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N-1930 REV.

C DEZ / 2002

INSPEÇÃO EM SERVIÇO DE
GUINDASTES “OFFSHORE”

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normas ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnicas Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 23 CONTEC - Subcomissão Autora.

Inspeção de Sistemas e
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Equipamentos em Operação
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 24 páginas e Índice de Revisões


N-1930 REV. C DEZ / 2002

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma estabelece as condições mínimas exigíveis e práticas recomendadas para
a execução da inspeção periódica em serviço de guindastes “offshore”, montados sobre
pedestal, caracterizando ações ao nível de auditoria sobre a qualidade dos serviços de
manutenção e sobre seu desempenho operacional.

1.2 Esta Norma se aplica a guindastes instalados a bordo de plataformas fixas,


semi-submersíveis ou auto-elevatórias e a bordo de embarcações.

Nota: Esta Norma não fixa a obrigatoriedade da existência dos componentes citados no
texto, assim como não deve ser utilizada como plano de manutenção preventiva.

1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma.

PETROBRAS N-13 - Aplicação de Tinta;


PETROBRAS N-1374 - Pintura de Plataforma Marítima de Exploração e de
Produção;
PETROBRAS N-1789 - Uso da Cor em Plataformas Marítimas;
PETROBRAS N-1965 - Movimentação de Carga com Guindaste;
PETROBRAS N-2113 - Guindaste Fixo “Offshore” sobre Pedestal - Folha de
Dados;
PETROBRAS N-2161 - Inspeção em Serviço de Cabos de Aço;
PETROBRAS N-2170 - Inspeção em Serviço de Acessório de Carga;
PETROBRAS N-2566 - Inspeção Eletromagnética em Cabos de Aço;
ABNT NBR 7161 - Soquete para Cabo de Aço;
API Spec. 2C - Specification for Offshore Cranes;
API RP 9B - Recommended Practice on Application, Care and Use
of Wire Rope for Oil Field Service;
API Spec 9A - Specification for Wire Rope;
DIN 15020 Part 2 - Lifting Appliances; Principles Relating to Rope Drives;
Supervision During Operation;
DIN 83313 - Wire-rope Sockets.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.10.

Notas: 1) Os termos utilizados nesta Norma são definidos na TABELA A-1 do ANEXO A
que estabelece, para cada expressão em português, a designação
correspondente em inglês. A FIGURA B-1 do ANEXO B apresenta as partes
componentes definidas para os diversos tipos de guindaste utilizados.
2) Além dos termos definidos nos ANEXOS A e B, adotam-se os descritos nos
itens 3.1 a 3.10.2.

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3.1 Ângulo Crítico

Ângulo mínimo de operação da lança definido em função da carga a ser içada.

3.2 Embreagem “Sprag”

Nome particular atribuído a uma “embreagem corrediça tipo freio de recuo” ou “roda-livre”.
Sendo um acoplamento unidirecional constituído por um elemento propulsor e um elemento
propelido que, uma vez acoplado a 2 árvores, permite o movimento de rotação relativo entre
ambas em uma direção e trava firmemente na direção oposta. É utilizada, por exemplo, para
impedir o movimento de um tambor de cabo no sentido de desenrolar ou também limitar a
velocidade de desenrolamento do cabo.

3.3 Trava (“Cachorro”)

Garra utilizada em conjunto com a engrenagem de acionamento de um tambor de cabo ou


em conjunto com uma catraca posta no flange lateral de um tambor de cabo, que o impede
de girar no sentido de desenrolar.

3.4 Tambor Principal de Carga

Cilindro giratório com flanges laterais, onde o cabo principal de elevação da carga é
enrolado ou desenrolado.

3.5 Tambor Auxiliar de Carga

Cilindro giratório com flanges laterais, onde o cabo auxiliar de elevação de carga é enrolado
ou desenrolado.

3.6 Tambor de Elevação da Lança

Cilindro giratório com flanges laterais, onde o cabo de elevação da lança é enrolado ou
desenrolado.

3.7 Sela Flutuante ou Cadernal

Conjunto de roldanas que une o cabo da lança aos pendentes/tirantes.

3.8 Sela Fixa (Interna)

Conjunto de roldanas instaladas no topo do cavalete.

3.9 Pinhão de Giro

Engrenagem de pequeno diâmetro (motriz), solidária à cabine, que engrenada à coroa de


giro (fixa ao pedestal), é responsável pelo movimento de rotação do guindaste.

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3.10 Parafusos da Base

3.10.1 No caso de mesa de giro com roletas, fixam a mesa de giro ao pedestal.

3.10.2 No caso de rolamento fechado de giro, fixam a pista interna do rolamento ao


pedestal e a cabine à pista externa.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Freqüência de Inspeção

4.1.1 As freqüências de inspeção dos itens citados nesta Norma estão assinaladas, após
cada item a inspecionar, com as caracteres T, S, A e 4A, entre parênteses, conforme sejam
trimestrais (300 horas), semestrais (600 horas); anuais (1 200 horas); e quadrienais
(5 000 horas), respectivamente. A periodicidade de inspeção pode ser modificada de acordo
com as características operacionais e as peculiaridades dos trabalhos desenvolvidos pelos
equipamentos.

Nota: O intervalo entre 2 inspeções periódicas deve ser igual ou inferior a 6 meses,
conseqüentemente o intervalo máximo entre 2 inspeções de nível anual não deve
exceder 2 anos, mesmo para equipamentos com baixa freqüência de uso.

4.1.2 A inspeção anual deve ser feita quando ocorrer o exposto em um dos
itens 4.1.2.1 a 4.1.2.5.

4.1.2.1 Após um grande reparo, revisão geral ou modificação de características originais


que possam influenciar, de algum modo, a segurança do equipamento.

4.1.2.2 Após cada operação de montagem.

4.1.2.3 Quando houver transferência de responsabilidade pelo equipamento de um órgão


para outro.

4.1.2.4 Por motivos relevantes, tais como: acidentes, erros de operação (carga excessiva) e
operações de risco excessivo.

4.1.2.5 Anteriormente a realização de um teste de carga.

4.1.3 Não se incluem no escopo desta Norma as verificações rotineiras, a serem cumpridas
pelo operador e/ou mecânico responsáveis, de acordo com o plano de manutenção,
operação e recomendações do fabricante do equipamento.

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4.1.4 As verificações constantes desta Norma devem ser executadas conforme indicado
abaixo e são assinaladas após cada item a inspecionar com os números 1) e 2), conforme
identificação:

1) - Inspeção (atividade responsável pela inspeção periódica);


2) - Manutenção (atividade responsável pela execução da manutenção, onde
instalado o equipamento).

Nota: A eventual execução de tarefas, em conjunto ou separadamente, não implica em


duplicidade e sim na necessidade de avaliação conjunta ou fornecimento de
apoio.

4.1.5 A avaliação da necessidade de desmontagem de componentes do sistema de


acionamento como: freios, embreagens, eixos e engrenagens durante a inspeção quadrienal
deve ser efetuada a partir da análise dos registros de manutenção preventiva dos
respectivos sistemas, da inspeção visual prévia, assim como do conhecimento do histórico
de inspeção em sistemas semelhantes.

4.2 A necessidade de mão-de-obra de apoio para a desmontagem de componentes,


montagem de andaimes, tratamento de superfícies devem ser discutidas e acordadas
antecipadamente entre as atividades responsáveis pelo cumprimento dos itens enquadrados
nesta periodicidade.

4.3 Teste de Carga

Deve ser executado a cada 4 anos e/ou nos casos previstos nos itens 4.1.2.1 a 4.1.2.5 e
deve seguir o procedimento estabelecido no Capítulo 10 desta Norma.

Nota: A não realização imediata do teste de carga após intervenções de manutenção no


guindaste não é fator impeditivo para o início de operação do equipamento,
devendo o órgão responsável pelos serviços realizados certificar sua condição
operacional, porém é prática recomendada que o teste seja realizado assim que
possível. [Prática Recomendada]

4.4 Inspeção de Pintura

4.4.1 Verificar a integridade do sistema de pintura em todos os componentes do guindaste.


Atentar para evidências de escamações na película, que podem indicar deformações
estruturais. Retoques ou repinturas de manutenção devem ser efetuados conforme as
normas PETROBRAS N-13 e N-1374, com sistemas que apresentem a necessária
compatibilidade com a pintura original. [(A) 1)]

4.4.2 Verificar se a cor dos componentes atende à norma PETROBRAS N-1789. [(A) 1)]

4.5 Preservação

Verificar se os parafusos, porcas, arruelas, pinos, contrapinos, cabos de aço e outros, estão
preservados. [(A) 2)]

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4.6 Instruções Adicionais

4.6.1 Para evitar duplicidade ou falta de inspeção, deve ser bem definido os limites da
inspeção do guindaste e da inspeção estrutural da plataforma ou embarcação a partir do
pedestal e mão francesa, incluindo os parafusos de união.

4.6.2 Com base no histórico operacional do equipamento, nesta Norma e recomendações


do fabricante, recomenda-se que sejam elaboradas as rotinas de inspeção específicas para
cada modelo de guindaste. [Prática Recomendada]

4.6.3 Os registros de verificação devem ser mantidos atualizados pelo órgão executante.

5 INSPEÇÃO DA ESTRUTURA

5.1 Lança

Na lança, verificar o descrito nos itens 5.1.1 a 5.1.10.]

5.1.1 Empeno e/ou desalinhamento da lança, conforme orientação do fabricante ou dados


disponíveis. [(A) 1)]

5.1.2 Danos nas cordas e contraventamentos, especialmente nas regiões correspondentes


ao contato com o batente do cavalete. [(S) 1)]

5.1.3 Existência de defeitos nas soldas dos membros estruturais. [(A) 1)]

5.1.4 As soldas de todos os olhais e soldas estruturais consideradas críticas utilizando


ensaio não-destrutivo. [(4A) 1) e 2)]

5.1.5 A existência de defeitos no olhal de ancoragem do cabo de carga principal, realizando


ensaio não-destrutivo. [(4 A) 1) e 2)]

5.1.6 Existência e estado dos pinos, contrapinos e olhais. [(A) 1)]

5.1.7 Após a desmontagem, a ocorrência de desgaste e deformação nos pinos e olhais do


pé da lança, de ancoragem dos pendentes e de união das seções. [(4A) 1) e 2)]

5.1.8 Conforme previsto no item 10.2, se houver união entre seções de lança por meio de
parafusos. [(4A) 1) e 2)]

5.1.9 Visualmente o estado dos pinos e contrapinos dos soquetes dos tirantes da lança.
[(A) 1)]

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5.1.10 Existência, estado e funcionamento de dispositivo para impedir o atrito dos cabos de
aço com a lança. [(A) 1)]

5.2 Cabine

Na cabine, verificar o descrito nos itens 5.2.1 a 5.2.7.

5.2.1 O estado da chaparia quanto a amassamentos, corrosão e fixação. [(A) 1)]

5.2.2 O funcionamento e estado de conservação das portas, janelas e seus acessórios.


[(A)1)]

5.2.3 O funcionamento do limpador de pára-brisa e ventilador. [(S) 1)]

5.2.4 O funcionamento da iluminação interna e externa. [(S) 2)]

5.2.5 A fixação da poltrona e seu estado de conservação. [(S) 2)]

5.2.6 Existência de tabela de carga, única e exclusivamente para o comprimento de lança


em operação, afixada em local visível e de maneira indelével. Esta tabela deve conter limites
de carga para condições estáticas e dinâmicas (função das condições do mar). [(T) 1)]

5.2.7 Estado do guarda-corpo e piso do passadiço. [(A) 1)]

5.3 Pedestal

No pedestal, verificar o descrito nos itens 5.3.1 a 5.3.5.

5.3.1 A fixação do rolamento ou mesa de giro ao pedestal e chassi, verificando a presença


de todos os parafusos e porcas, registro periódico de torque e integridade das soldas que
eventualmente existirem. [(A) 1)]

5.3.2 Quanto à integridade física e torque, os parafusos de fixação do rolamento ou mesa


de giro, como descrito no procedimento do item 10.3. [(4A) 1) e 2)]

5.3.3 Visualmente, as soldas do pedestal. [(A) 1)]

5.3.4 Realizar ensaio não-destrutivo nas soldas do pedestal. [(4 A) 1) e 2)]

5.3.5 Estado do guarda-corpos e piso do passadiço. [(A) 1)]

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5.4 Pista ou Rolamento de Giro

Na pista ou rolamento de giro, verificar o descrito nos itens 5.4.1 a 5.4.4.

5.4.1 Se está adequadamente lubrificada e isenta de partículas sólidas. [(A) 2)]

5.4.2 A existência de desgaste e/ou deformação da pista e dos roletes. [(S) 1) e 2)]

5.4.3 A folga entre roletes e pista de giro. [(S) 1) e 2)]

5.4.4 Em caso de rolamento fechado, a existência de limalha na graxa de lubrificação


interna e corrosão no anel externo. Medir a folga interna com auxílio de relógio comparador;
e medir a distância entre o pinhão de giro e o patamar do pedestal. [(A) 1)]

Nota: A avaliação do histórico de medições das folgas internas do rolamento deve


subsidiar a decisão de sua desmontagem para inspeção.

5.5 Chassi

No chassi, verificar o descrito nos itens 5.5.1 a 5.5.6.

5.5.1 Existência de empenos, trincas nos cordões de solda e corrosão, sem desmontagem
dos componentes. [(A) 1)]

5.5.2 Por meio de ensaio não-destrutivo, a existência de trincas nos olhais para fixação da
lança. [(4A) 1) e 2)]

5.5.3 Visualmente, a existência de trincas e/ou deformações dos suportes dos roletes.
[(A) 1)]

Nota: Após desmontagem verificar a integridade dos suportes dos roletes utilizando
ensaio não-destrutivo. [(4A) 1) e 2)]

5.5.4 A folga entre a união das partes dianteira e traseira do chassi, quando aplicável.
[(A) 1)]

5.5.5 Após a desmontagem, a integridade da união dos chassis. [(4A) 1) e 2)]

Nota: A necessidade da desmontagem do chassi deve ser decidida após


avaliação/comparação dos resultados das medições encontradas no item 5.5.4.

5.5.6 O estado da região de fixação do cavalete, por ensaio não-destrutivo. [(4A) 1) e 2)]

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5.6 Cavalete

No cavalete, verificar o descrito nos itens 5.6.1 a 5.6.5.

5.6.1 O estado geral, observando a integridade de todos os contraventamentos, suas


articulações e pinos. [(A) 1)]

5.6.2 Após a desmontagem, verificar o estado dos olhais e pinos utilizando ensaio
não-destrutivo. [(4A) 1) e 2)]

Nota: A desmontagem do cavalete deve ser conseqüência de uma inspeção visual e


avaliação estrutural dos esforços atuantes nas regiões de interesse.

5.6.3 O aperto dos parafusos. [(4A) 1) e 2)]

5.6.4 Estado do guarda-corpo e piso do passadiço. [(A) 1)]

5.6.5 O estado dos olhais de ancoragem do cabo da lança, por ensaio não-destrutivo, onde
aplicável. [(4A) 1) e 2)]

6 INSPEÇÃO DO SISTEMA DE ACIONAMENTO

As freqüências das verificações estabelecidas neste Capítulo e nos itens 7.1, 7.2, 9.5.4
e 9.5.5 não devem ser consideradas como rotinas de operação e manutenção, conforme
mencionado no item 4.1.3.

6.1 Em Caso de Acionamento Hidráulico

6.1.1 Com o guindaste desligado, inspecionar conforme descrito nos itens 6.1.1.1 a 6.1.1.8.

6.1.1.1 Acionador, consistindo das seguintes verificações:

a) em caso de motor diesel:


- níveis de óleo lubrificante, de água de refrigeração e de água no eliminador
de fagulhas; [(S) 2)]
- contaminação do óleo ou da água; [(S) 2)]
- fixação do motor; [(S) 2)]
- estado dos mangotes; [(S) 2)]
- existência de filtros e sua utilização correta; [(S) 2)]
b) em caso de motor elétrico:
- isolamento suficiente entre as fases e carcaça; [(S) 2)]
- correta ligação na caixa de bornes; [(S) 2)]
- fixação correta; [(S) 2)]
- funcionamento da resistência de aquecimento. [(S) 2)]

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6.1.1.2 Caixas de engrenagens e redutores dos guinchos, consistindo das seguintes


verificações:

a) verificação dos registros de exame ferrográfico do óleo lubrificante; [(A) 1)]


b) desgaste das engrenagens; [(S) 2)]
c) nível de óleo lubrificante; [(S) 2)]
d) fixação à base (torque dos parafusos e soldas); [(S) 2)]
e) vazamentos. [(S) 2)]

Nota: O resultado dos registros de exame ferrográfico pode determinar a necessidade


da desmontagem do conjunto para inspeção.

6.1.1.3 Bombas e motores hidráulicos, consistindo das seguintes verificações:

a) correta fixação na caixa de engrenagem, chassis e tambores; [(S) 1)]


b) necessidade de limpeza ou de substituição de filtros; [(S) 2)]
c) indícios de vazamentos em válvulas e conexões. [(S) 1)]

6.1.1.4 Verificação dos registros de exame ferrográfico do óleo do circuito hidráulico. [(A) 1)]

6.1.1.5 Mangotes/tubulações, consistindo das seguintes verificações:

a) ligação correta; [(A) 2)]


b) danos e vazamentos; [(S) 1)]
c) estado das conexões. [(S) 1)]

6.1.1.6 Freio, consistindo das seguintes verificações:

a) em caso de freio de cinta:


- presença de graxa ou óleo nas superfícies de atrito; [(S) 1)]
- danos ou desgastes nas superfícies de atrito; [(S) 1)]
- fixação das lonas; [(S) 1)]
- corrosão dos pinos, contrapinos e articulações; [(S) 1)]
- vazamentos nos elementos acionadores; [(S) 1)]
- estado da mola de retorno; [(S) 1)]
- regulagem; [(S) 2)]
- realizar avaliação através de inspeção visual ou ensaio não-destrutivo;
[(4A) 1) e 2)]
b) em caso de freio de lamelas:
- após a desmontagem verificar a integridade dos componentes do sistema de
freio, conforme orientação do fabricante do sistema; [(4A) 1) e 2)]
- verificar a existência de registros do cumprimento de recomendações
indicadas pelo fabricante do sistema; [(A) 1)]
- verificar a existência de vazamentos. [(S) 1)]

6.1.1.7 No mecanismo de giro, consistindo das seguintes verificações:

a) desgaste na coroa e pinhão; [(A) 2)]


b) nível de óleo lubrificante dos conjuntos redutores; [(A) 2)]

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c) verificação dos registros de exame ferrográfico do óleo lubrificante; [(A) 1)]


d) indícios de vazamento; [(S) 1)]
e) fixação correta do conjunto; [(S) 1)]
f) após desmontagem do conjunto, avaliar através de ensaio não-destrutivo a
integridade dos componentes. [(4A) 1) e 2)]

Nota: O resultado dos registros de exame ferrográfico pode determinar a necessidade


da desmontagem dos redutores para inspeção.

6.1.1.8 Nos eixos e mancais, após a desmontagem, verificar desgaste, trincas, corrosão ou
empenos aparentes. [(4A) 1) e 2)]

6.1.2 Com o guindaste em operação, inspecionar conforme descrito nos itens 6.1.2.1
a 6.1.2.5.

6.1.2.1 Acionador, consistindo das verificações a seguir:

a) em caso de motor diesel:


- ruídos anormais; [(S) 2)]
- vibração excessiva; [(S) 2)]
- indicação da temperatura da água; [(S) 2)]
- indicação da pressão do ar de serviço; [(S) 2)]
- vazamentos; [(S) 2)]
- indicação de rotação; [(S) 2)]
- funcionamento da embreagem; [(S) 2)]
- registro do horímetro; [(S) 2)]
- indicação da pressão do óleo lubrificante; [(S) 2)];
b) em caso de motor elétrico:
- aquecimento e ruído excessivo; [(S) 2)]
- correntes por fase; [(S) 2)]
- tensão entre fases. [(S) 2)]

6.1.2.2 Caixas de engrenagens, consistindo das verificações a seguir:

a) ruídos anormais; [(S) 2)]


b) aquecimento excessivo; [(S) 2)]
c) vazamentos. [(S) 2)]

6.1.2.3 Bombas e motores hidráulicos, consistindo das verificações a seguir:

a) vazamentos; [(S) 2)]


b) calibração das válvulas de alívio do sistema, quando for aplicável, conforme
orientação do fabricante; [(A) 2)]
c) aquecimento excessivo. [(S) 2)]

6.1.2.4 Mangotes/tubulações e conexões, verificando vazamentos. [(S) 2)]

6.1.2.5 Verificar se o freio atua eficientemente no momento correto. [(S) 1)]

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6.2 Em Caso de Acionamento Mecânico

6.2.1 Com o guindaste desligado, inspecionar conforme descrito nos itens 6.2.1 a 6.2.11.

6.2.1.1 Acionador, consistindo das verificações a seguir:

a) em caso de motor diesel, verificar:


- níveis de óleo lubrificante, de água de refrigeração e de água no eliminador
de fagulhas; [(S) 2)]
- contaminação do óleo ou da água; [(S) 2)]
- fixação do motor; [(S) 2)]
- estado dos mangotes; [(S) 2)]
- existência de filtros e sua utilização correta; [(S) 2)]
- estado de conservação e ajuste da embreagem; [(S) 2)]
b) em caso de motor elétrico, verificar:
- isolamento suficiente entre as fases e carcaça; [(S) 2)]
- correta ligação na caixa de bornes; [(S) 2)]
- fixação correta; [(S) 2)]
- funcionamento da resistência de aquecimento. [(S) 2)]

6.2.1.2 No conversor de torque, consistindo das verificações a seguir:

a) vazamentos; [(S) 2)]


b) nível de óleo da transmissão; [(S) 2)]
c) fixação correta; [(S) 2)]
d) existência de filtros e sua utilização correta; [(S) 2)]
e) contaminação do óleo do mancal por óleo hidráulico; [(S) 2)]
f) após desmontagem, verificar o estado de ajuste e conservação da embreagem.
[(4A) 1) e 2)]

6.2.1.3 Na caixa de correntes, consistindo das verificações a seguir:

a) nível de óleo lubrificante; [(S) 2)]


b) contaminação do óleo lubrificante; [(S) 2)]
c) existência de folgas nas correntes; [(A) 2)]
d) integridade da coroa/pinhão e dos elos das correntes; [(A) 2)]
e) após desmontagem da caixa, verificar a folga e integridade dos componentes e
dentes da coroa. [(4A) 1) e 2)]

6.2.1.4 Nas engrenagens, acessíveis e sem desmontar, consistindo das verificações a


seguir:

a) lubrificação; [(S) 2)]


b) desgaste. [(S) 2)]

6.2.1.5 Nas embreagens, consistindo das verificações a seguir:

a) presença de graxa ou óleo nas superfícies de atrito; [(S) 1)]


b) danos ou desgaste das superfícies de atrito; [(S) 1)]

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c) regulagem; [(S) 2)]


d) corrosão dos pinos, contrapinos e articulações; [(S) 1)]
e) vazamento nos elementos acionadores; [(S) 1)]
f) estado da mola de retorno; [(S) 1)]
g) fixação das lonas; [(S) 1)]
h) integridade das cintas de embreagem; [(S) 1)]
i) após desmontagem, o estado geral da cinta e da embreagem. [(4A) 1) e 2)]

6.2.1.6 Nas embreagens, tipo catraca (“sprag”), consistindo das verificações a seguir:

a) nível de óleo; [(T) 1)]


b) utilização do óleo correto; [(T) 1)]
c) o atendimento da recomendação de substituição da embreagem, no prazo
indicado pelo fabricante.

6.2.1.7 Nos freios, consistindo das verificações a seguir:

a) presença de graxa ou óleo nas superfícies de atrito; [(S) 1)]


b) danos ou desgaste nas superfícies de atrito; [(S) 1)]
c) fixação das lonas; [(S) 1)]
d) corrosão dos pinos, contrapinos e articulações; [(S) 1)]
e) vazamentos nos elementos acionadores; [(S) 1)]
f) estado da mola de retorno; [(S) 1)]
g) regulagem; [(S) 2)]
h) realizar avaliação através de inspeção visual ou ensaio não-destrutivo.
[(4A) 1) e 2)]

6.2.1.8 No mecanismo de descida motorizada, consistindo das verificações a seguir:

a) desgaste da corrente ou engrenagens; [(A) 2)]


b) folga das correntes; [(A) 2)]
c) lubrificação; [(S) 2)]
d) existência e torque adequado dos parafusos de fixação da engrenagem da
corrente. [(A) 1) e 2)]

6.2.1.9 No mecanismo de giro, consistindo das verificações a seguir:

a) visualmente o desgaste na coroa/pinhão; [(A) 1)]


b) lubrificação do conjunto coroa/pinhão; [(A) 1)]
c) após desmontagem, a integridade do conjunto pinhão/eixo. [(4A) 1) e 2)]

6.2.1.10 Nos eixos e mancais, após a desmontagem, verificar desgaste, trincas, corrosão
ou empenos aparentes. [(4A) 1) e 2)]

6.2.1.11 Nas travas dos tambores e mecanismo de giro, consistindo das verificações a
seguir:

a) visualmente a existência de desgaste, trincas ou corrosão; [(A) 1)]


b) correta operação; [(A) 1)]
c) através de ensaios não destrutivos a existência de descontinuidades. [(4A) 1)]

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6.2.2 Com o guindaste em operação, inspecionar conforme descrito nos itens 6.2.2.1
a 6.2.2.9.

6.2.2.1 Acionador, consistindo das verificações a seguir:

a) em caso de motor diesel:


- ruídos anormais; [(S) 2)]
- vibração excessiva; [(S) 2)]
- indicação da temperatura da água; [(S) 2)]
- indicação da pressão do ar de serviço; [(S) 2)]
- vazamentos; [(S) 2)]
- indicação de rotação; [(S) 2)]
- funcionamento da embreagem; [(S) 2)]
- registro do horímetro; [(S) 2)]
- indicação da pressão do óleo lubrificante; [(S) 2)]
b) em caso de motor elétrico:
- aquecimento e ruído excessivo; [(S) 2)]
- correntes por fase; [(S) 2)]
- tensão entre fases. [(S) 2)]

6.2.2.2 No conversor de torque, consistindo das verificações a seguir:

a) pressão do fluido; [(S) 2)]


b) temperatura do fluido; [(S) 2)]
c) ruídos; [(S) 2)]
d) vazamentos; [(S) 2)]
e) certificar de que foi eliminado o ar do sistema hidráulico. [(S) 2)]

6.2.2.3 Na caixa de correntes, consistindo das verificações a seguir:

a) vazamentos; [(S) 2)]


b) ruídos anormais. [(S) 2)]

6.2.2.4 Nas engrenagens, verificar ruídos anormais. [(S) 2)]

6.2.2.5 Verificar se os freios atuam eficientemente no momento correto. [(S) 1)]

6.2.2.6 Verificar se as embreagens atuam eficientemente no momento correto. [(S) 1)]

6.2.2.7 No mecanismo de descida motorizada, verificar ruídos anormais. [(S) 2)]

6.2.2.8 No mecanismo de giro, verificar folga excessiva nos seguintes locais: acoplamento
coroa/pinhão e no conjunto de acionamento. [(S) 2)]

6.2.2.9 Verificar se atuam corretamente as travas dos tambores e do mecanismo de giro.


[(S) 1)]

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7 INSPEÇÃO DO SISTEMA DE COMANDO E CONTROLE

7.1 Nos mecanismos de comando (giro, lança, carga), consistindo das verificações a seguir:

a) danos, vazamentos, ligação correta, estado das conexões dos mangotes e


tubulações; [(A) 2)]
b) desgaste nos pinos, contrapinos e articulações; [(A) 2)]
c) atuação da câmara de pressão da embreagem e do freio; [(S) 1)]
d) com o motor em operação e a embreagem principal solta, acionar todos os
comandos, verificando a correta operação; [(S) 1)]
e) existência e/ou funcionamento do sistema de despressurização do controle de
comando; [(S) 1)]
f) o correto funcionamento do compensador de ondas (tensão constante); [(S) 1)]
g) o correto funcionamento do dispositivo de detecção de cabo frouxo nos
tambores; [(S) 1)]
h) o correto funcionamento do dispositivo de acionamento do giro livre. [(S) 1)]

7.2 No painel de comando e controle, verificar se todos os instrumentos especificados estão


instalados, operando e em bom estado de conservação. [(S) 1)]

7.3 Verificar os indicadores de ângulo da lança, conforme o procedimento descrito nos


itens 7.3.1 e 7.3.2. [(S) 1)]

7.3.1 Colocar a lança na posição com ângulo de 0° e verificar se o ângulo marcado no


indicador é o correto.

7.3.2 Movimentar a lança até o ângulo máximo, verificando a liberdade de movimento e a


correta indicação em todo percurso.

8 INSPEÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA

8.1 No mecanismo de desarme automático da lança, verificar conforme descrito nos


itens 8.1.1 a 8.1.3.

8.1.1 As condições de operação do desarme automático da lança acionando-o


manualmente. [(T) 1)]

8.1.2 O ângulo de desarme superior e inferior conforme especificado pelo fabricante,


elevando e abaixando a lança lentamente. [(T) 1)]

8.1.3 A existência de corrosão ou danos aparentes. [(A) 1)]

8.2 No batente da lança, verificar conforme descrito nos itens 8.2.1 e 8.2.2.

8.2.1 A existência de corrosão, danos e correta fixação. [(A) 1)]

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8.2.2 Onde aplicável, a superfície de deslizamento dos batentes telescópicos, quanto a


desgaste e ao estado de lubrificação. [(A) 1)]

8.3 No desarme de subida da carga (principal e auxiliar), verificar conforme descrito nos
itens 8.3.1 e 8.3.2.

8.3.1 O estado de conservação físico dos componentes do sistema de desligamento.


[(A) 1)]

8.3.2 Se há interrupção do movimento na posição adequada, quando se elevam os ganchos


de carga. [(T) 1)]

8.4 Verificar o funcionamento do dispositivo de liberação da carga em emergência. [(A) 1)]

Notas: 1) Este dispositivo não deve ser acionado com qualquer carga suspensa no
gancho.
2) Atentar para as orientações fornecidas pelo manual do fabricante.

8.5 Verificar as condições de funcionamento do dispositivo de abaixamento de carga em


emergência. [(A) 1)]

8.6 Verificar, onde aplicável, as condições de funcionamento do sistema de acionamento de


emergência (“Power Pack”). [(4A) 1) e 2)]

8.7 No indicador de carga e momento verificar conforme descrito nos itens 8.7.1 a 8.7.3.

8.7.1 A existência de registros de calibração do sistema de monitoramento de carga.


[(A) 1)]

8.7.2 A operacionalidade das funções disponíveis do sistema de monitoramento de carga


(carga içada/permitida e raio/ângulo). [(A) 1)]

8.7.3 A operacionalidade do intertravamento entre o sistema de monitoramento de carga e


as funções do guindaste. [(4A) 1) e 2)]

8.8 Deve ser verificado se existem luminárias danificadas na sinalização de balizamento


aéreo da lança. [(T) 2)]

8.9 Verificar se todos os alarmes sonoros e luminosos estão em condições de operação.


[(T) 1)]

8.10 Verificar o funcionamento, quando existente, do dispositivo de segurança de


acionamento do freio da lança no caso de ruptura dos mangotes hidráulicos. [(A) 1)]

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8.11 Verificar o funcionamento, quando existente, do dispositivo de monitoração das


operações com câmera de TV instalada na ponta da lança. [(A) 1)]

9 INSPEÇÃO DOS SISTEMAS DE IÇAMENTO

9.1 Tambores

Nos tambores, verificar conforme descrito nos itens 9.1.1 a 9.1.5.

9.1.1 A existência de enrolamento desordenado do cabo. [(A) 1)]

9.1.2 Visualmente, as condições de fixação dos tambores de cabo. [(A) 1)]

9.1.3 Após a remoção do cabo e limpeza da superfície dos tambores, a integridade dos
tambores e sua fixação ao chassi, atentando para possíveis descontinuidades utilizando
ensaio não-destrutivo. [(4A) 1) e 2)]

9.1.4 A distância entre a geratriz superior do cabo da última camada e a parte superior do
flange do tambor que deve ser, no mínimo, equivalente a 2,5 vezes o diâmetro do cabo.
[(A) 1)]

9.1.5 Se há, no mínimo, 5 voltas de cabo no tambor em qualquer condição de operação.


[(A) 1)]

9.2 Inspeção dos Cabos de Aço

9.2.1 Devem ser inspecionados segundo as normas PETROBRAS N-2161, N-2170 e


N-2566. Pontos críticos a examinar na inspeção de cabos de aço: soquetes dos tirantes,
fixação da extremidade no tambor, fixação no moitão ou na lança e o trecho do cabo que
fica sobre as polias nas posições de operação. Periodicidade de inspeção, seguir conforme
a norma PETROBRAS N-2161. [1)]

9.2.2 Inspeção visual de todos os cabos. [(T) 1)]

9.2.3 Recomenda-se que a inspeção eletromagnética dos cabos de carga e lança seja
realizada, no máximo, a cada 18 meses. [1)] [Prática Recomendada]

9.2.4 Recomenda-se que a inspeção eletromagnética, quando aplicável, dos pendentes


seja realizada, no máximo, a cada 6 anos. [1) e 2)] [Prática Recomendada]

9.3 Roldanas

Nas roldanas, verificar conforme descrito nos itens 9.3.1 a 9.3.7.

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9.3.1 Existência e estado do dispositivo de segurança para evitar a saída do cabo. [(A) 1)]

9.3.2 Visualmente a fixação do mancal e/ou eixo. [(A) 1)]

9.3.3 Após desmontagem, o desgaste e integridade do conjunto, conforme a norma


API RP 9B. [(4A) 1) e 2)]

9.3.4 Livre movimentação. [(S) 1)]

9.3.5 Se o sulco (canal) das roldanas na sua parte inferior apresenta marcas do cabo que
possam comprometer a operação do equipamento. [(A) 1)]

9.3.6 As superfícies laterais quanto ao desgaste, rebarbas ou trincas observando se o


desgaste é localizado em apenas uma lateral, indicando desalinhamento da roldana. [(A) 1)]

9.3.7 O raio do sulco (canal) e diâmetro da roldana utilizando calibres, baseados na


Tabela 3.4 da norma API RP 9B de valores mínimos permitidos, e a profundidade do sulco
(canal) de forma a não comprometer a resistência mecânica da roldana. [(A) 1)]

9.4 Moitões

Nos moitões, verificar conforme descrito nos itens 9.4.1 a 9.4.5.

9.4.1 A existência de trincas e deformações nos ganchos, tais como: abertura excessiva ou
empenos para fora do plano vertical. A abertura limite permitida, a torção e o desgaste
conforme a norma PETROBRAS N-2170. [(A) 1)]

9.4.2 O livre giro dos destorcedores (“swivel”). [(S) 1)]

9.4.3 O funcionamento da lingueta-trava dos ganchos. Não é permitida a soldagem dos


olhais, para fixação da lingueta-trava no gancho, sem um procedimento de soldagem
qualificado. [(S) 1)]

9.4.4 Se o gancho de carga e moitão trazem marcado de forma indelével, a carga máxima
de trabalho permitida. [(A) 1)]

9.4.5 Após a desmontagem, a integridade dos componentes do moitão e da bola peso


utilizando ensaio não-destrutivo. [(4A) 1) e 2)]

9.5 Inspeção de Itens Diversos

9.5.1 Verificar o funcionamento e o estado de conservação do conjunto de iluminação


auxiliar para manuseio da carga, da cabine e compartimento do motor. [(S) 2)]

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9.5.2 Verificar o funcionamento da buzina e seu estado de conservação. [(S) 2)]

9.5.3 Verificar no contrapeso, o estado de conservação dos elementos de fixação ao chassi.


[(4A) 1) e 2)]

9.5.4 Verificar o estado de conservação dos painéis elétricos, dos terminais elétricos e do
quadro de alimentação elétrica. [(S) 2)]

9.5.5 Os tanques de óleo diesel, óleo hidráulico, água e ar comprimido devem ser
inspecionados externamente quanto a vazamentos e corrosão. [(S) 1)]

9.5.6 Verificar o funcionamento, dos purgadores dos reservatórios de ar comprimido. [(S) 2)]

9.5.7 Verificar o funcionamento, do compressor auxiliar de ar de serviço. [(A) 2)]

9.5.8 Verificar o funcionamento, isolação e desgaste dos anéis de contato elétrico. [(A) 2)]

9.5.9 Verificar o funcionamento, do rotor “seal” de alimentação de ar externo. [(A) 2)]

9.5.10 Verificar a existência de aterramento do guindaste, de forma a evitar passagem de


corrente elétrica pelos rolamentos ou pista de giro. [(A) 2)]

10 PROCEDIMENTOS DE TESTE

10.1 Teste de Desempenho [(4A) 1) e 2)]

10.1.1 Nestas operações atentar, preferencialmente, para que a carga não passe por cima
das cabeças de poços, vasos de pressão e alojamentos.

10.1.2 Atentar que, mesmo não passando pelo topo do módulo de cabeças de produção,
havendo a hipótese de falha de alguns componentes, tais como: cabo de lança, tirantes, a
carga não deve cair na vertical e sim afastando-se do guindaste.

10.1.3 O procedimento de teste de desempenho deve ser elaborado pelas atividades de


inspeção e manutenção de guindastes.

10.1.4 Antes do teste deve ser efetuada uma inspeção que obedeça à rotina anual,
verificando se o guindaste se encontra em condição normal de operação.

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10.1.5 O teste deve ser acompanhado obrigatoriamente pelos seguintes profissionais:


1 técnico de inspeção de equipamentos, 1 representante responsável pela unidade
marítima, 1 responsável pelo grupo de movimentação de carga e 1 responsável pela
manutenção e 1 técnico de segurança. Além destes, em caso de transferência de
responsabilidade, devem acompanhar os testes, os prepostos dos órgãos envolvidos.
Quaisquer outras pessoas devem se manter em local seguro.

10.1.6 Comparar a leitura dos indicadores de carga do guindaste com a indicação da célula
de carga utilizada na execução do teste de carga.

10.1.7 As cargas de teste a serem utilizadas nos diversos sistemas (içamento, lança e
conjunto de giro) devem ser estabelecidas considerando-se as condições de carregamento
crítico.

10.1.8 Para facilidade de execução de teste de desempenho, a carga de teste pode ser
composta por bolsas d’água ou peças moduladas. Estas peças moduladas devem ter seu
peso e dimensões, marcados de forma indelével. [Prática Recomendada]

10.1.9 Os acessórios auxiliares componentes do teste devem ser considerados parte


integrante da carga de teste, computando-se o peso dos acessórios auxiliares componentes
do teste. Devem ser rigorosamente inspecionados, principalmente os olhais de içamento,
quanto à existência de trincas, através de ensaio não-destrutivo.

Nota: Observar se a tabela de carga informa os valores líquidos das cargas a serem
içadas, desconsiderando os pesos do moitão e da bola peso. Caso não sejam
considerados, na tabela de carga, os pesos do moitão e da bola peso devem ser
adicionados como integrantes da carga de teste.

10.1.10 Inicialmente testar o guindaste, sem carga, fazendo as seguintes operações:

a) elevar e abaixar o moitão, a bola peso e a lança dentro dos limites extremos de
suas posições;
b) girar a máquina para os 2 lados com o ângulo máximo de giro permitido;
c) nas operações descritas nas alíneas a) e b) atentar para: ruídos, vibração
excessiva e movimentos irregulares tanto nos componentes externos quanto
nos internos;
d) determinar as velocidades de giro, do basculamento da lança e de içamento
dos ganchos auxiliar e principal, comparando-as com os valores especificados
pelo fabricante.

10.1.11 Com a carga de teste do sistema principal de içamento e a lança em ângulo maior
que o ângulo crítico:

a) elevar o moitão, medindo a velocidade máxima obtida pelo equipamento,


comparando-as com o valor especificado pelo fabricante;
b) frear e manter o moitão travado por 30 segundos.

10.1.12 Com a carga de teste do sistema auxiliar de içamento, repetir o procedimento


definido no item 10.1.11.

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10.1.13 Com a carga de teste do sistema de elevação da lança partindo-se de um ângulo


maior que o ângulo crítico:

a) baixar a lança até o ângulo crítico de operação;


b) permanecer com a lança nesta posição durante 30 segundos;
c) elevar novamente a lança para a posição inicial;
d) registrar as velocidades de subida e de descida, comparando-as com os
valores especificados pelo fabricante.

10.1.14 Com a carga de teste do sistema de giro e com a lança no ângulo para o qual a
carga foi definida, girar o guindaste para os 2 lados.

10.1.15 Com a carga de teste do item 10.1.7, verificar atuação dos sistemas de alarme e
desarme automático por sobrecarga, tentando abaixar a lança lentamente, a partir do ângulo
limite para teste do sistema de giro.

10.1.16 Após a realização do teste de desempenho, deve ser feita uma nova inspeção,
abrangendo os seguintes itens: 5.1.1, 5.1.2, 5.1.3, 5.1.8, 5.3.1, 5.3.2, 5.3.3, 5.4.2, 5.5.3,
5.6.1, 6.1.1.5 alínea b), 6.1.1.6 alíneas b) e e), 6.1.2.1 alíneas a) e b), 6.1.2.2 alínea a),
6.1.2.3 alíneas a) e b), 6.1.2.4, 6.1.2.5, 6.2.1.7 alíneas b) e e), 6.2.2.2 alínea d), 9.2, 9.3.2
e 9.4.1.

10.2 Avaliação dos Parafusos de Fixação do Rolamento ou Mesa de Giro


[(4A) 1) e 2)]

10.2.1 Este procedimento pressupõe que os parafusos em teste não foram substituídos ou
relocados desde a última avaliação.

10.2.2 Identificar, individualmente, os parafusos e sua posição de montagem.

10.2.3 Testar aleatoriamente quanto ao torque 20 % dos parafusos. No caso de rolamento


considerar esse percentual separadamente para fixação da pista interna e externa,
verificando se os valores encontram-se dentro dos limites especificados. Em caso de não
conformidades estender a avaliação para os demais.

10.2.4 Retirar para avaliação por ensaio não-destrutivo 20 % dos parafusos. No caso de
rolamento considerar esse percentual separadamente para fixação da pista interna e
externa, podendo ser os mesmos avaliados no item 10.2.2. A natureza de eventuais
descontinuidades identificadas deve ser avaliada, podendo o tipo de ocorrência em um
único item determinar a substituição de todo o conjunto.

10.2.5 A avaliação dos parafusos através da medição de seus comprimentos deve ser
realizada se o método empregado for inteiramente confiável.

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11 REGISTRO DE RESULTADOS

As irregularidades identificadas, os resultados de monitoração obtidos (como por exemplo,


folgas e desgastes), assim como modificações de projeto verificadas devem ser registradas
em relatório apropriado e ordenadas segundo a rotina de inspeção mencionada no
item 4.6.2.

_____________

/ANEXO A

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ANEXO A - TABELA

TABELA A-1- COMPONENTES EM GUINDASTES “OFFSHORE” CONFORME


ASSINALADO NA FIGURA B-1 DO ANEXO B

Tipos de Guindastes
Item Descrição “Description”
A B C D E
01 Corda da Lança “Boom Chord” X X X X X
02 Pista ou Rolamento de Giro “Swing Circle Assembly” X X (a) X X
03 Pino de Pé da Lança “Boom Foot Pin” X X X X X
04 Chassis X X X X X
Cabo de Aço de Elevação da X
05 “Boom Hoist Wire Hope” X X X X
Lança ou do Amantilho
06 Contraventamento da Lança “Boom Lacing” X X X X X
07 Pendente ou Tirante “Pendant Line”’ - X X X X
Conjunto de Roldanas da Ponta “Boom Head or Boom Point X
08 X X X X
da Lança Sheave Assembly”
09 Seção Intermediária “Insert Boom Section” X X X - X
“Lower, Boom Section Base or X
10 Pé da Lança X X X X
Butt”
11 Ponta da Lança “Upper Boom Section Point or Tip” X X X X X
12 Olhais de Interligação da Lança “Boom Splice” X X X X X
13 Batente da Lança ou Amortecedor “Boom Stop” X X X - X
14 Jibe ou Prolongamento da Lança “Boom Tipe Extension or Jib” X X X X X
15 Cabine “Ca” X X X X X
16 Contrapeso “Counterweight” - X - X X
“Floating Harness, Bridle or Outer X
17 Cadernal ou Sela Externa - X X X
Ball”
18 Cavalete “Gantry Mast or Frame” X X X X X
19 Moitão de Elevação Principal “Hook Block” X X X X X
“Whip Line or Auxiliary Hoist
20 Tambor do Guincho Auxiliar (a) (a) X (a) X
Drum”
“Whip Line or Auxiliary Hoist X
21 Cabo de Elevação Auxiliar X X X X
Rope”
Cabo de Elevação Principal ou de X
22 “Main Hoist Rope or Load Line” X X X X
Carga
23 Bola Peso “Overhaul Ball, Heddcheche Ball” X X X X X
24 Pedestal ou Base “Pedestal or Base” X X X X X
25 Mastro do Jibe “Jib Mast” - - - X X
26 Estaiamento do Jibe “Jib Stay Lines” - - - X X
27 Telescópico “Telescopic” - - - X X
28 Gancho “Hook” X X X X X
29 Lingueta Trava do Gancho “Safety Latch” X X X X X
Tambor de Cabo de Carga
30 “Main Hoist Drum” X
Principal
Cilindro Hidráulico de Elevação da
31 “Luffing Hydrualic Cilinder” X
Lança
32 Lança Primária “Primary Boom” X
33 Lança Secundária “Secondary Boom” X

Onde:
(a) = não representado.
_____________

/ANEXO B

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A e B
Não existe índice de revisões.

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas

_____________

IR 1/1

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