou amigos e escaladores. No dia
marcado para a subida, havia previsão de chuva e ventos, que poderiam ocorrer na metade do trajeto. No pé
do pico, lugar de início da subida, foi colocada uma placa indicando que não era seguro escalar em função das
condições climáticas. Como a escalada era muito longa, ele foi orientado por colegas instrutores que não
promovesse a escalada. Três amigos de Mélvio, que não tinham experiência nessa prática esportiva, foram
fazer a escalada para prestigiar Mélvio. Um deles, ao ouvir a fala dos demais instrutores, resolveu não subir,
mas os outros dois cederam à insistência de Mélvio, que considerava a subida fácil, apesar de longa. Feliz,
Mélvio disse que, apesar da chuva e do vento previstos, nada iria derrubá-los na escalada e que tudo estava
sob controle, afirmando que muitas vezes tais previsões estavam erradas. Mesmo sabendo que não era 100%
seguro fazer a escalada, principalmente para os iniciantes, Mélvio se colocou como responsável por seus
amigos, garantindo-se em seus 10 anos de experiência. Não obstante, a previsão se confirmou. Com a chegada
do vento e da tempestade, Mélvio não conseguiu dar o suporte prometido para seus amigos, que acabaram
sendo arremessados, pelo vento e chuva, para baixo. Com a queda os dois amigos vieram a falecer.
Sabendo-se que:

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I. restou comprovado que o material de escalada de Mélvio era compatível com os níveis de segurança exigidos
para escaladas nas condições acima expostas;

II. o instrutor possuía autonomia e registro para a promover escaladas, com experiência no tipo de subida
proposto e reconhecido pela ACE;

III. o percentual de acertos de tais previsões do tempo, para as próximas horas, era de 95% em relação ao local
da escalada, como estava exposto na placa;

IV. os amigos de Mélvio que caíram, somente subiram com a garantia de segurança do instrutor;

é correto afirmar que Mélvio:

a) deve responder por homicídio doloso em sua forma direta, devido a sua condição de agente
garantidor.
b) deve responder por homicídio culposo, devido a sua condição de agente garantidor.
c) não deve responder por homicídio, uma vez que seus amigos aceitaram sua garantia para subir.
d) não deve responder pela prática de homicídio, uma vez que o mau tempo era alheio a sua vontade.
e) deve responder por homicídio doloso, considerando o dolo eventual, porque, mesmo sem a intenção
de matar, não levou em consideração os avisos dos demais instrutores.

GABARITO: B
Mélvio assumiu a posição de garante, devendo responder pelo resultado morte. Trata-se de uma espécie de
omissão no caso INGERÊNCIA DA NORMA (Criou o risco do resultado), Mélvio no caso em tela, escapou da
tipificação de homicídio doloso, apenas por esta sentença...."não conseguiu dar o suporte prometido para seus
amigos”.

Conforme o art. 13, § 2º do CP - A omissão é penalmente relevante (são os garantes) quando o omitente
deveria e poderia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;


b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP -
Engenheiro Civil) Segundo o Art. 121 do Código Penal, se o desmoronamento de uma edificação em obra
motivar a morte de um funcionário e a circunstância for caracterizada como homicídio culposo, o engenheiro
responsável estará sujeito à pena de

a) detenção de 1 a 3 anos.
b) detenção de 4 a 6 anos.
c) detenção de 8 a 12 anos.
d) reclusão de 2 a 4 anos.
e) reclusão de 5 a 10 anos.

GABARITO: A

Consoante o disposto no artigo 121 § 3º do CP - Se o homicídio é culposo: Pena: detenção de um a três anos.

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Homicídio simples 6 a 20 de reclusão

Homicídio qualificado 12 a 30 de reclusão (2ª mais alta do CP)

Homicídio culposo 1 a 3 de detenção

Lesão corporal 3 meses a 1 ano de detenção

Furto 1 a 4 anos de reclusão e multa

Roubo ou extorsão 4 a 10 anos de reclusão e multa

Extorsão mediante sequestro 8 a 15 anos de reclusão

Extorsão mediante sequestro + morte 24 a 30 anos de reclusão (1ª mais alta do CP)

Estelionato 1 a 5 anos de reclusão e multa

Estupro 6 a 10 anos de reclusão

Estupro de vulnerável 8 a 15 anos de reclusão

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia) No
tocante aos crimes contra a vida, é circunstância qualificadora do crime

a) a reincidência.
b) ser contra mulher por razões da condição de sexo feminino.
c) o abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão.
d) ser contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge.
e) o estado de embriaguez preordenada.

GABARITO: B

Homicídio qualificado – artigo 121, § 2° do CP - Se o homicídio é cometido:

Feminicídio

VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

§ 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:

I - violência doméstica e familiar;

II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, *salvo quando não constituem ou qualificam o crime:

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I - A reincidência;

II - Ter o agente cometido o crime:

e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;

g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;

l) em estado de embriaguez preordenada.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-AC Prova: VUNESP - 2019 - TJ-AC - Juiz de Direito Substituto – ADAPTADA)
No que se refere aos crimes contra a pessoa, é correto afirmar que o homicídio funcional é aquele delito
praticado contra autoridade ou agente membro das forças armadas, policiais federais em geral, policiais civis
ou militares, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função
ou em decorrência dela, ou, ainda, contra seu cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau, em razão
dessa condição, incidindo pena privativa de liberdade de doze a vinte anos de reclusão.

GABARITO: ERRADA

CP, Art. 121, §2º, VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em
razão dessa condição:

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto – ADAPTADA) A respeito de
crimes contra a pessoa, é correto afirmar que o agente que matar sua empregadora por ter sido dispensado
sem justa causa responderá por feminicídio, haja vista a vítima ser mulher.

GABARITO: ERRADA

O agente que matar sua empregadora por ter sido dispensado sem justa causa responderá por feminicídio,
haja vista a vítima ser mulher. X [responderá por feminicídio e não por feminicídio. Distinção: Feminicídio:
homicídio doloso cometido contra a mulher por razões de condição do sexo feminino. Feminicídio: todo e
qualquer homicídio de mulher.]

(2019/VUNESP/Prefeitura de Campinas - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Campinas - SP - Guarda


Municipal) Segundo o Código Penal, quando o crime de homicídio é culposo,

a) a pena prevista é maior do que a do homicídio doloso.


b) não será admitido agravante de aumento de pena.
c) o agente ficará, necessariamente, sujeito à pena de reclusão.
d) o agente poderá ficar isento de pena se agir para compensar os familiares da vítima.
e) o juiz poderá deixar de aplicar a pena em hipótese determinada.

GABARITO: E

Perdão Judicial – Previsto no artigo 121, § 5º do CP - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar
de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a
sanção penal se torne desnecessária.

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PERDÃO JUDICIAL:

 Causa extintiva da punibilidade (Art. 107, IX – CP);


 Ato unilateral à independe da aceitação do réu.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RO Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RO - Juiz de Direito Substituto) Caio é professor
de educação física do Estado e dá aula de natação em um clube estadual. Ao nadar em uma das piscinas do
clube, Caio notou um defeito no ralo. Decidido a se livrar da colega de profissão, recentemente contratada
para substituí-lo em algumas aulas, ele não informa a administração do clube sobre o defeito detectado, além
de alterar a potência da exaustão do ralo. No dia seguinte, quando já finalizadas todas as aulas, ele propõe à
colega a brincadeira da caça ao tesouro, que consiste em localizar e pegar objetos no chão da piscina. Caio diz
à colega que vence quem pegar maior quantidade de pedras e as despeja na piscina, em local próximo ao ralo.
Antes que a colega pudesse colocar a touca na cabeça, Caio pula na piscina. Com receio de perder a
brincadeira, ela imediatamente pula atrás. Caio vê a colega aproximar o corpo rente ao chão. Passados alguns
segundos, ele percebe que a colega mexe o corpo freneticamente. Ao mergulhar, Caio confirma que os cabelos
de sua colega estão presos ao ralo, impedindo-a de emergir. Caio, por minutos, assiste ao desespero da colega,
sem nada fazer. Depois, arrependido, decide agir, tentando, a todo custo, soltá-la do ralo. A colega, contudo,
veio a óbito. Diante da situação hipotética, assinale a alternativa correta.

a) Caio praticou crime de homicídio culposo, pois, ao não avisar a administração do clube sobre o defeito
detectado no ralo, no dia anterior, agiu com negligência.
b) Caio não praticou qualquer crime contra a vida em detrimento da colega, visto que o resultado morte,
ainda que desejado por ele, não era previsível e tampouco controlável.
c) Caio praticou o crime de homicídio qualificado, por motivo torpe, não incidindo o instituto do
arrependimento eficaz.
d) Caio praticou crime de feminicídio e, diante do arrependimento, terá sua pena diminuída de 1 a 2/3.
e) Caio, se condenado, como efeito automático da condenação, perderá a função de professor público.

GABARITO: C

A questão aborda o crime de homicídio QUALIFICADO, nos termos do art.121, § 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Investigador -
ADAPTADA) No homicídio doloso, a pena é aumentada de um terço se o crime resulta de inobservância de
regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não
procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.

GABARITO: INCORRETA

Consoante o artigo 121, § 3º do CP - Se o homicídio é culposo:

Aumento de pena

§4º - No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de
regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não
procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o
homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze)
ou maior de 60 (sessenta) anos.

(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça - Reaplicação-
ADAPTADA) É correto afirmar: Conforme entendimento jurisprudencial dominante no STJ, caso um delito de

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homicídio tenha sido praticado com duas ou mais circunstancias qualificadoras, uma delas servir· para
configurar o homicídio qualificado, enquanto as demais poderão configurar agravantes, se houver expressa
previsão legal, ou circunstâncias judiciais desfavoráveis, por ocasião da primeira fase da dosimetria da pena.

GABARITO: CORRETA

Consoante a JURISPRUDÊNCIA do STJ é reconhecida a incidência de duas ou mais qualificadoras, uma delas
poderá ser utilizada para tipificar a conduta como delito qualificado, promovendo a alteração do quantum de
pena abstratamente previsto, sendo que as demais poderão ser valoradas na segunda fase da dosimetria, caso
correspondam a uma das agravantes, ou como circunstância judicial, na primeira das etapas do critério
trifásico, se não forem previstas como agravante. (HC 527.258/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA
FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 05/12/2019, DJe 17/12/2019).

(2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-AC Prova: VUNESP - 2019 - TJ-AC - Juiz de Direito Substituto – ADAPTADA)

No que se refere aos crimes contra a pessoa, é correto afirmar que a prática de feminicídio na presença de
descendente, ascendente ou colateral da vítima implica no aumento da pena de um sexto a um terço.

GABARITO: ERRADA

Consoante o artigo 121, § 7º do CP - A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o
crime for praticado:

I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;

II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de
doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; (Redação
dada pela Lei nº 13.771, de 2018)

III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº 13.771,
de 2018) CUIDADO COM NOVIDADES LEGISLATIVAS

IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22
da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771, de 2018)

(2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-AC Prova: VUNESP - 2019 - TJ-AC - Juiz de Direito Substituto – ADAPTADA)

No que se refere aos crimes contra a pessoa, é correto afirmar que é incompatível o crime de homicídio
simples tentado com o caráter hediondo.

GABARITO: ERRADA

O homicídio SIMPLES é crime hediondo quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, mesmo
que por um único executor. No entanto o homicídio qualificado sempre será hediondo, conforme o Art. 1º, I,
Lei de crimes hediondos.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto – ADAPTADA) A respeito de
crimes contra a pessoa, é correto afirmar que responderá por homicídio qualificado o agente que matar para
assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de uma contravenção penal.

GABARITO: ERRADA

Conforme previsto no inciso V do §2º do art. 121 do CP:

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Se o homicídio é cometido: V- para assegurara execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de


outro crime.

Existe a qualificadora da conexão quando o homicídio está de algum modo ligado a outro crime.

NÃO há qualificadora na relação entre homicídio e contravenção penal, porquanto a palavra “crime” foi
empregada de forma técnica no art. 121, § 2º, V, do Código Penal.

(2019 Banca: NUCEPE Órgão: Prefeitura de Teresina - PI Prova: NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI -
Guarda Civil Municipal) Sobre o Crime de Homicídio, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Se o agente age sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima,
ele comete homicídio privilegiado.
b) Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada se o crime é praticado contra pessoa menor de 14
(quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
c) No homicídio culposo, a pena é aumentada, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura
diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.
d) O perdão judicial pode ser aplicado em caso de homicídio culposo ou privilegiado.
e) A pena do feminicídio é aumentada se o crime for praticado na presença de descendente ou de
ascendente da vítima.

GABARITO: D
O PERDÃO JUDICIAL ao HOMICÍDIO CULPOSO, consoante o artigo 121, § 5º do CP - Na hipótese de HOMICÍDIO
CULPOSO, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente
de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.

Trata-se de uma CAUSA EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE.

Crimes que admitem o PERDÃO JUDICIAL ou SENTENÇA AUTOFÁGICA – SÃO TAXATIVOS:

 Homicídio Culposo Comum e de Trânsito;


 Lesão Corporal Culposa Comum e de Trânsito;
 Injúria;
 Apropriação Indébita Judiciária;
 Outras fraudes;
 Receptação Culposa;
 Subtração de Incapaz;
 Sonegação de Contribuição Previdenciária;
 Parto Suposto

Conforme a súmula 18 do STJ:

"A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer
efeito condenatório".

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto – ADAPTADA) A respeito de
crimes contra a pessoa, é correto afirmar que o crime de homicídio admite interpretação analógica no que diz
respeito à qualificadora que indica meios e modos de execução desse crime.

GABARITO: CORRETA

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Lembrar que a REGRA é a vedação do emprego da analogia no âmbito penal em respeito ao princípio da
reserva legal. A interpretação analógica que é uma forma de integração do Direito Penal não se confunde a
com a analogia. Sendo assim, o CP emprega a interpretação analógica, por exemplo, no art. 121, §2º, inciso I:
Se o homicídio é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe.

INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA ANALOGIA

1) Há Lei Penal a ser aplicada. Exemplo(s) 1) Não existe Lei Penal a ser aplicada no caso
seguido de encerramento genérico. Ex.: Art. concreto (LACUNA). Empresta-se lei elaborada
121, § 2º, do CP ("mediante paga ou promessa para caso similar. Ex.: Art. 121, do CP, refere-
de recompensa, ou por outro motivo torpe"); se apenas a cônjuge. Não trata de
companheiro(a) (união estável) (LACUNA);
2) É regra de interpretação;
2) É regra de INTEGRAÇÃO;
3) É possível interpretação analógica contra o
réu. 3) Não cabe analogia IN MALAM PARTEM
contra o réu. Utiliza-se analogia apenas
para beneficiar o acusado – in bonam partem.

#SeLigaNaJURISPRUDÊNCIA  Inf. 625 do STJ  O STJ entende que a qualificadora referente aos casos de
FEMINICÍDIO é OBJETIVA. Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e
de feminicídio no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar.
Isso se dá porque o feminicídio é uma qualificadora de ordem OBJETIVA - vai incidir sempre que o crime estiver
atrelado à violência doméstica e familiar propriamente dita, enquanto que a torpeza é de cunho subjetivo, ou
seja, continuará adstrita aos motivos (razões) que levaram um indivíduo a praticar o delito. STJ. 6ª Turma. HC
433898-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 24/04/2018 (Inf. 625 do STJ).

(2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RJ - Juiz Substituto) João ministra veneno a
Maria, em dose apta a causar-lhe a morte, pois ela iria informar à autoridade policial que João havia mantido
relação sexual incestuosa e consentida com a filha dele, de 16 anos. Antes que o resultado se efetive, João
socorre Maria, levando-a a um pronto- -socorro. Lá, o médico de plantão deixa de atender Maria, sob a única
razão de estar almoçando. Maria, que seria salva caso o médico interviesse, morre.
Diante desse cenário, que admite múltiplas qualificações jurídicas, assinale a alternativa que melhor se adeque
à espécie.

a) João cometeu homicídio; o médico cometeu lesão corporal seguida de morte.


b) João cometeu homicídio qualificado; o médico cometeu omissão de socorro com pena triplicada pelo
resultado morte.
c) João será beneficiado pelo arrependimento posterior e não sofrerá qualquer reprimenda penal; o
médico cometeu homicídio culposo, na modalidade negligência.
d) João cometeu lesão corporal seguida de morte; o médico cometeu omissão de socorro em concurso
com homicídio culposo, na modalidade negligência.
e) João cometeu homicídio duplamente qualificado; o médico cometeu omissão de socorro, com a
pena duplicada pelo resultado morte.

GABARITO: B

Trata-se de uma causa superveniente relativamente independente. No caso, incide a teoria da equivalência
dos antecedentes ou da conditio sine qua non, adotada como regra geral no tocante à relação de causalidade

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(CP, art. 13, caput). O agente responde pelo resultado naturalístico (morte), pois, suprimindo-se mentalmente
a sua conduta, o resultado não teria ocorrido como e quando ocorreu. Nesse caso, Maria não teria morrido,
ainda que por negligência médica, sem a conduta inicial de João. De fato, somente pode falecer por falta do
profissional da medicina aquele que foi submetido ao seu exame, no exemplo, justamente pela conduta
homicida que redundou no encaminhamento da vítima ao hospital. Assim sendo, João cometeu homicídio
qualificado (para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime); o médico
cometeu omissão de socorro com pena triplicada pelo resultado morte (para assegurar a execução, a
ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime). Art. 121, §2º V e art. 135, parágrafo único, ambos do
Código Penal.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia)
Quando um sujeito dispara um projétil de arma de fogo contra um indivíduo, mas acaba ferindo mortalmente
apenas o sujeito que se encontrava ao lado, ele responderá por

a) homicídio consumado e por tentativa de homicídio.


b) duplo homicídio.
c) homicídio culposo.
d) homicídio por dolo eventual.
e) homicídio como se tivesse acertado o destinatário pretendido.

GABARITO: E
Aberratio ictus - PESSOA - PESSOA em Direito penal, significa erro na execução ou erro por acidente.

Quero atingir uma pessoa (“A”) e acabo matando outra (“B”). A leitura do art. 73 do Código Penal (“Quando,
por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia
ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao
disposto no § 3º do art. 20 deste Código. § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não
isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime

 ERRO NA EXECUÇÃO: o agente erra na execução e acerta pessoa diversa - artigo 73, do Código Penal.
 TEORIA DA EQUIVALÊNCIA: o agente responde pelo crime desejado, em relação a vítima virtual, ou
seja, a vítima que queria atingir (adotada pelo Código Penal).
 TEORIA DA CONCRETIZAÇÃO OU CONCREÇÃO: o agente ao errar na execução, atinge 'A" em vez de
atingir 'B', o qual era o seu alvo. Por essa teoria, o agente responde pelo o que efetivamente ocorreu,
ou seja, homicídio culposo quanto a 'A' e tentativa de homicídio quanto a 'B'.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Investigador
Assinale, dentre as alternativas a seguir, a única que NÃO majora de 1/3 até a metade a pena para o autor do
delito de feminicídio.

a) Praticar o crime nos 5 meses posteriores ao parto.


b) Praticar o crime contra pessoa menor de 14 anos.
c) Praticar o crime contra pessoa com deficiência.
d) Praticar o crime na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima.
e) Praticar o crime contra pessoa maior de 60 anos.

GABARITO: A

Conforme o artigo 121, § 7o do CP - A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o
crime for praticado:

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I. durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto.

II. contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora
de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou
mental; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018)

III. na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº
13.771, de 2018)

IV. em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art.
22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771, de 2018)

 JURISPRUDÊNCIA do STJ:

O reconhecimento da qualificadora de motivo torpe e feminicídio não constitui bis in idem. Para o STJ será
uma qualificadora de ordem OBJETIVA.

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019)

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos - SP -
Guarda Civil Municipal – SSPC) Aristeu tem 17 anos de idade e revela a seu irmão, Cícero, maior de idade, que
pretende cometer suicídio. Ao ouvir essa confissão, Cícero presta auxílio a seu irmão para que este tire a sua
própria vida. No entanto, Aristeu tenta cometer o suicídio, mas este não se consuma, vindo apenas a sofrer
lesão de natureza grave. Conforme dispõe o Código Penal Brasileiro, nessa hipótese, é correto afirmar que
Aristeu

a) responderá pelo crime de autolesão, e Cícero responderá pelo crime de lesão corporal, sem
agravante.
b) responderá pelo crime de suicídio na sua forma tentada, e Cícero pela tentativa de homicídio, com
aumento de pena por ser a vítima menor.
c) não responderá por qualquer crime, e Cícero responderá pelo crime de induzimento ao suicídio, com
agravante por ser a vítima seu irmão.
d) e Cícero não responderão por qualquer crime, tendo em vista que o suicídio não se consumou.
e) não responderá por qualquer crime, e Cícero responderá pelo crime de auxílio ao suicídio, com
aumento de pena por ser a vítima menor.

GABARITO: E

#ATENTEconcurseiro(a)  O TEMA SOFREU ALTERAÇÃO – Lei nº 13.968/2019

Nos termos do artigo 122 do CP - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou
prestar-lhe auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei no 13.968, de 2019)

Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei no 13.968, de 2019)

§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima,


nos termos dos §§ 1o e 2o do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei no 13.968, de 2019)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei no 13.968, de 2019)

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§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: (Incluído pela Lei no 13.968, de 2019)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei no 13.968, de 2019)

§ 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei no 13.968, de 2019)

I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei no 13.968, de 2019)

II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. (Incluído pela Lei
no 13.968, de 2019)

§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede
social ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei no 13.968, de 2019)

§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. (Incluído
pela Lei no 13.968, de 2019)

§ 6º Se o crime de que trata o § 1o deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido
contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2o do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei no
13.968, de 2019)

§ 7º Se o crime de que trata o § 2o deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra
quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode
oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.
(Incluído pela Lei no 13.968, de 2019)

(2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-AC Prova: VUNESP - 2019 - TJ-AC - Juiz de Direito Substituto – ADAPTADA)

No que se refere aos crimes contra a pessoa, é correto afirmar que a pena é duplicada para crime de
induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio praticado contra vítima menor ou com diminuição da capacidade
de resistência.

GABARITO: CORRETA

#ATENTEconcurseiro(a)  O TEMA SOFREU ALTERAÇÃO – Lei nº 13.968/2019

Nos termos do artigo 122 do CP - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o
faça: Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da
tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.

Parágrafo único - A pena é duplicada: II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a
capacidade de resistência."

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Investigador -
ADAPTADA) No delito de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, a pena é duplicada se o crime é
praticado por motivo egoístico.

GABARITO: INCORRETA

#ATENTEconcurseiro(a)  O TEMA SOFREU ALTERAÇÃO – Lei nº 13.968/2019

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Trata-se do crime do induzimento, instigação ou auxílio a suicídio – Conforme o artigo 122 do CP - Induzir ou
instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:

Aumento de pena

I - se o crime é praticado por motivo egoístico;

II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.

Infanticídio

(2019 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: MPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 -
MPE-MG - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA) Em relação ao crime de infanticídio, a lei brasileira
não adotou o critério psicológico, mas sim o critério fisiopsicológico, levando em conta o desequilíbrio oriundo
do processo do parto.

GABARITO: CORRETO

O artigo 123 do Código Penal caracteriza o crime de infanticídio “infanticidium” como o ato de matar, sob a
influência do estado puerperal, o próprio filho durante o parto ou logo após. Atente que o código atual não
trata da motivação psicológica, “honoris causa” (critério utilizado para caracterização do infanticídio nos
códigos anteriores).

A doutrina e a jurisprudência têm entendido, com base no artigo 123, do CP, que o infanticídio pode ser
classificado como um delito social privilegiado. Senão vejamos:
O infanticídio é, inegavelmente e antes de tudo, um delito social, praticado na quase totalidade dos casos
(e é fácil a comprovação pela simples consulta dos repertórios de jurisprudência), por mães solteiras ou
mulheres abandonadas pelos maridos e pelos amásios. Raríssimas vezes, para não dizer nenhuma, têm sido
acusadas desses crimes mulheres casadas e felizes, as quais, via de regra, dão à luz cercadas do amparo do
esposo e do apoio moral dos familiares. Por isso mesmo, o conceito fisiopsicológico do infanticídio – “sob a
influência do estado puerperal” – introduzido no nosso Código Penal para eliminar de todo o antigo conceito
psicológico – a causa da honra – vai, aos poucos, perdendo sua significação primitiva e se confundindo com
este, por força de reiteradas decisões judiciais” (TJSP – Rec. – Rel. Silva Leme – RT 421/91).

Aborto

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto – ADAPTADA) A respeito de
crimes contra a pessoa, é correto afirmar que responderá pela prática de crime contra a vida o agente que
anuncia produtos ou métodos abortivos.

GABARITO: ERRADA

Não há uma conduta abortiva, ou seja, não há comportamento, da gestante ou de terceiro, praticado
diretamente contra o feto, contudo o que há é simplesmente o anúncio de um processo, substância ou objeto
destinado a provocar o aborto, por conseguinte, não há crime contra a vida na conduta de quem, por exemplo,
faz propaganda na internet de produto ou método abortivo.

Responderá pela contravenção penal prevista no art. 20 do Decreto-Lei 3.688/41: Anunciar processo,
substância ou objeto destinado a provocar aborto.

(2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia) Ana,
após realizar exame médico, descobriu estar grávida. Estando convicta de que a gravidez se deu em

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decorrência da prática de relação sexual extraconjugal que manteve com Pedro, seu colega de faculdade, e
temendo por seu matrimônio decidiu por si só que iria praticar um aborto. A jovem comunicou a Pedro que
estava grávida e pretendia realizar um aborto em uma clínica clandestina. Pedro, por sua vez, procurou
Robson, colega que cursava medicina, e o convenceu a praticar o aborto em Ana. Assim, alguns dias depois de
combinar com Pedro, Robson encontrou Ana e realizou o procedimento de aborto.
Sobre a questão apresentada, é correto afirmar que a conduta de Ana se amolda ao crime previsto no

a) art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por sua vez, tem
sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 126, do Código Penal (aborto provocado por terceiro
com consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de Robson.
b) art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por sua vez, tem
sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124, segunda parte, do Código Penal. Já Pedro
responderá como partícipe no crime de Ana.
c) art. 125, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por sua vez, tem
sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124 do Código Penal (aborto provocado por terceiro
sem consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de Robson.
d) art. 124, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua vez, tem sua conduta
subsumida ao crime previsto no art. 126 do Código Penal (aborto provocado por terceiro com
consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de Ana.
e) art. 126, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua vez, tem sua conduta
subsumida ao crime previsto no art. 124 do Código Penal (aborto provocado por terceiro com
consentimento). Já Pedro responderá como participe no crime de Ana.

GABARITO: A

O legislador criou uma exceção à teoria monista ou unitária no concurso de pessoas (Art. 29 CP) e criou crimes
distintos: a gestante responde pelo Art. 124, 2ª parte, CP e o terceiro que provoca o aborto responde pelo Art.
126, CP. Esse crime é de mão própria, pois somente a gestante pode prestar o consentimento. Não admite
coautoria, mas admite participação. Os delitos previstos nos artigos 124 e 126 do CP são exceções à teoria
monista, que é aquela que diz que todos os que colaboram para determinado resultado criminoso incorrem
no mesmo crime. Há apenas uma única tipificação para autores, coautores e partícipes.

Vamos conferir o gabarito na LEGISLAÇÃO?

Aborto provocado pela gestante ou Aborto provocado por terceiro


com seu consentimento

Art. 124 - Provocar aborto em si Art. 126 - Provocar aborto com


mesma ou consentir que outrem o consentimento da gestante:
lho provoque:
Pena - reclusão, de um a quatro
Pena - detenção, de um a três anos. anos. (condutas de Robson e
(Conduta de Ana na segunda parte). Pedro).

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Investigador -
ADAPTADA) Deve ser punido o aborto praticado por médico, ainda que não exista outro meio de salvar a vida
da gestante.

GABARITO: ERRADA

Nos termos do artigo 128 do CP - NÃO se pune o aborto praticado por médico:

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Aborto necessário

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz,
de seu representante legal.

Das Lesões Corporais

(2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2019 - CRO-AM - Assistente Administrativo Fiscal
Conforme o Código Penal, julgue o item

É considerada como lesão de natureza média a que resultar em debilidade permanente de membro, sentido
ou função.

GABARITO: ERRADA

A lesão corporal dolosa subdivide-se em:

a) Lesões leves (art. 129, caput);


b) Lesões graves (art. 129, § 1º);
c) Lesões gravíssimas (art. 129, § 2º);
d) Lesões corporais seguidas de morte (art. 129, § 3º).

Lesão corporal de natureza GRAVE - art. 129, Lesão corporal de natureza GRAVÍSSIMA - art.
§ 1º do CP: 129, § 1º do CP:

I - Incapacidade para as ocupações I - Incapacidade permanente para o


habituais, por mais de trinta dias; trabalho;

II - perigo de vida; II - enfermidade incurável; (HIV)

III - debilidade permanente de membro, III perda ou inutilização do membro, sentido


sentido ou função; ou função;

IV - aceleração de parto IV - deformidade permanente;

V - aborto

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Médico Legista) Um
indivíduo sofreu uma lesão e teve a capacidade de movimentar a perna direita reduzida em 95%. De acordo
com o art. n° 129 do Código Penal Brasileiro, em qual classificação o caso se encaixa mais especificamente?

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a) Debilidade permanente de membro, sentido ou função.


b) Deformidade permanente.
c) Perigo de vida.
d) Lesão corporal grave.
e) Perda ou inutilização de membro, sentido ou função.

GABARITO: E

A questão aponta que houver perda ou inutilização de membro, sentido ou função, sendo assim, a lesão será
considerada gravíssima, conforme o teor do art. 129, § 2º, III do CP. Portanto, a agressão que faz com que a
vítima passe, permanentemente, a andar manquejando, constitui lesão grave, mas a que a faz ficar paraplégica
é lesão gravíssima.

Conforme o doutrinador Cleber Masson:

Inutilização, por sua vez, é a falta de aptidão do órgão para desempenhar sua função específica. O membro ou
órgão continua ligado ao corpo da vítima, mas incapacitado para desempenhar as atividades que lhe são
inerentes. Exemplo: o ofendido, em consequência da conduta criminosa, passa a apresentar paralisia total de
uma de suas pernas. Anote-se que a perda de parte do movimento de um membro (braço ou perna, mão ou
pé) caracteriza lesão grave pela debilidade, ao passo que a perda de todo o movimento tipifica lesão corporal
gravíssima pela inutilização."

#SeLigaNaJURISPRUDÊNCIA  A perda de parte de um dedo — amputação do segundo dedo da mão direita,


entre a falange e a falanginha — caracteriza a qualificadora do inc. III do § 1º, do art. 129 do CP” (TJRS — Rel.
Gilberto Correa — RTJE 44/292).

“A perda de um dedo da mão não caracteriza perda ou inutilização de membro, sentido ou função. A
jurisprudência tem-se inclinado no sentido de que mesmo a perda de um olho, de uma orelha, de um rim etc.,
mantido o outro órgão íntegro, não abolida a função, constitui lesão grave e não gravíssima” (TJSP — Rel.
Ângelo Galluci — RT 591/309).

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal -
Área 8) Assinale a alternativa que apresenta crimes que admitem a forma culposa.

a) Homicídio, lesão corporal e emprego irregular de verbas ou rendas públicas.


b) Concussão, injúria e dano.
c) Prevaricação, homicídio e omissão de socorro.
d) Homicídio, lesão corporal e peculato.
e) Advocacia administrativa, dano e lesão corporal.

GABARITO: D
Homicídio culposo

Art. 121, § 3º do CP - Se o homicídio é culposo: (

Pena - detenção, de um a três anos.

Lesão corporal culposa [GABARITO]

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Art. 129, § 6° do CP - Se a lesão é culposa:

detenção, de dois meses a um ano.

Peculato culposo

Art. 312, § 2º do CP - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a


punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

#ATENTE  Crimes culposos no Código Penal/CP:

Contra a vida: homicídio, art. 121, parág. 3; e


lesão corporal, art. 129, parág. 6

Contra o patrimônio: receptação, art. 180,


parág. 3

Contra a incolumidade pública: incêndio, art.


250, parág. 2

Contra a Administração Pública: peculato, art.


312, parág. 2

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Guarda
Civil Municipal) Enquanto Larissa estudava para prova de concurso público, Tatiana, sua vizinha, realizava uma
festa em sua residência, com música em alto volume.
Incomodada com o barulho que vinha da casa da vizinha, Larissa se dirigiu ao local para reclamar, iniciando-se
uma intensa discussão. Durante a discussão, Tatiana se alterou e jogou a garrafa de cerveja que segurava em
sua mão na direção dos braços de Larissa, com a intenção de causar-lhe lesão.

Larissa se abaixou e a garrafa acabou atingindo sua cabeça, causando-lhe grave ferimento, que, embora não
gerasse risco à sua vida, fez com que ficasse internada no hospital por dois meses.

Descobertos os fatos, Tatiana deverá ser indiciada pela prática do(s) crime(s) de

a) tentativa de homicídio culposo, apenas.


b) lesão corporal de natureza gravíssima e tentativa de homicídio doloso, em razão do dolo eventual.
c) tentativa de homicídio doloso, apenas, absorvendo o crime de lesão corporal, em razão do dolo direto
de segundo grau, porque, embora não desejasse o resultado, assumiu seu risco com sua conduta.

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d) lesão corporal de natureza leve, apenas, pois a vida de Larissa não foi colocada em risco.
e) lesão corporal de natureza grave, apenas, em razão da incapacidade de Larissa para exercer suas
ocupações habituais durante o período de internação.

GABARITO: E

Lesão corporal de natureza grave

Consoante o artigo 129, § 1º do CP - Se resulta:

I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; Pena - reclusão, de um a cinco anos

Se dolo for de matar, animus necandi, todavia provoque lesões responderá por tentativa de homicídio. Não é
o caso de Tatiana, pois o seu dolo era provocar lesão. E as lesões provocadas embora não tenham provocado
o risco de vida impediram que Larissa continuasse com seus hábitos rotineiros sendo tipificada pelo art. 129,
§1º, I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias.

Vale ressaltar que perigo de vida é a possibilidade grave, concreta e imediata de a vítima morrer em
consequência das lesões sofridas. Trata-se de perigo concreto, comprovado por perícia médica, que deve
indicar, de modo preciso e fundamentado, no que consistiu o perigo de vida proporcionado à vítima.

(2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina) O
crime de disparo de arma de fogo (art. 15 da Lei n. 10.826/2003) se configura na modalidade preterdolosa se
for praticado como meio para a execução de um homicídio (tipificado no art. 121, “caput”, do CP).

GABARITO: ERRADA

O crime PRETERDOLOSO ou preterintencional, é aquele no qual o resultado vai além da intenção do agente.
Ocorre quando há dolo no antecedente e culpa no consequente. Ou seja, o agente deseja um resultado e o
atinge, no entanto, sua conduta enseja em outro evento, este por ele não querido, o qual decorre da culpa.
Frisa-se que se não for possível reconhecer a culpa no resultado agravado, o agente não responderá por ele
(art. 19 do CP), de forma a responder somente pelo resultado inicial querido. Também é denominado de crime
qualificado pelo resultado.

RESUMINDO  Preterdoloso (art. 19): dolo no antecedente e culpa no consequente. O agente produz
resultado diverso do pretendido. Ex.: lesão corporal que morre. Crime qualificado pelo resultado.

O PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE tem por significado o seguinte: Norma primária (mais grave) afasta a
aplicação da norma mais subsidiária (menos ampla e grave), sendo que a norma SUBSIDIÁRIA.

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Guarda
Civil Municipal) Enquanto Larissa estudava para prova de concurso público, Tatiana, sua vizinha, realizava uma
festa em sua residência, com música em alto volume.
Incomodada com o barulho que vinha da casa da vizinha, Larissa se dirigiu ao local para reclamar, iniciando-se
uma intensa discussão. Durante a discussão, Tatiana se alterou e jogou a garrafa de cerveja que segurava em
sua mão na direção dos braços de Larissa, com a intenção de causar-lhe lesão. Larissa se abaixou e a garrafa
acabou atingindo sua cabeça, causando-lhe grave ferimento, que, embora não gerasse risco à sua vida, fez
com que ficasse internada no hospital por dois meses.

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Descobertos os fatos, Tatiana deverá ser indiciada pela prática do(s) crime(s) de

a) tentativa de homicídio culposo, apenas.


b) lesão corporal de natureza gravíssima e tentativa de homicídio doloso, em razão do dolo eventual.
c) tentativa de homicídio doloso, apenas, absorvendo o crime de lesão corporal, em razão do dolo direto
de segundo grau, porque, embora não desejasse o resultado, assumiu seu risco com sua conduta.
d) lesão corporal de natureza leve, apenas, pois a vida de Larissa não foi colocada em risco.
e) lesão corporal de natureza grave, apenas, em razão da incapacidade de Larissa para exercer suas
ocupações habituais durante o período de internação.

GABARITO: E
Consoante o disposto no artigo 129, §1º, I, CP: Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Lesão corporal de natureza grave: Se resulta:
I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias - Pena: reclusão, de um a cinco anos.
(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Médico Legista) De
acordo com o art. n° 129 do Código Penal Brasileiro, assinale a alternativa correta.

a) Perigo de vida não é considerado lesão corporal.


b) Aborto é lesão corporal de natureza grave.
c) Uma criança que sofreu lesão corporal que a incapacita para as ocupações habituais por 20 dias se
enquadra nesse art. 129 do CPB.
d) Incapacidade permanente para o trabalho é lesão grave.
e) Considera-se lesão corporal seguida de morte quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo.

GABARITO: C
Segundo a alternativa, lesão corporal que a incapacita para as ocupações habituais por 20 dias se enquadra
na LESÃO CORPORAL DE NATUREZA LEVE, conforme o artigo 129. CP

PARA SER DE NATUREZA GRAVE:

§ 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias.+ de 30 dias.

Fundamento das demais alternativas a, b, d e e:

a) considerado lesão corporal - Art. 129, § 1º, II do CP.

b) aborto é considerado LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA segundo a doutrina - Art. 129, § 2º, V do CP.

d) É considerado LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA segundo a doutrina - Art. 129, § 2º, I do CP.

e) A lesão corporal seguida de morte é considerado crime preterdoloso. A intenção dolo do agente é na lesão
corporal, sendo a morte o resultado culposo no qual ele não queria - Art. 129, § 3º do CP.

(2019 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2019 - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Processual
No dia 3 de junho de 2019, Vitor, revoltado com a intenção de sua companheira Rosa de terminar o
relacionamento, faz um grande buraco no quintal da residência e surpreende sua companheira com um forte
golpe de pá na sua cabeça. Em seguida, apesar de saber que aquele golpe não seria suficiente para causar a
morte de Rosa, a joga no interior do buraco, com a intenção de persistir nos golpes, causar sua morte e, em
seguida, esconder o corpo. Ocorre que Rosa começa a chorar e implora para que Vitor pense na filha do casal.

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Vitor, então, cessa sua conduta, ajuda Rosa a sair do buraco e permite que ela vá se limpar, ocasião em que a
vítima pula pela janela do banheiro e informa os fatos a policiais militares que passavam pela localidade. É
constatada a existência de lesões de natureza leve na vítima. Considerando apenas as informações expostas,
a conduta de Vitor configura:

a) tentativa de homicídio qualificado por ser contra a mulher, por condição do sexo feminino;
b) lesão corporal qualificada por ser contra companheira, em razão do arrependimento eficaz;
c) lesão corporal qualificada por ser contra companheira, em razão da desistência voluntária;
d) fato atípico, em razão do arrependimento eficaz;
e) fato atípico, em razão da desistência voluntária.

GABARITO: C

Em qualquer caso, o agente será punido pelos atos já praticados (art. 15 do CP), logo, como a lesão corporal
já havia ocorrido, Vitor será julgado por esse crime. Entretanto, como ele desistiu antes de realizar o homicídio,
não será julgado por isso. Sobre a qualificadora: Lesão corporal - Art. 129 do CP - Ofender a integridade
corporal ou a saúde de outrem. Pena - detenção, de três meses a um ano. Violência Doméstica § 9 Se a lesão
for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou
tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. § 10. Nos casos previstos nos §§ 1 a 3 deste
artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9 deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Investigador -
ADAPTADA) Pratica o crime de lesão corporal de natureza grave, a pessoa que ofender a integridade corporal
de outrem, causando-lhe incapacidade para as ocupações habituais, por dez dias.

GABARITO: INCORRETA

Nos termos do artigo 129 do CP - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Lesão corporal de natureza grave

§ 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias.

Da Periclitação da Vida e da Saúde

1 (2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista Jurídico do Ministério
Público – ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a periclitação da vida e da saúde, previstos no Código
Penal, é correto afirmar que todos, sem exceção, não admitem a modalidade culposa.

GABARITO: CORRETA

Os bens jurídicos tutelados são a vida e a saúde. O elemento subjetivo é a vontade consciente referida
exclusivamente à produção do perigo (são crimes de perigo). O enunciado corrobora com a afirmação de que
o elemento subjetivo do crime de perigo para a vida ou saúde de outrem é o dolo direto e eventual, sendo
assim, NÃO ADMITE, deste modo, a modalidade culposa. O agente quer ou assume o risco de expor a vida ou

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saúde de terceiro a uma situação de perigo concreto. O crime se consuma no momento em que o perigo se
efetiva, ou seja, quando a situação periclitante para a vítima ocorre.

2 (2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista Jurídico do Ministério
Público – ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a periclitação da vida e da saúde, previstos no Código
Penal, é correto afirmar que o crime de contágio de moléstia grave, para se configurar, exige que a exposição
a contágio ocorra por relação sexual ou qualquer outro ato libidinoso.

GABARITO: ERRADA

O crime de perigo de contágio de moléstia grave pode ser praticado por meio de qualquer ato capaz de
produzir contágio, independentemente de ser por meio de relação sexual ou ato libidinoso. O crime de perigo
de contágio venéreo, do art. 130, exige que o a exposição a contágio se dê por relação sexual ou outro ato
libidinoso.

3 (2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - Juiz de Direito Substituto -
ADAPTADA) Sobre os crimes da Parte Especial do Código Penal, analise as afirmativas a seguir, marque V para
as verdadeiras e F para as falsas.
( ) O crime de perigo de contágio venéreo se consuma com a prática da relação sexual ou de ato libidinoso,
independentemente do efetivo contágio que, se ocorrer, será simples exaurimento do delito.
GABARITO: VERDADEIRO
O crime do art. 130 CP se consuma com o mero cometimento do ato libidinoso/sexual, independentemente
da efetiva contaminação.

#ATENÇÃO  É irrelevante o consentimento do ofendido, uma vez que o bem jurídico penalmente tutelado
é indisponível.

4 (2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista Jurídico do Ministério
Público – ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a periclitação da vida e da saúde, previstos no Código
Penal, é correto afirmar que o crime de abandono de incapaz somente se configura se o dever de cuidado do
autor para com o incapaz decorre de relação familiar.
GABARITO: ERRADA

Consoante o disposto no artigo 133 do CP, abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou
autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: Pena -
detenção, de seis meses a três anos.

Poderá incidir o AUMENTO 1/3 na pena nas seguintes hipóteses:

I. o abandono ocorre em lugar ermo;


II. o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima.
III. vítima é maior de 60 (sessenta) anos.

5 (2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Suzano - SP Prova: VUNESP - 2018 - Prefeitura de Suzano - SP -
Guarda Civil Municipal) Ariana Pequena, com 19 anos de idade, ficou grávida de seu padrasto e, algum tempo
após dar à luz uma menina, com a intenção de ocultar a sua desonra, por sua própria e consciente vontade,
resolveu abandonar o recém-nascido em um terreno baldio. No entanto, o bebê foi resgatado por um Guarda
Municipal ainda com vida e conseguiu sobreviver. Nessa situação hipotética, segundo o Código Penal, é correto
afirmar que Ariana

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a) cometeu o crime de infanticídio.


b) não cometeu crime porque o bebê sobreviveu.
c) cometeu o crime de feminicídio
d) será processada criminalmente apenas se o bebê sofreu lesões corporais.
e) deverá responder pelo crime de abandono de recém-nascido.

GABARITO: E
Ariana com a intenção de ocultar a sua desonra, por sua própria e consciente vontade resolveu abandonar o
recém-nascido, nos termos do artigo do 134 CP, vejamos:

Expor ou abandonar recém-nascido para OCULTAR DESONRA PROPRIA.

ATENÇÃO NOTE&ANOTE 
INFANTICÍDIO - Art. 123 do CP ABANDONO DE RECÉM – ABANDONO DE INCAPAZ –
NASCIDO – Art. 134 do CP Art. 133 do CP
Matar, sob a influência Expor ou abandonar recém- Abandonar pessoa que está
do estado puerperal, o nascido, para ocultar desonra sob seu cuidado, guarda,
próprio filho, durante o parto própria. Acontece, por vigilância ou autoridade, e,
ou logo após. exemplo, quando a mulher por qualquer motivo, incapaz
abandona filho fruto de uma de defender-se dos riscos
“pulada de cerca”. Há resultantes do abandono. Há
agravantes no caso de o agravantes no caso de o
abandono resultar em lesão abandono resultar em lesão
corporal de natureza grave ou corporal de natureza grave,
morte. morte ou de o agente ser
curador, parente, ou se o
abandono ocorre em lugar
ermo ou se a vítima for maior
de 60 anos de idade.

6 (2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista Jurídico do Ministério
Público – ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a periclitação da vida e da saúde, previstos no Código
Penal, é correto afirmar que o crime de condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial é
próprio de médico, não se configurando se a condição é imposta por pessoa diversa.

GABARITO: ERRADA
O tipo penal previsto no artigo 135-A do CP condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial,
NÃO tipo próprio do medico, conforme afirma a questão, vejamos:

Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de
formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial.

7 (2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: CESPE - 2018 - EBSERH - Advogado) Julgue o item seguinte,
relativos aos tipos penais dispostos no Código Penal e nas leis penais extravagantes.
O crime de omissão de socorro, tipificado na parte especial do Código Penal, somente se consuma com a
ocorrência de um resultado naturalístico, o qual, dependendo de sua gravidade, poderá constituir, ainda,
causa qualificadora da conduta.

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GABARITO: ERRADA

O crime de omissão de socorro é um crime omissivo que se consuma com a mera omissão. Para que ocorra a
incidência das causas de aumento de pena DEVE ser comprovado o nexo entre a omissão e o resultado. O
nexo verificado é o denominado NEXO DE NÃO IMPEDIMENTO, ou seja, deve-se demonstrar que a ação do
agente seria capaz de impedir o resultado. Logo o tipo penal previsto no artigo 135 do CP NÃO prevê
qualificadora e sim majorantes consoante o parágrafo único [..]. pena é aumentada de metade, se da
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

Vamos REVISAR?

Omissão PRÓPRIA Omissão IMPRÓPRIA


FORMAL MATERIAL
Dispensa resultado naturalístico Necessita de resultado naturalístico
NÃO admite TENTATIVA Admite TENTATIVA

8 (2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista Jurídico do Ministério
Público – ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a periclitação da vida e da saúde, previstos no Código
Penal, é correto afirmar que o crime de omissão de socorro se caracteriza pela conduta de deixar de prestar
assistência, quando possível, ainda que o agente peça socorro à autoridade pública.

GABARITO: ERRADA
O enunciado da questão está equivocado o posto que o teor do artigo 135 do CP, dispõe que deixar de prestar
assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública:

A doutrina dispõe que:

"O legislador assim ordenou as formas de conduta propositadamente. O agente, inicialmente, se puder fazê-
lo sem risco pessoal, deve prestar socorro à vítima. Somente e quando não tiver condições de prestar
diretamente o socorro, em face de risco pessoal, deve pedir o auxílio da autoridade pública. São dois
momentos distintos." - Clber Masson, Direto Penal, Vol. 2, Ed. Método, pág.168".

Vamos REVISAR?

ATENÇÃO são crimes que ADMITEM a modalidade culposa, de acordo com o CP:

✓ Contra a vida: Homicídio (Art. 121, §3º) e Lesão Corporal (129, §6º).
✓ Contra o patrimônio: Receptação (180, §3º).
✓ Contra a Incolumidade: Incêndio (250, §2º).
✓ Contra a Administração Publica: Peculato (312, §2º)

9 (2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2019 - CRO-AM - Assistente Administrativo Fiscal)
Conforme o Código Penal, julgue o item

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Caracteriza maus‐tratos expor a perigo a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim
de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando‐a de alimentação ou cuidados indispensáveis,
quer abusando de meios de correção ou disciplina.

GABARITO: CERTA
Maus-tratos – Nos termos do artigo 136 do CP - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade,
guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado,
quer abusando de meios de correção ou disciplina.

Qual a diferença entre o crime de tortura-castigo e o crime de maus tratos?

 Tortura: intenso sofrimento físico ou mental


 Maus Tratos: Corretivo moderado

11 (2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2019 - CRO-AM - Assistente Administrativo Fiscal)
Conforme o Código Penal, julgue o item
Não é crime deixar de prestar assistência, quando impossível fazê‐lo sem risco pessoal, à pessoa inválida ou
ferida, ao desamparado ou em grave e iminente perigo.

GABARITO: CERTA
Trata-se do crime de OMISSÃO DE SOCORRO previsto no artigo 135 do CP - Deixar de prestar
assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública.

Crime Unissubsistente - é aquele que é realizado por ato único, não sendo admitido o fracionamento da
conduta, portanto não se admite a tentativa.

12 (2019 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ-PR Prova: NC-UFPR - 2019 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de
Registros - Remoção) Uma mulher que, em razão de acordo verbal com os pais, cuida de uma criança percebe
que esta caiu por caso fortuito num poço profundo e, embora esteja viva, precisa ser retirada por adultos.
Voluntariamente, a mulher omite dos grupos de busca que tem conhecimento de onde se encontra a criança,
que é considerada desaparecida. Passadas algumas horas, a criança morre por falta de alimentação. Assinale
a alternativa que identifica o crime praticado pela mulher.

a) Homicídio doloso por comissão (tipo comissivo).


b) Homicídio doloso por omissão (tipo omissivo impróprio).
c) Homicídio doloso por omissão (tipo omissivo próprio).
d) Maus-tratos com resultado morte (tipo comissivo ou omissivo preterdoloso).
e) Abandono de incapaz com resultado morte (tipo omissivo próprio preterdoloso).

GABARITO: B
A mulher será responsabilizada por sua conduta omissiva consoante o artigo 13, § 2°, do CP, por Omissão
Imprópria, também conhecida como Comissiva por Omissão, devido a sua condição de GARANTE. O agente
deixa de evitar o resultado quando podia e devia agir. NÃO se configura, portanto o disposto no artigo 135 do
CP, a saber, a omissão própria ou pura, que quando o tipo penal descreve uma conduta omissiva, ou seja, o
verbo nuclear contém um não fazer. São crimes de mera conduta – o tipo não faz referência à ocorrência do

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resultado naturalístico. Dessa forma, para sua consumação, basta a inação, não se faz necessário qualquer
modificação no mundo exterior.
Dos Crimes Contra a Honra

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de
São José do Rio Preto - SP - Procurador do Município) No que concerne à retratação nos crimes contra a honra,
tema tratado no art. 143 do CP, assinale a alternativa correta.

a) Apenas a injúria admite-a.


b) Apenas a calúnia e a injúria admitem-na.
c) Apenas a calúnia e a difamação admitem-na.
d) Todos os crimes contra a honra admitem-na, mas apenas até o oferecimento da denúncia.
e) Nenhum dos crimes contra a honra admitem-na.

GABARITO: C
Honra OBJETIVA é CD Honra SUBJETIVA
Calúnia Injúria
Difamação

CALÚNIA: imputar a alguém, implícita ou explicitamente, mesmo que de forma reflexa, determinado CRIME
(fato criminoso), sabidamente falso. A falsa imputação de CONTRAVENÇÃO PENAL não caracteriza calúnia e
sim difamação.

DIFAMAÇÃO: imputação de FATO determinado que, embora sem revestir caráter criminoso, é ofensivo à
reputação da pessoa a quem se atribui.

INJÚRIA: INSULTAR ou OFENDER pessoa determinada, ofendendo lhe a dignidade ou o decoro. Não há
imputação de fatos, mas emissão de conceitos negativos sobre a vítima. Fatos vagos, genéricos, difusos
também configuram injúria. Por se tratar de crime contra a honra subjetiva (autoestima), somente se consuma
quando o fato chega ao conhecimento da vítima, dispensando-se efetivo o dano à sua dignidade ou decoro (é
crime formal).

 Exceção da verdade - Calúnia e Difamação


 Retratação - Calúnia e Difamação
 Perdão Judicial - Injúria (Retorsão Imediata e Provocado)

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto - ADAPTADA) Com relação a
crimes contra a honra,

O crime de calúnia se consuma no momento em que o ofendido toma conhecimento da imputação falsa contra
si.

GABARITO: ERRADA
O crime de calúnia se consuma no momento que a imputação chega ao ouvido de terceira pessoa. O crime de
calúnia atinge a honra objetiva da vítima (o modo como os demais membros da sociedade tem acerca dos
atributos físicos, morais e intelectuais de uma pessoa), ele irá se consumar quando uma terceira pessoa tomar
conhecimento da imputação falsa de crime. É irrelevante se o ofendido tomou ou não conhecimento da falsa
imputação, pois é no momento em que terceira pessoa toma conhecimento, sendo inclusive suficiente que
apenas uma única pessoa fique sabendo, que o crime resta configurado.

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(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto –
ADAPTADA) Sobre os crimes contra a honra,

No crime de injúria, o juiz pode deixar de aplicar a pena quando o ofendido, de forma reprovável, provocou
diretamente a injúria; e também no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.

GABARITO: CORRETA
Conforme o artigo 140 do Código Penal, §1º do CP: O juiz pode deixar de aplicar a pena (Perdão Judicial):

I - Quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria (provocou de forma criminosa ou
não) (perdão judicial apenas para quem revidou)

II - No caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria (revidar injúria com outra injúria) (perdão
judicial para os dois).

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto - ADAPTADA) Com relação a
crimes contra a honra,

A retratação cabal do agente da calúnia ou da difamação após o recebimento da ação penal é causa de
diminuição de pena.

GABARITO: ERRADA
A retratação cabal deve ser ANTES da sentença, e o sendo, será causa de extinção da punibilidade, e não causa
de diminuição de pena. Nos termos do artigo 143 do CP - O querelado que, antes da sentença, se retrata
cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.

(2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2019 - CRO-AM - Assistente Administrativo Fiscal)
Conforme o Código Penal, julgue o item

Caracteriza o crime de calúnia imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação.

GABARITO: ERRADA
O enunciado menciona o conceito do crime de DIFAMAÇÃO, que é a imputação de FATO determinado que,
embora sem revestir caráter criminoso, é ofensivo à reputação da pessoa a quem se atribui.

CALÚNIA – Art. 138 do CP DIFAMAÇÃO – Art. 139 do CP INJÚRI - Art. 140 do CP

Caluniar alguém, imputando- Difamar alguém, imputando- Injuriar alguém ofendendo-


lhe falsamente um fato lhe fato ofensivo à sua lhe a dignidade ou decoro.
definido como crime. reputação.

Pena - detenção, de seis Pena - detenção, de três Pena - detenção, de um a seis


meses a dois anos, e multa. meses a um ano, e multa. meses, ou multa.

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(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto - ADAPTADA) Com relação a
crimes contra a honra,

O delito de injúria racial se processa mediante ação penal pública incondicionada.

GABARITO: ERRADA
A ação se processa mediante ação penal pública condicionada à representação.

Conforme o artigo 145, parágrafo único do CP - Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no
caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso
II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3º do art. 140 deste Código.

#PRESTEATENÇÃOnosDETALHES 
▪ Delito de injuria racial  ação penal pública condicionada à representação
▪ Racismo  Pública Incondicionada

#PRESTAATENÇÃOnasExceções:

 Injúria real + violência ou vias de fato + lesão: Ação penal pública incondicionada;
 Crime contra a honra do Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro: Ação penal pública
condicionada à requisição do Ministro da Justiça;
 Injuria qualificada pelo preconceito: Ação penal pública condicionada à representação da vítima;
 Crime contra a honra de funcionário público relacionado ao exercício da função: Ação penal pública
condicionada à representação da vítima.

(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto –
ADAPTADA) Sobre os crimes contra a honra,
Nos crimes de injúria e difamação somente é admissível a exceção da verdade se o ofendido é funcionário
público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.

GABARITO: ERRADA
A exceção da verdade é cabível apenas no caso de calúnia ou de difamação, sendo que no caso da difamação
é SOMENTE se o ofendido/vítima é funcionário público + ofensa relativa ao exercício de suas funções
conforme o artigo 139, parágrafo único do CP.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto - ADAPTADA) Com relação a
crimes contra a honra,

A exceção da verdade é admitida em caso de delito de difamação contra funcionário público no exercício de
suas funções.

GABARITO: CORRETA
Nos termos do artigo 139 do CP - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena -
detenção, de três meses a um ano, e multa.

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Exceção da verdade - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa
é relativa ao exercício de suas funções.

(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto –
ADAPTADA) Sobre os crimes contra a honra,
O crime de injúria consistente na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência é de ação pública incondicionada.

GABARITO: ERRADA
O crime de injúria racial ou injúria qualificada pelo preconceito é imprescritível e é de ação penal
pública condicionada à representação do ofendido. A diferença entre o crime de racismo e de injúria racial é
que no racismo o agente pressupõe uma espécie de segregação em função da raça ou cor, por exemplo, não
deixar entrar na festa por ser negro. Já na injúria racial a intenção é a ofensa moral, por exemplo, xingar.

(2019 Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público) Acerca da ação penal,
das causas extintivas da punibilidade e da prescrição, julgue o seguinte item.
Conforme entendimento do STF, a persecução penal por crime contra a honra de servidor público no exercício
de suas funções é de ação pública condicionada à representação do ofendido.

GABARITO: ERRADA
Consoante a jurisprudência do STF, é concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do MP,
condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público
em razão do exercício de suas funções, é o teor da súmula 714.

A regra geral é que crimes contra a honra (Calúnia/ Difamação/ Injúria) são de Ação Penal privada. Entretanto
há três exceções:

a) Pública Condicionada à requisição do Ministro da Justiça (crime contra o Presidente da República ou


chefe de governo estrangeiro);
b) Pública Condicionada à representação do ofendido (crime contra funcionário público em razão de
suas funções ou crime de injúria qualificada - discriminação);
c) Pública incondicionada: injúria real se resulta lesão corporal.

(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto –
ADAPTADA) Sobre os crimes contra a honra,

E punível a calúnia contra os mortos. Ainda, admite-se no crime de calúnia a prova da verdade, salvo se: 1)
constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
2) se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no n. I do art. 141 (Presidente da República, ou contra
chefe de governo estrangeiro); 3) se do crime imputado, em bora de ação pública, o ofendido foi absolvido
por sentença irrecorrível.

GABARITO: CORRETA
Nos exatos termos do artigo 138, §2º é punível a calúnia contra os mortos. Neste caso a honra protegida é dos
parentes do morto, interessados na proteção da memória do falecido. Os parentes é que ocuparão o lugar do
sujeito passivo. A ação penal privada, nesse caso, que é movida pelo nosso conhecido cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão.

MUDE SUA VIDA!


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Consoante o §3º do artigo 138 prevê a exceção da verdade - Admite-se a prova da verdade, salvo:

I - Se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença
irrecorrível;

II - Se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no n. I do artigo 141 (presidente da república ou
chefe de governo estrangeiro);

III - Se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto - ADAPTADA) Com relação a
crimes contra a honra,

Calúnia contra indivíduo falecido não se enquadra como crime contra a honra.

GABARITO: ERRADA
É crime contra a honra, inserido no capítulo “Dos Crimes Contra a Honra” no artigo 138, §2º, do CP:

Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois
anos, e multa.

§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.

§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.

(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto –
ADAPTADA) Sobre os crimes contra a honra,
As penas dos crimes contra a honra são aumentadas de um terço, dentre outras hipóteses legais, quando
praticados contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.

GABARITO: CORRETA
Consoante o artigo 141 do Código Penal, é exceto no caso de injuria para evitar o bis in idem , porque o §3º do
artigo 140 já traz que a pena será de 1 a 3 anos e multa " se a injúria consiste na utilização de elementos
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".

Dos Crimes Contra a Liberdade Individual

1 (2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia) No que concerne
ao crime de constrangimento ilegal (CP, art. 146), é correto afirmar que

a) se tipifica o crime, apenas, pela ação violenta, não havendo previsão legal para punição por mera grave
ameaça.
b) qualifica o tipo a concorrência de 3 (três) ou mais agentes.
c) tipifica o crime a coação exercida para impedir suicídio, o que se explica pelo fato de o suicídio não
ser penalmente relevante.
d) tipifica o crime a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu
representante legal, mesmo se justificada por iminente perigo de vida.

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e) se consuma quando a vítima, sem norma legal que a obrigue a tanto, faz ou deixa de fazer, cedendo
à determinação do agente.

GABARITO: E
A questão trata do crime de constrangimento ilegal previsto no artigo 146 do CP:

Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer
outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Aumento de pena

§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem


mais de três pessoas, ou há emprego de armas.

§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.

§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:

I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se


justificada por iminente perigo de vida;

II - a coação exercida para impedir suicídio.

A consumação dos crimes de constrangimento ilegal (crime material e instantâneo) dá-se no instante em que
a vítima faz ou deixa de fazer algo, em razão da violência ou grave ameaça empregada pelo agente.

2 (2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: ADAPTADA) Sobre os crimes contra a liberdade pessoal,

A coação exercida para impedir o suicídio não configura o delito de constrangimento ilegal, sendo expressa no
Código Penal a causa de exclusão da tipicidade (entretanto, parte da doutrina considera como causa
excludente da ilicitude).

GABARITO: CORRETA
Nos termos do inciso II, do § 3º, do art. 146, do CP, não se compreendem na disposição deste artigo: a coação
exercida para impedir suicídio. A expressão “não se compreendem na disposição deste artigo” é realmente
objeto de divergência doutrinária. Uma primeira corrente (CEZAR ROBERTO BITENCOURT e DAMÁSIO DE
JESUS) sustenta tratar-se de causa excludente da tipicidade; a segunda (capitaneada por NÉLSON HUNGRIA),
é majoritária e advoga a tese de que o parágrafo tem a natureza de causa especial de exclusão da
ilicitude (forma sui generis de estado de necessidade de terceiro).

(2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) Tendo em conta
os crimes contra a liberdade individual, previstos nos artigos 146 a 149 do Código Penal, bem como os de
extorsão (158 do CP) e extorsão mediante sequestro (159 do CP), é correto afirmar que

a) Mévio e Caio, demitidos, ao manterem preso, por 10 dias, em uma casa abandonada, por vingança, o
filho do dono da empresa em que trabalhavam, praticam o crime de extorsão mediante sequestro,
previsto no artigo 159 do CP.

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b) Mévio, ao manter Tícia, sua vizinha, presa em casa, amarrada à cama, por uma semana, condicionando
sua soltura à entrega da senha do cofre, onde ele sabia existir dólares e joias, pratica o crime de
cárcere privado, previsto no artigo 148 do CP.
c) Tício, ao submeter seus empregados a trabalho forçado e a condições degradantes, com restrição à
locomoção, pratica o crime de constrangimento ilegal, previsto no artigo 146 do CP.
d) Tício, ao ficar parado em frente ao trabalho de Mévia, sua ex-mulher, fazendo gestos com as mãos
que simbolizam disparos de arma de fogo, causando-lhe temor, pratica o crime de ameaça.
e) Caio, médico, ao realizar transfusão de sangue em Tício, menor, sem o consentimento dos pais, ainda
que para salvá-lo de risco iminente de morte, pratica o crime de constrangimento ilegal, previsto no
artigo 146 do CP.

GABARITO: D

O crime de ameaça se dá pela conduta de “ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro
meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave”, conforme art. 147 do CP.

3 (2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: ADAPTADA) Sobre os crimes contra a liberdade pessoal,

O crime de ameaça é de ação penal pública condicionada à representação, mesmo nos casos que envolvem
violência doméstica contra a mulher. Nesta última hipótese, só será admitida a renúncia à representação
perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia
e ouvido o Ministério Público.

GABARITO: CORRETA

A Lei Maria da Penha não teve o condão de alterar a natureza dos crimes que, assim como a ameaça, somente
se processam mediante representação da parte ofendida. Para tais casos, a Lei até prevê que eventual
retratação deve se dá antes do recebimento da inicial acusatória, na presença do juiz e com a manifestação
do MP (art. 16 da Lei Maria da Penha). Vale ressaltar que por ocasião do julgamento da ADI 4424/DF, o STF
consolidou que a natureza incondicional das ações penais relativas aos crimes de lesão corporal, pouco
importando a extensão e a natureza, quando praticados no contexto da violência de gênero contra a mulher.

4 (2019 Banca: IESES Órgão: TJ-SC Prova: IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros -
Provimento - Prova Anulada) Ricardo e Sueli, ambos maiores de idade, são adeptos de prática consistente em
exibicionismo sexual. Extraem prazer em serem vistos por terceiros enquanto praticam sexo. Em certa
oportunidade, obrigam a vizinha Juliana, de 16 anos de idade, mediante grave ameaça verbal, mas sem
encostarem na adolescente, a observá-los enquanto praticam sexo. A conduta de Ricardo e Sueli encontra
adequação típica:

a) No art. 147 do Código Penal, crime de ameaça.


b) No art. 218-A do Código Penal, crime de satisfação da lascívia mediante presença de criança ou
adolescente.
c) No art. 215-A do Código Penal, crime de importunação sexual.
d) No art. 146 do Código Penal, crime de constrangimento ilegal.

GABARITO: D
O enunciado descreve que ambos obrigaram a vizinha Juliana, de 16 anos de idade, mediante grave ameaça
verbal a observá-los enquanto praticam sexo. Tratando-se do crime de Constrangimento ilegal previsto no
artigo 146 do CP: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido,
por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não
manda: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

As demais alternativas a, b e c – fundamentação:

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a) No art. 147 do Código Penal, crime de ameaça.

Ameaça – art. 147 do CP - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico,
de causar-lhe mal injusto e grave: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Observe que no crime de ameaça a finalidade do agente é simplesmente intimidar a vítima, ao passo que no
de constrangimento é o meio de que o agente se serve para obter determinado comportamento da vítima
mediante violência e grave ameaça.

b) No art. 218-A do Código Penal, crime de satisfação da lascívia mediante presença de criança ou adolescente.

Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou
outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem. Pena: Reclusão, de 2 a 4 anos.

O enunciado da questão menciona que Juliana tem 16 anos

c) No art. 215-A do Código Penal, crime de importunação sexual.

Violação sexual mediante fraude - Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante
fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: Pena - reclusão, de 2
(dois) a 6 (seis) anos

O enunciado da questão menciona que mediante grave ameaça verbal, mas sem encostarem na adolescente,
a observá-los enquanto praticam sexo.

5 (2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: ADAPTADA) Sobre os crimes contra a liberdade pessoal,

A pena do crime de tráfico de pessoas é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar
organização criminosa. No entanto, opera-se uma qualificadora quando o crime for cometido por funcionário
público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las.

GABARITO: CORRETA

O artigo 149-A, §2º do CP, prevê que poderá ser reduzidas de um a dois terços, desde que o agente seja
primário e não integre organização criminosa. PRESTAATENÇÃO – A assertiva se equivoca quando diz que se
opera uma qualificadora quando o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções
ou a pretexto de exercê-las. Trata-se, em verdade, de uma majorante, que importa o incremento da pena
intermédia à fração de 1/3 a 2/3.

6 (2019 Banca: CESPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário Federal) Abordado
determinado veículo em região de fronteira internacional, os policiais rodoviários federais suspeitaram da
conduta do motorista: ele conduzia duas adolescentes com as quais não tinha nenhum grau de parentesco.
Ao ser questionado, o condutor do veículo confessou que fora pago para conduzi-las a um país vizinho, onde
seriam exploradas sexualmente. As adolescentes informaram que estavam sendo transportadas sob grave
ameaça e que não haviam consentido com a realização da viagem e muito menos com seus propósitos finais.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.

A conduta do motorista do veículo se amolda ao tipo penal do tráfico de pessoas, em sua forma consumada,
incidindo, nesse caso, causa de aumento de pena, em razão de as vítimas serem adolescentes.

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GABARITO: CORRETA
Consoante o previsto no artigo 149-A do CP - Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar
ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:

V - exploração sexual.

§ 1º A pena é aumentada de um terço até a metade se:

II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência;

IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional

§ 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização criminosa.

O agente estava TRANSPORTANDO pessoa, mediante grave ameaça, com a finalidade de exploração sexual. O
crime esta consumado tendo em vista que é classificado como crime formal: o agente realiza o transporte com
uma finalidade - exploração sexual, que não precisa se realizar, basta que pratique uma das condutas previstas
no caput do art. 149-A CP (elemento objetivo) com uma das finalidades previstas nos incisos I a V do mesmo
artigo (elemento subjetivo). Observe que a vítima do transporte é adolescente: sendo assim, incide a causa de
aumento de pena de 1/3 até metade, em razão da maior reprovabilidade da conduta e da maior
vulnerabilidade da vítima.

7 (2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista Jurídico do Ministério
Público) Mévio, professor de uma renomada escola, é muito ativo no intercâmbio internacional de jovens, de
16 a 21 anos, sendo proprietário de empresa específica para prestar serviços de assessoria para emissão de
passaporte, obtenção de vistos, matrículas nos cursos estrangeiros e intermediação de locais para abrigo dos
jovens. A empresa de Mévio atua tanto levando jovens brasileiros para o exterior quanto trazendo jovens
estrangeiros para o país. Para a surpresa de todos, Mévio foi acusado de crime de tráfico de pessoas (art. 149-
A, do CP), bem como de integrar organização criminosa. Segundo a denúncia do órgão de acusação, os jovens
brasileiros por ele recrutados, no exterior, eram submetidos à exploração sexual e à servidão. Igualmente, os
jovens estrangeiros, no Brasil, eram submetidos a trabalho escravo e exploração sexual. Tendo em vista o
artigo 149-A, do Código Penal e a Lei n° 13.344/16 – Tratamento jurídico do tráfico de pessoas, assinale a
alternativa correta.

a) O artigo 149-A, do CP, só tem incidência quanto aos jovens brasileiros, recrutados para exploração
sexual e servidão no exterior, não se aplicando aos jovens estrangeiros recrutados e explorados no
Brasil.
b) Para vítimas adolescentes, Mévio será punido de forma aumentada, mas, sendo primário, ainda que
integrante de organização criminosa, terá a pena reduzida, por expressa previsão legal.
c) Para as vítimas submetidas à exploração sexual, Mévio será punido de forma aumentada e, ainda que
primário, não fará jus à redução da pena, por integrar organização criminosa.
d) O tipo penal previsto do artigo 149-A, do CP, dispensa a ocorrência de resultado naturalístico.
e) Ainda que os jovens, brasileiros ou estrangeiros, tenham sido explorados no Brasil ou no exterior, não
se caracteriza o crime previsto no 149-A, do CP, que exige que as condutas nele previstas se deem
mediante grave ameaça ou violência.

GABARITO: D
O crime de tráfico de pessoas é classificado como crime FORMAL, não sendo necessário a concretização da
exploração sexual ou servidão, bastando que esses objetivos motivem a conduta do agente, que funcionem
como um impulso para a conduta de recrutar os jovens.

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Posição da doutrina: crime formal – ou de consumação antecipada –, o tráfico de pessoas se consuma com a
simples prática de um dos verbos presentes no caput, desde que com o emprego de grave ameaça, violência,
coação, fraude ou abuso, bem como uma das finalidades previstas em algum dos respectivos incisos, não se
exigindo o alcance do resultado naturalístico previsto no tipo, que, caso seja alcançado, consubstanciará em
mero exaurimento do crime, a ser analisado quando da fixação da pena base." CUNHA, Rogério Sanches;
PINTO, Ronaldo Batista. Tráfico de Pessoas – Lei 13.344/2016 comentada por artigos. Salvador: Editora
Juspodivm. 2017, p. 11.

Dos Crimes Contra o Patrimônio

Do Furto

(Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Campinas
- SP - Guarda Municipal) O crime de subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, mediante concurso
de duas ou mais pessoas, é tipificado pelo Código Penal como
a) roubo qualificado.
b) furto qualificado.
c) estelionato.
d) furto simples.
e) roubo simples.

GABARITO: B
O enunciado da questão trata do tipo penal de Furto QUALIFICADO, conforme o artigo 155, § 4º do CP - A
pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

(2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina)
Conforme jurisprudência dominante no STJ, nos crimes de furto e roubo (arts. 155 e 157 do CP) a consumação
do fato típico somente ocorre com a posse mansa e pacífica, o que não se verifica no caso de perseguição
imediata do agente e recuperação da coisa subtraída.
GABARITO: ERRADA

Contraria o teor da súmula 582 do STJ:

“Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave
ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa
roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada”.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ informativo 572:

Consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que por breve espaço de tempo e
seguida de perseguição ao agente, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. STJ. 3ª Seção.
REsp 1.524.450-RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 14/10/2015 (recurso repetitivo) (Informativo 572).

#PRESTAATENÇÃO  Teoria adotada no BRASIL: Amotio ou apprehensio - Consuma-se o crime de roubo com
a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e

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em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse
mansa e pacífica ou desvigiada.
(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto – ADAPTADA) Com
relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens que se seguem, com base no entendimento
jurisprudencial.
A existência de sistema de vigilância por monitoramento, por impossibilitar a consumação do delito de furto,
é suficiente para tornar impossível a configuração desse tipo de crime.

GABARITO: ERRADA

A jurisprudência do STJ conforme o teor da súmula 567 do STJ, o sistema de vigilância realizado por
monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só,
não torna impossível a configuração do crime de furto. No entanto, nada impede que se reconheça a
impossibilidade do crime caso se comprove que os agentes de vigilância acompanharam todo o iter criminis
sem deixar qualquer possibilidade de consumação do delito.

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA)
Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre os crimes contra o patrimônio, o sistema
de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de
estabelecimento comercial torna impossível a configuração do crime de furto, em razão da absoluta ineficácia
do meio.

GABARITO: INCORRETA

Nos termos da súmula 567do STJ:


Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de
estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.
(2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto – ADAPTADA) Quanto aos
crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que, conforme entendimento sedimentado do Superior Tribunal
de Justiça, aplicam-se as qualificadoras objetivas e subjetivas do furto a causa de aumento de pena do repouso
noturno e a forma privilegiada.

GABARITO: INCORRETA

Conforme dispõe a Súmula 511 do STJ, "É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155
do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno
valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva", assim, somente as qualificadoras objetivas são
aplicáveis. O 'abuso de confiança', de ordem subjetiva, inviabiliza a concessão do benefício.

(2019 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: DPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 -
DPE-MG - Defensor Público - ADAPTADA) Sobre a parte especial do Código Penal, analise as afirmativas a
seguir, conforme a jurisprudência predominante.
Gustavo e Thiago subtraíram a quantia de R$ 300,00 da carteira de um amigo com quem dividiam uma mesa
no restaurante em que almoçavam. No caso de uma condenação pelo delito de furto, se presentes todos os
requisitos legais, o juízo deverá reconhecer o furto de pequeno valor (art. 155, §2º do CP), mesmo nesse caso
incidindo a qualificadora do concurso de agentes e do abuso de confiança.

GABARITO: INCORRETA

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O enunciado da questão trata de qualificadora de abuso de confiança que é de ordem subjetiva. A


jurisprudência entende que é possível o reconhecimento do privilégio previsto no §2º do art. 155 do CP nos
casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da
coisa e a qualificadora for de ordem OBJETIVA, conforme o teor da súmula 511 do STJ.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2019 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto.) Antônio estava em
uma festa, acompanhado de amigos e de Maria, sua esposa. Depois de consumir uma grande quantidade de
bebida alcóolica, ele decidiu furtar o celular que estava sobre a mesa. Antônio, que acreditava que o objeto
era de propriedade de algum desconhecido — na verdade, o aparelho era de Maria —, sorrateiramente o
colocou no bolso. Passados alguns minutos, tendo percebido que o aparelho estava quebrado, arrependido,
ele decidiu deixar o aparelho dentro do banheiro, com a esperança de que o proprietário do celular o
recuperasse. Após isso, retornou para sua casa.
Considerando que a conduta de Antônio tenha sido descoberta e denunciada à polícia, assinale a opção
correta.

a) Antônio responderá pelo crime de furto, mas sua pena será reduzida em razão da absoluta
impropriedade do objeto.
b) A pena de Antônio será reduzida por ter ele se arrependido da subtração e deixado o aparelho no
banheiro, com intuito de que o proprietário do bem o recuperasse.
c) A pena será agravada em razão de a vítima ser esposa do agente.
d) A pena será atenuada, por ter Antônio procurado por sua espontânea vontade e com eficiência, logo
após o crime, evitar as consequências de sua conduta.
e) Antônio responderá por crime de furto consumado.

GABARITO: E
 JURISPRUDÊNCIA do STJ informativo 572:

Consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que por breve espaço de
tempo e seguida de perseguição ao agente, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. STJ. 3ª
S. REsp 1.524.450-RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j. 14/10/15.
Art. 181 – É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:

I – do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;

(2019 Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público) Com relação aos delitos
tipificados na parte especial do Código Penal, julgue o item subsecutivo.
Situação hipotética: Pedro, réu primário, valendo-se da confiança que lhe depositava o seu empregador,
subtraiu para si mercadoria de pequeno valor do estabelecimento comercial em que trabalhava. Assertiva:
Nessa situação, apesar de configurar a prática de furto qualificado pelo abuso de confiança, o juiz poderá
reconhecer o privilégio.

GABARITO: ERRADA
O STJ entende ser compatível com o privilégio do furto qualquer qualificadora de ordem objetiva. Deste modo,
a única qualificadora que não é compatível é a de abuso de confiança.

Furto qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

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II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

III - com emprego de chave falsa;

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

Súmula 511 do STJ: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do artigo 155 do CP nos casos
de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa
furtada e a qualificadora for de ordem OBJETIVA.

(2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Direito) Segundo o Código
Penal brasileiro, bem como o entendimento dos Tribunais Superiores, sobre os crimes contra o patrimônio,
no caso do agente que praticar o crime de furto contra o cônjuge, na constância da sociedade conjugal, o juiz
poderá substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a
pena de multa.
GABARITO: INCORRETO

Conforme o artigo 155, § 2º do CP - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz
pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a
pena de multa.

CAUSA DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: I - do
cônjuge, na constância da sociedade conjugal.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos - SP -
Guarda Civil Municipal – SSPC) Artêmis, maior de idade, estava passando em frente a uma loja de produtos
eletrônicos e, com o uso de uma chave falsa, logrou êxito em adentrar ao estabelecimento para subtrair várias
mercadorias de elevado valor. Segundo o Código Penal, o crime cometido por Artêmis se enquadra como

a) roubo simples.
b) roubo qualificado.
c) furto simples.
d) furto qualificado.
e) furto simples, com aumento de pena pelo uso de chave falsa.

GABARITO: E
Trata-se do Crime de Furto qualificado, consoante o artigo 155 CP § 4º do CP - A pena é de reclusão de dois a
oito anos, e multa, se o crime é cometido:

III - com emprego de chave falsa;

 JURISPRUDÊNCIA:

Furto Qualificado: Em regra, não será aplicado o princípio da insignificância. Entretanto, não é possível afirmar
que o princípio da insignificância não pode ser aplicado ao furto qualificado. (Informativo 793 do STF, HC
123108, julgado em 03/08/2015 e STF – HC 155.920/MG – 27/04/2018).

Ao crime furto qualificado com emprego de chave falsa, há possibilidade da aplicação do princípio da
significância, desde que não viole os requisitos acima.

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 Situações em que os Tribunais Superiores (STJ e STF) já se manifestaram contra a aplicação do


princípio da insignificância:

Furto noturno.

Furto com ingresso na residência da vítima (violação da intimidade).

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Investigador) Assinale a
alternativa INCORRETA

a) A pena do delito de roubo é aumentada de dois terços se há destruição ou rompimento de obstáculo


mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
b) A pena do delito de roubo é aumentada de um terço até a metade, se há o concurso de duas ou mais
pessoas.
c) A pena do delito de furto é aumentada de um terço se houver emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum.
d) Se o delito de extorsão é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, é aumentada
a pena de um terço até a metade.
e) A pena do delito de apropriação indébita é aumentada de um terço quando o agente recebeu a coisa
em depósito necessário.

GABARITO: C

Conforme o artigo 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro
anos, e multa.

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Investigador) Em relação
ao crime de furto, é correto afirmar que

a) a pena é aumentada de um terço se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda


que abatido ou dividido em partes no local da subtração.
b) se o criminoso é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode isentar o agente de pena.
c) não se equipara à coisa móvel a energia elétrica.
d) o furto é qualificado se o crime for cometido com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração
da coisa.
e) a pena é aumentada de três quintos se a subtração for de veículo automotor que venha a ser
transportado para outro Estado ou para o exterior.

GABARITO: D

Conforme o artigo 155 § 4º do CP - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa.

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Guarda
Civil Municipal) Carlos, guarda municipal, durante seu horário de trabalho, verifica que Joana, declarando-se
vendedora de roupas, aproxima-se de Marta e passa a lhe mostrar as saias que teria para venda. Enquanto
Marta analisava as roupas apresentadas, Joana, aproveitando-se da situação criada, pega o telefone celular

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de Marta, que estava em cima do banco. Em seguida, Joana tenta deixar o local dos fatos, levando o telefone
e as saias, pois, na verdade, não era vendedora, mas vem a ser presa em flagrante por Carlos.
Encaminhada à Delegacia e confirmados os fatos, Joana deverá ser responsabilizada pelo crime de

a) furto simples.
b) furto mediante fraude.
c) estelionato simples.
d) apropriação indébita simples.
e) apropriação indébita majorada pela fraude.

GABARITO: B

Nos termos do artigo 155 do CP - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Furto qualificado - § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

➢ Furto simples: Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.


➢ Furto mediante fraude: Trata-se de um qualificador do crime de furto. São outros qualificadores: uso
de chave falsa, destruição de obstáculos para efetuar o crime, abuso de confiança, fraude, houve
escalada para efetuar o crime, destreza e concurso de 2 ou mais agentes.
➢ Estelionato simples: Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.
➢ Apropriação indébita simples: Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção.
➢ Apropriação indébita majorada pela fraude: Tal tipo de majoração não está prevista no código penal.
Podemos citar como majoração quando o agente recebeu a coisa: em depósito necessário; na
qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
em razão de ofício, emprego ou profissão.

(2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP) Prova: FCC - 2018 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário -
Segurança) José aproximou-se de um turista estrangeiro e, dizendo falsamente ser funcionário da companhia
de aviação, se dispôs a tomar conta da sua bagagem, enquanto o mesmo dirigia-se ao balcão de informações,
aproveitando-se disso para apossar-se de alguns valores que estavam no interior da mala. Nesse caso, ficou
configurado o delito de

a) disposição de coisa alheia como própria.


b) estelionato.
c) apropriação indébita.
d) roubo.
e) furto qualificado pela fraude.

GABARITO: E

Consoante o artigo 155 do CP - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Furto qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

MUDE SUA VIDA!


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II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Provas: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Assistente Social -
ADAPTADA) Considerando as seguintes alternativas, assinale a correta.

O crime de furto ocorre quando o agente subtrai, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, equiparando-se
à coisa móvel, à energia elétrica ou a qualquer outra que tenha valor econômico.

GABARITO: CORRETO

Conforme o disposto no artigo 155 do CP e seu §3º do CP.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ informativo 648:

“No caso dos autos, verifica-se que as fases “A” e “B” do medidor estavam isoladas por um material
transparente, que permitia a alteração do relógio e, consequentemente, a obtenção de vantagem ilícita aos
acusados pelo menor consumo/pagamento de energia elétrica – por induzimento em erro da companhia de
eletricidade. Assim, não se trata da figura do “gato” de energia elétrica, em que há subtração e inversão da
posse do bem. Trata-se de serviço lícito, prestado de forma regular e com contraprestação pecuniária, em que
a medição da energia elétrica é alterada, como forma de burla ao sistema de controle de consumo – fraude –
por induzimento em erro, da companhia de eletricidade, que mais se adequa à figura descrita no tipo elencado
no art. 171, do Código Penal (estelionato).” (AREsp 1.418.119/DF, j. 07/05/2019).

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto – ADAPTADA) Com
relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens que se seguem, com base no entendimento
jurisprudencial.
A presença de circunstância qualificadora de natureza objetiva ou subjetiva no delito de furto não afasta a
possibilidade de reconhecimento do privilégio, se estiverem presentes a primariedade do agente e o pequeno
valor da res furtiva.

GABARITO: INCORRETA

Conforme o teor da súmula n. 511 do STJ, é possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art.
155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o
pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. Sendo assim, é possível o furto híbrido (furto
privilegiado e furto qualificado), desde que a qualificadora seja de ordem objetiva.

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA)
Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre os crimes contra o patrimônio, no caso
de furto de energia elétrica mediante fraude, o adimplemento do débito antes do recebimento da denúncia
extingue a punibilidade.

GABARITO: INCORRETA

A jurisprudência do STJ (Inf. 645) entende que o PAGAMENTO do débito oriundo de furto de energia elétrica
antes do recebimento da denúncia NÃO é causa de extinção da punibilidade.

Do Roubo

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(2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina)
Conforme jurisprudência dominante no STJ, nos crimes de furto e roubo (arts. 155 e 157 do CP) a consumação
do fato típico somente ocorre com a posse mansa e pacífica, o que não se verifica no caso de perseguição
imediata do agente e recuperação da coisa subtraída.
GABARITO: ERRADA
Momento consumativo do furto Momento consumativo do Roubo
Consuma-se o crime de furto com a posse de Consuma-se o crime de roubo com a inversão
fato da res furtiva, ainda que por breve espaço da posse do bem mediante emprego de
de tempo e seguida de perseguição ao violência ou grave ameaça, ainda que por
agente, sendo prescindível a posse mansa e breve tempo e em seguida à perseguição
pacifica ou desvigiada. imediata ao agente e recuperação da coisa
roubada, sendo prescindível a posse mansa e
pacífica ou desvigiada.

Consoante o teor da súmula 582 do STJ:

Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave
ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa
roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ:

"Os tribunais superiores adotaram a teoria da apprehensio, também denominada de amotio, segundo a qual
o crime de roubo, assim como ode furto, consuma-se no momento em que o agente se torna possuidor da
coisa alheia móvel, pouco importando se por longo ou breve espaço temporal, sendo prescindível a posse
mansa, pacífica, tranquila e/ou desvigiada." (HC 222888/MG, STJ, 5ª. Turma. Rel. Min. Gurgel de Faria,
16.12.2014, DJe 02.02.2015).

VAMOS REVISAR?
As teorias que explicam o momento da consumação dos Crimes de Furto e do Roubo são:

 CONCRECTATIO - A consumação se dá pelo simples contato entre o agente e a coisa alheia,


dispensando seu deslocamento (Se tocou, já consumou).
 APREHENSIO - A consumação se dá logo após o contato, com o apoderamento da coisa alheia pelo
agente.
 AMOTIO - A consumação se dá quando a coisa subtraída passa para o poder do agente (inversão da
posse), mesmo que num curto espaço de tempo, independentemente de deslocamento ou de posse
mansa e pacífica.
 ABLATIO - A consumação ocorre quando o agente, depois de apoderar-se da coisa, consegue deslocá-
la de um lugar para outro, longe da esfera de vigilância do proprietário.
 ILLACTIO - Para ocorrer a consumação a coisa deve ser levada ao local desejado pelo agente e lá
mantida a salvo.

ADOTAMOS – BRASIL - Teoria adotada no BRASIL: Amotio ou apprehensio - É o momento da apreensão da


coisa – STF/STJ: segundo essa teoria, a consumação ocorre quando a coisa subtraída passa para o poder do
agente, mesmo que num curto espaço de tempo, independentemente de deslocamento ou posse mansa ou
pacífica.

#PRESTAATENÇÃO  Teoria NÃO adotada no BRASIL: Ablatio (que por sinal é cobrada em muitas questões
tentando confundir o candidato)

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(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA)
Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre os crimes contra o patrimônio, consuma-
se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda
que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo
imprescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.

GABARITO: INCORRETA

Consoante à súmula 582 do STJ:

Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave
ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa
roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.

(Ano: 2020 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Boa Vista - RR Prova: SELECON - 2020 - Prefeitura de Boa
Vista - RR - Guarda Civil Municipal) Towarde Lennon é considerado culpado pela prática do crime de roubo
capitulado no Código Penal. Nos termos das normas aplicáveis, sua pena será acrescida de dois terços quando:

a) houver o concurso de duas pessoas


b) a vítima permanecer em poder do acusado
c) a subtração for de explosivos
d) a violência é exercida com arma de fogo

GABARITO: D

Consoante o disposto no artigo 157, § 2º-A do CP - A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):

I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo.

#ATENÇÃOnovidadeLEGISLATIVA – Lei 13.964/2019 – O roubo circunstanciado com aumento de pena trata-


se de uma hipótese de novatio legis in pejus: aumenta-se a pena em 2/3 se a violência ou ameaça for exercida
com o uso de arma de fogo, e se houver destruição ou rompimento de obstáculos mediante o emprego de
explosivos ou de artefatos análogos que cause perigo comum, e ainda, concurso de pessoas.

#PRESTEATENÇÃOnosDETALHES - USO DE ARMAS NO ROUBO COM A ATUALIZAÇÃO DO PACOTE ANTICRIME:

 Violência ou grave ameaça com uso de arma branca - Majora de 1/3 a 1/2 (Pacote Anticrime);

 Violência ou grave ameaça com emprego de arma de fogo - Majora 2/3;

 Violência ou grave ameaça com emprego de arma de fogo de uso restrito/proibido – o DOBRO da
pena (Pacote Anticrime).

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto – ADAPTADA) Com
relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens que se seguem, com base no entendimento
jurisprudencial.
Constatada a utilização de arma de fogo desmuniciada na perpetração de delito de roubo, não se aplica a
circunstância majorante relacionada ao emprego de arma de fogo.

GABARITO: CORRETA

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Consoante o entendimento da JURISPRUDÊNCIA  A utilização de ARMA DESMUNICIADA, como forma de


intimidar a vítima do delito de roubo, caracteriza o emprego de violência, porém, não permite o
reconhecimento da majorante de pena, já que esta está vinculada ao potencial lesivo do instrumento,
pericialmente comprovado como ausente no caso, dada a sua ineficácia para a realização de disparos (STJ HC
190.067/MS).

#PRESTAmuitaATENÇÃO - Com a entrada em vigência da lei n° 13.964, de 24/12/19, arma branca também é
causa de aumento de pena de 1/3 até 1/2, conforme o Art. 157, §2°, VII - se a violência ou grave ameaça é
exercida com emprego de arma branca.

(2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto –
ADAPTADA) É correto afirmar:

A destruição ou o rompimento de obstáculo com explosivo ou artefato análogo que cause perigo comum é
causa expressa de aumento de pena no crime de roubo.

GABARITO: CORRETO

De acordo com o inciso II, do parágrafo 2°-A, do art. 157, do CP, a pena do crime de roubo aumenta-se de 2/3
se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que
cause perigo comum. Portanto, é causa de aumento ou majorante expressa do crime de roubo. Cumpre o
alerta: De acordo com o parágrafo 4°-A, do art. 155, do CP, o emprego de explosivo ou de artefato análogo
que cause perigo comum não é causa de aumento ou majorante, mas qualificadora do crime de furto, pois
altera os patamares mínimo e máximo da pena cominada, que passa a ser de reclusão de 04 a 10 anos e multa.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RJ - Juiz Substituto) João invade um museu
público disposto a furtar um quadro. Durante a ação, quando já estava tirando o quadro da parede, depara-se
com um vigilante. Diante da ordem imperativa para largar o quadro, e temendo ser alvejado, vulnera o
vigilante com um projétil de arma de fogo. O vigilante vem a óbito; e João, impressionado pelos
acontecimentos, deixa a cena do crime sem carregar o quadro. De acordo com o entendimento sumulado pelo
Supremo Tribunal Federal, praticou-se

a) furto qualificado tentado em concurso com homicídio qualificado consumado.


b) roubo próprio tentado em concurso com homicídio consumado.
c) roubo impróprio tentado em concurso com homicídio consumado.
d) latrocínio tentado.
e) latrocínio consumado.

GABARITO: E

 JURISPRUDÊNCIA do STF informativo 855:

Aquele que se associa a comparsa para a prática de roubo, sobrevindo a morte da vítima, responde pelo crime
de latrocínio, ainda que não tenha sido o autor do disparo fatal ou que sua participação se revele de menor
importância.
Por razões de política criminal o STF entendeu que, apesar do latrocínio ser originalmente um crime
patrimonial, deve-se dar prevalência ao bem jurídico vida, de modo que, se esta foi ceifada, o latrocínio deve
ser considerado consumado. Nesse sentido:

Súmula 610 do STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente
a subtração de bens da vítima.

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 Subtração consumada + morte consumada = latrocínio consumado

 Subtração tentada + morte tentada = latrocínio tentado

 Subtração consumada + morte tentada = latrocínio tentado

 Subtração tentada + morte consumada = latrocínio consumado

(2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina) No
crime contra o patrimônio em que a coisa é subtraída e a violência é praticada com a intenção de matar a
vítima, sem que esta chegue a morrer, a conduta é tipificada como tentativa de latrocínio, e não como roubo
consumado, nem como latrocínio consumado (art. 157 do CP), conforme definido pela jurisprudência
dominante no STJ.
GABARITO: CORRETO

Nos termos do artigo 157 do CP (Roubo) - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

§ 3º Se da violência resulta:

I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa;

II - (Latrocínio) – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa.

Súmula 610 STF - Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a
subtração de bens da vítima.

 Roubo consumado + Homicídio consumado = Latrocínio consumado


 Roubo consumado + Homicídio tentado = Latrocínio tentado
 Roubo tentado + Homicídio consumado = Latrocínio consumado
 Roubo tentado + Homicídio tentado = Latrocínio tentado

(2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto –
ADAPTADA) É correto afirmar:

Há latrocínio consumado, quando o homicídio se consuma, ainda que não realizada a subtração dos bens da
vítima.

GABARITO: CORRETO

É o que dispõe a súmula 610 do STF:

“Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens
da vítima".

#PRESTEATENÇÃOnosDETALHES:

 Morte Consumada + Subtração Consumada = Latrocínio consumado


 Morte tentada + Subtração tentada = Latrocínio tentado

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 Morte consumada + Subtração tentada = Latrocínio consumado


 Morte tentada + Subtração consumada = Latrocínio tentado

(2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto –
ADAPTADA) É correto afirmar:

O crime de roubo do qual resulta lesão corporal grave, nos termos das alterações trazidas pela Lei n°
13.654/2018, só pode se verificar a título de preterdolo.

GABARITO: INCORRETO
O crime de roubo do qual resulta lesão corporal grave, nos termos das alterações trazidas pela Lei
13.654/2018, pode se verificar a título de preterdolo.

 JURISPRUDÊNCIA: De acordo com o REsp 1.630.153/2017 e com a doutrina amplamente majoritária,


o crime de roubo do qual resulta lesão corporal grave, bem como o crime de latrocínio (quando resulta
a morte) são crimes qualificados pelo resultado que poderá ser imputado ao agente a título de culpa
(preterdolo) ou dolo.

(Ano: 2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça -
Reaplicação) José Robalo armou-se de uma faca e, como faz sempre, adentrou uma van do transporte
alternativo, onde estavam quatro pessoas. O assaltante anunciou o roubo e, brandindo a arma branca,
determinou que todos os ocupantes do veículo lhe entregassem seus pertences. Assim, todos obedeceram e
entregaram seus celulares e relógios para José Robalo. Antes mesmo de sair da van, agentes da lei em uma
viatura da Polícia Militar, que passavam por perto, visualizaram a conduta do assaltante, que notou a
aproximação policial e deixou o local em desabalada carreira, abandonando os pertentes poucos metros da
van. José Robalo foi preso em seguida pelos policiais. Considerando o disposto no Código Penal, assinale a
alternativa correta:

a) José Robalo deverá responder por um único crime de roubo consumado, com pena aumentada pelo
uso de arma branca. Na fase do artigo 59, do Código Penal, deverá o magistrado aumentar a pena,
distanciando-a do mínimo, em face da quantidade de pessoas que foram vitimadas.
b) O autor deverá responder por quatro crimes de roubo tentado em concurso formal, já que foi
impedido de consumar o crime pela Polícia Militar, razão alheia à sua vontade.
c) José Robalo deverá responder por quatro crimes de roubo consumado, em concurso formal de
infrações penais.
d) José Robalo responderá por quatro crimes de roubo tentado em continuidade delitiva, já que as
infrações foram praticadas em sequência. A prática de dois ou mais crimes da mesma espécie, nas
mesmas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, implica na adoção
da continuidade de delitos.

GABARITO: C
Com o novo posicionamento do STF (teoria da apprehensio), a posse mansa e pacífica do bem virou um mexo
exaurimento. A consumação se atinge com a inversão da posse em favor do criminoso. Aplica-se a teoria
da amotio ou apprehensio: basta a inversão da posse, ainda que a coisa não saia da esfera de vigilância da
vítima, embora saia da sua esfera de disponibilidade. Não é necessária posse mansa, pacífica ou desvigiada. É
a teoria adotada pelos tribunais. Considera-se consumado o delito de furto ou roubo quando o agente detenha
a posse de fato sobre o bem, ainda que seja possível à vítima retomá-lo, ainda que não seja a posse
pacífica. Caracteriza-se o concurso formal de crimes quando praticado o roubo, mediante uma só ação, contra
vítimas distintas, pois atingidos patrimônios diversos. Precedentes.” (HC 459.546/SP, j. 13/12/2018).

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É entendimento desta Corte Superior que o roubo perpetrado contra diversas vítimas, ainda que ocorra
num único evento configura o concurso formal e não o crime único, ante a pluralidade de bens jurídicos
tutelados ofendidos. (...) (STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 389.861/MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze,
julgado em 18/06/2014).

(2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Direito) Segundo o Código
Penal brasileiro, bem como o entendimento dos Tribunais Superiores, sobre os crimes contra o patrimônio,
tanto o crime de roubo quanto o de furto, para a sua consumação, não precisam que a posse da coisa furtada
ou roubada seja mansa, pacífica ou desvigiada.
GABARITO: CORRETO

O STJ, ao apreciar o tema sob a sistemática do recurso especial repetitivo, fixou a seguinte TESE: Consuma-se
o crime de roubo com a inversão da posse do bem, mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda
que por breve tempo e em seguida a perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo
prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.

A teoria da APPREHENSIO (AMOTIO) - Nos países cujos Códigos Penais utilizam expressões como “subtrair” ou
“tomar” para caracterizar o furto e o roubo (Alemanha e Espanha, por exemplo), predomina, na doutrina e na
jurisprudência, a utilização da teoria da apprehensio (ou amotio). Foi a corrente também adotada no Brasil.

Fonte: Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 582-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em: <>. Acesso em: 21/02/2020

(2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Direito) Segundo o Código
Penal brasileiro, bem como o entendimento dos Tribunais Superiores, sobre os crimes contra o patrimônio, o
ato de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para
outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa, constitui,
em tese, o crime de roubo qualificado.
GABARITO: INCORRETO

Contraria o teor da súmula 582 do STJ - Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem
mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição
imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou
desvigiada. (Súmula 582, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/09/2016, DJe 19/09/2016).

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Provas: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Assistente Social -
ADAPTADA) Considerando as seguintes alternativas, assinale a correta.

De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, considera-se consumado o roubo apenas se o bem, objeto do
delito, sai da esfera de vigilância da vítima.

GABARITO: INCORRETA

Conforme a súmula 582 do STJ:

Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave
ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa
roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.

(2019 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: DPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 -
DPE-MG - Defensor Público - ADAPTADA) Sobre a parte especial do Código Penal, analise as afirmativas a
seguir, conforme a jurisprudência predominante.

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O delito de roubo, assim como o de furto, consuma-se no momento em que o agente se torna possuidor da
coisa alheia móvel, ainda que por poucos instantes, sendo prescindível a posse mansa, pacífica, tranquila e
desvigiada do bem. Dessa forma, prevalece, a teoria da amotio ou apprehensio junto ao Superior Tribunal de
Justiça.

GABARITO: CORRETO

Assim, de acordo com corrente majoritária, inclusive dos Tribunais Superiores (STF e STJ), a consumação
ocorre quanto o sujeito retira o objeto material da posse da vítima, ainda que sob a vigilância da vítima ou de
terceira pessoa. Assim, basta a inversão da posse. STF: HC nº 92.450/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, rel. p/
acórdão Min. Ricardo Lewandowski, 16.9.2008; HC nº 96.856, 1ª T., rel. Min. Dias Tofolli.

Conforme a súmula 582 do STJ:

“Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave
ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da
coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada."

(2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área
Judiciária) Rômulo e José combinaram durante uma festa a prática de um roubo contra determinada farmácia
durante a madrugada. Saindo da festa, os dois rumaram no carro de José para o estabelecimento comercial
vítima e lá praticaram o roubo, subtraindo todo o dinheiro que havia no caixa. Para o roubo Rômulo utilizou
uma arma de brinquedo, enquanto José empregou um revólver calibre 38, devidamente municiado. Quando
os dois roubadores estavam saindo da farmácia com o produto do roubo, o segurança do estabelecimento,
Pedro, resolveu reagir e, neste momento, José efetuou contra ele três disparos de arma de fogo, ferindo-o
gravemente na região do abdômen. Pedro foi socorrido no hospital mais próximo e sobreviveu aos ferimentos.
Naquela mesma noite Rômulo e José foram presos pela polícia, que conseguiu recuperar a res furtiva e
apreender as armas utilizadas (simulacro e revólver calibre 38). Neste caso,

a) Rômulo e José responderão por crime de tentativa de latrocínio.


b) José responderá por crime de tentativa de latrocínio, enquanto Rômulo por roubo qualificado pelo
concurso de agentes.
c) José responderá por crime de tentativa de latrocínio, enquanto Rômulo por roubo duplamente
qualificado pelo concurso de agentes e emprego de arma de fogo.
d) Rômulo e José responderão por crime de roubo duplamente qualificado pelo concurso de agentes e
emprego de arma de fogo, bem como pelo crime de tentativa de homicídio contra a vítima Pedro.
e) José responderá por crime de roubo duplamente qualificado pelo concurso de agentes e emprego de
arma de fogo, bem como pelo crime de tentativa de homicídio contra a vítima Pedro, enquanto
Rômulo responderá por crime de roubo qualificado pelo concurso de agentes.

GABARITO: A

Conforme o artigo 157, p. 3º, Inc. II - Resulta morte - Latrocínio Reclusão: 20 a 30 anos e multa.

 Crime hediondo (art. 1º, II, Lei 8072/90) → consumado ou tentado.


 Crime complexo: resulta da fusão dos delitos de roubo (crime-fim) e homicídio (crime-meio)
 Crime pluriofensivo: ofende dois bens jurídicos → patrimônio e vida humana

JURISPRUDÊNCIA do STF informativo 855:

“Aquele que se associa a comparsa para a prática de roubo, sobrevindo a morte da vítima, responde pelo
crime de latrocínio, ainda que não tenha sido o autor do disparo fatal ou que sua participação se revele de

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menor importância. O agente assumiu o risco de produzir resultado + grave, ciente de que atuava em crime
de roubo, no qual as vítimas foram mantidas em cárcere sob a mira de arma de fogo”

#PRESTEATENÇÃOnosDETALHES  informativo 670 do STF:


"Em regra, o coautor que participa de roubo armado responde pelo latrocínio, ainda que o disparo tenha sido
efetuado só pelo comparsa. Essa é a jurisprudência do STJ e do STF. Entretanto, se um dos agentes quis
participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste. Logo, se o coautor que não atirou não queria
participar do latrocínio, não responderá por esse crime mais grave."

(2019 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: DPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 -
DPE-MG - Defensor Público - ADAPTADA) Sobre a parte especial do Código Penal, analise as afirmativas a
seguir, conforme a jurisprudência predominante.
O delito de dano ao patrimônio público, quando praticado por preso para facilitar a fuga do estabelecimento
prisional, demanda a demonstração do dolo específico de causar prejuízo ao bem público (animus nocendi),
sem o qual a conduta é atípica, mesmo havendo prejuízo patrimonial ao erário.

GABARITO: CORRETO

Em que pese a existência de correntes diversas quanto a esta matéria, o Superior Tribunal de Justiça tem
entendido que o preso, quando causa dano ao patrimônio público, objetivando sua fuga, não possui o dolo
específico exigido para o delito, qual seja, o animus nocendi. No caso específico de preso, o STJ, de forma
pacífica, entende que o delito de dano ao patrimônio público, quando praticado por preso para facilitar a fuga
do estabelecimento prisional, demanda a demonstração do dolo específico de causar prejuízo ao bem público.
(RHC 56.629/AL, Rel. Min. Antônio Saldanha Palheiro, 6ª Turma, DJe 1º/08/2016).

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto) Múcio, com o objetivo de ter a
posse de um carro, abordou Cláudia, que dirigia devagar na saída de um estacionamento. Ao surpreendê-la,
ele fez sinal para que ela parasse e, após Cláudia sair do veículo, Múcio a colocou, com violência, dentro do
porta-malas, para impedir que ela se comunicasse com policiais que estavam próximos ao local. Horas depois
do crime, Múcio liberou a vítima em local ermo.
Nessa situação hipotética, a conduta de Múcio o sujeita a responder pelo crime de

a) extorsão mediante sequestro.


b) roubo em concurso material com sequestro.
c) extorsão qualificada mediante a restrição da liberdade da vítima.
d) roubo qualificado, pelo agente ter mantido a vítima em seu poder, restringindo-lhe a liberdade.

GABARITO: D

A despeito de o enunciado da questão mencionar a expressão "qualificado" está equivocada, é a alternativa


mais correta. Trata-se de crime de roubo MAJORADO pela condição de manter a vítima em seu poder,
restringindo a sua liberdade consoante o artigo 157. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade:

V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA)
Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre os crimes contra o patrimônio, o aumento
na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não
sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.

GABARITO: CORRETA

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Consoante à jurisprudência do STJ, conforme o teor da súmula 443:


O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação
concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.

Da Extorsão

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA)
Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre os crimes contra o patrimônio, não
configura o delito de extorsão (art. 158 do Código Penal) a conduta do agente que submete vítima à grave
ameaça espiritual que se revelou idônea a atemorizá-la e compeli-la a realizar o pagamento de vantagem
econômica indevida.

GABARITO: INCORRETA

Configura o delito de extorsão (art. 158 do CP) a conduta do agente que submete vítima à grave ameaça
espiritual que se revelou idônea a atemorizá-la e compeli-la a realizar o pagamento de vantagem econômica
indevida, conforme a JURISPRUDÊNCIA do STJ, Info. 598 do STJ.

(2019 Banca: Fundação CEFETBAHIA Órgão: Prefeitura de Cruz das Almas - BA Prova: Fundação CEFETBAHIA -
2019 - Prefeitura de Cruz das Almas - BA - Guarda Municipal) João exerce a função de guarda municipal em
uma Unidade de Saúde da Família (USF) do Município do Brejo. Na última sexta-feira, foi ameaçado por um
colega, que portava um canivete, para que não o denunciasse por levar consigo cinco caixas de luvas
descartáveis da USF. De acordo com o Código Penal Brasileiro, a situação acima, caracteriza que João foi vítima
de

a) furto.
b) furto de coisa comum.
c) extorsão.
d) furto qualificado.
e) extorsão indireta.

GABARITO: C
Consoante o artigo 158 do CP, constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa. No crime de extorsão, o agente, usando de violência ou de grave ameaça, obriga outra pessoa
a ter determinado comportamento, com o objetivo de obter uma vantagem econômica indevida. A vítima é
coagida pelo autor do crime a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa.

➢ Extorsão é um crime formal (súmula 96, STJ), ou seja, o agente não precisa obter a vantagem,
bastando o constrangimento para fins de consumação do delito.
➢ Extorsão indireta é o ato de exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de
alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro.
O objeto jurídico é tutelar-se do patrimônio, assim como a liberdade individual da vítima.

Em regra, não é possível a tentativa. Todavia, a depender da forma que a extorsão for praticada, é possível a
tentativa, por exemplo, extorsão praticado por escrito (escrita de carta constando
uma ameaça/constrangimento) que não chega as mãos do sujeito passivo.

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(2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Direito) Segundo o Código
Penal brasileiro, bem como o entendimento dos Tribunais Superiores, sobre os crimes contra o patrimônio,
apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção, configura, em tese, o crime de furto de
coisa comum.
GABARITO: INCORRETO

Nos termos do artigo 158 do CP - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito
de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

(2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: CESPE - 2018 - EBSERH - Advogado) Julgue o item seguinte,
relativos aos tipos penais dispostos no Código Penal e nas leis penais extravagantes.
A distinção entre o roubo e a extorsão está no grau de participação da vítima, tendo em vista que, no segundo
tipo penal, é exigida a participação efetiva do agente lesado.

GABARITO: CORRETA

ROUBO (art. 157) ➞ não há colaboração da vítima

EXTORSÃO (art. 158) ➞ exige-se colaboração da vítima

Diferença de extorsão e roubo


ROUBO – Art. 157 do CP EXTORSÃO – Art. 158 do CP
1. Não depende da colaboração da 1. Depende de colaboração da vítima
vitima para consumar para sua consumação.
2. O próprio autor efetua a subtração do 2. O autor do delito não consegue
bem, ou seja, ele transfere sozinho o subtrair a coisa sem a colaboração da
bem para sua posse. vítima.

Exemplo: o agente, empregando uma arma de Exemplo: o agente, empregando uma arma de
fogo, subtrai o relógio da vítima. fogo, constrangendo a vítima a efetuar uma
transferência de dinheiro para a sua conta.
(AQUI SOMENTE A VÍTIMA TEM A SENHA, PARA
ELE CONSEGUIR É NECESSÁRIA A
PARTICIPAÇÃO DA VÍTIMA).

(2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto – ADAPTADA) Quanto aos
crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que qualifica a extorsão mediante sequestro se o sequestrado
é menor de 18 (dezoito) anos ou maior de 60 (sessenta) anos, de sorte que se restituído à liberdade depois de
completar 18 (dezoito) anos, ou sequestrado antes de completar 60 (sessenta) anos, embora libertado a partir
dessa idade, não incide a qualificadora.

GABARITO: INCORRETA

Conforme o artigo 159 § 1º do CP - Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é
menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.

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(2018 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Forquilha - CE Prova: CETREDE - 2018 - Prefeitura de Forquilha -
CE - Guarda Municipal) “Dos crimes contra a pessoa” Correlacione a coluna B pela coluna A
COLUNA A

I. Lesão corporal.

II. Furto.

III. Roubo.

IV. Extorsão.

V. Extorsão indireta.

VI. Estelionato

COLUNA B

( ) Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.

( ) Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa.

( ) Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.

( ) Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois
de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.

( ) Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em
erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.

( ) Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar
causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro.

Marque a opção que apresenta a sequência CORRETA.

a) I – IV – II – III – VI – V.
b) I – II – III – IV – V – VI.
c) II – IV – V – VI – I – III.
d) IV – III – II – I – V – VI.
e) III – V – I – II – VI – IV.

GABARITO: A

I - Lesão corporal: Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

IV - Extorsão: Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma
coisa:

II - Furto: Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

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III - Roubo: Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência
a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:

VI - Estelionato: Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

V - Extorsão indireta: Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém,
documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:

Do Dano

#PRESTAATENÇÃO  A Lei nº 13.531/2017 promoveu alteração nas qualificadoras dos crimes de dano (art.
163 do CP) e receptação (art. 180) envolvendo bens públicos. Corrigiu essas duas falhas e incluiu o “Distrito
Federal”, as “autarquias”, as “fundações” e as “empresas públicas” no rol do inciso III do parágrafo único do
art. 163 do CP. Vejamos:

Antes da Lei nº 13.531/2017 ATUALMENTE


Art. 163 (...) Parágrafo único. Se o crime é Art. 163 (...) Parágrafo único. Se o crime é
cometido: III - contra o patrimônio da União, cometido: III - contra o patrimônio da União,
Estado, Município, empresa concessionária de de Estado, do Distrito Federal, de Município
serviços públicos ou sociedade de economia ou de autarquia, fundação pública, empresa
mista; pública, sociedade de economia mista ou
empresa concessionária de serviços públicos;

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José dos Campos - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de
São José dos Campos - SP - Procurador) É qualificado, se cometido contra o patrimônio do Município, o crime
de

a) furto (CP, art. 155, § 4º ).


b) usurpação de águas (CP, art. 161, I).
c) esbulho possessório (CP, art. 161, II).
d) dano (CP, art. 163).
e) apropriação indébita (CP, art. 168).

GABARITO: D
Trata-se de Dano qualificado – Art. 163, § 1º do CP - Parágrafo único - Se o crime é cometido:

III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou
sociedade de economia mista.

#PRESTEATENÇÃOnosDETALHES  A Consumação do crime é ao DESTRUIR, DETERIORAR ou INUTILIZAR. A


Tentativa é admitida.
A Coisa Alheia pode ser MÓVEL ou IMÓVEL

O ato de Pichação de edificação ou monumento urbano é regido pela Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98,
Art. 65).

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(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Investigador)
Considerando o que dispõe o Código Penal, o crime de dano é qualificado se cometido

a) durante o repouso noturno.


b) mediante concurso de duas ou mais pessoas.
c) com destreza.
d) com escalada.
e) por motivo egoístico.

GABARITO: E
O enunciado da questão trata da hipótese Dano qualificado, conforme o art. 163, parágrafo único IV do CP,
veja:

Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Dano qualificado

Parágrafo único - Se o crime é cometido:

I - com violência à pessoa ou grave ameaça;

II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave

III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, fundação
pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviços
públicos;

IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

Da Apropriação Indébita

(Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: SEAP-GO Prova: IADES - 2019 - SEAP-GO - Agente de Segurança Prisional) E.
L. P. pegou o carro de M. A. V., com devida anuência, para limpeza no lava a jato. Após a lavagem, E. L. P.
decidiu não mais devolver o carro e sumiu. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que
indica o crime praticado por E. L. P.

a) Furto qualificado pela fraude


b) Apropriação indébita
c) Estelionato
d) Furto simples
e) Roubo simples

GABARITO: B
Apropriação indébita: Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção (art. 168 do CP).
Logo, a apropriação é posterior ao recebimento da coisa, por conseguinte, consuma-se no lugar onde o sujeito

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ativo inverte a posse, demonstrando a intenção de dispor da coisa, ou pela negativa em devolvê-la e não no
local onde deveria restituí-la ao real proprietário.
(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto –
ADAPTADA) Dentre as alternativas abaixo transcritas, é correto afirmar: Pratica o crime de apropriação
indébita previsto no artigo 168 do Código Penal, o Advogado que se apropria de quantia em dinheiro recebida
a título de indenização pelo seu cliente - pessoa maior de 60 anos aplicando-se a causa de aumento de pena
por ter recebido o valor em razão da profissão.
GABARITO: INCORRETA
Art. 1. Estatuto do Idoso É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às
pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

Art. 102. Estatuto do Idoso: Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento
do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:

Pena - reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.

A norma visa a proteção do patrimônio do idoso, representado pelos bens, proventos, pensão ou qualquer
outro rendimento. Pode ser sujeito ativo qualquer indivíduo que tenha a posse/acesso ao patrimônio do
mesmo (no caso o advogado). Se a vítima for menor de 60 anos o crime será a apropriação do Art. 168 do
Código Penal.

(2018 Banca: IESES Órgão: TJ-AM Prova: IESES - 2018 - TJ-AM - Titular de Serviços de Notas e de Registros -
Provimento) O crime descrito no Art. 168-A do Código Penal que trata da apropriação indébita previdenciária
é classificado como:

a) Comissivo próprio.
b) Comissivo impróprio.
c) Omissivo impróprio.
d) Omissivo próprio.

GABARITO: D
Corrente majoritária na doutrina (ROGÉRIO GRECO, LUIS REGIS PRADO etc.) e na jurisprudência - CRIME
OMISSIVO PRÓPRIO - No que tange ao delito de apropriação indébita previdenciária, este Superior Tribunal
considera que constitui crime omissivo próprio, que se perfaz com a mera omissão de recolhimento da
contribuição previdenciária dentro do prazo e das formas legais, prescindindo, portanto, do dolo específico.
(STJ, AgRg. no REsp. 1400958/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, 6ª T., DJe 19/8/2014). (Como mencionado
pelo colega Felippe Almeida)

“Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e
forma legal ou convencional:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

(2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal)
Pedro é o responsável pelo adimplemento das contribuições previdenciárias de uma empresa de médio porte.
Nos meses de janeiro a junho de 2018, a empresa entregou a Pedro o numerário correspondente ao valor das
contribuições previdenciárias de seus empregados, mas Pedro, com dolo, deixou de repassá-lo à previdência
social. Pedro é primário e de bons antecedentes.
Nessa situação hipotética, caso o repasse das contribuições previdenciárias ocorra após o início da ação fiscal
e antes do oferecimento da denúncia, o juiz poderá deixar de aplicar a pena ou aplicar apenas a multa.

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GABARITO: CORRETA
Apropriação indébita previdenciária - Art. 168-A do CP - Deixar de repassar à previdência social as
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:

§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de
bons antecedentes, desde que:

I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição
social previdenciária, inclusive acessórios;

 JURISPRUDÊNCIA do STF&STJ:

O pagamento do débito tributário, a qualquer tempo, até mesmo após o advento do trânsito em julgado da
sentença penal condenatória, é causa de extinção da punibilidade do acusado.

STJ. 5ª Turma. HC 362.478-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/9/2017 (Info 611).

STF. 2ª Turma. RHC 128245, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 23/08/2016.

(2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia) O crime de
apropriação indébita (CP, art. 168)

a) torna-se qualificado quando a vítima é entidade de direito público ou instituto de economia popular,
assistência social ou beneficência.
b) é de ação pública condicionada à representação.
c) apenas tem como objeto material a coisa alheia móvel, sendo impossível falar-se em apropriação
indébita de imóvel.
d) não admite a figura privilegiada, ao contrário do furto.
e) tem a punibilidade extinta em caso de devolução da coisa antes do oferecimento da denúncia.

GABARITO: C

Nos termos do artigo 168 do CP - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena
- reclusão, de um a quatro anos, e multa.

#PRESTAATENÇÃO  No crime de Apropriação Indébita art. 168 do CP, há precedentes do STJ e STF, com o
entendimento de que a devolução da quantia apropriada, antes do recebimento da denúncia, NÃO enseja a
extinção da punibilidade, pode incidir como causa de diminuição de pena na modalidade arrependimento
posterior-ou circunstância atenuante.

(2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto – ADAPTADA) Quanto aos
crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que na Apropriação Indébita Previdenciária, é facultado ao juiz
deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde
que tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de ser oferecida a denúncia, o pagamento da
contribuição social previdenciária, inclusive acessórios.

GABARITO: CORRETA

Nos termos do artigo 168-A § 3º do CP - É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de
multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:

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I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição
social previdenciária, inclusive acessórios; ou

II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela
previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.

 JURISPRUDÊNCIA do STF:

Tratando-se de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A, § 1º, I, CP), o pagamento integral do débito
tributário, ainda que após o trânsito em julgado da condenação, é causa de extinção da punibilidade do
agente, nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei nº 10.684/03 (STF, RHC 128.245, 23/08/2016).

(2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - Perito Criminal Federal - Área
1) Em cada um do item seguinte, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser
julgada a respeito de obrigação tributária sobre ganho de capitais, de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU)
e de crimes previdenciários.
Durante um ano e cinco meses, a empresa L&X recolheu as contribuições previdenciárias de seus empregados,
mas não as repassou à previdência social, o que caracterizou o crime de apropriação indébita previdenciária.
Nessa situação, se os representantes legais da empresa L&X, espontaneamente, confessarem e efetuarem o
pagamento das contribuições antes do início da ação fiscal, ficará extinta a punibilidade.

GABARITO: CORRETA
Conforme o artigo 168-A do CP - Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos
contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: Pena - reclusão, 2 a 5 anos, e multa.

§ 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das


contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida
em lei ou regulamento, ANTES do início da ação fiscal.

 JURISPRUDÊNCIA do STF informativo 611:

O pagamento integral do débito tributário, a qualquer tempo, até mesmo após o trânsito em julgado da
condenação, é causa de extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei nº 10.684/2003.
STJ. 5ª Turma. HC 362.478-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/9/2017 (Info 611). STF. 2ª Turma. RHC
128245, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 23/08/2016.

(2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - Juiz de Direito) SubstitutoJJ,
frentista de um posto de gasolina e responsável pelo recebimento de valores que recebia dos clientes,
pretendendo ter uma noite especial com sua namorada em um motel de luxo, resolve pegar do caixa pelo qual
é o responsável há mais de 5 (cinco) anos, a quantia de R$ 1.200,00 em dinheiro. Para encobrir seu ato, emite
e firma três notas fiscais falsas para pagamentos posteriores, em nome de clientes. Nessa situação hipotética,
conforme legislação aplicável ao caso, o frentista pratica crime de

a) estelionato.
b) furto qualificado mediante fraude.
c) furto qualificado pelo abuso de confiança.
d) apropriação indébita qualificada em razão do emprego.

GABARITO: D
Apropriação indébita – Consoante o artigo 168 do CP - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse
ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

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Aumento de pena

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:

III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

As demais alternativas:
a) estelionato. (Não pode ser porque não houve entrega, participação do patrão)
b) furto qualificado mediante fraude. (aqui o sujeito deveria usar da fraude para obter a posse, porém
ele já a tinha, independentemente se era vigiada ou não. Portanto não pode ser a certa)
c) furto qualificado pelo abuso de confiança. (idem a alternativa acima)

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto – ADAPTADA) Julgue os itens a
seguir com base no Código Penal e na jurisprudência do STJ.
Nos casos de parcelamento de contribuições previdenciárias cujo valor seja superior ao estabelecido
administrativamente como sendo o mínimo para ajuizamento de suas execuções fiscais, é vedado ao juiz
aplicar somente a pena de multa ao agente, ainda que ele seja réu primário.

GABARITO: CORRETA
O § 3º, do art. 168-A, do CP diz que “é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa
se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: I – tenha promovido, após o início da ação fiscal
e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou II
– o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela
previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais”.
Ocorre que o § 4º do mesmo dispositivo determina que “a faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica
aos casos de parcelamento de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele
estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais”.
(2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal)
Pedro é o responsável pelo adimplemento das contribuições previdenciárias de uma empresa de médio porte.
Nos meses de janeiro a junho de 2018, a empresa entregou a Pedro o numerário correspondente ao valor das
contribuições previdenciárias de seus empregados, mas Pedro, com dolo, deixou de repassá-lo à previdência
social. Pedro é primário e de bons antecedentes.
Nessa situação hipotética,

a punibilidade de Pedro será extinta se, antes do início da ação fiscal, ele declarar, confessar e efetuar o
recolhimento das prestações previdenciárias, espontaneamente e na forma do regulamento do INSS.

GABARITO: CORRETA
Consoante o disposto no artigo 168-A, § 2º do CP - É extinta a punibilidade se o agente,
espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e
presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento (no caso da
questão, do INSS) , antes do início da ação fiscal.

Apropriação indébita PREVIDENCIÁRIA: deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos
contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional.

 Dolo GENÉRICO, desnecessidade do dolo específico.

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 Consumação: ocorre na data da constituição definitiva do crédito tributário, com exaurimento da via
administrativa (aplica SV 24)
 Crime material e instantâneo;

EQUIPARADOS → mesmas penas Art. 168-A (2 a 5 anos e multa)

 Deixar de recolher importância descontada de terceiros


 Deixar de recolher contribuições que tenham integrado custo do produto
 Deixar de pagar benefício devido a segurado, cuja cota já foi reembolsada à empresa.

 JURISPRUDÊNCIA do STF informativo 611:

O pagamento integral do débito tributário, A QUALQUER TEMPO, até mesmo após o trânsito em julgado da
condenação, é causa de extinção da punibilidade do agente, nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei nº 10.684/2003.
STJ. 5ª Turma. HC 362.478-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/9/2017 (Info 611). STF. 2ª Turma. RHC
128245, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 23/08/2016.
(2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: FUMARC - 2018 - PC-MG - Escrivão de Polícia Civil) Ao anoitecer
de 28 de abril de 2017, o funcionário público municipal Mário Pança, ao sair da prefeitura de Passárgada, onde
trabalha, encontra um pacote contendo cerca de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em notas de R$ 100,00. Feliz
com a possibilidade de saldar todas as suas dívidas, leva tal numerário para casa e, no dia seguinte, procura
seus credores, saldando um a um. Marta Rochedo, que havia perdido tal numerário, procura a Delegacia de
Polícia local pedindo providências a respeito. Os policiais civis realizam investigações, conseguindo apurar que
Mário Pança havia encontrado tal numerário, dando cabo de suas dívidas com o mesmo. Diante de tal
enunciado, a opção em que se enquadra a conduta praticada por Mário Pança é:

a) Apropriação indébita de coisa alheia achada.


b) Furto privilegiado.
c) Furto simples.
d) Peculato apropriação.

GABARITO: A

Consoante o artigo 169 parágrafo único do CP - Na mesma pena incorre:

Apropriação de coisa achada - II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente,
deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no
prazo de 15 (quinze) dias.

(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto –
ADAPTADA) Dentre as alternativas abaixo transcritas, é correto afirmar: Aquele que acha coisa alheia perdida
e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-
la à autoridade competente, dentro do prazo de 10 (dez) dias, comete o crime de apropriação de coisa achada.

GABARITO: INCORRETA
Apropriação de coisa achada nos termos do artigo 169 II, CP: quem acha coisa alheia perdida e dela se
apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à
autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias.

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Do Estelionato

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto – ADAPTADA) Com
relação aos crimes contra o patrimônio, julgue os itens que se seguem, com base no entendimento
jurisprudencial.
No delito de estelionato na modalidade fraude mediante o pagamento em cheque, a realização do pagamento
do valor relativo ao título até o recebimento da denúncia impede o prosseguimento da ação penal.

GABARITO: CORRETA
Se o agente repara o dano antes do recebimento da denúncia, obsta o prosseguimento da ação penal (súmula
554 do STF). Aqui a reparação do dano antes do recebimento da denúncia não gera mera diminuição de
pena (conforme art. 16 do CP – arrependimento posterior), mas extinção da punibilidade.
#NOTE&ANOTE

Caso o pagamento do cheque ocorra antes do recebimento da denúncia ➞ extingue a punibilidade do agente.

CHEQUES sem fundos CHEQUES falsificados

➞ Admite a extinção da punibilidade ➞ NÃO admite a extinção da punibilidade

(2018 Banca: Quadrix Órgão: CRO-PB Prova: Quadrix - 2018 - CRO-PB - Fiscal) Acerca do Direito Penal aplicado
à prática odontológica, julgue o item que se segue.
Para a caracterização do estelionato, é necessário haver o emprego de fraude, a provocação ou a manutenção
em erro, a vantagem ilícita e a lesão patrimonial de outrem.

GABARITO: CORRETO

O estelionato tipo previsto no artigo 171 do CP, ocorre quando uma pessoa usa o engano ou a fraude para
levar vantagem sobre alguém. Considera-se como um crime patrimonial, todavia, diferentemente de outros
delitos, também, patrimoniais, não há uso da força, somente uso de artifício ardil para convencer a vítima a
entregar-lhe algum bem e, com isso, locupletar-se ilicitamente.

Para configuração da CONSUMAÇÃO do crime de estelionato, são necessários o acontecimento de quatro


elementos, a saber:

 Fraude;
 Erro;
 Resultado duplo (a obtenção de vantagem ilícita + prejuízo alheio);
 Dolo.

(2019 Banca: NUCEPE Órgão: Prefeitura de Teresina - PI Prova: NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI -
Guarda Civil Municipal) Em relação ao crime de estelionato é CORRETO afirmar que

a) Pratica o crime quem obtém, para si ou para outrem, vantagem lícita, em prejuízo alheio, induzindo
ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.
b) A pena não é majorada quando cometido contra o idoso.
c) Pratica o delito quem subtrai, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.

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d) Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode substituir a pena de reclusão
pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
e) O referido delito não é um crime contra o patrimônio.

GABARITO: D

O artigo 171 do CP - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de
um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.

§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz PODE aplicar a pena conforme o
disposto no art. 155, § 2º.

Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz PODE substituir a pena de reclusão pela
de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.

ANTES da Lei nº 133.964/2019 DEPOIS da Lei nº 13.964/2019

Ação penal pública CONDICIONADA à Ação penal pública INCONDICIONADA quando


representação da vítima a vítima for:

Somente se procede mediante I - a Administração Pública, direta ou indireta;


representação, salvo se a vítima for:
II - criança ou adolescente;
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
III - pessoa com deficiência mental; ou
II - criança ou adolescente;
IV - maior de 70 anos de idade ou incapaz.
III- pessoa com deficiência mental; ou

IV - maior de 70 anos de idade ou incapaz.

(2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto) Quanto ao crime de
estelionato,

A pena aumenta-se de 1/3 (um terço), se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público
ou instituto de economia popular, assistência social ou beneficência, excluindo-se entidades autárquicas da
Previdência Social que são regidas por lei própria.

GABARITO: ERRADA

Conforme artigo 171, VI, §3º do CP: A pena aumenta-se de 1/3, se o crime é cometido em detrimento de
entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.

Consoante à súmula 24, STJ e complementa:

"Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da previdência Social, a
qualificadora do §3º do art. 171 do Código Penal."

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(2018 Banca: FGV Órgão: MPE-AL Prova: FGV - 2018 - MPE-AL - Analista do Ministério Público - Área Jurídica)
Mário, fingindo ser manobrista de um restaurante famoso, recebe de um cliente seu veículo para estacionar.
Em seguida, sai com o veículo para local distante, vindo a oferecê-lo para terceira pessoa de boa fé. O cliente
ao sair do restaurante não encontrou o veículo e o guardador, resolvendo registrar o fato na delegacia
próxima. Encerrado o inquérito, identificado o autor e elaborado o relatório, os autos foram encaminhados ao
Promotor de Justiça que deverá oferecer denúncia em face de Mário pela prática do injusto de

a) furto simples.
b) furto qualificado.
c) estelionato.
d) apropriação indébita simples.
e) apropriação indébita majorada.

GABARITO: C

É estelionato em razão do agente fingir ser manobrista (manter o outro em erro - art. 171, CP). Se ele fosse de
fato manobrista, a resposta correta seria apropriação indébita majorada, em razão de ofício, emprego ou
profissão (art. 168, p. 1º, III, CP).

(2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MA Prova: FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Direito) Segundo o Código
Penal brasileiro, bem como o entendimento dos Tribunais Superiores, sobre os crimes contra o patrimônio,
no crime de estelionato, não é possível que o sujeito passivo seja pessoa jurídica de direito público, já que
somente pessoas físicas podem ser sujeitos passivos desse crime.
GABARITO: ERRADO

Conforme o disposto no artigo Art. 171, § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em
detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou
beneficência.

 JURISPRUDÊNCIA

PROCESSUAL PENAL – HABEAS CORPUS - ESTELIONATO – SUJEITO PASSIVO - PESSOA JURÍDICA - POSSIBILIDADE
- INÉPCIA DA DENÚNCIA – INOCORRÊNCIA. - O sujeito passivo do crime de estelionato pode ser qualquer
pessoa física ou jurídica. - No âmbito deste Colegiado, tem-se consagrado que o trancamento de ação penal
por falta de justa causa, pela via estreita do writ, somente se viabiliza quando, pela mera exposição dos fatos
narrados na denúncia, constata-se que há imputação de fato penalmente atípico ou que inexiste qualquer
elemento indiciário demonstrativo da autoria do delito pela paciente.- A peça vestibular, no caso, contém os
elementos necessários de forma a possibilitar à acusada o pleno conhecimento do fato delituoso que lhe é
imputado, permitindo sua ampla defesa.- Ordem denegada. STJ, Quinta Turma, HABEAS CORPUS Nº 21.051 -
SP, RELATOR: MINISTRO JORGE SCARTEZZIN, Julgado em 19/11/2002.

(2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto) Quanto ao crime de
estelionato,

O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, antes do recebimento da denúncia, não obsta a
propositura da ação penal.

GABARITO: ERRADA

Conforme a súmula 554 do STF:

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"O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, APÓS o recebimento da denúncia, não obsta ao
prosseguimento da ação penal." Realizando-se interpretação a contrario senso dessa súmula é possível
concluir que o pagamento de cheque até o recebimento da denúncia impede o prosseguimento da ação
penal. Importante destacar, ainda, que o STF possui jurisprudência solidificada no sentido de que a referida
súmula não se aplica para o estelionato do caput.

(2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de Polícia) Imagine que o
indivíduo “1”, que tem conta corrente no banco “2”, emitiu cheque sem fundo em desfavor do
estabelecimento comercial “3”, que efetuou o depósito do cheque no banco “4”. De acordo com a
jurisprudência dos Tribunais Superiores (Súmula 244 do STJ), o estelionato mediante a emissão de cheque sem
provisão de fundos

a) será processado no local da residência de “1”.


b) será processado no local em que se situa o banco “2”, onde se deu a recusa.
c) será processado no local em que se situa o estabelecimento comercial “3”, que recebeu o cheque.
d) será processado no local em que se situa o banco “4”, no qual o cheque foi depositado.
e) é fato atípico se recompensado o prejuízo até o recebimento da denúncia.

GABARITO: B
Nos termos da súmula 244 do STJ: Compete ao foro do local da RECUSA processar e julgar o crime de
estelionato mediante cheque sem provisão de fundos.
(2019 Banca: IESES Órgão: TJ-SC Prova: IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros -
Remoção - ADAPTADA) A respeito dos crimes de falsidade documental constantes do Capítulo III, Título X, da
Parte Especial do Código Penal, é INCORRETO afirmar:

O delito de falsificação de cartão de crédito, quando realizado para a prática de estelionatos, fica absorvido
pelo delito do art. 171 do Código Penal, por ser crime-meio, conforme Súmula 17 do Superior Tribunal de
Justiça.

GABARITO: CORRETA
Para a doutrina do Rogério Sanches:

[...] De acordo com o STJ, como são diversos os bens jurídicos protegidos, o agente pode responder pelos dois
crimes (estelionato e falso), em concurso formal, considerando a unidade de conduta da qual decorrem vários
resultados. Contudo, se o falso se esgota (se exaure) no estelionato, o delito contra a fé -pública fica absorvida
pelo patrimonial. É o que dispõe a súmula nº 17 do STJ, cujos precedentes afastavam o concurso formal nas
situações em que o falso servia apenas como meio para a obtenção fraudulenta de vantagem que, uma vez
alcançada, exauria a possibilidade de que o documento fosse utilizado para a prática de mais crimes [...]
(Cunha, Rogério Sanches. Manual de direito penal: parte especial. 11. ed. Salvador - JUSPODIVM, 2019. fl. 385).

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia) O
sujeito que obtém para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento, incorre no delito de

a) furto qualificado.
b) furto de coisa comum.
c) extorsão.
d) dano.
e) estelionato.

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GABARITO: E
Consoante o artigo 171 do CP — Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo
ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena — reclusão,
de um a cinco anos, e multa.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ:

Hipótese em que o agente se valeu de fraude eletrônica para a retirada de mais de dois mil e quinhentos reais
de conta bancária, por meio da ‘Internet Banking’ da Caixa Econômica Federal, o que ocorreu, por certo, sem
qualquer tipo de consentimento da vítima, o Banco. A fraude, de fato, foi usada para burlar o sistema de
proteção e de vigilância do Banco sobre os valores mantidos sob sua guarda. Configuração do crime de furto
qualificado por fraude, e não estelionato” (STJ — CC 67.343/GO — Rel. Min. Laurita Vaz — 3ª Seção — julgado
em 28.03.2007, DJ 11.12.2007, p. 170).

(2019 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2019 - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Processual)
Hugo estava em via pública com seu currículo na mão, considerando o fato de estar desempregado. Ao
observar aquela situação, Carlos apresentou-se como funcionário da sociedade empresária que funcionava
naquela rua e afirmou que teria um emprego para oferecer a Hugo. Para isso, Hugo precisaria inicialmente
apresentar seus documentos. Posteriormente, Carlos solicitou que Hugo lhe entregasse seu aparelho de
telefonia celular, afirmando que iria ao interior do estabelecimento comercial para registrar o wi-fi no
aparelho. Hugo, então, entregou a Carlos seu celular e permitiu que ele fosse ao estabelecimento, combinando
de aguardá-lo em via pública. Uma hora depois, entendendo que Carlos estava demorando, Hugo o procurou
no estabelecimento, descobrindo que, na verdade, Carlos nunca trabalhara no local e que deixara a localidade
na posse do seu telefone assim que o recebeu.
Os fatos são informados ao Ministério Público. Com base apenas nas informações expostas, a conduta de
Carlos condiz com a figura típica do crime de:

a) apropriação indébita majorada em razão do ofício, emprego ou profissão;


b) furto qualificado pelo emprego de fraude;
c) apropriação indébita simples;
d) furto simples;
e) estelionato.

GABARITO: E
Furto mediante fraude: a fraude é utilizada pelo agente com o fim de burlar a vigilância da vítima que,
desatenta, tem seu bem subtraído, sem que se aperceba;

Estelionato: a fraude é usada como meio de obter o consentimento da vítima que, iludida, entrega
voluntariamente o bem ao agente.

(2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto) Quanto ao crime de
estelionato,

O estelionato na modalidade fraude para recebimento de indenização do seguro, crime de atividade formal,
prescinde, para a consumação, da obtenção da vantagem ilícita em prejuízo alheio.

GABARITO: CORRETA

De acordo com o artigo 171, V do CP: destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio
corpo ou a saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou

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valor do seguro. Os crimes formais ou de consumação antecipada, podem ou não apresentar resultado
material, irrelevante na sua caracterização.

(2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AP Prova: FCC - 2018 - DPE-AP - Defensor Público) No estelionato contra o INSS,
o

a) beneficiário pratica delito instantâneo de efeitos permanentes, e por isso o prazo prescricional
começa a fluir da data do pagamento da primeira parcela.
b) terceiro e o beneficiário praticam delito permanente, e por isso o prazo prescricional começa a fluir
do momento em que o benefício é suspenso ou cancelado.
c) terceiro pratica delito permanente, e o beneficiário, delito instantâneo, e cada qual terá o início do
prazo prescricional em momentos diferentes.
d) terceiro e o beneficiário praticam delito continuado, e por isso o prazo prescricional começa a fluir do
momento em que o benefício é suspenso ou cancelado.
e) terceiro não beneficiário pratica delito instantâneo de efeitos permanentes, e por isso o prazo
prescricional começa a fluir da percepção da primeira prestação do benefício indevido.

GABARITO: CORRETA

Estelionato previdenciário - art. 171, § 3º do CP.

Duas situações:

I - O benefício é fraudulento na origem, ou seja, é criado com ardil, sem qualquer atendimento aos requisitos
legais;

II - O benefício é devido, mas alguém utiliza o cartão previdenciário do beneficiário, após sua morte, para
continuar a receber os valores.

Natureza dos crimes:

 Permanente, caso o fraudador seja o próprio beneficiário.

“O estelionato previdenciário configura crime permanente quando o sujeito ativo do delito também é o
próprio beneficiário, pois o benefício lhe é entregue mensalmente (Precedentes)” (STJ – AgRg no AgRg no
AREsp 992.285/RJ, 5ª Turma, j. 20/06/2017).

“A Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, por ocasião do julgamento do Resp nº 1.206.105/RJ,
afetado à sua competência, firmou compreensão no sentido de que, quando praticado pelo próprio
beneficiário, o estelionato efetivado em detrimento de entidade de direito público é crime permanente, uma
vez que a ofensa ao bem jurídico tutelado é reiterada, mês a mês, enquanto não há a descoberta da fraude, de
modo que o termo inicial do prazo prescricional, em casos tais, dá-se com o último recebimento indevido da
remuneração” (STJ – AgRg no REsp 1.571.511/RS, 6ª Turma, j. 18/02/2016).

 Instantâneo de efeitos permanentes, caso a conduta fraudulenta seja praticada em favor de terceiro
que receberá o benefício indevido.

“Tratando-se de crime de estelionato previdenciário praticado para que terceira pessoa possa se beneficiar
indevidamente tem natureza de crime instantâneo com efeitos permanentes, devendo ser contado o prazo
prescricional a partir do recebimento da primeira prestação do benefício indevido” (STJ – RHC 66.487/PB, 6ª
Turma, j. 17/03/2016).

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 Continuado, caso alguém permaneça recebendo o benefício que, devido na origem, deveria ter
cessado em virtude da morte do beneficiário.

“O delito de estelionato, praticado contra a Previdência Social, mediante a realização de saques depositados
em favor de beneficiário já falecido, consuma-se a cada levantamento do benefício, caracterizando-se, assim,
continuidade delitiva, nos termos do art. 71 do Código Penal, devendo, portanto, o prazo prescricional iniciar-
se com a cessação do recebimento do benefício previdenciário. Precedentes” (AgRg no REsp 1.378.323/PR, 6ª
Turma, j. 26/08/2014).

(2018 Banca: TRF - 3ª REGIÃO Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: TRF - 3ª REGIÃO - 2018 - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz
Federal Substituto) José da Silva, réu primário e com condenações criminais anteriores, porém sem trânsito
em julgado, confesso, cometeu crime de estelionato contra a Previdência Social, causando prejuízos
significativos à autarquia, sendo condenado à pena de 1 (um) ano e 4 (quatro) meses de reclusão e 13 (treze)
dias-multa, em regime inicial aberto. Com base nessas informações, é CORRETO afirmar:

GABARITO: CORRETA

Consoante o disposto no artigo 171 § 3º do CP- A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em
detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou
beneficência.

Súmula 24 STJ: "Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da
previdência social, a qualificadora do § 3º, do Art. 171 do Código Penal."

(2018 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2018 - MPE-RJ - Estágio Forense) Caio compareceu à residência
de Maria e apresentou-se como técnico de informática, destacando ter conhecimento que o laptop do imóvel
estava com defeito. Confirmando que o laptop não funcionava, Maria buscou o aparelho em seu quarto e o
entregou para Caio levar para sua suposta oficina para o conserto, recebendo de Caio uma folha de papel em
que confirmava que estava levando o material. Caio foi embora do imóvel, levou o bem para sua casa e não o
devolveu para Maria. Durante as investigações foi descoberto que Caio, na realidade, nunca foi técnico de
informática, mas tomou conhecimento por terceiros sobre o defeito do computador de Maria e acreditou que
poderia enganar a vítima como forma de ficar com aquele bem. Diante disso, decidiu simular ser técnico de
informática para receber o bem da lesada.
Considerando apenas as informações narradas, no momento do oferecimento da denúncia, o Promotor de
Justiça deverá imputar a Caio a prática do crime de:

a) furto simples;
b) furto qualificado pelo emprego de fraude;
c) apropriação indébita simples;
d) apropriação indébita majorada em razão do emprego;
e) estelionato.

GABARITO: E
Nos termos do artigo 171 do CP - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo
ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento. O crime de
estelionato configura-se na hipótese em que o agente, por meio de fraude, induz alguém em erro para obter,
para si ou para outrem e em prejuízo alheio, vantagem ilícita.

(2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto) Quanto ao crime de
estelionato,

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Configura crime de estelionato na modalidade fraude no pagamento por meio de cheque sem previsão de
fundos a cártula emitida para pagamento de dívida preexistente.

GABARITO: ERRADO

Não configura crime de estelionato a emissão de cheque sem suficiente provisão de fundos, ou a frustração
do respectivo pagamento, se a cártula consubstancia pagamento de dívida preexistente. 2. Inocorrente, em
casos tais, a lesão fraudulenta ao patrimônio da vítima decorrente da emissão do título de crédito. 3. Recurso
a que se dá provimento.” (STJ, RHC 19314/CE, Rel. Min. Og Fernandes, Sexta Turma, DJe 09/05/2012).

Da Receptação

#PRESTAATENÇÃO A Lei nº 13.330/16 trouxe a previsibilidade de crime quando a receptação for de


animal “Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a
finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou
dividido em partes, que deve saber ser produto de crime”.

(2018 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2018 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Processual) Rita,
depois de convencer suas colegas Luna e Vera, todas vendedoras em uma joalheria, a desviar peças de alto
valor que ficavam sob a posse delas três, planejou detalhadamente o crime e entrou em contato com Ciro,
colecionador de joias, para que ele adquirisse a mercadoria. Luna desistiu de participar do fato e não foi
trabalhar no dia da execução do crime. Rita e Vera conseguiram se apossar das peças conforme o planejado;
entretanto, como não foi possível repassá-las a Ciro no mesmo dia, Vera levou-as para a casa de sua mãe,
comunicou a ela o crime que praticara e persuadiu-a a guardar os produtos ali mesmo, na residência materna,
até a semana seguinte.
Considerando que o crime apresentado nessa situação hipotética venha a ser descoberto, julgue o item que
se segue, com fundamento na legislação pertinente.

Ainda que não tenha sido informado de que as peças seriam produto de crime, Ciro poderá responder
criminalmente por uma das espécies de receptação, caso venha a adquiri-las por valor muito abaixo do preço
de mercado.

GABARITO: CORRETA
Consoante o artigo 180 do CP - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela
condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso.

RECEPTAÇÃO PRÓPRIA RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA

O agente, sabendo ser a coisa produto de Conduta daquele que influi para que terceiro,
crime, a adquire, recebe, transporta, conduz de boa-fé, adquira, receba ou oculte a coisa
ou oculta. produto de crime.

É crime MATERIAL. É crime FORMAL.

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RECEPTAÇÃO CULPOSA: se pune aquele que pratica a conduta por imprudência, sem analisar corretamente as
circunstâncias, o que poderia fazer com que fosse verificada a grande possibilidade de serem os produtos
derivados de crime.

(2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia Federal - Agente de Polícia
Federal) Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a portá-lo
municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O comportamento suspeito de José
levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi
conduzido à delegacia, onde foi instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.

A receptação praticada por José consumou-se a partir do momento em que ele adquiriu o armamento.

GABARITO: CORRETA
Nos termos do artigo 180 do CP - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto de crime,(Ate aqui esse delito é material se consuma com resultado
naturalístico receptação própria) ou Influir (Começando a parte formal do tipo se consuma conduta crime
formal receptação imprópria) para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de
um a quatro anos, e multa.

O crime de receptação é um crime acessório ou parasitário. Ou seja, é o crime que depende de outro
preexistente, quer dizer, que tenha sido cometido em momento anterior.

(2018 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Técnico Judiciário - Administrativa) No que diz
respeito à extinção da punibilidade, julgue o item seguinte.
A extinção da punibilidade pela prática do crime de furto alcança o crime de receptação, haja vista que este
último só foi possível em razão do primeiro.

GABARITO: ERRADO

Consoante o previsto no artigo 180, § 4º do CP - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de
pena o autor do crime de que proveio a coisa. A receptação é um crime parasitário ou acessório, também
conhecido como delito de fusão, pois depende de delito anterior. Se a infração anterior for contravenção não
haverá receptação. O crime anterior não precisa ser contra o patrimônio. Igualmente, é dispensável que haja
sequer inquérito policial, bastando à prova da origem criminosa. O STF já decidiu entendendo inexistir
receptação de bem imóvel (RHC 58.329). É admissível a receptação de receptação.

(2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2018 - TJ-SP - Juiz Substituto – ADAPTADA) Quanto aos
crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que a absolvição pelo crime pressuposto da receptação impede
a condenação do receptador quando não existir prova de ele ter concorrido para a infração penal, ficar
provada a inexistência do fato, não houver prova da existência do fato, não constituir o fato infração penal ou
existir circunstância que exclua o crime.

Consoante o artigo 180 § 4º do CP - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor
do crime de que proveio a coisa.

Disposições Gerais

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(2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área
Judiciária) Considere as seguintes situações hipotéticas de crimes de furto e roubo:
I. Paulo, durante o período noturno, ingressou no quarto do seu pai, João, de 70 anos de idade, e subtraiu a
quantia de R$ 3.000,00 em dinheiro que estava ocultada no guarda-roupas.

II. Mariano, policial militar, apontou a arma de fogo para a esposa Rita, com quem é regularmente casado e
convive na mesma residência, e subtraiu diversas joias em ouro pertencentes a ela, fugindo em seguida.

III. Os irmãos Michael e Josué estavam em uma festa na cidade de São Paulo, que acontecia em uma casa
noturna. No curso da festa, Michael saiu da casa noturna e furtou o veículo de propriedade de Josué,
entregando o bem para um comparsa, retornando para a festa logo em seguida.

IV. Davi, em comparsaria com Felício, praticou furto noturno, mediante arrombamento, contra o
estabelecimento comercial de propriedade de Rodolfo, filho legítimo de Davi.

De acordo com o Código Penal, o Ministério Público poderá ajuizar ação penal pública incondicionada, e
postular a aplicação das sanções previstas, contra Mariano

a) Paulo, Davi e Felício.


b) Michael e Davi.
c) Paulo e Michael.
d) Paulo e Felício.
e) Michael e Felício.

GABARITO: D
O Ministério Público poderá ajuizar ação penal pública incondicionada, e postular a aplicação das sanções
previstas, contra Mariano, Paulo e Felício

➢ Mariano - cometeu crime com violência ou grave ameaça à pessoa (art. 183, I do CP).
➢ Paulo - praticou crime contra ascendente (art. 181, II do CP), seu pai era pessoa idosa, logo, não se
aplica a causa de isenção de pena (art. 183, III do CP).
➢ Felício, comparsa de Davi, responderá normalmente pelo crime, não se aplicando a ele a causa de
isenção de pena, pois a relação de parentesco com a vítima é só de Davi.
➢ Davi - praticou crime patrimonial sem violência ou grave ameaça contra seu próprio filho (art. 181, II
do CP). Isento de pena.
➢ Michael - ação penal contra ele será PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO, não será isento de
pena, pois o crime foi praticado contra irmão, na forma do art. 182, II do CP.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia)
Especificamente aos crimes cometidos contra o patrimônio, estabelecidos no Título II do Código Penal, é
isento de pena quem comete

I. o crime de roubo em prejuízo a qualquer parente consanguíneo.


II. o crime de furto simples contra ascendente maior de 60 anos.
III. o crime de extorsão contra irmão, legítimo ou ilegítimo.
IV. o crime de roubo contra irmão, legítimo ou ilegítimo.
V. o crime de furto em prejuízo do cônjuge, na constância da sociedade conjugal.

GABARITO: E

MUDE SUA VIDA!


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A questão se refere as escusas absolutórias, diante da incidência delas afasta a punibilidade. São causas
pessoais (incomunicáveis). Consoante o artigo 181 do CP:

É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título (Título II - Dos crimes contra o
patrimônio), em prejuízo:

I. do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;


II. de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

ESCUSA ABSOLUTÓRIAS ESCUSA RELATIVA


▪ Crime na constância do casamento • Cônjuge desquitado ou judicialmente
▪ Contra ascendente ou descendente separado
• Irmão
• Tio ou sobrinho, com quem o agente
coabite

NÃO SE APLICA ESCUSA ABSOLUTÓRIA ou RELATIVA – responde POR:

 Grave ameaça ou violência


 Estranho que participa do crime
 Praticado contra idoso com idade igual ou superior a 60 anos.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia)
Especificamente aos crimes cometidos contra o patrimônio, estabelecidos no Título II do Código Penal, é
isento de pena quem comete

a) o crime de roubo em prejuízo a qualquer parente consanguíneo.


b) o crime de furto simples contra ascendente maior de 60 anos.
c) o crime de extorsão contra irmão, legítimo ou ilegítimo.
d) o crime de roubo contra irmão, legítimo ou ilegítimo.
e) o crime de furto em prejuízo do cônjuge, na constância da sociedade conjugal.

GABARITO: E
Escusa absolutória

Art. 181 - É isento da pena que comete quaisquer crimes previstos neste título.

→ Cônjuge, na constância da sociedade conjugal.

→ De ascendente ou descendente, seja parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em
prejuízo.

I- Do cônjuge desquitado ou judicialmente separado.

II- De irmão, legítimo ou ilegítimo.

III- De tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

MUDE SUA VIDA!


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Art. 183 - Não se aplica o disposto no artigo anteriores.

I- Se o crime é de roubo ou de extorsão ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à
pessoa.

II- Ao estranho que participe do crime.

III- Se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

(2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Itapemirim - ES Prova: IBADE - 2019 - Prefeitura de Itapemirim - ES -
Agente Administrativo) Tício é funcionário público municipal e recebeu para si, diretamente, em razão de sua
função, vantagem indevida, consistente em dinheiro em espécie no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), para
que concedesse com rapidez um alvará para um empreendimento irregular no município. Nesse caso, pode-
se dizer que Tício praticou o crime:

a) enriquecimento ilícito.
b) condescendência criminosa.
c) peculato.
d) roubo.
e) corrupção.

GABARITO: E
No caso apresentado na questão, Tício recebeu vantagem indevida em razão da função, logo, praticou o crime
de Corrupção, sendo mais específico, corrupção passiva, aquela praticada pelo agente público (art. 317,
CP): solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

As demais alternativas (a, b, c e d) vejamos:

a. Enriquecimento ilícito não é crime, improbidade administrativa é ilícito civil.


b. Condescendência criminosa (art. 320, CP): deixar o funcionário, por indulgência (pena), de
responsabilizar subordinado que cometeu infração...
c. Peculato (art. 312, CP): os verbos desse tipo são apropriar-se, desviar e subtrair
d. Roubo (art. 157, CP): exige violência ou grave ameaça...

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Investigador) Em relação
aos crimes contra o patrimônio, assinale a alternativa correta.

a) É isento de pena o agente que pratica o crime de roubo contra seu cônjuge, na constância da
sociedade conjugal.
b) É isento de pena o agente que pratica o crime de furto em prejuízo de seu cônjuge, que possui 50
anos de idade, na constância da sociedade conjugal.
c) A pena do delito de receptação é reduzida de um a dois terços se o crime for praticado contra
descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo.
d) A pena do delito de furto é aumentada de um terço se o crime for praticado em prejuízo do cônjuge,
na constância da sociedade conjugal.
e) É isento de pena quem pratica o crime de extorsão em prejuízo do cônjuge judicialmente separado.

GABARITO: B

MUDE SUA VIDA!


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Consoante o artigo 181 do CP - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:

I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;

II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

Crimes contra a organização do Trabalho

1 (2018 Banca: IBFC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: IBFC - 2018 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz
Federal Substituto – ADAPTADA) Para a configuração típica do crime de redução a
condição análoga a de escravo, o consentimento da vítima é elemento essencial a ser
aferido, haja vista que não incide a punição em hipótese alguma, quando tal consentimento
tenha sido dado, expressa ou tacitamente, pelo ofendido.

GABARITO: ERRADA

No delito de redução a condição análoga à de escravo, a vítima é completamente


subjugada pelo sujeito ativo, sendo compelida, por meios que inibem sua vontade. Por
conseguinte, não há que se falar em consentimento expresso ou tácito. Senão vejamos o
disposto no artigo 149 do CP:

Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados


ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o
empregador ou preposto.

2 (2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de
Polícia – ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a organização do trabalho, é correto
afirmar que

o crime de atentado contra a liberdade de associação configura-se pela conduta de


constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a participar de sindicato. Já a
conduta de impedir a saída de sindicato é atípica.

GABARITO: ERRADA

O crime de atentado contra a liberdade de associação previsto no artigo 199 do CP vejamos:

“abrange tanto a conduta de constranger alguém mediante violência ou grave ameaça


a participar ou deixar de participar de sindicato ou associação”.

Por conseguinte, quem impede determinada pessoa de deixar de participar de sindicato é


conduta típica e não atípica.

3 (2018 Banca: IBFC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: IBFC - 2018 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz
Federal Substituto – ADAPTADA) Para a configuração típica do crime de redução a
condição análoga a de escravo basta que a vítima tenha sido submetida, eventualmente, a
apenas uma jornada exaustiva de trabalho, ou a um episódio degradante de trabalho, casos
em que há evidente violação da dignidade humana.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO: ERRADA

Conforme a doutrina:

Uma eventual jornada exaustiva ou uma esporádica condição degradante de trabalho pode
configurar violação à lei trabalhista, mas por si só não é suficiente à consumação do
crime se o trabalhador puder reagir e não estiver efetivamente reduzido a condições
análogas a de escravo [DELMANTO, Celso. DELMANTO, Roberto. DELMANTO JÚNIOR,
Roberto. DELMANTO, Fábio M. de Almeida. Ibid. p. 534].

Para que se configure o delito do art. 149 do Código Penal, o estado a que for reduzido o
indivíduo não pode ser rápido ou momentâneo, em razão de se tratar de um crime
permanente – exigindo a permanência da conduta do agente delituoso.

4 (2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de
Polícia – ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a organização do trabalho, é correto
afirmar que

o crime de paralisação do trabalho de interesse coletivo configura-se independentemente


do emprego de violência contra pessoas ou coisas.

GABARITO: CORRETA

O tipo penal descrito no artigo 201 do CP NÃO pressupõe que a conduta seja pratica por
meio de violência.

Paralisação de trabalho de interesse coletivo - Art. 201 - Participar de suspensão ou


abandono coletivo de trabalho, provocando a interrupção de obra pública ou serviço de
interesse coletivo:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

5 (2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO AOCP
- 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança) Determinados
empregados de uma empresa metalúrgica invadiram seu estabelecimento no período
noturno e destruíram os bens necessários para o trabalho normal existente dentro do
estabelecimento, tais como máquinas da linha de produção, em protesto contra medidas
de gestão tomadas pelo empregador. A esses trabalhadores é possível imputar a
conduta penalmente tipificada como

a) crime de dano (art. 163, CP).


b) crime de exercício de atividade com infração de decisão administrativa (art. 205, CP).
c) crime de paralisação de trabalho, seguida de violência ou perturbação da ordem (art.
200, CP).
d) crime de invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola e sabotagem
(art. 202, CP).
e) crime de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345, CP).

GABARITO: D

A questão trata do crime previsto no artigo 202 do CP - Invasão de estabelecimento


industrial, comercial ou agrícola. Sabotagem

MUDE SUA VIDA!


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Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com o intuito
de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim danificar o
estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

6 (2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de
Polícia – ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a organização do trabalho, é correto
afirmar que o crime de sabotagem, para se configurar, exige a danificação do
estabelecimento ou coisas nele existentes.

GABARITO: ERRADA

Consoante o disposto no artigo 202 do CP são DUAS as formas de praticar o crime de


SABOTAGEM - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com o
intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim
danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor: Reclusão de 1 a 3
anos + Multa.

7 (2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de
Polícia – ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a organização do trabalho, é correto
afirmar que são meios de execução do crime de frustração de direito assegurado por lei
trabalhista a fraude, a violência e a grave ameaça.

GABARITO: ERRADA

Os meios de EXECUÇÃO do tipo penal de frustrar, direito assegurado pela legislação do


trabalho são a fraude ou a violência, consoante descrito no tipo no artigo 203 do CP,
senão vejamos:

Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho.

8 (2018 Banca: IBFC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: IBFC - 2018 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz
Federal Substituto – ADAPTADA) Para a configuração típica do crime de frustração de
direito assegurado por lei trabalhista, a lei penal prevê apenas a ação delituosa de ilusão
mediante fraude, destinada a impedir o exercício de direitos trabalhistas, ou o
desligamento do serviço por meio da simulação de dívidas contraídas pelo empregado.

GABARITO: ERRADA

O art. 203 do Código Penal, em seu caput, tipifica a conduta de frustrar, mediante fraude
ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho. Além disso, no §1º, incisos I e
II trazem duas situações em que será aplicada a mesma pena do caput, sendo elas: obrigar
ou coagir alguém a usar mercadorias de determinado estabelecimento, para impossibilitar
o desligamento do serviço em virtude de dívida e; impedir alguém de se desligar de serviços
de qualquer natureza, mediante coação ou por meio de retenção de seus documentos
pessoais ou contratuais.

9 (2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de
Polícia – ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a organização do trabalho, é correto
afirmar que no crime de aliciamento para fins de emigração, haverá aumento de pena nos
casos em que a vítima for menor de 18 anos, gestante, idosa, indígena ou portadora de
deficiência física ou mental.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO: ERRADA

No crime de aliciamento para fim de emigração não há previsão de causa de aumento de


pena, vejamos:

Art. 206 - Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para território
estrangeiro.

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos e multa

O CP prevê causa de aumento de pena no crime de "aliciamento de trabalhadores de um


local para o outro do território nacional”, conforme o disposto no art. 207, §2º, do CP.

10 (2018 Banca: IBFC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: IBFC - 2018 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz
Federal Substituto – ADAPTADA) Para a configuração típica do crime de aliciamento de
trabalhadores de um local para outro do território nacional, é necessária a ação de recrutar
seduzindo, mais de um trabalhador, com o fim de levá-los para qualquer lugarejo, mas
desde que afastado daquele em que ocorreu o aliciamento.

GABARITO: CORRETA

O tipo penal descrito no art. 207 do Código Penal EXIGE, para a configuração do crime,
que sejam aliciados trabalhadores, de forma que o plural do termo exige que haja mais
de um trabalhador. É típica a conduta de aliciar, com o fim de levar para outra localidade
distante da localidade de origem (dentro do território nacional). A doutrina costuma exigir
que o afastamento seja para local distante para justificar a punição.

11 (2018 Banca: IBFC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: IBFC - 2018 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz
Federal Substituto – ADAPTADA) Para a configuração típica do crime de atentado contra
a liberdade de trabalho, a grave ameaça capaz de constranger alguém a trabalhar durante
certo período de tempo ou em determinados dias, pode se consubstanciar na promessa,
pelo empregador, de rescisão do contrato de trabalho.

GABARITO: ERRADA

Delito semelhante ao constrangimento ilegal, difere-se basicamente no sentido intencional


do agente, devido ao fato de que o sujeito ativo deve agir de modo que o sujeito passivo seja
o descrito nos incisos do artigo em questão, ipsis literis. (JESUS, 22) A vítima deve ser forçada,
obrigada ou coagida. O constrangimento ilegal aqui, “(...) só pode ser praticado mediante
violência ou ameaça (...)”. Não será tipificado neste artigo se o delito mencionado incorrer
mediante narcótico, hipnotismo ou na simples promessa de rescisão contratual por ser
conduta de direito do empregador. (MIRABETE, p. 384).

A ameaça se constitui de promessa de mal injusto e grave, não se configurando na


promessa de exercício de um direito potestativo, como o de rescisão do contrato de
trabalho.

Crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos

MUDE SUA VIDA!


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1 (2017Banca: CESPE Órgão: DPE-AL Prova: CESPE - 2017 - DPE-AL - Defensor Público –
ADAPTADA) No que tange aos crimes contra o sentimento religioso, para que configure
crime, a prática do escárnio deve expressar o fim específico de ofender o sentimento
religioso de um indivíduo, como elemento subjetivo do injusto.

GABARITO: CORRETA
Trata-se do delito de ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo,
consoante o artigo 208 do CP - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença
ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso;
vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.

 Bem jurídico: liberdade de crença e religião.


 Sujeito ativo: qualquer pessoa (nas 3 modalidades).
 Sujeito passivo: a) escarnecer alguém (1ª hipótese do artigo): qualquer pessoa.
OBS: A pessoa deve ser determinada, não sendo necessário sua presença.
a) b) impedir ou perturbar cerimônia ou culto religioso: coletividade (crime vago).
b) vilipêndio a ato ou objeto de culto religioso: coletividade (crime vago).
 Forma majorada: violência contra pessoa ou coisa (AUMENTO DE PENA EM 1/3).
Também se aplica a pena correspondente à violência (concurso material).

2 (2016 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: CESPE - 2016 - TJ-AM - Juiz Substituto –
ADAPTADA) Não constitui crime vilipendiar as cinzas de um cadáver, sendo tal conduta
atípica por ausência de previsão legal.
GABARITO: INCORRETA

Constitui crime vilipendiar (desdém, menosprezar, humilhar) as cinzas de um cadáver,


sendo tal conduta típica com previsão legal, nos termos do artigo 212 do CP.

3 (2017Banca: CESPE Órgão: DPE-AL Prova: CESPE - 2017 - DPE-AL - Defensor Público –
ADAPTADA)No que tange aos crimes contra o sentimento religioso, em se tratando de
escárnio por motivo religioso, a pena será acrescida de um terço caso se verifique o
exercício de violência, desde que voltada contra objetos e esculturas sagradas.

GABARITO: INCORRETA

Nos termos do artigo 208, parágrafo único do CP - Se há emprego de violência, a pena é


aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência. Para Rogério Sanches:
"entende-se que a majorante se aplica tanto para a violência praticada contra a pessoa
quanto aquela utilizada em face da coisa".

4 (2015 Banca: CESPE Órgão: TJ-PB Prova: CESPE - 2015 - TJ-PB - Juiz Substituto –
ADAPTADA) Acerca da disciplina legal dos crimes previstos na parte especial do CP, é
correto afirmar que o ato de escarnecer de alguém publicamente em razão de sua crença
ou de sua função religiosa configura crime de injúria qualificada.

GABARITO: INCORRETA

Não se trata de injúria qualificada, mas sim a conduta descrita no Art. 208 - Escarnecer de
alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar
cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto
religioso:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

MUDE SUA VIDA!


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Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem


prejuízo da correspondente à violência.

5 (2013 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2013 - PC-SP - Atendente de
Necrotério Policial) Dentre os seguintes crimes contra o respeito aos mortos, aquele que
possui pena de reclusão é:

a) perturbar cerimônia funerária


b) violar sepultura.
c) vilipendiar cadáver
d) perturbar enterro.
e) impedir cerimônia funerária.

GABARITO: B
Nos termos do artigo 210 do CP, prevê o delito de violar ou profanar sepultura ou urna
funerária. Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

 Perturbar cerimônia funerária - Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.


 Vilipendiar cadáver - Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
 Perturbar enterro - Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
 Impedir cerimônia funerária - Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

6 (2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: IBADE - 2017 - PC-AC - Delegado de Polícia
Civil) Alcides, administrador de um cemitério, percebendo que, depois de uma chuva
torrencial, ossos anteriormente sepultados em uma cova rasa ficaram expostos, decide
levar para sua casa o crânio que compunha aquele esqueleto. Assinale a alternativa que
corretamente indica a subsunção de seu comportamento à norma penal.

a) Conduta atípica
b) Subtração de cadáver
c) Apropriação indébita
d) Furto
e) Vilipêndio a cadáver

GABARITO: A
O professor Cleber Masson traz o conceito etimológico do que venha a ser cadáver (in
Direito penal esquematizado: parte especial – vol.2 – 9.ª Ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016. P. 913): “É o cadáver ou parte dele. A palavra “cadáver”,
como se sabe, emana da expressão latina caro data vermibus, ou seja, “carne dada aos
vermes”. Nas precisas lições de Nélson Hungria:

(...) cadáver propriamente dito é o corpo morto enquanto conserva a aparência humana.
Como ensina Von Liszt, “cadáver é o corpo humano inanimado, enquanto a conexão de
suas partes não cessou de todo”. A lei, porém, não se limita a proteger o cadáver como um
todo, senão também alguma parte dele, quer seja a de um cadáver despedaçado (de pessoa
vitimada num desastre ou por explosão), quer a que o agente separa de um cadáver íntegro.
Os restos de cadáver em completa decomposição, bem como suas cinzas, não são parte
dele, do mesmo modo que os escombros de uma casa desabada ou incendiada já não
participam do que se chama “casa”. Em tais casos, o que se poderá identificar é o crime de
violação de sepultura ou urna funerária, tão somente.12”

7 (2015 Banca: CESPE Órgão: TJ-PB Prova: CESPE - 2015 - TJ-PB - Juiz Substituto –
ADAPTADA) Acerca da disciplina legal dos crimes previstos na parte especial do CP, é

MUDE SUA VIDA!


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correto afirmar que no crime de impedimento ou perturbação de enterro ou cerimônia


funerária, constitui causa de aumento de pena o fato de o agente praticar o referido crime
mediante violência.

GABARITO: CORRETA
Consoante o artigo 209 do CP - Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária: Pena
- detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem


prejuízo da correspondente à violência.

8 (2010 Banca: MPE-PB Órgão: MPE-PB Prova: MPE-PB - 2010 - MPE-PB - Promotor de
Justiça – ADAPTADA) Se, durante um velório, vários indivíduos, por questões pessoais e
ex-improviso, iniciarem uma rixa, perturbando a cerimônia funerária, deverão responder
pelo crime de impedimento ou perturbação de cerimônia funerária, aplicando-se-lhes a
majorante decorrente do emprego de violência e sem prejuízo da pena a esta
correspondente.

GABARITO: INCORRETA

De acordo com o art. 209 do CP, quem impede ou perturba enterro ou cerimônia funerária
comete crime. Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo
da correspondente à violência (parágrafo único).

9 (2009 Banca: MOVENS Órgão: PC-PA Prova: MOVENS - 2009 - PC-PA - Delegado de
Polícia – ADAPTADA) No que se refere aos crimes contra a pessoa e contra o sentimento
religioso, é correto: A conduta de violar ou profanar sepultura é criminosa; no entanto,
perturbar cerimônia funerária é fato atípico.
GABARITO: INCORRETA

São ilícitos penais consoante os arts. 209 e 210, vejamos:

Impedimento ou perturbação de Violação de Sepultura – Art. 210 do


cerimônia funerária – Art. 209 d0 CP CP
Impedir ou perturbar enterro ou Violar ou profanar sepultura ou urna
cerimônia funerária funerária

Parágrafo único - Se há emprego de


violência, a pena é aumentada de um
terço, sem prejuízo da correspondente
à violência.
Pena: detenção, de um mês a um ano, Pena: reclusão, de um a três anos, e
ou multa multa

10 (2012 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2012 - MPE-GO - Promotor de
Justiça - ADAPTADA) No tocante ao delito de destruição, subtração ou ocultação de
cadáver (art. 211 do Código Penal)

Trata-se de crime compatível com o benefício da suspensão condicional do processo (Lei


nº 9.099/1995, art. 89), vez que a pena prevista é de reclusão, de um a três anos, e multa.

GABARITO: CORRETA

MUDE SUA VIDA!


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É infração penal de médio potencial ofensivo. Em razão da pena mínima, é cabível a


suspensão condicional do processo (desde que cumpridos outros requisitos, como ter o
réu condições pessoais favoráveis).
Além disso, a pena máxima não supera 4 anos, o que significa que, a partir da nova lei de
prisões, não cabe prisão preventiva do agente primário.

#ATENÇÃOconcurseiro(a)JURISPRUDÊNCIA STF&STJ “É cabível a suspensão


condicional do processo aos delitos que preveem a pena de multa alternativamente à
privativa de liberdade, ainda que o preceito secundário da norma legal comine pena
mínima superior a 1 ano. Precedentes do STJ e do STF" (HC 126.085, STJ).
11 (2012 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2012 - MPE-GO - Promotor de
Justiça - ADAPTADA) No tocante ao delito de destruição, subtração ou ocultação de
cadáver (art. 211 do Código Penal)

Segundo consolidada jurisprudência do STF, na modalidade "ocultar", o crime é


permanente.

GABARITO: CORRETA

CRIME DE OCULTAÇÃO DE CADÁVER – DELITO PERMANENTE – TIPIFICAÇÃO –


RECURSO MINISTERIAL PARCIALMENTE PROVIDO.
I – O crime previsto no art. 211 do Código Penal, na forma ocultar, é permanente. Logo, se
encontrado o cadáver após atingida a maioridade, o agente deve ser considerado imputável
para todos os efeitos penais, ainda, que a ação de ocultar tenha sido cometida quando era
menor de 18 anos (Precedentes).

II –A questão referente a revogação da prisão preventiva não foi objeto de debate na e.


Corte de origem, sequer tendo sido opostos embargos de declaração para ventilar a
matéria, o que acarreta o não conhecimento do apelo à míngua do imprescindível
prequestionamento (Súmulas nºs 282 e 356 do Pretório Excelso). Recurso parcialmente
conhecido e, nesta parte, provido”.
(STJ – 5ª T. –REsp. nº 900.509-PR – Rel. Min. Felix Fischer – j. 26.06.07 – v.u. – DJU 27.08.07,
pág. 287).

12 (2011 Banca: CESPE Órgão: DPE-MA Prova: CESPE - 2011 - DPE-MA - Defensor Público –
ADAPTADA) Em relação aos crimes contra o sentimento religioso, o respeito aos mortos é
correto afirmar: O sujeito passivo do delito de ocultação de cadáver, delito vago, que não
possui sujeito passivo determinado, é a coletividade.

GABARITO: CORRETA

Podemos conceituar o crime vago como aquele que tem como sujeito passivo uma entidade
sem personalidade. Para o STJ, o crime de ocultação de cadáver é um crime vago:
No caso do delito de ocultação de cadáver, o sujeito passivo é COLETVIDADE.

#ATENÇÃOconcurseiro(a)JURISPRUDÊNCIA STJ Trata-se, pois, de crime vago que não


possui sujeito passivo determinado, tanto que está inserido no Título V – Dos crimes contra
o sentimento religioso, Capítulo II – Dos crimes contra dos mortos, que não se confundem
com as pessoas, estas sim passíveis de ensejarem maior ou menor reprovabilidade quando
violadas em sua integridade física, moral ou psicológica. (HC 145928 / SP (05/05/2011),
Quinta Turma, rel. Min. Laurita Vaz).

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13 (2012 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2012 - MPE-GO - Promotor de
Justiça - ADAPTADA) No tocante ao delito de destruição, subtração ou ocultação de
cadáver (art. 211 do Código Penal)

Sua consumação dá-se somente com a destruição total do cadáver.

GABARITO: INCORRETA

O momento consumativo do delito varia conforme a ação do agente:

 Na destruição de cadáver - o crime se consuma com a extinção do cadáver ou parte


dele.
 Na subtração de cadáver - a consumação ocorre no momento em que o cadáver é
retirado da esfera de proteção dos familiares ou responsáveis pelo cemitério.
 Na ocultação de cadáver - a consumação se dá com o desaparecimento, ainda que
temporário, do cadáver ou suas partes. Entende-se que este núcleo configura
crime permanente.

14 (2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Auxiliar de
Necropsia) Herculano é inimigo de Tércio. Este faleceu, e seu corpo foi cremado. Ainda com
muito ódio de seu finado desafeto, Herculano, logo após a cerimônia funerária, veio a
despejar líquido sujo sobre as cinzas do cadáver de Tércio. Nessa situação, o Código Penal
dispõe que Herculano

a) deverá responder pelo crime de vilipêndio a cadáver.


b) deverá responder pelo crime de destruição de cadáver.
c) deverá responder pelo crime de perturbação de cerimônia funerária.
d) deverá responder pelo crime de perturbação do sossego alheio.
e) não deverá responder por crime algum, visto que sua conduta não configura crime.

GABARITO: INCORRETA

Nos termos do artigo 212 do CP, vilipendiar cadáver ou suas cinzas: Pena - detenção, de
um a três anos, e multa.

Nélson Hungria diz: “Vilipêndio é o ultraje, o ludíbrio aviltante, o desdém injurioso. É o ato
de aviltar, de ultrajar. Tanto pode consistir em atos, como em palavras e escritos.
Constituirão vilipêndio, entre outros fatos, os seguintes: tirar as vestes do cadáver, escarrar
sobre ele, cortar algum membro com o fim de escárnio, atos de necrofilia (caso que é muito
de duvidar da integridade mental do agente), derramar líquidos imundos sobre as cinzas,
ou dispersá-la acintosamente.”

15 (2009 Banca: MOVENS Órgão: PC-PA Prova: MOVENS - 2009 - PC-PA - Delegado de
Polícia – ADAPTADA) No que se refere aos crimes contra a pessoa e contra o sentimento
religioso, é correto: A conduta de vilipendiar cadáver ou suas cinzas é considerada de
menor potencial ofensivo.

GABARITO: INCORRETA

O Crime de vilipêndio a cadáver ou suas cinzas tem pena de detenção, de um a três anos,
e multa, consoante o artigo 212 do CP. Consideram-se infrações penais de menor potencial
ofensivo, para os efeitos da Lei, os crimes a que a lei comine pena máxima não superior
a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

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Crimes contra a Dignidade sexual


MUITA ATENÇÃO: Lei 13.718/18 – principais alterações:
 Art. 215-A (importunação sexual).
 Art. 218-C (divulgação de cena de estupro e de estupro de vulnerável, e de sexo ou
pornografia sem autorização dos envolvidos).
 §5º no art. 217-A (o consentimento e a experiência sexual do vulnerável são
irrelevantes para a caracterização do crime de estupro).
 Art. 225 (a ação penal nos crimes contra a dignidade sexual passa a ser pública
incondicionada em todas hipóteses).
 Inciso IV no art. 226 (aumento de um a dois terços a pena das formas de estupro
coletiva e corretiva).
 Art. 234-A (causas de aumento de pena reajustadas e ampliadas).

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: CESPE - 2019 - TJ-AM - Analista Judiciário -
Direito) Júnia, de quatorze anos de idade, acusa Pierre, de dezoito anos de idade, de ter
praticado crime de natureza sexual consistente em conjunção carnal forçada no dia do
último aniversário da jovem. Pierre, contudo, alega que o ato sexual foi consentido.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, tendo como referência aspectos
legais e jurisprudenciais a ela relacionados.

Se comprovada a prática do crime, Pierre responderá por estupro de vulnerável, haja vista
a idade da vítima.

GABARITO: ERRADA

Ao completar 14 anos, eventual vítima estará protegida pelo crime de estupro, previsto no
art. 213 do Código Penal, se for constrangida a praticar conjunção carnal ou ato libidinoso
mediante violência ou grave ameaça. Se, porém, a prática do ato sexual for consentida, o
fato será atípico.

Apenas será configurado o estupro de vulnerável consoante o artigo 217-A é


ocorrendo: A conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
(catorze) anos. O § 1º do art. 217-A amplia o rol do sujeito passivo do delito, dispondo
que “Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que,
por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática
do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.”

(2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça
Substituto - ADAPTADA) O crime de importunação sexual, com elemento subjetivo
específico, foi criado pela Lei n° 13.718/2018, que revogou expressamente o artigo 61 do
Decreto-Lei n° 3.688/41, Lei das Contravenções Penais.

GABARITO: CORRETA

O art. 2°, da Lei 13.718/2018 criou o crime de importunação sexual ao incluir o art. 215-A,
no CP. O referido tipo penal possui elemento subjetivo específico, pois o crime não se
configura com a mera prática contra alguém e sem a sua anuência de ato libidinoso. Exige-
se o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro. O inciso II, do art. 3°, da Lei
13.718/2018 revogou expressamente o art. 61, da Lei das Contravenções Penais.

(2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES -
Delegado de Polícia) A profissional do sexo Gumercinda atende a seus clientes no local

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onde reside juntamente com seu filho Joaquim de dez anos. O local é bastante exíguo,
tendo pouco mais de quinze metros quadrados, onde existem apenas um quarto e um
banheiro, ficando a cama onde Joaquim dorme ao lado da cama da mãe. Em uma
determinada madrugada, Gumercinda acerta um “programa sexual” com Caio e o leva até
sua casa. Durante o ato sexual, Joaquim acorda e presencia tudo, sem que Gumercinda ou
Caio percebam que ele está assistindo à cena. No dia seguinte, Joaquim vai para a escola e
conta o fato a um amigo, o qual, por sua vez, relata a história para Joana, sua mãe. Esta,
abismada com a história, procura a delegacia do bairro e narra os fatos acima descritos.
Diante desta situação hipotética, assinale a alternativa correta do ponto de vista legal.

a) Gumercinda e Caio responderão pelo delito de satisfação de lascívia mediante a


presença de criança ou adolescente.
b) Gumercinda e Caio não cometeram nenhum crime.
c) Gumercinda e Caio praticaram exploração sexual de criança ou adolescente.
d) Gumercinda e Caio praticaram crime previsto no Estatuto da Criança e do
Adolescente.
e) Apenas Gumercinda responderá pelo delito de satisfação de lascívia mediante a
presença de criança ou adolescente.

GABARITO: B
O delito de satisfação de lascívia mediante a presença de criança e adolescente exige dolo
e, além disso, elemento subjetivo especial do tipo, consistente na intenção de satisfazer
a lascívia própria ou alheia:

Nos termos do artigo 218-A do CP - Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze)


anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de
satisfazer lascívia própria ou de outrem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. O
elemento subjetivo do tipo é o dolo, direto ou eventual. Finalidade específica: “a fim de
satisfazer lascívia própria ou de outrem”. Não há modalidade culposa.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ:

Crime FORMAL: “É impossível a absolvição do paciente pelo crime do artigo 218-A sob o
argumento de que a vítima, uma bebê de cerca de 8 meses de idade, não teve o seu
desenvolvimento ou a sua dignidade sexual atingidos pelo ato libidinoso, uma vez que o
objeto jurídico do delito em questão é a liberdade sexual, tratando-se de ilícito formal, que
prescinde do efetivo comprometimento do menor ou da satisfação da lascívia do agente
para a sua configuração” STJ, HC 360626/SP.

(2019 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça
Substituto/ADAPTADA) A respeito de crimes contra a dignidade sexual, é correto
afirmar que:

Para a configuração do crime de estupro de vulnerável, é relevante, na avaliação da


atipicidade da conduta, averiguar a existência de relacionamento amoroso entre a vítima e
o agente.

GABARITO: ERRADA

Consoante o teor da súmula 593 do STJ - O crime de estupro de vulnerável se configura


com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo
IRRELEVANTE eventual consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência
sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente.

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(2019 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: DPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de
Concursos) - 2019 - DPE-MG - Defensor Público - ADAPTADA) Sobre a parte especial do
Código Penal, analise as afirmativas a seguir, conforme a jurisprudência predominante.
João, imputável, namora Maria, 13 anos idade. O namoro é de conhecimento de todos,
inclusive dos pais de Maria. Numa determinada viagem de férias João e Maria mantiveram
relação sexual de forma consentida. Nessa situação, a prática de conjunção carnal
consentida não afasta a tipificação do crime de estupro de vulnerável.

GABARITO: CORRETA

Configura o crime de estupro de vulnerável a prática de conjunção carnal com menor de


14 anos independentemente do consentimento da vítima. O agente incorreu no tipo penal
descrito no art. 217-A, malgrado ter praticado conjunção carnal consentida. Isso se deve
ao fato do § 5º do artigo supra prelecionar que o consentimento da vítima não
descaracteriza o estupro de vulnerável.

É também o entendimento acolhido na súmula 593 do STJ:

O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou prática de ato


libidinoso com MENOR de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da
vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de
relacionamento amoroso com o agente.

2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça
Substituto - ADAPTADA) O crime de importunação sexual, tipificado pela Lei n°
13.718/2018, exige que a conduta seja praticada em lugar público, ou aberto ou exposto
ao público.

GABARITO: INCORRETA

O crime de importunação sexual, tipificado pela Lei 13.718/2018, ao incluir o art. 215-A,
no CP, NÃO EXIGE que a conduta seja praticada em lugar público, ou aberto ou exposto
ao público, pois para que o crime se configure basta a prática contra alguém e sem a sua
anuência de ato libidinoso, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-AC Prova: VUNESP - 2019 - TJ-AC - Juiz de Direito
Substituto) No que concerne aos crimes contra a dignidade sexual, é correto afirmar que

a) a prática de relacionamento amoroso consensual por indivíduo com 18 anos com


infante de 13 anos há mais de dois anos anteriores é fato atípico.
b) a contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor foi tacitamente revogada
pela Lei n° 13.718, de 24.09.2018.
c) em relação à titularidade da ação penal, nos crimes de estupro, por violência real ou
grave ameaça, importunação sexual, assédio sexual e divulgação de cena de estupro,
procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação.
d) é fato típico distribuir ou expor publicamente qualquer objeto obsceno.

GABARITO: A

O enunciado retrata a TEORIA DE ROMEU E JULIETA, não aceita pelo STJ, nos termos de
seu entendimento sumulado:

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O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal, ou prática de ato


libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima
para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de relacionamento
amoroso com o agente, conforme a súmula 593 do STJ.

É fato TÍPICO. Configura o crime de estupro de vulnerável. Ter relação sexual com menor
de 14 anos, MESMO consensualmente, configura crime de estupro, visto que o
consentimento da vítima é irrelevante nestes casos.

Súmula 593 do STJ: O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal
ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual
consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência
de relacionamento amoroso com o agente.

A regra é a ação penal pública INCONDICIONADA. Consoante o artigo 225 do CP. Nos
crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública
incondicionada. (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)

Por fim o artigo 234 do CP dispõe que fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua
guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho,
pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno: Pena - detenção, de seis meses a dois anos,
ou multa.

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:

I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste
artigo.

2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça
Substituto - ADAPTADA) A Lei n° 13.718/2018 tipificou o crime de importunação sexual,
com dolo genérico e expressa subsidiariedade ao crime de estupro de vulnerável.

GABARITO: INCORRETA

A Lei 13.718/2018 tipificou o crime de importunação sexual, ao incluir o art. 215-A, no CP,
com elemento subjetivo do tipo, especial fim de agir, antigamente chamado de dolo
específico, pois não se configura com a mera prática contra alguém e sem a sua anuência
de ato libidinoso. Exige-se o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro.
Trata-se de crime expressamente subsidiário, mas não especificamente em relação ao crime
de estupro de vulnerável. Seu preceito secundário determina que a pena de reclusão, de 01
a 05 anos, só será aplicada se o fato não constituir crime mais grave.

(2019 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça
Substituto/ADAPTADA) A respeito de crimes contra a dignidade sexual, é correto
afirmar que:

O STJ pacificou o entendimento de que, com o advento do Estatuto da Pessoa com


Deficiência, eventual consentimento da vítima afasta a tipicidade do estupro de vulnerável.

GABARITO: ERRADA

Nos termos do artigo 217-A, § 5º do CP inserido pela Lei nº 13.718/2018, senão vejamos:

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“As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se


independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações
sexuais anteriormente ao crime”.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto -
ADAPTADA) Julgue os itens a seguir, relativos a delitos de natureza sexual.
Praticar conjunção carnal com o parceiro na presença de menor de catorze anos de idade,
a fim de satisfazer a própria lascívia, configura, a princípio, o tipo penal específico
denominado satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente.

GABARITO: CORRETA

Nos termos do artigo 218-A do CP – Satisfação de lascívia mediante presença de criança


ou adolescente – Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-
lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia
própria ou de outrem: Pena, reclusão, de 2 a 4 anos.

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça
Substituto – ADAPTADA) De acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento
dos tribunais superiores sobre os crimes contra a dignidade sexual, o estupro (art. 213
do Código Penal), com redação dada pela Lei n° 12.015/2009, é tipo penal misto alternativo.
Logo, se o agente, no mesmo contexto fático, pratica conjunção carnal e outro ato
libidinoso contra uma só vítima, pratica um só crime do art. 213 do Código Penal.

GABARITO: CORRETA
O estupro (art. 213 do CP), com redação dada pela Lei 12.015/09, é tipo penal misto
alternativo. Logo, se o agente, no mesmo contexto fático, pratica conjunção carnal e
outro ato libidinoso contra uma só vítima, pratica um só crime do art. 213 do CP. STJ.
5ª Turma. AgRg no REsp 1262650/RS, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em
05/08/2014. STJ. 6ª Turma. HC 212.305/DF, Rel. Min. Marilza Maynard (Des. Conv. TJ/SE),
julgado em 24/04/2014 (Info 543).

2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça
Substituto - ADAPTADA) A importunação sexual é crime contra a liberdade sexual, tal qual
o crime de ato obsceno.

GABARITO: INCORRETA

Os crimes de importunação sexual (art. 215-A, do CP) e de ato obsceno (art. 233, do
CP) fazem parte do Título VI (crimes contra a dignidade sexual). Porém, o primeiro está
inserido no capítulo I (dos crimes contra a liberdade sexual) e o segundo no capítulo VI (do
ultraje público ao pudor).

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto -
ADAPTADA) Julgue os itens a seguir, relativos a delitos de natureza sexual.
Praticar ato obsceno em praça pública, ainda que sem a intenção de ultrajar alguém
específico, configura crime de importunação sexual, que, por equiparação, é considerado
hediondo.

GABARITO: INCORRETA

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O crime de ato obsceno está previsto no art. 233, CP: Praticar ato obsceno em lugar público,
ou aberto ou exposto ao público, com pena de 3 a 1 ano, ou multa. O crime de importunação
sexual está no art. 215-A (como citado no item I). Assim, tratam-se de crimes distintos,
além dessa observação, nenhum dos dois crimes são crimes hediondos, pois não estão no
rol taxativo da lei 8072/1990.

2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça
Substituto - ADAPTADA) O crime de importunação sexual, assim como o crime de estupro,
é crime de ação penal pública condicionada à representação da pessoa contra a qual o ato
foi praticado.

GABARITO: INCORRETA

O art. 2°, da Lei 13.718/2018 alterou o art. 225, do CP. Com a alteração, os crimes contra a
liberdade sexual, que abrangem os crimes de estupro e de importunação sexual, e os crimes
sexuais contra vulnerável, são de ação penal pública incondicionada. Atualmente, todos os
crimes contra a dignidade sexual são de ação penal pública incondicionada.

(2019 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: DPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de
Concursos) - 2019 - DPE-MG - Defensor Público - ADAPTADA) Sobre a parte especial do
Código Penal, analise as afirmativas a seguir, conforme a jurisprudência predominante.
Os crimes contra a dignidade sexual serão processados mediante ação penal pública
condicionada à representação, tendo em vista evitar a vitimização secundária, salvo no caso
de estupro de vulnerável, hipótese em que a ação penal será pública incondicionada e a
pena será aumentada da metade se o agente for ascendente, padrasto ou madrasta da
vítima.

GABARITO: INCORRETA

A lei 13.718/18 alterou a sistemática da ação penal dos crimes definidos no capítulo I e II
do título VI (Crimes contra a dignidade sexual), que passaram a ser de Ação Pública
Incondicionada.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto -
ADAPTADA) Julgue os itens a seguir, relativos a delitos de natureza sexual.
Praticar, em local público, ato libidinoso contra alguém e sem o seu consentimento
caracteriza contravenção penal tipificada como importunação ofensiva ao pudor.

GABARITO: ERRADA

A lei nº 13.718/2018 revogou o art. 61 da lei de contravenções penais, que tratava a


presente conduta como importunação ofensiva ao pudor. Logo, atualmente, como
continuidade típico normativa, presente no art. 215-A, CP, trata-se de crime de
IMPORTUNAÇÃO SEXUAL praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com
o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro, com pena de reclusão de 1 a 5
anos.

(2019 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: FCC - 2019 - DPE-SP - Defensor Público) No dia 23
de abril de 2013, Jailson, aproveitando que sua esposa havia saído de casa para fazer
compras, decidiu ir até o quarto de sua enteada Jéssica, que à época contava com 19 anos
de idade. Ao perceber que Jéssica estava dormindo, Jailson se aproximou de sua cama,

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apalpou seus seios e começou a acariciar sua vagina por dentro da calcinha. Ocorre que,
nesse momento, o irmão de Jéssica chegou à casa e, ao presenciar a cena, começou a gritar,
momento em que Jailson se afastou da jovem e fugiu.
O tipo penal em que incorreu Jailson, sem analisar se o delito teria se dado na forma
consumada ou tentada, é:

a) Constrangimento ilegal (art. 146, caput, do CP).


b) Estupro (art. 213, caput, do CP).
c) Estupro de vulnerável (art. 217-A, §1º, do CP).
d) Violação sexual mediante fraude (art. 215, caput, do CP).
e) Importunação sexual (art. 215-A, do CP).

GABARITO: C

Consoante o artigo 217-A, § 1º do CP, incorre na mesma pena quem pratica as ações
descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não
pode oferecer resistência.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ:

No caso, o réu entrou no quarto de sua sobrinha, deitou na cama onde a menor estava
dormindo, e então passou a mão em suas nádegas, após isso, a vítima mudou de posição,
e o embargante insistiu na prática delitiva ao passar a mão na "parte íntima" dela. (....)
(STJ, AgRg no AREsp 1265103/MS, QUINTA TURMA, DJe 01/08/2018).

“In casu, o eg. Tribunal de origem rechaçou a tese de ilegitimidade ativa do Ministério
Público para oferecimento da denúncia, em face da vulnerabilidade da vítima, que se
encontrava dormindo no momento do suposto crime, portanto, era incapaz de oferecer
resistência. Ressalte-se que o ora paciente foi justamente denunciado pela prática, em tese,
do art. 217-A, § 1º, do Código Penal, o que enseja uma ação penal pública incondicionada”.
(STJ, HC 389.610/SP, QUINTA TURMA, DJe 16/08/2017).

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto -
ADAPTADA) Julgue os itens a seguir, relativos a delitos de natureza sexual.
Divulgar na Internet fotografias de conteúdo pornográfico envolvendo adolescente, como
meio de vingança pelo término de relacionamento, configura crime específico previsto no
ECA, o que afasta a incidência do novo tipo penal previsto no art. 218-C do Código Penal.

GABARITO: CORRETA

Consoante o artigo 218-C do CP - Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou


expor à venda, distribuir publicar ou divulgar, por qualquer meio – inclusive por meio de
comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática, fotografia, vídeo ou outro
registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça
apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez
ou pornografia.

Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.

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(2019 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça
Substituto/ADAPTADA) A respeito de crimes contra a dignidade sexual, é correto
afirmar que:

Caracteriza o crime de assédio sexual a conduta de médico ginecologista que, durante


atendimento, pratica ato libidinoso contra paciente, aproveitando-se do consentimento
dado por ela para a realização de exame ginecológico.

GABARITO: ERRADA

A hipótese narrada na questão trata-se de crime de violação sexual mediante fraude nos
termos do art. 215 do CP, doutrinariamente cognominado de estelionato sexual,
consequentemente a conduta de médico ginecologista que, durante atendimento, pratica
ato libidinoso contra paciente, aproveitando-se do consentimento dado por ela para a
realização de exame ginecológico.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES -
Escrivão de Polícia) Em relação ao crime de estupro de vulnerável, é questão pacificada
no Direito Penal

a) a irrelevância do consentimento da vítima para a prática do ato, bem como sua


experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente.
b) o critério exclusivo de vulnerabilidade pela idade da vítima, menor de 14 anos.
c) que a vítima do sexo masculino não pode ser sujeito passivo do delito em análise.
d) que o desconhecimento da lei exclui a tipicidade delitiva.
e) que a pena é duplicada se o agente exercer autoridade sobre a vítima.

GABARITO: A

STJ entende que a presunção é absoluta (não admite prova em contrário). As penas
previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do
consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao
crime. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018). Assim sendo, caiu o entendimento que levava
em conta a experiência sexual da vitima menor de 14 anos.

 JURISPRUDÊNCIA do STF&STJ:

O agente que passa as mãos nas coxas e seios da vítima menor de 14 anos, por dentro de
sua roupa, pratica, em tese, o crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP). Não
importa que não tenha havido penetração vaginal.

Súmula 593 do STJ: O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal
ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual
consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou
existência de relacionamento amoroso com o agente.

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça
Substituto – ADAPTADA) De acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento
dos tribunais superiores sobre os crimes contra a dignidade sexual, somente no crime
de estupro, praticado mediante violência real, é que a ação penal é pública incondicionada.
Nas demais modalidades de violência, trata-se de crime de ação penal condicionada a
representação.

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GABARITO: ERRADA
Código Penal: Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se
mediante ação penal pública incondicionada. (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018).

(2019 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça
Substituto) O crime de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de
vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia, previsto no artigo 218-C do Código Penal,
pode ser classificado como

a) comum, material, comissivo, unissubjetivo, culposo, principal.


b) comum, formal, comissivo, unissubjetivo, doloso, subsidiário.
c) especial, formal, comissivo, plurissubjetivo, admite as formas doloso e culposo,
subsidiário.
d) especial, material, comissivo ou omissivo, unissubjetivo, doloso, principal.
e) comum, material, comissivo, plurissubjetivo, admite as formas doloso e culposo,
subsidiário.

GABARITO: B

O crime de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de


sexo ou de pornografia, previsto no art. 218-C, do CP, pode ser classificado como comum,
formal, comissivo, unissubjetivo, doloso, subsidiário. O art. 218-C, do CP tipifica o crime
de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou
de pornografia. Segundo o referido dispositivo, é crime oferecer, trocar, disponibilizar,
transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio -
inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -,
fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro
de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da
vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ:

O que você chamou de subsidiário como critério de classificação dos crimes é, na verdade,
o que se chama crime acessório, parasitário, derivado ou de fusão (todos são a mesma
coisa). Segundo Alexandre Salim, crime acessório "é aquele que depende da existência de
outro crime. Ex.: o crime de receptação (art. 180 do CP) depende da existência de um crime
anterior, do qual a coisa provém. A propósito: 'por se tratar de crime acessório, derivado
ou parasitário, o crime de lavagem de dinheiro pressupõe a existência de infração anterior,
que constitui uma circunstância elementar do tipo de lavagem' (STJ, 5ª Turma, HC 378.449,
j. em 20/09/2018)".

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça
Substituto – ADAPTADA) De acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento
dos tribunais superiores sobre os crimes contra a dignidade sexual, a prática de passar
as mãos nas coxas e seios da vítima menor de 14 anos, por dentro de sua roupa, não pode
ser tipificado como crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal), haja vista
que não houve a conjunção carnal.

GABARITO: ERRADA
Passar as mãos nas coxas e seios da vítima: O agente que passa as mãos nas coxas e
seios da vítima menor de 14 anos, por dentro de sua roupa, pratica, em tese, o crime de
estupro de vulnerável (art. 217-A do CP). Não importa que não tenha havido penetração

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vaginal (conjunção carnal). STF. 1ª Turma. RHC 133121/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio,
red. p/o acórdão Min. Edson Fachin julgado em 30/8/2016 (Info 837)

(2019 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça
Substituto/ADAPTADA) A respeito de crimes contra a dignidade sexual, é correto
afirmar que:

Em regra, o crime de importunação sexual pode ter como agente passivo pessoa vulnerável,
dados a especificidade da conduta e seu caráter de crime não subsidiário.

GABARITO: ERRADA

Neste caso, a conduta poderá configurar o crime do art. 218-A do CP:

Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar,


conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos

Inclusive, há uma subsidiariedade expressa no preceito secundário do art. 215-A do CP


(importunação sexual). Isso significa que, se a conduta praticada puder se enquadrar em
um delito mais grave, não será o crime do art. 215-A do CP. No caso, o crime de “Satisfação
de lascívia mediante presença de criança ou adolescente” é mais grave.

(2019 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça
Substituto/ADAPTADA) A respeito de crimes contra a dignidade sexual, é correto
afirmar que:

Em se tratando de crime de estupro em que a vítima seja maior de dezoito anos de idade
e plenamente capaz, a ação penal é pública incondicionada, ainda que não tenha ocorrido
violência real na prática do crime.

GABARITO: CORRETA
A Lei nº 13.718/2018 alterou a redação do art. 225 do CP e passou a prever que todos os
crimes contra a dignidade sexual são de ação pública incondicionada.

MuitaATENÇÃO  O art. 225 do CP alterado pela Lei nº 13.718/2018, trata-se de novatio


legis in pejus, porquanto a ação passou de pública condicionada à representação para
INCONDICIONADA, agravando a situação do réu, já que o indivíduo será privado de uma
causa extintiva da punibilidade (decadência do direito de representação). Por conseguinte,
não será aplicada aos crimes cometidos na vigência da lei anterior.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RO Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RO - Juiz de Direito
Substituto) Tícia, de 16 anos, há dois anos namora Caio, de 19 anos. Tícia é virgem e
está decidida a apenas manter relação sexual após o casamento, já marcado para ocorrer
no dia em que ela completará 18 anos. Quando estavam sozinhos, na sala, assistindo
TV, Caio, aproveitando-se que Tícia cochilava, masturbou-se e ejaculou no corpo da
namorada que, imediatamente, acordou. Sentindo-se profundamente violada e agredida,
Tícia grita e acorda os pais, que dormiam no quarto da casa. Os pais, vendo a filha suja
e em pânico, impedem Caio de fugir e decidem chamar a polícia. Acionada a polícia,
Caio é preso, em flagrante delito e, encerradas as investigações, denunciado pelo crime

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sexual praticado. Diante da situação hipotética, Caio poderá ser processado pelo crime
de

a) corrupção de menores, tratando-se de ação penal pública incondicionada.


b) violação sexual mediante fraude, haja vista que Tícia estava dormindo, sem
possibilidade de resistir, tratando-se de crime de ação penal pública condicionada.
c) importunação sexual, tratando-se de ação penal pública incondicionada.
d) estupro de vulnerável, haja vista que Tícia é menor, tratando-se de crime de ação
penal pública incondicionada.
e) estupro, incidindo causa de aumento em virtude de a vítima ser menor de 18,
tratando-se de ação penal pública condicionada.

GABARITO: C
Importunação sexual - Nos termos do artigo 215-A do CP - Praticar contra alguém e sem
a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de
terceiro:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave.

Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I (DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE
SEXUAL) e II (DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL) deste Título, procede-se
mediante ação penal pública INcondicionada.

NÃO houve ABOLITIO CRIMINIS da contravenção penal de IMPORTUNAÇÃO OFENSIVA


AO PUDOR, previsto no art. 61 da Lei de Contravenções Penais (DL n.º 3.688/41) pela Lei
n.º 13.718/2018, tendo ocorrido a continuidade normativo-típica, passando a constar
como IMPORTUNAÇÃO SEXUAL, inserido no art. 215-A do Código Penal.

 JURISPRUDÊNCIA:

O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE NORMATIVA ocorre “quando uma norma penal é


revogada, mas a mesma conduta continua sendo crime no tipo penal revogador, ou seja, a
infração penal continua tipificada em outro dispositivo, ainda que topologicamente ou
normativamente diverso do originário.” (Min. Gilson Dipp, em voto proferido no HC
204.416/SP).

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça
Substituto – ADAPTADA) De acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento
dos tribunais superiores sobre os crimes contra a dignidade sexual, a conduta
consistente em manter casa para fins libidinosos é suficiente para a caracterização do
crime tipificado no art. 229 do Código Penal, sendo desnecessário, para a configuração do
delito, que haja exploração sexual, assim entendida como a violação à liberdade das
pessoas que ali exercem a mercancia carnal.

GABARITO: ERRADA
Consoante a JURISPRUDÊNCIA do STJ: [...] a conduta consistente em manter “Casa de
Prostituição” segue sendo crime tipificado no art. 229 do Código Penal. Todavia, com a
novel legislação, passou-se a exigir a “exploração sexual” como elemento normativo do
tipo, de modo que a conduta consistente em manter casa para fins libidinosos, por si
só, não mais caracteriza crime, sendo necessário, para a configuração do delito, que haja
exploração sexual, assim entendida como a violação à liberdade das pessoas que ali

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exercem a mercancia carnal. STJ. 6ª Turma. REsp 1683375-SP, Rel. Min. Maria Thereza de
Assis Moura, julgado em 14/08/2018 (Info 631).

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça
Substituto – ADAPTADA) De acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento
dos tribunais superiores sobre os crimes contra a dignidade sexual, segundo a legislação
brasileira, o estupro coletivo é aquele praticado mediante concurso de três ou mais
pessoas.

GABARITO: ERRADA

Conforme o artigo 226, IV, Estupro coletivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).

a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018).

(2019 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2019 - MPE-RJ - Analista do Ministério
Público - Processual) Tício, padrasto de Lourdes, criança de 11 anos de idade, praticou,
mediante violência consistente em diversos socos no rosto, atos libidinosos diversos
da conjunção carnal com sua enteada. A vítima contou o ocorrido à sua mãe,
apresentando lesões no rosto, de modo que a genitora de Lourdes, de imediato,
compareceu com a filha em sede policial e narrou o ocorrido. Recebidos os autos do
inquérito policial, o promotor de justiça com atribuição deverá oferecer denúncia
imputando a Tício o crime de:

a) estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), podendo o emprego de violência real ser
considerado na pena base para fins de aplicação da sanção penal, bem como
cabendo reconhecimento da causa de aumento de pena pelo fato de o autor ser
padrasto da ofendida;
b) estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), não podendo o emprego de violência real
ser considerado na pena base por já funcionar como elementar do delito, mas
cabendo reconhecimento da causa de aumento de pena pelo fato de o autor ser
padrasto da ofendida;
c) estupro qualificado pela idade da vítima (art. 213, §1º do CP), diante da violência
real empregada, de modo que a idade da vítima não poderá funcionar como
agravante, apesar de presente a causa de aumento pelo fato de o autor ser padrasto
da ofendida;
d) estupro simples (art. 213 do CP), diante da violência real empregada, funcionando a
idade da vítima como agravante da pena, não havendo previsão de causa de aumento
de pena, que somente seria aplicável se o autor fosse pai da ofendida;
e) estupro qualificado pela idade da vítima (art. 213, §1º do CP), sem causa de aumento
por ser o autor padrasto da ofendida, diante da violência real empregada, podendo
a idade da vítima funcionar também como agravante da pena.

GABARITO: A
Conforme o 217-A do CP ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor
de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. O artigo 226 do CP,
ainda prevê aumento de pena se o crime estupro de vulnerável:

II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge,


companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro
título tiver autoridade sobre ela.

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(2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP - RN Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - ITEP
- RN - Agente de Necropsia) Estupro de vulnerável é ter

a) conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos.


b) conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com mulher entre 16 e 21 anos.
c) conjunção carnal não consentida com mulher entre 14 e 18 anos.
d) conjunção carnal não consentida com mulher entre 14 e 21 anos.
e) conjunção carnal, mesmo que seja consentida, com mulher entre 14 e 16 anos.

GABARITO: A

Nos termos do artigo 217-A do CP, ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso
com MENOR de 14 anos: Pena de Reclusão de 8 a 15 anos.

 JURISPRUDÊNCIA do STF&STJ:

#STF - O agente que passa as mãos nas coxas e seios da vítima menor de 14 anos, por
dentro de sua roupa, pratica, em tese, o crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do
CP). Não importa que não tenha havido penetração vaginal.

#STJ - O trauma psicológico sofrido pela vítima de estupro de vulnerável é justificativa


para a exasperação da pena-base imposta ao agente da conduta delituosa.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto –
ADAPTADA)
Julgue os itens a seguir com base no Código Penal e na jurisprudência do STJ.

Um indivíduo poderá responder criminalmente por violação sexual mediante fraude, caso
pratique frotteurismo contra uma mulher em uma parada de ônibus coletivo lotada, sem o
consentimento dela.

GABARITO: ERRADA

Importunação sexual

Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de
satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave.

O termo “Frotteurismo” deriva da palavra francesa “frotter” (esfregar) ou frotteur (aquele


que faz fricção). Segundo Dizer o Direito, o frotteurismo consiste em “tocar e esfregar-se
em uma pessoa sem seu consentimento. O comportamento geralmente ocorre em locais
com grande concentração de pessoas, dos quais o indivíduo pode escapar mais facilmente
de uma detenção (por ex., calçadas movimentadas ou veículos de transporte coletivo). Ele
esfrega seus genitais contra as coxas e nádegas ou acaricia com as mãos a genitália ou os
seios da vítima. Ao fazê-lo, o indivíduo geralmente fantasia um relacionamento exclusivo e
carinhos com a vítima”. Com o advento da Lei nº 13.718/2018, este fato é tipificado como
importunação sexual, delito do art. 215-A do CP.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto –
ADAPTADA)
Julgue os itens a seguir com base no Código Penal e na jurisprudência do STJ.

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Tanto ao agente, maior e capaz, que praticar o crime de estupro coletivo quanto ao agente,
maior e capaz, que praticar o crime de estupro corretivo será aplicada a mesma majorante
de pena in abstrato.

O inciso IV, do art. 226, do CP diz que tanto ao agente maior e capaz que praticar o crime
de estupro coletivo quanto o autor, maior e capaz, que praticar o crime de estupro corretivo
terá a sua pena majorada à fração de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços)

(2018 Banca: CESPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto -
ADAPTADA) Considerando a jurisprudência dos tribunais superiores acerca dos crimes
contra a dignidade sexual, julgue o item.

Ato sexual praticado por maior de idade com menor de quatorze anos de idade não
configura estupro de vulnerável se tiver havido consentimento da parte menor.
GABARITO: INCORRETA

Consoante o teor da súmula 593 do STJ – O crime de estupro de vulnerável se configura


com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo
irrelevante eventual consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência
sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente.

(2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AP Prova: FCC - 2018 - DPE-AP - Defensor Público –
ADAPTADA) Conforme o ordenamento penal pátrio e o entendimento dos tribunais
superiores:

Para a caracterização do crime de estupro de vulnerável previsto no art. 217-A, caput, do


Código Penal, basta que o agente tenha conjunção carnal ou pratique qualquer ato
libidinoso com pessoa menor de 14 anos. O consentimento da vítima, sua eventual
experiência sexual anterior ou a existência de relacionamento amoroso entre o agente e a
vítima não afastam a ocorrência do crime.

GABARITO: CORRETA
De acordo com os tribunais superiores, o consentimento da vítima com menos de quatorze
anos ou experiência pretérita pouco importam para a caracterização do estupro de
vulnerável.

Súmula 593 do STJ: O crime de estupro de vulnerável configura-se com a conjunção carnal
ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante o eventual
consentimento da vítima para a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de
relacionamento amoroso com o agente.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ informativo 555:

Na sentença, durante a dosimetria, o juiz pode reduzir a pena-base do réu alegando que
a vítima (menor de 14 anos) já tinha experiência sexual anterior ou argumentando que
a vítima era homossexual? NÃO. Em se tratando de crime sexual praticado contra menor
de 14 anos, a experiência sexual anterior e a eventual homossexualidade do ofendido não
servem para justificar a diminuição da pena-base a título de comportamento da vítima. A
experiência sexual anterior e a eventual homossexualidade do ofendido, assim como
não desnaturam (descaracterizam) o crime sexual praticado contra menor de 14 anos,
não servem também para justificar a diminuição da pena base, à título de

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comportamento da vítima. STJ. 6ª Turma. REsp 897.734-PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro,
julgado em 3/2/2015.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto –
ADAPTADA)
Julgue os itens a seguir com base no Código Penal e na jurisprudência do STJ.

Situação hipotética: Um homem, em 31/12/2018, por volta das cinco horas da


madrugada, com a intenção de obter vantagem pecuniária, explodiu um caixa eletrônico
situado em um posto de combustível. Assertiva: De acordo com o STJ, ele responderá
criminalmente por furto qualificado em concurso formal impróprio com o crime de
explosão majorada.

GABARITO: ERRADA
Antes da Lei nº 13.654/18, o STJ, de fato, entendia que, em casos assim, o autor deveria
responder criminalmente pelo cometimento de furto qualificado (rompimento de
obstáculo) em concurso formal impróprio com o crime de explosão majorada, sem que
se pudesse conjecturar em bis in idem. A título de exemplo:

JURISPRUDÊNCIA do STJ  Demonstrado que a conduta delituosa expôs, de forma


concreta, o patrimônio de outrem decorrente do grande potencial destruidor da explosão,
notadamente porque o banco se encontra situado em edifício destinado ao uso público,
ensejando a adequação típica ao crime previsto no art. 251 do CP, incabível a incidência do
princípio da consunção. (...) STJ. 6ª Turma. REsp 1647539/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro,
julgado em 21/11/2017.

Entretanto, como a infração sob exame ocorreu em data posterior à entrada em vigor da
referida lei, a ação do agente deve se subsumir ao art. 155, § 4º-A, do CP, o qual dispõe que
“a pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo
ou de artefato análogo que cause perigo comum”.

(2018 Banca: FCC Órgão: PGE-TO Prova: FCC - 2018 - PGE-TO - Procurador do Estado) O
crime de estupro de vulnerável, tipificado no art. 217-A, do Código Penal, prevê a pena
em abstrato de oito a quinze anos de reclusão para aquele que tiver conjunção carnal
ou praticar outro ato libidinoso com menor de catorze anos. De acordo com o
entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, bem como pelo que
estabelece a legislação,

a) a existência de relacionamento amoroso da vítima com o agente é hipótese de


excludente de antijuridicidade do crime em questão.
b) o consentimento da vítima para a prática do ato afasta o caráter delitivo do crime,
constituindo causa de excludente de ilicitude.
c) a experiência sexual anterior da vítima é relevante para a tipificação do delito.
d) incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput do art. 217-A com
alguém que, por enfermidade, não tem o necessário discernimento para a prática do
ato.
e) o referido crime não está elencado na Lei no 8.072/1990 como hediondo.

GABARITO: D

Conforme dispõe o artigo 217-A, § 1º do CP - Incorre na mesma pena quem pratica as ações
descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o

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necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode
oferecer resistência.

Trata-se de presunção relativa, visto que só será enquadrado nesse tipo o agente que
praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém, que por enfermidade mental
ou deficiência mental, não tenha o necessário discernimento para a pratica do ato.

(2018 Banca: IBFC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: IBFC - 2018 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz
Federal Substituto – ADAPTADA) Leia a assertiva abaixo e assinale a opção correta
O recém introduzido crime de estupro de vulnerável consiste em ter conjunção carnal ou
praticar outro ato libidinoso com menor de catorze anos. E incorre na mesma pena quem
pratica as mesmas ações com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem
o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não
pode oferecer resistência.

GABARITO: CORRETA

Consoante o disposto no artigo 217-A do CP: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: §1º Incorre na mesma pena quem pratica as
ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem
o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer oura causa, não pode
oferecer resistência.

(2018 Banca: CESPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto -
ADAPTADA) Considerando a jurisprudência dos tribunais superiores acerca dos crimes
contra a dignidade sexual, julgue o item.

O trauma psicológico sofrido pela vítima de estupro de vulnerável é justificativa para a


exasperação da pena-base imposta ao agente da conduta delituosa.
GABARITO: CORRETA

Em relação às consequências do crime, que devem ser entendidas como o resultado da ação
do agente, a avaliação negativa de tal circunstância judicial mostra-se escorreita se o dano
material ou moral causado ao bem jurídico tutelado se revelar superior ao inerente ao tipo
penal. Decerto, o trauma causado às ofendidas, menores que contavam com 10 e 11 anos
de idade à época dos fatos sob apuração, não pode ser confundido com mero abalo
psicológico passageiro, restando justificado, a toda evidência, o incremento da pena-base
a título de consequências do crime. (HC 402.373/RS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS,
QUINTA TURMA, julgado em 10/04/2018, DJe 17/04/2018).

(2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE - 2018 - PC-MA - Escrivão de Polícia
Civil) Com relação ao crime de estupro, considera-se vulnerável a vítima

a) que morre em consequência da violência sexual.


b) que pratica o ato sexual mediante fraude ou dissimulação.
c) mentalmente enferma, sem discernimento para o ato sexual.
d) com quatorze anos de idade completos.
e) com até dezoito anos de idade.

GABARITO: C
Estupro de vulnerável

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Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
(catorze) anos:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.

§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que,
por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática
do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.

(2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia)
No que concerne aos crimes contra a dignidade sexual, é correto afirmar que

a) dadas as condições de evolução social, não se pune atualmente a violação sexual


mediante fraude e nem a sedução.
b) o crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de
maiores de 18 anos não-vulneráveis só é punido se o agente tem intuito de lucro.
c) o crime de assédio sexual, por expressa disposição legal fruto de ativismo jurídico,
é punido mais gravemente se cometido por homem contra mulher do que vice-versa.
d) é fato típico induzir menor de 14 (quatorze) anos a presenciar ato libidinoso diverso
da conjunção carnal, a fim de satisfazer lascívia própria.
e) apenas pessoas dignas são objeto de proteção penal, excluídas as pessoas que
voluntariamente se entregam à má vida ou a práticas sexuais promíscuas.

GABARITO: D
Consoante o artigo 218-A do CP - Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze)
anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de
satisfazer lascívia própria ou de outrem.

A demais alternativas - incorretas:

a) O crime de violência sexual mediante fraude está previsto no art. 215, CP, porém, o de
Sedução (art. 217) foi revogado.

b) Art. 228, §3º, CP - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Logo, não é só punido quando há intuito de lucro.

d) Não há essa previsão em disposição legal.

e) Não há esse tipo de restrição.

Agente que alicia a vítima à prostituição e dela tira proveito: para Cleber Masson (CP
Comentado), seria hipótese de concurso material entre os crimes dos arts. 228
(favorecimento à prostituição) e 230 (rufianismo). Contudo, como ele próprio ressalta, o
STJ entende de forma diversa: Menor, trabalhando para o paciente, com a função de fazer
programas com homens e mulheres, com ele dividia o dinheiro auferido, sendo, então,
patente a sua condição de sócio oculto do incapaz que, na dicção de NÉLSON HUNGRIA,
funcionava como sócio de indústria. 2. Nestas circunstâncias, não obstante o angariamento
de clientes a indicar, in thesi, o favorecimento à prostituição, este delito foi absorvido pelo
de rufianismo, pela preponderância do indevido proveito, consubstanciado na participação
nos lucros. Em suma, o menor exercia a prostituição e o paciente dela tirava proveito direto,
numa espécie de sociedade. 3. Ordem concedida para excluir da condenação a pena relativa

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ao crime do art. 228 do Código Penal. (STJ, HC 8914/MG, Rel. Min. Fernando Gonçalves. J.
16.11.1999).
(2018 Banca: IBFC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: IBFC - 2018 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz
Federal Substituto – ADAPTADA) Leia a assertiva abaixo e assinale a opção correta
O crime de estupro próprio, punido com a pena de reclusão de oito a doze anos e multa,
consiste no constrangimento de mulher, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ela se pratique qualquer outro ato
libidinoso diverso da conjunção carnal, assim como também quando da conduta resulta
lesão corporal de natureza grave, ou se a vítima é menor de dezoito ou maior de catorze
anos.

GABARITO: ERRADA

Conforme o artigo 213 do CP - Estupro - Constranger alguém, mediante violência ou grave


ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso. Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. § 1º Se da conduta resulta lesão
corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze)
anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. § 2º Se da conduta resulta morte: Pena -
reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

(2018 Banca: CESPE Órgão: TJ-CE Prova: CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto -
ADAPTADA) Considerando a jurisprudência dos tribunais superiores acerca dos crimes
contra a dignidade sexual, julgue o item.

GABARITO: INCORRETA

A Terceira Seção desta Corte Superior, sob a égide dos recursos repetitivos, art. 543-C do
CPC, no julgamento do Recurso Especial n. 1.480.881/PI, de Relatoria do Exmo. Ministro
ROGERIO SCHIETTI CRUZ, julgado em 26/08/2015, DJe 10/09/2015, firmou o
entendimento de que, “para a caracterização do crime de estupro de vulnerável previsto
no art. 217-A, caput, do Código Penal, basta que o agente tenha conjunção carnal ou
pratique qualquer ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos. (REsp 1707920/RJ, Rel.
Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 03/05/2018, DJe 09/05/2018).

Toques e apalpações fugazes nos seios e na genitália da vítima são atitudes insuficientes
para configurar o tipo de estupro de vulnerável.
O agente que passa as mãos nas coxas e seios da vítima menor de 14 anos, por dentro
de sua roupa, pratica, em tese, o crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP). Não
importa que não tenha havido penetração vaginal (conjunção carnal). STF. 1ª Turma. RHC
133121/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/o acórdão Min. Edson Fachin julgado em
30/8/2016 (Info 837).

Crime contra a Família

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(2019 Banca: IESES Órgão: TJ-SC Prova: IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros -
Remoção) É correto afirmar que a conduta de contrair alguém, sendo casado, novo casamento:

a) Constituiu, no passado, crime de bigamia, estando atualmente revogado o tipo penal.


b) Encontra adequação típica formal no delito de bigamia, ainda que esteja separado judicialmente.
c) Constitui crime de bigamia, ainda que posteriormente venha a ser anulado o primeiro casamento, não
servindo tal anulação posterior para fazer cessar os efeitos penais do delito já consumado.
d) Não constitui crime de bigamia, se ambos os contraentes já estiverem separados judicialmente e
souberem da condição do outro.

GABARITO: B

O crime de BIGAMIA, previsto no art. 235 do CP, tutela a instituição do casamento e organização familiar dele
decorrente. É CRIME DE FORMA VINCULADA (o meio de execução é o previsto pela legislação civil para o
casamento). Configura exceção à teoria monista no concurso de agentes porque o outro nubente, que contrai
núpcias conhecendo a circunstância de seu parceiro ser casado, responderá pelo §1º do art. 235 e não pelo
caput.

(2017 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: MPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2017 -
MPE-MG - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA) Sobre os crimes contra a família, é CORRETO afirmar:

Que ao definir o crime de bigamia, houve por bem o direto brasileiro excepcionar a teoria monista, cominando
ao concorrente para a sua prática pena mais branda que a atribuída ao autor.

GABARITO: CORRETA

De acordo com o caput do art. 235, do CP, cometerá o crime de bigamia aquele que contrair, sendo casado,
novo casamento. A pena será de reclusão, de 02 a 06 anos. Contudo, quem, não sendo casado, contrair
casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, não será partícipe no crime de bigamia, pois
a referida conduta está tipificada no parágrafo 1°, do art. 235, do CP. A pena será de reclusão ou detenção, de
01 a 03 anos. Exemplo: João contrai novo casamento com Maria. João responderá pelo crime de bigamia.
Maria, que sabia que João era casado, responderá pelo crime previsto no parágrafo 1°, do art. 235, do CP.
Trata-se, portanto, de exceção pluralística à teoria monística.

(2016 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2016 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina) O
Código Penal, ao tratar dos crimes contra a família, especificamente quanto ao tipo misto alternativo do
induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento, apresenta uma ressalva específica à hipótese de
seu reconhecimento, que caracteriza outro delito da mesma natureza.

GABARITO: CORRETA

Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento - Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro
essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior (Bigamia - Art.
235, CP):

Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado (AÇÃO PENAL PERSONALISSÍMA -
NÃO SE TRANSMITE A TITULARIDADE AOS SUCESSORES) e não pode ser intentada senão depois de transitar
em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento (torna impossível a
tentativa).

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(2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: IBADE - 2017 - PC-AC - Delegado de Polícia Civil – ADAPTADA) No que
tange aos crimes contra a família, é correto afirmar que:
O crime de abandono intelectual pode ocorrer quando os pais, sem justa causa, deixam de matricular o filho
no ensino fundamental ou no ensino médio, ou quando o obrigam a faltar repetidas vezes, prejudicando seu
desempenho escolar.
GABARITO: INCORRETA

Consoante o artigo 246 do CP Abandono intelectual - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária
de filho em idade escolar:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

(2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: IBADE - 2017 - PC-AC - Delegado de Polícia Civil – ADAPTADA) No que
tange aos crimes contra a família, é correto afirmar que:

O crime de conhecimento de prévio impedimento é uma norma penal em branco homogênea, cuja ação penal
dependerá de queixa do contraente enganado.

GABARITO: INCORRETA

Nos termos do artigo 237 do CP - Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause
a nulidade absoluta: | Trata-se de crime de Ação penal pública incondicionada.

(2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: IBADE - 2017 - PC-AC - Escrivão de Polícia Civil) O crime de registrar
como seu o filho de outrem :

a) não admite transação penal em nenhuma de suas formas.


b) pode ser praticado através da inscrição, no registro civil, de nascimento inexistente.
c) é classificado como uma hipótese de falsidade ideológica.
d) tem como termo inicial do prazo prescricional a ciência da falsidade pela pessoa fraudulentamente
registrada.
e) não admite concurso de pessoas

GABARITO: C

Conduta conhecida como "adoção à brasileira" e é classificado como hipótese de falsidade ideológica. E está
previsto no Título dos crimes contra a família.

Essa prática é conhecida como "adoção à brasileira", bastante utilizada pelos agentes para burlarem o
procedimento legal da adoção. A falsidade ideológica {art. 299 do CP) fica absorvida, tratando-se de crime-
meio para a prática do delito do art. 242 do CP (nesse sentido: RJTJSP 93:440). (Código Penal Para Concursos.
Rogério Sanchez. pág. 242)

Princípio da consunção: eventual falsidade (crime-meio) utilizada para a prática do delito previsto no art. 242
(crime-fim) ficará por este absorvida.

Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou
substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: (Redação dada pela Lei nº 6.898, de
1981)

Pena - reclusão, de dois a seis anos. (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981)

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Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: (Redação dada pela Lei nº
6.898, de 1981)

Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena.

(2017 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: MPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2017 -
MPE-MG - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA) Sobre os crimes contra a família, é CORRETO afirmar:

Que no crime de “registrar como seu filho de outrem”, que a doutrina denomina “adoção à brasileira”, admite-
se, presente o motivo de reconhecida nobreza, privilégio e até mesmo perdão judicial.

GABARITO: CORRETA

De acordo com o caput do art. 242, do CP, registrar como seu filho de outrem (adoção à brasileira) é crime
punido com reclusão de 02 a 06 anos. Contudo, de acordo com o parágrafo único, do referido dispositivo,
quando praticado por motivo de reconhecida nobreza: 1) O crime poderá ser privilegiado, quando a pena será
de detenção, de 01a 02 anos; ou 2) O juiz poderá aplicar o perdão judicial, ou seja, deixar de aplicar a pena.

(2017 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: MPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2017 -
MPE-MG - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA) Sobre os crimes contra a família, é CORRETO afirmar:

Que o crime de entrega de filho menor a pessoa inidônea admite formas dolosa e culposa.

GABARITO: INCORRETA

De acordo com o caput do art. 245, do CP, cometerá o crime de entrega de filho menor a pessoa inidônea o
pai ou a mãe que entregar filho menor de 18 anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o
menor fica moral ou materialmente em perigo. A pena será de detenção, de 01 a 02 anos. Não há previsão da
forma culposa para o referido delito.

(2017 Banca: FAPEMS Órgão: PC-MS Prova: FAPEMS - 2017 - PC-MS - Delegado de Polícia) Com base no caso,
assinale a alternativa correta.

Miriam, mãe de Rodrigo, e José, tutor de João, receberam convocação da Promotoria de Justiça da Infância e
da Juventude da respectiva Comarca para comparecem à audiência pública destinada a tratar específico
programa para prevenir a evasão escolar. Na carta, havia advertência, em negrito e sublinhado, que a presença
seria obrigatória, sob pena de incorrerem pais e/ou responsáveis legais em apuração de responsabilização
criminal por abandono intelectual (CP, artigo 246). Miriam não compareceu, pois, no horário da reunião,
realizou procedimento cirúrgico de emergência em Maria, colega de escola de Rodrigo. Tampouco José se fez
presente, porquanto decidiu acompanhar um jogo do time do colégio de João. Ciente das ausências, o
Promotor de Justiça requisitou instauração de investigação para apurar a responsabilidade de ambos.

a) Miriam e José poderão ser indiciados pelo crime de abandono material.


b) Apenas Miriam poderá ser indiciada pelo crime de abandono intelectual.
c) Miriam e José poderão ser indiciados pelo crime de abandono intelectual.
d) Apenas José poderá ser indiciado pelo crime de abandono intelectual.
e) Miriam e José não poderão ser indiciados pelo crime de abandono intelectual.

GABARITO: E

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Abandono intelectual – Art. 244 do CP Abandono material


Sujeito ativo: São os PAIS com filhos (estes com Sujeito ativo: Cônjuge, Pais, Filhos. O TUTOR
idade escolar) à instrução primária. Não são não é sujeito ativo deste crime.
quaisquer pais, pois o filho deve estar sujeito à
instrução primária (não é Ensino Médio nem
Superior).
Deixar, sem justa causa, de prover à instrução Deixar, sem justa causa, de prover (o cônjuge)
primária de filho em idade escolar: a subsistência do cônjuge, ou (os pais) de filho
menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o
trabalho, ou (os filhos/descendentes)
de ascendente inválido ou maior de 60
(sessenta) anos, não lhes proporcionando os
recursos necessários ou faltando ao
pagamento de pensão alimentícia
judicialmente acordada, fixada ou majorada;
deixar, sem justa causa, de socorrer
descendente ou ascendente, gravemente
enfermo.
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou
multa, de uma a dez vezes o maior salário multa.
mínimo vigente no País.

(2017 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: MPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2017
- MPE-MG - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA) Sobre os crimes contra a família, é CORRETO afirmar:

Que o crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento ao matrimônio é caso de ação penal
privada personalíssima.

GABARITO: CORRETA

De acordo com o parágrafo único, do art. 236, do CP, a ação penal do crime de induzimento a erro essencial
e ocultação de impedimento é privada personalíssima, pois a queixa-crime só pode ser proposta pelo próprio
contraente enganado. Dessa forma, a titularidade da ação não se transmite aos sucessores. Trata-se, após a
revogação do art. 240, do CP, que tipificava o adultério, da única ação personalíssima existente no Código
Penal.

Crime contra a Incolumidade

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Agente
de Fiscalização Municipal - ADAPTADA) Com relação ao crime de incêndio, analise as afirmativas a seguir.
Não admite a forma tentada.

GABARITO: INCORRETO

O enunciado da questão está equivocado tendo em vista que o tipo penal admite TENTATIVA por
tratar-se de crime material, instantâneo e plurissubsistente.

(2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Oficial de Inteligência - Área 1) No que se refere
aos tipos penais, julgue o próximo item.

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Situação hipotética: No intuito de provocar explosão de grandes proporções, João adquiriu


substância explosiva sem licença da autoridade competente. O material acabou sendo apreendido
antes que fosse montado o dispositivo explosivo. Assertiva: Nessa situação, a conduta de João é
atípica.

GABARITO: INCORRETA

A conduta de João é típica, entretanto pelo fato de não ter licença. A conduta precisa ser SEM
LICENÇA da autoridade. Se o agente possuir a licença, não praticará o delito. Temos o crime quando,
em momento anterior, o agente possuía ou detinha. No caso apresentado, João adquiriu, logo
responderá pelo artigo 253, CP.

Fabrico, fornecimento, aquisição posse ou transporte de explosivos ou gás tóxico, ou asfixiante –


artigo 253 do CP - Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade,
substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à sua fabricação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Agente de
Fiscalização Municipal – ADAPTADA) Com relação ao crime de desabamento, analise as afirmativas a
seguir e assinale V para a verdadeira e F para a falsa.

( ) O crime de desabamento é classificado pela doutrina como de dano, exigindo que cause efetivo
dano à vida, integridade física ou patrimônio de outrem.

GABARITO: FALSA

O desabamento NÃO é crime de dano. O crime de desabamento ou desmoronamento do artigo


256 do CP é de PERIGO. O crime de desabamento ou desmoronamento é de perigo concreto, e sua
consumação se dá quando o agente expõe a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de
outrem, sendo assim o delito não ocorre exclusivamente quando o agente os produz.

CRIMES DE PERIGO

ABSTRATO CONCRETO
NÃO precisam ser provados (porte de Precisam ser provados (Incêndio,
arma de fogo, uso de substância Desabamento etc.).
entorpecente etc.).

(2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência) Acerca dos crimes contra
a incolumidade pública, julgue o item que se segue.

Em se tratando dos crimes de incêndio e desabamento, admite-se a modalidade culposa.

GABARITO: CORRETA

O crime de incêndio, previsto no art. 250, prevê em seu parágrafo segundo a modalidade culposa:

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Quando na modalidade culposa o incêndio, a pena é de detenção de, de seis a dois anos.

Logo, no crime de desabamento, previsto no art. 256, prevê em seu parágrafo único a modalidade
culposa:

Quando o crime é culposo: pena de detenção de 6 meses a 1 ano.

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Agente
de Fiscalização Municipal - ADAPTADA) Com relação ao crime de incêndio, analise as afirmativas a seguir.

A pena será aumentada se o crime for cometido com o intuito de obter vantagem pecuniária em
proveito próprio ou alheio e se o incêndio for em casa efetivamente habitada, sendo insuficiente,
porém, para o aumento da pena, a casa ser apenas destinada a habitação.

GABARITO: INCORRETO

Consoante o teor do artigo 250 do Código Penal,§ 1ª , as penas aumentam de um terço, "se o crime
é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio" e, ainda, nos
termos do artigo 250, § 1º, inciso II, alínea 'a', do Código Penal, se o incêndio é em casa habitada
ou destinada a habitação as penas aumentam de um terço, "

(2018 Banca: VUNESP Órgão: PauliPrev - SP Prova: VUNESP - 2018 - PauliPrev - SP - Procurador Autárquico -
ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a incolumidade pública e dos crimes contra a paz pública,

Nos crimes de perigo comum, a forma qualificada somente incide quando praticados mediante
dolo.

GABARITO: INCORRETA

Os crimes de perigo comum, previstos no Capítulo I do Título VIII do Código Penal, são uma das
poucas espécies criminais nas quais se admite a modalidade da culpa qualificada por culpa no
antecedente e culpa também no consequente. Atentar ao fato de que havendo mais de uma lesão
ou morte, não podemos falar em concurso de crimes – art. 258 do CP.

(2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência) Acerca dos crimes contra a incolumidade
pública, julgue o item que se segue.
O crime de explosão é considerado um crime de dano, pois o objeto jurídico tutelado são os bens materiais.
GABARITO: INCORRETA

O crime Explosão previsto no art. 251 do CP - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o
patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de
dinamite ou de substância de efeito análogos. Constitui crime contra a incolumidade pública sendo
em abstrato já o de dano é contra o patrimônio sendo concreto.

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Agente de
Fiscalização Municipal – ADAPTADA) Com relação ao crime de desabamento, analise as afirmativas a
seguir e assinale V para a verdadeira e F para a falsa.

( ) O crime de desabamento pode ser punido na modalidade dolosa ou na culposa.

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GABARITO: VERDADEIRA

Desabamento ou desmoronamento

Conforme o artigo 256 do CP – Elementos subjetivo – DOLO e CULPA - Causar desabamento ou


desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem: Pena -
reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Modalidade culposa - Parágrafo único - Se o crime é culposo: Pena - detenção, de seis meses a
um ano.

(2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência) Acerca dos crimes contra
a incolumidade pública, julgue o item que se segue.
O crime de difusão de doença ou praga é considerado um tipo penal de consumação permanente e de perigo
concreto.

GABARITO: INCORRETA
O art. 259 do Código Penal foi revogado tacitamente pelo art. 61 da Lei 9.605/1998 – Lei dos Crimes
Ambientais, cuja redação é a seguinte: “Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à
agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa”.
Quanto ao crime de difusão de doença ou praga – Artigo 259 do CP  Qualificação DOUTRINÁRIA:

 CRIME COMUM: pode ser praticado por qualquer pessoa;

 CRIME DE PERIGO ABSTRATO: não tem que restar demonstrado o perigo, uma vez que o legislador o
presume;

 CRIME INSTANTÂNEO: se consuma em apenas um instante, de imediato, sem produzir um resultado


que se prolongue no tempo, embora a ação possa perdurar.

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Agente
de Fiscalização Municipal – ADAPTADA) Com relação ao crime de desabamento, analise as afirmativas a seguir
e assinale V para a verdadeira e F para a falsa.
( ) Ao crime de desabamento culposo, com resultado morte, se aplica a pena do homicídio culposo aumentada
de 1/3.

GABARITO: VERDADEIRA

Conforme previsão expressa do artigo 258 do CP - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal
de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em
dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte,
aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Agente
de Fiscalização Municipal - ADAPTADA) Com relação ao crime de incêndio, analise as afirmativas a seguir.

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Se for colocado em perigo apenas patrimônio próprio, sem causar risco ao patrimônio alheio, não se
caracteriza o crime de incêndio.

GABARITO: CORRETO

“É um delito de perigo concreto, bastando, para sua configuração, que o fogo tenha a potencialidade de
colocar em risco os bens jurídicos tutelados […] Cumpre assinalar, ainda, que o delito em questão é um crime
de perigo comum, sendo prescindível que a conduta seja dirigida a determinadas vítimas”. STJ, AgRg no HC
192574/ES.

”A ausência de perícia no crime de incêndio, somente pode ser suprida por outros meios de prova, nos casos
em que se justificar a impossibilidade de realização de exame […] Isso porque, nos termos do que dispõe o art.
173 do CP, os peritos devem verificar, de forma minuciosa, todas as circunstâncias que forem de interesse
para a solução do caso, entre elas, a causa do incêndio, o perigo resultante para a vida e patrimônio alheio,
bem como a extensão e valor do dano” STJ, HC 360603/PR.

 Produção da PROVA – o artigo 173 do CP dispõe que no caso de incêndio, os peritos verificarão a causa
e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio
alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do
fato.

Crimes contra a saúde Pública

(2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2019 - CRO-AM - Assistente Administrativo Fiscal) De
acordo com o Código Penal, julgue o item

Por ser proibido o mercantilismo, os crimes contra a saúde pública não estão sujeitos à pena de multa.

GABARITO: INCORRETA

Crimes contra a saúde publica que preveem expressamente a pena de multa:

Infração de medida sanitária preventiva - Art. Omissão de notificação de doença - Art. 269
268 do CP do CP

Infringir determinação do poder público, Deixar o médico de denunciar à autoridade


destinada a impedir introdução ou propagação pública doença cuja notificação é compulsória.
de doença contagiosa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de um


terço, se o agente é funcionário da saúde
pública ou exerce a profissão de médico,
farmacêutico, dentista ou enfermeiro.

Pena - detenção, de um mês a um ano, e Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e
multa. multa.

(2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2019 - CRO-AM - Assistente Administrativo Fiscal) De
acordo com o Código Penal, julgue o item

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O dentista que infringe determinação do Poder Público destinada a impedir a propagação de doença
contagiosa tem a pena aumentada.

GABARITO: CORRETA

Nos termos do artigo 268 do CP - Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução
ou propagação de doença contagiosa:

Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a
profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.

(2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Quadrix - 2019 - CRO-GO - Fiscal) Conforme o Código Penal,
julgue o item. A pena é atenuada se o agente que infringir medida sanitária preventiva exercer a profissão de
dentista.

GABARITO: INCORRETA

Infração de medida sanitária preventiva - Art. 268 do CP - Infringir determinação do poder público, destinada
a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa: Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a
profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.

(2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2019 - CRO-AM - Assistente Administrativo Fiscal) De
acordo com o Código Penal, julgue o item

O crime de omissão de notificação de doença só pode ser praticado pelo médico.

GABARITO: CORRETA

Trata-se de crime próprio: Omissão de notificação de doença - Art. 269 do CP - Deixar o médico de denunciar
à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto -
Anulada) É correto afirmar:

É atípica a conduta do agente que grava no invólucro de produto alimentício a existência de substância que
não se encontra em seu conteúdo ou que nele exista em quantidade menor que a mencionada, cometendo
apenas infração administrativa, passível de apreensão pela Vigilância Sanitária.

GABARITO: INCORRETA

Trata-se de conduta típica, prevista no art. 275 do Código Penal (Art. 275 - Inculcar, em invólucro ou recipiente
de produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais, a existência de substância que não se encontra em seu
conteúdo ou que nele existe em quantidade menor que a mencionada.

(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto -
Anulada) É correto afirmar:

MUDE SUA VIDA!


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O médico que deixar de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória responde pelo
crime de omissão de notificação de doença.

GABARITO: CORRETA

Omissão de notificação de doença

Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Crime a prazo: É aquele que exige o decurso de um prazo para que se configure. É o que ocorre na apropriação
de coisa achada, que se consuma se o agente que acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou
parcialmente, deixa de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente,
dentro no prazo de quinze dias.

( 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Quadrix - 2019 - CRO-GO - Fiscal) Conforme o Código Penal,
julgue o item.

Apenas o médico pode ser o autor do crime de omissão de notificação de doença previsto no art. 269 do
Código Penal.

GABARITO CORRETO

Da omissão de notificação de doença (art. 269):

Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

#ATENTEconcurseiro(a)  Para haver progresso, tem que existir ordem.


1. Trata-se de crime próprio, que somente pode ser praticado por médico. Não exige que o mesmo tenha
contato direto com o enfermo, basta que conheça da existência da doença.
2. Trata-se de norma penal em branco.
3. Trata-se de crime de conduta omissiva pura.

SUJEITO ATIVO do art.269 é apenas o MÉDICO - Trata-se de crime próprio, pois exige do agente uma condição
ou qualidade especial.
CONDUTA - o médico se omite do dever de denunciar à autoridade pública a doença de notificação
compulsória, pouco importando a forma pela qual travou contato com a ocorrência da mesma.
(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Agente
de Fiscalização Municipal) Caio, proprietário de uma farmácia, com o intuito de auferir lucro, adquiriu de
Gilberto produtos cosméticos adulterados e os colocou à venda em seu estabelecimento.

Considerando os fatos acima, acerca do crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto
destinado a fins terapêuticos ou medicinais, assinale a afirmativa correta.

a) Gilberto poderá responder pelo crime em questão, mas não Caio, uma vez que foi aquele o único
responsável pela adulteração do produto.
b) Caio e Gilberto poderão responder pelo crime em questão, ambos na modalidade dolosa, sendo
aplicável, além da pena privativa de liberdade, pena de multa.

MUDE SUA VIDA!


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c) Caio e Gilberto não poderão ser punidos pelo crime, pois os produtos adulterados não se destinavam
a fins terapêuticos ou medicinais.
d) Caio e Gilberto poderão responder pelo crime, sendo o primeiro na modalidade culposa e o segundo
na modalidade dolosa.
e) Gilberto, ao realizar a venda para Caio, praticou o crime em questão, mas Caio apenas responderá
pelo mesmo delito se algum cliente adquirir o produto adulterado de seu estabelecimento.

GABARITO: B

Importante ressaltar que o crime em comento figura no rol dos crimes hediondos, vejamos:

Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:

VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou


medicinais;)

O caráter de hediondez e o quantum de pena sofre criticas doutrinárias. Inclusive o STF já se manifestou sobre
o tema.

 JURISPRUDÊNCIA do STF:

Ementa: Direito constitucional e penal. Recurso extraordinário. Importação de medicamentos sem registro
sanitário. Exame de proporcionalidade da pena. Presença de repercussão geral.

1. A decisão recorrida declarou incidentalmente a inconstitucionalidade do preceito secundário do art. 273


do Código Penal, cuja pena cominada é 10 (dez) a 15 (quinze) anos de reclusão, para aqueles que importam
medicamento sem registro na ANVISA (art. 273, § 1º-B, do CP).

2. O Tribunal de origem afirmou que viola o princípio da proporcionalidade a cominação de pena elevada e
idêntica para uma conduta completamente diversa daquela praticada por quem falsifica, corrompe, adultera
ou altera produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput, do CP). Em razão disso, indicou
que a conduta do § 1º-B, I, do art. 273, do Código Penal, deve ser sancionada com base no preceito secundário
do art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006.

(2018 Banca: FUNDATEC Órgão: PC-RS Prova: FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Delegado de Polícia - Bloco II) De
acordo com a lei, a doutrina e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, analise as situações hipotéticas a
seguir:
Na farmácia de Malaquias, durante fiscalização, foi constatado que havia medicamentos em depósito, para
venda, de procedência ignorada. Nesse caso, Malaquias poderia ser enquadrado em crime contra a saúde
pública, porém de acordo com o Superior Tribunal de Justiça, a pena prevista para esse crime, reclusão de dez
a quinze anos e multa, seria desproporcional e, portanto, não poderia ser aplicada.

GABARITO: CORRETA

Nesse caso, Malaquias poderia ser enquadrado em crime contra a saúde pública, nos termos do artigo 273 do
Código Penal.

#ATENÇÃOconcurseiro(a)JURISPRUDÊNCIA Inf. 559 do STJ A decisão do STJ acerca da inconstitucionalidade


do preceito secundário do art. 273, §1-B, V, do CP, em razão do princípio da proporcionalidade das penas,

MUDE SUA VIDA!


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devendo ser aplicada a pena prevista no caput do art. 33, da Lei 11.343/2006, com possibilidade de aplicação
da causa de diminuição de pena prevista do §4ª do mesmo artigo. Referência: STJ. Corte especial. AI no HC
239.363-PR, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 26/2/2015.

(2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2019 - CRO-AM - Assistente Administrativo Fiscal) De
acordo com o Código Penal, julgue o item
Não é punido quem exerce, sem autorização legal, a profissão de dentista, sendo crime apenas o exercício
ilegal da medicina.

GABARITO: INCORRETA

Exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica

Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem
autorização legal ou excedendo-lhe os limites:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.

(2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2019 - CRO-AM - Assistente Administrativo Fiscal) De
acordo com o Código Penal, julgue o item
A pessoa que anuncia cura por meio secreto ou infalível responde pelo crime de curandeirismo.

GABARITO: INCORRETA

Charlatanismo – Art. 283 do CP Curandeirismo – Art. 284 do CP

Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou Exercer o curandeirismo:


infalível
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando,
habitualmente, qualquer substância;

II - usando gestos, palavras ou qualquer outro


meio;

III - fazendo diagnósticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
multa.

Crimes contra a Paz Pública

1 ( 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ-PR Prova: NC-UFPR - 2019 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de
Registros - Provimento) “O conceito de bem jurídico é bastante recente no Direito Penal, apontando-se o
século XIX como o ponto de partida. (RANGEL; BACILA, 2015). Bem jurídico, portanto, é um interesse relevante

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tutelado pelo direito. É um bem jurídico tutelado no delito de Associação Criminosa previsto no artigo 288 do
Código penal:

a) fé pública.
b) patrimônio público.
c) costumes.
d) paz pública.
e) incolumidade pública.

GABARITO: D

Associação Criminosa - Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer
crimes:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

➢ Sujeito ativo: qualquer pessoa


➢ Sujeito passivo: será a coletividade
➢ Conduta: pune-se a associação entre 3 ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes (uma
indeterminada série de crimes)
➢ Tipo subjetivo: é o dolo, aliado a um elemento subjetivo especial do injusto.
➢ Consumação: se verifica, em relação aos fundadores, no momento em que aperfeiçoada a
convergência de vontades entre 3 ou mais pessoas.

É um crime permanente, cuja consumação se protrai no tempo. A retirada de um associado, deixando o grupo
com menos de 3 agentes, cessa a permanência, mas não interfere na existência do crime, já consumado para
todos.

➢ Tentativa: inadmissível pois os atos praticados coma finalidade de formar a associação criminosa
(anteriores à execução - formação) são meramente preparatórios.

2 (2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência) Julgue o item seguinte,
a respeito dos crimes contra a paz pública.
No caso de três ou mais pessoas associarem-se com a intenção de cometer um único assalto a banco, estará
configurado o crime de associação criminosa.

GABARITO: ERRADA

A associação criminosa exige, no mínimo, a associação de 03 pessoas. A finalidade da associação é praticar


quaisquer crimes (plural). O tipo penal de associação criminosa pretende punir aqueles que se unem de
forma permanente e estável para o cometimento de crimes (MAIS DE UM). Logo, SOMENTE haverá a
incidência do art. 288 do CP se as pessoas se associarem com a finalidade de praticar mais de um crime. Se
houver reunião para cometer um só crime, não se consuma o art. 288 do CP.
Organização criminosa = 4 ou
mais - estruturalmente
ordenada e caracterizada pela
divisão de tarefas, ainda que
Associação para o tráfico = 2 Associação criminosa = 3 ou informalmente - infrações
ou mais mais > Cometer CRIMES penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro)

MUDE SUA VIDA!


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anos, ou que sejam de caráter


transnacional.

3 (2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Investigador de Polícia) Aquele que faz,
publicamente, apologia de fato criminoso pratica

a) crime de “incitação ao crime”.


b) crime de “associação criminosa”.
c) crime de “apologia de crime”.
d) fato atípico, em vista de revogação expressa do CP trazida pela ordem constitucional de 1988.
e) crime de “exercício arbitrário das próprias razões”.

GABARITO: C
Conforme o artigo 287 do CP - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:

Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.

#Notea≠

Incitação ao crime – Art. 286 do CP Apologia de crime ou criminoso – Art. 287 do


CP
Incitar, publicamente, a prática de crime Fazer, publicamente, apologia de fato
criminoso ou de autor de crime
Pena - detenção, de três a seis meses, ou Pena - detenção, de três a seis meses, ou
multa. multa.

4 (2018 Banca: CESPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência) Julgue o item seguinte,
a respeito dos crimes contra a paz pública.
Os tipos penais definidos como incitação ao crime e apologia de crime são espécies de crimes contra a paz
pública.

GABARITO: CORRETA
São CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA:

 Incitação ao crime;
 Apologia a crime ou criminoso;
 Associação criminosa;
 Constituição de milícia privada

#Notea≠
Incitação ao crime – Art. 286 do CP Apologia de crime ou criminoso – Art. 287 do
CP
Incitar, publicamente, a prática de crime Fazer, publicamente, apologia de fato
criminoso ou de autor de crime

Pena - detenção, de três a seis meses, ou Pena - detenção, de três a seis meses, ou
multa. multa.

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Estimulo DIRETO – Crime FUTURO Estimulo INDIRETO - crime e/ou criminoso


passado(s)

Exemplo: em uma manifestação o indivíduo Exemplo: o patrimônio público foi destruído e


sobe no carro e grita para as pessoas um indivíduo se
destruírem patrimônio público. pronuncia publicamente parabenizando o ato
de destruição do patrimônio público

5 (2018 Banca: FCC Órgão: DPE-MA Prova: FCC - 2018 - DPE-MA - Defensor Público) Sobre o crime de
associação criminosa é correto afirmar que

a) demanda a associação de 4 ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão


de tarefas com o objetivo de praticar crimes.
b) exige a demonstração do elemento subjetivo especial consistente no ajuste prévio entre os membros
com a finalidade específica de cometer crimes indeterminados.
c) tem caráter hediondo, a despeito de ter pena menor do que a associação para o tráfico, que não é
equiparado ao hediondo.
d) exige para sua configuração o concurso de agentes e a prática de infrações penais cujas penas
máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos.
e) admite a colaboração premiada com redução de até 1/3 da pena, desde que ao menos um agente
com cargo político seja delatado.

GABARITO: B
Nos termos do artigo 288 do CP - Associação Criminosa - Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim
específico de cometer crimes: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos

Consoante a Lei 12.850/2013, considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou


mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente,
com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática
de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de
caráter transnacional.

#ATENÇÃOconcurseiro(a)JURISPRUDÊNCIA STJ Para caracterização do delito de associação


criminosa, indispensável a demonstração de estabilidade e permanência do grupo formado por três ou
mais pessoas, (art. 288, CP) além do elemento subjetivo especial consistente no ajuste prévio entre os
membros com a finalidade específica de cometer crimes indeterminados.(...) (STJ - RHC 76678 / SP).

Crimes Contra a Fé Pública

(2020 Banca: CESPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA - Analista Judiciário - Direito) A conduta de quem
faz declaração falsa de estado de pobreza para fins de obtenção dos benefícios da justiça gratuita
em ação judicial é considerada

a) atípica.
b) crime de falsa identidade.
c) crime de falsidade ideológica
d) crime de falsificação de documento público.

MUDE SUA VIDA!


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e) crime de falsificação de documento particular.

GABARITO: A

Conforme a jurisprudência é atípica a mera declaração falsa de estado de pobreza realizada com o
intuito de obter os benefícios da justiça gratuita. Segundo a jurisprudência do STJ, a conduta de
apresentar, em juízo uma declaração de pobreza ideologicamente falsa (com informações falsas em
seu conteúdo), por si só, não caracteriza o crime do art. 299 do CP, considerando que essa
“declaração de pobreza” ainda poderá ser impugnada pela outra parte e será analisada pelo juiz,
não se enquadrando, portanto, no conceito de documento para fins penais.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ informativo 546:

A conduta de firmar ou usar declaração de pobreza falsa em juízo, com a finalidade de obter
os benefícios da gratuidade de justiça, não é crime, pois aludida manifestação não pode ser
considerada documento para fins penais, já que é passível de comprovação posterior, seja por
provocação da parte contrária seja por aferição, de ofício, pelo magistrado da causa. STJ. 6ª
Turma. HC 261074-MS, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembargadora convocada do TJ-SE),
julgado em 5/8/2014.

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA) De
acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento dos tribunais superiores acerca dos crimes
contra a fé pública, assim como nos demais crimes não patrimoniais em geral, os delitos contra a
fé pública são incompatíveis com o instituto do arrependimento posterior, dada a impossibilidade
material de haver reparação do dano causado ou a restituição da coisa subtraída.

GABARITO: CORRETA

 JURISPRUDÊNCIA do STJ:

DIREITO PENAL. INAPLICABILIDADE DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR AO CRIME DE MOEDA


FALSA. Não se aplica o instituto do arrependimento posterior ao crime de moeda falsa. No crime de
moeda falsa – cuja consumação se dá com a falsificação da moeda, sendo irrelevante eventual dano
patrimonial imposto a terceiros –, a vítima é a coletividade como um todo, e o bem jurídico tutelado
é a fé pública, que não é passível de reparação. Desse modo, os crimes contra a fé pública,
semelhantes aos demais crimes não patrimoniais em geral, são incompatíveis com o instituto do
arrependimento posterior, dada a impossibilidade material de haver reparação do dano causado
ou a restituição da coisa subtraída. REsp 1.242.294-PR, Rel. originário Min. Sebastião Reis Júnior, Rel.
para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/11/2014, DJe 3/2/2015.

(2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador Federal) Ronaldo, dono de um minimercado situado na cidade de Florianópolis, recebeu em
seu estabelecimento, de boa-fé e como verdadeira, uma nota de R$ 100,00 de um cliente para
pagamento de uma compra. No dia seguinte, Ronaldo tomou conhecimento de que a nota recebida
é falsa, mas, mesmo assim, ele a restituiu à circulação. Neste caso, Ronaldo

a) não cometeu qualquer infração penal.


b) cometeu crime de moeda falsa e está sujeito à pena de detenção, de 6 meses a 2 anos, e
multa.
c) cometeu crime de moeda falsa e está sujeito à pena de reclusão, de 3 a 12 anos, e multa,
sem qualquer benefício.

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d) cometeu crime de moeda falsa e está sujeito à pena de reclusão, de 3 a 12 anos, e multa,
que será reduzida de 1/6 a 1/3 em razão da boa-fé quando do recebimento da cédula.
e) cometeu crime de moeda falsa e está sujeito à pena de reclusão, de 3 a 12 anos, e multa,
mas o Magistrado poderá lhe conceder o perdão judicial.

GABARITO: B

Da moeda falsa (art. 289): O conhecimento da falsidade posterior à transferência pelo agente não
integra o delito. Não comete o crime aquele que recusa a receber de volta a moeda que entregou
de boa-fé ou de indenizar aquele que a recebeu.

Súmula 73 do STJ – A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o


crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.

Da forma equiparada (§ 1º): Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa
ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.

Da forma privilegiada (§ 2º): Aquele que tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa
ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, será apenado com detenção, de
seis meses a dois anos e multa. Cabe ressaltar que, se houver má-fé quando do receber, responderá
o agente de acordo com o parágrafo primeiro, de pena mais grave.

Da falsificação funcional (§ 3º):Não se trata de circunstancia qualificadora, mas sim de figura


delituosa diversa e mais grave (apenado com reclusão de três a quinze anos e multa).

Trata-se de crime próprio, onde o sujeito ativo será o funcionário público (art.
327) ou diretor, gerente ou fiscal de banco de emissão que fabrica, omite ou autoriza a fabricação
ou emissão.

Do desvio e circulação antecipada (§ 4º): Trata-se de conduta equiparada ao § 3º, contudo é delito
comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.

Trata-se da conduta de desviar e fazer circular moeda, cuja a circulação ainda não estava autorizada.

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA)
De acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento dos tribunais superiores acerca dos crimes contra
a fé pública,, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer
papel público constitui contravenção penal.

GABARITO: INCORRETO

Constitui o crime de Petrechos para falsificação de moeda, tipificado no art. 291 do CP:

Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho,
instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: Pena - reclusão, de dois a
seis anos, e multa.

(2020 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-DF Prova: CESPE - 2020 - SEFAZ-DF - Auditor Fiscal) À luz da legislação penal
brasileira, julgue o item a seguir.

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O agente que faz uso de selo falsificado destinado a controle tributário, sabendo de sua falsificação, comete
crime contra a fé pública.

GABARITO: CORRETA

Consoante o artigo 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I – selo destinado a controle tributário,
papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo;

§ 1º do CP - Incorre na mesma pena quem:

I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo.

(2019 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual -
Bloco I) De acordo com o Código Penal, o agente que altera selo destinado a controle tributário comete crime

a) de reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica.


b) de falsificação de selo ou sinal público.
c) de falsidade ideológica.
d) de falsificação de papéis públicos.
e) contra a ordem tributária.

GABARITO: A

Conforme o artigo 293 do CP - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I – selo destinado a controle


tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo.

A questão NÃO trata de Crime contra a ordem tributária conforme o art. 1.º, inc. III, da Lei 8.137/1990 – 1.º
Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer
acessório, mediante as seguintes condutas:(...) III – falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de
venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável.

Repare que neste caso o crime é contra a ordem tributária e se revela com a finalidade de supressão ou
redução do tributo.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2019 - TJ-SP - Administrador Judiciário) Tirso de Arruda é
servidor público e nas horas de folga auxilia seu irmão, Tássio, em uma pequena gráfica, sem
qualquer remuneração. Aproveitando-se dos materiais ali existentes, imprimiu dez passes de
transporte público municipal, para usar nos deslocamentos de casa para o trabalho e vice-versa. Ao
agir dessa forma, Tirso cometeu o crime

a) de falsificação de selo ou sinal público.


b) de falsificação de papéis públicos.
c) de emissão de título ao portador sem permissão legal.
d) de falsificação de documento público.
e) assimilado ao de moeda falsa.

GABARITO: B

Falsificação de papéis públicos – conforme o artigo 293 do CP - Falsificar, fabricando-os ou


alterando-os:

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VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por


Estado ou por Município:

(2019 Banca: IESES Órgão: TJ-SC Prova: IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção
– ADAPTAR) A respeito dos crimes de falsidade documental constantes do Capítulo III, Título X, da
Parte Especial do Código Penal, é correto afirmar:

Os títulos ao portador ou transmissíveis por endosso e os livros mercantis de sociedades


empresárias equiparam-se, para fins penais, a documento público.

GABARITO: CORRETO

Nos termos expressos do artigo 297 § 2º do Código Penal “para os efeitos penais, equiparam-se a
documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por
endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.”

(2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza - CE Prova: FCC - 2019 - Câmara de Fortaleza - CE - Consultor Técnico
Jurídico) Configura o crime de falsificação de documento público o ato de

a) reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja.
b) alterar documento público verdadeiro.
c) destruir, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público verdadeiro,
de que não podia dispor.
d) omitir, em documento público, declaração que dele devia constar, com o fim de alterar a verdade
sobre fato juridicamente relevante.
e) dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso.

GABARITO: B

O enunciado da questão aborda o crime de Falsificação de documento público previsto no artigo 297 do CP -
Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão,
de dois a seis anos, e multa.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2019 - TCE-RO - Procurador do Ministério Público de Contas
– ADAPTADA) Considerando a jurisprudência do STJ e do STF e a legislação a respeito de crimes contra a fé
pública.

Crime de falsidade material de documento público se consuma com a efetiva utilização do


documento público falsificado e a ocorrência de prejuízo.

GABARITO: INCORRETA

Conforme jurisprudência do STJ: O crime previsto no art. 297, caput, do CP se consuma com a
efetiva falsificação ou alteração do documento, não se exigindo, portanto, para a sua configuração,
o uso ou a efetiva ocorrência de prejuízo. (HC 57.599/PR, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA
TURMA, julgado em 10/10/2006, DJ 18/12/2006, p. 423).

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA) De
acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento dos tribunais superiores acerca dos crimes
contra a fé pública, a conduta do agente que altera, em parte, testamento particular, é tipificada
como falsificação de documento particular.

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GABARITO: INCORRETA

Conforme o artigo 297, § 2º do CP - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o


emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de
sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2019 - TCE-RO - Auditor de Controle Externo - Direito) De acordo
com o Código Penal, é tipificado como crime de falsificação de documento público a

a) adulteração de cartão de crédito ou de débito.


b) alteração em livros mercantis de sociedade empresarial.
c) inserção de declaração diversa da que deveria ser escrita em documento público.
d) certificação falsa, na função pública, de fato que habilite alguém a obter cargo público
e) falsificação de marcas, siglas ou símbolos identificadores de órgãos da administração
pública.

GABARITO: B

Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

Artigo 297, § 2º do CP - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de


entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade
comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

#ATENTEconcurseiro(a)  EQUIPARA-SE A DOCUMENTO PÚBLICO

 Os emanados de entidade paraestatal


 Título ao portador
 Título transmissível por endosso
 Ações de sociedade comercial
 Livros mercantis
 Testamento particular

(2019 Banca: IESES Órgão: TJ-SC Prova: IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção
– ADAPTAR) A respeito dos crimes de falsidade documental constantes do Capítulo III, Título X, da
Parte Especial do Código Penal, é correto afirmar:

Ambos os delitos de falsificação de documento público e de falsificação de documento particular,


respectivamente artigos 297 e 298 do Código Penal, são comuns, dolosos e de ação penal pública
incondicionada.

GABARITO: CORRETO

O crime de falsificação de documento público encontra-se tipificado no artigo 297 do Código Penal.
Trata-se de crime comum, uma vez que não se exige nenhuma condição pessoal específica do
sujeito ativo do delito; não há previsão legal da modalidade culposa do referido crime, admitindo-
se, portanto, apenas a modalidade dolosa, nos termos do artigo 18, p. único do Código Penal. Por
fim, no que concerne à ação penal, não há previsão legal dispondo tratar-se de crime de ação penal
privada ou de ação penal pública condicionada, razão pela é crime de ação penal pública
INCONDICIONADA em virtude do disposto no artigo 100, caput e § 1º, do Código Penal. O crime

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de falsificação de documento particular, tipificado no artigo 298 do Código Penal, pelas mesmas
razões que o crime de falsificação de documento particular, é crime comum, só admite
a modalidade dolosa e é de ação penal pública incondicionada.

(2019 Banca: FCC Órgão: AFAP Prova: FCC - 2019 - AFAP - Analista de Fomento - Advogado) Nos crimes contra
a Fé Pública,

a) se o médico fornecer atestado falso, no exercício de sua profissão, é crime apenado com reclusão; se
o crime tiver intuito de lucro, considerar-se-á estelionato.
b) o recebimento de moeda falsa ou alterada, de boa ou má-fé, restituindo-a em circulação, conhecendo
ou devendo conhecer a falsidade, é crime punido com reclusão e multa.
c) a falsificação, no todo ou parcialmente, de documento público, ou a alteração de documento público
ou particular verdadeiro, se o agente for funcionário público e cometer o crime prevalecendo-se do
cargo, é causa de aumento de pena de um a dois terços.
d) não configura crime, nem mesmo em tese, não autorizando nem sequer investigação criminal, a
utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado.
e) para fins de tipificação do crime de falsificação de documento particular, equipara-se a documento
particular o cartão de crédito ou débito.

GABARITO: E

Falsificação de documento particular (artigo 298 do CP) - Falsificar, no todo ou em parte,


documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco
anos, e multa.

Falsificação de cartão - Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento
particular o cartão de crédito ou débito.

O cartão de crédito ou bancário enquadra-se no conceito de documento particular, para fins de


tipificação da conduta, principalmente porque dele constam dados pessoais do titular e da própria
instituição financeira (inclusive na tarja magnética) e que são passíveis de falsificação.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ informativo 591:

Cartão de crédito: é considerado documento, sendo a Lei 12.737/2012 lei interpretativa exemplificativa. Ainda
que praticada antes da Lei 12.737/12, a conduta de falsificar, no todo ou em parte, cartão de crédito/débito é
considerada como crime de falsificação de documento particular.

"Dessa forma, a conduta de falsificação de cartão bancário, mesmo que cometida antes da vigência da Lei nº
12.737/12, é tipificada como falsificação de documento particular" (STJ. 6a Turma. REsp 1.578.479-SC, Rel.
Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. para acórdão Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 02/08/2016).

(2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia) No dia
09/07/2017, Henrique foi parado em uma fiscalização da Operação Lei Seca. Após solicitar a Carteira Nacional
de Habilitação (CNH) de Henrique, o policial militar que participava da operação suspeitou do documento
apresentado. Procedeu então à verificação na base de dados do DETRAN e confirmou a suspeita, não
encontrando o número de registro que constava na CNH, embora as demais informações (nome e CPF), a
respeito de Henrique, estivessem corretas. Questionado pelo policial, Henrique confessou que havia adquirido
o documento com Marcos, seu vizinho, que atuava como despachante, tendo pago R$ 2.000,00 pelo
documento. Afirmou ainda que sequer havia feito prova no DETRAN. Acrescente-se que, durante a instrução
criminal, ficou comprovado que, de fato, Henrique obteve o documento de Marcos, sendo este o autor da
contrafação. Além disso, foi verificado por meio de perícia judicial que, no estado em que se encontra o

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documento, e em face de sua aparência, pode iludir terceiros como se documento idôneo fosse. Logo, pode-
se afirmar que a conduta de Henrique se amolda ao crime de

a) falsificação de documento público, previsto no caput do art. 297 do Código Penal.


b) uso de documento falso, previsto no art. 304 do Código Penal.
c) falsa identidade, previsto no art. 307 do Código Penal.
d) falsidade ideológica, previsto no caput art. 299 do Código Penal.
e) falsificação de documento particular, previsto no caput do art. 298 do Código Penal.

GABARITO: B

Uso de documento falso – Conforme o artigo 304 Do CP - Fazer uso de qualquer dos papéis
falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à
alteração. - conduta praticada por Henrique.

 JURISPRUDÊNCIA do STJ:

"Reiterada é a jurisprudência desta corte e do STF no sentido de que há crime de uso de documento
falso ainda quando o agente o exibe para a sua identificação em virtude de exigência por parte de
autoridade policial’ (STJ REsp 193.210/DF)

(2019 Banca: IDIB Órgão: CREMERJ Prova: IDIB - 2019 - CREMERJ - Advogado) Assinale abaixo a tipificação
prevista no Código Penal para o crime de falsidade ideológica:

a) Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado


verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de
ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem.
b) Ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular
verdadeiro, de que não podia dispor.
c) Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou
fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
d) Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio,
ou para causar dano a outrem.

GABARITO: C

Nos termos do artigo 299 do CPP - Falsidade ideológica - Omitir, em documento público ou particular,
declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente
relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três
anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular.

Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a


falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Cerquilho - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP
- Procurador Jurídico – ADAPTADA) A pena para o crime de quem faz uso de selo público falsificado, destinado

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a autenticar atos oficiais de Município, é de reclusão de um a quatro anos e multa e é aumentada em um terço
se o agente é funcionário público.

GABARITO: ERRADA

Nos termos do artigo 296 do CP - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município;

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de


sexta parte.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Cerquilho - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP -
Procurador Jurídico – ADAPTADA) A pena para o crime de quem faz uso de selo público falsificado,
destinado a autenticar atos oficiais de Município, é de reclusão de um a quatro anos e multa e é
aumentada em um terço se o agente é funcionário público.

GABARITO: ERRADA

Consoante o artigo 296 do CP - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município;

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-


se a pena de sexta parte.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2019 - TCE-RO - Procurador do Ministério Público de Contas
– ADAPTADA) Considerando a jurisprudência do STJ e do STF e a legislação a respeito de crimes contra a fé
pública.

Utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado configura crime de moeda falsa; admite-se, no entanto,
a aplicação do princípio da insignificância caso sejam grosseiramente falsificadas cédulas de pequeno valor.

GABARITO: INCORRETA

Consoante o teor da súmula 73 do STJ- A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado


configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2019 - TCE-RO - Procurador do Ministério Público de
Contas – ADAPTADA) Considerando a jurisprudência do STJ e do STF e a legislação a respeito de crimes contra
a fé pública.

Há previsão de modalidade culposa para crime de falsidade ideológica de documento público ou


particular

GABARITO: INCORRETA

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Falsificação de documento particular conforme o artigo 298 do CP - Falsificar, no todo ou em parte,


documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco
anos, e multa.

Falsificação de cartão - Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a


documento particular o cartão de crédito ou débito.

(2019 Banca: FCC Órgão: TJ-AL Prova: FCC - 2019 - TJ-AL - Juiz Substituto – ADAPTADA) Quanto aos crimes
contra a fé pública, configura crime de falsificação de documento particular o ato de falsificar, no
todo ou em parte, testamento particular, duplicata e cartão bancário de crédito ou débito.

GABARITO: INCORRETA

Cartões de débito de fato são considerados documento particular para os fins do crime de falso
do art. 298 do CP, conforme previsto pelo parágrafo único do referido dispositivo. Entretanto, a
duplicata e o testamento particular são equiparados a documentos públicos (art. 297, §2º, do CP),
enquadrando-se, portanto, no crime de falso público.

(2019 Banca: FCC Órgão: TJ-AL Prova: FCC - 2019 - TJ-AL - Juiz Substituto – ADAPTADA) Quanto aos crimes
contra a fé pública, inadmissível proposta de suspensão condicional do processo no crime de
falsidade ideológica de assentamento de registro civil.

GABARITO: CORRETA

Trata-se de crime de do art. 299 do Código Penal tem pena mínima de um ano, o que tornaria
possível a aplicação da suspensão condicional do processo. Ocorre que se o crime ocorre com
relação a assentamento no registro civil a pena é aumentada em um sexto (art. 299, parágrafo
único, do CP), tornando inviável a aplicação do benefício.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guarulhos - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Guarulhos - SP -
Inspetor Fiscal de Rendas - Conhecimentos Gerais) Assinale a alternativa correta, no que tange às penas, e
consequentemente ao desvalor, das figuras típicas dos arts. 297, 298 e 299 do CP.

a) A falsificação material de documento público (CP, art. 297, caput) é punida com o mesmo
rigor que a falsidade ideológica de documento público (CP, art. 299, caput).
b) A falsificação material de documento público (CP, art. 297, caput) é punida com o mesmo
rigor que a falsificação material de documento particular (CP, art. 298, caput).
c) A falsidade ideológica de documento público (CP, art. 299, caput) é punida com o mesmo
rigor que a falsidade ideológica de documento particular (CP, art. 299, caput).
d) A falsidade ideológica de documento público (CP, art. 299, caput) é punida com o mesmo
rigor que a falsificação material de documento particular (CP, art. 298, caput).
e) Não se pune a falsidade ideológica de documento particular, por ausência de expressa
previsão legal.

GABARITO: D

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Falsidade ideológica – Art. 299 do CP Falsificação de documento particular -


Art. 298 do CP

Omitir, em documento público ou Falsificar, no todo ou em parte,


particular, declaração que dele devia documento particular ou alterar
constar, ou nele inserir ou fazer inserir documento particular verdadeiro.
declaração falsa ou diversa da que devia
ser escrita, com o fim de prejudicar direito,
criar obrigação ou alterar a verdade sobre
fato juridicamente relevante:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e Pena - reclusão, de um a cinco anos, e


multa, se o documento é público, e
multa.
reclusão de um a três anos, e multa, se o
documento é particular.

(2019 Banca: IESES Órgão: TJ-SC Prova: IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção
– ADAPTAR) A respeito dos crimes de falsidade documental constantes do Capítulo III, Título X, da
Parte Especial do Código Penal, é correto afirmar:

O delito de falso reconhecimento de firma, tipificado no art. 300 do Código Penal, é crime próprio
e que não admite a modalidade culposa.

GABARITO: CORRETO

O delito de falso reconhecimento de firma, tipificado no artigo 300 do Código Penal, é crime próprio,
na medida em que o sujeito ativo tem que ter a condição pessoal específica de estar no exercício
de função pública. Por usa vez, é crime que não admite a modalidade culposa por ausência de
lei prevendo essa forma, em virtude do disposto no artigo 18, p. único do Código Penal.

(2019 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto - Anulada –
ADAPTADA) Sobre os crimes contra a Fé Pública e a Administração Pública:

O autor que, preso em flagrante delito pela prática do crime de roubo, atribui-se falsa identidade
perante a autoridade policial, a fim de ocultar seus maus antecedentes ou mesmo a fim de se eximir
de eventual responsabilidade penal, comete o crime de falsa identidade (CP, art. 307), ainda que
alegue ter agido em situação de autodefesa, sendo este o entendimento dominante dos Tribunais
Superiores.

GABARITO: CORRETA

Consoante o teor da súmula 522 - STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é
típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.

Falsa Identidade - Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em
proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem.

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(2019 Banca: FCC Órgão: TJ-AL Prova: FCC - 2019 - TJ-AL - Juiz Substituto – ADAPTADA) Quanto aos crimes
contra a fé pública, atípica a conduta de, em situação de autodefesa, atribuir-se falsa identidade
perante autoridade policial.

GABARITO: INCORRETA

A conduta é típica, conforme o enunciado 522 da súmula do STJ. O direito de defesa não inclui a
possibilidade de cometimento de infrações penais.

(2019 Banca: FCC Órgão: MPE-MT Prova: FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça Substituto – ADAPTADA) De
acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento dos tribunais superiores acerca dos crimes
contra a fé pública, não comete o delito de falsa identidade (art. 307) do Código Penal aquele que,
conduzido perante a autoridade policial, atribui a si falsa identidade com o intuito de ocultar seus
antecedentes, tendo em vista o princípio da autodefesa.

GABARITO: INCORRETA

Conforme a súmula 522 do STJ:

A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação
de alegada autodefesa.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2019 - TCE-RO - Procurador do Ministério Público de Contas
– ADAPTADA) Considerando a jurisprudência do STJ e do STF e a legislação a respeito de crimes contra a fé
pública.

A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial em situação de autodefesa


não é considerada criminosa.

GABARITO: INCORRETA

Em desconformidade com a súmula 522 do STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante
autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.

 JURISPRUDÊNCIA - Entendimento do STF e STJ:

O princípio constitucional da autodefesa não alcança aquele que atribui falsa identidade perante
autoridade policial com o intento de ocultar maus antecedentes, sendo, portanto, típica a conduta
praticada pelo agente. O tema possui densidade constitucional e extrapola os limites subjetivos das
partes. STF. Plenário. RE 640139 RG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22/09/2011.

(2019 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Boa Vista - RR Prova: CESPE - 2019 - Prefeitura de Boa Vista - RR -
Procurador Municipal) Juan González, estrangeiro, enfermeiro, residente havia dois anos em Boa Vista
– RR, apresentava-se como médico no Brasil e atendia pacientes gratuitamente em um posto de
saúde da rede pública municipal, embora não fosse funcionário público. Seu verdadeiro objetivo
com essa prática era retirar medicamentos do local e revendê-los para obter lucro.

Em razão de denúncia anônima a respeito do desvio de medicamentos, Juan, portando caixas


de remédios retiradas do local, foi abordado em seu automóvel por policiais logo após ter saído do
posto e foi, então, conduzido à delegacia. Para que seu verdadeiro nome não fosse descoberto, Juan

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identificou-se à autoridade policial como Pedro Rodríguez, buscando, assim, evitar o cumprimento
de mandado de prisão expedido por ter sido condenado pelo crime de moeda falsa no Brasil.

Questionado sobre a propriedade do veículo no qual se encontrava no momento da


abordagem, Juan informou tê-lo comprado de uma pessoa desconhecida, em Boa Vista. Durante a
investigação policial, verificou-se que o veículo havia sido furtado por outra pessoa no Brasil e que
a placa estava adulterada. Verificou-se, ainda, que a placa identificava um veículo registrado no país
de origem de Juan e em seu nome, embora Juan tivesse alegado ter adquirido o veículo já com a
referida placa.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

Por ter declarado chamar-se Pedro Rodríguez, Juan deverá responder pelo crime de uso de
documento falso, cuja tipificação objetiva a tutela da fé pública.

GABARITO: INCORRETA

Conforme a súmula 522/STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é
típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.

Falsa identidade - artigo 307 do CP - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter
vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detenção, de três
meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

(2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina) No crime de
falsa identidade (art. 307 do CP), cujo tipo prevê uma hipótese de “dolo específico”, é possível a
desistência voluntária (art. 15 do CP) quando, apesar da realização da conduta, não se implementou
a especial finalidade à qual estava orientada a conduta.

GABARITO: INCORRETA

O crime do art. 307 é formal (de consumação antecipada). Consuma-se o crime com a atribuição
efetiva da falsa identidade, independentemente de atingir o especial fim de agir. Por esta razão,
impossível iniciar a execução e desistir voluntariamente da dela.

(2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia) Marque a
alternativa correta do ponto de vista legal.

a) No crime de estupro, aumenta-se a pena de metade se resultar a gravidez da vítima.


b) Luiz, delegado de polícia civil, lotado em uma determinada delegacia de polícia, deixou, por
indulgência, de responsabilizar o inspetor Amâncio após tomar conhecimento de que este
teria praticado uma determinada infração. Nesse contexto, pode-se afirmar que o delegado
praticou, em tese, o crime de condescendência criminosa.
c) No crime de incêndio, aumenta-se a pena em dois terços se o delito for praticado em galeria
de mineração.
d) Aquele que dolosamente retém documento de identidade de terceira pessoa responde pelo
delito de supressão de documento.
e) No crime de Falsa Identidade, o agente não apresenta nenhum documento de identidade
para se identificar.

GABARITO: E

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FALSA IDENTIDADE -- O art. 307 diz que e “aquele que atribui a si mesmo ou a terceiro uma
identidade que não corresponde com a realidade, com a finalidade de obter vantagem ou causar
dano a outrem.”

 JURISPRUDÊNCIA:

Falsa identidade só ocorre se o agente se faz passar por outra pessoa, SEM UTILIZAR DOCUMENTO
FALSO. Consuma-se no momento em que o agente se faz passar por outra pessoa. Assim, é
imprescindível que o agente exteriorize a conduta. A efetiva obtenção da vantagem pelo agente, ou
o dano visado por ele, são irrelevantes para a consumação do delito, pois o crime, como dito, se
consuma com a mera atribuição de falsa identidade, independente de o agente vir a obter a
vantagem visada ou causar o dano almejado. Se o agente se vale de um documento falso para se
fazer passar por outra pessoa, neste caso teremos USO DE DOCUMENTO FALSO, nos termos do
artigo 304. (HC 216.751/MS, 04/11/2013).

(2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2019 - TCE-RO - Procurador do Ministério Público de Contas
– ADAPTADA) Considerando a jurisprudência do STJ e do STF e a legislação a respeito de crimes contra a fé
pública.

Compete à justiça federal comum processar e julgar civil denunciado pelo crime de uso de
documento falso quando se tratar de falsificação da caderneta de inscrição e registro expedida
pela Marinha do Brasil.

GABARITO: CORRETA

Conforme o teor da súmula Vinculante 36 - Compete à Justiça Federal comum processar e julgar
civil denunciado pelos crimes de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de
falsificação da Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador
(CHA), ainda que expedidas pela Marinha do Brasil.

(2019 Banca: FCC Órgão: TJ-AL Prova: FCC - 2019 - TJ-AL - Juiz Substituto – ADAPTADA) Quanto aos crimes
contra a fé pública, compete à Justiça Estadual comum processar e julgar civil denunciado pelos
crimes de falsificação e de uso de documento público falso quando se tratar de Carteira de
Habilitação de Amador, ainda que expedida pela Marinha do Brasil.

GABARITO: INCORRETA

Enunciado 36 da súmula vinculante: Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil
denunciado pelos crimes de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de
falsificação da Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador
(CHA), ainda que expedidas pela Marinha do Brasil.

(2019 Banca: Quadrix Órgão: CRO-AM Prova: Quadrix - 2019 - CRO-AM - Assistente Administrativo Fiscal)
Conforme o Código Penal, julgue o item

A conduta de atribuir‐se falsa identidade para obter vantagem é subsidiária, ou seja, só responde por este
crime o acusado se o fato não constituir elemento de infração penal mais grave.

GABARITO: CORRETA

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O crime tipificado no art. 307 (falsa identidade) possui como uma das condutas do núcleo o verbo
“atribuir-se”, consistente na simples atribuição de falsa identidade, sem utilização ou apresentação
de documento algum (seja falso ou verdadeiro). O sujeito se passa por uma pessoa que realmente
não é, seja oralmente (passa-se por outra pessoa em um evento), seja por escrito (preenche
formulário se passando por terceiro), seja por gesto (levanta a mão quando perguntado quem fez
determinada contribuição filantrópica).

(2019 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Boa Vista - RR Prova: CESPE - 2019 - Prefeitura de Boa Vista - RR -
Procurador Municipal) Juan González, estrangeiro, enfermeiro, residente havia dois anos em Boa Vista – RR,
apresentava-se como médico no Brasil e atendia pacientes gratuitamente em um posto de saúde da rede
pública municipal, embora não fosse funcionário público. Seu verdadeiro objetivo com essa prática era retirar
medicamentos do local e revendê-los para obter lucro.

Em razão de denúncia anônima a respeito do desvio de medicamentos, Juan, portando caixas de


remédios retiradas do local, foi abordado em seu automóvel por policiais logo após ter saído do posto e foi,
então, conduzido à delegacia. Para que seu verdadeiro nome não fosse descoberto, Juan identificou-se à
autoridade policial como Pedro Rodríguez, buscando, assim, evitar o cumprimento de mandado de prisão
expedido por ter sido condenado pelo crime de moeda falsa no Brasil.

Questionado sobre a propriedade do veículo no qual se encontrava no momento da abordagem, Juan


informou tê-lo comprado de uma pessoa desconhecida, em Boa Vista. Durante a investigação policial,
verificou-se que o veículo havia sido furtado por outra pessoa no Brasil e que a placa estava adulterada.
Verificou-se, ainda, que a placa identificava um veículo registrado no país de origem de Juan e em seu nome,
embora Juan tivesse alegado ter adquirido o veículo já com a referida placa.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

Juan não deverá responder pelo crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, visto que
deverá responder pelo crime de receptação, que, por ser preexistente, absorve o referido delito.

GABARITO: INCORRETA

Juan praticou o crime de receptação quando adquiriu o veiculo furtado e praticou o crime de
adulteração de sinal identificador de veiculo quando alterou a placa. O que a Banca quer saber é se
no presente caso, Juan deve responder pelos dois crimes em concurso material ou se deve
responder apenas pelo crime de receptação, este absorvendo o delito de adulteração de sinal
identificador de veiculo.

Tese 435. RECEPTAÇÃO DOLOSA – ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO – CRIMES


AUTÔNOMOS. Os crimes de receptação dolosa e adulteração de chassi são autônomos, não
admitindo, pois, a aplicação do princípio da consunção para a absorção do segundo pelo primeiro
delito.

(2019 Banca: FCC Órgão: TJ-AL Prova: FCC - 2019 - TJ-AL - Juiz Substituto – ADAPTADA) Quanto aos crimes
contra a fé pública, há sempre concurso entre os crimes de falsificação de documento público e
estelionato, segundo entendimento do sumulado do Superior Tribunal de Justiça.

GABARITO: INCORRETA

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Enunciado 17 da súmula do STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais


potencialidade lesiva, é por este absorvido.

FRAUDE EM CERTAME PUBLICO

rt. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de


comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:

§ 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público.

(2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia -
ADAPTADA) Celecanto é o responsável por organizar um determinado concurso para o provimento de um
cargo efetivo na administração pública federal. Omena, seu amigo de longa data, toma conhecimento de que
ele está participando da banca examinadora e, em nome de sua antiga amizade, decide pedir a ele que lhe
passe as questões que serão objeto da prova na semana seguinte. Celecanto fica bastante ofendido com o
pedido e informa que nunca faria isso, mas que, como Omena era seu amigo de longa data, forneceria a ele
uma relação de cinco livros que foram utilizados pelos integrantes da banca do concurso para realizarem a
prova e que não constavam expressamente do edital que foi divulgado. Essa atitude de Celecanto configura a
prática do delito de fraude em certames de interesse público.

GABARITO: CORRETA

Celecanto praticou o delito de fraude em certames de interesse público. Art. 311-A. Utilizar ou divulgar,
indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do
certame, conteúdo sigiloso de: I - concurso público.

Consoante à doutrina: “É punida a conduta de quem divulga (efeito de tornar público, propagar)
indevidamente (sem motivo justo), com o fim de beneficiar a si ou a outrem (...) conteúdo
sigiloso (abrangendo não apenas as perguntas e respostas, mas também dados secretos que, se utilizados
indevidamente geram na desigualdade da disputa de concursos públicos (...) (SANCHES, Rogério. Manual de
direito penal, 7a edição. Juspodium, 2015, p. 702)”.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Cerquilho - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP -
Procurador Jurídico – ADAPTADA) A divulgação indevida praticada por funcionário público, com o fim
de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso
de exame ou processo seletivo previstos em lei com danos à Administração Pública é punível com
reclusão de dois a seis anos de reclusão e multa.

GABARITO: ERRADA

O artigo 311-A do CP, dispõe que a divulgação indevida praticada por funcionário público, com o fim de
beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de exame ou
processo seletivo previstos em lei com danos à Administração Pública é punível com reclusão de dois a seis
anos de reclusão e multa. ( ACRESCIDA DE 1/3 )

a) Quando resulta dano à Administração Pública pena de 2 a 6 anos de reclusão e multa – Art. 311-A §
2º do CP.
b) Se cometido por funcionário público aumenta-se a pena de 1/3 – Art. 311-A § 3º do CP.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Cerquilho - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP
- Procurador Jurídico – ADAPTADA) A divulgação indevida praticada por funcionário público, com o fim de
beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de exame ou

MUDE SUA VIDA!


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processo seletivo previstos em lei com danos à Administração Pública é punível com reclusão de dois a seis
anos de reclusão e multa.

GABARITO: ERRADA

O artigo 311-A do CP, dispõe que a divulgação indevida praticada por funcionário público, com o fim de
beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de exame ou
processo seletivo previstos em lei com danos à Administração Pública é punível com reclusão de dois a seis
anos de reclusão e multa. ( ACRESCIDA DE 1/3 )

c) Quando resulta dano à Administração Pública pena de 2 a 6 anos de reclusão e multa – Art. 311-A §
2º do CP.
d) Se cometido por funcionário público aumenta-se a pena de 1/3 – Art. 311-A § 3º do CP.

(2018 Banca: Quadrix Órgão: CRM-PR Prova: Quadrix - 2018 - CRM-PR - Advogado) Acerca dos crimes contra
a fé pública e a Administração Pública, julgue o item.

O bem jurídico tutelado no crime de fraudes em certames de interesse público não é a fé pública, mas sim a
Administração Pública, em seus aspectos material e moral.

GABARITO: ERRADA

O tipo penal descrito no art. 311-A localiza-se topograficamente no título X – Crimes contra a fé pública. Apesar
disso, quando o certame for promovido pelo Poder Público, o bem jurídico protegido será também a
Administração Pública, mesmo que o sujeito ativo seja qualquer pessoa (crime comum). “Por fim, o bem
jurídico atingido pelo delito previsto no art. 311-A do CP não é a fé pública, na essência, entretanto a
administração pública, nos seus aspectos material e moral, o que com certeza abrange a lisura em certames
de interesse público”. O conteúdo sigiloso, a que se refere o caput do dispositivo, não precisa ter sido obtido
por pessoa com características especiais.

(2017 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Aquiraz - CE Prova: CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE -
Guarda Municipal) Nos Termos do Código Penal Brasileiro, utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de
beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de concurso
público, avaliação ou exame públicos, processo seletivo para ingresso no ensino superior e exame ou processo
seletivo previstos em lei, incorre na pena de multa e reclusão de quantos anos?

a) 1 (um) a 4 (quatro).
b) 1 (um) a 2 (dois).
c) 1 (um) a 3 (três).
d) 2 (um) a 5 (cinco).
e) 1 (um) a 5 (cinco).

GABARITO: A

Nos termos do artigo 311-A do CP: Utilizar ou divulgar, indevidamente com fim de beneficiar a si ou outrem,
ou comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:

I. concurso público;
II. avaliação ou exames públicos;
III. processo seletivo para ingresso no ensino superior;
IV. exame ou processo seletivo previsto em lei:

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Pena - RECLUSÃO, de 1 a 4 anos, e multa.

(2016 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2016 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina)
Segundo o Código Penal, o crime intitulado fraudes em certames de interesse público, atentatório contra a
administração pública, consiste na conduta de utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a
si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de concurso público;
avaliação ou exame públicos; processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou, exame ou processo
seletivo previstos em lei. Comete a mesma infração penal quem permite ou facilita, por qualquer meio, o
acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas acima.

GABARITO: ERRADA

O tipo penal descrito no artigo 311-A do CPP NÃO "é atentatório contra a administração pública", o bem
jurídico penalmente tutelado é a fé pública, no tocante à lisura, à impessoalidade, à moralidade, à isonomia,
à probidade e à credibilidade depositadas nos certames de interesse público, notadamente em face do seu
caráter sigiloso. Segundo a posição topográfica, o bem jurídico protegido é a fé pública.

#ATENTEconcurseiro(a)  O elemento subjetivo é o dolo, acrescido de um especial fim de agir (“dolo


específico”), qual seja, a intenção do agente de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade
do certame. Não há previsão da modalidade culposa.

Dos Crimes Contra a Administração Pública

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Provas: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Assistente Social –
ADAPTADA) É correto afirmar que o jurado pode ser responsabilizado criminalmente por crime de corrupção
passiva.

GABARITO: CORRETA
Nos termos do artigo 327 do CP - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. O jurado, no exercício da
função ou a pretexto de exercê-la, será responsável criminalmente nos mesmos termos em que o são os juízes
togados”. Também o mesário eleitoral exerce função pública, sendo considerado funcionário público para os
efeitos penais.
(2019 Banca: VUNESP Órgão: IPREMM - SP Prova: VUNESP - 2019 - IPREMM - SP - Procurador Jurídico) No que
concerne ao conceito de funcionário público e equiparados, para fins penais (CP, art. 327), é correto afirmar
que

a) a falta de remuneração impede a caracterização do indivíduo como funcionário.


b) a transitoriedade da função pública afasta a possibilidade de caracterização do indivíduo como
funcionário.
c) aquele que trabalha para empresa prestadora de serviço contratada para a execução de atividade
típica da Administração Pública é equiparado a funcionário.
d) por ausência de expressa previsão legal, aquele que exerce cargo em entidade paraestatal não é
considerado funcionário.
e) o funcionário que trabalha em função de direção em fundação instituída pelo poder público, ao
cometer crime contra a Administração, terá a pena aumentada de metade.

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GABARITO: C
Nos termos do artigo 327, § 1º do CP:

“Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica
da Administração Pública”.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal -
Área 8 – ADAPTADA) Em relação aos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar que não se
equipara a funcionário público, para os efeitos penais, quem exerce emprego em entidade paraestatal.

GABARITO: ERRADA

O artigo 327, § 1º do CP, prevê a EQUIPAÇÃO do funcionário público para aquele exerce cargo, emprego ou
função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou
conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Guarda
Civil Municipal) Rogério, funcionário público municipal, no exercício de cargo em comissão, por ser pessoa de
confiança dentro da estrutura da Administração Pública Direta, subtraiu, fora do horário de serviço,
o laptop da repartição em que trabalhava.
Para tanto, ele contou com a ajuda do primo João, que não tinha qualquer vínculo com o Poder Público, mas
que, certamente, tinha conhecimento do cargo que Rogério exercia e da facilidade que teriam em razão do
acesso ao local dos fatos.

Ocorre que a conduta dos primos foi registrada pelas câmeras de segurança, sendo as imagens encaminhadas
para a autoridade policial.

Com base apenas nas informações narradas, é correto afirmar que a conduta de Rogério configura crime de

a) peculato, sendo aplicável a ele causa de aumento de pena, em razão do cargo em comissão que
exercia, respondendo João também pelo crime contra Administração Pública, apesar de este ser
classificado como próprio.
b) peculato simples, sem qualquer causa de aumento, já que o exercício de função de confiança é
inerente à definição de funcionário público, respondendo João também pelo crime contra a
Administração Pública, apesar da natureza própria do delito.
c) peculato simples, sem qualquer causa de aumento, já que o exercício de função de confiança é
inerente à definição de funcionário público, respondendo João pelo crime de furto, diante da natureza
própria do delito.
d) peculato, sendo aplicável a ele causa de aumento de pena em razão do cargo em comissão que
exercia, respondendo João, porém, pelo crime de furto, diante da natureza própria do delito.
e) furto qualificado pelo concurso de agentes, assim como João, já que os fatos ocorreram fora do horário
de serviço.

GABARITO: A

Consoante o artigo 327, § 2º do CP - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes
previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento
de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo
poder público.

MUDE SUA VIDA!


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Vamos aos detalhes elucidativos da questão "Rogério, funcionário público municipal, no exercício de cargo em
comissão, por ser pessoa de confiança dentro da estrutura da Administração Pública Direta, subtraiu, fora do
horário de serviço, o laptop da repartição em que trabalhava.

Para tanto, ele contou com a ajuda do primo João, que não tinha qualquer vínculo com o Poder Público, mas
que, certamente, tinha conhecimento do cargo que Rogério exercia e da facilidade que teriam em razão do
acesso ao local dos fatos." Logo, o primo igualmente responde por peculato, pois a qualidade de ser
funcionário público é elementar do tipo. Por conseguinte, aplica-se o art. 30 do CP, vejamos:

Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.

#ATENTEconcurseiro(a)  Inf. 950 do STF: NÃO se aplica aos DIRIGENTES de autarquias, pois ela não é
mencionada.
(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Campinas - SP
- Guarda Municipal) Afrodite é funcionária pública, mas, atualmente ocupa um cargo em comissão. No
exercício desse cargo, Afrodite comete um crime contra a Administração Pública. Nessa hipótese, portanto, o
Código Penal dispõe que Afrodite

a) ficará isenta de pena por estar afastada do seu cargo público de origem.
b) será punida com a mesma pena aplicada ao seu superior que a nomeou para o cargo.
c) terá reduzida a sua pena por ocupar cargo provisório e de confiança.
d) ficará sujeita a ter sua pena aumentada da terça parte.
e) não poderá ter a sua pena alterada pelo simples fato de ocupar cargo em comissão.

GABARITO: D

Consoante a previsão expressa do art. 327, § 2º do CP - A pena será aumentada da terça parte quando os
autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção
ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou
fundação instituída pelo poder público.

#PresteATENÇÃO  Se o funcionário público é ocupar de cargos em AUTARQUIA, NÃO há aumento de pena,


haja vista que não é permitida a analogia in malam partem.

(2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: CESPE - 2019 - PGE-PE - Analista Judiciário de Procuradoria) João,
valendo-se da sua condição de servidor público de determinado estado, livre e conscientemente, apropriou-
se de bens que tinham sido apreendidos pela entidade pública onde ele trabalha e que estavam sob sua posse
em razão de seu cargo. João chegou a presentear diversos parentes com alguns dos referidos produtos. Após
a apuração dos fatos, João devolveu os referidos bens, mas, ainda assim, foi denunciado pela prática de
peculato-apropriação, crime para o qual é prevista pena privativa de liberdade, de dois anos a doze anos de
reclusão, e multa.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, considerando a disciplina acerca dos crimes
contra a administração pública.

A devolução dos bens apropriados indevidamente por João antes do recebimento da denúncia é hipótese de
eficiente reparação do dano, o que deverá ser considerado como causa de extinção da punibilidade do crime
de peculato-apropriação.

GABARITO: ERRADO

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A devolução do bem apropriado somente poderá ser causa de extinção da punibilidade ou de diminuição da
pena quando o peculato é culposo, consoante o disposto no artigo 312, § 3º, CP, no caso do parágrafo anterior,
a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de
metade a pena imposta.

(2019 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: UPE Prova: UPENET/IAUPE - 2019 - UPE - Advogado) Acerca dos crimes
contra a administração pública, é CORRETO afirmar que

a) em posicionamento recente, o STJ afastou a incidência da Súmula nº 599 para aplicar o princípio da
insignificância a crime contra a administração pública.
b) no delito de peculato culposo, se o agente reparar o dano à administração pública antes da prolação
da sentença, a pena será reduzida pela metade.
c) aquele que solicita vantagem, para si ou para outrem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função, pratica crime de corrupção passiva.
d) a condescendência criminosa é crime contra a administração pública, que pode ser praticado,
excepcionalmente, na modalidade culposa.
e) o crime de prevaricação somente pode ser praticado por ocupante de cargo público.

GABARITO: A
Consoante a súmula 599 do STJ: O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração
Pública. STJ. Corte Especial. Aprovada em 20/11/2017.

#ATENÇÃOconcurseiro(a)JURISPRUDÊNCIA STF&STJ
Exceção à jurisprudência do STJ: Crime de Descaminho - art. 334 do CP: apesar do descaminho ser um crime
contra a Administração Pública, o STJ admite a aplicação do princípio da insignificância quando o valor do
tributo não recolhido for igual ou inferior a 20 mil reais.

O STF não concorda com a Súmula 599 do STJ. No STF, há julgados admitindo a aplicação do princípio mesmo
em outras hipóteses além do descaminho, como foi o caso do HC 107370, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado
em 26/04/2011 e do HC 112388, Rel. p/ Acórdão Min. Cezar Peluso, julgado em 21/08/2012. Segundo o
entendimento que prevalece no STF, a prática de crime contra a Administração Pública, por si só, não
inviabiliza a aplicação do princípio da insignificância, devendo haver uma análise do caso concreto para se
examinar se incide ou não o referido postulado.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Monte Alto - SP Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de Monte Alto - SP -
Procurador Jurídico) De acordo com Súmula do Superior Tribunal de Justiça,

a) na ação de mandado de segurança se admite condenação em honorários advocatícios.


b) a fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência do Município.
c) o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública.
d) compete ao juiz estadual, nas comarcas que não sejam sede de vara da Justiça Federal, processar e
julgar ação civil pública, desde que a União não figure no processo.
e) o Ministério Público não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio
público.

GABARITO: C
Consoante o teor da súmula 599 do STJ é VEDADA a aplicação do princípio da insignificância é inaplicável aos
crimes contra a administração pública.

MUDE SUA VIDA!


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Contudo, como exceção à súmula 599 do STJ, a jurisprudência é pacífica em admitir a aplicação do princípio
da insignificância ao crime de descaminho (art. 334 do CP), quando o valor do tributo não recolhido for igual
ou inferior a 20 mil reais.

Nessa perspectiva, no STF, há julgados admitindo a aplicação do princípio mesmo em outras hipóteses além
do descaminho, devendo haver uma análise do caso concreto para se examinar se incide ou não o referido
postulado.

(2019 Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Prova: CESPE - 2019 - PGE-PE - Analista Judiciário de Procuradoria) João,
valendo-se da sua condição de servidor público de determinado estado, livre e conscientemente, apropriou-
se de bens que tinham sido apreendidos pela entidade pública onde ele trabalha e que estavam sob sua posse
em razão de seu cargo. João chegou a presentear diversos parentes com alguns dos referidos produtos. Após
a apuração dos fatos, João devolveu os referidos bens, mas, ainda assim, foi denunciado pela prática de
peculato-apropriação, crime para o qual é prevista pena privativa de liberdade, de dois anos a doze anos de
reclusão, e multa.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, considerando a disciplina acerca dos crimes
contra a administração pública.

De acordo com o entendimento do STJ, se João for réu primário e o prejuízo ao erário causado por ele tiver
sido de pequena monta, será possível a aplicação do princípio da insignificância.
GABARITO: ERRADO

A jurisprudência do STJ conforme a 599 VEDA a aplicação do princípio da insignificância é inaplicável aos crimes
contra a Administração Pública.

#ATENÇÃOconcurseiro(a)JURISPRUDÊNCIA STF&STJ EXCEÇÃO: Crime de DESCAMINHO - O STF e STJ


entendem que aplica o Princípio da Insignificância a esse crime cujo patamar seja de ATÉ R$ 20.000,00.
(2019 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Boa Vista - RR Prova: CESPE - 2019 - Prefeitura de Boa Vista - RR -
Procurador Municipal) Juan González, estrangeiro, enfermeiro, residente havia dois anos em Boa Vista – RR,
apresentava-se como médico no Brasil e atendia pacientes gratuitamente em um posto de saúde da rede
pública municipal, embora não fosse funcionário público. Seu verdadeiro objetivo com essa prática era retirar
medicamentos do local e revendê-los para obter lucro.
Em razão de denúncia anônima a respeito do desvio de medicamentos, Juan, portando caixas de
remédios retiradas do local, foi abordado em seu automóvel por policiais logo após ter saído do posto e foi,
então, conduzido à delegacia. Para que seu verdadeiro nome não fosse descoberto, Juan identificou-se à
autoridade policial como Pedro Rodríguez, buscando, assim, evitar o cumprimento de mandado de prisão
expedido por ter sido condenado pelo crime de moeda falsa no Brasil.

Questionado sobre a propriedade do veículo no qual se encontrava no momento da abordagem, Juan


informou tê-lo comprado de uma pessoa desconhecida, em Boa Vista. Durante a investigação policial,
verificou-se que o veículo havia sido furtado por outra pessoa no Brasil e que a placa estava adulterada.
Verificou-se, ainda, que a placa identificava um veículo registrado no país de origem de Juan e em seu nome,
embora Juan tivesse alegado ter adquirido o veículo já com a referida placa.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

Juan não deverá responder pelo crime de peculato, apesar de ter se apropriado de medicamentos da rede
pública de saúde.

GABARITO: CORRETA

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O peculato tipo penal previsto no art. 312 do CP é crime próprio e Juan NÃO é funcionário Público, qualquer
que seja a modalidade, por conseguinte, não comete a conduta típica de peculato.

#ATENTEconcurseiro(a)  Excepcionalmente, pode haver comunicação do peculato a algum particular, caso


este saiba da condição de funcionário público, conforme previsão do art. 30, CP, isto é, é elementar do crime
(está previsto no texto do tipo penal).

(2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP Prova: FCC - 2019 - Prefeitura de São José do
Rio Preto - SP - Agente Fiscal de Posturas - ADAPTADA) Com relação ao peculato, considere:
pratica-o o funcionário público que se apropria de qualquer bem móvel, público ou particular, de que tem a
posse em razão do cargo, ou o desvia, em proveito próprio ou alheio.

GABARITO: CORRETA
Trata-se do tipo previsto no artigo 312 do CP o peculato aprovação e desvio, vejamos:
Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
(2019 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Provas: IF-MT - 2019 - IF-MT - Assistente Social ) Assinale a
alternativa CORRETA quanto à modalidade do crime descrito: servidora pública, ocupante do cargo de
escrevente judicial, que, juntamente com o juiz da Comarca das Flores, apropriou-se de dinheiro público de
que tem posse em razão do cargo.
a) Peculato.
b) Inserção de dados falsos em sistema de informação.
c) Emprego irregular de verbas.
d) Corrupção passiva.
e) Condescendência criminosa.

GABARITO: A
Ao apropriar-se do dinheiro a funcionária pública pratica o tipo penal descrito no artigo 312 caput do CP,
vejamos:

Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a
doze anos, e multa.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Valinhos - SP -
Guarda Civil Municipal – SSPC) Segundo o Código Penal, o peculato é um tipo de crime

a) de falsidade documental.
b) contra o patrimônio.
c) contra a Administração Pública.
d) contra a fé pública.
e) contra a pessoa.

GABARITO: C
O peculato do latino peculatus, que no direito romano se caracterizava como o desvio de bens pertencentes
ao Estado, é crime exclusivo do servidor público (ou equiparado) e trata-se de um abuso de confiança pública
previsto no artigo 312 do código penal.

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(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal -
Área 8) Assinale a alternativa que apresenta crimes que admitem a forma culposa.

a) Homicídio, lesão corporal e emprego irregular de verbas ou rendas públicas.


b) Concussão, injúria e dano.
c) Prevaricação, homicídio e omissão de socorro.
d) Homicídio, lesão corporal e peculato.
e) Advocacia administrativa, dano e lesão corporal.

GABARITO: D
Crimes culposos no CP:

a) Contra a vida: homicídio, art. 121, p. 3; e lesão corporal, art. 129, p. 6

b) Contra o patrimônio: receptação, art. 180, p. 3

c) Contra a incolumidade pública: incêndio, art. 250, p. 2

d) Contra a Administração Pública: peculato, art. 312, p.2

Todos os Crimes Funcionais contra a Administração Pública (arts. 312 a 359-H, CP)
exigem DOLO, exceto o Peculato Culposo. Em cada alternativa há um Crime Funcional, o que pressupõe
o DOLO. A única alternativa que prevê a exceção é a D, visto que o Peculato admite sim a forma culposa, bem
como os crimes de Homicídio e Lesão Corporal.

(2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Fiscal
de Serviços Municipais) Determinado vereador faz uso de sua secretária parlamentar, paga pelo Erário Público,
para tratar, entre outras atividades vinculadas ao seu cargo e função, dos seus interesses particulares.
Neste caso, pratica

a) fato penalmente atípico.


b) crime de corrupção passiva.
c) crime de corrupção ativa.
d) crime de peculato.
e) fato penalmente imune.

GABARITO: A
#ATENTEconcurseiro(a)  O fato descrito na questão é atípico para o Direito Penal, entretanto é tipificado
como ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA que implica em enriquecimento ilícito, consoante atrigo 9°,
inciso IV, parte final, da Lei 8.429/1992.
#ATENÇÃO  JURISPRUDÊNCIA  Ação Penal 504-DF: "Apelação. Ação penal. Peculato-desvio (art. 312, CP).
Deputado federal. Utilização de secretária parlamentar para fins particulares. Prática de inúmeros atos na
condição de administradora, de fato, da empresa da qual o parlamentar é sócio. Funcionária pública que
também exerceu as atribuições inerentes a seu cargo. Inteligência do art. 8º do Ato da Mesa nº 72/97, da
Câmara dos Deputados. Atividades que não se circunscreveram ao interesse exclusivamente particular do
apelante nem se restringiram àquelas típicas de secretário parlamentar. Fato penalmente atípico. Recurso
provido, para o fim de se absolver o apelante, com fundamento no art. 386, III, do Código de Processo Pena.
1. Como já decidido pelo Supremo Tribunal Federal, existe significativa “diferença entre usar funcionário
público em atividade privada e usar a Administração Pública para pagar salário de empregado particular, o que
configura peculato” (Inq nº 3.776/TO, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 4/11/14).

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(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal -
Área 8) Um servidor público estadual apropriou-se de um computador, do qual tinha a posse em razão de seu
cargo, a fim de entregá-lo como presente para sua esposa. Qual foi o delito praticado por esse servidor?

a) Furto.
b) Concussão.
c) Peculato.
d) Prevaricação.
e) Corrupção passiva.

GABARITO: C
Conforme o artigo 312 do CP, vejamos:

Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem,
o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Provas: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Assistente Social –
ADAPTADA) É correto afirmar que funcionário público que não dispõe da posse de determinado bem, porém
se vale da facilidade que sua condição de funcionário proporciona para subtrair “para si ou para outrem”
comete crime de “peculato furto”.

GABARITO: CORRETA
Nos termos do artigo 312 § 1º do CP - PECULATO FURTO - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público,
embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em
proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

(2020 Banca: CESPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial de Justiça - Avaliador) Antônio e Breno,
bacharéis em direito, fazendo-se passar por oficiais de justiça, compareceram em determinada joalheria
alegando que teriam de cumprir mandado judicial de busca e apreensão de parte da mercadoria, por suspeita
de crime tributário. Para não cumprir os mandados, solicitaram a quantia de R$ 10.000, que foi paga pelo
dono do estabelecimento.
Nessa situação, Antônio e Breno responderão pelo crime de

a) concussão.
b) corrupção ativa.
c) corrupção passiva.
d) usurpação de função pública.
e) tráfico de influência.

GABARITO: D
Antônio e Breno fizeram-se passar por oficiais de justiça, alegando que teriam de cumprir mandado judicial.
Além disso, incorreram na qualificadora, pois auferiram a quantia de R$ 10.000 que foi paga pelo dono do
estabelecimento. A questão aborda o crime descrito no artigo 328 do CP usurpação da função pública

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qualificada (Usurpar que é derivado do latim USURPARE, significa apossar-se sem ter direito. Usurpar a função
pública é, portanto, exercer ou praticar ato de uma função que não lhe é devida), vejamos:

Paragrafo único: Se do fato o agente aufere vantagem:

Pena: reclusão de 2-5 anos e multa

A doutrina entende que a ''vantagem'' descrita no tipo penal pode ser de qualquer natureza, não
necessariamente uma vantagem financeira, podendo ser, inclusive, um favor sexual.
#ATENTEconcurseiro(a)  O tipo penal foi alterado recentemente pela Lei nº. 13.964/2019.

ANTES DEPOIS
PENA: Reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. PENA: Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Consiste em novatio legis in pejus, ou seja,
pelo fato de prejudicar o réu não pode
retroagir.

(2019 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: CONSULPLAN - 2019 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e
de Registros - Provimento) A respeito do crime de peculato e suas várias formas de ocorrência, assinale a
alternativa correta.

a) No peculato-furto, o funcionário público tem a posse da coisa, aproveitando-se desta condição para
subtraí-la.
b) No peculato mediante erro de outrem, somente ocorre a infração penal se o erro do terceiro foi
diretamente provocado pelo servidor que se apropria do bem.
c) Caso terceiro estranho à administração pública pratique o crime de peculato-apropriação em
concurso com o intraneus, este responderá por peculato e aquele por apropriação indébita.
d) Ocorre peculato na forma culposa quando o servidor público encarregado da guarda e segurança do
patrimônio da administração, por negligência, imprudência ou imperícia, infringe o dever de cuidado,
permitindo, involuntariamente, que terceiro se aproprie, desvie ou subtraia bem público.

GABARITO: D
A questão aborda situação prática a respeito do crime de peculato culposo previsto no art. 312, § 2º, do CP,
vejamos:

“Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem”. A pena é de detenção, de três meses a um
ano, razão pela qual é cabível, em tese (salvo em caso de não preenchimento de outro requisito), o
oferecimento da transação penal e da suspensão condicional do processo.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: IPREMM - SP Prova: VUNESP - 2019 - IPREMM - SP - Procurador Jurídico) O art.
312 do CP, que tipifica o crime de peculato, assim determina em seu caput: “apropriar-se o funcionário público
de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo,
ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. Pena: reclusão, de dois a doze anos, e multa”. Por sua vez,
determina o § 1° do mesmo dispositivo legal que “se o funcionário público, embora não tendo a posse do
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-
se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário”, aplicar-se-á

a) a pena equivalente ao crime cometido pelo particular com quem o funcionário concorre.
b) a pena do caput, diminuída de 1/6 a 1/3.
c) a pena do caput, diminuída da metade.
d) a mesma pena.

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e) pena alguma, pois a conduta é penalmente atípica, devendo apenas ser apurada infração
administrativa.

GABARITO: D
Consoante o disposto no artigo 312, § 1º do CP - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora
não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
(2019 Banca: IADES Órgão: SEAP-GO Prova: IADES - 2019 - SEAP-GO - Agente de Segurança Prisional) O Código
Penal estabelece o crime de peculato nos termos do art. 312, conforme a seguir. “Apropriar-se o funcionário
público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão
do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa. § 1º –
Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o
subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário. § 2º – Se o funcionário concorre culposamente para o crime de
outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano.” Com base nessa informação, se um funcionário público
concorre para que outrem se aproprie, desvie ou subtraia o objeto material da proteção penal, em razão de
sua inobservância ao dever objetivo de cuidado necessário, configura-se

a) peculato-culposo.
b) peculato-desvio.
c) peculato-furto.
d) peculato-apropriação.
e) peculato-posse.

GABARITO: A
A questão trata-se de Peculato culposo consoante o artigo art. 312, §2º, do CP: Se o funcionário concorre
culposamente para o crime de outrem.
#ATENTEconcurseiro(a)  No crime culposo se o agente reparar o dano antes de proferida a sentença
irrecorrível, ou seja, ANTES do trânsito em julgado, estará extinta a punibilidade. Se o agente reparar o dano
APÓS o trânsito em julgado, a pena será reduzida pela metade.
(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Campinas - SP
- Agente de Fiscalização) Caio trabalha em uma repartição pública e tem por função cuidar do almoxarifado.
Todos os dias, antes de sair, Caio tranca as portas dos armários de suprimentos. Em determinado dia, Caio,
que está com o filho internado, saiu às pressas, esquecendo de fechar dois dos armários. No dia seguinte, ao
chegar na repartição, Caio percebeu que suprimentos de alto valor tinham sido furtados. Diante da situação
hipotética, Caio, em tese,

a) praticou o crime de peculato culposo.


b) praticou o crime de peculato-furto.
c) praticou o crime de peculato-apropriação.
d) praticou o crime de peculato mediante erro de outrem.
e) não praticou qualquer crime.

GABARITO: A
Caio praticou o crime de peculato culposo previsto no art. 312, § 2º, do CP, vejamos:

“Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem”. A pena é de detenção, de três meses a um
ano, razão pela qual é cabível, em tese (salvo em caso de não preenchimento de outro requisito), o
oferecimento da transação penal e da suspensão condicional do processo.

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(2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia -
ADAPTADA) O crime de peculato-apropriação consuma-se a partir do momento em que o funcionário público
passa a obter vantagem em relação ao objeto material do delito, ainda que esta não seja necessariamente de
caráter econômico, uma vez que o bem jurídico tutelado é a administração pública.

GABARITO: INCORRETA

A consumação do crime de peculato na apropriação (312, caput, 1.ª parte, do CP) ocorre no momento da
inversão da posse do objeto material por parte do funcionário público. O crime de peculato próprio, na sua
primeira modalidade (apropriação) se consuma no momento em que o funcionário se apropria do dinheiro,
valor ou bem móvel de que se tem posse em razão do cargo.

(2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP Prova: FCC - 2019 - Prefeitura de São José do
Rio Preto - SP - Agente Fiscal de Posturas - ADAPTADA) Com relação ao peculato, considere:
não admite a modalidade culposa.

GABARITO: ERRADA

O CP no artigo 312 prevê o tipo penal de Peculato culposo conforme o

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

(2019 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2019 - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente
Técnico Administrativo) Carro oficial é furtado após funcionário público estacioná-lo em via pública deixando
as portas abertas e as chaves no contato. O funcionário, nesse caso, incorre, em tese, no crime de

a) dano ao patrimônio público.


b) peculato culposo.
c) malversação de fundos públicos.
d) gestão perdulária de bens e serviços públicos.
e) condescendência criminosa.

GABARITO: B
A questão aborda situação prática a respeito do crime de peculato culposo previsto no art. 312, § 2º, do CP,
vejamos:

“Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem”. A pena é de detenção, de três meses a um
ano, razão pela qual é cabível, em tese (salvo em caso de não preenchimento de outro requisito), o
oferecimento da transação penal e da suspensão condicional do processo.

O que ocorre no peculato culposo?

No peculato culposo, o agente é negligente ou imprudente em sua conduta, o que facilita para que outra
pessoa, de forma dolosa, pratique um crime, como a subtração de um bem público. Trata-se de ação culposa
em ação dolosa alheia. O Peculato Culposo é um crime acessório, logo para que ele exista, outro crime precisa
ocorrer, no caso exposto pelo examinador ocorreu o furto de carro oficial.

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(2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP Prova: FCC - 2019 - Prefeitura de São José do
Rio Preto - SP - Agente Fiscal de Posturas - ADAPTADA) Com relação ao peculato, considere:
fica isento de pena o funcionário público que se apropriar de dinheiro que, no exercício do cargo, recebeu por
erro de outrem.

GABARITO: ERRADA
A isenção de pena está prevista no peculato culposo, quando a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é POSTERIOR, reduz de metade a pena imposta, nos termos do art.
312, § 3º do CP. No entanto o peculato por erro de outrem consoante o art. 313 do CP ocorre quando o
funcionário púbico apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro
de outrem.

(2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia -
ADAPTADA) Na hipótese de peculato culposo, caso o agente repare o dano após a sentença irrecorrível, haverá
a redução de metade da pena cominada abstratamente ao referido delito.

GABARITO: INCORRETA
Consoante o artigo 312, § 3º do CP a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. O equivoco o da questão ocorre na
afirmação de que existirá a redução de metade da pena cominada ABSTRATAMENTE ao delito, porque, na
verdade, haverá redução da pena IMPOSTA, tendo em conta que já ocorreu o trânsito em julgado.

(2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP Prova: FCC - 2019 - Prefeitura de São José
do Rio Preto - SP - Auditor Fiscal Tributário Municipal) Segundo o Código Penal brasileiro, bem como o
entendimento dos Tribunais Superiores, sobre os crimes contra a Administração Pública,

a) no caso de peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, reduz de


metade a pena imposta.
b) de acordo com a jurisprudência nacional, o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes de
peculato.
c) o funcionário público que solicitar para si, diretamente, em razão da função, vantagem indevida,
pratica, em tese, o crime de corrupção ativa.
d) somente o advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, poderá ser sujeito ativo do crime
de advocacia administrativa.
e) para a consumação do crime de concussão é necessário que o agente receba a vantagem indevida.

GABARITO: B
Conforme S. 599 do STJ: O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.
STJ. Corte Especial. Aprovada em 20/11/2017, DJe 27/11/2017.

STJ defende a inaplicabilidade do princípio da insignificância aos crimes cometidos contra a Administração
Pública.

#ATENTEconcurseiro(a)  No entanto, no STF há julgados admitindo a aplicação do referido princípio.


Dessa forma, a 3ª Seção decidiu revisar o Tema 157, que passa a ter a seguinte redação: "Incide o princípio da
insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito tributário verificado não
ultrapassar o limite de R$ 20 mil a teor do disposto no artigo 20 da Lei 10.522/2002, com as atualizações
efetivadas pelas Portarias 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda”.

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(2019 Banca: UFES Órgão: UFES Prova: UFES - 2019 - UFES - Assistente em Administração) De acordo com o
Código Penal, considera-se um tipo de crime de peculato

a) apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de
outrem.
b) dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei.
c) exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida.
d) solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
e) facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho.

GABARITO: A

O artigo 313 do CP trata de crime contra administração pública apresenta a conduta do funcionário público
que se apropria de dinheiro ou qualquer utilidade que lhe foi entregue por engano, descuido, desleixo ou
qualquer outro erro que levou terceiro a entregar quantia ou utilidade ao funcionário público. A doutrina
denomina o peculato por erro de outrem como peculato-estelionato, porquanto o funcionário público tem a
consciência de que houve um equivoco um erro de terceiro. À vista disso, a conduta correta é o funcionário
público comunicar prontamente a ocorrência do erro. Todavia, o funcionário público age de forma contraria
e se apropria do bem se aproveitando do erro de outrem e do exercício do cargo.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Arujá - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Arujá - SP -
Encarregado de Cadastro Imobiliário) José, funcionário público municipal, responsável pelo banco de dados
eletrônico da dívida ativa, excluiu todas as certidões da dívida ativa que existiam em nome da empresa “Boa
Viagem”, de propriedade de sua amiga íntima. A conduta de José pode ser tipificada como:

a) peculato.
b) modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações.
c) inserção de dados falsos em sistema de informações.
d) extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento.
e) condescendência criminosa.

GABARITO: C
A questão aborda o tipo penal descrito no artigo 313-A do CP e deve ser comparado com o peculato
impróprio ou o peculato-estelionato, pois o ardil utilizado (alteração de banco de dados ou sistema
informatizado), verifica-se a semelhança com o estelionato.

O art. 313-A do CP trata sobre a Inserção de dados falsos em sistema de informações e constitui na conduta
de inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Serrana - SP Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de Serrana - SP -
Procurador Jurídico - ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a administração pública, previstos no Código
Penal, assinale a alternativa correta.

O crime de inserção de dados falsos em sistema de informações (art. 313-A, do CP) não é próprio de
funcionário público.

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GABARITO: ERRADA

Trata-se de crime próprio, pois o tipo penal exige que o sujeito ativo seja funcionário público, o enunciado
prevê o artigo 313-A do CP, vejamos:

Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados
corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter
vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano.

(2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Guarda
Civil – ADAPTADA) Sobre os crimes contra a Administração Pública, analise os itens a seguir:

Está tipificada no Código Penal a conduta de dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida
em lei.

GABARITO: CORRETA
Nos termos do artigo 315 do CP - Emprego irregular de verbas ou rendas públicas: Dar às verbas ou rendas
públicas aplicação diversa da estabelecida em lei.

(2019 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Provas: IF-MT - 2019 - IF-MT - Assistente Social ) Analise a situação
hipotética: servidora pública Ana das Flores, ocupante do cargo de fiscal de tributos, exige tributo indevido, e,
quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. Assinale a
alternativa CORRETA que corresponde ao crime praticado por Ana das Flores.

a) Concussão e excesso de exação.


b) Facilitação de contrabando ou descaminho.
c) Excesso de exação.
d) Corrupção passiva.
e) Violência arbitrária.

GABARITO:
Servidora pública Ana das Flores, ocupante do cargo de fiscal de tributos, exige tributo indevido, e, quando
devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza."

Excesso de exação

Art. 316 § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido,
ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

#JURISPRUDÊNCIA – Inf. 658 do STJ: Em regra, a empresa que aluga veículos não pode sofrer a pena de
perdimento em razão de contrabando ou descaminho praticado pelo condutor-locatário, salvo se tiver
participação no ato ilícito para internalização de mercadoria própria. O fato de a locadora não ter investigado
os “antecedentes” do cliente não pode ser usado como argumento para se concluir pela responsabilidade da
empresa. STJ. 1ª Turma. REsp 1.817.179-RS, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 17/09/2019 (Info 658).

#ATENÇÃOconcurseiro(a)  Existem julgados do STJ afirmando que a pena de perdimento pode ser aplicada
a veículos sujeitos a leasing ou alienação fiduciária: A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é
dominante no sentido de permitir a aplicação da sanção de perdimento de veículo automotor objeto de
alienação fiduciária ou arrendamento mercantil (leasing), independentemente da valoração sobre a boa-fé do

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credor fiduciário ou arrendante. A aplicação da aludida sanção administrativa não possui o condão de anular
os respectivos contratos de alienação fiduciária em garantia ou arrendamento mercantil efetuados entre
credor e devedor, os quais possuem o direito de discutir, posteriormente, os efeitos dessa perda na esfera
civil. STJ. (Info 517). STJ. 2ª Turma. REsp 1628038/SP, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 05/11/2019.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Campinas - SP
- Guarda Municipal) Segundo prevê o Código Penal, o funcionário comete um crime de concussão quando

a) apropria-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse
em razão do cargo, ou o desvia, em proveito próprio ou alheio.
b) extravia livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonega-o ou
inutiliza-o, total ou parcialmente.
c) exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida.
d) constrange alguém, mediante violência ou grave ameaça, a não fazer o que a lei permite ou a fazer o
que ela não manda.
e) dá às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei.

GABARITO: C
A questão trata-se do crime de CONCUSSÃO nos termos do artigo 316 Caput - Exigir, para si ou para outrem,
direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida. A figura delitiva classifica-se como crime FORMAL, de consumação antecipada ou de resultado
cortado, logo, NÃO se exige a obtenção da vantagem indevida para sua configuração. Sendo assim, a mera
exigência da vantagem indevida configura o tipo penal, além de CONSUMÁ-LO, a obtenção da vantagem
indevida é mero exaurimento do tipo penal.
#ATENTEconcurseiro(a)  O tipo penal foi alterado recentemente pela Lei nº. 13.964/2019.

ANTES DEPOIS
PENA: Reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. PENA: Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Consiste em novatio legis in pejus, ou seja,
pelo fato de prejudicar o réu não pode
retroagir.

(2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF-PR Prova: Quadrix - 2019 - CRF-PR - Advogado) O Capítulo I do Título XI do
Código Penal trata dos crimes funcionais, praticados por determinado grupo de pessoas (funcionários
públicos) no exercício de sua função, associados ou não com pessoa alheia aos quadros administrativos,
impregnando o correto funcionamento dos órgãos do Estado. A propósito, a Administração Pública em geral
(direta, indireta e empresas privadas prestadoras de serviços públicos, contratadas ou conveniadas) será
vítima primária e constante, podendo, secundariamente, figurar no paio passivo eventual administrado
prejudicado. Rogério Sanches Cunha. Manual de direto penal: parte especial (art. 121 ao 361). 9.ª ed., rev.,
ampl. e atual. Salvador: JusPODIVM, 2017 (com adaptações). Tendo o texto acima como referência inicial,
assinale a alternativa correta acerca dos crimes contra a Administração Pública.

a) Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi‐
la, mas em razão dela, vantagem indevida trata‐se de crime de concussão.
b) Não é considerado como crime patrocinar, indiretamente, interesse privado perante a Administração
Pública, valendo‐se da qualidade de funcionário.
c) Abandonar cargo público, fora dos casos previstos em lei, apesar de ser uma prática considerada como
ímproba, não é tipificada como crime previsto no Código Penal.
d) Deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício ou praticá‐lo contra disposição expressa de lei para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal é tipificado como crime de advocacia administrativa.

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e) Chefe que, por indulgência, deixar de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício
do cargo será tipificado por ter praticado o exercício funcional ilegalmente antecipado.

GABARITO: A
#ATENTEconcurseiro(a)  O tipo penal foi alterado recentemente pela Lei nº. 13.964/2019.

ANTES DEPOIS
PENA: Reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. PENA: Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Consiste em novatio legis in pejus, ou seja,
pelo fato de prejudicar o réu não pode
retroagir.

O artigo 316 do CP trata de duas figuras delitivas, vejamos:

Concussão

Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Excesso de exação

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando
devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher
aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Concussão: Exigir em razão da função, ainda que fora dela ou antes de assumi-la, vantagem indevida.

#Notea≠
Excesso de exação: Exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou quando devido
empregar meio vexatório. Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu
indevidamente haverá um aumento de pena nesse crime.

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto) Joaquim, fiscal de vigilância
sanitária de determinado município brasileiro, estava licenciado do seu cargo público quando exigiu de Paulo
determinada vantagem econômica indevida para si, em função do seu cargo público, a fim de evitar a ação da
fiscalização no estabelecimento comercial de Paulo.
Nessa situação hipotética, Joaquim praticou o delito de

a) constrangimento ilegal.
b) extorsão.
c) corrupção passiva.
d) concussão.

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e) excesso de exação.

GABARITO: D
O enunciado da questão trata de crime contra a Administração Pública, previsto no art. 316 do Código Penal,
vejamos:

“Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem indevida. Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa”.

#ATENÇÃOconcurseiro(a)  O sujeito ativo deve ser funcionário público, contudo também aquele indivíduo
que ainda não está no exercício da função. O sujeito passivo é a administração pública, mas também o
particular que sofreu o constrangimento.
NÃO se trata de constrangimento ilegal ou extorsão, pois o crime foi praticado em razão da função.

NÃO se trata de excesso de exação, pois não houve exigência do pagamento de tributo ou contribuição social.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Provas: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Assistente Social –
ADAPTADA) É correto afirmar que ocorrerá crime de concussão mesmo se a exigência, para si ou para outrem,
versar sobre vantagem devida.

GABARITO: ERRADA

#ATENTEconcurseiro(a)  O tipo penal foi alterado recentemente pela Lei nº. 13.964/2019.

ANTES DEPOIS
PENA: Reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. PENA: Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Consiste em novatio legis in pejus, ou seja,
pelo fato de prejudicar o réu não pode
retroagir.

O artigo 316 do CP trata de duas figuras delitivas, vejamos:

Concussão - EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

 JURISPRUDÊNCIA do STF:

“Crime de concussão: é crime formal, que se consuma com a exigência. Irrelevância no fato do não
recebimento da vantagem indevida” (STF — 2ª Turma — HC 74.009-0/MS — Rel. Min. Carlos Velloso — DJU
14.03.1997).

(2020 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-DF Prova: CESPE - 2020 - SEFAZ-DF - Auditor Fiscal) À luz da legislação penal
brasileira, julgue o item a seguir.
Auditor-fiscal que exigir vantagem indevida para deixar de lançar ou de cobrar tributo devido por contribuinte
terá cometido o crime de concussão previsto no Código Penal.

GABARITO: ERRADA
O enunciado da questão trata de crime contra a ordem tributária, conforme a jurisprudência, ocorre crime
contra a ordem tributária e não crime de concussão quando o funcionário público, em razão de sua qualidade
de agente fiscal, exige vantagem indevida para deixar de lançar auto de infração por débito tributário e cobrar

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a consequente multa. (HC 7.364/SP, Rel. Ministro VICENTE LEAL, SEXTA TURMA, julgado em 21/09/1999, DJ
18/10/1999, p. 280).

O crime de concussão capitulado no artigo 316 do CP é o ato de um servidor público exigir para si ou para
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida. NÃO se trata de TRIBUTO.
(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Campinas - SP
- Agente de Fiscalização) O funcionário público que, na cobrança de contribuição social devida, emprega meio
vexatório ou gravoso, em tese,

a) pratica o crime de prevaricação.


b) não pratica qualquer crime.
c) pratica o crime de excesso de exação.
d) pratica o crime de exercício funcional ilegalmente antecipado.
e) pratica o crime de violência arbitrária.

GABARITO: C
Nos termos do artigo 316, § 1º do CP - Excesso de exação - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social
que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que
a lei não autoriza: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
(2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Guarda
Civil – ADAPTADA) Sobre os crimes contra a Administração Pública, analise os itens a seguir:
No crime de concussão, o agente exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

GABARITO: CORRETA
Consoante o disposto no artigo 316 do CP, EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

#ATENTEconcurseiro(a)  O tipo penal foi alterado recentemente pela Lei nº. 13.964/2019.

ANTES DEPOIS
PENA: Reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. PENA: Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Consiste em novatio legis in pejus, ou seja,
pelo fato de prejudicar o réu não pode
retroagir.

(2019 Banca: Prefeitura de Rondonópolis - MT Órgão: Prefeitura de Rondonópolis - MT Prova: Prefeitura de


Rondonópolis - MT - 2019 - Prefeitura de Rondonópolis - MT - Procurador Jurídico) Analise a seguinte situação
hipotética: Prudente, servidor ocupante do cargo de Procurador Jurídico de Rondonópolis-MT, foi intimado
para se manifestar sobre a nomeação de bens à penhora em execução fiscal proposta pelo Município . Em
contato com a parte executada, exigiu dela determinada quantia em dinheiro, alegando necessidade
financeira de seus familiares, para não se opor à penhora dos bens nomeados.
De acordo com a lei penal, a conduta praticada por Prudente é enquadrada no crime de

a) extorsão qualificada.
b) concussão.
c) corrupção passiva.
d) peculato.

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GABARITO: B
#ATENTEconcurseiro(a)  O tipo penal foi alterado recentemente pela Lei nº. 13.964/2019.

ANTES DEPOIS
PENA: Reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. PENA: Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Consiste em novatio legis in pejus, ou seja,
pelo fato de prejudicar o réu não pode
retroagir.

O artigo 316 do CP trata da figura delitiva, vejamos:

Concussão - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

(2019 Banca: IDECAN Órgão: IF-PB Provas: IDECAN - 2019 - IF-PB - Assistente em Administração ) Assinale
abaixo a única definição legal do crime de concussão.

a) Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
b) Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida.
c) Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho.
d) Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa
de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
e) Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la.

GABARITO: B

#ATENTEconcurseiro(a)  O tipo penal foi alterado recentemente pela Lei nº. 13.964/2019.

ANTES DEPOIS
PENA: Reclusão, de 2 a 8 anos, e multa. PENA: Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Consiste em novatio legis in pejus, ou seja,
pelo fato de prejudicar o réu não pode
retroagir.

O artigo 316 do CP trata da figura delitiva, vejamos:

Concussão - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

(2019 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2019 - DPE-AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ciências
Jurídicas) Segundo o Código Penal, a conduta praticada por funcionário de exigir contribuição social ou tributo
que sabe ou deveria saber indevido, constitui crime conhecido como

a) concussão direta.
b) concussão indireta.
c) excesso de exação.
d) concussão implícita.
e) excesso de tributação.

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GABARITO: C

EXCESSO DE EXAÇÃO

Art. 316, § 1º, 1ª parte Art. 316, § 1º, última parte Excesso de exação qualificada
- art. 316, § 2º

Caracterizada pela CONDUTA Caracterizada pela CONDUTA Caracterizada pela CONDUTA


de exigir tributo ou consistente na cobrança de de desviar, em proveito
contribuição indevido tributo ou contribuição devido próprio ou de outrem, o que
com emprego de meio recebeu indevidamente
vexatório

Quanto a CONCUSSÃO nos termos do artigo 316 do CP e suas modalidades, vejamos:

a) Concussão direta ou explícita – caracterizada pela conduta de exigir DIRETAMENTE vantagem


indevida, SEM qualquer relação com tributo ou contribuição;

b) Concussão indireta ou implícita – caracterizada pela conduta de exigir INDIRETAMENTE vantagem


indevida, sem qualquer relação com tributo ou contribuição.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Arujá - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Arujá - SP -
Encarregado de Cadastro Imobiliário) Caio, funcionário público encarregado da cobrança de tributos, em razão
do inadimplemento contumaz da empresa “Pão de Mel”, ficou um dia inteiro com um megafone dizendo que
a empresa e seus sócios eram caloteiros e não pagavam seus débitos. A conduta de Caio é:

a) prática do crime de excesso de exação.


b) lícita, tendo em vista que, como funcionário público, deve empregar todos os meios para incentivar o
pagamento de tributos pelos devedores do fisco.
c) prática do crime de advocacia administrativa.
d) prática do crime de violência arbitrária.
e) prática do crime de violação de sigilo profissional.

GABARITO: A
A questão trata do crime de Excesso de exação previsto no artigo 316, § 1º do CP, vejamos:

Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando
devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

(2019 Banca: Fundação CEFETBAHIA Órgão: Prefeitura de Cruz das Almas - BA Prova: Fundação CEFETBAHIA -
2019 - Prefeitura de Cruz das Almas - BA - Auditor Fiscal de Tributos) Considerando as disposições do Código
Penal Brasileiro e suas alterações posteriores sobre o crime de excesso de exação, praticado contra a
Administração Pública, é correto afirmar que se trata do:

a) particular que exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente vantagem indevida.
b) funcionário público que exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, qualquer vantagem
indevida.

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c) funcionário público que exige, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, qualquer vantagem indevida.
d) particular que exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando
devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.
e) funcionário público que exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou,
quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

GABARITO: E
O crime capitulado no artigo 316, § 1º do CP - Excesso de exação: Se o FUNCIONÁRIO EXIGE e tributo ou
contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.

Excesso de exação é um crime típico do funcionário público, além disso, é um subtipo do crime
de concussão contra a administração pública, definido no Código Penal como um subtipo do crime de
concussão. Dá-se quando um funcionário público exige um pagamento que ele sabe, ou deveria saber que é
indevido.
(2019 Banca: IDIB Órgão: CREMERJ Prova: IDIB - 2019 - CREMERJ - Advogado) Sobre os crimes contra a
Administração Pública previstos no Código Penal, analise os itens abaixo:
I. O crime de concussão consiste em exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

II. No crime de advocacia administrativa, o agente patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado
perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

III. O crime de corrupção passiva consiste em solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem.

Assinale:

a) se apenas a afirmativa I estiver correta.


b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.

GABARITO: D
CONCUSSÃO ADVOCACIA ADMINITRATIVA CORRUPÇÃO PASSIVA

Art. 316 do CP Art. 321 do CP Art. 317 do CP

Exigir, para si ou para outrem, Patrocinar, direta ou Solicitar ou receber, para si ou


direta ou indiretamente, indiretamente, interesse para outrem, direta ou
ainda que fora da função ou privado perante a indiretamente, ainda que fora
antes de assumi-la, mas em administração pública, da função ou antes de assumi-
razão dela, vantagem valendo-se da qualidade de la, mas em razão dela,
indevida. funcionário. vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem.

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(2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Monte Alto - SP Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de Monte Alto - SP -
Procurador Jurídico) O funcionário público que exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber
indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza, comete
crime de

a) peculato.
b) concussão.
c) descaminho
d) corrupção passiva
e) excesso de exação.

GABARITO: E
Consoante o artigo 316, §1º do CP, haverá o crime de excesso de exação se o funcionário exigir tributo ou
contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. A pena é de reclusão, de 3 a 8 anos, e multa. Observe que no
tocante à segunda conduta, “exigir tributo ou contribuição social devido, empregando na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza”, é necessário verificar se a lei autoriza ou não. Dessa forma, há
aqui uma norma penal em branco.

O §2º estabelece que, se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu
indevidamente para recolher aos cofres públicos, a pena será de reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. Veja, se o
funcionário cobrou tributo que era indevido, mas, ao invés de recolher aos cofres públicos, ele desviou para si
ou para outrem, motivo pelo qual será de 2 a 12 anos.

CONDUTA EXIGIR tributo ou contribuição social que sabe, ou deveria saber


ser indevido.
AMPLITUDE DA CONDUTA Qualquer tributo (impostos, Empregar método vexatório,
taxas, contribuições especiais, ou gravoso, ao exigir tributo,
contribuições de melhoria e ainda que seja devido
empréstimos compulsórios)

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Provas: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Assistente Social –
ADAPTADA) É correto afirmar que no crime do art. 317 do Código Penal, corrupção passiva, o sujeito ativo é
somente o funcionário público.

GABARITO: CORRETA
Consoante o artigo 317 do CP, vejamos:
Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

(2019 Banca: CESPE Órgão: CGE - CE Prova: CESPE - 2019 - CGE - CE - Auditor de Controle Interno - Área de
Correição) Milton, valendo-se de sua condição de servidor público e cedendo a pedido de amigo íntimo, deixou
de cumprir seu dever funcional ao não ter promovido ação para apurar infração de determinada empresa
vinculada à administração pública.
Nessa situação hipotética, apurada a conduta de Milton, ele deverá responder pelo crime de

a) advocacia administrativa qualificada.

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b) corrupção passiva privilegiada.


c) corrupção ativa.
d) concussão.
e) condescendência criminosa.

GABARITO: B
O enunciado da questão trata do crime Corrupção Passiva Privilegiada: Art 317 §2º: Se o funcionário pratica,
deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de
outrem.
#ATENÇÃOconcurseiro(a)JURISPRUDÊNCIA Inf. 635 do STJ
O crime de corrupção passiva consuma-se ainda que a solicitação ou recebimento de vantagem indevida, ou
a aceitação da promessa de tal vantagem, esteja relacionada com atos que formalmente não se inserem nas
atribuições do funcionário público, mas que, em razão da função pública, materialmente implicam alguma
forma de facilitação da prática da conduta almejada.

(2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Jaru - RO Prova: IBADE - 2019 - Prefeitura de Jaru - RO - Assistente
Administrativo) Configura ato de CORRUPÇÃO, punido pelo Código Penal, a conduta do servidor público que:

a) recebe para si, diretamente, em razão de sua função, vantagem indevida.


b) continua a exercer, sem autorização, a função pública da qual sabe oficialmente ter sido suspenso.
c) se apropria de dinheiro público de que tem a posse em razão do cargo.
d) abandona o cargo público, fora dos casos permitidos em lei.
e) extravia livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo.

GABARITO: A
O enunciado da questão aborda o tipo penal de Corrupção passiva conforme o teor do artigo 317 do CP -
Solicitar ou RECEBER, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem
a) SOLICITAR E ACEITAR: Crime Formal
b) RECEBER: crime Material.

São hipóteses de Corrupção Passiva:

a) Corrupção Passiva Própria: o agente negocia ato ILÍCITO


b) Corrupção Passiva Imprópria: o agente negocia ato LÍCITO
c) Corrupção Passiva Antecedente: recebe o dinheiro antes da prática do ato (vou fazer a multa)
d) Corrupção Passiva Subsequente: recebe o dinheiro após a prática do ato (vou cancelar a multa feita)

(2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Itapemirim - ES Prova: IBADE - 2019 - Prefeitura de Itapemirim - ES -
Agente Administrativo) Tício é funcionário público municipal e recebeu para si, diretamente, em razão de sua
função, vantagem indevida, consistente em dinheiro em espécie no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), para
que concedesse com rapidez um alvará para um empreendimento irregular no município. Nesse caso, pode-
se dizer que Tício praticou o crime:

a) enriquecimento ilícito.
b) condescendência criminosa.
c) peculato.
d) roubo.
e) corrupção.

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GABARITO: E
Tício praticou o crime de corrupção conforme o artigo 317 do CP - Solicitar ou receber, para si ou para outrem,
direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

O crime de corrupção passiva é classifica-se:

Corrupção própria Corrupção imprópria

O agente recebe vantagem para a prática Ocorre quando visa a prática de um ato
de um ato injusto. Ex.: receber vantagem para legítimo. Ex.: funcionário aceita a vantagem
aprovar projeto ambiental lesivo ao meio para fazer o ato mais rápido. Em outras
ambiente. palavras, o agente faz o certo, mas de forma
mais célere, ou de forma a beneficiar o
indivíduo que pagou a vantagem.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal -
Área 8 – ADAPTADA) Em relação aos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar que no crime
de corrupção passiva, a pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

GABARITO: CORRETA
No crime de Corrupção passiva conforme o artigo 317 do CP prevê que:

Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal -
Área 8 – ADAPTADA) Em relação aos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar que o
funcionário público que deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer sentimento pessoal,
pratica o crime de condescendência criminosa.

GABARITO: ERRADA
O funcionário publico que retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, pratica o crime de PREVARICAÇÃO
consoante o artigo 319 do CP.

(2019 Banca: AMAUC Órgão: Prefeitura de Itá - SC Prova: AMAUC - 2019 - Prefeitura de Itá - SC - Fiscal de
Tributos) Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa
de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. O ilícito acima descrito trata do crime de:

a) Peculato.

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b) Condescendência criminosa.
c) Desacato.
d) Prevaricação.
e) Abandono de função.

GABARITO: D
O enunciado da questão nos trás os exatos termos do artigo 319 do CP - Retardar ou deixar de
praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse
ou sentimento pessoal.
#ATENTEconcurseiro(a)  Fique atento(a) aos verbos descritos nos tipos contra a Administração Pública
previstos no CP, são recorrentes nas questões de prova:
 Peculato: apropriar-se
 Concussão: Exigir
 Corrupção Ativa: Oferecer, Prometer - pessoa comum.
 Corrupção Passiva: Solicitar, Receber, Aceitar - funcionário público.
 Prevaricação: Retardar ou deixar de fazer. Satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Campinas - SP
- Agente de Fiscalização) Mévio, funcionário público, trabalha em um posto de saúde. Ele é vizinho de Tícia,
moça com quem ele gostaria de namorar. Em determinado dia, Mévio encontra Tícia, acompanhando a mãe,
senhora que necessitava de atendimento médico não urgente, na fila de espera, por ordem de chegada,
critério de atendimento estabelecido pelo serviço público. Para impressionar Tícia, Mévio coloca a ficha
cadastral de sua mãe à frente das de outros pacientes, sendo ela chamada logo à sala do médico. Em gratidão
ao gesto, Tícia decide ir ao cinema, com Mévio. Diante da situação hipotética, Mévio praticou, em tese, o crime
de

a) corrupção passiva.
b) prevaricação.
c) advocacia administrativa.
d) condescendência criminosa.
e) concussão.

GABARITO: B
A situação hipotética, Mévio praticou, em tese, o crime de Prevaricação previsto no artigo 319 do CP - Retardar
ou deixar de praticar, indevidamente, ato de oficio, ou pratica-lo contra disposição expressa de lei,
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
(2019 Banca: UFES Órgão: UFES Provas: UFES - 2019 - UFES - Jornalista ) De acordo com o Código Penal, é
crime de prevaricação:

a) Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
b) Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da
qualidade de funcionário.
c) Exigir tributo ou contribuição social que o funcionário sabe ou deveria saber indevido, ou, quando
devido, empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.
d) Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa
de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
e) Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

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GABARITO: E
O Funcionário Público que retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal pratica PREVARICAÇÃO conforme
o disposto no artigo 319 do CP.

(2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP Prova: FCC - 2019 - Prefeitura de São José do
Rio Preto - SP - Agente Fiscal de Posturas - ADAPTADA) Com relação ao peculato, considere:
pratica-o o funcionário público que retardar, indevidamente, ato de ofício para satisfazer interesse pessoal.

GABARITO: ERRADA

Pratica o crime de Peculato conforme o teor do artigo 319 do CP, a conduta do funcionário público de retardar
ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

(2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Jaru - RO Provas: IBADE - 2019 - Prefeitura de Jaru - RO - Analista
Administrativo ) Mévio é funcionário público municipal e retardou, indevidamente, ato de ofício, para
satisfazer sentimento pessoal. De fato, ele trabalha no setor de recursos humanos e atrasou a concessão das
férias de um colega de trabalho, desafeto seu, com o fim de fazê-lo perder a passagem aérea que ele havia
comprado para passar férias no exterior. Consequentemente, o colega perdeu a viagem, o que satisfez o
sentimento pessoal de Mévio de ver o colega infeliz. Considerando essa situação hipotética, é correto dizer
que com essa conduta Mévio praticou crime contra a Administração Pública, consistente no delito de:

a) concussão
b) corrupção
c) peculato
d) estelionato
e) prevaricação

GABARITO: D
O enunciado da questão afirma que Mévio funcionário público municipal retardou, indevidamente, ato de
ofício, com o proposito de satisfazer sentimento pessoal, consoante o disposto no artigo 319 do CP - Retardar
ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para
satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Arujá - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Arujá - SP -
Encarregado de Fiscalização) De conformidade com o Código Penal Brasileiro, deixar o funcionário público,
por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe
falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente caracteriza o delito de

a) excesso de exação.
b) concussão.
c) facilitação.
d) condescendência criminosa.
e) peculato mediante erro de outrem.

GABARITO: D
A questão trata do tipo penal previsto no artigo 320 do CP - Condescendência criminosa - Deixar o funcionário,
por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe
falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

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(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal -
Área 8 – ADAPTADA) Em relação aos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar que pratica o
delito de prevaricação o funcionário público que deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que
cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento
da autoridade competente.

GABARITO: ERRADA
Quem sendo funcionário público deixa por indulgencia de responsabilizar subordinado, pratica o crime de
condescendência criminosa conforme previsão do artigo 320 do CP, vejamos:

Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do
cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena -
detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

(2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza - CE Prova: FCC - 2019 - Câmara de Fortaleza - CE - Consultor
Técnico Jurídico) Sobre os crimes praticados por funcionário público contra a Administração em geral é correto
afirmar que

a) configura crime desacatar instituição pública federal ou estadual.


b) comete o crime de prevaricação o funcionário público que se apropria de dinheiro, de que tem a posse
em razão do cargo.
c) se o agente solicita para si vantagem indevida em razão da função pública, mas não a recebe, o fato
resta atípico.
d) configura corrupção passiva exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, em razão da
função pública, vantagem indevida.
e) é advocacia administrativa patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

GABARITO: E
A questão trata do tipo penal Advocacia administrativa consoante o artigo 321 do CP - Patrocinar, direta ou
indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guarulhos - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Guarulhos -
SP - Inspetor Fiscal de Rendas - Conhecimentos Gerais) De acordo com o CP, a conduta de funcionário público
que, valendo-se dessa qualidade, patrocina interesse privado perante a Administração Pública

a) configura prevaricação.
b) configura advocacia administrativa.
c) configura corrupção passiva.
d) é punida com pena de detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
e) não é típica se o interesse patrocinado é legítimo.

GABARITO: B

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Conforme o teor do artigo 321 do CP haverá crime de advocacia administrativa na conduta de PATROCINAR,
direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de
funcionário

(2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura de Petrolina - PE - Guarda
Civil – ADAPTADA) Sobre os crimes contra a Administração Pública, analise os itens a seguir:
No crime de advocacia administrativa, o agente patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante
a Administração Pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

GABARITO: CORRETA
O enunciado trata do crime Advocacia administrativa previsto no artigo 321 do CP - Patrocinar, direta ou
indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

(2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal -
Área 8 – ADAPTADA) Em relação aos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar que não constitui
crime contra a Administração Pública abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei.

GABARITO: ERRADA
Constitui crimes contra a administração publica consoante o artigo 323 do CP - Constitui crime de abandono
de função. Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: Pena - detenção, de quinze dias a um
mês, ou multa.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Serrana - SP Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de Serrana - SP -
Procurador Jurídico - ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a administração pública, previstos no Código
Penal, assinale a alternativa correta.

O crime de usurpação de função pública (art. 328, do CP) somente se configura se o agente da usurpação
aufere vantagem.

GABARITO: ERRADA
Conforme o artigo 328 do CP, usurpar o exercício de função pública: Pena - detenção, de três meses a dois
anos, e multa. O parágrafo único do referido artigo trata-se de uma QUALIFICADORA, vejamos:

Se do fato o agente aufere vantagem:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

(2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área
Judiciária) Miguel e Mauro viajaram para Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, e lá atravessaram a Ponte
Internacional da Amizade para ingresso no Paraguai, em Ciudad del Este, onde compraram um carregamento
de 100 mil pacotes de cigarros, para revender no Brasil, e precisavam retornar ao território nacional com a
mercadoria, mas não possuíam autorização para importação. Para tanto, Miguel, que é piloto de aeronave, e
Mauro alugaram um avião e realizaram o transporte aéreo da mercadoria do Paraguai para uma fazenda
situada no estado do Paraná, próxima a Foz do Iguaçu. No momento em que aterrissaram, e desembarcaram
em território nacional, com a mercadoria, Miguel e Mauro foram presos em flagrante pela Polícia Federal. No
caso hipotético apresentado, Miguel e Mauro cometeram crime de

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a) descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, sem qualquer majoração, pois o
descaminho foi praticado em avião clandestino.
b) descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, que deverá ser aplicada em dobro,
pois o descaminho foi realizado em transporte aéreo.
c) contrabando, e estão sujeitos à pena de 02 a 05 anos de reclusão, que deverá ser majorada de 1/3 a
metade, pois o contrabando foi realizado em transporte aéreo.
d) descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, que deverá ser majorada de 1/3 a
metade, pois o descaminho foi realizado em transporte aéreo.
e) contrabando, e estão sujeitos à pena de 02 a 05 anos de reclusão, que deverá ser aplicada em dobro,
pois o contrabando foi realizado em transporte aéreo.

GABARITO: E
A questão trata-se do Crime de Contrabando consoante o artigo 334-A do CP, vejamos:

Importar ou exportar mercadoria proibida:

II – importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de


órgão público competente;

§ 3º A pena aplica-se em DOBRO se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou


fluvial.

CONTRABANDO – Art. 334 - A DESCAMINHO – Art. 334 do C

É a clandestina importação ou exportação de É a fraude tendente a frustrar, total ou


mercadorias cuja entrada no País, ou saída parcialmente, o pagamento de direitos de
dele, é absoluta ou relativamente proibida - no importação ou exportação ou do imposto de
caso os agentes não possuíam autorização consumo.
para a comercialização dos cigarros.

(2019 Banca: AMAUC Órgão: Prefeitura de Itá - SC Prova: AMAUC - 2019 - Prefeitura de Itá - SC - Fiscal de
Tributos) Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou
pelo consumo de mercadoria, caracteriza crime de:

a) Moeda falsa.
b) Usurpação.
c) Descaminho.
d) Concussão.
e) Desacato.

GABARITO: C
Consoante o disposto no artigo 334 do CP - Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto
devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.

#ATENTEaJURISPRUDÊNCIASTJ e STF: admite a aplicação do princípio da insignificância caso o valor


sonegado não ultrapasse 20 mil.

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.2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC - 2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG -
Procurador do Município

No que se refere aos crimes contra a Administração Pública, assinale a alternativa incorreta:

a) no caso de peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a


punibilidade
b) no caso de advocacia administrativa, se o interesse é ilegítimo, o crime é qualificado
c) no crime de abandono de função, a conduta típica é a de abandono de cargo
d) configura prevaricação a conduta do funcionário público que, por indulgência, deixa de responsabilizar
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo

GABARITO: D
NÃO configura prevaricação e sim condescendência criminosa, capitulado no artigo 320 do CP - Deixar o
funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou,
quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

A prevaricação por sua vez consiste em RETARDAR ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, consoante o
artigo 319 do CP.
2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP Prova: FCC - 2019 - Prefeitura de São José do
Rio Preto - SP - Agente Fiscal de Posturas
Marino, desempregado, agrediu física e gravemente Josias, funcionário público competente para a realização
de determinado ato legal. Agredido, Josias foi impedido de executar sua função. Nesse caso, de acordo com o
Código Penal, Marino responderá pelo crime de

a) resistência, aplicando-se somente a pena de detenção prevista para esse crime.


b) resistência, aplicando-se a pena de detenção, sem prejuízo da correspondente à violência.
c) resistência, aplicando-se a pena de reclusão, sem prejuízo da correspondente à violência.
d) desobediência, aplicando-se a pena de reclusão, sem prejuízo da correspondente à violência.
e) desobediência, aplicando-se somente a pena de detenção prevista para esse crime.

GABARITO: C
A questão trata do crime de Resistência conforme o teor do artigo 329 do CP - Opor-se à execução de ato
legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio:

§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:

Pena - reclusão, de um a três anos.

(2019 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Provas: IF-MT - 2019 - IF-MT - Assistente em Administração ) Acerca dos
crimes contra a Administração Pública em geral elencados no Código Penal Brasileiro, assinale a
afirmativa CORRETA:

a) Corrupção passiva: o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber
indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza.
b) Excesso de exação: solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de
tal vantagem.

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c) Condescendência criminosa: retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-


lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
d) Prevaricação é retardar: deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que
cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente.
e) Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado: entrar no exercício de função pública antes
de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber
oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso.

GABARITO: E
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-
la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso

Bem jurídico tutelado = o tipo penal em questão busca garantir o eficaz e regular desenvolvimento da
atividade administrativa.

Admitem-se os benefícios da Lei 9.099/95.

O sujeito ativo é o funcionário público que antecipa ou prolonga suas funções e o passivo o Estado.

Trata-se de uma norma penal em branco, necessitando de complementação para que se definam as exigências
legais para o funcionário entrar em exercício.

O elemento subjetivo do tipo é o dolo, não havendo previsão legal da forma culposa. Não necessita de uma
finalidade especial.

Não é admitida a prática por meio de conduta omissiva, exceto omissão imprópria.

Consuma-se quando o sujeito pratica ato ligado à função que não pode exercer. É admitida a tentativa.

No Código Penal Militar, o artigo 329 pune o exercício funcional ilegal em posto ou função militar e o exercício
ilegal de cargo ou função em repartição militar.

(2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador Federal) Tício e Tácito, trabalhadores autônomos do ramo de construção civil, fazendo-se
passar por policiais civis, compareceram na empresa “X” aduzindo ter em mãos um mandado de busca e
apreensão diante de suspeita de crime tributário, e de um mandado de prisão temporária contra Manoel, um
dos sócios daquela empresa. Para não cumprir os mandados, Tício e Tácito solicitaram e receberam a quantia
de R$ 3.000,00 em dinheiro de Rodrigo, o outro sócio diretor da empresa. No caso apresentado, Tício e Tácito
cometeram crime de

a) corrupção ativa.
b) usurpação de função pública.
c) corrupção passiva.
d) concussão.
e) exercício arbitrário ou abuso de poder.

GABARITO: B

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O enunciado aborda o disposto no artigo 328, parágrafo único de Código Penal, com efeito, Tício e Tácito,
particulares e não funcionários públicos, respondem pelo crime de usurpação de função pública na forma
qualificada, já que obtiveram vantagem da usurpação de função por ambos praticada. Usurpar que é derivado
do latim USURPARE, significa apossar-se sem ter direito. Usurpar a função pública é, portanto, exercer ou
praticar ato de uma função que não lhe é devida.

(2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia -
ADAPTADA) Segundo o STJ, nenhum dos crimes contra a administração pública admite a incidência do
princípio da insignificância.

GABARITO: INCORRETA
Conforme o enunciado 599 da Súmula do STJ: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a
administração pública”.

#ATENTEconcurseiro(a)  A súmula não traz exceções:


Exceção: A jurisprudência é pacífica em admitir a aplicação do princípio da insignificância ao crime de
descaminho.

#STJ: “a insignificância nos crimes de descaminho tem colorido próprio, diante das disposições trazidas na Lei
n. 10.522/2002, o que não ocorre com outros delitos, como o peculato..." (AgRg no REsp 1346879/SC)

#STF: No tribunal há julgados admitindo a aplicação do princípio mesmo em outras hipóteses além do
descaminho (HC 107370 e HC 112388). Segundo o STF, a prática de crime contra a Administração Pública, por
si só, não inviabiliza a aplicação do princípio da insignificância, devendo haver uma análise do caso concreto
para se examinar se incide ou não o referido postulado.

(2019 Banca: FCM Órgão: Câmara de Conselheiro Lafaiete - MG Prova: FCM - 2019 - Câmara de Conselheiro
Lafaiete - MG - Analista Jurídico) O Código Penal prevê alguns crimes contra a Administração Pública, nos quais
o bem jurídico tutelado, na definição de Vicenzo Manzini, é “o interesse público concernente ao normal
funcionamento e ao prestígio da administração pública em sentido lato, naquilo que diz respeito à probidade,
ao desinteresse, à capacidade, à competência, à disciplina, à fidelidade, à segurança, à liberdade, ao decoro
funcional e ao respeito devido à vontade do Estado em relação a determinados atos ou relações da própria
administração” (MANZINI, Vicenzo. Tratato di diritto penale italiano. 5. Ed. Torino: UTET, 1956. V. 5, p. 1. apud
MASSON, Cleber. Direito Penal. 3 ª edição. Ed. Método. 2013. V. 3, p. 580).
Sobre os crimes contra a administração pública previstos no Código Penal, é correto afirmar que oferecer ou
prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de
ofício, é crime contra a Administração Pública, com pena de detenção.

GABARITO: ERRADA
A questão aborda o crime de Corrupção passiva, praticado contra Administração Pública, tendo como sujeito
ativo o particular, o tipo penal está previsto no art. 333 do CP, e o equivoco da questão está em afirmar que a
pena aplicada no tipo penal é de detenção, o contrário do que dispõe o artigo supramencionado que a pena
de RECLUSÃO de 1 a 8 anos.
(2019 Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público) Com relação aos delitos
tipificados na parte especial do Código Penal, julgue o item subsecutivo.
Segundo o STJ, a previsão legal do crime de desacato a funcionário público no exercício da função não viola o
direito à liberdade de expressão e de pensamento previstos no Pacto de São José da Costa Rica.

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GABARITO: CORRETA
Consoante entendimento pacificado pela Terceira Seção desta Corte Superior, no julgamento do HC n.
379.269/MS, desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela continua a ser
crime, conforme previsto no art. 331 do Código Penal – CP, não havendo que falar em ofensa ao direito à
liberdade de expressão, prevista em Tratado Internacional de Direitos Humanos. Precedentes. (STJ, AgRg no
REsp 1791198/RO, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, DJe 09/04/2019).

O crime de desacato é compatível com a Constituição Federal e com o Pacto de São José da Costa Rica. A figura
penal do desacato não tolhe o direito à liberdade de expressão, não retirando da cidadania o direito à livre
manifestação, desde que exercida nos limites de marcos civilizatórios bem definidos, punindo-se os excessos.
STF. 2ª Turma. HC 141949/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 13/3/2018 (Info 894).

No crime de DESACATO:

 Objeto jurídico  é a Adm. Pública, levando-se em conta seu interesse patrimonial e moral.
 Sujeito passivo imediato ou primário  é o Estado (Adm. Pública).
 Sujeito passivo mediato ou secundário  é o funcionário público humilhado.

(2019 Banca: FCM Órgão: Câmara de Conselheiro Lafaiete - MG Prova: FCM - 2019 - Câmara de Conselheiro
Lafaiete - MG - Analista Jurídico) O Código Penal prevê alguns crimes contra a Administração Pública, nos quais
o bem jurídico tutelado, na definição de Vicenzo Manzini, é “o interesse público concernente ao normal
funcionamento e ao prestígio da administração pública em sentido lato, naquilo que diz respeito à probidade,
ao desinteresse, à capacidade, à competência, à disciplina, à fidelidade, à segurança, à liberdade, ao decoro
funcional e ao respeito devido à vontade do Estado em relação a determinados atos ou relações da própria
administração” (MANZINI, Vicenzo. Tratato di diritto penale italiano. 5. Ed. Torino: UTET, 1956. V. 5, p. 1. apud
MASSON, Cleber. Direito Penal. 3 ª edição. Ed. Método. 2013. V. 3, p. 580).
Sobre os crimes contra a administração pública previstos no Código Penal, é correto afirmar que rasgar ou, de
qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar
selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou
cerrar qualquer objeto, configura crime contra a Administração Pública, com pena de detenção ou multa.

GABARITO: CORRETA

O enunciado da questão trata aborda o tipo penal descrito no artigo 336 do CP, inutilização de edital ou de
sinal - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público;
violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para
identificar ou cerrar qualquer objeto:

Dos Crimes Contra a Administração da Justiça

(2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: CESPE - 2019 - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) Júnia, de quatorze
anos de idade, acusa Pierre, de dezoito anos de idade, de ter praticado crime de natureza sexual consistente
em conjunção carnal forçada no dia do último aniversário da jovem. Pierre, contudo, alega que o ato sexual
foi consentido.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, tendo como referência aspectos legais e
jurisprudenciais a ela relacionados.

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Se comprovado que Júnia agiu com má-fé ao dar causa à instauração de processo judicial contra Pierre, ela
poderá ser responsabilizada pelo crime de comunicação falsa de crime.

GABARITO: ERRADA
O crime abordado na questão acima é a denunciação caluniosa, posto que é imputado falsamente fato
definido como crime a alguém que saiba ser inocente, vejamos o disposto no artigo 339 do CP:

“Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação


administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de
que o sabe inocente”.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Serrana - SP Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de Serrana - SP -
Procurador Jurídico - ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a administração pública, previstos no Código
Penal, assinale a alternativa correta.

No crime de denunciação caluniosa (art. 339, do CP), haverá aumento da pena se o agente se utiliza de
anonimato.

GABARITO: CORRETA
Conforme o artigo 339 do CP, dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração
de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém,
imputando-lhe crime de que o sabe inocente: § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve
de anonimato ou de nome suposto.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Serrana - SP Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de Serrana - SP -
Procurador Jurídico - ADAPTADA) A respeito dos crimes contra a administração pública, previstos no Código
Penal, assinale a alternativa correta.

O crime de favorecimento pessoal (art. 348, do CP) não se caracteriza se o auxílio é prestado a autor de crime
apenado com detenção.

GABARITO: ERRADA
O artigo 348 do CP prevê que auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é
cominada pena de reclusão.

O auxílio prestado a autor de crime apenado com detenção tipifica o crime de favorecimento pessoal
na modalidade privilegiada.
§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:

Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.

(2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Mauá - SP Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de Mauá - SP - Procurador
Legislativo) A respeito dos crimes contra a administração pública, previstos nos artigos 312 a 359-H do Código
Penal (CP), é correto afirmar:

a) O crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (artigo 313-B do CP)
somente se caracteriza se resulta dano para a Administração Pública.
b) O funcionário que, por dinheiro, deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no
exercício do cargo, pratica o crime de condescendência criminosa (artigo 320 do CP).

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c) O crime de abandono de função (artigo 323 do CP) somente se caracteriza se resulta prejuízo para a
Administração Pública.
d) Aquele que, perante a autoridade, acusa-se de crime inexistente, pratica o crime de comunicação falsa
de crime (artigo 340 do CP).
e) O crime de coação no curso do processo (artigo 344 do CP) caracteriza-se ainda que a coação ocorra
em sede de processo administrativo.

GABARITO: E
A questão aborda o crime de Coação no curso do processo consoante o artigo 344 do CP, vejamos:

“Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade,
parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial
ou administrativo, ou em juízo arbitral”.

(2019 Banca: IADES Órgão: CRN - 3ª Região (SP e MS) Prova: IADES - 2019 - CRN - 3ª Região (SP e MS) -
Advogado) Suponha que Maria emprestou o próprio notebook e três livros para o amigo José, no intuito de
ajudá-lo com uma demanda de trabalho de conclusão de curso exigida para a obtenção do diploma de nível
superior no curso de psicologia. Após alguns dias, necessitando do notebook dela por motivo de ordem
pessoal, ela solicitou ao amigo que o devolvesse, juntamente com os três livros anteriormente emprestados.
Diante da inércia de José em devolver os bens, Maria pegou a bicicleta dele para a quitação do empréstimo,
dado que o valor dos bens é quase equivalente. Nessa hipótese, Maria praticou

a) favorecimento pessoal.
b) exercício arbitrário ou abuso de poder.
c) denunciação caluniosa.
d) exercício arbitrário das próprias razões.
e) exploração de prestígio.

GABARITO: D
O enunciado da questão trata do tipo penal exercício arbitrário das próprias razões previsto no artigo 345 do
CP, fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite.

(2019 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ-PR Prova: NC-UFPR - 2019 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros
- Remoção) Segundo esclareceu o mentor da expressão “criminalidade do colarinho branco”, Edwin
Sutherland, as teorias sobre o crime falharam porque pretenderam explicá-lo a partir da pobreza ou das
doenças mentais, quando na verdade o crime está disseminado em todas as camadas sociais e é praticado por
todos os tipos de profissionais, desde os autônomos, empresários, políticos e servidores públicos
(SUTHERLAND, 1940). Entretanto, no que se refere aos crimes praticados contra a administração pública,
existe um caso ao menos previsto no Código Penal que não é decorrência de vontade de realizar o tipo penal.
Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de tipo culposo praticado por servidor público contra a
administração pública.

a) Prevaricação culposa.
b) Corrupção passiva culposa.
c) Concussão culposa.
d) Peculato culposo
e) Destruição de documento por ato culposo.

GABARITO: D

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Nos crimes contra a Administração Pública, o peculato não é o único crime que admite modalidade culposa,
pois o crime art. 351, fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança (Crimes contra a
Administração da Justiça), também admite modalidade culposa.

Art. 351 - PROMOVER ou FACILITAR a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança
detentiva: Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

§ 4º - No caso de CULPA do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de


três meses a um ano, ou multa.

(2019 Banca: FEPESE Órgão: SJC-SC Prova: FEPESE - 2019 - SJC-SC - Agente Penitenciário) De acordo com o
Código Penal Brasileiro, o crime de exploração de prestígio ocorre quando o agente solicitar ou receber
dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em:
1. testemunha.

2. servidor público.

3. advogado.

4. juiz.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.


b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
e) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.

GABARITO: A
Exploração de prestígio Tráfico de Influência
Artigo 357 do CP Artigo 332 do CP
Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou
utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, para outrem, vantagem ou promessa de
órgão do Ministério Público, funcionário de vantagem, a pretexto de influir em ato
justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemun praticado por funcionário público no
ha: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. exercício da função: Pena - reclusão, de 2
(dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

(2019 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça Substituto) Para
influenciar promotor de justiça a não oferecer denúncia contra Lúcio, Mário, analista do Ministério Público,
solicitou ao provável denunciado a quantia de R$ 5.000. Lúcio pagou o valor, mas Mário não comentou o
assunto com o membro do Ministério Público, e a denúncia foi oferecida regularmente.
Nessa situação hipotética, Mário e Lúcio cometeram, respectivamente,

a) o crime de tráfico de influência e uma conduta atípica.


b) os crimes de tráfico de influência e de corrupção ativa.
c) o crime de exploração de prestígio e uma conduta atípica.
d) os crimes de exploração de prestígio e de corrupção ativa.

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e) os crimes de corrupção passiva e de corrupção ativa.

GABARITO: C

Mário, servidor público, solicitou dinheiro para influir nos procedimentos de um membro do MP, perfazendo
o tipo penal 357 - Exploração de prestígio.

Lúcio, particular, apenas efetuou o pagamento. que lhe fora solicitado, perfazendo uma conduta atípica para
ordenamento penal.

MÁRIO responderá por; Exploração de prestígio: pela conduta de SOLICITAR:

Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão
do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:

LÚCIO não responderá por crime algum, pois ele pagou.

A dúvida poderia surgir em relação a alternativa Porém, ele não responde por Corrupção Ativa, pois este
delito NÃO TEM O VERBO PAGAR

Enquanto o crime de tráfico de influência o agente diz que pode influir em decisão de funcionário PÚBLICO,
no crime de exploração de prestígio o agente diz que pode influir em decisão de DETERMINADOS
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS. Ou seja, se não estiver no rol do art. 357, CP, poderá configurar o crime do art. 332,
CP.
(2020 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-DF Prova: CESPE - 2020 - SEFAZ-DF - Auditor Fiscal) À luz da legislação penal
brasileira, julgue o item a seguir.
Para a caracterização do crime de ordenação de despesa não autorizada, é necessário o efetivo prejuízo
financeiro ao ente público.

GABARITO: ERRADO
O tipo penal NÃO exige o efetivo prejuízo; é crime de mera conduta. Conforme previsto no artigo 359-
D ordenação de despesa não autorizada por lei.

(2019 Banca: COMPERVE Órgão: Prefeitura de Parnamirim - RN Prova: COMPERVE - 2019 - Prefeitura de
Parnamirim - RN - Procurador) Ao acrescentar o Capítulo IV ao título dos crimes contra a administração pública,
no Código Penal, o legislador buscou estabelecer um balizamento para a conduta dos agentes políticos no
trato com as finanças públicas. Assim, de acordo com esse dispositivo legal, comete crimes contra as finanças
públicas o agente político que ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo, quando
o montante da dívida consolidada ultrapassa 90% do limite autorizado por lei.
GABARITO: ERRADO

O crime estará caracterizado quando o agente público ultrapassa qualquer limite máximo autorizado por
lei, todavia o CP não traz a estipulação do limite, conforme se exposto no artigo 359 A, II, do CP.

(2019 Banca: COMPERVE Órgão: Prefeitura de Parnamirim - RN Prova: COMPERVE - 2019 - Prefeitura de
Parnamirim - RN - Procurador) Ao acrescentar o Capítulo IV ao título dos crimes contra a administração pública,
no Código Penal, o legislador buscou estabelecer um balizamento para a conduta dos agentes políticos no
trato com as finanças públicas. Assim, de acordo com esse dispositivo legal, comete crimes contra as finanças

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públicas o agente político que ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo, sem
prévia autorização legislativa.
GABARITO: CERTA
Consoante o disposto no artigo 359-A do CP, senão vejamos: Ordenar, autorizar ou realizar operação de
crédito, interno ou externo, sem prévia autorização legislativa. (é comum as bancas colocarem autorização
judicial).

(2019 Banca: COMPERVE Órgão: Prefeitura de Parnamirim - RN Prova: COMPERVE - 2019 - Prefeitura de
Parnamirim - RN - Procurador) Ao acrescentar o Capítulo IV ao título dos crimes contra a administração pública,
no Código Penal, o legislador buscou estabelecer um balizamento para a conduta dos agentes políticos no
trato com as finanças públicas. Assim, de acordo com esse dispositivo legal, comete crimes contra as finanças
públicas o agente político que executar ato que acarrete aumento de despesa total de custeio, nos cento e
oitenta dias anteriores ao final do mandato ou legislatura.
GABARITO: ERRADO
O aumento não é de custeio e sim de PESSOAL. Vejamos: Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato
que acarrete aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato
ou da legislatura.

(2019 Banca: Prefeitura de Rondonópolis - MT Órgão: Prefeitura de Rondonópolis - MT Prova: Prefeitura de


Rondonópolis - MT - 2019 - Prefeitura de Rondonópolis - MT - Procurador Jurídico) Em relação às condutas
tipificadas no Código Penal como crimes contra as finanças públicas, é correto afirmar:

a) Não se afigura possível a substituição da pena de prisão pelas penas restritivas ou multa, em virtude
da gravidade das condutas apenadas.
b) São crimes que não admitem, em tese, a suspensão condicional da pena, porquanto suas penas
mínimas ultrapassam o limite de 1 (um) ano.
c) Todos os tipos penais exigem como elemento subjetivo o dolo, não existindo previsão de modalidade
culposa.
d) O fato cometido pelo agente somente será punido se o crime for consumado, não sendo punível a
mera tentativa.

GABARITO: C
Uma característica essencial a todos os dispositivos é a exigência do dolo para a tipificação das condutas,
vejamos:

Art. 359-A. Contratação de operação de crédito

Art. 359-B. Inspiração de despesas não empenhadas em restos a paga;

Art. 359-C. Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura;

Art. 359-D. Ordenar despesas não autorizadas;

Art. 359-E. Prestação de garantia graciosa;

Art. 359-F. Não cancelamento de restos a pagar;

Art. 359-G. Aumento de despesas total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura;

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Art. 359-H. Oferta pública ou colocação de títulos no mercado.

(2019 Banca: COMPERVE Órgão: Prefeitura de Parnamirim - RN Prova: COMPERVE - 2019 - Prefeitura de
Parnamirim - RN - Procurador) Ao acrescentar o Capítulo IV ao título dos crimes contra a administração pública,
no Código Penal, o legislador buscou estabelecer um balizamento para a conduta dos agentes políticos no
trato com as finanças públicas. Assim, de acordo com esse dispositivo legal, comete crimes contra as finanças
públicas o agente político que prestar garantia em operação de crédito, ainda que a contragarantia tenha sido
providenciada em valor igual ao superior à garantia prestada.
GABARITO: ERRADO

O crime passa a existir quando o agente presta a garantia em operação de crédito sem que exista uma
contragarantia. Vejamos: Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que tenha sido constituída
contragarantia em valor igual ou superior ao valor da garantia prestada, na forma da lei.

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