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-PÚBLICO-

N-1807 REV. C JUN / 2005

MEDIÇÃO DE RECALQUE DE
FUNDAÇÕES NO TESTE
HIDROSTÁTICO DE EQUIPAMENTOS

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normas ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnicas Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 04 CONTEC - Subcomissão Autora.

Construção Civil
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 8 páginas, 1 formulário e Índice de Revisão


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N-1807 REV. C JUN / 2005

PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-1807 REV. C JUN/2005 é a Revalidação da norma


PETROBRAS N-1807 REV. B NOV/2000, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis na medição de recalques de fundações no teste
hidrostático de equipamentos.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-381 - Execução de Desenhos e Outros Documentos


Técnicos em Geral;
PETROBRAS N-1811 - Instalação de Referência de Nível Profunda (RNP);
ABNT NBR 6122 - Projeto e Execução de Fundações;
ABNT NBR 7821 - Tanques Soldados para Armazenamento de Petróleo e
Derivados.

3 CONDIÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO TESTE

O teste hidrostático deve ser realizado após a montagem integral do equipamento e antes
que as tubulações externas estejam ligadas.

4 PINOS DE REFERÊNCIA

4.1 Devem ser chumbados no concreto, na periferia da fundação ou estrutura, pinos de


referência conforme sugerido na FIGURA A-1 do ANEXO A. Recomenda-se que os pinos de
referência de tanques sejam chumbados a 10 cm abaixo da face superior da fundação.

4.2 No caso de tanques em fundação direta, sem anel de concreto (“ring wall”), os pinos
devem ser fixados em cantoneiras de aço, soldadas no costado do tanque a cerca de 50 cm
acima do fundo (ver FIGURA A-2 do ANEXO A).

4.3 O número de pinos a serem colocados depende do equipamento, da estrutura e do tipo


de fundação. Recomenda-se para os equipamentos citados nos itens 4.3.1 a 4.3.4 as
respectivas quantidades. [Prática Recomendada]

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4.3.1 Para Tanques

Para tanques, recomenda-se que sejam adotadas as quantidades mínimas de pinos


estabelecidas na TABELA 1. [Prática Recomendada]

TABELA 1 - QUANTIDADE MÍNIMA DE PINOS PARA TANQUES

Diâmetro do Tanque Quantidade de Pinos


Menor que 30 m 4
Entre 30 m e 50 m 6
Maior que 50 m 8

4.3.2 Para Esferas

Para esferas, recomenda-se uma quantidade mínima de 1 pino por cada perna. [Prática
Recomendada]

4.3.3 Para Torres e Vasos Verticais

Para torres e vasos verticais, recomenda-se que sejam instalados, no mínimo, 4 pinos
dispostos ortogonalmente. [Prática Recomendada]

4.3.4 Para Vasos Horizontais

Para vasos horizontais, recomenda-se que sejam adotadas as quantidades mínimas de


pinos estabelecidas na TABELA 2. [Prática Recomendada]

TABELA 2 - QUANTIDADE MÍNIMA DE PINOS PARA VASOS HORIZONTAIS

Quantidade de Pinos por


Diâmetro do Vaso
Apoio
Até 1,50 m 1
Maior que 1,50 m 2

4.4 Os pinos devem ser numerados no sentido horário, sendo o pino de nº 1 o mais ao
norte (ver FIGURA 1).
N N N
P-1 P-1 P-1

P-8 P-2
45°
90° P-6 P-2
60°

P-4 P-2 P-7 P-3

P-5 P-3
P-6 P-4

P-3 P-4 P-5

FIGURA 1 - ESQUEMA DE NUMERAÇÃO DE PINOS

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4.5 Pode ser necessária a medida de recalque com um número maior de pinos, por
exemplo, no caso de fundação direta sobre terreno muito compressível e no caso de
fundação mista.

5 REFERÊNCIA DE NÍVEL E EQUIPAMENTO

5.1 Devem ser instaladas referências de nível profundas (“benchmark”) conforme a norma
PETROBRAS N-1811, sendo dispostas de maneira a minimizar os erros provindos de
transportes sucessivos de leituras.

5.2 Para as leituras, deve ser usado nível de precisão, tal que permita estimar décimo de
milímetro, devendo ser as leituras precisas até o milímetro, atendendo as condições
prescritas na norma ABNT NBR 6122.

6 NIVELAMENTO

6.1 Em cada medição devem ser efetuadas 2 seqüências completas de nivelamento dos
pinos. O valor da leitura de cada pino deve ser a média aritmética dos nivelamentos
respectivos.

6.2 O erro admissível para fechamento da RN deve ser de 2 mm e a diferença entre as


leituras dos 2 nivelamentos deve ser, no máximo, 1 mm.

6.3 Para minimizar os efeitos de influências externas, principalmente temperatura, as


leituras para o mesmo equipamento devem ser efetuadas sempre no mesmo horário, de
preferência pela manhã.

7 ESTÁGIOS DE ENCHIMENTO E ESVAZIAMENTO

7.1 Para torres e outros equipamentos em que o controle de recalques mereça cuidados
especiais devem ser feitas leituras nos seguintes estágios de enchimento: 0 %, 25 %, 50 %,
75 % e 100 % da capacidade máxima e no esvaziamento 50 % e 0 % para fundações em
estacas, e 75 %, 50 %, 25 % e 0 % para fundações diretas.

7.2 Para tanques, as leituras devem ser feitas nos estágios de enchimento: 0 %, 25 %,
50 %, 75 % e 100 % da capacidade máxima e nos estágios de esvaziamento mostrados da
TABELA 3.

TABELA 3 - ESTÁGIO DE ESVAZIAMENTO PARA TANQUES

Diâmetro do Estágios
Tanque Fundação Direta Fundação em Estacas
Menor que 30 m 100 % - 0 % 100 % - 0 %
Entre 30 m e 50 m 100 % - 50 % - 0 % 100 % - 0 %
Maior que 50 m 100 % - 75 % - 50 % - 25 %-0 % 100 % - 50 % - 0 %

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7.2.1 Quando as condições geotécnicas permitirem, a programação de teste deve ser


elaborada de acordo com a norma ABNT NBR 7821.

7.2.2 Os tanques de teto flutuante devem ser enchidos até o ponto máximo de elevação do
teto e os de teto fixo até o topo da cantoneira de reforço da borda superior do costado.

7.3 O tempo mínimo de enchimento e de esvaziamento para cada estágio deve ser
de 2 dias.

8 LEITURAS

8.1 Inicialmente, deve ser a leitura feita em todos os pinos de referência com o
equipamento completamente vazio.

8.2 Para cada estágio subseqüente deve ser feita a primeira leitura quando atingido o nível
de enchimento correspondente.

Nota: O tempo entre as leituras subseqüentes e o número destas leituras dependem da


progressão dos recalques recomendando-se um intervalo de 24 horas entre a
primeira e a segunda leitura. [Prática Recomendada]

8.3 O período mínimo de manutenção da carga máxima após a estabilização dos recalques
a 100 % de enchimento, deve ser de 2 dias. Após esse período deve ser feita uma leitura.

8.4 Após a leitura final com o equipamento cheio, deve ser realizado o esvaziamento nos
estágios indicados anteriormente, devendo ser feitas leituras com os mesmos critérios
tomados durante o enchimento.

9 OUTROS DISPOSITIVOS DE CONTROLE

Em casos especiais de tanques com fundação direta ou mista, recomenda-se a instalação


de tassômetros ou outros dispositivos para medidas de recalque sob o fundo, em particular
no centro. Nestes casos, devem ser apresentados previamente os procedimentos de
instalação do dispositivo e acompanhamento da medição. [Prática Recomendada]

10 REGISTRO DOS RESULTADOS

10.1 As leituras e observações devem ser anotadas em Folhas de Controle de Recalque


(ver formulário do ANEXO B), não devendo haver em uma folha anotações para mais de
1 equipamento.

10.2 O formulário do ANEXO B, no formato A3, está de acordo com a norma PETROBRAS
N-381.

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10.3 A unidade de medida para os registros de recalques deve ser o milímetro.

11 RELATÓRIO FINAL

Após o término do controle de recalques deve ser preparado relatório final do qual constem
as folhas de controle, os gráficos tempo-recalque e parecer conclusivo a respeito do
comportamento das fundações.

_____________

/ANEXO A

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-PÚBLICO-

CLIENTE: FOLHA
de
PROGRAMA:

ÁREA:

TÍTULO:

FOLHA DE CONTROLE DE RECALQUES

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

REV. 0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H


DATA
PROJETO
EXECUÇÃO
VERIFICAÇÃO
APROVAÇÃO
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
FORMULÁRIO PERTENCENTE À NORMA PETROBRAS N-1807 REV. C ANEXO B - FOLHA 01/02.
-PÚBLICO-

LOCALIZAÇÃO DOS PINOS DADOS DO EQUIPAMENTO DATAS PERÍODO DE OBSERVAÇÃO

DIÂMETRO ALTURA PERFIS DE


TIPO DE FUNDAÇÃO ENCHIMENTO ESVAZIAMENTO EM DIAS
(m) (m) SONDS. Nº
MANUTENÇÃO DA
INÍCIO INÍCIO TÉRMINO CARREGAMENTO ESVAZIAMENTO TOTAL
CARGA MÁXIMA
N

REF. NÍVEL: BM COTA CM.

LEITURA LEITURA TEMPO RECALQUE LEITURA TEMPO RECALQUE LEITURA TEMPO RECALQUE LEITURA TEMPO RECALQUE

ALTURA ALTURA ALTURA ALTURA ALTURA


m m m m m
D’ÁGUA D’ÁGUA DIFERENÇA D’ÁGUA D’ÁGUA D’ÁGUA
DIFERENÇA DIFERENÇA DIFERENÇA
EM
Nº EM RELAÇÃO EM RELAÇÃO EM RELAÇÃO
ENCHIM. (%) ENCHIM. (%) RELAÇÃO DIFERENÇA ACUMULADO ENCHIM. (%) DIFERENÇA ACUMULADO ENCHIM. (%) DIFERENÇA ACUMULADO ENCHIM. (%) DIFERENÇA ACUMULADO
DO PINO LEITURA LEITURA LEITURA
LEITURA
ANTERIOR ANTERIOR ANTERIOR
ANTERIOR
DATA: DATA: DATA: DATA: DATA:

HORA COTA HORA COTA ∆T ∆R R HORA COTA ∆T ∆R R HORA COTA ∆T ∆R R HORA COTA ∆T ∆R R
(h) (mm) (h) (mm) (h) (mm) (mm) (h) (mm) (h) (mm) (mm) (h) (mm) (h) (mm) (mm) (h) (mm) (h) (mm) (mm)

ESPAÇO PARA NOTAS E OBSERVAÇÕES: Nº REV.

ÁREA: FOLHA
de
TÍTULO:

FOLHA DE CONTROLE DE RECALQUES


FORMULÁRIO PERTENCENTE À NORMA PETROBRAS N-1807 REV. C ANEXO B - FOLHA 02/02. AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
-PÚBLICO-

N-1807 REV. C JUN / 2005

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A e B
Não existe índice de revisões.

REV. C
Partes Atingidas
Revalidação

_____________

IR 1/1

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