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Diário da Justiça do Estado do Piauí

ANO XLV - Nº 9566 Disponibilização: Quarta-feira, 5 de Abril de 2023 Publicação: Segunda-feira, 10 de Abril de 2023

IRANI DE MIRANDA ROCHA BARROS.


Pelo exposto, TORNO SEM EFEITO a Decisão Nº 3791/2023 - PJPI/TJPI/SECPRE (4119777) para ACATAR na íntegra, por seus próprios
fundamentos, o Parecer Nº 117/2023 - PJPI/TJPI/PRESIDENCIA/SAJ (3992587), DEFERINDO o pedido de pensão por morte formulado pelos
filhos do servidor aposentado, MÁRIO NICOLAU BARROS FILHO, Sr. GUILHERME JANSEN PEREIRA NETO e Sr. GUSTAVO JANSEN DE
MIRANDA BARROS, no valor a ser calculado pelo setor competente, assegurando-se a revisão, para manter o valor real, conforme o mesmo
critério aplicado aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, nos termos do art. 40, § 8º, da Constituição Federal, c/c art. 15 da Lei n.
10.887/2004.
ACATO também, na íntegra, por seus próprios fundamentos, a Manifestação Nº 16488/2023 - PJPI/TJPI/PRESIDENCIA/SAJ (4096973) da
Secretaria de Assuntos Jurídicos (SAJ) para DEFERIR o pedido de pensão por morte formulado por IRANI DE MIRANDA ROCHA BARROS,
motivo pelo qual o item 2.2 do parecer mencionado não deverá ser considerado para fins de cálculo da pensão dos outros pensionistas, mas sim
a proporção supramencionada, assegurando-se a revisão, para manter o valor real, conforme o mesmo critério aplicado aos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, nos termos do art. 40, § 8º, da Constituição Federal, c/c art. 15 da Lei n. 10.887/2004.
Dê-se ciência.
À Secretaria de Assuntos Jurídicos (SAJ) para publicação desta decisão, bem como tornar sem efeito a publicação da Decisão Nº 3791/2023 -
PJPI/TJPI/SECPRE (4119777).
À FUNPREV para conhecimento e análise.
Após, à Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas - SEAD para demais providências.
Ao final, arquivem-se os autos com as cautelas de praxe.
Teresina/PI, 31 de março de 2023.
Desembargador HILO DE ALMEIDA SOUSA
Presidente do TJPI
Documento assinado eletronicamente por Hilo de Almeida Sousa, Presidente, em 03/04/2023, às 10:14, conforme art. 1º, III, "b", da Lei
11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.tjpi.jus.br/verificar.php informando o código verificador 4160143 e o código
CRC EB0A40E6.

2.5. Portaria (Presidência) Nº 799/2023 - PJPI/TJPI/SECPRE/SAIM, de 05 de abril de 20231910250


O Excelentíssimo senhor desembargador HILO DE ALMEIDA SOUSA, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, no
uso de suas atribuições legais,
CONSIDERANDO a disciplina contida na Resolução nº 128/2019/TJPI, de 04 de fevereiro de 2019, que estabelece novas disposições sobre a
realização das audiências de custódia no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Piauí;
CONSIDERANDO as determinações do Conselho Nacional de Justiça plasmadas na Resolução nº 213, de 15 de dezembro de 2015, e sua
recente modificação pela Resolução Nº 254, de 04/09/2018;
CONSIDERANDO a adesão do Tribunal de Justiça do Estado ao Projeto Audiência de Custódia, do Conselho Nacional de Justiça, com as
particularidades locais,
CONSIDERANDO as diversas atribuições da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina, estipuladas pela Resolução nº 24/10,
RESOLVE:
DESIGNAR a juíza de direito substituta LUCYANE MARTINS BRITO para auxiliar junto à Central de Inquéritos e audiências de custódia da
Comarca de Teresina até ulterior deliberação.
PUBLIQUE-SE, REGISTRE-SE E CUMPRA-SE.
GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, em Teresina, 5 de abril de 2023.
Desembargador HILO DE ALEMEIDA SOUSA
PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ
Documento assinado eletronicamente por Hilo de Almeida Sousa, Presidente, em 05/04/2023, às 12:47, conforme art. 1º, III, "b", da Lei
11.419/2006.

2.6. RESOLUÇÃO Nº 345, DE 3 DE ABRIL DE 20231910251


Institui o programa de estágio de pós-graduação em Direito no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, e dá outras providências
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso de suas atribuições legais, e considerando a decisão do Tribunal
Pleno na 121ª sessão ordinária administrativa realizada em 3.4.2023;
CONSIDERANDO que o artigo 205 da Constituição Federal de 1988 consagra um conceito amplo de direito à educação, gizando suas
potencialidades no campo do desenvolvimento existencial do indivíduo e sua especial relevância para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho;
CONSIDERANDO que a Administração Pública deve se pautar pelo princípio da eficiência, nos termos do artigo 37 da Constituição Federal de
1988;
CONSIDERANDO que o Poder Judiciário deve trabalhar pelo aprimoramento contínuo da qualidade dos serviços jurisdicionais; e
CONSIDERANDO a necessidade de motivar a comprometer os recursos humanos, propiciando-lhes condições para o desenvolvimento de suas
potencialidades pessoais e profissionais,
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Fica instituído o programa de estágio de pós-graduação em Direito no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.
§ 1º O estágio mencionado no caput consiste no auxílio remunerado e transitório aos magistrados e servidores do Tribunal no desempenho de
suas competências e atribuições institucionais.
§ 2º O estágio mencionado no caput não se confunde com o programa de residência jurídica.
Art. 2º Será aceito como estagiário de pós-graduação em Direito o aluno regularmente matriculado e com frequência efetiva em curso de
especialização, mestrado ou doutorado em Direito.
Parágrafo único. Salvo a hipótese do artigo 16, § 3º, desta Resolução, todo estagiário mencionado no caput deste artigo será lotado no Núcleo de
Apoio às Unidades Judiciárias de Primeiro e Segundo Graus (Nauj), da Vice-Presidência.
Art. 3º O número de estagiários de pós-graduação em Direito fica limitado a 40 (quarenta), condicionado à disponibilidade orçamentária.
§ 1º O número fixado no caput poderá ser alterado por ato da Presidência, ad referendum do Tribunal Pleno.
§ 2º Serão reservadas aos negros o percentual de 30% (trinta por cento) das vagas oferecidas, nos termos da Resolução nº 336, de 29 de
setembro de 2020, do Conselho Nacional de Justiça.
§ 3º Serão reservadas às pessoas com deficiência o percentual de 10% (dez por cento) das vagas oferecidas.
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ANO XLV - Nº 9566 Disponibilização: Quarta-feira, 5 de Abril de 2023 Publicação: Segunda-feira, 10 de Abril de 2023

§ 4º No caso de não preenchimento total das vagas mencionadas nos parágrafos 2º e 3º deste artigo, aquelas que remanescerem serão
revertidas para o sistema universal de vagas.
§ 5º Os estagiários de que trata o caput serão lotados no Núcleo de Apoio à Unidades Judiciárias de 1º e 2º Grau, NAUJ, garantida atuação
igualitária em ambos os graus de jurisdição.
CAPÍTULO II
DO PROGRAMA DO ESTÁGIO
Seção I
Do Ingresso
Art. 4º O ingresso no programa de estágio de pós-graduação em Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí ocorrerá, preferencialmente,
após aprovação em processo público de credenciamento, de caráter eliminatório e classificatório, a ser definido em ato da Presidência.
§ 1º O processo público de credenciamento de estagiários de pós-graduação em Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, facultada a
cobrança de taxa de inscrição, será:
I - precedido de publicação de edital no Diário Oficial de Justiça, que especificará a forma e o prazo de inscrição e o número de vagas para
credenciamento, com o correspondente local de exercício do estágio;
II - composto de, no mínimo, 1 (uma) prova objetiva e 1 (uma) prova escrita; e
III - válido por 6 (seis) meses, contados da data da publicação de sua homologação no Diário Oficial de Justiça, e prorrogável por igual período.
Art. 5º O estágio será formalizado mediante celebração de Termo de Compromisso, assinado pelo estudante, pela instituição de ensino e pelo
titular da Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas.
§ 1º Antes da celebração do Termo de Compromisso, o candidato deverá, para fins de investidura, no mínimo:
I - comprovar, quando for o caso:
a) estar em dia com as obrigações militares; e
b) estar no gozo dos direitos políticos;
II - apresentar:
c) comprovante de matrícula em curso de especialização, mestrado, doutorado ou pós-doutorado em Direito, em instituição de ensino
devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação, com carga mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas;
d) declaração de que pode dispor, dentro do horário normal de expediente, de tempo suficiente para dedicação exclusiva ao estágio; e
e) atestado médico que comprove aptidão clínica para o exercício da função.
§ 2º O Termo de Compromisso especificará as suas datas de início e de término, a jornada de estágio e o local em que deverão ser exercidas as
funções, ficando a lavratura condicionada à prévia concordância do magistrado-orientador.
§ 3º A partir da assinatura do Termo de Compromisso, o estagiário compromete-se a observar e cumprir as normas internas do Tribunal de
Justiça do Estado do Piauí, bem como a manter sigilo referente às informações a que tiver acesso.
§ 4º Compete à SEAD dar ciência ao estagiário das normas referidas no parágrafo 3º deste artigo.
Art. 6º É vedada a admissão de estagiário que seja cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau
inclusive, do magistrado orientador.
Parágrafo único. A vedação prevista no caput abrange o ajuste mediante designações recíprocas.
Seção II
Da Duração e Da Jornada
Art. 6º A duração do estágio no Tribunal de Justiça do Estado do Piauí não excederá 2 (dois) anos.
§ 1º O Termo de Compromisso será de no mínimo 6 (seis) meses, podendo ser prorrogado caso haja interesse das partes.
§ 2º O limite de que trata o caput deste artigo não se aplica ao estagiário com deficiência, que poderá estagiar até o término do seu curso.
§ 3º Na hipótese de o estagiário estar a menos de 6 (seis) meses da conclusão do curso, e se for de interesse das partes, será possível,
excepcionalmente, a prorrogação do estágio até a conclusão do curso, desde que não ultrapasse o limite previsto no caput deste artigo.
§ 4º O estudante que já tiver estagiado no Tribunal de Justiça do Estado do Piauí poderá ingressar novamente no estágio, se o novo período,
somado ao(s) do(s) estágio(s) anterior(es), não exceder 02 (dois) anos.
Art. 7º A jornada de estágio será de 6 (seis) horas diárias e de 30 (trinta) horas semanais, devendo ser compatível com o horário do curso de pós-
graduação.
Parágrafo único. A jornada prevista no caput permanecerá inalterada nos períodos de férias escolares.
Seção III
Das Faltas
Art. 9º As faltas e os atrasos, decorrentes de situações extraordinárias ou imprevisíveis, poderão ser compensados, a critério do magistrado-
orientador do estágio, preferencialmente dentro do próprio mês, ou até o mês subsequente ao da ocorrência, desde que a compensação não
acarrete prejuízos às atividades acadêmicas do estudante e não ultrapasse duas horas diárias, além da jornada regular de estágio.
§ 1º Serão descontados do valor do auxílio-transporte os dias relativos a faltas, justificadas ou não.
§ 2º As faltas justificadas não gerarão descontos do valor da bolsa nem compensação da jornada de estágio.
§ 3º São consideradas faltas justificadas apenas:
I - afastamento para tratamento da própria saúde;
II - convocação para depor no Poder Judiciário;
III - convocação para participar como jurado no Poder Judiciário;
IV - convocação pela Justiça Eleitoral;
V- 08 (oito) dias consecutivos em razão de falecimento do cônjuge ou companheiro(a), pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados e irmãos;
VI - até 08 (oito) dias consecutivos, em virtude de casamento.
§ 4º A comprovação das situações elencadas no § 3º deste artigo será feita inicialmente ao magistrado-orientador do estágio, mediante
apresentação de atestado médico, comprovante expedido pelo respectivo Tribunal, declaração emitida pela Justiça Eleitoral, certidão de
casamento e certidão de óbito.
§ 5º Os atestados médicos de comparecimento poderão ensejar desconto proporcional do valor da bolsa, caso não haja compensação do período
não estagiado.
§ 6º Os comprovantes mencionados no § 4º deste artigo serão anexados aos registros do estagiário na Secretaria de Administração e Gestão de
Pessoas.
Seção IV
Do Recesso
Art. 10. Será assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tiver duração igual a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser
gozado preferencialmente durante suas férias escolares, sem prejuízo da bolsa.
§ 1º Nos casos de o estágio ter duração inferior a um ano, os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional.
§ 2º A proporcionalidade de que trata o § 1º será calculada à razão de 2 (dois) dias e meio por mês completo de estágio, devendo ser
arredondado o total de dias para o número inteiro subsequente quando resultar em quantidade de dias não inteiros, considerando-se mês
completo a fração acima de 14 (quatorze) dias.
§ 3º Será facultado o parcelamento do recesso em duas etapas, devendo a quantidade de dias de cada etapa ser previamente acordada entre o
magistrado-orientador e o estagiário.
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ANO XLV - Nº 9566 Disponibilização: Quarta-feira, 5 de Abril de 2023 Publicação: Segunda-feira, 10 de Abril de 2023

§ 4º O recesso de que trata este artigo não poderá ser acumulado e deverá ser gozado dentro da vigência do Termo de Compromisso de Estágio,
observando-se os seguintes aspectos:
I- ao assinar o Termo de Compromisso, o estagiário estará ciente de que o seu período de recesso estará automaticamente marcado para os
últimos dias do seu contrato;
II - o período de recesso poderá ser alterado mediante acordo entre o estagiário e o magistrado-orientador e deverá ser registrado na frequência
mensal;
III - a alteração do recesso deverá ser encaminhada com antecedência à Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas, para registro e
controle.
§ 5º Durante o recesso, o estagiário não fará jus ao recebimento do auxílio-transporte.
§ 6º Não haverá indenização referente ao recesso não usufruído, salvo quando houver encerramento antecipado do Termo de Compromisso.
Seção V
Do Pagamento da Bolsa de Estágio
Art. 11. O auxílio financeiro devido aos estagiários será composto por bolsa e por auxílio-transporte.
§ 1º O valor a ser pago a título de bolsa aos estagiários de pós-graduação em Direito será equivalente ao dobro do valor pago a título de bolsa
aos estagiários de nível superior.
§ 2º O auxílio-transporte será pago na proporção dos dias úteis, na folha de pagamento do mês de competência, tomando-se como referência o
valor pago a título de auxílio-transporte para estagiários de nível superior.
Art. 12. O pagamento mensal do auxílio financeiro ocorrerá no mesmo dia do pagamento das remunerações dos magistrados e servidores do
Tribunal de Justiça do Estado do Piauí e será proporcional à frequência do estagiário, devendo ser descontados os valores correspondentes às
faltas registradas que não se enquadrem no § 3º do art. 9º
Art. 13. O estagiário não terá direito à concessão de auxílio-alimentação, auxílio-saúde ou a qualquer outro benefício que não os mencionados
nesta Resolução.
Art. 14. A realização do estágio não cria vínculo empregatício entre o estagiário e o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.
CAPÍTULO III
DAS ÁREAS DEMANDANTES
Seção I
Das Responsabilidades do Órgão Demandante
Art. 15. Para receber estagiários, os órgãos deverão:
I - solicitar vaga de estágio perante a Vice-Presidência;
II - proporcionar experiência prática ao estudante, mediante efetiva participação em serviços, programas, planos e projetos do Tribunal,
observada a correlação com a respectiva área de formação profissional;
III - possuir espaço físico e mobiliário para acomodação do estagiário;
Seção II
Do Magistrado-orientador do Estágio
Art. 16. São atribuições do magistrado-orientador do estágio:
I - orientar o estagiário quanto aos aspectos de conduta funcional e às normas do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, sem prejuízo da
atuação da Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas;
II - promover a adequação entre a carga horária do estágio, o expediente do Tribunal e o horário do estagiário na instituição de ensino;
III - informar, imediatamente, à Secretaria de Gestão de Pessoas caso o estagiário falte mais de 3 (três) dias consecutivos ou 5 (cinco)
intercalados, no intervalo de 1 (um) mês, de forma injustificada, para fins de desligamento;
IV - comunicar, imediatamente, à SEAD qualquer alteração referente ao estágio do estudante, para as devidas providências;
V - comunicar, imediatamente, à SEAD qualquer alteração referente ao magistrado-orientador ou ao seu substituto, para as devidas providências;
VI - comunicar, previamente, à SEAD a alteração do período de usufruto do recesso do(s) estagiário(s) sob sua orientação;
VII - comunicar, imediatamente, o desligamento do estagiário à SEAD;
VIII - preencher, por ocasião do desligamento do estagiário, o Termo de Encerramento de Estágio, no qual deverão constar a indicação resumida
das atividades desenvolvidas e da avaliação de desempenho, e encaminhar cópia à SEAD.
§ 1º O não cumprimento do disposto neste artigo implicará responsabilização do magistrado-orientador de estágio, pelos prejuízos que
decorrerem para o Tribunal.
§ 2º O magistrado-orientador do estágio poderá ser responsabilizado caso não adote providências no prazo de dez dias contado da ciência da
irregularidade.
§ 3º Salvo deliberação da Vice-Presidência pela lotação em órgão distinto, o magistrado-orientador será vinculado ao seu Núcleo de Apoio às
Unidades Judiciárias de Primeiro e Segundo Graus (Nauj).
CAPÍTULO IV
DA VICE-PRESIDÊNCIA
Art. 17. Compete à Vice-Presidência, com o auxílio da Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas:
I - controlar a distribuição das vagas de estágio nos órgãos;
II - elaborar estudos com vistas ao aprimoramento do programa de estágio;
III - coordenar o desenvolvimento das atividades relacionadas ao estágio, prestando apoio ao magistrado-orientador e ao estagiário.
CAPÍTULO V
DO ESTAGIÁRIO
Seção I
Dos Direitos do Estagiário
Art. 18. São direitos do estagiário:
I - ser acompanhado por magistrado-orientador de estágio e receber orientação para o desempenho das atividades que lhe forem atribuídas;
II - recesso remunerado, conforme o estipulado no artigo 10 desta Resolução;
III - exercer suas atividades em ambiente pautado pelo respeito e cordialidade, que preserve sua integridade física, moral e psicológica, tendo
acesso a instalações físicas seguras e adequadas às atividades.
Seção II
Dos Deveres e das Vedações do Estagiário
Art. 19. São deveres do estagiário:
I - obedecer às normas do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí;
II - usar o crachá de identificação, fornecido pelo Tribunal, e devolvê-lo por ocasião de seu desligamento do estágio;
III - observar o uso de vestuário compatível com o exigido pelo local de estágio;
IV - cumprir a programação do estágio e realizar as atividades que lhe forem atribuídas;
V - guardar sigilo sobre as informações obtidas em razão do estágio;
VI - zelar pelos bens patrimoniais do Tribunal;
VII - comunicar com antecedência à Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas, por meio de formulário específico, o pedido de
desligamento do estágio ou quaisquer outras alterações relacionadas à atividade escolar, quando for o caso;
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VIII - comunicar ao magistrado-orientador do estágio e à Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas qualquer alteração relacionada à sua
atividade acadêmica (conclusão ou abandono do curso, mudança de horário e de instituição de ensino, trancamento de matrícula etc.);
IX - entregar à SEAD os documentos necessários à regularização do estágio, no prazo de 30 dias, sob pena de rescisão do Termo de
Compromisso;
X - manter atualizado seu cadastro na Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas;
XI - comunicar, imediatamente, à SEAD e ao magistrado-orientador a posse em cargo efetivo ou a nomeação para cargo em comissão ou, ainda,
a assinatura de contrato de trabalho, se, durante a vigência do estágio, tornar-se servidor público ou empregado público.
Art. 20. É terminantemente vedado ao estagiário:
I - O exercício da advocacia concomitantemente ao estágio;
II - O exercício de atividades privativas de magistrados;
III - Atuar de forma isolada nas atividades finalísticas do Poder Judiciário;
IV - Assinar peças privativas de integrantes da magistratura, mesmo em conjunto com o magistrado-orientador;
V - identificar-se invocando sua qualidade de estagiário quando não estiver no pleno exercício das atividades decorrentes do estágio;
VI - ausentar-se do local de estágio durante o expediente, sem prévia autorização do supervisor;
VII - retirar qualquer documento ou objeto da repartição, ressalvados aqueles relacionados ao estágio, com prévia anuência do supervisor;
VIII - utilizar a internet para atividades que não estejam diretamente ligadas ao estágio;
Parágrafo único. Aplicar-se-á, ainda, aos estagiários, no que couber, os deveres impostos aos servidores públicos estaduais, previstos na Lei
Complementar nº 13/1994 e na Lei Complementar nº 230/2017.
Seção III
Do Desligamento do Estagiário
Art. 21. O desligamento do estagiário ocorrerá:
I - ao término do prazo de validade do estágio;
II - por conclusão ou interrupção do curso na instituição de ensino;
III - por interesse e conveniência do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí;
IV - a pedido do estagiário ou do magistrado-orientador;
V - pelo não comparecimento por 3 (três) dias consecutivos ou 5 (cinco) intercalados, no período de um mês, à exceção das hipóteses previstas
no artigo 10 desta Resolução;
VI - por descumprimento, pelo estagiário, de qualquer cláusula do Termo de Compromisso;
VII - por conduta incompatível com a exigida pelo Tribunal;
VIII - por comprovação de qualquer atividade vedada pelo artigo 20 desta Resolução.
§ 1º Entende-se como conclusão do curso a efetiva aprovação em todas as disciplinas ou a defesa da monografia, dissertação ou tese, quando
houver.
§ 2º Os desligamentos previstos nos incisos III e IV deste artigo devem ser comunicados pelas partes com antecedência mínima de 2 (dois) dias.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 22. Os casos omissos nesta Resolução serão resolvidos pela Presidência, ouvida a Secretaria Jurídica da Presidência.
Art. 23. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
SALA DAS SESSÕES DO EGRÉGIO TRIBUNAL PLENO, em Teresina (PI), 3 de abril de 2023.
Desembargador HILO DE ALMEIDA SOUSA
PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PIAUÍ
PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CUMPRA-SE.
Documento assinado eletronicamente por Hilo de Almeida Sousa, Presidente, em 05/04/2023, às 12:47, conforme art. 1º, III, "b", da Lei
11.419/2006.

2.7. RESOLUÇÃO Nº 346, DE 3 DE ABRIL DE 20231910252


Regulamenta a Atividade de Instrutoria Interna e Externa, a forma de pagamento de encargos de cursos, concursos, exames, seleções,
congressos, seminários e de outras atividades de gestão e operacionalidade educacional congêneres, no âmbito da Escola Judiciária
do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí - EJUD/PI e dá outras providências.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso de suas atribuições legais, e considerando a decisão do Tribunal
Pleno na 121ª sessão ordinária administrativa realizada em 3.4.2023;
CONSIDERANDO a necessidade de fomentar e viabilizar o desenvolvimento de magistrados, servidores e colaboradores, por meio da produção
e disseminação de conhecimento, com vistas ao aperfeiçoamento profissional e institucional;
CONSIDERANDO a necessidade de valorizar as competências desenvolvidas por magistrados, servidores e colaboradores do Tribunal de Justiça
do Estado do Piauí e de torná-los multiplicadores do conhecimento construído no âmbito da instituição, da Administração Pública e de sua
formação acadêmica;
CONSIDERANDO a Resolução n. 01/2017, da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM;
CONSIDERANDO a Resolução CNJ n. 159/2012, que dispõe sobre a formação de magistrados e servidores do Poder Judiciário;
CONSIDERANDO a Lei Complementar Estadual n. 202, de 30 de dezembro de 2014, que tornou a EJUD/PI unidade gestora, dotada de
orçamento próprio, para atender às suas finalidades institucionais;
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer critérios mais objetivos para a remuneração por atividade de instrutoria, interna e externa, de
gestão, operacionalização e apoio das ações de educação, concursos e de seleções de iniciativa da Escola Judiciária do Tribunal de Justiça do
Estado do Piauí (EJUD/PI),
R E S O L V E:
Seção I
Da Seleção e Remuneração para Atividades de Instrutoria e outras atividades
Art. 1º Estabelecer critérios para seleção, atuação e remuneração de instrutores, internos e externos, e a forma de pagamento de encargos a
eventuais colaboradores em atividades de gestão, operacionalidade e apoio às ações de educação corporativa, concursos ou seleções,
realizadas pela EJUD/PI.
§1º A seleção de instrutores referida no caput se destina a magistrados, servidores e outros interessados em atuar como instrutores em
programas de capacitação instituídos pela EJUD/PI, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJPI), pela Corregedoria Geral da Justiça e pela
Corregedoria do Foro Extrajudicial ou, quando em parceria com outras instituições, recair-lhe o ônus de pagamento de instrutores.
§2º Considera-se instrutoria as atividades de capacitação e aperfeiçoamento acadêmico e/ou profissional, promovidas pela EJUD/PI, sem
prejuízo do exercício das atividades normais do cargo, função ou outra atividade externa de que for titular o instrutor. E, para fins desta resolução,
considera-se:
I - instrutor interno: magistrado ou servidor efetivo ou comissionado do TJPI, habilitado para instrutoria na forma desta resolução,
preferencialmente formado pela ENFAM;

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