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O procedimento protege os direitos do preso, garantindo que a prisão seja realizada de acordo
com os princípios e normas estabelecidas pela legislação brasileira.
O flagrante está fundamentado entre os art. 301 e 130 do Código de Processo Penal brasileiro, e pode
ser classificado em quatro tipos:
Flagrante próprio: Ocorre quando alguém é surpreendido no momento em que está cometendo o
crime.
Flagrante impróprio: Acontece quando o agente é perseguido e capturado logo após a prática do
crime, ainda que não tenha sido preso no momento exato da ação criminosa.
Flagrante presumido: Ocorre quando o agente é encontrado logo após a prática do crime, com
objetos, instrumentos ou indícios que demonstrem que ele é o autor do delito.
Flagrante forjado: Trata-se de uma situação em que o flagrante é armado, ou seja, o agente é
induzido a cometer o crime para ser preso em flagrante. Essa modalidade de flagrante é ilegal e
pode levar à responsabilização dos envolvidos na armação.
Quando alguém é preso em flagrante, a autoridade policial responsável pela prisão deve lavrar o
auto de prisão em flagrante. Esse documento tem como objetivo descrever detalhadamente a
situação da prisão, as circunstâncias em que ocorreu, os fatos, as provas e os depoimentos das
testemunhas, quando houver.
É importante que o preso seja informado dos seus direitos, como o direito ao silêncio e ao
acompanhamento por um advogado.
Procedimentos:
Uma vez apresentado o preso, o condutor (autoridade policial) é ouvido em primeiro lugar e recebe
uma cópia do termo e o recibo de entrega do preso (condições nas quais foram realizadas a
contenção dele e o seu encaminhamento até a delegacia).
Interrogatório do conduzido:
Para alguns autores, não é correto se falar em “interrogatório”, pois ainda não existe imputação ou
processo, tampouco em “acusado”, afinal, ainda não há qualquer acusação. Trata-se, por ora, de
pessoa conduzida à autoridade policial para o esclarecimento dos fatos – não é impossível que tudo
não passe, por exemplo, de um mal-entendido. O preso tem o direito de permanecer em silêncio
(art. 5o, LXIII da CF). Quanto ao preso impossibilitado de ser ouvido (por exemplo,
hospitalizado), evidentemente que a sua oitiva será deixada para momento posterior, não se
falando em ilegalidade do APF em razão disso.
Os exames periciais deverão ser requisitados ao Diretor de cada Instituto, por meio de ofício, o
qual designará um ou mais Peritos Oficiais, de acordo com o exame.
Número do ofício;
Especificação do tipo de exame pericial de forma precisa e clara, delimitando o escopo da análise;
A indicação do número do Inquérito Policial (IP), Processo, Auto de Prisão em Flagrante (APF), etc;
Fornecer pequeno histórico do fato ou da origem do material se for o caso;
Nome e assinatura da autoridade requisitante competente ou a indicação da ordem para assinatura
por terceiros;
Indicação do destino do laudo (ou resposta ao ofício), se diferente do órgão requisitante. Em
nenhuma hipótese os laudos periciais serão entregue ás partes ou aos advogados;
STJ: O delegado não pode permitir que o advogado acompanhe a oitiva de testemunhas – o advogado pode
acompanhar o ato de investigação, mas não pode interferir no procedimento executado pela autoridade.
O delegado pode não permitir que questionamentos sejam levantados pelo advogado no interrogatório – não
admite o princípio do contraditório.
Aos ____ dias do mês de _____________ do ano ____, nesta cidade de (ou lugar onde for),
a bordo do (ou lugar onde for), onde se achava (nome e posto da autoridade militar a que for
apresentado o preso), comigo (qualificação), servindo de escrivão, aí presente o condutor
(qualificação), advertido das penas dos artigos 343 a 346 do CPM e sobre o disposto no § 2º
do artigo 296 do CPPM, informou não ser parente e nem amigo íntimo ou inimigo do autor
do fato ou do ofendido, sob o compromisso de dizer a verdade, disse que (resumo do fato,
declaração de haver o conduzido sido preso quando o cometia delito ou quando, após a
prática, fugia, perseguido, acrescentando se o seu estado físico apresentava ou não lesões
aparentes, o estado do vestuário e se estava de posse do instrumento com que praticou o
fato delituoso, possível também que o condutor tenha testemunhado o fato criminoso,
devendo relatar o que presenciou). Nada mais sendo perguntado e nada mais tendo a
informar, foi encerrado o seu depoimento. Em seguida, presente a primeira testemunha
(qualificação), advertida das penas dos artigos 343 a 346 do CPM e sobre o disposto no § 2º
do artigo 296 do CPPM, informou não ser parente e nem amigo íntimo ou inimigo do autor
do fato ou do ofendido, sob o compromisso de dizer a verdade e sendo inquirida, disse:
(segue-se o que for perguntado e o que a testemunha disser), e nada mais sendo
perguntado e nada mais tendo a informar, foi encerrado o seu depoimento. (Idêntico
procedimento para as demais testemunhas). Presente o ofendido ou a vítima (se este
comparecer e puder depor), que se identificou como (qualificação), advertido das penas dos
artigos 343 a 345 do CPM e sobre o disposto no § 2º do artigo 296 do CPPM, informou não
ser parente, amigo íntimo ou inimigo do autor do fato ou das testemunhas, disse (segue-se o
que for perguntado e o que o ofendido disser). Nada mais sendo perguntado e nada mais
tendo a informar, foi encerrado o seu depoimento. Em seguida, presente o indiciado, sendo-
lhe informado dos seus direitos constitucionais de respeito à sua integridade física e moral,
ao silêncio, à assistência de advogado e sua família, à comunicação da prisão à pessoa de
sua família ou qualquer outra indicada, ao de conhecer a identidade dos responsáveis pela
sua prisão, assim como de seu direito legal de não produzir prova que o incrimine, ou a seu
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, declarou chamar-se (qualificação), ao ser
interrogado sobre o fato que motivou a sua detenção disse: (segue-se o que foi perguntado
e que o infrator disser, com as circunstâncias, o lugar, o dia e a hora do cometimento do
crime). Nada mais tendo a informar, foi encerrado o seu depoimento. Pelo que, mandou a
autoridade encerrar este auto, que assina com o condutor, as testemunhas, o ofendido ou a
vítima (se esta comparecer ou puder fazê-lo) e o infrator. Eu (posto ou graduação, quadro
ou especialidade, NIP e assinatura), servindo de escrivão, o subscrevi.