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Organização e Composição da Justiça do Trabalho

Art. 111 da Constituição Federal:


São órgãos da Justiça do Trabalho:
I - o Tribunal Superior do Trabalho;
II - os Tribunais Regionais do Trabalho;
III - os Juizes do Trabalho

1) Tribunal Superior do Trabalho (Art. 111-A, CF/88)

1.1) Composição (27 ministros – Quinto Constitucional)


 A sede é em Brasília.
 E tem jurisdição nacional (processos de todo o país podem ser julgados pelo
TST.).
 É composto de 27 ministros.
 Quinto constitucional: um quinto dos 27 ministros são oriundos da advocacia
trabalhista (3) e do Ministério Público do Trabalho (3)
 Os demais ministros são oriundos da carreira da Magistratura Trabalhista
escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho.

1.2) Forma de Atuação


 Atua na composição plena (os 27 ministros reunidos), através do órgão especial,
dividido em Turmas (8) compostas cada uma por 3 ministros e em sessões
especializadas (2), sendo que a seção especializada em Dissídios Individuais é
dividida em duas subseçõe.

1.3) Competência
 É preponderantemente recursal, porém há processos de competência originária
é do TST. Como exemplo, temos os Dissídios Coletivos que excedem a
jurisdição dos TRTs (Art. 702,I, b da CLT c/c o art.2º I, a da Lei n. 7.701/88).

2) Tribunais Regionais do Trabalho (Art. 115, CF/88)

2.1) Composição
 Foram criados por Regiões, porém a CF/88 na sua redação original estabeleceu
que cada Estado, deveria ter pelo menos um TRT.
 Os Estados que não tinham TRT, criaram e São Paulo criou mais um TRT com
sede em Campinas.
 Quatro Estados brasileiros não constituíram TR: Amapá, Roraima, Acre e
Tocantins.
 A composição é variável, devendo ter no mínimo 7 juízes ou desembargadores.
 Na composição deve ser respeitado o quinto constitucional.

2.2) Forma de Atuação (Câmaras Regionais – Justiça Itinerante)


 Atuam na sua composição plena e dividido em Turmas.
 Os TRT’s podem instituir câmaras regionais e a justiça itinerante.
2.3) Competência
 Tem natureza preponderantemente recursal. Mas, assim como o TST, há
processos que iniciam no TRT, como por exemplo: Dissídios Coletivos, Ação
Rescisória, Mandado de Segurança.

3) Juízes do Trabalho (Art. 116, CF/88)

3.1) Acesso à carreira da Magistratura Trabalhista (Juiz Substituto – Art. 654 da


CLT)
 Os Juízes do Trabalho são formados em Direito e prestam concursos.
 Como visto, antes era Junta, que contava com três juízes. Agora chama-se Vara
do Trabalho (com um Juiz monocrático).
 Iniciam a carreira da Magistratura Trabalhista como Juiz Substituto, depois são
progredidos para serem Juiz Titular das Varas.

5.2) Forma de Atuação – Juízes de Direito (Art. 112, CF/88).


 As Varas são criadas por lei que também, delimita a jurisdição territorial de cada
um.
 Nos locais onde não há jurisdição trabalhista, o Juiz de Direito, da esfera
estadual é quem vai julgar os casos trabalhistas. As sentenças prolatadas pelo
Juiz de Direito no exercício da jurisdição trabalhista é passível de Recurso
Ordinário a ser julgado pelo TRT.

5.3) Competência
 Julga os dissídios individuais e as ações de competência da Justiça do Trabalho,
em 1ª instância, com exceção daquelas que são de competência originária dos
TRTs.

ÓRGÃOS QUE ATUAM JUNTO AO TST:

1. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do


Trabalho

2. O Conselho Superior da Justiça de Trabalho (Art. 111-A, § 2º da CF/88)

ÓRGÃOS OU SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO:

1. Secretarias das Varas e dos Tribunais – Arts. 710, 711 e 712 da CLT

2. Distribuidor – Arts, 713 e 714 da CLT

3. Oficiais de Justiça Avaliadores – Art. 721 da CLT


Artigos da Constituição que tratam da composição e competência da
Justiça do Trabalho:

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:

I - o Tribunal Superior do Trabalho;

II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

III - Juizes do Trabalho

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete


Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos
e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação
ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade


profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de
dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho,


oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal
Superior.

§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do


Trabalho.

§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:


(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do


Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos
oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na


forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e
patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como
órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. §
3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar,
originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e
garantia da autoridade de suas decisões,

Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas


comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de
direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição,


competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do
Trabalho.

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:


(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de


direito público externo e da administração pública direta e indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído


pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre


sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o


ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista,


ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes


da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195,


I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que
proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da


lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à


arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio
coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir
o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao
trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão


do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar
dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no


mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e
nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de
trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade


profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de
dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade


e merecimento, alternadamente.

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante,


com a realização de audiências e demais funções de atividade
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-
se de equipamentos públicos e comunitários.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar
descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de
assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases
do processo.

Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz
singular.

Parágrafo único. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 24,


de 1999)

Art. 117. e Parágrafo único. (Revogados pela Emenda


Constitucional nº 24, de 1999)

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