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ESTUDO DE CASO

1. Qual o tipo de ação penal cabível no caso em análise? Justifique sua


resposta. (0,5)

Resposta: No caso do roubo, que é o crime mencionado na denúncia (artigo 157


do Código Penal), é cabível ação penal pública incondicionada. : A ação penal é o
direito de invocar o poder judiciário para aplicar uma sanção penal ao autor de uma
infração. No Brasil, o tipo de ação penal depende da natureza do crime cometido,
existem três tipos principais de ação penal: pública incondicionada, pública
condicionada à representação e privada. O art. 24 do Código de Processo Penal
(CPP) também menciona a ação penal pública incondicionada. Segundo este
artigo, nos crimes de ação pública, a ação será promovida por denúncia do
Ministério Público.

2. A ação penal oferecida corresponde ao tipo cabível? Justifique sua


resposta. (0,5)

Resposta: Sim, o Ministério Público agiu corretamente ao oferecer a denúncia


contra o acusado. A ação penal pública incondicionada é aquela em que o
Ministério Público possui autonomia para iniciar e conduzir o processo criminal,
independentemente da vontade da vítima ou de qualquer outra condição
específica. Tal prerrogativa é ancorada na necessidade de proteger não apenas os
interesses individuais das vítimas, mas também os valores e princípios
fundamentais da sociedade como um todo

3. Considerando o tipo de ação penal cabível a forma e a titularidade foram


respeitadas? Justifique sua resposta. (0,5)

Resposta: Na ação penal pública incondicionada, a titularidade pertence ao


Ministério Público, que é o órgão responsável por oferecer a denúncia. Portanto, a
forma e a titularidade foram respeitadas.

4. Análise a denúncia e identifique se os requisitos do art. 41 do Código de


Processo Penal estão presentes. Justifique sua resposta. (0,5)
Resposta: Analisando a denúncia apresentada, verifica-se que os requisitos do
artigo 41 do CPP estão presentes:

a) Exposição do fato criminoso: A denúncia descreve que o acusado, em


companhia de um indivíduo não identificado, subtraiu R$ 8.000,00 de
Joselito Brito Bento, mediante violência caracterizada por pedradas.
b) Qualificação do acusado: O acusado é identificado como William Silva
Cerqueira, com detalhes sobre sua data de nascimento, filiação, profissão,
e local de residência.
c) Classificação do crime: O crime é classificado de acordo com o artigo
157, §2°, II do Código Penal, que corresponde ao crime de roubo
majorado.
d) Rol das testemunhas: Três testemunhas são listadas na denúncia.

5. No que se refere às condições gerais da ação, avalie (justificando sua


resposta) se, no momento do oferecimento da denúncia, existia:

a) Legitimidade das partes; (0,5)

Resposta: Sim, a legitimidade das partes se refere à capacidade de ser parte em


um processo judicial. No caso de uma ação penal, o Ministério Público é o titular
da ação penal pública, portanto, tem legitimidade para propor a ação. O acusado,
William Silva Cerqueira, é a pessoa contra quem a ação é proposta, portanto,
também tem legitimidade.

b) Interesse de agir; (0,5)

Resposta: Sim, O interesse de agir se refere à necessidade de uma intervenção


judicial para proteger ou garantir um direito. No caso de um crime de roubo, há um
interesse claro em agir, pois é necessário que o Estado intervenha para punir o
comportamento criminoso e prevenir futuros crimes. Portanto, parece haver
interesse de agir.

c) Possibilidade jurídica do pedido. (0,5)

Resposta: Sim, a possibilidade jurídica do pedido se refere à compatibilidade do


pedido com o ordenamento jurídico. No caso de um crime de roubo, a ação penal
é não só possível, mas também necessária de acordo com o Código Penal.

6. Considerando a resposta da questão anterior, neste caso o oferecimento


da ação penal seria obrigatório? (0,5)

Resposta: Sim, considerando as respostas anteriores, neste caso o oferecimento


da ação penal seria obrigatório. Como mencionado, o crime em questão é um
roubo, que é um crime contra o patrimônio. Este tipo de crime é processado por
meio de uma ação penal pública incondicionada, o que significa que o Ministério
Público, representando o Estado, tem a obrigação de iniciar a ação penal,
independentemente da vontade da vítima.

7. O prazo para o oferecimento da ação penal foi respeitado no caso em


análise? Justifique sua resposta. (Considerar que o Inquérito foi recebido
pelo MP em 30/08/2010, segunda-feira, – fls. 37 do pdf e considerar que o
réu estava solto). (0,5)

Resposta: De acordo com o artigo 46 do Código de Processo Penal (CPP) do


Brasil, o prazo para o Ministério Público oferecer a denúncia é de 15 dias, se o
réu estiver solto. Este prazo começa a contar a partir da data em que o Ministério
Público recebe os autos do inquérito policial. No caso em questão, o inquérito foi
recebido pelo Ministério Público em 30/08/2010. Portanto, o prazo para o
oferecimento da denúncia terminaria em 14/09/2010.

8. Caberia ação penal privada subsidiária da pública no caso em análise?


Justifique sua resposta. (0,5)

Resposta: Não caberia ação penal privada subsidiária da pública no caso em


análise, pois se trata de crime de ação penal pública incondicionada, conforme
previsto no art. 157 do Código Penal, que trata do crime de roubo.

9. Em caso de resposta positiva na questão anterior, qual seria o prazo


inicial e final para a família da vítima promover a ação privada subsidiária
da pública? (0,5)

Resposta: Se houvesse cabimento para ação penal privada subsidiária da


pública, o prazo inicial para a família da vítima promover essa ação seria a data
em que ocorreu o trânsito em julgado da sentença que reconheceu a ausência de
oferecimento da denúncia pelo Ministério Público.

O prazo final para promover essa ação seria de 6 (seis) meses a contar do
trânsito em julgado da sentença que reconheceu a ausência de oferecimento da
denúncia pelo Ministério Público, conforme estabelece o artigo 24, §5º, do Código
de Processo Penal.

10.E a vítima seria obrigada a ajuizar a ação? Justifique sua resposta. (0,5)

Resposta: Não, a vítima não seria obrigada a ajuizar a ação penal privada
subsidiária da pública. Isso porque a ação penal é pública, e cabe ao Ministério
Público a sua promoção, conforme estabelece o artigo 129 da Constituição
Federal e o artigo 24 do Código de Processo Penal.

No entanto, nos casos em que o Ministério Público não oferece denúncia, mesmo
havendo indícios suficientes de autoria e materialidade do crime, a vítima tem o
direito de requerer a ação penal privada subsidiária da pública. Nesse cenário, a
vítima se torna a titular da ação penal, podendo dar continuidade ao processo
criminal. Portanto, embora tenha o direito de promover essa ação penal privada
subsidiária da pública, a vítima não é obrigada a fazê-lo, pois a responsabilidade
inicial pela promoção da ação penal é do Ministério Público.

11.No que se refere à prescrição da pretensão punitiva:

a) Qual o prazo inicial da contagem? (0,5)

Resposta: O prazo inicial de contagem da prescrição é a data em que o crime foi


cometido, ou seja, em 30 de dezembro de 2009.

b) Considerando-se a pena em abstrato prevista para o crime, qual o prazo


prescricional? (0,5)

Resposta: O prazo prescricional para o crime de roubo qualificado, conforme


previsto no artigo 109, inciso IV, do Código Penal Brasileiro, é de 20 anos. Este
prazo começa a contar a partir do dia em que o crime foi cometido.

c) Houve alguma causa de interrupção da prescrição? Qual ou quais?


Justifique sua resposta. (0,5)

Resposta:

d) Houve alguma causa de suspensão da prescrição? Qual ou quais?


Justifique sua resposta. (0,5)

Resposta:

e) Considerando a pena aplicada na sentença, ocorreu prescrição da


pretensão punitiva? Justifique sua resposta. (0,5)

Resposta:

f) E se o réu tivesse menos de 21 anos na data do fato? Justifique sua


resposta. (0,5)

Resposta:

g) Em qual data o crime prescreveria (pela prescrição em abstrato), se ainda


não tivesse tido sentença? Justifique sua resposta. (0,5)

Resposta:

h) Em qual data ocorrerá a prescrição da pretensão executória, se


considerarmos que o réu não foi encontrado após a sentença para ser preso
e que a sentença transitou em julgado para a acusação em 21/09/2023? (0,5)

Resposta:
Informações relevantes:
Inquérito policial fls. 10/37
Denúncia fls. 08/09
Recebimento da denúncia fls. 40
Audiências fls. 93 – 128 - 167
Citação pessoal fls. 58
Defesa fls. 61 a 66
Alegações finais da acusação 172/178 Alegações finais da defesa
189/192
Sentença condenatória fls. 193/199

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