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Prezado Estudante
Apresentamos, abaixo, instruções que deverão ser lidas atentamente e seguidas para a efetiva
realização da avaliação.
Avaliação Final Integrada
INSTRUÇÕES:
Leia com atenção os critérios do processo avaliativo;
A interpretação é parte integrante da avaliação;
A avaliação é obrigatoriamente uma Produção Textual inédita;
O texto deve estar em documento editável (MS Word ou similar, em formato visualizável em MS Word) e a fonte
deverá ser Times New Roman ou Arial;
Desejamos um excelente resultado e sucesso, lembrando que o conhecimento não se esgota, ele transcende à própria
natureza humana. Atenciosamente
Hércules
Pereira
Reitor da FISIG
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DESENVOLVIMENTO
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para a autoridade competente para realizar o julgamento relativo à aplicação da penalidade
cabível. Entretanto, segundo dispõe o art. 168 da Lei 8.112/1990, o julgamento somente não
acatará o relatório da comissão quando ele for contrário às provas dos autos.
Destaca-se que, segundo o enunciado, o servidor foi condenado pelo crime de
corrupção passiva pelo mesmo fato investigado no processo disciplinar. A pena em abstrato
para o crime é reclusão de dois a doze anos e multa, segundo o art. 317 do Código Penal.
Ainda segundo o art. 92 desse código, a perda de cargo ou função pública são efeitos da
condenação quando a pena privativa de liberdade for superior a um ano e houver abuso de
poder ou violação de dever para com a Administração Pública. No caso em questão, a pena de
reclusão é superior a um ano e decorreu de conduta que violou o dever para com a
Administração, cabendo, portanto, a perda do cargo se assim o fosse expressamente
consignado na sentença penal transitada em julgado.
Quanto a condenação da esfera penal, cabe trazer à baila o art. 125 da Lei 8.112/1990
que estabelece independência das sanções civis, penais e administrativas, bem como a
possibilidade de elas cumular-se entre si. Ademais, o art. 126 da Lei 8.112/1990 afasta a
responsabilidade administrativa do servidor em caso de absolvição criminal que negue a
existência do fato ou sua autoria.
Desse modo, considerando a existência do processo penal é possível que o PAD faça
uso de prova emprestada daquele processo, desde que autorizado pelo juiz e respeitados o
contraditório e a ampla defesa, conforme dispõe a Súmula 591 do STJ. Tal procedimento em
conjunto com a outra comissão instituída para instauração de novo processo teria o condão de
sanar as irregularidades presentes no PAD inicialmente instaurado. Além disso, devido à
natureza da conduta imputada ao servidor, na qual é difícil obter-se provas pela via
administrativa para amparar o processo, e pela rigidez e robustez das provas produzidas no
âmbito do processo penal, o PAD teria mais objetividade quanto ao relatório produzido pela
comissão e consequentemente do julgamento proferido pela autoridade competente. Cabe
destacar ainda que em caso de demissão de servidor no âmbito da administração federal, a
competência para aplicação de sanção é do Presidente da República, dos Presidentes das
Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República do
servidor vinculado ao respectivo poder, órgão ou entidade, nos termos do art. 141 da Lei
8.112/1990.
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Ante o exposto, verificou-se que a conduta do servidor tem implicações na esfera
penal e administrativa, havendo independência entre elas. Na esfera administrativa, como a
penalidade prevista em abstrato é de demissão, é imperativo a instauração de PAD. Porém,
apesar de ter sido instaurado, não observou os impedimentos quanto aos membros da
comissão, pois foi nomeada sobrinha do acusado, o que deveria provocar a nulidade do
processo e conduzir as novas comissão e processo. Considerando a existência do processo
penal, seria possível que o PAD fizesse uso da prova emprestada, porém as conclusões
daquele processo só trariam implicações ao PAD caso houvesse absolvição criminal que
negasse a existência do fato ou autoria. Observou-se também que a perda de cargo é um dos
efeitos da condenação penal para o caso, se assim o fosse expresso na sentença. Por fim, a
comissão do PAD emite sua conclusão mediante um relatório, sendo o julgamento feito pela
autoridade competente que somente não o acatará caso ele seja contrário às provas dos autos.
Ademais, a depender do tipo de penalidade, o art. 141 da Lei 8.112/1990 enumera quem seria
a autoridade competente.