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PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES

Natureza jurídica - Conjunto de atos processuais, de natureza eventual a ser praticado ao final da fase postulatória e
antes da abertura da instrução, com a finalidade de evitar a produção desnecessária de provas.

Providências preliminares
1. Reconhecimento dos efeitos da revelia: trata-se de um ato judicial de natureza exclusivamente declaratória através
do qual o juiz cumpre o seu dever de informar as partes sobre a presença de revelia naquele processo e sobre a
presença ou não de seus efeitos.
Pq este ato é eventual? Pois esta providência somente ocorrerá nos processos em que houver revelia.
2. Fixação dos pontos controversos: após a leitura da petição inicial e da contestação, o juiz verificará quais fatos
alegados ainda dependem de prova informando que irá iniciar a instrução para produção de prova especificamente
sobre estes fatos.
Obs: não é qualquer fato que vai para instrução ( são fatos ainda não provados e relevantes para a resolução do conflito
Todavia o juiz somente levará para fase de instrução os fatos alegados que tenham relevância para o julgamento.
3. Decisão pelo julgamento antecipado de mérito ( da lide ): Por outro lado o juiz poderá deixar de realizar a instrução
através de decisão interlocutória fundamentada quando estiver presente uma das seguintes circunstâncias:
3.1 Questão unicamente de direito ( não foram alegados fatos )
Ex: Quando as partes estiverem discutindo qual a melhor interpretação da norma
3.2 Quando os fatos alegados já estiverem provados;
3.3 Quando o juiz acolher a presunção relativa decorrente da revelia.
4. Réplica: verificando o juiz que o réu na contestação alegou a presença de vícios formais e/ou prejudiciais de mérito
através de preliminar de contestação deverá dar oportunidade para que o autor se manifeste em 15 dias úteis
exclusivamente sobre o teor das preliminares.
Obs: A réplica somente irá ocorrer se naquele processo o réu tiver arguido preliminares de contestação.
Obs2: Na réplica é permitido apenas que o autor fale sobre as preliminares arguidas não sendo espaço para repetir,
corrigir ou completar a petição inicial.
Obs3: o procedimento comum apenas admite dois atos postulatórios obrigatórios ( inicial e contestação ) e um ato
eventual, chamado réplica, não cabendo ao juiz e as partes criar novos atos processuais.
5. Saneador: da mesma forma, identificada na contestação a alegação de vícios formais e/ou prejudiciais de mérito é
dever do juiz apreciar estes temas imediatamente antes da abertura da instrução. É o dever do juiz apreciar as
preliminares antes de abrir a instrução.
Consequências desta apreciação:
5.1 Se o juiz acolher a preliminar arguida > sentença de extinção do processo.
5.2 Se ao caso de rejeitar a preliminar arguida > decisão interlocutória fundamentada, declarando saneado o
processo, isto é, livre de vícios ou de prejudiciais.

INSTRUÇÃO: TEORIA GERAL DAS PROVAS


Natureza jurídica (o que são provas?)
Provas são meios formais admitidos na norma processual e utilizados para demonstrar ao juiz a existência e as
características de um fato alegado.

As provas não tem referência ao direito, apenas aos fatos. Ninguém prova que está certo nem que tem razão, a parte
prova apenas que o fato ocorreu. Uma prova nunca está errada, nunca é incorreta, ao contrário de um argumento.
Objeto de prova (o que se prova?)
Provam-se os fatos alegados no processo e que tenham relevância para a solução do conflito.
Os objetos de prova são os fatos alegados no processo e relevantes para a solução do conflito.
Obs. 1: “Prova de direito”
Quando a pretensão da parte estiver baseada em norma estadual, municipal, estrangeira ou costumeira, esta assume o
ônus de provar a existência e a vigência da norma.

Questão exemplo de prova: direito de família indígena e naquela tribo n se aplica o cc, pois através de norma
costumeira se admite vários pais e mães para a mesma pessoa - prova através de testemunha.
Obs. 2: “ivria novit curiae” (o juiz sabe o direito)
Por outro lado, se a pretensão da parte estiver baseada em legislação federal, será ônus do juiz verificar se a norma
existe e se está vigente.

Obs. 3: Fatos que independem de prova (não serão levados a instrução)


a) fatos notórios: são aqueles de conhecimento comum a todos, inclusive ao juiz, a partir da chamada regra de
experiência, isto é, são notórios porque vivenciados por todos.
Ex.: a pessoa que diz que saiu as 17h40 do shopping boa vista e as 18h15 estaciona na sua garagem em Candeias está
claramente mentindo. Pois, é de conhecimento geral, por vivência, que nesse horário tem trânsito intenso e seria
impossível chegar em tão pouco tempo em tamanha distância.
Ex.: quando chove, as ruas de recife alagam extremamente (rua da hora e rua aurora por exemplo)
b) fatos confessados: são aqueles afirmados por uma das partes e expressa ou tacitamente confirmados pela outra.
Confissão expressa: quando a parte confirma, por quaisquer motivos que seja.
Confissão tácita: quando o fato não é rebatido na contestação.
c) fatos incontroversos: são aqueles utilizados simultaneamente por ambas as partes como fundamento de suas
pretensões. Tanto autor quanto réu usam o mesmo fato, assim, ele não precisa mais ser provado.
d) fatos presumidos: trata-se de uma categoria residual, abrangendo todas as situações de presunção relativa de
veracidade, previstas na norma processual e não enquadradas nas hipóteses anteriores.
Ex.: presunção decorrente da revelia.
e) fatos irrelevantes: fatos impertinentes, ou seja, fatos que, embora tenham sido alegados pelas partes, não tenham
relação com o conflito a ser resolvido.

Instrução: teoria geral das provas (continuação)


Meios de prova (como se prova?)
Provam-os os fatos alegados no processo através dos meios de prova em direito admitidos bem como através dos meios
de prova moralmente lícitos.

Meios de prova em direito admitidos (típicos): Previstos no CPC e basta requerer.


são aqueles expressamente previstos na norma processual cuja produção depende apenas de requerimento da parte.
Exemplos: prova testemunhal, prova documental e perícia.
Meios de prova moralmente lícitos (atípicos): Nesse caso, deve ser pedido e fundamentado.
São aqueles meios que, embora não previstos na norma processual, serão admitidos na instrução desde que a parte
requeira expressamente, justifique sua necessidade e demonstre não haver lesão ao direito da parte contrária.
Requerimento, justificativa, ausência de prejuízo a parte contrária.
Obs 1: o juiz não poderá indeferir a produção de uma prova sob o fundamento de ausência de previsão legal
Obs 2: o cpc de 2015 tipificou varias provas antes consideradas atípicas, mas manteve a cláusula dos meios moralmente
lícitos, porque não há como prever as provas que serão criadas nos próximos anos.

Ônus da prova (quem de e provar?)


Aquele que alega determinado fato em seu favor assume o ônus de produzir a respectiva prova sob pena de ser
desconsiderado quando elaborada a sentença
Quem alega, prova! (Regra geral)
Obs: “quod non est in autus non est in mundus” (o que não está nos autos não está no mundo)
Para cada fato alegado, deverá ser reproduzida a respectiva prova ou então excluído o fato da sentença.
Exceções: fatos que independem de prova (fatos notórios, confessados, incontroversos, presumidos e irrelevantes)
Obs: inversão do ônus da prova (o réu alega e o réu prova)
Em situações excepcionais, o autor poderá alegar livremente um fato recaindo sobre o réu o ônus de produzir a
respectiva prova.
Obs: inversão legal (prevista no CPC): baseada no código de defesa do consumidor que somente se aplica a situações de
direito do consumidor. Requer requerimento expresso da parte, configuração de relação de consumo, verossimilhança
nas alegações (não se inverte o ônus da prova se o fundamento for absurdo, ilegal ou de má-fé) e, por fim,
vulnerabilidade verificada no caso concreto (nem todo consumidor é vulnerável)

Obs : inversão contratual (prevista no cpc): é rara, mas a norma processual permite que as partes, por autonomia da
vontade, quando o objeto for disponível, possam celebrar cláusula prevendo a inversão do ônus da prova nos futuros
litígios decorrentes daquele contrato. Entretanto, poderá o juiz deixar de cumprir a referida cláusula caso venha a tornar
impossível ou muito difícil a defesa. -> cláusula não permitida em contrato de adesão.

Obs: distribuição dinâmica do ônus da prova (cpc/15)


O juiz, a seu critério, de ofício ou a requerimento da parte, poderá distribuir livremente o ônus da prova (em favor do
autor ou do réu) desde que, mediante decisão interlocutória fundamentada, apresente flagrante situação de
desequilíbrio processual (aquilo que o juiz achar que é esse flagrante)
Uma parte alega a outra prova, para qualquer tipo de processo ou assunto.

DAS PROVAS PRODUZIDAS EM AUDIÊNCIA

1. Depoimento pessoal:
Trata-se da prestação de declarações sobre o fato alegado realizada pelas partes (autor e réu) sem qualquer
compromisso formal quanto a regularidade do conteúdo
OBS: as regras de depoimento pessoal somente se aplicam às partes, não se confundindo com as regras aplicáveis às
testemunhas.
OBS: ausência de compromisso formal, as partes quanto ao conteúdo de suas declarações, respondem por eventuais
irregularidades exclusivamente no âmbito processual, isto é respondem apenas como litigante de má fé.
OBS: prerrogativa de permanecer em silêncio:
Somente as partes no exercício do seu depoimento podem invocar a prerrogativa e ficar em silêncio e não responder a
pergunta que lhe foi feita pelo juízo, caso a resposta possa lhe prejudicar.

2. Prova testemunhal
Trata-se da prestação de declaração sobre o fato, realizada por 3º não interveniente e não n enquadrado como auxiliar
de justiça, mediante compromisso formal e dever de cooperação, desde que subjetivamente compatível com aquele
processo.
a) não interveniente: a prestação das declarações deve ser o primeiro ato que o terceiro pratica no processo.
b) não enquadrado como auxiliar da justiça do processo:
o terceiro n pode estar no exercício de função auxiliar da justiça que possa potencialmente atuar naquele processo.
OBS: compromisso formal
o 3º presta compromisso formal expresso quanto a regularidade de suas declarações respondendo nos âmbitos civil
(dano - indenização), penal (falso testemunho) e administrativo (demissão).
OBS: dever de cooperação
o 3º indicado como testemunha, desde que devidamente intimado, tem o dever de comparecer em juízo para audiência
e de responder ao que lhe for perguntado pelo juízo.
condução coercitiva: caso a testemunha não queira ir o juíz poderá mandar buscar você.
OBS: compatibilidade subjetiva
o 3º indicado como testemunha NÃO poderá estar enquadrado em situações nas quais se presumam sua incapacidade
de entender o fato ou o seu interesse em favor de uma das partes.
a) incapacidade para testemunhar:
exclusivamente processual, podendo ou não coincidir com a capacidade civil.
b) suspeição ou impedimento:
as causas em que se presumem o interesse do 3º em favor da parte são específicas e não se confundem com as causas
aplicáveis ao juíz.
OBS: a parte tem até o momento anterior a audiência oportunidade para impugnar eventuais testemunhas incapazes e
impedida por suspeitas indicadas pela parte contrária. (se n impugnar até a audiência, preclui)
OBS: nos processos de direito de família e naqueles relativos a criança e ao adolescente o juíz poderá ouvir, de forma
válida, testemunhas incapazes e impedidas por suspeitas.
OBS: informante civil (as declarações não fazem prova no processo)
o juíz poderá ouvir um 3º incapaz, impedido ou suspeito sem qualquer valor probatório, quando suas informações
puderem levar a outra prova válida.
INSTRUÇÃO: PROVA PERICIAL

Perícia: trata-se de um meio de prova a ser utilizado quando a compreensão do fato alegado depender do
conhecimento técnico especializado de outras profissões; Compreensão do fato depende do conhecimento de outras
profissões; Quando o fato só puder ser entendido por outro profissional (processo que envolve erro médico, por
exemplo)

Perito: profissional da especialidade necessária a compreensão do fato livremente escolhido pelo juiz, a partir de
critérios pré estabelecidos; só tem um perito no juízo;
Obs 1.: durante o exercício da perícia, o perito possui função pública temporária e precária respondendo como se
servidor público fosse.
Obs 2.: Aplicam-se ao perito escolhido as mesmas causas de suspeição e de impedimento aplicáveis ao juiz.
Obs 3.: não confundir com a figura do perito criminal prevista no processo penal, função integrante das forças policiais.

Critérios para a escolha do perito:


- Regra geral:
1) o perito será escolhido entre profissionais previamente cadastrados no juízo.
2) na ausência de profissionais cadastrados, o juiz irá escolher entre profissionais indicados pelo respectivo conselho de
classe.
- Perícia requerida pelo MP, Fazenda Pública, Defensoria ou Ofício:
1) escolha entre profissionais do quadro do poder judiciário (servidores).
2) não havendo no quadro do poder judiciário profissionais daquela especialidade será indicado servidor de outro órgão
público.

Procedimento da perícia:
- escolhido o perito este será intimado a tornar conhecimento do processo e para apresentar propostas de honorários
proporcional a complexidade do trabalho. Em seguida, será a parte requerente intimada a depositar em juízo o valor
integral dos honorários como condição para o início da perícia.

Obs.: a ausência do depósito não é causa de extinção do processo mas apenas da não realização da perícia
- depositado o valor, serão ambas as partes intimadas para, caso queiram, apresentar quesitos e indicar assistentes
técnicos.
- quesitos: perguntas sobre o fato objeto da perícia cuja resposta será parte integrante do futuro laudo pericial.
- assistentes técnicos: profissionais da mesma especialidade do perito livremente escolhidos e remunerados pelas
partes cuja função é apenas acompanhar o trabalho do perito e ajudar na compreensão do laudo; NÃO PRODUZ PROVA
- após esse momento, o perito irá realizar todas as diligências necessárias a compreender o fato ao final das quais
apresentará seu laudo pericial;
Obs 1.: somente se considera concluída a perícia com a aprovação do laudo pelo juiz;
Obs 2.: os honorários somente será liberados após a aprovação do laudo;
Obs 3.: se o juiz entender necessária poderá determinar uma segunda audiência de instrução para que o perito explique
o laudo.

SENTENÇA
Natureza jurídica: Trata-se do ato judicial decisório através do qual o juíz cumpre uma das seguintes finalidades:
extinguir o processo ou resolver o conflito.
OBS: o que caracteriza um ato judicial com sentença é a presença da dupla finalidade, pois na ausência dela n haverá
sentença. Independentemente do nome lhe atribua o juíz ou a legislação o ato somente será uma sentença se cumprir
uma destas finalidades.

Classificação das sentenças

-classificação relacionado ao conteúdo da sentença:


1.Sentenças terminativas: caracteriza-se por extinguir o processo a partir da presença de vícios formais peremptórios
não corrigido no momento oportuno. (“Este processo é defeituoso e o defeito não foi corrigido e por isso o processo
não pode continuar”).(exclusivamente de direito processual)
OBS: as sentenças terminativas são capazes de formar coisa julgada estritamente formal, isto é, que encerra o processo,
mas não encerra o conflito, podendo este ser o objeto de outro processo futuro.
OBS: a norma processual permite que as sentenças terminativas tenham fundamentação breve, apenas indicando qual
o vício encontrado e porque se aplica aquele processo.

2.Sentenças definitivas: resolvem o conflito pela apreciação direta ou indireta do direito material. (resolução de
conflito)

OBS: este tipo de sentença é capaz de produzir coisa julgada formal e material, que além de encerrar o processo tb
resolve o conflito impedindo que possa ser objeto de processo futuro.

-classificação quanto à forma da sentença e o órgão julgador:


3.Sentença singular: uma sentença predominantemente proferida na forma escrita por órgão judicial composto por um
único juiz.
OBS: no procedimento dos juizados especiais o juiz escolhe se irá proferir a sentença na forma escrita ou oral.

4.Sentença colegiada ou acórdão: é proferida na forma oral por órgão judicial composto por 3 ou mais juízes (órgão
colegiado) sendo posteriormente reduzida a termo (processos da competência originária dos tribunais, isto é, começa e
termina no tribunal).

SENTENÇA: EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO


natureza: trata da verificação da presença de vícios formais peremptório não corrigidos no momento oportuno.
esse processo é defeituoso, o defeito n foi corrigido, e por isso esse processo n pode continuar.

OBS: as hipóteses de extinção do processo sem resolução do mérito estão previstas na norma processual de forma
taxativa, n cabendo ao juiz ou as partes criar novas hipóteses.
OBS: é condição p que ocorra a extinção sem resolução de mérito a prévia oportunidade de correção.
OBS: somente produzirão a extinção do processo os defeitos que tenham sido causados pelo autor.

HIPÓTESES DE EXTINÇÃO:
1- indeferimento da pet. inicial: são defeitos resultantes na elaboração da pet inicial que n foram corrigidos no
momento oportuno.
2- negligência: é composta por 2 elementos, um temporal e o subjetivo.
temporal: processo parado há mais de um ano. (1 ano e 1 dia)
subjetivo(negligência): omissão de ambas as partes em dar prosseguimento ao processo após serem intimadas
pessoalmente. omissão das partes (silêncio)
OBS: se qualquer das partes manifestar interesse estará afastada a negligência.
OBS: n caracteriza negligência quando o tempo que o processo ficar parado for por responsabilidade do poder
judiciário.
3- abandono pelo autor: é formada pela presença de 2 elementos: temporal s subjetivo.
temporal: 30 dias, contados de uma preclusão.
subjetivo(abandono): omissão da parte autora de praticar novos atos, após a devida intimação.
OBS: após a citação, a extinção por abandono dependerá ainda do consentimento do réu.

4- ausência de pressupostos processuais: ausência das capacidades processuais (ser parte, estar em juízo, postulatória).
OBS: a perda de uma das capacidades processuais suspende o processo p/ que haja a correção do defeito , entretanto,
se, após a suspensão, o defeito n tiver sido corrigido, haverá a extinção do processo.

5- perempção, litispendência e coisa julgada:


todas as situações tratam do direito irregular do dir. de ação, isto é, o processo foi instaurado em situações proibidas na
norma processual.
5.1- perempção:
é uma sanção processual aplicada ao autor que, por 3 vezes sucessivas, der causa da extinção do processo por
abandono cancelando o respectivo direito de ação.

5.2- litispendência:
a norma veda a existência simultânea de dois ou mais processos idênticos sendo mantido o processo prevento (aquele
que primeiro citou o réu) e extinto todos os demais.
5.3- violação a coisa julgada material:
a norma n admite que a parte apresente processo novo idêntico a outro anterior cujo a sentença de mérito já transitou
em julgado, sendo extinto o novo processo.
OBS: nestas 3 situações, após a extinção, o autor n poderá entrar novamente com o processo.
6- ilegitimidade p/ causa e falta de interesse processual:
situação superveniente (os 2 defeitos surgiram durante o processo)

7- desistência:
ato unilateral da parte autora, através do qual esta abre mão da continuidade do processo, mantendo íntegro seu dir.
material que poderá ser objeto de processo futuro. quem desiste, desiste do processo e n do direito.
OBS: após a citação, a desistência depende do consentimento do réu.
8- convenção de arbitragem:
a escolha do juízo arbitral retira o conflito do poder judiciário e extingue todos os processos sobre aquele assunto.
9- ação intransmissível (direitos personalíssimos):
em regra, a morte da parte suspende o processo p/ que seus sucessores realizem a habilitação, entretanto, sendo
objeto do processo direito personalíssimo, cujo exercício somente pode ser feito pelo titular, a morte extingue o direito
e o processo.

SENTENÇA: RESOLUÇÃO DO MÉRITO


Natureza: caracteriza-se pela apreciação direta ou indireta do direito material controvertido e tem por consequência a
solução do conflito. 
OBS: a sentença de resolução de mérito pressupõe um processo saneado, isto é, livre de defeitos formais. 
OBS: as prejudiciais de mérito previstas no cpc são meramente exemplificativas, podendo o juiz apreciar outras ali n
previstas. 
HIPÓTESES:
1- Quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido (julgamento efetivo de mérito)
o juiz irá apreciar a alegada lesão ou ameaça ao direito material acolhendo ou rejeitando. 
1.1- acolhimento total ou pedido (procedente): ocorreu a lesão ou ameaça. 
1.2- rejeição total do pedido (improcedente): não ocorreu a lesão ou ameaça. 
1.3- acolhimento parcial do pedido (procedente em parte): apenas parte da lesão ou da ameaça ocorreu.  

2- prescrição ou decadência:
tratam dos efeitos do fator tempo sobre o exercício do direito material resolvendo o conflito, porque este n poderá
mais ser exercido pela demora da própria parte.  
OBS: após o cpc de 2015, o juiz só poderá reconhecer a prescrição ou decadência depois da manifestação da parte ré. 
3- reconhecimento da procedência do pedido:
trata-se de um ato privativo e unilateral da parte ré através do qual esta expressa ou tacitamente abre mão do seu
direito material resolvendo o conflito. 
expressa: o autor está certo. 
tácita: não impugnar/ n contestar os fundamentos jurídicos do autor. 

4- transação (“acordo”): cessões recíprocas


as partes, por vontade comum, decidem substituir o direito material controvertido por novas obrigações bilaterais
resolvendo o conflito. 
5- renúncia:
é um ato privativo e unilateral da parte autora através do qual esta abre mão do seu direito material, de forma
expressa, resolvendo o conflito. 
OBS: não confundir desistência com renúncia. quem desiste, desiste do processo, já quem renuncia, renuncia o direito. 
a diferença da desistência é que depois pode entrar com um processo, já a renúncia não pode entrar por aquele direito. 
OBS: as hipóteses 3, 4 e 5 somente serão cabíveis se o direito objeto do conflito for disponível. 
OBS: hipóteses 3, 4 e 5 são atos privativos da própria parte, somente praticáveis por advogado na presença de poderes
especiais expressos na procuração. 
Sentença: requisitos formais obrigatórios
1. Relatório: Descrição individualizada (o que ocorreu neste processo?)
"Descrição individualizada dos atos ocorridos no processo até aquele momento, indicando, no mínimo, a ocorrência do
ato e a respectiva localização do processo"

Obs.: "Descrever e não transcrever "


Obs.: "no procedimento dos juizados especiais, o juiz está autorizado a apresentar sentença sem precisar elaborar
relatório"

2. Fundamentação: argumentos fáticos e jurídicos da decisão (Extinção ou resolução → Por quê?)


"Neste segundo requisito, o juiz apresentará, de forma clara, quais os fundamentos fáticos e jurídicos da decisão a ser
tomada"
Obs.: "Considera-se não fundamentada a sentença baseada exclusivamente em fatos"
Obs.: "Se a sentença fizer referência a precedente jurisprudencial, é necessário que o juiz explique qual a relação entre
precedente e o caso sob julgamento"
Obs.: "Após o CPC/15, o juiz deverá enfrentar na sentença todos os assuntos alegados no processo, ainda que sem
relação com o conflito a ser resolvido"
Obs.: "Todas as vezes que a sentença fizer referência a uma norma ou a uma jurisprudência o juiz deverá explicar a sua
relação com o caso concreto"
3. Dispositivo: decisão (extinção ou resolução → qual o resultado?)
"É o principal requisito da sentença, responsável por extinguir o processo ou por resolver o conflito. O dispositivo
deverá ser redigido com muito cuidado, pois é o único trecho da sentença de publicação obrigatória e o responsável por
formar a coisa julgada"

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