Número: 0004263-27.2007.8.18.0140

Tribunal de Justiça do Piauí
PJe - Processo Judicial Eletrônico
11/04/2023
Número: 0004263-27.2007.8.18.0140
Classe: APELAÇÃO CRIMINAL
Órgão julgador colegiado: 2ª Câmara Especializada Criminal
Órgão julgador: Desembargadora EULÁLIA MARIA PINHEIRO
Última distribuição : 23/03/2023
Valor da causa: R$ 0,01
Processo referência: 0004263-27.2007.8.18.0140
Assuntos: Roubo Majorado
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
PROCURADORIA GERAL DA JUSTICA DO ESTADO DO
PIAUI (APELANTE)
ALEILSON PEREIRA DE SOUZA (APELADO)
ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA (APELADO)
CLEBER DOS REIS CRUZ (APELADO)
MATEUS JOSE DA CRUZ (APELADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
10572 23/03/2023 10:44 Sistema Sistema
683
10572 20/03/2023 17:20 MANIFESTAÇÃO MANIFESTAÇÃO
682
10572 07/03/2023 10:14 Intimação Intimação
681
10572 06/03/2023 21:13 Decisão Decisão
680
10572 03/03/2023 15:20 Petição Petição
679
10572 28/02/2023 12:43 Certidão Certidão
678
10572 28/02/2023 11:31 Petição Petição
677
676
675
674
10572 08/02/2023 09:28 Sentença Sentença
673
671
10572 05/12/2022 10:52 Alegações Finais - CLEBER DOS REIS CRUZ MANIFESTAÇÃO
672
669
10572 05/12/2022 10:37 AF - ALEXANDRO BARROS DA SILVA Manifestação
670
668
10572 11/11/2022 09:54 Despacho Despacho
667
666
10572 03/08/2022 10:30 Despacho Despacho
665
10572 09/06/2022 09:12 Manifestação Manifestação
464
463
10572 01/06/2022 22:14 Processo Digitalizado Themis Web Processo Digitalizado Themis Web
462
461
460
459
458
457
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
4Âª Vara Criminal da Comarca de Teresina
PraÃ§a Edgard Nogueira, S/N, FÃ³rum CÃvel e Criminal, 4Âº Andar, Cabral, TERESINA - PI
- CEP: 64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

CLASSE: AÃÃO PENAL - PROCEDIMENTO ORDINÃRIO (283)
ASSUNTO: [Roubo Majorado]
AUTOR: MINISTÃRIO PÃBLICO ESTADUAL
REU: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA,
CLEBER DOS REIS CRUZ, MATEUS JOSE DA CRUZ
CERTIDÃO
CERTIFICO, nesta data, QUE OS EXPEDIENTES (citação, intimação e notificação)

abaixo relacionados foram regularmente expedidos nestes autos.
Identificador do expediente: 6696442

Tipo de documento utilizado: IntimaÃ§Ã£o
DestinatÃ¡rio: MINISTÃRIO PÃBLICO ESTADUAL
Representante: Procuradoria Geral de JustiÃ§a do Estado do PiauÃ
ExpediÃ§Ã£o eletrÃńica (07/03/2023 10:14:02)
ARI MARTINS ALVES FILHO registrou ciÃªncia em 2023-03-13 10:12:17.02
Prazo: 8 dias
Data limite prevista para manifestaÃ§Ã£o: 21/03/2023 23:59:59
Expediente fechado

DestinatÃ¡rio: MATEUS JOSE DA CRUZ
Representante: Defensoria PÃºblica do Estado do PiauÃ
O sistema registrou ciÃªncia em 2023-02-23 23:59:59.0
Prazo: 5 dias
Expediente fechado

DestinatÃ¡rio: ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA
Prazo: 5 dias
Expediente fechado

DestinatÃ¡rio: CLEBER DOS REIS CRUZ
Assinado eletronicamente por: Processo Judicial Eletronico PJe 1.4.3 - 23/03/2023 10:44:24, Processo Judicial Eletronico PJe 1.4.3 - 23/03/2023
Num.10:44:24
10572683 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23032310442400000000010503627
Número do documento: 23032310442400000000010503627
Prazo: 5 dias
Expediente fechado

DestinatÃ¡rio: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA
Prazo: 5 dias
Expediente fechado

ARI MARTINS ALVES FILHO registrou ciÃªncia em 2023-02-14 13:08:38.918
Prazo: 5 dias
Expediente fechado

Prazo: 10 dias
Expediente fechado

Prazo: 10 dias
Expediente fechado

DestinatÃ¡rio: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA
Num.10:44:24
10572683 - Pág. 2
Prazo: 5 dias
Expediente fechado

Prazo: 5 dias
Expediente fechado

DestinatÃ¡rio: MATEUS JOSE DA CRUZ
Prazo: 5 dias
Expediente fechado

Prazo: 5 dias
Expediente fechado

JOAO BATISTA DE CASTRO FILHO registrou ciÃªncia em 2022-06-09 09:12:45.345
Prazo: 5 dias
Expediente fechado
CERTIFICO, ainda, que esta unidade judiciária não possui outras informações
sobre os referidos expedientes além destas e das constantes dos atos
processuais/documentos destes autos.
O referido é verdade e dou fé.
Num.10:44:24
10572683 - Pág. 3
TERESINA-PI, 23 de marÃ§o de 2023.
4Âª Vara Criminal da Comarca de Teresina
Num.10:44:24
10572683 - Pág. 4
PROMOTORIáàDEàJUSTIÇáàáUXILIáR
átual e teàe àauxílioà à ªàP o oto iaàdeàJustiçaàdeàTe esi a,
deà . . àaà . . ,à osàte osàdoàátoàPGJ/PIà ºà . / ,
o àatuaç oàju toàaoàJuízoàáuxilia àdaà ªàVa aàC i i alàdaàCo a aàdeàTe esi a/PI
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PROCESSOàNºà - . . . . à
TIPIFICáÇÃOàPENáL:àáRT.à ,à§à º,àI,àIIàeàáRT.à ,àCPà
RECORRENTES:àMáTEUSàJOSÉàDáàCRU)àEàCLEBERàDOSàREISàCRU)à
RECORRIDO:àMINISTÉRIOàPÚBLICO
CONTRáRRá)ÕESàáOàRECURSOàDEàáPELáÇÃO
Oà MINISTÉRIOà PÚBLICOà BRáSILEIRO,à po à seuà a oà estadualà oàPiauí,à at av sà deà seuà

p ese ta teà ueàestaàsu s eve,àve ,àpe a teàVossaàEx el ia,àap ese ta àCONTRáRRá)ÕESà
áOàRECURSOàDEàáPELáÇÃO,à o àful oà oàa t.à ,àdoàCPP,à e ue e doàaà e essaàdosàautosà
àI st iaàSupe io ,ào deà e ta e teàoà e u soàhave àdeàse ài p ovido.
Te esi a/PI,à àdeà a çoàdeà .
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PROMOTORàDEàJUSTIÇáà
Titula àdaàP o oto iaàdeàJustiçaàdeàBa oàDu o/PI,
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osàte osàdaàPo ta iaàPGJ/PIà ºà . / ,àat àulte io àdeli e aç o
ELEILDEàDOSàSáNTOSàSOUSá
Estagi iaàdaà ªàP o oto iaàdeàJustiçaàdeàTe esi a
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àTelefo eàGe al:à à - ,àRa al:à ,àCelula àI stitu io al:à à . - à à
E- ail:à pj.te esi a@ ppi. p.
Assinado eletronicamente por: ARI MARTINS ALVES FILHO - 20/03/2023 17:20:55 Num. 10572682 - Pág. 1
EGRÉGIOàTRIBUNáLàDEàJUSTIÇáàDOàESTáDOàDOàPIáUÍ
COLENDáàCÂMáRáàCRIMINáL
DOUTáàPROCURáDORIáàDEàJUSTIÇá
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
TIPIFICáÇÃOàPENáL:àáRT.à ,à§à º,àI,àIIàeàáRT.à ,àCPà
RECORRENTES: MATEUS JOSÉ DA CRUZ E CLEBER DOS REIS CRUZ
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO
CONTRARRAZÕES EM RECURSO DE APELAÇÃO
O Ministério Público Brasileiro, por seu ramo estadual no Piauí, através do Promotor
de Justiça abaixo-assinado, vem oferecer as seguintes razões recursais.
I – SÍNTESE FÁTICA
Trata-se de Ação Penal proposta pelo Ministério Público, em desfavor de MATEUS JOSÉ
DA CRUZ e CLEBER DOS REIS CRUZ, em virtude das práticas delitivas previstas no art. 157, §2º,
I, II e ART. 70, do Código Penal.
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CLEBER DOS REIS CRUZ apresentou defesa prévia e ID. 28026115 – pg. 89.
O acusado MATEUS JOSÉ DA CRUZ apresentou defesa inicial, por meio da Defensoria
Pública, em ID. 28026117 – pgs. 27-35.
Conforme se vê em Termo de Audiência (ID. 28026112 – pgs. 227-229), no dia 11 de
setembro de 2018, realizou-se a audiência de instrução e julgamento.
O Ministério Público apresentou alegações finais em ID. 28026112 – pg. 244.
Alegações finais pela defesa de MATEUS JOSÉ DA CRUZ em ID. 28026112 – pg. 260.
álegaç esàfi aisàpelaàdefesaàdeàCLEBERàDOSàREISàCRU)àe àID.à . 
Sentença em ID. 36677792, proferida em 07 de fevereiro de 2023, julgando procedente
a pretensão punitiva estatal para condenar MATEUS JOSÉ DA CRUZ ao cumprimento da pena
de 08 (oito) anos, 03 (três) meses e 10 (dez) dias de reclusão e 19 (dezenove) dias-multa. E,
também, condenar CLEBER DOS REIS DA CRUZ ao cumprimento de 08 (oito) anos, 03 (três) me-
ses e 10 (dez) dias de reclusão e 19 (dezenove) dias-multa.
A Defesa apresentou Recurso de Apelação, conforme ID. 37184453, perante a sentença
vergastada, em 07/02/2023.
É o breve relatório do essencial. Passa-se às razões recursais.
II – JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Relativamente aos pressupostos prévios de admissibilidade do recurso manejado, obje-

tos do juízo de prelibação, verifica-se que estes estão presentes. Com efeito, tomando-se por
base a classificação tradicional dos requisitos de admissibilidade dos recursos, constata-se que
o recurso é cabível e adequado.
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O recurso é também tempestivo, haja vista que os autos foram entregues ao Ministério
Público somente no dia 07 de março de 2023. Houve respeito à regularidade procedimental,
não havendo fatos impeditivos ou extintivos, tais como a renúncia.
IIIà–àMÉRITOàRECURSáLà
O Juízo a quo, depois de apreciar os argumentos e as provas colacionadas aos autos,

prolatou sentença condenando os réus CLEBER DOS REIS DA CRUZ e MATEUS JOSÉ DA CRUZ
ao cumprimento de 08 (oito) anos, 03 (três) meses e 10 (dez) dias de reclusão e 19 (dezenove)
dias-multa.
A Defesa interpôs Recurso de Apelação à sentença vergastada, conforme ID. 37184453,
em síntese, alegando a invalidez do reconhecimento pessoal realizado pelas vítimas, e pleite-
ando o redimensionamento da pena-base no que tange às circunstâncias do crime e redução
da pena de multa.
VALIDEZ DO RECONHECIMENTO DOS ACUSADOS
Na presente hipótese, a defesa alega que houve violações aos regramentos processuais
pertinentes ao reconhecimento dos réus, que foram condenados com base em reconhecimento
pessoal.
Assevera que:
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No caderno inquisitorial (fls. 76/128, ID 28026114) consta o reconhecimento de pes-

soa realizado por EDNA MARIA SILVA, que supostamente reconheceu Cleber dos Reis
da Cruz.
Porém, o termo de reconhecimento é claro em explicitar quem se encontrava emperfi-
lado para reconhecimento, no caso, eram: Mateus, Alexsandro e Alielson. E dentre os
mencionados, a vítima havia reconhecido Cleber que não se encontrava em sede poli-
cial para reconhecimento.
No caderno inquisitorial (ID 28026114, ff. 109)) consta o reconhecimento de pessoa
realizado por KELLY CILNE DOS SANTOS SILVA, que supostamente reconheceu Mateus
José da Cruz.
Entretanto, o termo de reconhecimento é claro em explicitar quem se encontrava em-
perfilado para reconhecimento, no caso, eram: Cleber, Alexsandro e Alielson. E dentre
os mencionados, a vítima havia reconhecido Mateus que não se encontrava em sede
poli ial pa a e o he i e to .
Preliminarmente, a tese da defesa de que o reconhecimento (pessoal) pela vítima é in-

válido, por se encontrar em desconformidade com os ditames do artigo 226 do Código de Pro-
cesso Penal, não procede.
Cediço que a norma prevista no artigo 226, do Código de Processo Penal, configura uma
recomendação legal, mas não uma exigência absoluta. Verbis:
"(…) as disposições constantes do art. 226 do Código de Processo Penal configuram

recomendação legal, e não uma exigência, não se configurando nulidade quando o
ato processual é praticado de modo diverso". (STJ, T6, RHC n. 72.706/MT, Rel. Min.
Sebastião Reis Júnior , DJe de 25/10/2016).
“APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO QUALIFICADO. ABSOLVIÇÃO. AUSÊNCIA DE

COMPROVAÇÃO DA AUTORIA. FRAGILIDADE DAS PROVAS. (...) RECONHECI-
MENTO DE PESSOAS . ART. 226, DO CP. A inobservância às formalidades prescritas
__________________________________à àdeà à_____________________________________
no artigo 226, do CP, não macula o reconhecimento feito pela vítima, por ser tratar
de meras recomendações. APELO CONHECIDO E DESPROVIDO”. (TJGO, 2ª Câ-
mara criminal, AC n. 484832-39.2011, Relª. Desª. Carmecy Rosa Maria Alves de Oli-
veira , j. em 30/05/2019, DJe 2765 de 12/06/2019).
Com efeito, não se nulifica o reconhecimento pessoal do réu, quando realizado de forma
diversa da prevista em lei, sobretudo quando a vítima não deixa margem de dúvida de que ele
é o autor do delito. Caso dos autos.
Outrossim, "[...] não há falar em absolvição do Réu em decorrência da suscitada nulidade
do procedimento, sendo plenamente válido para comprovar a autoria delitiva, especialmente
quando aliado às demais provas constantes dos autos, como na hipótese em epígrafe" (AgRg
no HC 608.756/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, DJe 19/10/2020).
No caso concreto, momentos depois do ocorrido os denunciados foram presos em fla-
grante com os bens oriundos do delito em análise. Posteriormente, foram reconhecidos pesso-
almente pelas vítimas. Desta feita, não há que se falar em insuficiência de prova, já que foram
apresentados outros elementos informativos e probatórios suficientes, por si sós, para susten-
tarem a condenação em questão.
Assim, a manutenção da condenação pelo Tribunal encontra amparo na jurisprudência
da Corte Cidadã, no sentido de que, se existentes outras provas válidas e independentes, para
além do reconhecimento fotográfico ou pessoal, a confirmar a autoria delitiva, mantém-se ir-
retocável o édito condenatório. Cita-se precedentes:
PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO.

RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO E PESSOAL REALIZADOS EM SEDE POLICIAL. INOB-
SERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO PREVISTO NO ART. 226 DO CPP. INVALIDADE DA
PROVA. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL SOBRE O TEMA. AUTORIA
__________________________________à àdeà à_____________________________________

ESTABELECIDA COM BASE EM OUTROS ELEMENTOS PROBATÓRIOS. ABSOLVIÇÃO. IN-

VIÁVEL. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Esta Corte Superior inicialmente entendia que "a validade do reconhecimento do
autor de infração não está obrigatoriamente vinculada à regra contida no art. 226 do
Código de Processo Penal, porquanto tal dispositivo veicula meras recomendações à
realização do procedimento, mormente na hipótese em que a condenação se amparou
em outras provas colhidas sob o crivo do contraditório.
2. Em julgados recentes, ambas as Turmas que compõe a Terceira Seção deste Superior
Tribunal de Justiça alinharam a compreensão de que"o reconhecimento de pessoa, pre-
sencialmente ou por fotografia, realizado na fase do inquérito policial, apenas é apto,
para identificar o réu e fixar a autoria delitiva, quando observadas as formalidades
previstas no art. 226 do Código de Processo Penal e quando corroborado por outras
provas colhidas na fase judicial, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa.
3. Dos elementos probatórios que instruem o feito, verifica-se que a autoria delitiva do
crime de roubo não tem como único elemento de prova o reconhecimento fotográfico,
o que gera distinguishing em relação ao acórdão paradigma da alteração jurispruden-
cial. No caso, além do reconhecimento das vítimas, verificam-se provas testemunhais
altamente relevantes e confissões, ainda que parciais, o que produz cognição com
profundidade suficiente para alcançar o juízo condenatório.
4. Agravo regimental desprovido.
(AgRg no HC n. 695.063/SP, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, DJe de
25/3/2022).
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ROUBO MAJORADO. AU-

TORIA. INOBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO PREVISTO NO ART. 226 DO CPP. EXISTÊN-
CIA DE OUTROS ELEMENTOS DE PROVA VÁLIDOS E INDEPENDENTES. RECURSO NÃO
PROVIDO.
1. O reconhecimento de pessoa, presencialmente ou por fotografia, realizado na fase
do inquérito policial, apenas é apto, para identificar o réu e fixar a autoria delitiva,
__________________________________à àdeà à_____________________________________

quando observadas as formalidades previstas no art. 226 do Código de Processo Penal

e quando corroborado por outras provas colhidas na fase judicial, sob o crivo do con-
traditório e da ampla defesa.
2. No caso concreto, a prova da autoria delitiva decorreu não apenas do reconheci-
mento do recorrente nas fases de inquérito e judicial, mas das circunstâncias da pri-
são em flagrante e das provas testemunhais produzidas em juízo, o que gera distin-
guishing em relação ao acórdão paradigma da alteração jurisprudencial ( HC n.
598.886/SC) .
3. Agravo regimental não provido.
(AgRg no AgRg no AREsp n. 1.941.041/SP, relator Ministro Reynaldo Soares da Fon-
seca, Quinta Turma, DJe de 15/2/2022).
Sob esse prisma, observa-se que as alegações defensivas revelam, apenas, ato de defesa
e tentativa de se esquivar da responsabilidade penal, a qual não se sobrepõe às demais provas
sob o crivo do contraditório.
Assim resta inviabilizado o acolhimento da tese defensiva de que não houve observância
dos procedimentos do art. 226 do CPP. Portanto, não há ilegalidade no reconhecimento dos
réus pelas vítimas que enseje a nulidade da condenação, tendo em vista, também, a existência
de outras provas, sobretudo a testemunhal.
CORRETA VALORAÇÃO DAS CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME E DAS CAUSAS DO AUMENTO DE

PENA
Quanto às circunstâncias do crime e a causa de aumento de pena, a defesa argumentou

o que se segue:
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Não se tem nos autos do processo qualquer prova para aferir se o concurso de pessoas
contribuiu na gravidade do delito, mas o direito penal necessita de provas para se in-
surgir, o que não ocorreu no caso em tela.
Além disso, no delito em análise, a instrução demonstrou que as circunstâncias do de-
lito não ultrapassaram o juízo de reprovação já estabelecido no tipo penal em tela e
por isso tais circunstâncias não poderiam ser negativamente valoradas.
Diante disso, faz-se necessário que essa Colenda Turma não reconheça a exasperação
feita indevidamente pelo juízo sentenciante.
…
Observa-se que na 3ª fase de aplicação da pena houve a aplicação de uma causa
de aumento de pena (emprego de arma de fogo), tendo sido aplicado o aumento de
1/2.
Entretanto, na sentença não houve fundamentação concreta para o aumento da pena
pa a f ação aio ue o í i o legal ue se ia ⅓. Po isso, ão se figu a idô ea a pe a
imposta ao apelante, pois contraria expressamente os ditames previstos no enunciado
n º 443 do STJ, vejamos:
O au e to a te ei a fase de apli ação da pe a o i e de ou o i u sta iado
exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera
i di ação do ú e o de ajo a tes.
Da leitura da transcrição acima, fácil perceber que a parte ré equivoca-se ao afirmar que
a presente fundamentação estaria desprovida de idoneidade e que teria apresentado ofensa
ao sistema trifásico de fixação de pena.
Na hipótese, verifica-se que no delito de roubo, concorrendo duas causas de aumento
de pena consistentes no concurso de agentes e de emprego de arma, uma pode ser utilizada
como circunstância judicial desfavorável, tendo o condão de elevar a pena base do paciente
acima do mínimo legal na primeira fase da dosimetria, e a outra ser levada a efeito na terceira
__________________________________à àdeà à_____________________________________

fase, como causa de aumento de pena, sem que isso possa ser considerado como violação ao
sistema trifásico.
Nesse passo, trago a colação dos seguintes precedentes da Colenda Corte Superior:
HABEAS CORPUS SUBSTITUTO DE RECURSO PRÓPRIO. NÃO CABIMENTO. ROUBO MA-

JORADO. DUAS CAUSAS DE AUMENTO. CONCURSO DE AGENTES E EMPREGO DE
ARMA. UMA UTILIZADA NA PRIMEIRA FASE E OUTRA NA TERCEIRA FASE. POSSIBILI-
DADE. INOCORRÊNCIA DE BIS IN IDEM. PRECEDENTES. ILEGALIDADE NÃO EVIDENCI-
ADA. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
1. O Supremo Tribunal Federal, por sua Primeira Turma, e a Terceira Seção deste Supe-
rior Tribunal de Justiça, diante de utilização crescente e sucessiva do habeas corpus,
passaram a restringir sua admissibilidade quando o ato ilegal for passível de impugna-
ção pela via recursal própria, sem olvidar a possibilidade de concessão da ordem, de
ofício, nos casos de flagrante ilegalidade.
2. É pacífico no âmbito desta Corte Superior a possibilidade de, reconhecida mais de
uma causa de aumento da pena no crime de roubo, utilizar uma para majorar a re-
primenda na terceira fase da dosimetria e as outras como circunstâncias judiciais
para exasperar a pena-base, desde que a mesma circunstância não seja utilizada em
dois momentos distintos da fixação da pena, sob pena de ocorrência do vedado bis
in idem .
3. No caso, foram duas causas de aumento reconhecidas, sendo uma delas - concurso
de agentes - utilizada para justificar o aumento da pena-base e outra - emprego de
arma - para caracterizar a majorante do roubo e aumentar a sanção na terceira fase
da dosimetria. Assim, sendo duas circunstâncias distintas, não há se falar em bis in
idem.
4. Habeas corpus não conhecido' (HC . . ⁄M“, Qui ta Tu a , Rel. Mi . Re -
aldo “oa es da Fo se a , DJe de ⁄ ⁄ .
__________________________________à àdeà à_____________________________________

HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. ROUBO DUPLAMENTE CIR-

CUNSTANCIADO. DOSIMETRIA. VALORAÇÃO DE UMA DAS CAUSAS DE AUMENTO NA
PRIMEIRA FASE DO CRITÉRIO DOSIMÉTRICO E DA SEGUNDA NA TERCEIRA FASE DA IN-
DIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. FLAGRANTE ILEGALIDADE NÃO EVIDENCIADA. WRIT NÃO
CONHECIDO.
1. Esta Corte e o Supremo Tribunal Federal pacificaram orientação no sentido de que
não cabe habeas corpus substitutivo do recurso legalmente previsto para a hipótese,
impondo-se o não conhecimento da impetração, salvo quando constatada a existência
de flagrante ilegalidade no ato judicial impugnado. No caso, não se observa flagrante
ilegalidade a justificar a concessão do habeas corpus de ofício.2. A individualização da
pena é submetida aos elementos de convicção judiciais acerca das circunstâncias do
crime, cabendo às Cortes Superiores apenas o controle da legalidade e da constitucio-
nalidade dos critérios empregados, a fim de evitar eventuais arbitrariedades.
Dessarte, salvo flagrante ilegalidade, o reexame das circunstâncias judiciais e os crité-
rios concretos de individualização da pena mostram-se inadequados à estreita via do
habeas corpus, pois exigiriam revolvimento probatório.
3. Não se infere manifesta ilegalidade na dosimetria, pois, conforme o destacado no
parecer ministerial, s endo duas a causas de aumento, a jurisprudência deste Tribu-
nal admite a valoração de uma delas como circunstância judicial desfavorável e a
outra na terceira etapa de individualização da pena, ficando apenas vedados o bis in
idem e a exasperação superior ao máximo estabelecido pela incidência das majoran-
tes, caso fossem sopesadas na fase derradeira da dosimetria . Precedentes.
4. Writ não o he ido' HC . . ⁄DF, Qui ta Tu a , Rel. Mi . Ri ei o Da tas ,
DJe de º⁄ ⁄ .
'PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. OFENSA

AO ART. 68 DO CP. ROUBO TRIPLAMENTE CIRCUNSTANCIADO. DOSIMETRIA. TRÊS
CAUSAS DE AUMENTO. UTILIZAÇÃO DE DUAS COMO CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DES-
FAVORÁVEIS E OUTRA COMO MAJORANTE. POSSIBILIDADE. ACÓRDÃO EM
__________________________________à àdeà à_____________________________________

CONFORMIDADE COM A JURI“PRUDÊNCIA DE“TA CORTE. “ÚMULA ⁄“TJ. AGRAVO

REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.1. "Nos crimes com mais de uma causa
de aumento de pena, uma delas pode atuar como majorante da terceira fase da do-
simetria e as demais como agravantes genéricas, se previstas no artigo 61 e 62 do
CP, ou como circunstâncias judiciais da primeira fase, desde que observado o princí-
pio do ne bis in idem e o percentual legal máximo previsto pela incidência das causas
de aumento". HC . ⁄M“, Rel. Mi . ROGERIO “CHIETTI CRU), “EXTA TURMA, DJe
⁄ ⁄
. Ag avo egi e tal a ue se ega p ovi e to' AgRg o REsp . . . ⁄M“, “e ta
Turma , Relª. Minª. Maria Thereza de Assis Moura, DJe de ⁄ ⁄ .
A partir da leitura dos excertos acima, é possível pontuar que não houve exasperação
indevida da pena pelo juízo sentenciante, tampouco ausência de fundamentação concreta para
o aumento da pena.
Pelo contrário, diferentemente do que afirmam os réus, verifica-se que o eg. Tribunal,
apenas manteve a dosimetria em consonância com a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça, reafirmando que, concorrendo duas causas de aumento de pena consistentes no con-
curso de agentes e de emprego de arma, uma pode ser utilizada como circunstância judicial
desfavorável, tendo o condão de elevar a pena base do paciente acima do mínimo legal na
primeira fase da dosimetria, e a outra ser levada a efeito na terceira fase, como causa de au-
mento de pena, sem que isso possa ser considerado como bis in idem.
Logo presentes as causas de aumento de pena pelo emprego de arma e concurso de
agentes que motivaram de forma suficiente a aplicação destas majorantes, não havendo apli-
cação excessiva de pena.
__________________________________à àdeà à_____________________________________

IV – APLICAÇÃO DA PENA DE MULTA
Noà ueàta geà à eduç oàdaàpe aàdeà ulta,àaoà o t ioàdoà ueàaàdefesaàalega,àaàhipos-

sufi i iaàe o i aàdosà usàpa aàa a à o àoàpaga e toàdaàpe aàdeà ultaà oàse veàpa aà
eduzi-la.
Nesseàse tido:
PENáL.àPROCESSOàPENáL.àáPELáÇÃOàCRIMINáL.àROUBOàMáJORáDO.àáRT.à ,à§à ºà
DOàCP.àREDUÇÃOàDEàPENáàDEàMULTá.àIMPOSSIBILIDáDE.àFIXáDOàOàPáTáMáRàMÍ-
NIMOà LEGáLà DEà / à UMà TRINTáà áVOS à DOà SáLãRIOà MÍNIMO.à GRáTUIDáDEà Dáà
JUSTIÇá.àEXIGIBILIDáDE.àJUÍ)OàDáàEXECUÇÃO.àDOSIMETRIáàDáàPENá.àáTENUáNTEà
DEà CONFISSÃOà ESPONTÂNEá.à áPLICáÇÃO.à INTELIGÊNCIáà Dáà SÚMULáà à DOà STJ.à
PRECEDENTES.à SENTENÇáà PáRCIáLMENTEà REFORMáDá.à RECURSOà CONHECIDOà Eà
PáRCIáLMENTEàPROVIDO.à .Desta a-seà ueà oàh àp evis oà oào de a e toàju í-
di oàpa aàaàex lus oàouà eduç oàdeàpe aàdeà ultaàe à az oàdasà o diçõesàfi a ei asà
doàape ado,à ueàdeve àse à o side adasàape asà o oàpa et oàpa aàaàfixaç oàdoà
valo àdeà adaàdia- ulta.àI à asu,àve ifi oà ueàosàdias- ultaàj àfo a àa it adosà oàvalo à
í i oàlegal,à ualàseja,à / à u àt i taàavos àdoàsal io- í i oàvige teà à po aàdosà
fatos,à o soa teàfls.à ,àto a do-seài vi velàaàsuaà eduç o,àe ào se v iaàaoàá t.à
,à aputàeà§à ºàdoàCPB.à .Noà ueà o e eàaoàpleitoàdeàafasta e toàdasà ustasàp o-
essuais,àta àve ifi oà ueà oàassisteà az oàaoà e o e te,àpostoà ueàseàt ataàdeà
at iaàati e teàaoàJuízoàdeàExe uç esàPe ais,àú i oà o pete teàpa aàa alisa àpossí-
velà uda çaàdeàsituaç oàe o i o-fi a ei oàdoà o de ado,àe t eàaàdataàdaà o de-
aç oàeàaàexe uç oàdoàtítuloàjudi ial.à .áoàexp essa àsuaà o vi ç oàso eàaàauto iaàde-
litivaàat i uídaàaoà e o e te,àvejoà ueàoàjuízoàaà uoàlevouàe à o side aç oàaà o fiss oà
doà u,àse do,àpo ta to,ài o test velàaà e essidadeàdeà e o he e àaàate ua teàp e-
vistaà oàa t.à ,àIII,àd,àdoàCPàe àfavo àdoà e o e te,àe ào se v iaà àSú ulaà àdoà
STJ.à .ápelaç oàC i i alà o he idaàeàpa ial e teàp ovida.à
E àvi tudeàdoàexposto,àaàtese,ào aàvislu adaàpelaàDefesa,à oà e e eàse àa olhida.
__________________________________à àdeà à_____________________________________

Và–àPEDIDOà
Pelos fundamentos ora colacionados, a decisão proferida pelo ilustre magistrado a quo
não merece ser reformada pelo apelo defensivo, razão porque esse Órgão Ministerial pugna
pelo IMPROVIMENTO do presente Recurso de Apelação, visto que é válido o reconhecimento
feito pelas vítimas, e majorantes incidentes ao tipo penal em tela que fundamentaram correta-
mente a sentença ora questionada, devendo o decreto condenatório ser mantido em sua tota-
lidade.
É a manifestação ministerial. À douta deliberação judicial.
Teresina/PI, 16 de março de 2023.
assi adoàdigital e te
áRIàMáRTINSàáLVESàFILHOà
PROMOTORàDEàJUSTIÇáà
Titula àdaàP o oto iaàdeàJustiçaàdeàBa oàDu o/PI,
espo de doàpelaà ªàP o oto iaàdeàJustiçaàdeàTe esi a,
osàte osàdaàPo ta iaàPGJ/PIà ºà . / ,àat àulte io àdeli e aç o
ELEILDEàDOSàSáNTOSàSOUSá
Estagi iaàdaà ªàP o oto iaàdeàJustiçaàdeàTe esi a
__________________________________à àdeà à_____________________________________

4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina
Praça Edgard Nogueira, S/N, Fórum Cível e Criminal, 4º Andar, Cabral, TERESINA - PI - CEP:
64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

CLASSE: AÇÃO PENAL - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (283)
AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
VISTA AO MINISTÉRIO PÚBLICO
Faço vista dos autos ao Ministério Público para apresentar suas

contrarrazões no prazo legal.
TERESINA-PI, 7 de março de 2023.
VITOR DE OLIVEIRA HERMILIO

Assinado eletronicamente por: VITOR DE OLIVEIRA HERMILIO - 07/03/2023 10:14:02 Num. 10572681 - Pág. 1
Praça Edgard Nogueira, S/N, Fórum Cível e Criminal, 4º Andar, Cabral, TERESINA - PI
- CEP: 64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

REU: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA e outros (3)
DECISÃO
Recebo a apelação, tempestiva, nos do art. 597, Código de Processo Penal, dos
réus CLEBER DOS REIS DA CRUZ e MATEUS JOSÉ DA CRUZ. Defensoria
Pública apresentou razões no ID 37475580.
Intime-se o MP para apresentar suas contrarrazões no prazo de lei, após,
transcorrido o prazo, consoante art. 601 do CPP remetam-se os autos ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Piauí para análise do Recurso interposto.
Cumpra-se.
TERESINA-PI, 6 de março de 2023.
JOÃO ANTÔNIO BITTENCOURT BRAGA NETO

Juiz de Direito, respondendo pelo Juiz Auxiliar nº11
Assinado eletronicamente por: JOAO ANTONIO BITTENCOURT BRAGA NETO - 06/03/2023 21:13:02 Num. 10572680 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 4ª VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE TERESINA/PI.
Ref. Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140

Tipificação: artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal c/c art. 70, todos do Código Penal
Mateus José da Cruz e Cleber dos Reis da Cruz, nos autos da ação penal que lhes
move o Ministério Público, por intermédio da DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO
PIAUÍ, com endereço na Avenida João XXIII, nº 853, Bairro Jóckey Club, em Teresina/PI,
telefone (86) 3215-1138 e endereço eletrônico 12dpecriminal@gmail.com, presentada
neste Juízo pela Defensora Pública signatária, legitimamente investida no cargo de acordo
com a Lei Complementar Federal nº 80/94 e Lei Complementar Estadual nº 059/2005,
inconformados com a sentença que os condenou por infração ao artigo 157, § 2º, I e II do
Código Penal c/c art. 70, todos do Código Penal, à pena privativa de liberdade de 08
(oito) anos, 3 (três) meses e 10 (dez) dias de reclusão, em regime fechado, mais 19
(dezenove) dias-multa a base de 1/30 do valor do salário mínimo vigente ao tempo do
fato, apresentar:
RAZÕES DE APELAÇÃO
Com arrimo no artigo 600 do Código de Processo Penal.
Requer, após processado o presente recurso, sejam estes autos remetidos ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.
Nestes termos, pede deferimento.
Teresina/PI, 04 de março de 2023..
Ana Keyla Ferreira da Silva

Defensora Pública do Estado do Piauí
Assinado eletronicamente por: 09e862bf75340a5f - 03/03/2023 15:20:17 Num. 10572679 - Pág. 1

12ª Defensoria Pública Criminal Recurso de
Apelação
Apelantes: Mateus José da Cruz e Cleber dos Reis da Cruz

Apelado: Ministério Público.
RAZÕES DE APELAÇÃO
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara.
1. – DA TEMPESTIVIDADE:
As presentes Razões de Apelação são perfeitamente tempestivas, uma vez que a

defesa do apelante foi intimada da sentença e interposto o recurso de apelação.
Tendo em vista que a defensora subscritora fora intimada da decisão condenatória
em 27/02/2023, recurso fora interposto dia 28 de fevereiro de 2023, sendo que o prazo
para apresentação das razões de apelação é 16 (dezesseis) dias (prazo em dobro) a
contar da intimação para apresentação. Logo, o recurso e respectivas razões são
tempestivos.
Frise-se que a Defensoria Pública Estadual possui todos os prazos contados em
dobro, ex vi do art. 128, inciso I, da Lei Complementar Federal 80/94, razão por que
perfeitamente dentro do prazo o presente recurso.
2. – DO MÉRITO:
2.1 DA REFORMA DA DECISÃO RECORRIDA- FUNDAMENTAÇÃO EM PROVA

PRODUZIDA AO ARREPIO DO ARTIGO 226, DO CPP.
Na decisão recorrida, o m.m juízo a quo procedeu a fundamentação quanto a
autoria dos crimes imputados aos apelantes nos seguintes termos: “(...)A vítima Edna
Maria Silva reconheceu (ID 28026114, ff. 74) o réu MATEUS JOSÉ DA CRUZ como um
dos que praticou o roubo e subtraiu a sua motocicleta. Igualmente,
reconheceu CLEBER DOS REIS DA CRUZ. A testemunha Kelly Cilene dos Santos
Silva reconheceu os réus Mateus da Cruz e Cleber Cruz como os dois assaltantes que
roubaram a motocicleta de Edna Maria Silva (ID 28026114, ff. 109).(...)”

Nesse ínterim, cumpre observar que, no presente caso, durante o inquérito
policial, foram realizados reconhecimentos de pessoas sem observância das diretrizes da
legislação processual penal, que diz no art. 226 do CPP:

Apelação
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-

se-á pela seguinte forma:
I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que
deva ser reconhecida;
Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de
outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o
reconhecimento a apontá-la;
III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito
de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser
reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade,
pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas
presenciais.
Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução
criminal ou em plenário de julgamento.
No caderno inquisitorial (fls. 76/128, ID 28026114) consta o reconhecimento de

pessoa realizado por EDNA MARIA SILVA, que supostamente reconheceu Cleber dos Reis
da Cruz.
Porém, o termo de reconhecimento é claro em explicitar quem se encontrava
emperfilado para reconhecimento, no caso, eram: Mateus, Alexsandro e Alielson. E dentre
os mencionados, a vítima havia reconhecido Cleber que não se encontrava em sede
policial para reconhecimento.
No caderno inquisitorial (ID 28026114, ff. 109)) consta o reconhecimento de pessoa
realizado por KELLY CILNE DOS SANTOS SILVA, que supostamente reconheceu Mateus
José da Cruz.
Entretanto, o termo de reconhecimento é claro em explicitar quem se encontrava
emperfilado para reconhecimento, no caso, eram: Cleber, Alexsandro e Alielson. E dentre
os mencionados, a vítima havia reconhecido Mateus que não se encontrava em sede
policial para reconhecimento.
É necessário ratificar que o reconhecimento ocorreu sem observar o procedimento
previsto no artigo 226 do Código Penal. Portanto, deve ser considerados inválidos e não
podem servir de fundamentação para condenação, como ocorre nos autos em epígrafe.
Nesse sentido, é válido destacar o entendimento jurisprudencial do Supremo
Tribunal de Justiça, firmado no HC N. 598.886/SC, julgado em 27.10.2020, em que
houve a modificação da interpretação então dominante de que o art. 226 do CPP seria
mera recomendação, passando a considerá-la como norma de observância obrigatória,
cujo descumprimento torna inválido o reconhecimento da pessoa suspeita.
Nesse mesmo sentido:

Apelação
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. ROUBO SIMPLES. NEGATIVA DE AUTORIA.

RECONHECIMENTO PESSOAL. INOBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO PREVISTO NO ART.
226 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL CPP. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. SUPORTE
PROBATÓRIO INSUFICIENTE À CONDENAÇÃO EM 2º GRAU. CERTEZA NÃO
DEMONSTRADA. NULIDADE RECONHECIDA. ABSOLVIÇÃO QUE DEVE SER
RESTABELECIDA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. Em recente revisão a orientação jurisprudencial, ambas as Turmas Criminais que
compõem esta Corte Superior de Justiça, a partir do julgamento do HC n. 598.886/SC
(Rel. Ministro Rogerio Schietti Cruz), realizado em 27/10/2020, passou-se a ter nova
interpretação do art. 226 do CPP, segundo a qual a inobservância do procedimento
descrito no mencionado dispositivo legal torna inválido o reconhecimento da pessoa
suspeita e não poderá servir de lastro a eventual condenação, mesmo se confirmado o
reconhecimento em juízo. Definiu-se que “o reconhecimento fotográfico serve como prova
apenas inicial e deve ser ratificado por reconhecimento presencial, assim que possível. E,
no caso de uma ou ambas as formas de reconhecimento terem sido efetuadas, em sede
inquisitorial, sem a observância (parcial ou total) dos preceitos do art. 226 do CPP e sem
justificativa idônea para o descumprimento do rito processual, o reconhecimento falho se
revelará incapaz de permitir a condenação, como regra objetiva e de critério de prova,
sem corroboração independente e idônea do restante do conjunto probatório, produzido
na fase judicial” (HC 648.232/SP, Rel. Ministro OLINDO MENEZES (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), SEXTA TURMA, julgado em 18.5.2021, DJe
21.5.2021).
Somado a isso, é necessário ressaltar também que elementos de informação

que padecem de vício não podem ser convalidados judicialmente, pois provas geradas a
partir desses elementos são ilícitas por derivação. Este é o entendimento do Superior
Tribunal de Justiça, proferido no HC 712.781/RJ, julgado em 15.03.2022, que
considerou que o reconhecimento inicial realizado de forma alheia à lei é prova
cognitivamente irrepetível, pois afeta todos os outros subsequentes.
Dessa forma, o reconhecimento que serviu para EMBASAR A SENTENÇA
CONDENATÓRIA NÃO POSSUI o nível exigido das provas no processo penal, que devem
ser inequívocas e sem vícios.
Tal simplificação às formalidades do ato probatório importa em violação ao
devido processo legal, visto que é evidente que sua produção aconteceu ao arrepio da
lei. A respeito do tema, Aury Lopes Júnior ensina que:

Apelação
O reconhecimento de pessoas e coisas está previsto nos arts. 226 e s. do CPP, e pode
ocorrer tanto na fase pré-processual como também processual. O ponto de
estrangulamento é o nível de (in)observância por parte dos juízes e delegados da forma
prevista no Código de Processo Penal:
Trata-se de uma prova cuja forma de produção está estritamente definida e, partindo da
premissa de que – em matéria processual penal – forma é garantia, não há espaço para
informalidades judiciais. Infelizmente, prática bastante comum na praxe forense consiste
em fazer “reconhecimentos informais”, admitidos em nome do princípio do
livre convencimento motivado.
Por fim, assevera-se que não constam dos autos qualquer reconhecimento
procedido em sede judicial.
Diante disso, consignamos que não há como pensar em um processo penal justo,
democrático e efetivamente acusatório sem que haja o efetivo cumprimento das normas
que dão sustentação ao devido processo legal, muito especialmente o procedimento
probatório. Desta forma, não há dúvidas de que o processo padece de grave vício,
descumprida as formalidades previstas no artigo 226 do Código de Processo Penal.
Portanto, diante do dubitável reconhecimento a que foram submetidos os
acusados MATEUS JOSÉ DA CRUZ E CLEBER DOS REIS DA CRUZ, requer que tais meios
de prova sejam reconhecidas como ilícitas e reformada a decisão guerreada com a
ABSOLVIÇÃO dos apelantes.
2.2. – 1ª FASE- OFENSA AS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS (ART.59 DO CP)
O Juiz a quo não procedeu com o costumeiro acerto ao considerar a as

circunstâncias e as consequências do crime para fixar a pena-base acima do mínimo legal.
A) DAS CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME
Quanto à circunstância, os motivos expostos na sentença condenatória para o

recrudescimento de tal pena foram por conta do concurso de pessoas. Ora, Nobres
Julgadores, conforme a doutrina preleciona, as circunstâncias são:
“ modus operandi empregado na prática do delito. São elementos que não compõem o
crime, mas que influenciam em sua gravidade, tais como o estado de ânimo do agente, o
local da ação delituosa, o tempo de sua duração, as condições e o modo de agir, o objeto
utilizado, a atitude assumida pelo autor no decorrer da realização do fato, o
relacionamento existente entre autor e vítima, dentre outros.”(SCHMITT, Ricardo Augusto.
Sentença Penal Condenatória – Teoria e Prática. 8. ed. Salvador: Juspodivm, 2013. p.
136)

Apelação
Não se tem nos autos do processo qualquer prova para aferir se o concurso de
pessoas contribuiu na gravidade do delito, mas o direito penal necessita de provas para
se insurgir, o que não ocorreu no caso em tela.
Além disso, no delito em análise, a instrução demonstrou que as circunstâncias do

delito não ultrapassaram o juízo de reprovação já estabelecido no tipo penal em tela e
por isso tais circunstâncias não poderiam ser negativamente valoradas.
Diante disso, faz-se necessário que essa Colenda Turma não reconheça a
exasperação feita indevidamente pelo juízo sentenciante.
2. 2 - 3ª FASE- CAUSA DE AUMENTO DE PENA
Observa-se que na 3ª fase de aplicação da pena houve a aplicação de uma causa

de aumento de pena (emprego de arma de fogo), tendo sido aplicado o aumento de 1/2.
Entretanto, na sentença não houve fundamentação concreta para o aumento da

pena para fração maior que o mínimo legal que seria ⅓. Por isso, não se figura idônea a
pena imposta ao apelante, pois contraria expressamente os ditames previstos no
enunciado n º 443 do STJ, vejamos:
“O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado
exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera
indicação do número de majorantes.”
A jurisprudência do STJ nos ensina:
HABEAS CORPUS. PENAL. ROUBO MAJORADO NA FORMA TENTADA. ARMA DE FOGO. [...]
AUMENTO DE 3/8 EM RAZÃO DA PRESENÇA DE DUAS CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO
DE PENA. AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO CONCRETA.APLICAÇÃO DA SÚMULA 443 DO STJ.
REGIME INICIAL FECHADO PARA CUMPRIMENTO DA PENA. [...] 4. A presença de duas
causas de aumento no crime de roubo (emprego de arma de fogo e concurso de agentes)
não é motivo obrigatório de majoração da punição em percentual acima do mínimo
previsto, sendo necessária a indicação de circunstâncias concretas que justifiquem o
aumento, o que não ocorreu na espécie. Incidência da Súmula n.º 443 deste Tribunal. 5.
Fixada a pena-base no mínimo legal, porquanto o reconhecidas as circunstâncias judiciais
favoráveis ao réu primário, não é cabível infligir regime prisional mais gravoso apenas
com base na gravidade genérica do delito. Inteligência do art. 33, §§ 2º e 3º, c.c. art. 59,
ambos do Código Penal. 6. Aplicação da súmula 440 do Superior Tribunal de Justiça e
das Súmulas n.º 718 e 719 do Supremo Tribunal Federal. [...] 8. Ordem concedida para
reduzir para 1/3 (um terço) a majoração da pena, em razão das causas de aumento, e
fixar a reprimenda em 01 ano, 09 meses e 10 dias de reclusão, a ser cumprida em regime
inicial aberto, bem como para possibilitar a suspensão condicional da pena ao Paciente,
mediante as condições a serem estabelecidas pelo Juiz da Execução. (STJ - HC: 200600

Apelação
SP 2011/0058011-1, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 15/09/2011,

T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 14/11/2011)
Neste sentido, a reprimenda deve ser readequada, via de consequência o regime

imposto, com base nos fatos delineados acima.
2.3 – DA PENA DE MULTA PARA RECORRENTE HIPOSSUFICIENTE E ASSISTIDO PELA

DEFENSORIA PÚBLICA
A defesa requer que a pena de multa seja reduzida para o mínimo legal e/ou
parcelada, uma vez que os recorrentes não têm boas condições financeiras e fora
condenado à pena de multa em 19 (dezenove) dias-multa que, embora tenha sido no
valor mínimo, 1/30 do salário-mínimo vigente, tal valor não corresponde à capacidade
econômica dos Apelantes.
O doutrinador Fernando Capez assevera, que a pena de multa deve ser calculada
superando três etapas: a) encontrar o número de dias-multa; b) encontrar o valor de cada
dia-multa; c) multiplicar o número de dias-multa pelo valor de cada um deles. Ainda,
destaca que a lei fixa o limite de dias entre 10 e 360 dias-multa, entretanto, não
determina a forma de situar a quantidade de dias-multa.
Embora haja várias posições acerca do critério utilizado para determinar a

quantidade de dias-multa referente à pena de multa, ou seja, que tal quantidade seria
determinada ou levando em conta a capacidade econômica do acusado, ou se utilizando
o mesmo critério utilizado para a fixação da pena privativa de liberdade, ou sendo esta
determinada de acordo com a culpabilidade do acusado, o doutrinador Capez, determina
que:
“entendemos que deve existir apenas um critério, tanto para o cálculo do número de dias-
multa quanto para a aferição do seu valor: o fixado pelo art. 60, caput, do Código Penal,
ou seja, principalmente a capacidade econômica de cada condenado”.
Assim, dispõe o art. 60, caput, do CP, “na fixação da pena de multa o juiz deve
atender, principalmente, à situação econômica do réu”.

Apelação
Por outro lado, “o desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao
sustento do condenado e de sua família” - §2º, artigo 50 do CP.
Desta forma, a quantidade de dias-multa que os recorrentes foram condenados

não condiz com a capacidade econômica dos mesmos, posto que levou em consideração
seu cálculo o critério utilizado para a fixação da pena privativa de liberdade e não a
condição econômica dos apelantes, devendo ser reduzida e/ou parcelada, conforme
aplicação do art. 50 do Código Penal que preceitua:
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado
a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode
permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais.
Nesse sentido, vejamos como tem decidido o Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Sul:
AGRAVO EM EXECUÇÃO. PENA DE MULTA. PARCELAMENTO. PREVISÃO LEGAL. Conforme a

determinação do artigo 50 do Código Penal é facultado ao condenado o parcelamento de
sua dívida, a fim que o pagamento da multa não afete a sua subsistência. Parecer do
Ministério Público favorável ao provimento do recurso. AGRAVO PROVIDO. (Agravo Nº
70051822914, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Diogenes
Vicente Hassan Ribeiro, Julgado em 01/02/2013)
(TJ-RS - AGV: 70051822914 RS , Relator: Diogenes Vicente Hassan Ribeiro, Data de

Julgamento: 01/02/2013, Terceira Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário da Justiça
do dia 06/03/2013) – grifos nossos
Portanto, a pena de multa hoje não atinge sua finalidade de punir com isonomia de
condições os apenados, pois, segundo Gilberto Ferreira (FERREIRA, Gilberto. "Aplicação
da Pena". Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998), “a pena de multa tem sido inócua
porque a clientela do Direito Penal brasileiro é pobre e não tem a menor possibilidade de
pagá-la, ou porque se torna ineficaz quando imposta ao abastado. Por isso, só deveria
ser prevista para criminosos do ‘colarinho-branco’, sonegadores e altos estelionatários e
desde que tivesse força de empobrecer o condenado, alterando sua condição social a
ponto de fazê-lo cair ao patamar das classes inferiores”.
Cita ainda a obra de Ferrajoli, arrematando: “frente a tão numerosos e diversos

inconvenientes, a única reforma possível desta pena é sua abolição. Ou a pena pecuniária

Apelação
é considerada suficiente e, então, a punição poderia ser administrativa, com a

despenalização do delito para o qual haja sido prevista, ou bem se considere insuficiente,
e, então deverá ser ‘substituída por outro tipo de pena, mais severa’, o que evidencia
coerência com os postulados do direito penal mínimo e garantista”.
Nesse sentido, tem corroborado a jurisprudência dos Tribunais Pátrios pela

redução da Pena de Multa quando o réu trata-se de pessoa pobre. Vejamos.
“APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO QUALIFICADO E

RECEPTAÇÃO. I - FURTO. MATERIALIDADE E AUTORIA. Inequívocas a materialidade e a
autoria do delito diante da prisão do acusado, em flagrante, na posse da res furtiva e, bem
como de sua confissão em juízo. PENA DE MULTA. RÉU POBRE. REDUÇÃO DO QUANTUM.
Diante da pobreza do réu, mantém-se a cobrança da multa, com sua redução ao mínimo
legal. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE MANTIDA. CONCESSÃO DO SURSIS. Por maioria. II -
RECEPTAÇÃO. A prova dos autos mostra-se insuficiente para demonstrar o conhecimento,
por parte dos réus, da...” (70037313442 RS, Relator: Carlos Alberto Etcheverry, Data de
Julgamento: 05/05/2011, Sétima Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário da Justiça do
dia 13/06/2011).
Assim, diante dos argumentos expostos, caso seja mantida a condenação dos
recorrentes, a pena de multa ao qual foram condenados deverá ser reduzida e/ ou
parcelada, pois os acusados são pessoas pobres, conforme demonstrado, havendo, assim,
uma consonância ao disposto no art. 60, caput, c/c, § 2º, art. 50, todos do Código Penal.
3. – DO PEDIDO:
ANTE O EXPOSTO, requer a Vossas Excelências:
a) seja conhecido o presente recurso, uma vez que presentes seus pressupostos recursais
intrínsecos e extrínsecos;
b) a intimação do Ministério Público para intervir no feito;
c) Reconheça a nulidade do auto de reconhecimento dos acusados MATEUS JOSÉ DA

CRUZ E CLEBER DOS REIS DA CRUZ e o consequente desentranhamento de tal prova;
d) seja reformada a decisão recorrida com a ABSOLVIÇÃO DOS APELANTES, com fulcro
no artigo 386, V, do CPP;
e) que a pena base seja fixada no mínimo legal, uma vez que as circunstâncias judiciais
são inteiramente favoráveis aos apelantes;

Apelação
f) a fração da causa de aumento de pena seja readequada conforme os motivos já

debatidos;
g) que a pena de multa ao qual foram condenados seja reduzida e/ ou parcelada, pois os
acusados são pessoas pobres, conforme demonstrado, havendo, assim, uma consonância
ao disposto no art. 60, caput, c/c, § 2º, art. 50, todos do Código Penal.
Nestes termos, pede deferimento.
Teresina/PI, 03 de março de 2023.

Defensora Pública do Estado do Piauí
10

Praça Edgard Nogueira, S/N, Fórum Cível e Criminal, 4º Andar, Cabral, TERESINA - PI -
CEP: 64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

CERTIDÃO
Certifico a tempestividade da apelação interposta através da Defensoria Pública

TERESINA, 28 de fevereiro de 2023.
THIAGO BORGES LEAL
Assinado eletronicamente por: THIAGO BORGES LEAL - 28/02/2023 12:43:01 Num. 10572678 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 4a VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE TERESINA/PI
Processo n°. 0004263-27.2007.8.18.0140
CLEBER DOS REIS DA CRUZ e MATEUS JOSÉ DA CRUZ, qualificados

nos autos da ação penal identificada acima, movida em seu desfavor pelo Ministério Público
Estadual, vem perante Vossa Excelência, através da Defensoria Pública do Estado do Piauí, por
meio de seu membro abaixo assinado, inconformado com r. sentença proferida em 08 de
fevereiro de 2023, interpor recurso de APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593, I , do Código
de Processo Penal, requerendo sejam os autos encaminhados à Defensoria Pública do Estado
para fins de apresentação das razões do apelo.
Termos em que pede deferimento.
Teresina-PI, 28 de fevereiro de 2023.

Defensora Pública
Isabelle Maria Pereira Abreu Veiga

Estagiário - DPE/PI
Assinado eletronicamente por: ANA KEYLA FERREIRA DA SILVA PAILLARD - 28/02/2023 11:31:41 Num. 10572677 - Pág. 1
PROMOTORIA DE JUSTIÇA AUXILIAR
Atualmente em auxílio à 03ª Promotoria de Justiça de Teresina,
de 09.02.2023 a 08.02.2024, nos termos do Ato PGJ/PI nº 1.268/2023,
com atuação junto ao Juízo Auxiliar da 04ª Vara Criminal da Comarca de Teresina/PI
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO AUXILIAR DA 4ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA
Autos de Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140

Ação Penal Pública – Roubo qualificado
Réu (s): Cleber dos Reis Cruz, Mateus José da Cruz, Alexandro Barroso da Silva e Aleilson
Pereira de Sousa
MM.(a) Juiz (a),
O MINISTÉRIO PÚBLICO BRASILEIRO, por seu ramo estadual no Piauí, através

de seu presentante que esta subscreve, vem, perante Vossa Excelência, nos autos desta Ação
Penal movida contra Cleber dos Reis Cruz, Mateus José da Cruz, Alexandro Barroso da Silva e
Aleilson Pereira de Sousa, manifestar ciência da r. Sentença (ID 36677792), que declarou a
presente ação parcialmente procedente, com a consequente condenação dos acusados
Mateus José da Cruz e Cleber dos Reis Cruz nas penas do artigo 157, § 2º, I e II do Código
Penal; bem como a extinção da punibilidade quanto ao acusado Aleilson Pereira de Souza
pela prescrição dos crimes previstos nos arts. 180 e 288 do CP; art. 14 da 10.826, na forma do
art. 107, IV do Código Penal.
Teresina – PI, 13 de fevereiro de 2023.
(assinado digitalmente)
ARI MARTINS ALVES FILHO (bfl)
PROMOTOR DE JUSTIÇA
Titular da Promotoria de Justiça de Barro Duro/PI,
respondendo pela 44ª Promotoria de Justiça de Teresina,
nos termos da Portaria PGJ/PI nº 1.277/2022, até ulterior deliberação
__________________________________ 1 de 1 _____________________________________
Rua Lindolfo Monteiro, nº 911, Mezanino, Fátima, Teresina/PI, CEP.: 64.049-440
Telefone Geral: (86) 2222-8100, Ramal: 8194, Celular Institucional: (86) 9.8120-6997
E-mail: 44.pj.teresina@mppi.mp.br
CEP: 64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

ATO ORDINATÓRIO
De ordem do(a) Exmo(a). Juiz(a) de Direito, intimo as partes, Ministério Público e

Defensoria Pública, para restarem cientes da sentença proferida nestes autos (ID
36677792).

CEP: 64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

CERTIDÃO
Certifico que nesta data encaminhei a sentença proferida nestes autos (ID 36677792)
para publicação, a ser disponibilizada no diário do dia 08/02/2023.

4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina DA COMARCA DE
TERESINA
CEP: 64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

ASSUNTO(S): [Roubo Majorado]
SENTENÇA
1. Relatório
Vistos...
Consta dos autos, que no dia 17 de julho de 2007, por volta das
09h00, CLEBER DOS REIS DA CRUZ e MATEUS JOSÉ DA CRUZ
praticaram o crime de roubo¹ contra as vítimas Edna Maria Silva, Valdênia

de Sousa Virgino e Kelly Cilene dos Santos Silva, mediante o emprego de
arma de fogo, tipo revolver, subtraindo um a motocicleta Honda CG 125,
placa NHU-3916, com o documento correspondente, além de dois celulares.

Também, esses dois denunciados roubaram² outra motocicleta,
Honda NXR 125 Bros Ks, placa 6215, de Raimundo Nonato Matos Dutra
Neto. Eles foram presos em flagrante no dia 20 de julho de 2007 acusados
das práticas dos crimes de receptação, formação de quadrilha e porte ilegal
de arma de fogo de uso permitido.
O denunciado CLEBER DOS REIS DA CRUZ foi preso em
flagrante em razão do porte de arma de fogo com numeração raspada, além

de balas de calibre ponto quarenta e da motocicleta roubada Honda CG 125,
placa NHU-3916.
O acusado ALEILSON PEREIRA DE SOUZA foi preso em
flagrante em razão do porte de arma de fogo, além de ter sido encontrado

com a motocicleta roubada Honda NXR 125 Bros Ks, placa 6215
Assinado eletronicamente por: FRANCISCO DAS CHAGAS FERREIRA - 08/02/2023 09:28:50 Num. 10572673 - Pág. 1
(proveniente da segunda empreitada criminosa). Já ALEXSANDRO
BARROSO DA SILVA foi preso em flagrante devido ao fato de estar com

três aparelhos celulares roubados.
Denúncia oferecida em 10/09/2007, Decisão interlocutória de ff.
123 (08/02/2008) recebendo a denúncia e designando oitivas dos réus no
molde da redação do CPP anterior à lei 11.719/2008. Todos os réus citados
pelo rito da Lei à época dos fatos conforme ff. 127 de 15/02/2008.
Em relação ao réu MATEUS JOSÉ DA CRUZ, em seu depoimento
extrajudicial, inicialmente, reconheceu a prática criminosa, mas não
detalhou. Num segundo interrogatório complementar, disse que praticou o
roubo da motocicleta Titan na companhia do “Gordo”, e não do CLEBER

DOS REIS DA CRUZ. O interrogando disse que ele próprio rendeu a vítima.
Em sede judicial negou os fatos a ele imputados (ff. 137).
A ofendida Edna Maria Silva prestou depoimento na Delegacia de

Polícia e ratificou em sede judicial ( ff. 157). Disse que no dia 17/07/2007
estava no seu local de trabalho com as suas colegas Valdênia de Sousa

Virgino e Kelly Cilene dos Santos Silva quando foi rendida por dois homens,
que estavam armados e não usavam nenhum disfarce. Eles levaram a sua
motocicleta e o documento do veículo correspondente. Após a prisão dos

acusados, procedeu a reconhecimento pessoal deles, CLEBER DOS REIS
DA CRUZ e MATEUS JOSÉ DA CRUZ.

A testemunha Kelly Cilene dos Santos Silva prestou depoimento
na delegacia de Polícia Civil, ocasião em que disse que no dia do ocorrido
estava com a vítima Edna Silva e sua outra colega, Valdênia Virgino, quando
foram abordadas por dois homens armados. Os assaltantes levaram a
motocicleta de Edna Silva, assim como aparelhos celulares. Igualmente,
disse Valdênia Virgino em depoimento prestado na Delegacia de Polícia

Civil.
Em relação ao réu ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, restou
evidenciada a prática do crime de receptação da motocicleta roubada,
Honda NXR 125 Bros Ks, placa 6215¹, pois ele foi preso com este veículo
quando estava na companhia do réu Mateus.

A vítima Raimundo Nonato Matos Dutra Neto também prestou
depoimento na Delegacia de Polícia (ratificou em juízo conforme oitiva de ff.
158), ocasião em que disse que no dia do ocorrido estava chegando em sua
casa quando foi abordado por uma pessoa que portava uma arma de fogo.
Disse que no momento do crime havia uma outra pessoa numa

motocicleta fazendo cobertura. Os assaltantes levaram a sua motocicleta, a
Honda NXR 125 Bros Ks, placa 6215, encontrada em poder de Aleilson de
Souza.
A testemunha Nilo Oliveira e Silva também prestou depoimento na

Delegacia de Polícia (ratificado em sede judicial de ff. 159), ocasião em que
disse ter recebido um comunicado da Central de Flagrantes da Vila Maria
para comparecer ao respectivo local, para fins de receber os quatro

acusados presos em flagrante. O depoente recebeu os flagranteados, bem
como os objetos roubados, as duas motocicletas, além, das armas de fogo e

munições que com aqueles estavam.
A testemunha Marcelo da Silva Duarte, agente de polícia, disse em
depoimento prestado na Delegacia de Polícia (ratificado em sede judicial de

ff. 160) que no dia 20/07/2007 recebeu o comunicado da prisão em flagrante
dos quatro réus em razão do roubo das motocicletas, além do porte de

armas de fogo e munições.
O acusado ALEILSON PEREIRA DE SOUZA disse no
interrogatório policial que não praticou os crimes. No dia do ocorrido o seu
cunhado Mateus o convidou para passear em duas motocicletas, o qual
aceitou. Após, a polícia os perseguiram e procederam às suas prisões. No
seu depoimento judicial (ff. 138), Aleilson de Souza manteve a afirmativa de

que não praticou os crimes descritos na denúncia.
Em relação ao réu CLEBER DOS REIS DA CRUZ, não há dúvidas
quanto a prática do crime de roubo majorado (artigo 157, § 2º, I e II do
Código Penal) pelo emprego de arma de fogo e em concurso de pessoas
pela subtração da motocicleta Honda CG 125, placa NHU-3916, procedido

por ele e o réu MATEUS JOSÉ DA CRUZ, contra a vítima Edna. Embora
tenha negado as acusações no interrogatório de ff. 134, Cleber da Cruz não
apresentou álibi.
Restou evidenciada a prática dos crimes de posse ilegal de arma
de fogo com numeração suprimida(artigo 16, § ú, I, da Lei n. 10.826/03), em

razão dos policiais terem encontrado dois revólveres na residência de
Cleber Cruz.
Entretanto, em relação ao réu ALEXSANDRO BARROSO DA
SILVA, não há indícios nos autos de que deu causa aos crimes indicados na
denúncia. Ele prestou interrogatório policial e judicial e em ambos negou ter
praticado o crime. Disse que estava em sua residência quando os três outros
indivíduos entraram em sua residência dizendo que estavam sendo

perseguidos por policiais.
Entraram na residência de Alexsandro da Silva para fins de se

livrarem da perseguição policial, e nesse local não foram encontradas armas
ou outros instrumentos que incriminassem este último, de modo que contra
Alexsandro da Silva não há provas nos autos de sua autoria delitiva.

Alegações finais do MP de ff. 244 e ss. do doc. de ID 28026112
pugnando pela condenação do acusado Mateus José da Cruz nas penas do

artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal; Aleilson Pereira de Souza nas penas
do artigo 180 do Código Penal; Cleber dos Reis Cruz nas penas do artigo
157, § 2º, I e II do Código Penal e nas do artigo 16, § único, I, da Lei n.
10.826/03, requerendo, ainda, a absolvição de Alexandro Barroso da Silva
por ausência de provas de sua autoria nas práticas criminosas insertas na
denúncia.
Memoriais do réu MATEUS JOSÉ DA CRUZ de ff. 266 e ss. do
doc. de ID 28026112 pleiteando a absolvição dos acusados, eventual
condenação com pena no mínima legal, detração penal.
Alegações finais do réu ALEILSON PEREIRA DE SOUZA de ff.
269 e ss. de ID 28026112 pleiteando a absolvição dos acusados, eventual

condenação com pena no mínima legal, detração penal.
ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA apresentou memoriais de
ID 34894688 pugnando pela absolvição com fulcro nos arts. 386, VII do
CPP. CLEBER DOS REIS DA CRUZ apresentou alegações finais de ID
34896210 pugnando pela decretação da prescrição quanto ao crime do

art. 288 do CP e absolvição por falta de provas quanto ao crime de
Roubo, subsidiariamente requer a pena-base no mínimo legal e o
direito de recorrer em liberdade.
Após, os autos vieram conclusos para julgamento.
2. Fundamentação
Estão presentes os pressupostos processuais e as condições da

ação, faço análise das preliminares arguidas, após passo a apreciar o mérito
da causa.
Quanto as imputações na Denúncia, temos:

a) CLEBER DOS REIS DA CRUZ, artigo 157, § 2º, I e II; art. 288
do CP e art. 14 da Lei 10.826/2003;

b) MATEUS JOSÉ DA CRUZ, artigo 157, § 2º, I e II do Código
Penal e art. 288 do CP;

c) ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, art. 180 e art. 288 do CP; art.
14 da 10.826;
d) ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, art. 180 e 288 do CP:

Todavia em sede de alegações finais o MP teve o seguinte
entendimento:
a) CLEBER DOS REIS DA CRUZ, art. 157, § 2º, I e II do Código
Penal e artigo 16, § único, I, da Lei n. 10.826/03;
b) MATEUS JOSÉ DA CRUZ, art. 157, § 2º, I e II do Código Penal;
c) ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, artigo 180 do Código Penal
d) ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA pedido de absolvição.
Observo que há incongruências entre os crimes imputados

inicialmente com os imputados nos memoriais e procedo ao saneamento por
meio da emendatio libelli com fulcro no princípio da primazia do julgamento
do mérito. Entendo que em sede de alegações finais o MP foi assertivo
quanto à subsunção do fato à norma, todavia, por não ter deixado expresso
os pedidos quanto às demais capitulações legais na exordial acusatória,

realizo a análise de todos os fatos.
2.1 Prescrição dos crime dos artigo 14 e 16, § único, I, da Lei n.
10.826/03 e art. 288 do CP quanto ao réu CLEBER DOS REIS DA CRUZ.

A prática de um fato definido na lei como crime traz consigo a
punibilidade, isto é, a aplicabilidade da pena que lhe é cominada em abstrato
na norma penal. Significa que, quando o sujeito comete um delito de um lado

aparece o Estado com o jus puniendi, de outro, o acusado, com a obrigação
de não obstaculizar o direito da sociedade representada pelo Estado de
impor a sanção penal.

Ocorrida uma causa de extinção da punibilidade torna-se
impossível aplicar contra o agente pena ou mesmo medida de segurança,

nem mesmo processado o acusado pode ser.
Da leitura dos autos, observa-se que, de fato, já transcorrera o

prazo de prescrição previsto na legislação visto que, sendo o prazo
prescricional do delito do art. 16 da Lei 10.826/2003 em 12 (doze) anos. O
último termo de interrupção da prazo foi com o recebimento da Denúncia de

meados de 2008, configurada a prescrição em meados de 2020.
2.2 Prescrição do crime do art. 14 da lei 10.826/2003, arts. 180 e 288 do
CP quanto ao réu ALEILSON PEREIRA DE SOUZA.

Observa-se que, transcorrera o prazo de prescrição previsto na
legislação, sendo o prazo prescricional dos delitos em apreço de 08 (oito)
anos. O último termo de interrupção do prazo foi com o recebimento da
Denúncia de meados de 2008, configurada a prescrição em meados de

2016, sendo que os delitos mais leves prescrevem com os mais graves.
2.3 Prescrição do crime do art. 288 do CP quanto ao réu MATEUS JOSÉ

DA CRUZ.
Ocorreu o prazo de prescrição previsto na legislação, o prazo
prescricional do delito em apreço é de 08 (oito) anos. O último termo de
interrupção do prazo foi com o recebimento da Denúncia de meados de

2008, configurada a prescrição aproximadamente em 2016.
2.4 Crimes de roubo

Analisando os autos identifico que foram cometidas duas
empreitadas criminosas: 1) três roubos em concurso formal próprio contra as

vítimas Edna Maria Silva, Valdênia de Sousa Virgino e Kelly Cilene dos
Santos Silva, subtraindo um a motocicleta Honda CG 125, placa NHU-3916
e celulares; 2) um roubo contra Raimundo Nonato Matos Dutra Neto com a

subtração do bem Honda NXR 125 Bros Ks, placa 6215.
A ocorrência dos crimes contra o patrimônio se encontra
plenamente comprovada nos autos, não pairando quaisquer dúvidas quanto

à materialidade dos eventos delituosos, conforme atesta auto de
apresentação e apreensão no APF de ID 28026114, ff. 54.
Restam, no entanto, avaliar os elementos de provas produzidos
que dizem respeito à autoria dos delitos e sobre a responsabilidade criminal
dos acusados, para os quais procederei à análise conjunta, cotejando os
fatos relacionados na denúncia com as provas coletadas nos autos.
A vítima Edna Maria Silva reconheceu (ID 28026114, ff. 74) o réu
MATEUS JOSÉ DA CRUZ como um dos que praticou o roubo e subtraiu a

sua motocicleta. Igualmente, reconheceu CLEBER DOS REIS DA CRUZ. A
testemunha Kelly Cilene dos Santos Silva reconheceu os réus Mateus da
Cruz e Cleber Cruz como os dois assaltantes que roubaram a motocicleta
de Edna Maria Silva (ID 28026114, ff. 109).

Quanto à autoria dos réus Mateus da Cruz e Cleber Cruz na
segunda empreitada criminosa esta não restou evidenciada, a vítima
Raimundo Nonato Matos Dutra Neto foi categórica em sede policial e judicial
em não reconhecer nenhum dos dois acusados. Portanto, o segundo roubo
não resta configurado por haver não restar provas concretas para atribuir a
autoria a ambos os réus. A análise segue somente em relação à primeira
empreitada criminosa, sendo imperiosa a absolvição quanto à segunda
empreitada criminosa.
Pelos elementos de provas coletados não restam dúvidas de que

os primeiros fatos em questão se tratam da prática do crime de roubo, diante
da presença de grave ameaça à subtração dos bens, oriunda da ameaça
perpetrada através do ato de autoria do réus em portar arma de fogo

consigo.
A ameaça à subtração do bem deve ser razoável, capaz de

infundir temor à vítima. Não há necessidade de que o agente verbalize o mal
que irá praticar. Este é o caso dos autos, a ação dos assaltantes causou
intimidação às vítimas: a grave ameaça está presente.

Os tribunais superiores adotam a teoria do apprehensio ou amotio,
ou seja, a consumação ocorre no momento em que a res subtraída passa ao

poder do agente, mesmo que por pouco tempo, ou que o autor do fato seja
perseguido pela polícia ou pela vítima logo depois. Significa que houve a
inversão da posse. Dito o exposto, ela é também conhecida como teoria da
inversão da posse. Para esta corrente, o crime se consuma ainda que o
agente não fique com a posse mansa e pacífica. A coisa é retirada da esfera
de disponibilidade da vítima, mas não é necessário que saia da esfera de

vigilância da vítima. Consoante redação da súmula n° 582 do STJ:
Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem

mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por
breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e
recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa
e pacífica ou desvigiada
A súmula retro está condizente com a jurisprudência do STF:
Para a consumação do crime de roubo, basta a inversão da posse

da coisa subtraída, sendo desnecessária que ela se dê de forma
mansa e pacífica, como argumenta a impetrante. STF. 2ª Turma.
HC 100.189/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 16/4/2010.
É prescindível, para a consumação do roubo, que o agente consiga

a posse tranquila da coisa subtraída, mesmo que perseguido e
preso por policiais logo após o fato. STF. 2ª Turma. HC 91.154/SP,
Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 19/12/2008.
Esta Corte tem entendimento firmado no sentido de que a prisão do

agente, ocorrida logo após a subtração da coisa furtada, ainda sob
a vigilância da vítima ou de terceira pessoa, não descaracteriza a
consumação do crime de roubo. STF. 1ª Turma. HC 94.406/SP,
Rel. Min. Menezes Direito, DJe 05/09/2008.
Por fim, os acusados são imputáveis, haja vista ter cometido o
delito já maior de idade e não haver indícios de possuir qualquer doença
mental; era exigível, aos réus, no caso concreto, assumir conduta diversa,
bem como, tem os acusados, potencial consciência da ilicitude de seus
fatos, o que demonstra estarem presentes os três requisitos da
culpabilidade, elemento imprescindível para caracterização do crime.
Presentes, portanto, os três substratos do crime, bem como os

atos do acusado se inserirem com perfeição no fato típico estampado nos
arts. artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal c/c art. 70, todos do Código
Penal (tipicidade formal). Ademais, mostra-se reprovável as condutas
assumidas pelo réu, de forma a ser de interesse ao Estado a persecução
(tipicidade material).
2.5 Uso de arma de fogo
As vítimas se mostraram seguras em afirmar ter sido empregada,
para realização do crime uma arma de fogo. De fato, para que se possa
utilizar da majorante do emprego de arma de fogo, que é de ordem objetiva,

é necessário que tenha sido devidamente comprovado o uso da arma, a
arma foi apreendida.
Há precedentes: “A Terceira Seção do STJ, no julgamento do
EREsp 961.863/RS, pacificou o entendimento de que a incidência da
majorante do emprego de arma prescinde de sua apreensão e perícia,
notadamente quando comprovada sua utilização por outros meios de prova”.
Existe nos autos a comprovação de que se trata de arma de fogo
verdadeira, reconheço da causa de aumento da pena. Há prova indireta,

uma vez que constituída por prova testemunhal.
2. 6 Concurso de pessoas e majorante sobejante

Conforme o depoimento seguro e coeso das testemunhas e
vítimas acima mencionadas, entendo que havia uma divisão de tarefas em
que ambos os autores da empreitada criminosa teriam o controle finalístico

sobre o resultado.
Quanto aos requisitos para o concurso de pessoas, encontram-se
preenchidos: 1) pluralidade condutas: enquanto um pilotava, o outro exercia

a grave ameaça; 2) relevância causal das condutas: o motorista levou o réu
ao local do crime e conseguiu dar fuga ao executor da ameaça; 3) liame
subjetivo: o crime praticado foi o mesmo, havendo apenas divisão de tarefas.
Com o escopo de afastar anacronismo aplico a teoria do domínio
do fato quanto à coautoria no concurso de pessoas, visto que ambos os

autores foram senhores do fato em razão de sua decisão volitiva.
O autor Jescheck explica as consequências da teoria objetivo-
subjetiva: a) sempre é autor quem executa por sua própria mão todos os
elementos do tipo; b) é autor quem executa o fato utilizando outra pessoa

como instrumento; c) é autor o coautor, que realizada uma parte necessária
da execução do plano global (domínio funcional do fato), mesmo que não
seja um ato típico em sentido estrito.

Por sua vez, observo que restou caracterizada a causa de
aumento do art. 157, 2º, II, visto que o crime foi praticado em concurso de
pessoas, conforme comprova o depoimento das vítimas, testemunhas.
Conforme consolidado pelo informativo 716 do STJ, via de regra,
no concurso de causas de aumento especiais, será aplicada apenas uma,

não sendo possível estabelecer frações categóricas:
A 2ª Turma deu parcial provimento a recurso ordinário em habeas
corpus para determinar ao juízo de origem que, afastado o bis in
idem e sem uso de tabela para estipular a majoração da pena,
procedesse à nova dosimetria, sem prejuízo da condenação do
paciente. De início, verificou-se a ocorrência de bis in idem, uma
vez que a restrição da liberdade das vítimas teria sido utilizada para
a fixação da pena-base, quando da análise das consequências do
crime, e, na terceira etapa da dosimetria, como causa de aumento
(CP, art. 157, § 2º, V). Em seguida, explicitou-se que o tribunal de
justiça local ponderava ser necessário observar certa gradação
estabelecida em tabela, a nortear a dosimetria, quando verificado o
concurso de diversas causas de aumento. Asseverou-se que a
jurisprudência do STF não admitiria, de modo geral, que fossem
estabelecidas frações categóricas para aumentar a pena, em
função de qualificadoras ou outros de motivos. RHC 116676/MG,
rel. Min. Ricardo Lewandowski, 20.8.2013. (RHC-116676).
A melhor técnica está elucidada pelo Enunciado Orientativo 32 do

TJMT:“A incidência de duas ou mais causas especiais de aumento de pena
no crime de roubo autoriza a utilização de uma delas na terceira fase da
dosimetria e as demais na primeira, como circunstâncias judiciais
desfavoráveis”. Sobre a majorante sobejante o STJ se manifestou:

(...) 2. A questão jurídica trazida nos presentes autos e submetida
ao crivo da Terceira Seção diz respeito, em síntese, à valoração de
majorantes sobejantes na primeira ou na segunda fase da
dosimetria da pena, a depender se a causa de aumento traz
patamar fixo ou variável. Contudo, não é possível dar tratamento
diferenciado à causa de aumento que traz patamar fixo e à que traz
patamar variável, porquanto, além de não se verificar utilidade na
referida distinção, o mesmo instituto jurídico teria tratamento
distinto a depender de critério que não integra sua natureza
jurídica. 3. Quanto à possibilidade propriamente dita de deslocar a
majorante sobejante para outra fase da dosimetria, considero que
se trata de providência que, além de não contrariar o sistema
trifásico, é a que melhor se coaduna com o princípio da
individualização da pena. De fato, as causas de aumento (3ª fase),
assim como algumas das agravantes, são, em regra, circunstâncias
do crime (1ª fase) valoradas de forma mais gravosa pelo legislador.
Assim, não sendo valoradas na terceira fase, nada impede sua
valoração de forma residual na primeira ou na segunda fases. 4. A
desconsideração das majorantes sobressalentes na dosimetria
acabaria por subverter a própria individualização da pena realizada
pelo legislador, uma vez que as circunstâncias consideradas mais
gravosas, a ponto de serem tratadas como causas de aumento,
acabariam sendo desprezadas. Lado outro, se não tivessem sido
previstas como majorantes, poderiam ser integralmente valoradas
na primeira e na segunda fases da dosimetria. 5. Escorreita a
valoração das majorantes sobressalentes na primeira fase da
dosimetria da pena, mantém-se a pena-base fixada pelo Tribunal
de origem, em 4 anos e 7 meses de reclusão. Quanto à agravante
da reincidência, deve ser observado o parâmetro de 1/6 utilizado
por esta Corte Superior, motivo pelo qual se fixa a pena
intermediária em 5 anos e 3 meses de reclusão. (…). (STJ - HC:
463434 MT 2018/0201182-1, Relator: Ministro REYNALDO
SOARES DA FONSECA, Data de Julgamento: 25/11/2020, S3 -
TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 18/12/2020), (grifo
nosso).
Portanto, tal majorante não incidirá na terceira fase da dosimetria

da pena, será valorada na primeira fase, visto que pela interpretação da
Súmula 443 do STJ se justifica a aplicação de duas causas de aumento se a
gravidade concreta do delito for exacerbada, o que não é o caso.
2. 7 Concurso formal de crimes
Pelo conjunto probatório encartado nos autos, praticados três
delitos no mesmo contexto fático jurídico, três roubos circunstanciados, o
que restou devidamente configurado pelas palavras das vítimas. Neste
sentido temos:
CRIMINAL. RESP. ROUBO QUALIFICADO. CONCURSO
FORMAL. CARACTERIZAÇÃO. AÇÃO ÚNICA. VÍTIMAS
DIFERENTES. ATENUANTES DA MENORIDADE E DA
CONFISSÃO ESPONTÂNEA. FIXAÇÃO DA PENA ABAIXO DO
MÍNIMO LEGAL, EM SEDE DE APELAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 231/STJ. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. I.
Configura-se concurso formal, quando o agente, mediante uma só
ação, pratica crimes de roubo contra vítimas diferentes, ainda que
da mesma família, eis que caracterizada a violação a patrimônios
distintos. II. Não se admite a redução da pena abaixo do mínimo
legal, em razão da incidência de atenuantes relativa à menoridade
e à confissão espontânea. Precedentes. III. Aplicação da Súmula
nº 231/STJ. IV. Remessa dos autos ao Tribunal a quo para
redimensionamento da pena. V. Recurso Especial conhecido e
provido, nos termos do voto do Relator. (STJ - REsp: 804070 RS
2005/0207325-8, Relator: Ministro GILSON DIPP, Data de
Julgamento: 09/05/2006, T5 - QUINTA TURMA, Data de
Publicação: --> DJ 05/06/2006 p. 315).
Basicamente, se numa única ação forem subtraídos bens de
vítimas diversas, não será crime único visto que foram afetados patrimônios
distintos, também, não é o caso de concurso material, sequer concurso

formal impróprio.
Portanto, os crimes foram praticados mediante uma única conduta,
desenvolvendo-se o comportamento no mesmo contexto espacial e

temporal, e com pluralidade de crimes, não há de se falar em desígnios
autônomos.
2.8 Da absolvição do réu ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA do crime
dos arts. 180 e 288 do CP.
Ainda que prescritos os crimes em apreço, visto que a

absolvição é mais benéfica ao réu do que a prescrição, por esses
motivos analiso. Durante a instrução criminal, não restou comprovada a

autoria do fato típico imputado autor, não se tendo provas suficientes
para fundamentar eventual condenação, considerando não haver, nos
autos, provas capazes de tornar inconteste a denúncia.
Como é cediço, para ser possível a condenação de alguém,
mister estarem demonstradas, de forma cabal, a materialidade e

autoria do delito imputado. Por sua vez, exsurge ser imprescindível que
os elementos de informação, colhidos na fase inquisitorial, sejam
comprovados na fase acusatória.
Segundo estabelecido no art. 13 do CP, o resultado de um

crime só pode ser imputado a quem lhe deu causa. Inexistindo prova
da autoria do delito, torna-se impossível a imputação do crime ao
denunciado, vez que, caso contrário, restariam gravemente feridos os
princípios da inocência e do in dubio pro reo, o que contrariaria todo o

ordenamento jurídico pátrio. Portanto, não há provas suficientes para
comprovação da autoria.
3. Dispositivo
Ante o exposto, em face dos fundamentos já relatados, JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTE A DENÚNCIA:
a) CONDENAR o réu CLEBER DOS REIS DA CRUZ,

anteriormente qualificado, como incursos nas sanções previstas pelos
artigos artigo 157, § 2º, I e II, do Código Penal referente à primeira

empreitada criminosa; ABSOLVER da imputação do crime do artigo 157, §
2º, I e II com fulcro no art. 386, VII, do CPP, referente à segunda empreitada
criminosa; declaro a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE pela prescrição
somente dos crimes previstos nos arts. 288 do CP e art. 14 e 16 da Lei
10.826/2003, na forma do art. 107, IV do Código Penal.

b) CONDENAR o réu MATEUS JOSÉ DA CRUZ, anteriormente
qualificado, como incursos nas sanções previstas pelos artigos artigo 157, §
2º, I e II, do Código Penal referente à primeira empreitada criminosa;
ABSOLVER da imputação do crime do artigo 157, § 2º, I e II com fulcro no
art. 386, VII, do CPP, referente à segunda empreitada criminosa; declaro a
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE pela prescrição somente do crime previsto

no art. 288 do CP, na forma do art. 107, IV do Código Penal.
c) Declaro a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE de ALEILSON
PEREIRA DE SOUZA pela prescrição dos crimes previstos nos arts. 180 e
288 do CP; art. 14 da 10.826, na forma do art. 107, IV do Código Penal.
d) ABSOLVER da imputação dos crimes dos arts. 180 e 288 do CP

de ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA com fulcro no art. 386, VII, do
CPP.
Passo a dosar-lhe as respectivas penas a serem aplicadas, de
forma individualizada, em estrita observância ao disposto pelo art. 68, caput

do Código Penal.
3.1 Dosimetria da pena Quanto ao delito de Roubo do réu CLEBER DOS

REIS DA CRUZ
1ª Fase – Circunstâncias Judiciais (art. 59 do CP): entendo que a
prática delituosa reveste-se de culpabilidade normal. Em relação aos

antecedentes, observo que o denunciado registra em seu desfavor
nenhuma condenação com trânsito em julgado antes do crime em comento,

devendo ser considerado réu primário.
Quanto à sua conduta social não há nos autos informações

suficientes para valoração. Quanto à personalidade, neutro. Quanto aos
motivos, são aqueles normalmente atribuíveis aos crimes contra o
patrimônio, ou seja, a obtenção de lucro fácil, de forma ilícita, o que não

exorbita o tipo penal e não será avaliado negativamente.
As circunstâncias valoradas negativamente pelo concurso de
agente. As consequências foram neutras. Finalmente, o comportamento
da vítima em nada contribuiu para a prática do crime.
Este juízo tem o seguinte entendimento: a personalidade do
agente, conforme princípio da individualização da pena tem destaque
(circunstância repetida nos arts. 44,III; 59; 71, parágrafo único; 77,II e 83, I
do Código Penal) e os antecedentes também se repetem no ordenamento

jurídico (art. 67 do CP, art. 5;106, IV; 114, II; 180, III e 190 da Lei de
Execução Penal), por isso tem peso 02.
Também não se pondera outra circunstância que tenha peso
diferente. Portanto para o cálculo da pena-base será dado o seguinte peso:
Culpabilidade, peso 01: neutro;

Antecedentes, peso 02: neutro;
Conduta social, peso 01: neutro;
Personalidade do agente, peso 02: neutro;
Motivos, peso 01: neutro;

Circunstâncias, peso 01: desfavorável;
Consequências, peso 01: neutro;
Comportamento da vítima, peso 01: neutro;

Portanto, no universo de 10 pontos o acusado fez 01 ponto
desfavorável e 0 ponto favorável. A pena-base parte do valor 04 anos e vai

até o máximo de 10 anos. Do valor mínimo até o máximo a diferença é de 06
anos, logo, como é defeso pena-base abaixo ou superior do patamar 4-10
anos as circunstâncias judicias incidem sobre essa diferença, in casu, de 06

anos. Sendo o aumento de 1/10. Estabeleço a pena-base em 04 (quatro)
anos, 07 (sete) meses e 06 (seis) dias.

2ª Fase- Agravantes e Atenuantes: segue-se agora para a análise
das circunstâncias agravantes e atenuantes, não conheço nenhuma
agravante. Também não reconheço atenuantes. Determino a pena
intermediária em 04 (quatro) anos, 07 (sete) meses e 06 (seis) dias.
3ª Fase – Causas de Aumento e de Diminuição: conforme
reconhecido no corpo desta decisão reconheço a majorante do emprego de

arma de fogo, aumento a pena em 1/2. Portanto a pena final será de 06
(seis) anos, 10 (dez) meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão.
3.1.1 Multa
Aplicando-se a dosimetria da pena temos: 1ª fase, 11

dias. Na 2ª fase, 11 dias. Na 3ª fase, 16 dias. Quanto à multa se
estabelece o valor dos dia-multa 1/30 do salário-mínimo vigente à
época do fato.
3.1.2 Da pena definitiva
Considerando ter o réu, mediante uma única ação,
cometido três delitos de roubo aplico a regra do art. 70 do CP, a

qual determina que, em concurso formal e, tratando-se de crimes
diferentes, deve-se elevar a pena do crime mais grave.

Sendo os 03 (três) crimes idênticos aumento a pena final
em 1/5, razão pela qual fica o sentenciado condenado,
definitivamente, à pena de 08 (oito) anos, 03 (três) meses e 10

(dez) dias de reclusão e 19 (dezenove) dias-multa. Considero esta
pena aplicada como necessária e suficiente para a prevenção e
reprovação do delito.
Deixo de aplicar a substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos nos termos do art. 44 por não

estarem presentes os requisitos descritos nos incisos I e II do
mesmo dispositivo. De igual modo, também deixo de aplicar o

disposto no art. 77 do CP, por não estarem presentes seus
requisitos.
Deixo de realizar a detração, considerando que a LEP

tem competência mais abrangente.
3. 1.3 Regime inicial de cumprimento de pena
Nas condenações à pena privativa de liberdade superior

a 8 anos, a definição do regime prisional inicial deverá considerar a
quantidade de pena aplicada, as condições pessoais do
sentenciado e as circunstâncias concretas do fato, sendo vedado
ao julgado estabelecer outro critério, como o da gravidade em

abstrato do delito.
Com base no art. 33, parágrafo 2º, “a”, do Código Penal,
o regime inicial de cumprimento da pena é o fechado.
Com fundamento no artigo 387, §1º, do Código de
Processo Penal, CONCEDO à sentenciada o direito de recorrer em

liberdade, uma vez que ausente os requisitos à decretação de sua
prisão preventiva.
3.2 Dosimetria da pena Quanto ao delito de Roubo do réu MATEUS

JOSÉ DA CRUZ
1ª Fase – Circunstâncias Judiciais (art. 59 do CP): Para o cálculo
da pena-base será dado o seguinte peso: Culpabilidade, peso 01: neutro;

Antecedentes, peso 02: neutro; Conduta social, peso 01: neutro;
Personalidade do agente, peso 02: neutro; Motivos, peso 01: neutro;
Circunstâncias, peso 01: desfavorável; Consequências, peso 01: neutro;

Comportamento da vítima, peso 01: neutro.
Sendo o aumento de 1/10. Estabeleço a pena-base em 04 (quatro)

anos, 07 (sete) meses e 06 (seis) dias.
2ª Fase- Agravantes e Atenuantes: quanto as circunstâncias

agravantes e atenuantes, não conheço nenhuma agravante. Também não
reconheço atenuantes. Determino a pena intermediária em 04 (quatro) anos,
07 (sete) meses e 06 (seis) dias.

3ª Fase – Causas de Aumento e de Diminuição: conforme
reconhecido no corpo desta decisão reconheço a majorante do emprego de
arma de fogo, aumento a pena em 1/2. Portanto a pena final será de 06
(seis) anos, 10 (dez) meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão.
3.2.1 Multa
Aplicando-se a dosimetria da pena temos: 1ª fase, 11
dias. Na 2ª fase, 11 dias. Na 3ª fase, 16 dias. Quanto à multa se

estabelece o valor dos dia-multa 1/30 do salário-mínimo vigente à
época do fato.
3.2.2 Da pena definitiva
Considerando ter o réu, mediante uma única ação,
cometido três delitos de roubo aplico a regra do art. 70 do CP, a
qual determina que, em concurso formal e, tratando-se de crimes

diferentes, deve-se elevar a pena do crime mais grave.
Sendo os 03 (três) crimes idênticos aumento a pena final

em 1/5, razão pela qual fica o sentenciado condenado,
definitivamente, à pena de 08 (oito) anos, 03 (três) meses e 10
(dez) dias de reclusão e 19 (dezenove) dias-multa. Considero esta

pena aplicada como necessária e suficiente para a prevenção e
reprovação do delito.
Deixo de aplicar a substituição da pena privativa de

liberdade por restritiva de direitos nos termos do art. 44 por não
estarem presentes os requisitos descritos nos incisos I e II do

mesmo dispositivo. De igual modo, também deixo de aplicar o
disposto no art. 77 do CP, por não estarem presentes seus

requisitos.
Deixo de realizar a detração, considerando que a LEP
tem competência mais abrangente.
3. 2.3 Regime inicial de cumprimento de pena
Nas condenações à pena privativa de liberdade superior
a 8 anos, a definição do regime prisional inicial deverá considerar a

quantidade de pena aplicada, as condições pessoais do
sentenciado e as circunstâncias concretas do fato, sendo vedado
ao julgado estabelecer outro critério, como o da gravidade em
abstrato do delito.
Com base no art. 33, parágrafo 2º, “a”, do Código Penal,
o regime inicial de cumprimento da pena é o fechado.
Com fundamento no artigo 387, §1º, do Código de
Processo Penal, CONCEDO à sentenciada o direito de recorrer em
liberdade, uma vez que ausente os requisitos à decretação de sua

prisão preventiva.
5. Disposições Finais
Deixo de aplicar o disposto no art. 387, IV do CPP, uma vez que

não há como mensurar o prejuízo causado à vítima.
Dê-se ciência às vítimas sobre o resultado do julgamento.
Oportunamente, após o trânsito em julgado desta Sentença,

tomem-se as seguintes providências:
I) Lance-se o nome dos réus no rol dos culpados;
II) Encaminhe-se o boletim individual dos réus para o Instituto de

Identificação;
III) Proceda-se o recolhimento do valor atribuído a título de pena

de multa, em conformidade com o disposto pelos artigos 50 do CP e 686 do
CPP;
IV) Oficie-se o Tribunal Regional Eleitoral deste estado,
comunicando a condenação dos sentenciados, com a sua devida
qualificação, acompanhada de cópia desta decisão, para cumprimento do

artigo 15, III da CF;
V) Expeça-se mandado de prisão definitiva e guia de execução
definitiva, encaminhando-a á Vara de Execuções de Penas e medidas
alternativas;
Intime-se os réus, seu defensor, a vítima e o Ministério Público,
todos pessoalmente.
Realizadas as diligências de lei e com o trânsito em julgado da
sentença, arquivem-se os presentes autos, com baixa na distribuição.

Publique-se.
Registre-se.
Intimem-se.
TERESINA-PI, 7 de fevereiro de 2023.
FRANCISCO DAS CHAGAS FERREIRA

Juiz de Direito Auxiliar da 4ª Vara Criminal de Teresina
ALEGAÇÕES FINAIS DO ACUSADO CLEBER DOS REIS CRUZ
Assinado eletronicamente por: KARLA CIBELE TELES DE MESQUITA ANDRADE - 05/12/2022 10:51:49 Num. 10572671 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA/PI.
Ref. Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140

Tipificação: Art. 157, §2º, I, II e art. 288, ambos do Código Penal e artigo 16, § único, I, da
Lei n. 10.826/03
CLEBER DOS REIS CRUZ, devidamente qualificada nos autos da ação

penal em epígrafe (processo supra), que lhe move o Ministério Público, por intermédio da
DEFENSORIA PÚBLICA DO PIAUÍ, com endereço na Avenida João XXXIII, nº 853,
Bairro Jockey, em Teresina/PI, CEP: 64.049-010, telefone (86) 3215-1138, presentada neste
Juízo pelo Defensor Público e abaixo assinado, legitimamente investido no cargo de acordo
com a Lei Complementar Federal nº 80/94 e Lei Complementar Estadual nº 059/2005, vem,
perante Vossa Excelência, apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS sob a forma de MEMORIAIS,
ex vi do art. 403, § 3º, do CPP, no que o faz a seguir para, ao final, requerer:
1. - SÍNTESE DA DENÚNCIA:
Consta nos autos, que no dia 17 de julho de 2007, por volta das 09h00, Cleber
dos Reis da Cruz e Mateus José da Cruz praticaram o crime de roubo contra as vítimas Edna
Maria Silva, Valdênia e Kely, mediante o emprego de arma de fogo, tipo revolver, subtraindo
um a motocicleta Honda CG 125, placa NHU-3916, com o documento correspondente, além
de dois celulares.
13ª Defensoria Pública Criminal Alegações Finais
Além disso, os denunciados roubaram outra motocicleta, Honda NXR 125 Bros
Ks, placa 6215, de Raimundo Nonato Matos Dutra Neto. Eles foram presos em flagrante no
dia 20 de julho de 2007 acusados das práticas dos crimes de receptação, formação de quadrilha
e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
O Ministério Público ofereceu denúncia em 10/09/2007. O Réu foi citado em

15/02/2008, conforme mandado e certidão do senhor oficial de Justiça.
Ato contínuo vieram os autos à Defensoria Pública para apresentar suas

alegações finais, o que faz valendo-se da prerrogativa processual do prazo em dobro.
Eis a sucinta marcha processul.
2. – DA PREJUDICIAL DE MÉRITO:
2.1. – DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EM DECORRÊNCIA DA

PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA (ARTIGO 107, IV, DO CÓDIGO
PENAL) EM RELAÇÃO AO CRIME DO ARTIGO 288 DO CÓDIGO PENAL:
Ao acusado Cleber Dos Reis Cruz foi imputado a prática do crime

tipificado no artigo 288 do Código Penal, cuja pena máxima equivale a 03 anos de reclusão.
. Sendo assim, considerando-se o máximo abstratamente previsto

para este crime, teríamos que a prescrição se consumaria em 08 anos.
Em relação a prática do crime previsto no Art.16, § único, I, da Lei n.

10.826/03, cuja pena máxima equivale a 06 anos de reclusão, considerando-se o máximo
abstratamente previsto para este crime, teríamos que a prescrição se consumaria em 12 anos:
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença

final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se
pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
...............................................................................................................
.........
IV - Em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e
não excede a quatro;
In casu, o fato remonta a 17/08/2007, sendo este o termo inicial da
prescrição, ex vi do art. 111 do Código Penal.
Ocorre que o recebimento da denúncia, primeiro marco interruptivo

do prazo prescricional, na forma do artigo 117 do Código Penal, ocorreu em 10/09/2008 e,
assim, o crime previsto no Art. 288 do CP prescreveu em 09/09/2016, enquanto o crime
previsto no Art. 16, § único, I, da Lei n. 10.826/03 prescreveu em 09/09/2019.
Ante o exposto, considerando-se o longo lapso temporal

transcorrido entre o recebimento da denúncia e os dias atuais, mister se faz a decretação da
extinção da punibilidade da acusada, em relação aos referidos crimes prescritos.
3. – DO MÉRITO:
3.1. – ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS PARA A CONDENAÇÃO

QUANTO AO ART. 157 DO CÓDIGO PENAL
(ARTIGO 386, VII, DO CPP).
MM. Juiz, com a devida vênia ao douto representante do Ministério Público em

nosso sentir este não procedeu com o costumeiro acerto ao propugnar por condenar do réu
como autor do crime narrado na denúncia.
Na consecução da árdua e dificílima tarefa de julgar é sempre importante ter

em linha de conta as lições do estimado doutrinador AMILTON BUENO DE CARVALHO,
ex-Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, quando preconiza:
“é dever constitucional do juiz ingressar no feito convencido da inocência do acusado: é

um pré-juízo constitucional. Logo, a condenação somente poderá explodir quando,
apesar de todos os esforços interpretativos, for impossível absolver. Uma espécie de
diálogo se trava com o acusado: ‘tu és inocente e somente serás condenado se a acusação
destruir absolutamente todas as hipóteses defensivas’ ”. (CARVALHO, Amiton Bueno de.
Eles, os juízes criminais vistos por nós, os juízes criminais. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2014, p. 9).
Vamos ao contexto probatório, ponto a ponto:
I - Durante o Inquérito Policial, o acusado negou veementemente a prática

do delito:
Cleber, disse em depoimento policial que os policiais encontraram as duas

armas de fogo num outro quintal que não o seu.
II - Primeiro, é a necessidade de prova incontroversa produzida em juízo

para a condenação.
A doutrina distingue “prova” de “elementos informativos”. As “provas” são

elementos de convicção produzidos em regra durante o processo judicial com a participação
dialética das partes, sob o manto do contraditório e da ampla defesa e mediante a supervisão
do órgão julgador; já os “elementos informativos” são aqueles colhidos na fase investigatória,
sem a necessária participação dialética das partes.
Elementos informativos, isoladamente considerados, não podem servir de

fundamento para uma decisão, sob pena de violação ao princípio do contraditório e ampla
defesa. A propósito, esta é a dicção do artigo 155 do Código de Processo Penal:
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Segundo, é não perder de vista que o ônus da prova com relação à autoria
delitiva e tipificação subjetiva é do Ministério Público.
Tão importante quanto à concepção de “prova” é a noção de ônus da prova, que

nada mais é que o encargo que as partes têm que provar pelos meios legalmente admissíveis a
veracidade das afirmações por elas formuladas ao longo do processo, resultando de sua
inatividade uma situação de desvantagem perante o direito. Modernamente, diz-se que o ônus
da prova recai sobre as alegações das partes, uma vez que o fato jamais poderá ser provado ou
reconstruído.
Terceiro, sempre e sempre o princípio da presunção de inocência.
Nunca é demais lembrar que no processo penal vigora o princípio da presunção

de inocência. Esse princípio passou a ser expressamente previsto somente com a CF/88, em
seu art. 5º, inciso LVII, ocasião em que o legislador fez uso da expressão “ninguém será
considerado culpado”. E o legislador ainda foi mais além ao dizer que ninguém será
considerado culpado “até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. A CF/88
escreve esse princípio na forma negativa, por isso muitos doutrinadores dizem que a CF/88
teria adotado o princípio da presunção da não-culpabilidade.
A Convenção Americana de Direitos Humanos diz que toda pessoa

tem direito a que se “presuma a sua inocência”. A Convenção Americana de Direitos
Humanos ainda diz que a presunção de inocência perdura “enquanto não for legalmente
comprovada a sua culpa”.
Desse princípio da presunção de inocência derivam duas regras

fundamentais: (a) regra Probatória: de acordo com essa regra, para que alguém possa ser
condenado é indispensável que o acusador comprove a prática da infração penal, eliminando
qualquer dúvida razoável, sendo que em caso de dúvida o acusado deve ser absolvido. Essa
regra probatória dá origem ao princípio do in dúbio pro reo (mais vale absolver um culpado,
que absolver um inocente); (b) regra de Tratamento: o princípio da presunção de inocência
impede qualquer antecipação de juízo condenatório. Ou seja, antes do trânsito em julgado a
prisão do acusado só pode ser decretada a título de medida cautelar, comprovada a sua
necessidade no caso concreto.
Destarte, imprescindível se mostra a absolvição da acusada por

ausência de provas suficientes para a condenação, nos termos do artigo 386, inciso VII, do
CPP.
3.2. - DAS CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS
a) Das Circunstâncias e Consequências Do Crime
O Ministério Público pugnou pela consideração das circunstâncias judiciais e

consequências do crime pelo simples fato de as condutas praticadas terem sido gravosas e
mediante o emprego de explosivos, acrescentando ainda a audácia de não se importar com o
fato de haver policiais militares fazendo a segurança informal do estabelecimento, além do
temor social.
Com a devida vênia ao membro do Parquet, o temor social é consequência do

próprio tipo penal, podendo ir além, sendo o temor social uma consequência de todos os
crimes patrimoniais. Ademais, não há nenhuma comprovação de que os agentes sabiam da
qualidade de ‘’policiais militares’’ dos seguranças que estavam prestando serviço informal ao
estabelecimento.
Da mesma forma, o fato do delito ter sido cometido de forma grave, é inerente
ao próprio tipo penal, como também mediante o uso de explosivos.
Portanto, uma valoração negativa destas circunstâncias seria um flagrante ‘bis

in idem’’, instituto este vedado pelo nosso ordenamento jurídico.
3.3. - DO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE.
O benefício de recorrer em liberdade é direito do acusado quando não mais

subsistem os motivos ensejadores da prisão preventiva do artigo 312 do CPP, quais sejam, a
necessidade de garantir a ordem pública, a ordem econômica ou para assegurar a aplicação da
lei penal, quando houver prova e indício suficiente da existência do crime e de autoria.
Garantir a ordem pública seria, portanto, evitar que o acusado pratique novos
crimes, justificando, desta forma, a necessidade da decretação ou da manutenção da prisão
preventiva. Neste ínterim, para aplicação da prisão preventiva com a justificativa da garantia
da ordem pública se faz necessária a observância dos requisitos, quais sejam, o fumus comissi
delicti (fumaça do cometimento do delito), que são os indícios suficientes da existência do
crime e de autoria, e ainda, o periculum libertatis (perigo em liberdade). Sendo perfeitamente
possível a prisão preventiva sob o argumento da manutenção da ordem pública desde que
pautada em elementos concretos emergentes dos autos.
Cumpre-nos esclarecer que o fato de os acusados responderem por outros

processos criminais, por si só, não justifica a manutenção da prisão preventiva nem prova que
os mesmos voltarão a praticar novo delito se postos em liberdade. É o que se observa na
seguinte jurisprudência:
HABEAS CORPUS. TENTATIVA DE FURTO DE VEÍCULO. PEDIDO DE LIBERDADE

PROVISÓRIA INDEFERIDO SOB O FUNDAMENTO DE GARANTIA DA ORDEM
PÚBLICA. REMISSÃO A OUTRA AÇÃO PENAL EM CURSO. IMPOSSIBILIDADE.
ENTENDIMENTO DO STF E DO STJ. INQUÉRITOS POLICIAIS E AÇÕES PENAIS EM
CURSO NÃO SÃO APTOS A CARACTERIZAR MAUS ANTECEDENTES, NEM
PARA AGRAVAR A PENA EM SENTENÇA CONDENATÓRIA, NEM PARA
EMBASAR DECRETO DE PRISÃO CAUTELAR. ORDEM CONCEDIDA.
1. A decisão que determina a prisão cautelar deve estar devidamente

motivada, consoante dispõe o artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal, e amparada em um
dos requisitos constantes do artigo 312 do Código de Processo Penal, a par da comprovação da
materialidade do crime e de indícios de autoria.
6
2. Na espécie, o único fundamento adotado pela autoridade

impetrada para indeferir o pedido de liberdade provisória ao paciente foi a necessidade
de garantia da ordem pública, consubstanciada no fato de o paciente estar no gozo de
liberdade provisória, deferida em um outro processo criminal, o que caracterizaria a sua
personalidade voltada para o crime ao responder por outra infração penal. Mas o fato de
o paciente estar respondendo a um outro processo, por si só, não é suficiente para
embasar a manutenção da prisão do paciente. A autoridade impetrada não indicou,
concretamente, as razões pelas quais entende que o acusado voltaria a praticar outros
crimes, uma vez que só o fato de estar em liberdade provisória, deferida em outro
processo, não autoriza a prisão preventiva. Se assim fosse, a segregação cautelar se
imporia como regra toda vez que o réu fosse reincidente ou respondesse por outros
processos criminais. O decreto prisional deve ser fundamentado nos elementos concretos
do caso em exame, não bastando a simples menção de que o agente responde a outro
processo.
3. Precedentes do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de

Justiça, no sentido de que inquéritos policiais e ações penais em curso não são aptos a
caracterizar maus antecedentes, nem para agravar a pena em sentença condenatória, nem para
embasar decreto de prisão cautelar.
4. Ademais, no caso em exame, verifica-se no auto de prisão em flagrante que há dúvida sobre
a autoria do delito, pois o co-réu inocentou o paciente, afirmando que ele não participou da
prática da tentativa do furto do veículo. Disse que os dois estavam juntos, mas não avisou o
paciente que pretendia furtar o automóvel, "tendo-lhe dito apenas que esperasse um pouco a
frente por alguns momentos."
4.Habeas corpus conhecido e ordem concedida para deferir o pedido de liberdade provisória
ao paciente, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, confirmando-se a
liminar deferida. (Acórdão nº 20080020063367 – julgado em 30/07/2008 – Tribunal TJ DFT –
relator ROBERVAL CASEMIRO BELINATI) (grifos nossos)
Nota-se que a garantia da ordem pública não se justifica pelo fato de os

acusados responderem por outros processos, sendo necessário para tal, que sejam apresentados
os motivos concretos das razões pelas quais se entende que s acusados voltariam a praticar
novo crime.
Desta feita, resta evidente o direito de todos os acusados de recorrerem em

liberdade, caso sejam condenados, sob pena de flagrante violação à norma constitucional, vez
que contraria o disposto no artigo 5º, inciso LXVI, que garante que ninguém será levado a
prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade, bem como a garantia do devido
processo legal previsto no inciso LIV, também do artigo 5º da CF.
4. - DO PEDIDO:
ANTE O EXPOSTO, requer:
a) Considerando-se o longo lapso temporal transcorrido entre o recebimento da

denúncia e os dias atuais, mister se faz a decretação da extinção da punibilidade da
acusada, em relação aos crimes de associação criminosa (artigo 288 do CP), e do
crime de porte de arma (artigo 16, § único, I, da Lei n. 10.826/03) em face a
prescrição da pretensão punitiva do Estado (arts. 107, inciso IV, c/c 109, inciso IV,
do Código Penal).
b) A ABSOLVIÇÃO do acusado das imputações do art. 157, §2º, I, II e art.

288, todos do Código Penal e artigo 16, § único, I, da Lei n. 10.826/03, por ausência de provas
suficientes para a condenação, nos termos do art. 386, VII do CPP;
c) Em caso de condenação, requer seja decretada a pena-base, conforme as

diretrizes do art. 59 do Código Penal.
d) Que seja concedido o direito de recorrer em liberdade;
Nestes termos.
Pede deferimento.
Teresina/PI, 05 de dezembro de 2022.
KARLA CIBELE TELES DE MESQUITA ANDRADE
DEFENSORA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ
13ª Defensoria Pública Criminal
Leonardo Bezerra Monteiro
Estagiário DPE/PI
ALEGAÇÕES FINAIS DE ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA EM PDF
E XCELENTÍSSIMO S ENHOR D OUTOR J UIZ DE D IREITO DA 4 ª VARA
C RIMINAL DA C OMARCA DE T ERESINA /PI .
Ref. Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140

Tipificação: Art. 180 e Art. 288 parágrafo único, ambos do Código Penal
ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA , devidamente

qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, que lhe move o Ministério
Público, por intermédio da D EFENSORIA P ÚBLICA DO E STADO DO P IAUÍ , com
endereço na Avenida João XXIII, nº 853, Bairro Jockey, em Teresina/PI, CEP:
64.049-010, telefone (86) 3215-1138, presentada neste Juízo pela Defensora
Pública abaixo assinada, legitimamente investida no cargo de acordo com a Lei
Complementar Federal nº 80/94 e Lei Complementar Estadual nº 059/2005, vem,
perante Vossa Excelência, apresentar
A LEGAÇÕES F INAIS sob a forma de M EMORIAIS ,
ex vi do art. 403, § 3º, do CPP, no que o faz a seguir para, ao final, requerer:
1 – S ÍNTESE DOS FATOS
Consta nos autos, que no dia 17 de julho de 2007, por volta das 09h00, Cleber
dos Reis da Cruz e Mateus José da Cruz praticaram o crime de roubo contra as vítimas Edna
Maria Silva, Valdênia e Kely, mediante o emprego de arma de fogo, tipo revolver, subtraindo
um a motocicleta Honda CG 125, placa NHU-3916, com o documento correspondente, além

de dois celulares.
Além disso, os denunciados roubaram outra motocicleta, Honda NXR 125 Bros
Ks, placa 6215, de Raimundo Nonato Matos Dutra Neto. Eles foram presos em flagrante no
dia 20 de julho de 2007 acusados das práticas dos crimes de receptação, formação de quadrilha
e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
O ora denunciado Alexandro Barroso da Silva supostamente teria praticado

os crimes de receptação e crime de quadrilha ou bando armado, conforme o art. 180 e 288,
parágrafo único, do Código Penal, respectivamente.
O Ministério Público ofereceu denúncia em 10/09/2007. O Réu foi citado em

15/02/2008, conforme mandado e certidão do senhor oficial de Justiça. Em suas Alegações
Finais, o MP requereu a absolvição de Alexandro Barroso da Silva por ausência de provas de
sua autoria nas práticas criminosas insertas na denúncia.
Após o transcurso do prazo, vieram os autos à Defensoria Pública para

apresentar suas alegações finais, o que faz valendo-se da prerrogativa processual do prazo em
dobro.
Eis a sucinta narrativa dos autos.
2. DO INEXORÁVEL PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO PELO MINISTÉRIO

PÚBLICO. OBSERVÂNCIA DO SISTEMA ACUSATÓRIO. NÃO
RECEPÇÃO DO ART, 385 DO CPP PELA CF/88:
MM. Juiz, inicialmente a defesa sustenta a pronta e imediata
absolvição do acusado, tendo em vista que o próprio órgão encarregado da
persecução penal em juízo, ou seja, o Ministério Público, o dominus littis, já
pugnou pela absolvição do mesmo.
Pondera-se que tal pleito absolutório por parte do Ministério Público
vincularia o Juiz, a ponto de compeli-lo a prolatar sentença de cunho absolutório,
independente de análise acerca do conteúdo probatório. Longe da prolixidade, é
importante pontuar que sob um prisma constitucional o simples fato do Promotor
de Justiça pugnar pela absolvição do réu em alegações finais já seria o suficiente
para um juízo de não-condenação do acusado.
2
Vigora entre nós o sistema acusatório, que - nada mais, nada menos -
representa a separação entre as atividades de acusar e punir, atribuindo-as a dois
órgãos distintos (Ministério Público e Juiz). Veja Excelência: não se está a ignorar
o art. 385 do Código de Processo Penal, mas sim a se propor uma leitura
constitucional do mesmo, quiçá tratá-lo como não recepcionado pela nova Ordem
Constitucional.
Esta esdrúxula situação atraiu a atenção de AURY LOPES JÚNIOR,
um dos processualistas mais renomados da atualidade, que disse:
“O Ministério Público é o titular da pretensão acusatória, e
sem o seu pleno exercício, não se abre a possibilidade de o
Estado exercer o poder de punir, visto que se trata de um
poder condicionado. O poder punitivo estatal está
condicionado à invocação feita pelo MP através do exercício
da pretensão acusatória. Logo, o pedido de absolvição
equivale ao não exercício da pretensão acusatória, isto é, o
acusador está abrindo mão de proceder contra alguém.
Como consequência, não pode o juiz condenar, sob pena de
exercer o poder punitivo sem a necessária invocação, no
mais claro retrocesso ao modelo inquisitivo.
(...)
Portanto, viola o sistema acusatório constitucional a absurda
regra prevista no art. 385 do CPP, que prevê a possibilidade
de o Juiz condenar ainda que o Ministério Público peça a
absolvição. Também representa uma clara violação do
Princípio da Necessidade do Processo Penal, fazendo com
que a punição não esteja legitimada pela prévia e integral
acusação, ou melhor ainda, pleno exercício da pretensão
acusatória”. (LOPES JR., Aury. “Direito Processual Penal e
sua conformidade constitucional – v. II”. Rio de Janeiro:
Editora Lumen Iuris, 2011, p. 376)
Corroborando tal lição temos também a doutrina do brilhante
GERALDO PRADO, a quem pedimos vênia para transcrever: “Como o
contraditório é imperativo para validade da sentença que o juiz venha a
proferir, ou, dito de outra maneira, como o juiz não pode fundamentar sua
decisão condenatória em provas ou argumentar que não tenham sido objeto
de contraditório” (PRADO, Geraldo. “Sistema Acusatório. A conformidade
das leis processuais penais”. 4. Ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2006, p.
117)
Por inteira pertinência ao caso trazemos à baila alguns precedentes
jurisprudenciais colhidos no Tribunal de Justiça de Minas Gerais:
EMENTA: APELAÇÃO - PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO

APRESENTADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO EM
ALEGAÇÕES FINAIS - VINCULAÇÃO DO JULGADOR -
SISTEMA ACUSATÓRIO - ABSOLVIÇÃO DECRETADA -
CORRÉ - AUSÊNCIA DE PROVAS - ABSOLVIÇÃO -
NECESSIDADE. 1). Se o juiz condena mesmo diante do pedido
de absolvição elaborado pelo Ministério Público em alegações
finais está, seguramente, atuando sem necessária provocação,
portanto, confundindo-se com a figura do acusador, e ainda,
decidindo sem o cumprimento do contraditório. 2) Mister
absolver a corré quando os elementos probatórios apresentados
não conferem a segurança necessária para a manutenção da
sentença condenatória.
(TJ-MG - APR: 10024133514778001 MG, Relator: Alexandre
Victor de Carvalho, Data de Julgamento: 17/03/2015, Data de
Publicação: 25/03/2015).
EMENTA: APELAÇÃO - TRÁFICO DE DROGAS -
PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO APRESENTADO PELO
MINISTÉRIO PÚBLICO EM ALEGAÇÕES FINAIS -
VINCULAÇÃO DO JULGADOR - SISTEMA
ACUSATÓRIO - ABSOLVIÇÃO DECRETADA. I - Deve
ser decretada a absolvição quando, em alegações finais do
Ministério Público, houver pedido nesse sentido, pois, neste
caso, haveria ausência de pretensão acusatória a ser
eventualmente acolhida pelo julgador. II - O sistema
acusatório sustenta-se no princípio dialético que rege um
processo de sujeitos cujas funções são absolutamente
distintas, a de julgamento, de acusação e a de defesa. O juiz,
terceiro imparcial, é inerte diante da atuação acusatória,
bem como se afasta da gestão das provas, que está a cargo
das partes. O desenvolvimento da jurisdição depende da
atuação do acusador, que a invoca, e só se realiza validade
diante da atuação do defensor. III - Afirma-se que, se o juiz
condena mesmo diante do pedido de absolvição elaborado
pelo Ministério Público em alegações finais está,
seguramente, atuando sem necessária provocação, portanto,
confundindo-se com a figura do acusador, e ainda, decidindo
sem o cumprimento do contraditório. IV - A vinculação do
julgador ao pedido de absolvição feito em alegações finais
pelo Ministério Público é decorrência do sistema acusatório,
preservando a separação entre as funções, enquanto que a
possibilidade de condenação mesmo diante do espaço vazio
deixado pelo acusador, caracteriza o julgador inquisidor,
cujo convencimento não está limitado pelo contraditório, ao
contrário, é decididamente parcial ao ponto de substituir o
órgão acusador, fazendo subsistir uma pretensão
abandonada pelo Ministério Público. (TJMG - APELAÇÃO
CRIMINAL N° 1.0024.09.480666-8/001 - COMARCA DE
BELO HORIZONTE - APELANTE(S): ANDERSON FELIPE
SILVA - APELADO(A)(S): MINISTÉRIO PÚBLICO
ESTADO MINAS GERAIS - RELATOR: EXMO. SR. DES.
ALEXANDRE VICTOR DE CARVALHO , julgamento
20/03/2010, publicação 12/04/2010).
4
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - DISPARO DE

ARMA DE FOGO EM LOCAL HABITADO OU EM SUAS
ADJACÊNCIAS - ATUAÇÃO EM LEGÍTIMA DEFESA -
PLAUSIBILIDADE - PRESENÇA DE FUNDADA DÚVIDA
SOBRE SUA EXISTÊNCIA - ABSOLVIÇÃO QUE, DE
OUTRO MODO, SE IMPÕE DIANTE DO PEDIDO
MINISTERIAL EM ALEGAÇÕES FINAIS. 1. Havendo
provas que corroboram a versão do acusado e que permitem
concluir acerca da plausibilidade da atuação em legítima
defesa, deve ser absolvido em face do art. 386, inciso VI, do
CPP, que contempla a hipótese quando houver fundada
dúvida sobre a existência da causa de exclusão do crime. 2.
Deve ser decretada a absolvição já que o pedido nesse
sentido constante das alegações finais do Ministério Público
implica ausência de pretensão acusatória a ser
eventualmente acolhida pelo julgador. 3. O sistema
acusatório sustenta-se no princípio dialético que rege um
processo de sujeitos cujas funções são absolutamente
distintas, a de julgamento, de acusação e a de defesa. O juiz,
terceiro imparcial, é inerte diante da atuação acusatória,
bem como se afasta da gestão das provas, que está cargo das
partes. O desenvolvimento da jurisdição depende da atuação
do acusador, que a invoca, e só se realiza validade diante da
atuação do defensor. 4. Afirma-se que, se o juiz condena
mesmo diante do pedido de absolvição elaborado pelo
Ministério Público em alegações finais está, seguramente,
atuando sem necessária provocação, portanto, confundindo-
se com a figura do acusador, e ainda, decidindo sem o
cumprimento do contraditório. 5. A vinculação do julgador
ao pedido de absolvição feito em alegações finais pelo
Ministério Público é decorrência do sistema acusatório,
preservando a separação entre as funções, enquanto que a
possibilidade de condenação mesmo diante do espaço vazio
deixado pelo acusador, caracteriza o julgador inquisidor,
cujo convencimento não está limitado pelo contraditório, ao
contrário, é decididamente parcial ao ponto de substituir o
órgão acusador, fazendo subsistir uma pretensão
abandonada pelo Ministério Público. (TJMG - APELAÇÃO
CRIMINAL N° 1.0349.08.019862-6/001 - COMARCA DE
JACUTINGA - APELANTE(S): JOSE WANDERLEY
MAZARON - APELADO(A)(S): MINISTÉRIO PÚBLICO
ESTADO MINAS GERAIS - RELATOR: EXMO. SR. DES.
ALEXANDRE VICTOR DE CARVALHO, julgamento
15/12/2009, publicação 10/02/2010).
Ante o exposto, pugna-se pela absolvição do réu, tendo em vista que o
Ministério Público, órgão encarregado da acusação, também comunga do mesmo
entendimento.
3. – MÉRITO:
3.1. – ABSOLVIÇÃO DO CRIME POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS
PARA A CONDENAÇÃO:
Dito alhures, em aquiescência ao douto representante do
Ministério Público, em nosso sentir este procedeu com acerto ao propugnar
pela absolvição do réu.
Na consecução da árdua e dificílima tarefa de julgar é sempre
importante ter em linha de conta as lições do estimado doutrinador AMILTON
BUENO DE CARVALHO, ex-Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul, quando preconiza:
“é dever constitucional de o juiz ingressar no feito
convencido da inocência do acusado: é um pré-juízo
constitucional. Logo, a condenação somente poderá
explodir quando, apesar de todos os esforços
interpretativos, for impossível absolver. Uma espécie de
diálogo se trava com o acusado: ‘tu és inocente e somente
serás condenado se a acusação destruir absolutamente
todas as hipóteses defensivas”. (CARVALHO, Amiton
Bueno de. Eles, os juízes criminais vistos por nós, os juízes
criminais. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014, p. 9)
In casu, não subsiste teses acusatórias para ensejar a condenação do

réu; ambas as partes propõem a mesma pretensão: A ABSOLVIÇÃO DO
ACUSADO.
Vamos ao contexto probatório:
I- Provas Insuficientes e a Ausência de Corroboração
em Juízo:
Inicialmente, destaque-se que o acusado, ao ser interrogado judicialmente,

negou as práticas delitivas.
Alexsandro, disse que estava em sua residência quando os três outros

indivíduos, que sequer os conhece, entraram em sua casa dizendo que estavam sendo
perseguidos pela polícia. Após, os policiais também entraram em sua residência e deram voz
de prisão, inclusive a ele.
Não há provas nos autos de que participou nos crimes indicados na denúncia.
Ele prestou interrogatório policial e judicial e em ambos negou ter praticado o crime. Logo,
não há nenhuma prova concreta corroborada em juízo que aponte a autoria delitiva ao acusado
Alexsandro Barroso Da Silva.
II- Do Inquérito Policial como obter dictum

A autoria imputada no INQUÉRITO POLICIAL, não possui
nenhum contexto probatório, e sim meras especulações.
Vale acrescentar que as provas produzidas em sede
inquisitorial não podem ser valoradas como prova fosse, visto que o
inquérito tem como escopo fornecer elementos para formar a opinio delicti
do titular da ação penal, tendo função obter dictum, e não como ratio
decidendi de uma suposta sentença penal condenatória.
Assim é o entendimento jurisprudencial:
Apelação – Roubo circunstanciado – Absolvição com
fundamento no artigo 386, inciso VII, do CPP – Recurso
ministerial pretendendo a condenação do réu nos termos
firmados pela denúncia – Inadmissibilidade – Vítima que
não reconheceu o réu em audiência - Prova insuficiente -
Nos termos do artigo 155 do Código de Processo Penal, a
sentença condenatória não pode ser fundamentada
unicamente em elementos informativos colhidos na
investigação - Inexistência de prova suficiente da autoria
delitiva, que foi atribuída ao ora apelado – Absolvição
mantida– Apelo improvido.
(TJ-SP - APL: 00624405720158260050 SP 0062440-
57.2015.8.26.0050, Relator: Borges Pereira, Data de
Julgamento: 05/07/2016, 16ª Câmara de Direito Criminal,
Data de Publicação: 07/07/2016)
Sendo assim, a autoria delitiva não resta confirmada, não sendo

nenhuma prova sobre a autoria delitiva produzida em juízo, sob o crivo do
contraditório e da ampla defesa.
Portanto, ante a ausência de provas, a incerteza que recai sobre a
autoria delitiva não pode levar o acusado a uma injusta condenação, devendo
predominar o in dubio pro reo, e ainda a prevalência do princípio da presunção
de inocência insculpido na Constituição Federal em seu art. 5º, LVII.
Logo, o acusado deve ser absolvido por insuficiência de
provas para a condenação, com fulcro no art. 386, VII do CPP.
4. – P EDIDO :
ANTE O EXPOSTO, requer a Vossa Excelência:
a) A ABSOLVIÇÃO do réu, das imputações que lhe são feitas,

pela ausência de provas suficientes para a condenação, nos termos do art. 386, VII
do CPP.
Nestes termos.
Pede deferimento.
Teresina/PI, 05 de dezembro de 2022.
KARLA CIBELE TELES DE MESQUITA ANDRADE

DEFENSORA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ
13ª Defensoria Pública Criminal
Leonardo Bezerra Monteiro

Estagiário DPE/PI
- CEP: 64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUALREU: ALEILSON PEREIRA DE
SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER DOS REIS CRUZ,
MATEUS JOSE DA CRUZ
DESPACHO
Estando os interrogatórios transcritos, observo que os réus ALEXSANDRO

BARROSO DA SILVA e CLEBER DOS REIS CRUZ não apresentaram alegações
finais e não foram encontrados.
Portanto, remeto os autos à DPE para patrocínio da causa quanto aos acusados
ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA e CLEBER DOS REIS CRUZ.
Após, retornem os autos.
TERESINA-PI, 10 de novembro de 2022.

- CEP: 64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUALREU: ALEILSON PEREIRA DE
SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER DOS REIS CRUZ,
MATEUS JOSE DA CRUZ
DESPACHO
Estando os interrogatórios transcritos, observo que os réus ALEXSANDRO

Após, retornem os autos.

Praça Edgard Nogueira, S/N, Fórum Cível e Criminal, 4º Andar, Cabral, TERESINA - PI - CEP:
64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

CERTIDÃO
CERTIFICO a impossibilidade da utilização de link para interrogatório dos réus ,

haja vista o ato processual não aconteceu em forma audio visual e sim com
transcrição das respostas dos denunciado.
O referido é verdade e dou fé.
THIAGO BORGES LEAL

Secretaria do(a) 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina
Assinado eletronicamente por: THIAGO BORGES LEAL - 10/11/2022 14:06:08 Num. 10572666 - Pág. 1
4ª Vara Criminal de Teresina
- CEP: 64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

DESPACHO
Perscrutando os autos identifico que há no doc. de ID28026112 alegações finais do

MP, pp.244; ID. 28026112 alegações finais MATEUS JOSE DA CRUZ pp. 260;
ID28026112 alegações finais ALEILSON PEREIRA DE SOUZA pp. 269; todavia,
conformee certidões de ID 28026112, pp. 300 e 324, os réus ALEXSANDRO
Conforme certidão de doc. de ID 28026112, pp. 240 os acusados foram
interrogados, todavia não há nos autos link de audiência, remeto os autos à
Secretaria para diligenciar tal link.
Após, voltem-me os autos conclusos para Sentença.
Cumpra-se.
TERESINA-PI, 03 de agosto de 2022.
Francisco das Chagas Ferreira

Ciente da migração do processo para o sistema PJE.
Assinado eletronicamente por: JOAO BATISTA DE CASTRO FILHO - 09/06/2022 09:12:44 Num. 10572464 - Pág. 1
GABINETE DA 4ª Vara Criminal de Teresina DA COMARCA DE TERESINA
Praça Edgard Nogueira, S/N, Cabral, TERESINA - PI - CEP: 64000-830
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

ASSUNTO(S): [Roubo Majorado]
REU: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER DOS REIS
CRUZ, MATEUS JOSE DA CRUZ
CERTIDÃO
Certifico a conclusão da migração dos presentes autos, que tramitava no Sistema

Themis e que passará a tramitar exclusivamente no Sistema Judicial Eletrônico - PJE,
nos termos do art. 2º, V, do Provimento Conjunto nº 38/2021 de 13 de abril de 2021.
Certifico ainda que a presente certidão não servirá para contagem de prazo processual
em curso, sendo somente para informação acerca da conclusão da virtualização.
O referido é verdade, dou fé.
TERESINA-PI, 2 de junho de 2022.
SHARON MACHADO DIAS

Secretaria da 4ª Vara Criminal de Teresina
Assinado eletronicamente por: SHARON MACHADO DIAS - 02/06/2022 08:07:37 Num. 10572463 - Pág. 1
Assinado eletronicamente por: AC Secretaria da Receita Federal do Brasil v4 - 01/06/2022 22:15:20 Num. 10572462 - Pág. 1
SECRETARIA/CARTÓRIO DA 4ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA
TERMO DE RECEBIMENTO
CERTIFICO que na presente data recebi os autos do processo número

0004263-27.2007.8.18.0140, entregues em carga a(o) Sr.(a) : VIVIANE PINHEIRO PIRES
SETUBAL.
TERESINA, 9 de março de 2022
DAYSA MONICA BUENO DE ALMEIDA

Escrivão(ã) - Mat. nº 1011472
A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://www.tjpi.jus.br/themisconsulta/documento

informando o identificador 32818273 e o código verificador 6E420.E24EE.625AA.CD929.45C3F.958B8.
SECRETARIA DA 4ª Vara Criminal
COMARCA DE TERESINA
RUA GOV. TIBÉRIO NUNES, S/N, CABRAL, TERESINA-PI
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CLASSE: Ação Penal - Procedimento Ordinário
Nº Protocolo 0004263-27.2007.8.18.0140.5005
Data: 07/03/2022 11:30
PROTOCOLO DE PETIÇÃO ELETRÔNICO
O Tribunal de Justiça do Estado do Piauí certifica como recebida de forma eletrônica a petição
sob o número de protocolo 0004263-27.2007.8.18.0140.5005 para o processo de nº 0004263-
27.2007.8.18.0140, a qual possui um total de 6 página(s).
Documento(s) assinado(s) eletronicamente por:

VIVIANE PINHEIRO PIRES SETUBAL:80772943320 (CPF: 80772943320)
●
TERESINA- PI, 07 de Março de 2022, às 11:30 horas.
Nº documento: 3039314925005
Código verificador: TWMNI.CEB30.2224C.98B44.5EF77
A autenticidade deste termo e o inteiro teor dos documentos enviados podem ser verificados em:
http://www.tjpi.jus.br/themisconsulta/documento
SECRETARIA DA 4ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

Autor: MIINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ
Réu: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER
DOS REIS CRUZ, MATEUS JOSE DA CRUZ
Vítima: EDNA MARIA SILVA, RAIMUNDO NONATO MATOS DUTRA NETO, A
SOCIEDADE
CONCLUSÃO
Nesta data, faço estes autos conclusos a(o) MM. Juiz(a) de Direito da 4ª Vara
Criminal da Comarca de TERESINA, Dr.(a) JUNIA MARIA FEITOSA BEZERRA FIALHO
para despacho.


informando o identificador 32818307 e o código verificador 856AB.B811B.F2275.4738B.42996.83D73.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Réu: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER DOS REIS CRUZ,
MATEUS JOSE DA CRUZ
ATO ORDINATÓRIO
(Fundamentação legal: Provimento nº 020/2014, da CGJ/PI)
Em cumprimento ao disposto no Art. 1º e 2º, I, do Provimento Conjunto nº

38/2021 da Corregedoria e Presidência deste Tribunal de Justiça, que disciplina sobre a
virtualização integral dos processos criminais físicos distribuídos no sistema Themis Web
para o Sistema Processual Judicial Eletrônico - PJe, FICAM por este INTIMADAS as partes,
por seus respectivos procuradores, para que, no prazo de 10 (dez) dias, pratiquem os atos
necessários para a regular habilitação no Sistema Processo Judicial Eletrônico - PJe;
ficando, ainda, INTIMADAS de que após a conclusão do procedimento de virtualização, o
processo passará a tramitar exclusivamente no sistema Processo Judicial Eletrônico - PJe,
com o consequente cancelamento da distribuição no sistema Themis Web.
TERESINA, 1 de junho de 2022
SHARON MACHADO DIAS

Assessor Jurídico - 27923

informando o identificador 33193051 e o código verificador D3CC2.0C344.62412.CB771.53B3A.0DA9A.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
CERTIFICO a conclusão da virtualização dos presentes autos, que terá sua

distribuição CANCELADA no Sistema Themis Web e passará a tramitar exclusivamente no
Sistema do Processo Judicial Eletrônico - PJe, nos termos do art. 2º, V, do Provimento
Conjunto nº 38/2021 de 13 de abril de 2021.
SHARON MACHADO DIAS

Assessor Jurídico - Mat. nº 27923

informando o identificador 33193071 e o código verificador 6080F.7D72A.20E77.A7E09.EA647.8E5A7.
2118412007
0004263-27.2007.8.18.0140
ESTADO DO PIAUÍ
PODER JUDICIÁRIO
0004263-27.2007.8.18.0140
COMARCA DE TERESINA
4ª VARA CRIMINAL
SECRETARIA DA 4ª VARA CRIMINAL DE TERESINA
AÇÃO PENAL - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
ASSUNTO(S):
Contra o Patrimônio - Roubo (art. 157)
Tipo da Distribuição Data da Distribuição

SORTEIO 23/07/2007
RÉU: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA
ADVOGADO(A): DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ

RÉU: ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA ("ALEX BOCAO")
ADVOGADO(A): MARCIO ANTONIO MONTEIRO NOBRE

VÍTIMA: EDNA MARIA SILVA
SEM ADVOGADO(A)S
VÍTIMA: RAIMUNDO NONATO MATOS DUTRA NETO
SEM ADVOGADO(A)S
RÉU: CLEBER DOS REIS CRUZ
ADVOGADO(A): ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO

RÉU: MATEUS JOSE DA CRUZ ("NEGUIN")
ADVOGADO(A): DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ

VÍTIMA: A SOCIEDADE
SEM ADVOGADO(A)S
AUTOR: MIINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ
SEM ADVOGADO(A)S
0004263-27.2007.8.18.0140
MOVIMENTAÇÃO SEM DOCUMENTO
DESCRIÇÃO: ENTREGA EM CARGA/VISTA

OBSERVAÇÕES: Flagrante - Proc. 747/07
DESCRIÇÃO: AGUARDANDO
OBSERVAÇÕES: Inquérito Policial - flagrante devolvido do MP.
DESCRIÇÃO: ALTERAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL

OBSERVAÇÕES: Alteração da petição intermediária por elizaudia.

OBSERVAÇÕES: juntado ao flagrante o pedido de liberdade atráves do defensor Dr
Crisanto Pimentel do acusado Alexandro Barroso da Silva
DESCRIÇÃO: MERO EXPEDIENTE

OBSERVAÇÕES: Indeferido o pedido
DESCRIÇÃO: DENÚNCIA
OBSERVAÇÕES: Proc. 747/07 - denunciado nas penas do art. 157, p. 2, I e II do CP e art.
14 da L. 10. 826/03. Juntado pedido de fiança n° 739/07 de Cléber dos Reis Cruz, com
indeferimento; pedido de liberdade n° 747/07 de Alexandro Barroso da Silva, com
indeferimento.
DESCRIÇÃO: REMESSA
OBSERVAÇÕES: Mutirão
OBSERVAÇÕES: PROCESSO Nº 747/2007, AO MUTIRÃO

OBSERVAÇÕES: Intime-se ou certifique como se encontra os autos e junte-se à ação
principal. Intime-se o patrono se for o caso p/cópia do recurso HC.
DESCRIÇÃO: EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTO

OBSERVAÇÕES: entregue ao oficial de justiça

OBSERVAÇÕES: para expedir mandado de citação
DESCRIÇÃO: CONCLUSÃO
OBSERVAÇÕES: para prestar informações dos habeas corpus de Aleison e Cleber

OBSERVAÇÕES: Informação dos HC(s) de ALEILSON PEREIRA DE SOUZA e CLEBER
DOS REIS CRUZ

OBSERVAÇÕES: para expedir mandado de citação

OBSERVAÇÕES: entregue ao Alcidon

OBSERVAÇÕES: A DIRETORA DE SECRETARIA PARA SOLICITAR AO DORETOR DE
PRESIDIOS ONDE SE ENCONTRA O RÉU E PROVIDENCIAR TRAZE-LO À 4ª VARA
CRIMINAL.

OBSERVAÇÕES: para cumprir expedir oficio ao diretor da penitenciaria

OBSERVAÇÕES: o advogado informou que o reu Alessandro foi solto vide fls.26

OBSERVAÇÕES: considerando que não há defesa preliminar apresentado pelos reus
Mateus e Aleisson, vistas à defensoria publica para apresentar a defesa de tais acusados.

OBSERVAÇÕES: defensoria

OBSERVAÇÕES: VISTO EM CORREIÇÃO.Defiro o requerimento pela defensora da 4°
vara, notifique-se o defensor da 5° vara para efetuar a defesa do Sr. Mateus josé da Cruz.
OBSERVAÇÕES: a defensoria

OBSERVAÇÕES: Designação de Audiência - 24/03/2011 08:30 - Instrução e julgamento
DESCRIÇÃO: AUDIÊNCIA
OBSERVAÇÕES: DIA 24/03/2011

OBSERVAÇÕES: HC PARA JUNTAR AOS AUTOS

OBSERVAÇÕES: Visto em correição. Aguarde-se a realização da audiência designada.


OBSERVAÇÕES: Certifique o que houve para que a audiência não se realizasse. Audiência
redesignada para a data supra, intimações necessárias, notifique o MP. Encaminhado os
autos a secretaria na data de hoje para o seu devido cumprimento

OBSERVAÇÕES: Certifico e dou fé, que não tenho como declinar o motivo pelo qual não
houve audiência, tendo em vista que fazendo busca no Themis e nos autos não encontrei
nenhum Termo de Audiência motivando a não realização da mesma. Dou fé. Teresina 31 de
agosto de 2011 Belª Kátia Celeste Mota Reis Secretaria da 4ª vara criminal
OBSERVAÇÕES: realização de aud/ 03/11/2011


OBSERVAÇÕES: Audiência não realizada, em face da não expedição dos mandados de
intimação pela secretaria da Vara. Audiência redesignada para a data supra, intimações
necessárias. Notifique o MP. Encaminhado os autos a secretaria na data de hoje para o seu
devido cumprimento.

OBSERVAÇÕES: RECEBIDO DO GABINETE
OBSERVAÇÕES: 31/05/2012

OBSERVAÇÕES: VISTO EM CORREIÇÃO. Aguarde-se a realização da audiência.
Mandados efetuados. Encaminhado os autos a secretaria na data de hoje para o seu devido
cumprimento.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ
SECRETARIA DA CENTRAL DE MANDADO DE TERESINA DA COMARCA DE TERESINA
, Teresina-PI
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0001
CLASSE: Inquérito Policial
Indiciante: DELEGADO DA POLINTER, EDNA MARIA SILVA, RAIMUNDO NONATO MATOS DUTRA NETO, A SOCIEDADE
Indiciado: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, VULGO ALEX BOCAO, CLEBER DOS REIS CRUZ, MATEUS
JOSE DA CRUZ, VULGO NEGUIN
Oficial de Justiça:
MANDADO DE INTIMAÇÃO
O(a) Dr.(a) Reginaldo P.L.de Alencar , MM. Juiz(a) de Direito da Central de Mandado de Teresina da Comarca de Teresina.
MANDA o Oficial de Justiça designado que, em cumprimento ao presente, proceda a intimação da parte abaixo qualificada,
para comparecer a este Juízo em audiência de instrução criminal, oportunidade em que será colhido o seu depoimento.
Data e Hora do comparecimento: 31/05/2012 às 11:00
Local:RUA DAVID CALDAS Nº134,CENTRO-FÓRUM CRIMINAL , Teresina-PI
Qualificação da parte:
ACUSADO:
Nome: CLEBER DOS REIS CRUZ
Endereço: RUA SÃO FRANCISCO,2640 - VILA RIZOLETA NEVES, VILA RIZOLETA

NEVES, Teresina - Piauí, Endereço: Nome:
Eu, ____________________, FABIANA DE ALENCAR FARIAS - Escrivão(ã), digitei e subscrevo.
Teresina, 16 de maio de 2012
Reginaldo P.L.de Alencar

Juiz(a) de Direito da Central de Mandado de Teresina da Comarca de Teresina
ATENÇÃO:

informando o identificador 964946 e o código verificador 11AE2.4AD2E.27475.81F8C.C1166.BB9F4.
1 - NÃO EFETUAR PAGAMENTO PELO CUMPRIMENTO DESTE MANDADO
2 - DESACATAR O OFICIAL DE JUSTIÇA CONSTITUI CRIME PREVISTO NO ART.331
DO CÓDIGO PENAL(PENA:. 06 meses a 02 anos de detenção)
Ciente em _____/______/_____
__________________________________________
Intimado
CERTIDÃO
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Certifico que cumpri o presente mandado procedendo conforme item(ns) ________ ( )
1) Intimado(a), apôs o ciente, aceitou a contrafé
2) Intimado(a), negou-se a apor o ciente, aceitando a contrafé.
3) Intimado(a), negou-se a apor o ciente e aceitar a contrafé.
4) Intimado(a) a parte acima qualificada na pessoa de seu(a) representante legal,
Sr(a)____________________________________________função__________________________
5) Não foi Intimado(a). Motivo___________________________________________________________
Dou fé. Em _______/________/_________

informando o identificador 964946 e o código verificador 11AE2.4AD2E.27475.81F8C.C1166.BB9F4.
PODER JUDICIÁRIO
, Teresina-PI
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0002
Local:RUA DAVID CALDAS,Nº134,CENTRO-FÓRUM CRIMINAL , Teresina-PI
ACUSADO:
Nome: MATEUS JOSE DA CRUZ, VULGO NEGUIN
Endereço:
Endereço: Q-H, LT.27, CASA-44 - PARQUE BRASIL II, PARQUE BRASIL II, Teresina - Piauí,

ATENÇÃO:

informando o identificador 964949 e o código verificador 56F76.A636F.AECD5.268FE.45F9D.BBFC6.
Ciente em _____/______/_____
__________________________________________
Intimado
CERTIDÃO
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Sr(a)____________________________________________função__________________________
Dou fé. Em _______/________/_________

informando o identificador 964949 e o código verificador 56F76.A636F.AECD5.268FE.45F9D.BBFC6.
PODER JUDICIÁRIO
, Teresina-PI
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0003
ACUSADO:
Nome: ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, VULGO ALEX BOCAO
Endereço: RUA BOM JESUS,3528 - MATADOURO, MATADOURO, Teresina - Piauí,

Endereço: Nome:

ATENÇÃO:

informando o identificador 964952 e o código verificador F7070.ED30F.ECAD7.37B21.C8E2E.84437.
Ciente em _____/______/_____
__________________________________________
Intimado
CERTIDÃO
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Sr(a)____________________________________________função__________________________
Dou fé. Em _______/________/_________

informando o identificador 964952 e o código verificador F7070.ED30F.ECAD7.37B21.C8E2E.84437.
PODER JUDICIÁRIO
, Teresina-PI
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0004
Nome: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA
Endereço: RUA TRAVANVAN,Q-H1, LT.- 02 - PARQUE BRASIL II, PARQUE BRASIL II,
Teresina - Piauí.

ATENÇÃO:

informando o identificador 964956 e o código verificador C728D.B87ED.58F1D.1799C.C0E67.F0087.
Ciente em _____/______/_____
__________________________________________
Intimado
CERTIDÃO
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Sr(a)____________________________________________função__________________________
Dou fé. Em _______/________/_________

informando o identificador 964956 e o código verificador C728D.B87ED.58F1D.1799C.C0E67.F0087.
PODER JUDICIÁRIO
, Teresina-PI
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0005
VÍTIMA
Nome: EDNA MARIA SILVA
RESIDENTE NA AV.FREITAS NETONº7744,MOCAMBINHO OU NA AV.PETRÔNIO

Endereço:
PORTELA Nº2092,AEROPORTO.

ATENÇÃO:

informando o identificador 965001 e o código verificador B6870.30E66.AB6DC.3BBD1.3D0D9.7472F.
Ciente em _____/______/_____
__________________________________________
Intimado
CERTIDÃO
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Sr(a)____________________________________________função__________________________
Dou fé. Em _______/________/_________

informando o identificador 965001 e o código verificador B6870.30E66.AB6DC.3BBD1.3D0D9.7472F.
PODER JUDICIÁRIO
, Teresina-PI
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0006
Local:RUA DAVID CALDAS Nº134,CENTRO-FÓRUM CRIMINAL , Teresina-PI
TESTEMUNHA de ACUSAÇÃO
Nome: Valdênia de Sousa Virgino
Endereço: Av.Petrõnio Portela nº2092,Aeroporto,nesta cidade.

ATENÇÃO:

informando o identificador 965036 e o código verificador 77998.DF53D.2341A.F6457.1F5CA.7FE27.
Ciente em _____/______/_____
__________________________________________
Intimado
CERTIDÃO
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Sr(a)____________________________________________função__________________________
Dou fé. Em _______/________/_________

informando o identificador 965036 e o código verificador 77998.DF53D.2341A.F6457.1F5CA.7FE27.
DESCRIÇÃO: MOVIDO PARA CENTRAL DE MANDADOS

OBSERVAÇÕES: Mandado número 0004263-27.2007.8.18.0140.0001 movimentado.





DESCRIÇÃO: RECEBIDO NA CENTRAL DE MANDADOS






DESCRIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO DO MANDADO

Distribuído para Oficial: João Pereira da Silva

Distribuído para Oficial: Cristiano Melao de Oliveira Ribeiro

Distribuído para Oficial: Kleber Vieira Paulo

Distribuído para Oficial: José Edson Mamede da Silva

Distribuído para Oficial: Paulo Sérgiio da Silva Sabino

DESCRIÇÃO: RECEBIDO PELO OFICIAL JUSTIÇA

Distribuído para Oficial: Kleber Vieira Paulo

Distribuído para Oficial: Paulo Sérgiio da Silva Sabino




Distribuído para Oficial: João Pereira da Silva
-
PODER JUDICIÁRIO
, Teresina-PI
PROCESSO N° 0004263-27.2007.8,18.0140
MANDADO N° 0004263-27.2007.8.18.0140.0003
Indiciante: DELEGADO DA POLINTER, EDNA MARIA SILVA, RAIMUNDO NONATO MATOS DUTRA NETO. A SOCIEDADE
Indiciado: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA. ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA. VULGO ALEX BOCAO. CLEBER DOS REIS CRUZ, MATEUS
JOSÉ DA CRUZ, VULGO NEGUIN
O(a) Dr.(a) Reginaldo P.L.de Alencar, MM. Juiz(a) de Direito da Central de Mandado de Teresina da Comarca de Teresina.
para comparecer a este Juizo em audiência de instrução criminal, oportunidade em que será colhido o seu depoimento.
LocahRUA DAVID CALDAS,N°134,CENTRO-FÓRUM CRIMINAL , Teresina-PI
ACUSADO:
Nome: ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, VULGO ALEX BOCAO
Endereço: RUA BOM JESUS.3528 - MATADOURO, MATADOURO, Teresina - Piauí,

Endereço: Nome:
Teresina. 16 de maio de 2012
ReginãTdo P.L.de Aleptar

ATENÇÃO:
Ciente em / l
Intimado
CERTIDÃO
Certifico que, a despeito de, neste mandado

não constar a Vara onde tramita o processo que lhe deu origem, nesta data, por
volta das 08HOO, dirigi-me à Rua Bom Jesus e, fá estando, não vislumbrei o
n°3528, posto que, naquela Rua, do número 3526, salta-se para o número 3538
(aliás, no Bairro Buenos Aires). Certifico, ainda, que a Rua Bom Jesus não se
localiza no Bairro Matadouro, posto que cruza os Bairros Itaperu, Bom Jesus,
Memorare e Buenos Aires. Dou fé.
Teresina, 24 de Maio de 2012.
Oficial de justiça e avaliador
DESCRIÇÃO: DEVOLVIDO PELO OFICIAL JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO
, Teresina-PI
PROCESSO N" 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO N" 0004263-27-2007.8.18.0140.0006
Indiclante: DELEGADO DA POLINTER, EDNA MARIA SILVA, RAIMUNDO NONATO MATOS DUTRA NETO. A SOCIEDADE
JOSÉ DA CRUZ. VULGO NEGUIN
O(a} Dr.(a) Reginaldo P.L.de Alencar, MM. Juiz{a) de Direito da Central de Mandado de Teresina da Comarca de Teresina.
para comparecer a este Juizo em audiência de instrução criminal, oportunidade em que será colhido o seu depoimento.
Data e Hora do com pareci mento: 31/05/2012 às 11:00
Local:RUA DAVID CALDAS N°134,CENTRO-FÓRUM CRIMINAL , Teresina-PI
Nome: Valdènla de Sousa Virgino
Endereço: Av.Petrõnio Portela n°2092,Aeroporto,nesta cidade.
Reglttáldo P.L.de Alencar

ATENÇÃO:
Ciente ern
CERTIDÃO
CE.ELTIFÍCO e dou fé que, nesta data. em cum.crimeti.ta ao
mandado. dirie-me ao endereço indicado, ai sendo, nas formalidades fecais,
DEÍXEI de ÍXTIMAR a testemunha de acusação Sra. VALDÊN&A DE ^ ->;
\TRGÍNO parçue eJa Jiso reside mais j)e>se Jora), pois s .Sra,
<jue não soube àizer se coidieàs e nem o paradeiro fla mesma,
assim «atar «ft Va^w mcerlo t Tiào aafeiúo, áeví^vo ô Cartona
MM. Juiz,
leresina-Tl. 2S de maio âe 2012.
Oficial de Justiça e Avaliador
í- •
., l *"5 :>v
PODER JUDICIÁRIO

,Teresina-PI
PROCESSO N- 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO N° 0004263-27.2007-8.18.0140.0006
Indiciado: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA. ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, VULGO ALEX BOCAO, CLEBER DOS REIS CRUZ, MATEUS
O(a) Dr.(a) Reginaldo P.L de Alencar, MM Juiz(a) de Direito da Central de Mandado de Teresina da Comarca de Teresina.
MANDA o Oficial de Justiça designado que. em cumprimento ao presente, proceda a intimação da parte abaixo qualificada,
LocahRUA DAVID CALDAS N°134,CENTRO-FÓRUM CRIMINAL , Teresina PI
Nome: Valdênia de Sousa Virgino
Endereço: Av.Petrõnio Portela n°2092,Aeroporto,nesta cidade.
Regmafdo P.L.de Alencí

ATENÇÃO:
M^^mn^K^âm-
i de Fiscalização
Ciente em / /
PADRÃO
ftftE 96311

PODER JUDICIÁRIO
, Teresina-PI
PROCESSO N° 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO N" 0004263-27.2007.8.18.0140.0005
Indlclante: DELEGADO DA POLINTER, EDNA MARIA SILVA, RAIMUNDO NONATO MATOS DUTRA NETO, A SOCIEDADE
Indiciado: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, VULGO ALÊX BOCAO. CLEBER DOS REIS CRUZ. MATEUS
O(a) Dr.fa) Reginaldo P.L.de Alencar. MM. Juiz(a) de Direito da Central de Mandado de Teresina da Comarca de Teresma.
MANDA o Oficial de Justiça designado que. em cumprimento ao presente, proceda a intimação da parte abaixo qualificada,
Data e Hora do compareci mento: 31/05/2012 às 11:00
Local:RUA DAVID CALDAS,N"134,CENTRO-FÓRUM CRIMINAL , Teresina-PI
VÍTIMA )
Nome: EDNA MARIA SILVA
Endereço: RESIDENTE NAAV.FREITAS NETON°7744,MOCAMBINHO OU NA AV.PETRÒNIO

PORTELA N°2092,AEROPORTO.
eginaldo P.L.de Alencar

Juiz{a) de Direito da Central de Mandado de Teresina da Comarca de Teresina
ATENÇÃO:
1 - NÃO ÊFETUAR PAGAMENTO PELO CUMPRIMENTO DESTE MANDADO
Ciente em
Poder Judiciário do Estado do Piauí
Fórum Central l - Central de Mandados
Comarca de Teresina-Piauí
CERTIDÃO
Certifico que, em cumprimento ao Mandado expedido nos autos do

Processo n° 004263-27.2007.8.18.0140.0005, eu, Oficial de Justiça e
Avaliador, abaixo-assinado, compareci no endereço indicado no mandado,
onde, depois das formalidades legais, intimei pessoalmente a Sra. Edna Maria
Silva, nos termos e conteúdo do referido mandado. Lido e conhecido o teor do
documento judicial, concordou e espontaneamente exarou sua assinatura.
Concluído o ato, devolvo o mandado devidamente certificado e assinado, para
os serventuários da Central de Mandados desta Capital. Dou fé.
xsxsxsxsxsxsxsxs
Teresina, 25 de maio de 2012.
Oficial de Justice e Avaliador



PODER JUDICIÁRIO
, Teresina-PI
PROCESSO N° 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO N° 0004263-27.2007.8.18.0140-0001
Indlciante: DELEGADO DA POLINTER, EDNA MARIA SILVA, RAIMUNDO NONATO MATOS DUTRA NETO, A SOCIEDADE
O(a) Dr.(a) Reginaldo P.L.de Alencar, MM. Juiz(a) de Direito da Central de Mandado de Teresina da Comarca de Teresina.
MANDA o Oficiai de Justiça designado que, em cumprimento ao presente, proceda a intimação da parte abaixo qualificada,
LocahRUA DAVID CALDAS N°134.CENTRO-FÓRUM CRIMINAL , Teresina-PI

ACUSADO:

Endereço: RUA SÃO FRANCISCO.2640 - VILA RIZOLETA NEVES, VILA RIZOLETA
NEVES, Teresina - PiaUÍ, Endereço: Nome:
Eu, FABIANA DE ALENCAR FARIAS - Escrivâo(ã), digitei e subscrevo.


Juiz(a) de Direito da Central de Mandado do Teresina da Comarca de Teresina
ATENÇÃO:
Ciente em / /
C E R T I D Ã O
Certifico e dou fé que, tendo recebido o presente MANDADO DE

INTIMAÇÃO, extraído dos autos da AÇAO INQUÉRITO POLICIAL- Proc nr 391
trata-se de peça Judicial em caráter de audiência, onde pude constatar a esta
impossibilidade do seu cumprimento, uma vez que o Mandado de Intimação, em data
marcada para o dia 31 de Maio do corrente ano, quando em data próxima passada,
verificando que o Mandado objeto desta Certidão, estava agrupado em forma de uma
junção, o que impossibilitou a devolução e o cumprimento em data prevista da aludida
Audiência, cujo data figura fato já ultrapassado, retorno-o ao Cartório de origem, para
a devida apreciação do MM. Juiz do feito, solicitando-o, entretanto, que se digne
designar RENOVAÇÃO da referida peça, visto a mesma caracterizar feito
possivelmente já solucionado ou que retorne uma nova marcação A demais, esta
inviabilidade do não cumprimento, também se deu, em face da obscuridade dos modos
ruins da confecção ou elaboração deste Mandado, a performa em si, estar
completamente fora dos padrões das suas anormalidades, haja visto, a impossibilidade
de leitura e outros não caracterizados com suas evidências obscure, não havendo espaço
de leitura claramente, deveria haver.novas maneira em seu estuilo moderno ou que
fossem dentro dos seus padões normais, talvés, esta foi a causa que causou a
impossibilidade deste cumprimento Tudo feito dentro da expressão da verdade
TERESINA,03 DE JUNHO DE 2012
STIÇA AVALIADOR
^ Q 'V^VX , .. ,„
PODER JUDICIÁRIO
, Teresina-Pl
PROCESSO N° 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO N° 0004263-27.2007.8.18.0140.0001
0(a) Dr.(a) Reginaldo P.L.de Alencar, MM. Juiz(a) de Direito da Central de Mandado de Teresma da Comarca de Teresina.
para comparecer a este Juízo ern audiência de instrução criminal, oportunidade em que será colhido o seu depoimento.
Data e Hora do com pareci mento: 31/05/2012 às 11:00
LocahRUA DAVID CALDAS N°134,CENTRO-FÓRUM CRIMINAL , Teresina-PI
ACUSADO:
Endereço: RUA SÃO FRANCISCO,2640 - VILA RIZOLETA NEVES, VILA RIZOLETA

NEVES, Teresina - Piauí, Endereço: Nome;
Eu, , FABIANA DE ALENCAR FARIAS - Escrivão(ã), digitei e subscrevo.
RegTrialdâ-PXdeATenci
ATENÇÃO:
• <• «m i•
| Selo de Fiscalização
e Autenticidade
Ciente em _ / _J
PADRÃO
ftAE 96320

DESCRIÇÃO: RECEBIDO NA SECRETARIA






OBSERVAÇÕES: AUDIENCIA MARCADA PARA O DIA 01/04/2013 AS 9:00 HORAS

OBSERVAÇÕES: Chamo o feito a ordem determinando que: cumpra-se o despacho de fls.
243/244; desentranhem-se todos os incidentes processuais, de tudo certificando nos autos;
certifique-se sobre quais denunciados foram interrogados e apresentaram defesa e, ainda,
quais testemunhas já foram ouvidas.

OBSERVAÇÕES: Visto em correição

OBSERVAÇÕES: VISTO EM CORREIÇÃO
DESCRIÇÃO: MUDANÇA DE CLASSE PROCESSUAL

OBSERVAÇÕES: Classe Processual alterada de Inquérito Policial para Ação Penal -
Procedimento Ordinário
DESCRIÇÃO: ALTERAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL

OBSERVAÇÕES: Alteração da petição Incial
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
INDICIANTE: DELEGADO DA POLINTER, MIINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ
RÉU: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER
CERTIDÃO
CERTIFICO que, nesta data, procedi o ARQUIVAMENTO dos Autos da

Prisão em Flagrante, Liberdade Provisória, Pedido de Fianaça nos termos do Prov. nº
18/2008, Art. 5º, parágrafo único (CAIXA Nº 013/2017 INCIDENTES - ARQUIVADOS
2017). O referido é verdade e dou fé.
TERESINA, 25 de maio de 2017
MARIA DAS DORES OLIVEIRA SANTOS

Analista Administrativo - Mat. nº 1032470

informando o identificador 15483748 e o código verificador 3F6D8.7CCF0.F6431.5D17A.43F78.B43B6.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

Indiciante: DELEGADO DA POLINTER, MIINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ
SOCIEDADE
TERMO DE ENCERRAMENTO DE VOLUME
Nesta data, faço ENCERRAMENTO do Volume I, dos autos do Processo nº

0004263-27.2007.8.18.0140 - Ação Penal - Procedimento Ordinário, que contém 200 folhas,
todas numeradas e rubricadas, em que é AUTOR(A)/REQUERENTE: DELEGADO DA
POLINTER, MIINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, e RÉ(U)/REQUERIDO(A):
ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER DOS
REIS CRUZ, MATEUS JOSE DA CRUZ.


informando o identificador 15484336 e o código verificador CE148.4DE73.52719.6B630.4C25B.B5D82.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

SOCIEDADE
TERMO DE ABERTURA DE VOLUME
Nesta data, faço ABERTURA do Volume II, dos autos do Processo nº

0004263-27.2007.8.18.0140 - Ação Penal - Procedimento Ordinário, em que é
AUTOR(A)/REQUERENTE: DELEGADO DA POLINTER, MIINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO PIAUÍ, e RÉ(U)/REQUERIDO(A): ALEILSON PEREIRA DE SOUZA,
ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER DOS REIS CRUZ, MATEUS JOSE DA
CRUZ.


informando o identificador 15484362 e o código verificador 307A8.80AF5.8FEF0.89027.71709.FAF57.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
Certifico que verificando o presente processo, nele pude constatar que todos
os acusados apresentaram defesa. Certifico ainda, que as audiências designadas não foram
realizadas. Dou fé.


informando o identificador 15485033 e o código verificador F6008.FBB39.C4FE3.497A7.724A6.8A500.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

SOCIEDADE
CONCLUSÃO
para designação de audiência.


informando o identificador 15485089 e o código verificador 7F9C3.B7730.CA755.56EB9.0B0B2.7DC84.
GABINETE DA 4ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

MATEUS JOSE DA CRUZ
Vítima: EDNA MARIA SILVA, RAIMUNDO NONATO MATOS DUTRA NETO, A SOCIEDADE
DESPACHO
Vistos, etc,
Redesigno audiência de instrução e julgamento para o dia 11/09/2018, às

12:00, à falta de data mais próxima desimpedida, a ser realizada na Sala de audiências da
4ª Vara Criminal.
Intimações necessárias.
Notifique-se o Ministério Público.
Cumpra-se.
LUIS HENRIQUE MOREIRA REGO

Juiz(a) de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de TERESINA

informando o identificador 15528372 e o código verificador 655EB.D4A26.8DFD6.14F71.85CA1.AE664.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
Certifico que os autos encontram-se em secretaria aguardando audiência de instrução e

julgamento.
DANILO SAMPAIO TAVARES

Estagiário(a) - Mat. nº 27554

informando o identificador 15989829 e o código verificador B808D.45F2F.9261A.4AB4C.92B37.64356.
OBSERVAÇÕES: Audiência instrução e julgamento designada para 11/09/2018 12:00 sala
de audiência 4ª vara criminal.
OBSERVAÇÕES: Audiência instrução e julgamento redesignada para 11/09/2018 12:00
sala de audiência 4ª vara criminal.
OBSERVAÇÕES: Audiência instrução e julgamento redesignada para 11/09/2018 12:00
sala de audiência 4ª vara criminal.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0007
MATEUS JOSE DA CRUZ
O (a) MM. Juiz (a) de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de TERESINA MANDA
a qualquer dos Oficiais de Justiça deste Juízo, ou quem suas vezes fizer e for este
apresentado, estando este devidamente assinado, que, em cumprimento ao presente
mandado
FINALIDADE: INTIMAÇÃO do acusado abaixo qualificado para comparecer à audiência de Instrução e

Julgamento designada para 11/09/2018 às 12:00 horas.
LOCAL: RUA GOV. TIBÉRIO NUNES, S/N, CABRAL, TERESINA-PI
QUALIFICAÇÃO DO ACUSADO:
ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, filho(a) de JULIA PEREIRA DE SOUSA, nacionalidade: BRASILEIRO(A),
estado civil: CASADO(A), endereço: RUA TRAVANVAN,Q-H1, LT.- 02 - bairro: PARQUE BRASIL II,
TERESINA-PI.
CUMPRA-SE, observando todas as formalidade legais e promovendo todas as diligências necessárias para a
localização do intimando.
Eu, ____________________, MARIA DAS DORES OLIVEIRA SANTOS - Analista Administrativo, digitei e
s u b s c r e v o .
TERESINA, 22 de agosto de 2018.
THIAGO BRANDÃO DE ALMEIDA

Juiz(a) de Direito da Central de Mandado de Teresina

informando o identificador 21464927 e o código verificador 507B9.93DB3.D8E3E.A57FC.1C66B.5CCCE.
Ciente em, _____/_____/________
____________________________
Intimado/Citado
ATENÇÃO: A intimação/citação é pessoal, devendo o mandado ser entregue somente à pessoa acima
qualificada.

informando o identificador 21464927 e o código verificador 507B9.93DB3.D8E3E.A57FC.1C66B.5CCCE.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0008
MATEUS JOSE DA CRUZ
mandado

ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, filho(a) de MARIA ANTONIA ALVES BARROSO, nacionalidade:
BRASILEIRO(A), estado civil: SOLTEIRO(A), endereço: RUA BOM JESUS,3528 - bairro: MATADOURO,
TERESINA-PI.
s u b s c r e v o .


informando o identificador 21464928 e o código verificador 654B5.B062E.B0926.2E6E9.1DAC1.7473B.
Ciente em, _____/_____/________
____________________________
Intimado/Citado
qualificada.

informando o identificador 21464928 e o código verificador 654B5.B062E.B0926.2E6E9.1DAC1.7473B.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0009
MATEUS JOSE DA CRUZ
mandado

CLEBER DOS REIS CRUZ, filho(a) de MARIA ENEDINA DOS REIS CRUZ, nacionalidade: BRASILEIRO(A),
estado civil: VIÚVO(A), endereço: RUA SÃO FRANCISCO, 3640 - bairro: RISOLETA NEVES, TERESINA-PI.
s u b s c r e v o .

Ciente em, _____/_____/________

informando o identificador 21464929 e o código verificador 2B2EE.6AE15.22D82.3B512.7BC0B.3A807.
____________________________
Intimado/Citado
qualificada.

informando o identificador 21464929 e o código verificador 2B2EE.6AE15.22D82.3B512.7BC0B.3A807.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0010
MATEUS JOSE DA CRUZ
mandado

MATEUS JOSE DA CRUZ, filho(a) de FRANCISCA DAS CHAGAS PEREIRA DA SILVA CRUZ, CPF:
01899981306, RG: 2205575 SSP/PI PI, nacionalidade: BRASILEIRO(A), estado civil: CONCUBINO(A), endereço:
Q.27, LOTE-42 - bairro: PARQUE BRASIL I, TERESINA-PI.
s u b s c r e v o .


informando o identificador 21464930 e o código verificador 685A8.7A5D8.A4961.6C2B7.6D42D.C87B3.
Ciente em, _____/_____/________
____________________________
Intimado/Citado
qualificada.

informando o identificador 21464930 e o código verificador 685A8.7A5D8.A4961.6C2B7.6D42D.C87B3.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0011
O (a) MM. Juiz (a) de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de

TERESINA MANDA a qualquer dos Oficiais de Justiça deste Juízo, ou
quem suas vezes fizer e for este apresentado, estando este
devidamente assinado, que, em cumprimento ao presente mandado:
FINALIDADE: INTIMAR a testemunha abaixo qualificada para comparecer à audiência de

Instrução e Julgamento designada para 11/09/2018 às 12:00 horas.
QUALIFICAÇÃO DA TESTEMUNHA:
KELLY CILENE DOS SANTOS SILVA, nacionalidade: BRASILEIRO(A), estado civil: NAO
INFORMADO, endereço: Rua dezesseis, nº 461 - bairro: Parque União, TIMON-MA..
ADVERTÊNCIA: Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem

motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou
determinar seja conduzida por Oficial de Justiça, que poderá solicitar o auxílio da força
pública.
Eu, ____________________, MARIA DAS DORES OLIVEIRA SANTOS - Analista

Administrativo, digitei e subscrevo.
TERESINA, 22 de agosto de 2018


informando o identificador 21464997 e o código verificador 9EA54.18F95.8BB20.99B9F.F1454.2BCD4.
Ciente em, _____/_____/________
____________________________
Intimado/Citado

informando o identificador 21464997 e o código verificador 9EA54.18F95.8BB20.99B9F.F1454.2BCD4.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0012


VALDÊNIA DE SOUZA VIRGINO, nacionalidade: BRASILEIRO(A), estado civil: NAO
INFORMADO, endereço: Rua Cinco, nº 1433 - bairro: Loteamento Boa Vista, TIMON-MA..

pública.



informando o identificador 21464999 e o código verificador 5D459.6E276.803FD.7F2AF.2DCDB.9D2C8.
Ciente em, _____/_____/________
____________________________
Intimado/Citado

informando o identificador 21464999 e o código verificador 5D459.6E276.803FD.7F2AF.2DCDB.9D2C8.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0013


MARIA DA CONCEIÇÃO GOMES, nacionalidade: BRASILEIRO(A), estado civil: NAO
INFORMADO, endereço: Rua Bom Jesus, nº 3421 - bairro: Matadouro, TERESINA-PI..

pública.



informando o identificador 21465003 e o código verificador A62AB.8D69B.EC000.94637.594C7.2A1FD.
Ciente em, _____/_____/________
____________________________
Intimado/Citado

informando o identificador 21465003 e o código verificador A62AB.8D69B.EC000.94637.594C7.2A1FD.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0014


MANOEL RODRIGUES TEIXEIRA, nacionalidade: BRASILEIRO(A), estado civil: NAO

pública.



informando o identificador 21465004 e o código verificador 741C8.F1F5E.8D69C.AEC18.CFA76.DA10E.
Ciente em, _____/_____/________
____________________________
Intimado/Citado

informando o identificador 21465004 e o código verificador 741C8.F1F5E.8D69C.AEC18.CFA76.DA10E.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0015


ANTONIO ADALTO DE SOUZA, nacionalidade: BRASILEIRO(A), estado civil: NAO
INFORMADO, endereço: Quadra H-1, Lote 02, Parque Brasil II - bairro: Santa Maria da
Codipi, TERESINA-PI..

pública.



informando o identificador 21465005 e o código verificador 1FDCE.6C089.D270D.5C29A.D6B2A.4FA9C.
Ciente em, _____/_____/________
____________________________
Intimado/Citado

informando o identificador 21465005 e o código verificador 1FDCE.6C089.D270D.5C29A.D6B2A.4FA9C.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0016


DAYANE CRISTINA BATISTA, nacionalidade: BRASILEIRO(A), estado civil: NAO

pública.



informando o identificador 21465006 e o código verificador 4FE68.0473A.9F17D.87498.58CA9.D13DD.
Ciente em, _____/_____/________
____________________________
Intimado/Citado

informando o identificador 21465006 e o código verificador 4FE68.0473A.9F17D.87498.58CA9.D13DD.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0017


JÚLIA PEREIRA DE SOUZA, nacionalidade: BRASILEIRO(A), estado civil: NAO
INFORMADO, endereço: Quadra H-1, Lote 02, Parque Brasil II - bairro: SANTA MARIA DA
CODIPI, TERESINA-PI..

pública.



informando o identificador 21465007 e o código verificador D7F11.D36D4.A7C84.2547A.690BA.005CB.
Ciente em, _____/_____/________
____________________________
Intimado/Citado

informando o identificador 21465007 e o código verificador D7F11.D36D4.A7C84.2547A.690BA.005CB.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
Certifico que nesta data fiz o envio do(s) mandado(s) de intimação da

audiência para Central de Mandados. Dou fé.


informando o identificador 21465143 e o código verificador 74CCE.E9B94.6CD64.5D73F.1FE3B.1DC8B.
AVISO DE INTIMAÇÃO (4ª Vara Criminal de TERESINA)
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Classe: Ação Penal - Procedimento Ordinário
Advogado(s):
Réu: ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER DOS REIS CRUZ,
Advogado(s): ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO(OAB/PIAUÍ Nº 4387), MARCIO
ANTONIO MONTEIRO NOBRE(OAB/PIAUÍ Nº 1476)
ATO ORDINATÓRIO: Pelo presente fica(m) intimado(s) o(s) advogado(s) constituído(s)

para audiência de Instrução e Julgamento dia 11/09/2018, às 12:00 horas, na sala das
audiências da 4ª Vara Criminal, Rua Governador Tibério Nunes, s/nº bairro Cabral
Teresina-Pi.

informando o identificador 21465356 e o código verificador 88BD5.3645B.16CEB.03EF8.48E11.8438F.

Distribuído para Oficial: Elisiario Jose da Silva Ferreira
DESCRIÇÃO: DISPONIBILIZAÇÃO NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO

OBSERVAÇÕES: Movimentação automática.
SECRETARIA DA 4ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE
TERESINA
Processo Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO DE JUSTIÇA
O Tribunal de Justiça do Estado do Piauí certifica que o(a) EDITAL movimentado(a) no

sistema em 22/08/2018 foi disponibilizado(a) no Diário nº 8501, página 126, na Quarta-feira,
22 de Agosto de 2018, computando-se a publicação na Quinta-feira, 23 de Agosto de 2018.
Este documento é emitido eletronicamente junto ao Sistema ThemisWEB e a veracidade de
sua informação poderá ser verificada no referido periódico.
CONTEÚDO DA PUBLICAÇÃO

Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Advogado(s):
Réu: ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER DOS REIS CRUZ,
Advogado(s): ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO(OAB/PIAUÍ Nº 4387), MARCIO ANTONIO MONTEIRO
NOBRE(OAB/PIAUÍ Nº 1476)
ATO ORDINATÓRIO: Pelo presente fica(m) intimado(s) o(s) advogado(s) constituído(s) para audiência de Instrução
e Julgamento dia 11/09/2018, às 12:00 horas, na sala das audiências da 4ª Vara Criminal, Rua Governador Tibério
Nunes, s/nº bairro Cabral ? Teresina-Pi.

Distribuído para Oficial: Elisiario Jose da Silva Ferreira

Distribuído para Oficial: Maria da Piedade Galvão Serra de Sousa



Distribuído para Oficial: Antonio da Silva Reis

Distribuído para Oficial: Rayana Mara Diniz Almeida

Distribuído para Oficial: José Carneiro da Silva Filho II


Distribuído para Oficial: Josiane Gil da Silva

Distribuído para Oficial: Felipe Marcelino Araujo Neto


Distribuído para Oficial: Rayana Mara Diniz Almeida

Distribuído para Oficial: Maria da Piedade Galvão Serra de Sousa

Distribuído para Oficial: Josiane Gil da Silva







PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
Certifico, para os devidos fins, que na presente data compareceu a esta

secretaria, o advogado Roberto Rosemberg Damasceno (OAB/PI n° 4387), intimado, via
DJe, por ocasião da audiência designada por este juízo para o dia 11/09/2018, às 12:00 hs,
informando acerca de sua renúncia ao mandato outorgado pelo réu CLEBER DOS REIS
CRUZ, datado de 22/02/2008, às fls. 147. Certifico ainda, que após o referido
peticionamento, ocorrera audiência de instrução, inclusive com a presença do réu supra,
portanto após a formalização da renúncia. Dou fé.
DEMYS RAPHAEL RODRIGUES FIALHO

Analista Judicial

informando o identificador 21512769 e o código verificador C875F.AC02F.09ED9.6C583.9BAF7.472C7.


SECRETARIA DA 4fl VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA
RUA GOV. TIBERIO NUNES, S/N, CABRAL, TERESINA-PI
PROCESSO Nfi 0004263-27.2007.8.18.0140

MANDADO NB 0004263-27.2007.8.18.0140.0010
MATEUS JOSÉ DA CRUZ
O (a) MM. Juiz (a) de Direito da 49 Vara Criminal da Comarca de TERESINA MANDA
mandado

LOCAL: RUA GOV. TIBERIO NUNES, S/N, CABRAL, TERESINA-PI
MATEUS JOSÉ DA CRUZ, filho(a) de FRANCISCA DAS CHAGAS PEREIRA DA SILVA CRUZ, CPF:
Q.27, LOTE-42 - bairro: PARQUE BRASIL l, TERESINA-PI.
Eu, . MARIA DAS DORES OLIVEIRA SANTOS - Analista Administrativo, digitei e

s u b s c r e v o .


informando o identificador 21464930 e o código verificador 685A8.7A5DS.A4961.6C2B7.6D42D.C87B3.
C E R T I D Ã O
Certifico que me dirigi ao endereço indicado em dias e horários

alternados estando lá nos dias 25/08 às 14:57h, DEIXEI de INTIMAR
MATEUS JOSÉ DA CRUZ, porque É PRESO, segundo informações de
vizinhos. Dou Fé.
Teresina(PI), 25 de Agosto de 2018
JOSIAN <BIL DA SILVA

Oficiala de stiça e Avaliadora







SECRETARIA DA 4fl VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA
RUA GOV. TIBERIO NUNES, S/N, CABRAL, TERESINA-PI
PROCESSO Nfi 0004263-27.2007.8.18.0140

MANDADO NB 0004263-27.2007.8.18.0140.0010
MATEUS JOSÉ DA CRUZ
O (a) MM. Juiz (a) de Direito da 49 Vara Criminal da Comarca de TERESINA MANDA
mandado

LOCAL: RUA GOV. TIBERIO NUNES, S/N, CABRAL, TERESINA-PI
MATEUS JOSÉ DA CRUZ, filho(a) de FRANCISCA DAS CHAGAS PEREIRA DA SILVA CRUZ, CPF:
Q.27, LOTE-42 - bairro: PARQUE BRASIL l, TERESINA-PI.
Eu, . MARIA DAS DORES OLIVEIRA SANTOS - Analista Administrativo, digitei e

s u b s c r e v o .


informando o identificador 21464930 e o código verificador 685A8.7A5DS.A4961.6C2B7.6D42D.C87B3.
C E R T I D Ã O
Certifico que me dirigi ao endereço indicado em dias e horários

alternados estando lá nos dias 25/08 às 14:57h, DEIXEI de INTIMAR
MATEUS JOSÉ DA CRUZ, porque É PRESO, segundo informações de
vizinhos. Dou Fé.
Teresina(PI), 25 de Agosto de 2018
JOSIAN <BIL DA SILVA

Oficiala de stiça e Avaliadora


PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
CERTIFICO que o advogado do denunciado Alexandro Barroso da Silva não

peticionou o endereço das testemunhas citadas em assentada.
TERESINA, 11 de outubro de 2018
MYLENA SOARES SILVA


informando o identificador 22265509 e o código verificador D7B7A.2622D.274B6.0CAEC.B8E57.36D52.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

SOCIEDADE
CONCLUSÃO
para despacho.
MYLENA SOARES SILVA


informando o identificador 22265552 e o código verificador 2286C.D3BEC.758CF.30C24.99C17.E6081.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

MATEUS JOSE DA CRUZ
DESPACHO
Vistos, etc,
Considerando certidão de fls. 262, redesigno audiência de interrogatório dos

réus para o dia 14/03/2019, às 09:30, à falta de data mais próxima desimpedida, a ser
realizada na Sala de audiências da 4ª Vara Criminal.
Intimações necessárias.
Notifique-se o Ministério Público.
Cumpra-se.
TERESINA, 4 de fevereiro de 2019
JUNIA MARIA FEITOSA BEZERRA FIALHO

Documento assinado eletronicamente por JÚNIA MARIA FEITOSA BEZERRA FIALHO, Juiz(a), em 04/02/2019, às
10:50, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

informando o identificador 23658942 e o código verificador A1B7C.B8462.1A9AB.D1F06.D832D.639DA.
OBSERVAÇÕES: Audiência de interrogatório designada para 14/03/2019 09:30 Sala de
Audiências da 4ª Vara Criminal.
OBSERVAÇÕES: Audiência de interrogatório cancelada para 14/02/2019 11:19 Sala de
Audiências da 4ª Vara Criminal.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
Certifico verificando o presente processo, neles constatei que os acusados

foram interrogados, conforme comprovam às fls. 131 a 138. Dou fé.


informando o identificador 23833209 e o código verificador 21073.67FF9.4C385.D0C7D.1C3D6.24B80.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

SOCIEDADE
CONCLUSÃO
para despacho.


informando o identificador 23833259 e o código verificador 5FC30.F4625.791F5.CDCAD.0F364.6A03C.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

MATEUS JOSE DA CRUZ
DESPACHO
Vistos, etc,
Intimem-se o Ministério Público para apresentar alegações finais, após,

sucessivamente, as defesas dos acusados.
Cumpra-se.


informando o identificador 24004057 e o código verificador 4B789.031C3.94B96.C194D.621DE.BD4C0.
TERMO DE CARGA/VISTA
Faço remessa, na presente data, dos autos do processo número

0004263-27.2007.8.18.0140 entregues em carga/vista a(o) Sr.(a) : LUIZ CÉSAR RIBEIRO -
MP.
CARLOS ALBERTO PEREIRA VALE

Técnico Judicial - Mat. nº 1044303
________________________________________________________________
Assinatura do Recebedor

informando o identificador 24022485 e o código verificador 9EC34.5187E.CA167.58710.BB125.982C9.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ
3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140 – Secretaria da 4ª Vara Criminal de Teresina/PI.

Ação Penal Pública – Roubo Qualificado.
Autor – Ministério Público.
Réus – Cleber dos Reis Cruz, Mateus José da Cruz, Alexandro Barroso da Silva e Aleilson
Pereira de Sousa.
MM. Juíza,
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu

representante infra assinado, no uso de suas atribuições legais, em atenção ao r. despacho
exarado em audiência
ALEGAÇÕES FINAIS
nos autos da Ação Penal por crime de ROUBO MAJORADO que move contra CLEBER
DOS REIS CRUZ, MATEUS JOSÉ DA CRUZ, ALEXANDRO BARROSO DA SILVA e
ALEILSON PEREIRA DE SOUSA, réus já devidamente qualificados na inicial:
Consta dos autos, que no dia 17 de julho de 2007, por volta das 09h00,
Cleber dos Reis da Cruz e Mateus José da Cruz praticaram o rime de roubo contra sa
vítimas Edna Maria Silva, Valdênia e Kely, mediante o emprego de arma de fogo, tipo
revolver, subtraindo um a motocicleta Honda CG 125, placa NHU-3916, com o documento
correspondente, além de dois celulares.
Além disso, os denunciados roubaram outra motocicleta, Honda NXR

125 Bros Ks, placa 6215, de Raimundo Nonato Matos Dutra Neto. Eles foram presos em
flagrante no dia 20 de julho de 2007 acusados das práticas dos crimes de receptação,
formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
1 RUB.
João Batista de Castro Filho
Promotor de Justiça
O denunciado Cleber dos Reis Cruz foi preso em flagrante em razão

do porte de arma de fogo com numeração raspada, além de balas de calibre ponto quarenta
e da motocicleta roubada Honda CG 125, placa NHU-3916.
O denunciado Aleilson foi preso em flagrante em razão do porte de

arma de fogo, além de ter sido encontrado com a motocicleta roubada Honda NXR 125
Bros Ks, placa 6215. Já Alexandro foi preso em flagrante devido ao fato de estar com três
aparelhos celulares roubados.
Após o regular trâmite instrutório, sem vícios processuais e

observados os princípios do contraditório e da ampla defesa, restou comprovada a
materialidade do crime, sobretudo em razão do auto de prisão em flagrante delito acostado
aos autos. Dele observa-se o auto de apreensão (fls. 31) e os de restituição (fls. 48, 55),
indicando os bens roubados das vítimas supracitadas e encontrados em poder de terceiros.
Igualmente, a autoria restou verificada em relação a três dos quatro

acusados. Vejamos:
Em relação ao réu Mateus José da Cruz, constam os seus depoimentos

prestados na Delegacia de Polícia Civil. Inicialmente, ele reconheceu a prática criminosa,
mas não detalhou o modus operandi. Num segundo interrogatório complementar, disse que
praticou o roubo da motocicleta Titan na companhia do “Gordo”, e não do Cleber. O
interrogando disse que ele próprio rendeu a vítima.
A despeito de ter negado a prática criminosa no seu interrogatório

judicial, o acusado supra não se desvencilhou das controversas afirmativas, tanto prestadas
na fase policial, quanto na fase judicial, de modo que a sua ulterior negativa geral não
desqualificam as suas confissões detalhadas inicialmente.
A vítima Edna Maria Silva prestou depoimento na Delegacia de

Polícia. Disse que no dia 17 de julho de 2007 estava no seu local de trabalho com as suas
colegas Valdênia e Kely quando foi rendida por dois homens, que estavam armados e não
2 RUB.
usavam nenhum disfarce. Eles levaram a sua motocicleta e o documento do veículo

correspondente. Após a prisão dos acusados, procedeu a reconhecimento pessoal deles,
Kleber dos Reis Cruz e Mateus José da Cruz.
A testemunha Kelly Cilene dos Santos Silva prestou depoimento na

delegacia de Polícia Civil, ocasião em que disse que no dia do ocorrido estava com a
vítima Edna e sua outra colega, Valdênia, quando foram abordadas por dois homens
armados. Os assaltantes levaram a motocicleta de Edna, assim como aparelhos celulares.
Igualmente, disse Valdênia de Souza Virgino em depoimento prestado na Delegacia de
Polícia Civil.
A vítima Edna Maria Silva reconheceu( fls. 43) o réu Mateus como
um dos que praticou o roubo e subtraiu a sua motocicleta. Igualmente, reconheceu Cleber
dos Reis Cruz( fls. 46). A testemunha Kelly Cilene dos Santos Silva reconheceu os réus
Mateus José da Cruz e Cleber dos Reis Cruz como os dois assaltantes que roubaram a
motocicleta de Edna Maria Silva(fls. 65/66).
Não restam dúvidas, portanto, sobre a autoria da prática criminosa

pelo Réu Mateus em relação ao roubo majorado( artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal)
pelo emprego de arma de fogo e em concurso de pessoas pela subtração da motocicleta
Honda CG 125, placa NHU-3916. Entretanto, não ficou comprovado nos autos a prática
de formação de quadrilha ou bando(artigo 288 do Código Penal).
Em relação ao réu Aleilson Pereira de Souza, restou provado a prática

do crime de receptação da motocicleta roubada, Honda NXR 125 Bros Ks, placa 6215,
pois ele foi preso com este veículo quando estava na companhia do réu Mateus.
A vítima Raimundo Nonato Matos Dutra Neto também prestou

depoimento na Delegacia de Polícia, ocasião em que disse que no dia do ocorrido estava
chegando em sua casa quando foi abordado por uma pessoa que portava uma arma de fogo.
Disse que no momento do crime havia uma outra pessoa numa motocicleta fazendo
3 RUB.
cobertura. Os assaltantes levaram a sua motocicleta, a Honda NXR 125 Bros Ks, placa
6215, encontrada em poder de Aleilson.
Nilo Oliveira e Silva também prestou depoimento na Delegacia de

Polícia, ocasião em que disse ter recebido um comunicado da Central de Flagrantes da Vila
Maria para comparecer ao respectivo local, para fins de receber os quatro acusados presos
em flagrante. O depoente recebeu os flagranteados, bem como os objetos roubados, as duas
motocicletas, além, das armas de fogo e munições que com aqueles estavam.
A testemunha Marcelo da Silva Duarte, agente de polícia, disse em

depoimento prestado na Delegacia de Polícia que no dia 20 de julho de 2007 recebeu o
comunicado da prisão em flagrante dos quatro réus em razão do roubo das motocicletas,
além do porte de armas de fogo e munições. Os presos estavam na Central de Flagrantes da
Vila Maria e o depoente foi acionado para comparecer no local.
Aleilson Pereira de Souza disse no interrogatório policial que não

praticou os crimes. No dia do ocorrido o seu cunhado Mateus o convidou para passear em
duas motocicletas, o qual aceitou. Após, a polícia os perseguiram e procederam às suas
prisões. No seu depoimento judicial, Aleilson manteve a afirmativa de que não praticou os
crimes descritos na denúncia. Afirmou que no dia do ocorrido estava com uma das
motocicletas de Mateus, mas não sabia que era produto de roubo, e somente o soube
quando da perseguição policial, ocasião em que Mateus o revelou.
A despeito de não haver provas nos autos de que o réu Aleilson

Pereira praticou os crimes de porte de arma de fogo e formação de quadrilha, é inconteste a
sua prisão em flagrante com uma das motocicletas roubadas supra-indicada, e sem se
desvencilhar do ônus posto em demonstrar a legitimidade da posse do veículo roubado ou
comprovar o seu álibi narrado no interrogatório, revela-se com suficiência para fins de
imputação da prática do crime de receptação.
4 RUB.
Em relação ao réu Cleber dos Reis Cruz, não há dúvidas quanto a

prática do crime de roubo majorado(artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal) pelo emprego
de arma de fogo e em concurso de pessoas pela subtração da motocicleta Honda CG 125,
placa NHU-3916, procedido por ele e o réu Mateus, contra a vítima Edna.
A vítima Edna Maria Silva reconheceu( fls. 43) o réu Mateus como
um dos que praticou o roubo e subtraiu a sua motocicleta. Igualmente, reconheceu Cleber
dos Reis Cruz( fls. 46). A testemunha Kelly Cilene dos Santos Silva reconheceu os réus
Mateus José da Cruz e Cleber dos Reis Cruz como os dois assaltantes que roubaram a
motocicleta de Edna Maria Silva(fls. 65/66), portanto, as provas são seguras e suficientes
para concluir-se as autorias do roubo em comento.
Igualmente, restou comprovada a prática dos crimes de posse ilegal de

arma de fogo com numeração suprimida(artigo 16, § ú, I, da Lei n. 10.826/03), em razão
dos policiais terem encontrado dois revolveres na residência de Cleber dos Reis Cruz.
Apesar dele ter dito em depoimento policial que os policiais encontraram as duas armas de
fogo num outro quintal que não o seu, isso por si não é afirmativa suficiente para
desnaturar a prova do flagrante delito e a subsequente apreensão policial.
Entretanto, em relação ao réu Alexandro Barroso da Silva, não há

provas nos autos de que participou nos crimes indicados na denúncia. Ele prestou
interrogatório policial e judicial e em ambos negou ter praticado o crime. Disse que estava
em sua residência quando os três outros indivíduos, que sequer os conhece, entraram em
sua casa dizendo que estavam sendo perseguidos pela polícia. Após, os policiais também
entraram em sua residência e deram voz de prisão, inclusive a ele, depoente.
Veja que não forma encontrados os objetos roubados, os intrumentos

ou produtos de crime na residência em que Alexandro foi preso. E tanto o réu Mateus
quanto o Aleilson afirmou em juízo que somente entraram na residência de Alexandro para
fins de se livrarem da perseguição policial, e nesse local não foram encontradas armas ou
5 RUB.
outros instrumentos que incriminassem este último, de modo que contra Alexandro não há
provas seguras nos autos de sua autoria delitiva.
Diante do exposto, o Ministério Público do Estado do Piauí requer

seja a presente ação julgada parcialmente procedente, com a consequente condenação do
acusado Mateus José da Cruz nas penas do artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal;
Aleilson Pereira de Souza nas penas do artigo 180 do Código Penal; Cleber dos Reis Cruz
nas penas do artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal e nas do artigo 16, § único, I, da Lei n.
10.826/03, requerendo, ainda, a absolvição de Alexandro Barroso da Silva por ausência de
provas de sua autoria nas práticas criminosas insertas na denúncia.
Nestes termos.
Espera deferimento.
Teresina-PI, 11 de março de 2019.
JOÃO BATISTA DE CASTRO FILHO

6 RUB.
COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Nº Protocolo 0004263-27.2007.8.18.0140.5001
Data: 11/03/2019 09:49

JOAO BATISTA DE CASTRO FILHO:69076200149 (CPF: 69076200149)
●
TERESINA - PI, 11 de Março de 2019, às 09:49 horas.
Código verificador: TWMNI.9C87E.1894D.FB8D0.0CE2F

0004263-27.2007.8.18.0140, entregues em carga a(o) Sr.(a) : LUIZ CÉSAR RIBEIRO - MP.


informando o identificador 24211806 e o código verificador EF62F.9B381.56AB6.45374.E7783.2B7EF.
COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Nº Protocolo 0004263-27.2007.8.18.0140.5001
Data: 11/03/2019 09:49

●
Código verificador: TWMNI.9C87E.1894D.FB8D0.0CE2F

0004263-27.2007.8.18.0140 entregues em carga/vista a(o) Sr.(a) : LUIZ CÉSAR RIBEIRO -
MP.

________________________________________________________________

informando o identificador 24364366 e o código verificador EC744.03E4E.F6825.8B63E.18D8D.6BB1F.
3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140 – Secretaria da 4ª Vara Criminal de Teresina/PI.

Ação Penal – Roubo majorado, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e associação
criminosa.
Autor: Ministério Público do Estado do Piauí.
Réus: Cleber dos Reis Cruz, Mateus José da Cruz, Alexsandro Barroso da Silva e Aleilson
Pereira de Sousa.
MM. Juíza,
Conforme despacho de fl. 267, foi determinada a intimação das partes

para apresentarem Alegações Finais. Os autos vieram ao Ministério Público, oportunidade
em que foram devidamente apresentadas em 11 de março de 2019, de acordo com
protocolo de petição eletrônico, fl. 269.
Agora, os autos retornaram ao Ministério Público sem qualquer

motivo aparente.
ISTO POSTO, este Órgão Ministerial devolve os autos para a 4ª Vara

Criminal de Teresina-PI, a fim de que se providencie o urgente cumprimento integral do
despacho de fl. 267, com o regular prosseguimento do feito, na forma da lei processual
vigente.
Espera deferimento.
Teresina-PI, 29 de março de 2019.
JOÃO BATISTA DE CASTRO FILHO

RUB.
1
COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Nº Protocolo 0004263-27.2007.8.18.0140.5002
Data: 29/03/2019 15:09

●
Código verificador: TWMNI.EEBE3.FD935.C0697.2BA8C

0004263-27.2007.8.18.0140, entregues em carga a(o) Sr.(a) : LUIZ CÉSAR RIBEIRO - MP.
TERESINA, 2 de abril de 2019
Iana Maria Mourão Martins


informando o identificador 24521752 e o código verificador D1772.204C6.0CBA6.D6CEE.AE066.C63E6.
COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Nº Protocolo 0004263-27.2007.8.18.0140.5002
Data: 29/03/2019 15:09

●
Código verificador: TWMNI.EEBE3.FD935.C0697.2BA8C
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MATEUS JOSE DA CRUZ
ATO ORDINATÓRIO
(Fundamentação legal: § 4º do Art. 162 do CPC c/c o Provimento nº 029/2009, da CGJ/PI)
Faço vista dos autos à Defensoria Pública, para que apresente as devidas as
alegações finais dos réus MATEUS JOSE DA CRUZ e ALEILSON PEREIRA DE SOUZA.


informando o identificador 25203220 e o código verificador 4459D.66301.1FDB1.2ED12.553F9.4D6FB.

0004263-27.2007.8.18.0140 entregues em carga/vista a(o) Sr.(a) : VIVIANE PINHEIRO
PIRES SETUBAL.

________________________________________________________________

informando o identificador 25226691 e o código verificador 6AB0B.0D3CD.F7740.F1539.2E951.9FD79.
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ
4ª DEFENSORIA PÚBLICA CRIMINAL
MM. JUÍZO DA 4ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA-PI.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
RÉU: MATEUS JOSE DA CRUZ
A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio desta

Defensora Pública e estagiária infra-assinados, no uso de suas atribuições legais,
neste ato presta assistência jurídica integral e gratuita a MATEUS JOSE DA CRUZ,
já qualificado nos autos, o qual vem, respeitosa e tempestivamente, perante Vossa
Excelência, apresentar MEMORIAIS, com fulcro no artigo 403, §3º, do Código de
Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
1. DA SINOPSE FÁTICA
De acordo com a peça acusatória (fl.02/06), na data de 17 de julho de

2007, por volta das 09h, o ora denunciado e CLEBER DOS REIS DA CRUZ teriam
Av. João XXIII, nº 853, Bairro Jockey, Teresina - PI, CEP: 64049-010 Viviane Pinheiro Pires Setúbal
Telefone: (86) 3215 - 1138 Defensora Pública
rendido a vítima EDNA MARIA SILVA e mais duas pessoas nas imediações da Av.
Petrônio Portela, 2092, bairro Aeroporto, nesta capital.
Os indivíduos supracitados teriam subtraído das vítimas 01 (uma)
motocicleta, o documento do veículo e 02 (dois) celulares.
O ora denunciado, Mateus, e Cleber foram presos em flagrante em 20 de
julho de 2007 por crimes de formação de quadrilha, receptação e porte ilegal de
arma de fogo de uso permitido.
O Ministério Público ofereceu Denúncia contra o ora acusado, pela prática
do delito tipificado no Art. 157, §2°, incisos I e II, c/c art. 288, parágrafo único,
ambos do Código Penal, em 10 de setembro de 2007.
Diante disso, a Defensoria Pública, vem apresentar memoriais conforme
os argumentos que se seguem.
2. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA.
2.1 DA ABSOLVIÇÃO DO ACUSADO – AUSÊNCIA DE PROVAS SUFICIENTES
PARA A CONDENAÇÃO.
Segundo a doutrina de Nucci, em seu Código de Processo Penal

comentado, 13ª edição, o juiz deve proferir que há impossibilidade de condenação
por ausência de uma das elementares do crime. Ou seja, de acordo com o artigo
386, incisos V e VII, do Código de Processo Penal, o juiz absolverá o réu quando
não houver provas para condenação, em obediência ao principio da presunção de
inocência.
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa

na parte dispositiva, desde que reconheça:
[...]
V- não existir prova de ter o réu concorrido para a
infração penal;
[...]
VII – não existir prova suficiente para a condenação.
[...]
Uma vez que no decorrer do processo não foram colhidas provas

suficientes para condenação do réu, não se pode considerar como verdade absoluta
o que foi exposto pelo órgão ministerial, tendo em vista que são alegações
inconsistentes, onde o contexto probatório não se mostra suficiente para ensejar
uma condenação.
Ante a insuficiência de provas que possam embasar uma condenação,
tem-se o entendimento de alguns Tribunais de Justiça:
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. FURTO QUALIFICADO.

MATERIALIDADE COMPROVADA. AUTORIA DUVIDOSA.
PROVA INSUFICIENTE PARA FUNDAMENTAR A
CONDENAÇÃO. IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO.
RECURSO PROVIDO.- Não sendo possível extrair da prova
judicializada a certeza necessária da autoria do crime de
roubo majorado pelo acusado, deve ser empreendida a sua
absolvição, em obediência ao princípio in dubio pro reo. (TJ-
MG – APR: 1001609090678001 MG, Relator: Nelson Missias
de Morais, Data de Julgamento: 18/12/2013, Câmaras
Criminais / 2ª CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação:
10/01/2014).
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - TRÁFICO DE DROGAS -

MATERIALIDADE COMPROVADA - AUTORIA DUVIDOSA -
PROVA INSUFICIENTE - ALEGAÇÃO DE INOCÊNCIA PELO
APELADO - DEPOIMENTO DE POLICIAIS E DAS
TESTEMUNHAS - INCONCLUSIVOS - AUSÊNCIA DE
PROVA JUDICIAL A AMPARAR A CONDENAÇÃO -
INTELIGÊNCIA DO ART. 155, DO CPP - DÚVIDA RAZOÁVEL
ACERCA DA AUTORIA - MEROS INDÍCIOS PARA
CONDENAÇÃO - INSUFICIENTES - APLICAÇÃO DO
PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO - ABSOLVIÇÃO QUE SE
IMPÕE - RECURSO PROVIDO.1. A materialidade do delito
restou comprovada, entretanto a autoria se mostra duvidosa,
diante dos inconclusivos depoimentos prestados pelas
testemunhas arroladas pela acusação e da negativa
apresentada pelo apelado, em ambas as fases
procedimentais. 2. Muito embora existam sérios indícios da
ocorrência do delito, o mesmo não se pode afirmar no que
concerne à autoria, tendo em vista que o conjunto
probatório se mostra precário, na medida em que a
pretendida condenação se baseia em meras suspeitas, o
que não permite a formação de um juízo condenatória, em
consonância com o princípio do in dubio pro reo. 3. No

Processo Penal vigora o princípio segundo o qual, para
alicerçar um decreto condenatório, a prova deve ser clara,
positiva e indiscutível, não bastando a mera possibilidade
acerca do delito e da autoria fundada em indícios. 4.
Recurso a que se dá provimento, a fim de absolver o
acusado, nos termos do art. 386, inciso VI, do Código de
Processo Penal. (TJ-SE – APL: 00194744720088080011,
Relator: SÉRGIO BIZZOTTO PESSOA DE MENDONÇA, Data
de julgamento: 16/02/2011, PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL,
Ou seja, não se pode condenar o réu sem provas concretas. Não se

pode basear a condenação do acusado, exclusivamente, no depoimento frágil da
única testemunha que foi ouvida em juízo, uma vez que isto não constitui prova
robusta que enseja uma sentença condenatória.
2.2. FIXAÇÃO DA EVENTUAL PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE – PENA-BASE

NO MÍNIMO.
Em caso de eventual condenação pelos crimes a ele imputados, faz-se

necessária a fixação da pena-base no patamar mínimo legal, por serem as
circunstâncias judiciais previstas no Art. 59 do Código Penal, favoráveis para a
denunciada.
Tais circunstâncias, trazidos à colação pelo art. 59, guiam o juiz na

fixação da pena-base. No caso em comento, está patente que todas essas variáveis
beneficiam o denunciado, uma vez que as circunstâncias objetivas revelam que a
atividade delitiva não trouxe graves prejuízos, conforme acima destacado. Nesse
aspecto, salutar ressaltar o teor do diploma legal a respeito das circunstâncias
judiciais.
Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às
circunstâncias e consequências do crime, bem como ao
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja

necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
Nesse sentido entende o Superior Tribunal de Justiça:
PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.

HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. 1. DOSIMETRIA
DA PENA. DUPLA VALORAÇÃO DE UMA DAS
QUALIFICADORAS. UTILIZAÇÃO PARA QUALIFICAR O
DELITO E PARA FIXAR A PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO
LEGAL NA PRIMEIRA ETAPA DE DOSIMETRIA DA PENA,
COMO CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DESFAVORÁVEL. 2.
CONDUTA SOCIAL. DESFAVORÁVEL. COMETIMENTO DO
PRÓPRIO DELITO. IMPOSSIBILIDADE. AVALIAÇÃO ÉTICA
DA CONDUTA DO PACIENTE. IMPOSSIBILIDADE. 3.
COMPORTAMENTO DA VÍTIMA NEUTRO. VALORAÇÃO EM
PREJUÍZO DO ACUSADO. IMPOSSIBILIDADE. 4. ORDEM
CONCEDIDA. 1. Inviável se torna a dupla valoração de
qualificadoras, tanto para qualificar o delito, quanto para a
fixação da pena-base acima do mínimo legal, na primeira etapa
de dosimetria da pena, sob pena de incorrer-se em bis in idem.
2. A conduta social do agente não pode ser considerada
desfavorável apenas por conta do cometimento do próprio
delito, assim como considerações de cunho ético e moral
devem ser excluídas da avaliação. 3. O comportamento da
vítima tachado como neutro não pode ser valorado como
prejudicial ao acusado. 4 Ordem concedida para anular o
acórdão que manteve a sentença, de modo a excluir as
circunstâncias judiciais concernentes à culpabilidade, à
conduta social e ao comportamento da vítima, por entendê-las
fundamentadas com base em argumentos inidôneos, vedando
qualquer consideração desfavorável com relação a estas
circunstâncias, bem como para determinar ao tribunal a quo
que proceda a nova individualização da pena, fundamentando
adequadamente as demais circunstâncias (motivo,
circunstâncias e consequências), redimensionando-se a pena
apenas de acordo com estas. (STJ HC 67710/PE, Rel. Ministra
MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, T 6- SEXTA TURMA,
27/03/2008, DJE 22/04/2008).
Desta feita, a jurisprudência recomenda que se adote uma reprimenda

mínima, obedecendo-se, sem receio algum, ao princípio da proporcionalidade, de
suma importância para um Direito Penal justo e democrático, alinhado, como não
poderia deixar de ser, aos postulados axiológicos da Constituição Federal de 1988.
Confira-se:
PENA. FIXAÇÃO NO MÍNIMO. AUSÊNCIA DE ERRO, EM SE

TRATANDO DE RÉU PRIMÁRIO E DE BONS
ANTECEDENTES. APELAÇÃO DO MP IMPROVIDA.
PRESCRIÇÃO. (Apelação Crime Nº 684037666, Terceira
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Roberto
Nicolau Frantz, Julgado em 28/02/1985)
APELAÇÃO CRIMINAL - DISPARO DE ARMA DE FOGO -

PROVAS - RELATO DA OFENDIDA E EXISTÊNCIA DE
PROVA TÉCNICA - VALIDADE - CONDENAÇÃO MANTIDA -
PENA - ALTERAÇÃO - ACUSADO TECNICAMENTE
PRIMÁRIO - FIXAÇÃO NO MÍNIMO LEGAL - REGIME
ABERTO E SUBSTITUIÇÃO MANTIDOS - CUSTAS -
ISENÇÃO - APELO PROVIDO EM PARTE.
(96634120078260482 SP 0009663-41.2007.8.26.0482, Relator:
Almeida Sampaio, Data de Julgamento: 07/02/2011, 2ª Câmara
de Direito Criminal, Data de Publicação: 25/02/2011)
Diante disto, a Defesa requer, na hipótese de prolação de sentença

condenatória, a fixação de pena-base no patamar mínimo legal, por todos os
motivos apresentados, como medida imperativa de justiça.
2.3. DA DETRAÇÃO DA PENA – DIREITO SUBJETIVO DO ACUSADO – TEMPO

DE PRISÃO CAUTELAR.
Por fim, ainda em remota hipótese de condenação, cabe observar o

instituto da detração penal, que consiste na dedução da pena privativa de liberdade
imposta definitivamente aos acusados, do tempo de prisão provisória cumprida no
Brasil ou no estrangeiro, conforme preceituado no art. 42 do CP, in verbis:
“Art. 42. Computam-se, na pena privativa de liberdade e na

medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil
ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação
em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior.”
Nesse ínterim, insta salientar que a Lei nº 12.736/2012 deu nova

redação ao art. 387 do Código Penal, determinando que:
“Art. 1º. A detração deverá ser considerada pelo juiz que

proferir a sentença condenatória, nos termos desta Lei.
Art. 2°. O art. 387 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de
1941 - Código de Processo Penal, passa a vigorar com a
seguinte redação:
Art. 387. § 1º. O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a

manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão
preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do
conhecimento de apelação que vier a ser interposta.
§ 2°. O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou

de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado
para fins de determinação do regime inicial de pena privativa
de liberdade.”
Assim, tendo em vista a nova redação do art. 387 do CPP dada pela Lei
12.736/2012, REQUER que Vossa Excelência conheça e dê total provimento para
descontar da pena definitiva o período em que ficou preso provisoriamente.
3. DOS PEDIDOS.
Ante o exposto, a Defesa requer:
a) Que o denunciado seja ABSOLVIDO, ante a ausência de provas

suficientes para o decreto condenatório;
b) Em caso de eventual condenação, FIXAÇÃO DA PENA BASE NO

PATAMAR MÍNIMO, com fundamento no Art. 59 do Código Penal;
c) A intimação pessoal do acusado acerca do conteúdo da sentença

penal;
d) Imprescindível também o aproveitamento do instituto da detração

penal, em conformidade ao advento da Lei nº 12.736/2012, a qual deu
nova redação ao parágrafo único do art. 387 do Código Penal, devendo tal
instituto ser considerado pelo juiz ao proferir a sentença condenatória;
e) Requer-se, por fim, no caso de sentença condenatória, seja conferido ao
acusado o DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Teresina (PI), 28 de maio de 2019.
VIVIANE PINHEIRO PIRES SETÚBAL

Defensora Pública
ALINE ROSENO GIL BARBOSA

Estagiária
COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Nº Protocolo 0004263-27.2007.8.18.0140.5003
Data: 30/05/2019 11:13

●
TERESINA - PI, 30 de Maio de 2019, às 11:13 horas.
Código verificador: TWMNI.F22D8.27530.BAA42.4D595
MM. JUÍZO DA 4ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA-PI.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
RÉU: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA
A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio desta

Defensora Pública e estagiária infra-assinados, no uso de suas atribuições legais,
neste ato presta assistência jurídica integral e gratuita a ALEILSON PEREIRA DE
SOUZA, já qualificado nos autos, o qual vem, respeitosa e tempestivamente,
perante Vossa Excelência, apresentar MEMORIAIS, com fulcro no artigo 403, §3º,
do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir
expostos:
De acordo com a peça acusatória (fl.02/06), na data de 17 de julho de

2007, por volta das 09h, MATEUS JOSÉ DA CRUZ e CLEBER DOS REIS DA CRUZ
teriam rendido a vítima EDNA MARIA SILVA e mais duas pessoas nas imediações
da Av. Petrônio Portela, 2092, bairro Aeroporto, nesta capital.
Os indivíduos supracitados teriam subtraído das vítimas 01 (uma)
motocicleta, o documento do veículo e 02 (dois) celulares.
Mateus e Cleber foram presos em flagrante em 20 de julho de 2007 por
crimes de formação de quadrilha, receptação e porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido.
Em outra ocasião, a vítima Raimundo Nonato Matos Dutra Neto também
teria tido o seu veículo subtraído por duas pessoas desconhecidas. Era uma
motocicleta Honda NXR 125 BROS KS, placa LVX 6215.
O ora denunciado, Aleilson foi preso em flagrante com um revolver, 05
(cinco) balas, bem como com a motocicleta de placa LVX 6215.
O Ministério Público ofereceu Denúncia contra o ora acusado, pela prática
do delito tipificado no Art. 180 c/c art. 288, parágrafo único, ambos do Código
Penal e art. 14, da Lei 10.826/03 em 10 de setembro de 2007.
Diante disso, a Defensoria Pública, vem apresentar memoriais conforme
os argumentos que se seguem.
2.1 DA ABSOLVIÇÃO DO ACUSADO – AUSÊNCIA DE PROVAS SUFICIENTES
PARA A CONDENAÇÃO.

comentado, 13ª edição, o juiz deve proferir que há impossibilidade de condenação
por ausência de uma das elementares do crime. Ou seja, de acordo com o artigo
386, incisos V e VII, do Código de Processo Penal, o juiz absolverá o réu quando
não houver provas para condenação, em obediência ao principio da presunção de
inocência.
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa

na parte dispositiva, desde que reconheça:
V- não existir prova de ter o réu concorrido para a

infração penal;
Uma vez que no decorrer do processo não foram colhidas provas

suficientes para condenação do réu, não se pode considerar como verdade absoluta
o que foi exposto pelo órgão ministerial, tendo em vista que são alegações
inconsistentes, onde o contexto probatório não se mostra suficiente para ensejar
uma condenação.
Ante a insuficiência de provas que possam embasar uma condenação,
tem-se o entendimento de alguns Tribunais de Justiça:
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. FURTO QUALIFICADO.

MATERIALIDADE COMPROVADA. AUTORIA DUVIDOSA.
PROVA INSUFICIENTE PARA FUNDAMENTAR A
CONDENAÇÃO. IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO.
RECURSO PROVIDO.- Não sendo possível extrair da prova
judicializada a certeza necessária da autoria do crime de
roubo majorado pelo acusado, deve ser empreendida a sua
absolvição, em obediência ao princípio in dubio pro reo. (TJ-
MG – APR: 1001609090678001 MG, Relator: Nelson Missias
de Morais, Data de Julgamento: 18/12/2013, Câmaras
Criminais / 2ª CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação:
10/01/2014).
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - TRÁFICO DE DROGAS -

MATERIALIDADE COMPROVADA - AUTORIA DUVIDOSA -
PROVA INSUFICIENTE - ALEGAÇÃO DE INOCÊNCIA PELO
APELADO - DEPOIMENTO DE POLICIAIS E DAS
TESTEMUNHAS - INCONCLUSIVOS - AUSÊNCIA DE
PROVA JUDICIAL A AMPARAR A CONDENAÇÃO -
INTELIGÊNCIA DO ART. 155, DO CPP - DÚVIDA RAZOÁVEL
ACERCA DA AUTORIA - MEROS INDÍCIOS PARA
CONDENAÇÃO - INSUFICIENTES - APLICAÇÃO DO
PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO - ABSOLVIÇÃO QUE SE
IMPÕE - RECURSO PROVIDO.1. A materialidade do delito
restou comprovada, entretanto a autoria se mostra duvidosa,
diante dos inconclusivos depoimentos prestados pelas
testemunhas arroladas pela acusação e da negativa
apresentada pelo apelado, em ambas as fases
procedimentais. 2. Muito embora existam sérios indícios da
ocorrência do delito, o mesmo não se pode afirmar no que
concerne à autoria, tendo em vista que o conjunto

probatório se mostra precário, na medida em que a
pretendida condenação se baseia em meras suspeitas, o
que não permite a formação de um juízo condenatória, em
consonância com o princípio do in dubio pro reo. 3. No
Processo Penal vigora o princípio segundo o qual, para
alicerçar um decreto condenatório, a prova deve ser clara,
positiva e indiscutível, não bastando a mera possibilidade
acerca do delito e da autoria fundada em indícios. 4.
Recurso a que se dá provimento, a fim de absolver o
acusado, nos termos do art. 386, inciso VI, do Código de
Processo Penal. (TJ-SE – APL: 00194744720088080011,
Relator: SÉRGIO BIZZOTTO PESSOA DE MENDONÇA, Data
de julgamento: 16/02/2011, PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL,
Ou seja, não se pode condenar o réu sem provas concretas. Não se

pode basear a condenação do acusado, exclusivamente, no depoimento frágil da
única testemunha que foi ouvida em juízo, uma vez que isto não constitui prova
robusta que enseja uma sentença condenatória.
2.2. FIXAÇÃO DA EVENTUAL PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE – PENA-BASE

NO MÍNIMO.
Em caso de eventual condenação pelos crimes a ele imputados, faz-se

necessária a fixação da pena-base no patamar mínimo legal, por serem as
circunstâncias judiciais previstas no Art. 59 do Código Penal, favoráveis para a
denunciada.
Tais circunstâncias, trazidos à colação pelo art. 59, guiam o juiz na

fixação da pena-base. No caso em comento, está patente que todas essas variáveis
beneficiam o denunciado, uma vez que as circunstâncias objetivas revelam que a
atividade delitiva não trouxe graves prejuízos, conforme acima destacado. Nesse
aspecto, salutar ressaltar o teor do diploma legal a respeito das circunstâncias

judiciais.
Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à

conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às
circunstâncias e consequências do crime, bem como ao
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
Nesse sentido entende o Superior Tribunal de Justiça:
PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.

HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. 1. DOSIMETRIA
DA PENA. DUPLA VALORAÇÃO DE UMA DAS
QUALIFICADORAS. UTILIZAÇÃO PARA QUALIFICAR O
DELITO E PARA FIXAR A PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO
LEGAL NA PRIMEIRA ETAPA DE DOSIMETRIA DA PENA,
COMO CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DESFAVORÁVEL. 2.
CONDUTA SOCIAL. DESFAVORÁVEL. COMETIMENTO DO
PRÓPRIO DELITO. IMPOSSIBILIDADE. AVALIAÇÃO ÉTICA
DA CONDUTA DO PACIENTE. IMPOSSIBILIDADE. 3.
COMPORTAMENTO DA VÍTIMA NEUTRO. VALORAÇÃO EM
PREJUÍZO DO ACUSADO. IMPOSSIBILIDADE. 4. ORDEM
CONCEDIDA. 1. Inviável se torna a dupla valoração de
qualificadoras, tanto para qualificar o delito, quanto para a
fixação da pena-base acima do mínimo legal, na primeira etapa
de dosimetria da pena, sob pena de incorrer-se em bis in idem.
2. A conduta social do agente não pode ser considerada
desfavorável apenas por conta do cometimento do próprio
delito, assim como considerações de cunho ético e moral
devem ser excluídas da avaliação. 3. O comportamento da
vítima tachado como neutro não pode ser valorado como
prejudicial ao acusado. 4 Ordem concedida para anular o
acórdão que manteve a sentença, de modo a excluir as
circunstâncias judiciais concernentes à culpabilidade, à
conduta social e ao comportamento da vítima, por entendê-las
fundamentadas com base em argumentos inidôneos, vedando
qualquer consideração desfavorável com relação a estas
circunstâncias, bem como para determinar ao tribunal a quo
que proceda a nova individualização da pena, fundamentando
adequadamente as demais circunstâncias (motivo,
circunstâncias e consequências), redimensionando-se a pena
apenas de acordo com estas. (STJ HC 67710/PE, Rel. Ministra

MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, T 6- SEXTA TURMA,
27/03/2008, DJE 22/04/2008).
Desta feita, a jurisprudência recomenda que se adote uma reprimenda

mínima, obedecendo-se, sem receio algum, ao princípio da proporcionalidade, de
suma importância para um Direito Penal justo e democrático, alinhado, como não
poderia deixar de ser, aos postulados axiológicos da Constituição Federal de 1988.
Confira-se:
PENA. FIXAÇÃO NO MÍNIMO. AUSÊNCIA DE ERRO, EM SE

TRATANDO DE RÉU PRIMÁRIO E DE BONS
ANTECEDENTES. APELAÇÃO DO MP IMPROVIDA.
PRESCRIÇÃO. (Apelação Crime Nº 684037666, Terceira
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Roberto
Nicolau Frantz, Julgado em 28/02/1985)
APELAÇÃO CRIMINAL - DISPARO DE ARMA DE FOGO -

PROVAS - RELATO DA OFENDIDA E EXISTÊNCIA DE
PROVA TÉCNICA - VALIDADE - CONDENAÇÃO MANTIDA -
PENA - ALTERAÇÃO - ACUSADO TECNICAMENTE
PRIMÁRIO - FIXAÇÃO NO MÍNIMO LEGAL - REGIME
ABERTO E SUBSTITUIÇÃO MANTIDOS - CUSTAS -
ISENÇÃO - APELO PROVIDO EM PARTE.
(96634120078260482 SP 0009663-41.2007.8.26.0482, Relator:
Almeida Sampaio, Data de Julgamento: 07/02/2011, 2ª Câmara
de Direito Criminal, Data de Publicação: 25/02/2011)
Diante disto, a Defesa requer, na hipótese de prolação de sentença

condenatória, a fixação de pena-base no patamar mínimo legal, por todos os
motivos apresentados, como medida imperativa de justiça.
2.3. DA DETRAÇÃO DA PENA – DIREITO SUBJETIVO DO ACUSADO – TEMPO

DE PRISÃO CAUTELAR.
Por fim, ainda em remota hipótese de condenação, cabe observar o

instituto da detração penal, que consiste na dedução da pena privativa de liberdade
imposta definitivamente aos acusados, do tempo de prisão provisória cumprida no
Brasil ou no estrangeiro, conforme preceituado no art. 42 do CP, in verbis:
“Art. 42. Computam-se, na pena privativa de liberdade e na

medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil
ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação
em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior.”
Nesse ínterim, insta salientar que a Lei nº 12.736/2012 deu nova

redação ao art. 387 do Código Penal, determinando que:
“Art. 1º. A detração deverá ser considerada pelo juiz que

proferir a sentença condenatória, nos termos desta Lei.
Art. 2°. O art. 387 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de
1941 - Código de Processo Penal, passa a vigorar com a
seguinte redação:
Art. 387. § 1º. O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a

manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão
preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do
conhecimento de apelação que vier a ser interposta.
§ 2°. O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou

de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado
para fins de determinação do regime inicial de pena privativa
de liberdade.”
Assim, tendo em vista a nova redação do art. 387 do CPP dada pela Lei
12.736/2012, REQUER que Vossa Excelência conheça e dê total provimento para
descontar da pena definitiva o período em que ficou preso provisoriamente.
3. DOS PEDIDOS.
a) Que o denunciado seja ABSOLVIDO, ante a ausência de provas

suficientes para o decreto condenatório;
b) Em caso de eventual condenação, FIXAÇÃO DA PENA BASE NO

PATAMAR MÍNIMO, com fundamento no Art. 59 do Código Penal;
c) A intimação pessoal do acusado acerca do conteúdo da sentença

penal;
d) Imprescindível também o aproveitamento do instituto da detração

penal, em conformidade ao advento da Lei nº 12.736/2012, a qual deu
nova redação ao parágrafo único do art. 387 do Código Penal, devendo tal
instituto ser considerado pelo juiz ao proferir a sentença condenatória;
e) Requer-se, por fim, no caso de sentença condenatória, seja conferido ao
acusado o DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Teresina (PI), 28 de maio de 2019.

Defensora Pública
ALINE ROSENO GIL BARBOSA

Estagiária
COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Nº Protocolo 0004263-27.2007.8.18.0140.5004
Data: 30/05/2019 11:17

●
Código verificador: TWMNI.2B2DD.0C24D.82755.6CCD4

SETUBAL.


informando o identificador 25446866 e o código verificador F954F.E16B8.CBD7F.60531.934E0.ED02A.
COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Nº Protocolo 0004263-27.2007.8.18.0140.5004
Data: 30/05/2019 11:17

●
Código verificador: TWMNI.2B2DD.0C24D.82755.6CCD4
COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Nº Protocolo 0004263-27.2007.8.18.0140.5003
Data: 30/05/2019 11:13

●
Código verificador: TWMNI.F22D8.27530.BAA42.4D595
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Advogado(s):
Advogado(s): ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO(OAB/PIAUÍ Nº 4387),
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ(OAB/PIAUÍ Nº ), MARCIO ANTONIO
MONTEIRO NOBRE(OAB/PIAUÍ Nº 1476)
DESPACHO: Intima-se o advogado do réu CLEBER DOS REIS CRUZ, o Dr. ROBERTO
ROSEMBERG DAMASCENO (OAB/PIAUÍ Nº 4387), para que apresente as alegações finais
dentro do prazo legal.

informando o identificador 25701551 e o código verificador 848F4.EED29.5DF9B.0F3B4.8D65B.A6962.
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Advogado(s):
Advogado(s): ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO(OAB/PIAUÍ Nº 4387),
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ(OAB/PIAUÍ Nº ), MARCIO ANTONIO
MONTEIRO NOBRE(OAB/PIAUÍ Nº 1476)
DESPACHO: Intima-se o advogado do réu ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, o Dr.

MARCIO ANTONIO MONTEIRO NOBRE (OAB/PIAUÍ Nº 1476), para que apresente as
alegações finais dentro do prazo legal.

informando o identificador 25701620 e o código verificador DE5EE.95A3E.B7833.8D517.9AE80.646C2.


TERESINA
Processo Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140


sistema em 18/06/2019 foi disponibilizado(a) no Diário nº 8692, página 157, na Terça-feira,
18 de Junho de 2019, computando-se a publicação na Quarta-feira, 19 de Junho de 2019.

Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Advogado(s):
Réu: ALEILSON PEREIRA DE SOUZA, ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, CLEBER DOS REIS CRUZ, MATEUS
JOSE DA CRUZ
Advogado(s): ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO(OAB/PIAUÍ Nº 4387), DEFENSORIA PÚBLICA DO
ESTADO DO PIAUÍ(OAB/PIAUÍ Nº ), MARCIO ANTONIO MONTEIRO NOBRE(OAB/PIAUÍ Nº 1476)
DESPACHO: Intima-se o advogado do réu CLEBER DOS REIS CRUZ, o Dr. ROBERTO ROSEMBERG
DAMASCENO (OAB/PIAUÍ Nº 4387), para que apresente as alegações finais dentro do prazo legal.
TERESINA
Processo Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140


sistema em 18/06/2019 foi disponibilizado(a) no Diário nº 8692, página 158, na Terça-feira,
18 de Junho de 2019, computando-se a publicação na Quarta-feira, 19 de Junho de 2019.

Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Advogado(s):
JOSE DA CRUZ
Advogado(s): ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO(OAB/PIAUÍ Nº 4387), DEFENSORIA PÚBLICA DO
ESTADO DO PIAUÍ(OAB/PIAUÍ Nº ), MARCIO ANTONIO MONTEIRO NOBRE(OAB/PIAUÍ Nº 1476)
DESPACHO: Intima-se o advogado do réu ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, o Dr. MARCIO ANTONIO
MONTEIRO NOBRE (OAB/PIAUÍ Nº 1476), para que apresente as alegações finais dentro do prazo legal.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
Nesta data, certifico que decorreu o prazo e a defesa não apresentou as

alegações finais, apesar de regularmente intimada.


informando o identificador 26605517 e o código verificador 251CD.7E4FD.12A3A.986C3.31D26.4F71F.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

SOCIEDADE
CONCLUSÃO
para despacho.


informando o identificador 26605601 e o código verificador 63028.A35A4.72F76.A3E34.38747.A10A5.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

MATEUS JOSE DA CRUZ
DECISÃO
Vistos etc,
Considerando a intimação anterior dos advogados dos réus CLÉBER DOS

REIS CRUZ e ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, Dr. MARCIO ANTONIO MONTEIRO
NOBRE (OAB/PIAUÍ Nº 1476) e ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO (OAB/PIAUÍ Nº
4387), via DJ, para apresentação de memoriais da defesa, mantendo-se inertes quanto ao
seu ônus processual, determino a renovação da intimação, ficando advertidos que, caso
não apresentem as alegações finais, ficam sujeitos à multa estatuída no art. 265 do CPP,
bem como expedição de ofício à OAB, informando do ato, visto não ter apresentado motivo
imperioso a este juízo.
Cumpra-se.
TERESINA, 25 de setembro de 2019


informando o identificador 27129985 e o código verificador 8A868.1D8EC.8A82D.136BE.4D5EE.D1F45.
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Advogado(s):
Réu: ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA
Advogado(s): MARCIO ANTONIO MONTEIRO NOBRE(OAB/PIAUÍ Nº 1476)
ATO ORDINATÓRIO: Intima-se o advogado, Dr. MARCIO ANTONIO MONTEIRO

NOBRE(OAB/PIAUÍ Nº 1476), para apresentação das alegações finais em favor do
réu ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, dentro do devido prazo legal, ficando advertido,
conforme Decisão proferida por este Juízo, que, caso não as apresente, ficará sujeito à
multa estatuída no art. 265 do CPP, bem como expedição de ofício à OAB, informando do
ato, visto não ter apresentado motivo imperioso a este juízo.

informando o identificador 27175601 e o código verificador 39E51.6D6C2.32DD1.2C648.18058.2F3B9.
Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Advogado(s):
Réu: CLEBER DOS REIS CRUZ
Advogado(s): ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO(OAB/PIAUÍ Nº 4387)
ATO ORDINATÓRIO: Intima-se o advogado, Dr. ROBERTO ROSEMBERG

DAMASCENO(OAB/PIAUÍ Nº 4387), para apresentação das alegações finais em favor do
réu CLEBER DOS REIS CRUZ, dentro do devido prazo legal, ficando advertido, conforme
Decisão proferida por este Juízo, que caso não as apresente, ficará sujeito à multa
estatuída no art. 265 do CPP, bem como expedição de ofício à OAB, informando do ato,
visto não ter apresentado motivo imperioso a este juízo.

informando o identificador 27175720 e o código verificador C2E29.C69FF.AAB4C.8B98A.B16BA.FFC43.


TERESINA
Processo Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140


sistema em 30/09/2019 foi disponibilizado(a) no Diário nº 8763, página 100, na Segunda-
feira, 30 de Setembro de 2019, computando-se a publicação na Terça-feira, 1 de Outubro de
2019. Este documento é emitido eletronicamente junto ao Sistema ThemisWEB e a
veracidade de sua informação poderá ser verificada no referido periódico.

Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Advogado(s):
Réu: ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA
Advogado(s): MARCIO ANTONIO MONTEIRO NOBRE(OAB/PIAUÍ Nº 1476)
ATO ORDINATÓRIO: Intima-se o advogado, Dr. MARCIO ANTONIO MONTEIRO NOBRE(OAB/PIAUÍ Nº 1476),
para apresentação das alegações finais em favor do réu ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, dentro do devido
prazo legal, ficando advertido, conforme Decisão proferida por este Juízo, que, caso não as apresente, ficará sujeito
à multa estatuída no art. 265 do CPP, bem como expedição de ofício à OAB, informando do ato, visto não ter
apresentado motivo imperioso a este juízo.
TERESINA
Processo Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140


sistema em 30/09/2019 foi disponibilizado(a) no Diário nº 8763, página 100, na Segunda-
feira, 30 de Setembro de 2019, computando-se a publicação na Terça-feira, 1 de Outubro de
2019. Este documento é emitido eletronicamente junto ao Sistema ThemisWEB e a
veracidade de sua informação poderá ser verificada no referido periódico.

Processo nº 0004263-27.2007.8.18.0140
Advogado(s):
Réu: CLEBER DOS REIS CRUZ
Advogado(s): ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO(OAB/PIAUÍ Nº 4387)
ATO ORDINATÓRIO: Intima-se o advogado, Dr. ROBERTO ROSEMBERG DAMASCENO(OAB/PIAUÍ Nº 4387),
para apresentação das alegações finais em favor do réu CLEBER DOS REIS CRUZ, dentro do devido prazo legal,
ficando advertido, conforme Decisão proferida por este Juízo, que caso não as apresente, ficará sujeito à multa
estatuída no art. 265 do CPP, bem como expedição de ofício à OAB, informando do ato, visto não ter apresentado
motivo imperioso a este juízo.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
Cetifico, nesta data, que deocrreu o prazo para apresentação das alegações
finais em favor dos réus ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA e CLEBER DOS REIS
CRUZ, sem quaisquer manifestações.
WILLYENE SOUZA AIRES

CONCLUSÃO
Criminal da Comarca de TERESINA, Dr (a) JUNIA MARIA FEITOSA BEZERRA FIALHO .Do
que, para constar, lavro este termo.
WILLYENE SOUZA AIRES


informando o identificador 27593527 e o código verificador 88B27.29B15.28B6F.87D47.9B1EF.74143.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

SOCIEDADE
CONCLUSÃO
para despacho.
TERESINA, 16 de janeiro de 2020


informando o identificador 28366335 e o código verificador 54B64.E5AA1.0B332.6C94D.2A494.EB032.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

MATEUS JOSE DA CRUZ
DESPACHO
Vistos etc.
Apesar das intimações dos advogados dos réus Cléber dos Reis Cruz e Alexsandro Barroso da
Silva, obervo que, quanto ao primeiro, houve renúncia do patrono, peticionada à fl. 147.
No que atine ao réu Alexsandro Barroso, inexiste, nos autos, documento de procuração.
Desta forma, proceda-se às intimações pessoais dos respectivos réus para, no prazo de 5
(cinco) dias, constituírem novos advogados.
Em caso de inércia dos denunciados, fica, desde já, constituída a Defensoria Pública para
assistí-los no processo.
Cumpra-se.


informando o identificador 29125037 e o código verificador AD964.BE1B7.C9A24.995B5.D5309.62889.
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
Certifico que deixei de expedir os mandados em razão da Decisão nº

3293/2020 - PJPI/CGJ/GABJACOR/GABJACORDIS Corregedoria Geral da Justiça, por não
se tratar de processo de réu preso.


informando o identificador 29407981 e o código verificador 1BB73.A06F1.503AC.D20EA.0C757.A11CF.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0018
MATEUS JOSE DA CRUZ
mandado:
FINALIDADE: INTIMAR a parte abaixo qualificada para, no prazo de 05 (cinco) dias, constituír novo
advogado.
QUALIFICAÇÃO DA PARTE:
ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA ("ALEX BOCAO"), filho(a) de MARIA ANTONIA ALVES BARROSO,
nacionalidade: BRASILEIRO(A), estado civil: SOLTEIRO(A), endereço: RUA BOM JESUS,3528 - bairro:
MATADOURO, TERESINA-PI.
CUMPRA-SE, observando as formalidades legais e promovendo todas as diligências necessárias à localização

do intimando.
subscrevo.
TERESINA, 8 de julho de 2020.
LEONARDO BRASILEIRO
Ciente em, _____/_____/________

informando o identificador 29653739 e o código verificador 429F8.C80D9.68409.88B06.F5074.EA54A.
____________________________
Intimado/Citado

informando o identificador 29653739 e o código verificador 429F8.C80D9.68409.88B06.F5074.EA54A.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

MANDADO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140.0019
MATEUS JOSE DA CRUZ
mandado:
FINALIDADE: INTIMAR a parte abaixo qualificada para, no prazo de 05 (cinco) dias, constituír novo
advogado.
QUALIFICAÇÃO DA PARTE:
CLEBER DOS REIS CRUZ, filho(a) de MARIA ENEDINA DOS REIS CRUZ, nacionalidade: BRASILEIRO(A),
estado civil: VIÚVO(A), endereço: RUA: MADRE JOANA ANGELICA, N° 3640 - bairro: RISOLETA NEVES,
TERESINA-PI.
CUMPRA-SE, observando as formalidades legais e promovendo todas as diligências necessárias à localização

do intimando.
subscrevo.
TERESINA, 8 de julho de 2020.
LEONARDO BRASILEIRO
Ciente em, _____/_____/________

informando o identificador 29653740 e o código verificador 2CC52.A13DE.B1D45.6138E.E7926.94720.
____________________________
Intimado/Citado

informando o identificador 29653740 e o código verificador 2CC52.A13DE.B1D45.6138E.E7926.94720.
SEI/TIPI - 1917238- Solicitação http://sei.tjpi.jus.br/sei/controlador.php?acao=documento imprim...

411 VARA CRIMINAL DA COMARCA DE TERES1NA - 4VARCRTER
Pça Des. Edgard Nogueira s/n - Bairro Cabral - Centro Cívico - CEP 64000-830
Teresina - PI - www.tjpi.jus.br
Solicitação N°6140/2020 - PJPI/COM/TER/FORTER/4VARCRTER
Senhor Diretor,
Solicitamos a V. Sa., as necessárias providências no sentido de informar a esta 4'

Vara Criminal, a possibilidade de Distribuição aos Oficiais de Justiça dos Mandados abaixo
relacionados:
0000308-31.2020.8.18.0140.0001
0000848-79.2020.8.18.0140.0001
0002398-46.2019.8.18.0140.0001
0024107-16.2014.8.18.0140.0003
0001076-54.2020.8.18.0140.0001
0001140-64.2020.8.18.0140.0001
0007164-45.2019.8.18.0140.0002
0024667-94.2010.8.18.0140.0006
0001827-75.2019.8.18.0140.0009
0021938-95.2010.8.18.0140.0022
0000779-47.2020.8.18.0140.0002
0000329-07.2020.8.18.0140.0002
0025448-77.2014.8.18.0140.0026
0000899-90.2020.8.18.0140.0002
0005262-28.2017.8.18.0140.0006
0004263-27.2007.8.18.0140.0018
0022871-10.2006.8.18.0140.0019
0006918-49.2019.8.18.0140.0002
0016130-36.2015.8.18.0140.0016
0005150-16.2004.8.18.0140.0006
1 of 2 09/09/2020 10:4 ,1
SEUTJP1 - 1917238 - Solicitação
http://sei.tjpi.jus.br/sei/controlador.php?acao —documento_imprim...
0004361-89.2019.8.18.0140.0003
0006355-89.2018.8.18.0140.0012
0006822-68.2018.8.18.0140.0005
0002029-18.2020.8.18.0140.0001
0003531-26.2019.8.18.0140.0003
Documento assinado eletronicamente por Maria das Dores Oliveira Santos, Analista
Judiciário! Área Administrativa, em 09/09/2020, às 10:40, conforme art. 1°,111, "b", da Lei
11.419/2006.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site Illtp://sei.tjoi.jus.briverificar.plin

informando o código verificador 1917238 e o código CRC EBB22B01.
20.0.000070336-3
1917238v4
09/09/2020 10:40

Distribuído para Oficial: Tâmara Fortes Vasconcelos



Distribuído para Oficial: Tâmara Fortes Vasconcelos
DESCRIÇÃO: REDISTRIBUIÇÃO DO MANDADO

Redistribuído para Oficial: Valmira Moura Marques

Redistribuído para Oficial: Valmira Moura Marques
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
Certifico que os acusados não foram localizados para intimação, conforme

certidões dos senhores Oficiais de Justiça.


informando o identificador 30300178 e o código verificador D320C.52584.EF08D.82902.9524A.30B4A.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

SOCIEDADE
CONCLUSÃO
para despacho.


informando o identificador 30300208 e o código verificador F902B.40EE1.68AD6.9B9F2.2957C.F0A4A.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

MATEUS JOSE DA CRUZ
DESPACHO
Vistos, etc,
Considerando que os denunciados ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA e

CLEBER DOS REIS CRUZ, não foram localizados para intimação e não se manifestaram
até a presente data, intime-se os mesmos, via edital, concedendo-lhes o prazo de 10 (dez)
dias para constituir novo Advogado.
Contudo, se não houver manifestação dos denunciados remetam-se os autos

a Defensoria Pública para atuar na defesa dos acusados.
Cumpra-se.
TERESINA, 1 de novembro de 2020

informando o identificador 30453012 e o código verificador 5B125.CCDD1.B48BC.EE00F.A7F2F.DFE41.
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
MATEUS JOSE DA CRUZ
EDITAL DE INTIMAÇÃO
A Dra. JUNIA MARIA FEITOSA BEZERRA FIALHO, Juíza de Direito da 4ª Vara Criminal da
Comarca de TERESINA, por título e nomeação legais, na forma da lei, etc.
INTIMA, pelo presente edital, os réus ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, filho de Maria
Antonia Alves Barroso, brasileiro, solteiro, residente na Rua Bom Jesus, 3528, Bairro Matadouro, Teresina-PI e
CLEBER DOS REIS CRUZ, filho de MARIA ENEDINA DOS REIS CRUZ, BRASILEIRO, estado VIÚVO,
residente na RUA MADRE JOANA ANGELICA, N° 3640 - BAIRRO RISOLETA NEVES, TERESINA-PI,
concedendo-lhes o prazo de 10 (dez) dias para constituir novo Advogado. Ressaltando que, se não houver
manifestação dos denunciados os autos serão encaminhados à Defensoria Pública para atuar na defesa dos
acusados. E para que chegue ao conhecimento do interessado, expediu-se o presente edital, que será afixado no
átrio do fórum e publicado na forma da lei. Dado e passado nesta cidade e Comarca de TERESINA, Estado do
Piauí, aos 13 de janeiro de 2021 (13/01/2021). Eu, MAYCO EID ARAÚJO DE ABREU, analista judicial, o digitei, e
eu, THIAGO BORGES LEAL, Diretor de Secretaria, o conferi.

Juiz de Direito da Comarca de TERESINA

informando o identificador 30833726 e o código verificador EE7AC.FEB91.5942D.C2540.8B333.FE241.

TERESINA
Processo Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140


sistema em 13/01/2021 foi disponibilizado(a) no Diário nº 9055, página 43, na Quarta-feira,
13 de Janeiro de 2021, computando-se a publicação na Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2021.
TERESINA, 15 de janeiro de 2021
PODER JUDICIáRIO
SECRETARIA DA 4ª Vara Criminal DA COMARCA DE TERESINA
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
JOSE DA CRUZ
EDITAL DE INTIMAÇÃO
A Dra. JUNIA MARIA FEITOSA BEZERRA FIALHO, Juíza de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de TERESINA,
por título e nomeação legais, na forma da lei, etc.
INTIMA, pelo presente edital, os réus ALEXSANDRO BARROSO DA SILVA, filho de Maria Antonia Alves Barroso,
brasileiro, solteiro, residente na Rua Bom Jesus, 3528, Bairro Matadouro, Teresina-PI e CLEBER DOS REIS CRUZ,
filho de MARIA ENEDINA DOS REIS CRUZ, BRASILEIRO, estado VIÚVO, residente na RUA MADRE JOANA
ANGELICA, N° 3640 - BAIRRO RISOLETA NEVES, TERESINA-PI, concedendo-lhes o prazo de 10 (dez) dias para
constituir novo Advogado. Ressaltando que, se não houver manifestação dos denunciados os autos serão
encaminhados à Defensoria Pública para atuar na defesa dos acusados. E para que chegue ao conhecimento do
interessado, expediu-se o presente edital, que será afixado no átrio do fórum e publicado na forma da lei. Dado e
passado nesta cidade e Comarca de TERESINA, Estado do Piauí, aos 13 de janeiro de 2021 (13/01/2021). Eu,
MAYCO EID ARAÚJO DE ABREU, analista judicial, o digitei, e eu, THIAGO BORGES LEAL, Diretor de Secretaria, o
conferi.
Juiz de Direito da Comarca de TERESINA
PROCESSO Nº 0004263-27.2007.8.18.0140
CERTIDÃO
Certifico que embora intimados via edital, os réus ALEXSANDRO BARROSO

DA SILVA e CLEBER DOS REIS CRUZ, não se manifestaram.
MAYCO EID ARAÚJO DE ABREU

Secretário(a) - Mat. nº 3640

informando o identificador 31216019 e o código verificador 86DF6.B6E64.93E3D.553ED.64EE4.F3193.

PIRES SETUBAL.
MAYCO EID ARAÚJO DE ABREU

Secretário(a) - Mat. nº 3640
________________________________________________________________

informando o identificador 31437808 e o código verificador C7F3E.A0DEA.E6CF4.9C85A.B961A.CC397.

SETUBAL.


informando o identificador 32771780 e o código verificador D7885.DA816.44B47.4F74D.E9A9F.C389D.

PIRES SETUBAL.

________________________________________________________________

informando o identificador 32771793 e o código verificador 275D0.A1D38.983A6.CC014.71B2C.D9864.
EXCELENTÍSSIMA SENHORA JUÍZA DE DIREITO DA 4ª VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE TERESINA – PI.
PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

RÉU: ALEILSON PEREIRA DE SOUSA.
A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio desta Defensora

Pública e estagiária infra-assinados, no uso de suas atribuições legais, neste ato
presta assistência jurídica integral e gratuita a ALEILSON PEREIRA DE SOUSA, já
qualificado nos autos, o qual vem, respeitosa e tempestivamente, perante Vossa
Excelência, apresentar MEMORIAIS, com fulcro no artigo 403, §3º, do Código de
Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
Segundo narram os autos do Inquérito Policial, o denunciado Aleilson foi preso
em flagrante em razão do porte de uma suposta arma de fogo, além de ter sido
encontrado com a motocicleta roubada Honda NXR 125 Bros Ks, placa 6215.
Conduta tipificada pelo Ministério Público nas penas do artigo 180 do Código
Penal.
Eis a síntese da acusação.

Diante disso, a Defensoria Pública, vem apresentar memoriais conforme os
argumentos a seguir.
2.1 DA ABSOLVIÇÃO POR NÃO EXISTIR PROVAS SUFICIENTES PARA A
CONDENAÇÃO (ART. 386, VII, DO CPP).

comentado, 13ª edição, o juiz deve proferir que há impossibilidade de condenação por
ausência de uma das elementares do crime. Ou seja, de acordo com o artigo 386,
incisos V e VII, do Código de Processo Penal, o juiz absolverá o réu quando não
houver provas para condenação, em obediência ao princípio da presunção de
inocência.
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte

dispositiva, desde que reconheça:
[...]
V- não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;
[...]
À vista disso, ressalta-se que o ato delitivo teria ocorrido na ausência total de
testemunhas, ou seja, materialidade delitivas alicerçada exclusivamente na palavra
da vítima.
Ademais, decorrer do processo não foram colhidas provas suficientes para
condenação do réu, não se pode considerar como verdade absoluta o que foi exposto
pelo órgão ministerial, tendo em vista que são alegações inconsistentes, onde o
contexto probatório não se mostra suficiente para ensejar uma condenação.
Ante a insuficiência de provas que possam embasar uma condenação, tem-se

o entendimento de alguns Tribunais de Justiça:
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO MAJORADO
PELO CONCURSO DE PESSOAS E EMPREGO DE ARMA DE
FOGO - IRRESIGNAÇÃO MINISTERIAL - RÉUS ABSOLVIDOS
- NEGATIVA DE AUTORIA - EXISTÊNCIA DE DÚVIDAS -

ABSOLVIÇÃO MANTIDA. Sendo o arcabouço probatório
extremamente frágil a embasar a condenação, havendo forte
dúvida acerca da autoria do fato, correta a sentença absolutória,
em homenagem ao princípio do 'in dubio pro reo'.
(TJ-MG - APR: 10110160008329001 MG, Relator: Márcia

Milanez, Data de Julgamento: 06/08/2020, Data de Publicação:
10/08/2020. (grifos nossos)
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO -

IRRESIGNAÇÃO MINISTERIAL - RÉU ABSOLVIDO -
NEGATIVA DE AUTORIA - PROVA - EXISTÊNCIA DE
DÚVIDAS - ABSOLVIÇÃO MANTIDA - RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. Diante da fragilidade do
conjunto probatório, havendo forte dúvida acerca da
autoria delitiva, correta a sentença absolutória, em
homenagem ao princípio do 'in dubio pro reo'.
(TJ-MG - APR: 10024190501874001 Belo Horizonte,

Relator: Márcia Milanez, Data de Julgamento: 29/04/2021,
Câmaras Criminais / 8ª CÂMARA CRIMINAL, Data de
Publicação: 03/05/2021). ( grifos nossos).
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL

NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONCUSSÃO.
RÉU ABSOLVIDO POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS.
PLEITO DE ABSOLVIÇÃO POR NEGATIVA DE
AUTORIA. REEXAME DO ACERVO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 7 DO STJ. AGRAVO DESPROVIDO. 1.
Desprovido o agravo em recurso especial com fundamento
na Súmula n. 7 do Superior Tribunal de Justiça ("A
pretensão de simples reexame de prova não enseja
recurso especial"), impõe-se a confirmação do decisum se
não demonstrada, no agravo regimental, estreme de
dúvida, a sua inaplicabilidade no caso concreto. 2. Agravo
regimental desprovido.
(STJ - AgRg no AREsp: 240012 SP 2012/0210303-0,

Relator: Ministro NEWTON TRISOTTO
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SC), Data de
Julgamento: 11/11/2014, T5 - QUINTA TURMA, Data de
Publicação: DJe 18/11/2014) (grifos nossos).
APELAÇÃOCRIMINAL. ESTELIONATO. RECURSOS

DAS DEFESAS. ABSOLVIÇÃO. AUSÊNCIA DE
PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO. CONDENAÇÃO POR TODOS
OS CRIMES E CONDENAÇÃO DE RÉU ABSOLVIDO.
IMPOSSIBILIDADE. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS.
RECURSOS DESPROVIDOS. 1. Ao estabelecer a
diferença entre ilícito penal (estelionato) e ilícito civil
(inadimplemento contratual), o Supremo Tribunal Federal
se pronunciou no sentido de que para a caracterização do
ilícito penal, "nomen iuris", estelionato, o dolo de fraudar,
o ardil, o artifício fraudulento deve ser antecedente à
prática da conduta delitiva e ao aproveitamento
econômico (HC 87441/PE - STF; RHC 80411). 2. Os
acusados simularam a intenção de adquirirem mais de
uma centena de cabeças de gado da vítima,
comprometendo-se a verterem em pagamento um imóvel
e cheques. Compareceram à fazenda e retiraram todos os
animais; entretanto, o imóvel não lhes pertencia
legalmente e os cheques foram devolvidos sem provisão
de fundos ou sustados. 3. Embora os acusados aleguem
tratar-se de mero ilícito civil, apresentaram declarações
contraditórias, não comprovaram condições mínimas de
arcarem com o compromisso financeiro assumido e
sequer indicaram o destino dos animais, evidenciando o
dolo, desde o início, de ludibriarem a vítima e auferirem
vantagens ilícitas. 4. Os atos praticados pelos acusados,
que agiram com nítido comportamento doloso com o
objetivo de obter vantagem ilícita, gerando um prejuízo à
vítima, amoldam-se perfeitamente ao tipo penal previsto
no artigo 171, "caput", do Código Penal, não havendo,
portanto, que se falar em absolvição por atipicidade da
conduta tampouco por insuficiência probatória. 5.
Conforme a jurisprudência deste egrégio Tribunal de
Justiça, nos crimes contra o patrimônio, a palavra da
vítima, que narra com coesão e clareza o fato delituoso,
assume especial relevo, principalmente quando
corroborada por outros elementos e provas. Ademais, não
se percebe a presença de qualquer circunstância que
retire ou diminua a credibilidade dos depoimentos da
vítima ou mesmo que indique a intenção de prejudicar os
acusados. 6. Havendo dúvida acerca do envolvimento
de uma das rés em um dos delitos de estelionato, bem
como do envolvimento de um dos réus em todos os
crimes, deve ser mantida a absolvição em prestígio ao

brocado "in dubio pro reo". 7. Recursos desprovidos.
(TJ-DF 20130510132496 DF 0013067-

94.2013.8.07.0005, Relator: SILVANIO BARBOSA DOS
SANTOS, Data de Julgamento: 24/01/2019, 2ª TURMA
CRIMINAL, Data de Publicação: Publicado no DJE :
01/02/2019 . Pág.: 172/182) (grifos nossos).
Ora, Nobre Julgadora, ao analisar os autos, bem como o depoimento

do acusado, poderíamos mesmo falar em indícios de autoria de forma tão
concreta assim? A lógica diz que não!!!
Logo, faz-se manifesto o conflito entre a prova acusatória e a defensiva, sem

que algum elemento probatório venha de fato a reconfortar a convicção manifestada
pela vítima, instalando-se, portanto, a dúvida, atraindo a regra do "in dubio pro
reo".
Assim, é lógico, diante do Direito Penal Moderno, que a sanção penal somente
pode e deve punir quem de fato concorreu ou cometeu o cometimento do crime.
Dessa forma, resta impossibilitada a punição de ALEILSON PEREIRA, em
virtude de não ter cometido a prática delituosa e não possuir qualquer ligação
que comprove o envolvimento com crime mencionado, clamando por sua justa
absolvição.
3. DOS PEDIDOS
a) A absolvição do réu quanto ao crime previsto no art. 180 do Código Penal

Brasileiro, por inexistir prova suficiente para a condenação, nos termos
do art. 386, VII, do CPP, em nome do princípio do in dubio pro reu.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Teresina (PI), 04 de março de 2022

Defensora Pública
MARIA EDUARDA SÁ
Estagiária

Número: 0004263-27.2007.8.18.0140

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Número: 0004263-27.2007.8.18.0140

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Tribunal de Justiça do Piauí

PJe - Processo Judicial Eletrônico

PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

CERTIFICO, nesta data, QUE OS EXPEDIENTES (citação, intimação e notificação)

Identificador do expediente: 6696442

Identificador do expediente: 6483919

Identificador do expediente: 6483922

Identificador do expediente: 6483921

Identificador do expediente: 6483923

Identificador do expediente: 6483920

Identificador do expediente: 6001769

Identificador do expediente: 6001768

Identificador do expediente: 4931743

Identificador do expediente: 4931442

Identificador do expediente: 4931441

Identificador do expediente: 4931439

Identificador do expediente: 4931440

O referido é verdade e dou fé.

4Âª Vara Criminal da Comarca de Teresina

Oà MINISTÉRIOà PÚBLICOà BRáSILEIRO,à po à seuà a oà estadualà oàPiauí,à at av sà deà seuà

Te esi a/PI,à àdeà a çoàdeà .

__________________________________à àdeà à_____________________________________

CONTRARRAZÕES EM RECURSO DE APELAÇÃO

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Relativamente aos pressupostos prévios de admissibilidade do recurso manejado, obje-

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O Juízo a quo, depois de apreciar os argumentos e as provas colacionadas aos autos,

VALIDEZ DO RECONHECIMENTO DOS ACUSADOS

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No caderno inquisitorial (fls. 76/128, ID 28026114) consta o reconhecimento de pes-

Preliminarmente, a tese da defesa de que o reconhecimento (pessoal) pela vítima é in-

"(…) as disposições constantes do art. 226 do Código de Processo Penal configuram

“APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO QUALIFICADO. ABSOLVIÇÃO. AUSÊNCIA DE

PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO.

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ESTABELECIDA COM BASE EM OUTROS ELEMENTOS PROBATÓRIOS. ABSOLVIÇÃO. IN-

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ROUBO MAJORADO. AU-

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quando observadas as formalidades previstas no art. 226 do Código de Processo Penal

CORRETA VALORAÇÃO DAS CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME E DAS CAUSAS DO AUMENTO DE

Quanto às circunstâncias do crime e a causa de aumento de pena, a defesa argumentou

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HABEAS CORPUS SUBSTITUTO DE RECURSO PRÓPRIO. NÃO CABIMENTO. ROUBO MA-

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HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. ROUBO DUPLAMENTE CIR-

'PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. OFENSA

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CONFORMIDADE COM A JURI“PRUDÊNCIA DE“TA CORTE. “ÚMULA ⁄“TJ. AGRAVO

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IV – APLICAÇÃO DA PENA DE MULTA

Noà ueàta geà à eduç oàdaàpe aàdeà ulta,àaoà o t ioàdoà ueàaàdefesaàalega,àaàhipos-

E àvi tudeàdoàexposto,àaàtese,ào aàvislu adaàpelaàDefesa,à oà e e eàse àa olhida.

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Teresina/PI, 16 de março de 2023.

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PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

VISTA AO MINISTÉRIO PÚBLICO

Faço vista dos autos ao Ministério Público para apresentar suas

TERESINA-PI, 7 de março de 2023.

VITOR DE OLIVEIRA HERMILIO

PROCESSO Nº: 0004263-27.2007.8.18.0140

TERESINA-PI, 6 de março de 2023.

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