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A paciente supracitada, que está sob os meus cuidados, sofre com quadro de lombalgia mecânica tipo queimação e
fisgada, de intensidade variável, diária, não contínua, com crises de exacerbação e breves períodos de remissão, com
piora progressiva nos últimos meses. Há evolução do quadro, há 2 meses, com irradiação da dor para membros
inferiores (direito > esquerdo), de intensidade forte, face posterior de glúteos coxas e pernas (até região dorsal dos
pés/hálux). Além disso, paciente relata presença de parestesias, tipo formigamento, no mesmo trajeto descrito acima
(pior nos glúteos). Quanto aos fatores agravantes do caso clínico em tela, destacam-se: esforço físico, sobrecarga
axial, atividades domésticas, ortostase prolongada, agachamento, flexão de tronco e valsalva. Aplicada escala visual
analógica da dor (EVAS): +8/+10 e, em períodos de crise, +10/+10.
Paciente foi internada, em 09/01/2023, em caráter de urgência, por agudização da dor, piora da perda de
sensibilidade e força nos membros inferiores, com dor na escala visual analógica +10/+10 e limitação dolorosa nos
membros inferiores.
Apresenta, ao exame físico, força motora grau IV (-) em miótomos L5-S1 à direita e grau IV (+) em L5-S1 à esquerda.
Hipoestesia L5 esquerda. Reflexo aquileu hipoativo, porém presente à direita. Sinal de Lasègue (+) bilateral. Dor à
palpação da projeção das facetas articulares lombares e piora da lombalgia às manobras de estresse interfacetário
lombares (extensão lombar e rotação/torção do tronco), inferindo componente facetário álgico. Ainda há
exacerbação da dor com manobras de Valsalva e com flexão e deflexão de tronco, sugerindo fortemente componente
discogênico associado ao quadro. Há, por fim, pontos gatilhos nos glúteos e coxas.
Exames complementares:
• Ressonância Magnética da Coluna Lombossacra realizada, em 17/11/2022, cujo laudo segue em anexo,
evidencia: “Retificação da curvatura fisiológica lombar. Leves listeses posteriores de L4 e L5 (grau I). Osteofitose
corporal marginal difusa, mais pronunciada em L5 e S1. Irregularidades, nódulos de Schmorl e tênues alterações
degenerativas do tipo MODIC II nos platôs vertebrais adjacentes ao interespaço de L5-S1. Sinais desidratação
discal L4-L5 e L5-S1, com redução da altura discal neste último nível. Nível L4-L5: protrusão discal focal posterior
paramediana direita imprime o contorno dural anterior e se insinua discretamente às bases foraminais. Leve
artrose interapofisária bilateral, com finas lâminas líquidas intra-articulares. Hipertrofia dos ligamentos
amarelos. Nível L5-S1: complexo disco-osteofitário posterior difuso sem significativa compressão sobre o saco
dural, tangencia as raízes descendentes de S1 nos recessos laterais do canal vertebral e as emergentes de L5
nos seus trajetos foraminais e oblitera as bases foraminais bilateralmente. Finas lâminas líquidas intra-
articulares nas interapofisárias bilaterais. Distribuição habitual das raízes da cauda equina no interior do saco
dural. Sinais de lipossubstituição parcial da musculatura paravertebral lombar inferior. Hipersinal em T2 na
topografia dos ligamentos interespinhosos lombares, inferindo edema por sobrecarga mecânica”.
• Eletroneuromiografia dos membros inferiores realizada, em 17/11/2022, cujo laudo segue em anexo, evidencia:
“A avaliação eletroneuromiográfica dos membros inferiores evidenciou a presença de comprometimento do
miótomo usualmente suprido pela raiz L5 esquerda, de intensidade discreta, crônico, com evidências de
reinervação tardia estável, sem sinais de desnervação em atividade. Esse achado é compatível com envolvimento
préganglionar da raiz correspondente”.
O procedimento foi autorizado pela operadora e realizado no dia 10/01/2023, no Hospital São Luiz Anália Franco,
conforme códigos TUSS abaixo:
Desta forma, em conformidade com a legislação vigente, solicito fornecer ao paciente o Reembolso do
procedimento cirúrgico.