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PROCESSO CIVIL

1. Atos Processuais
1.1 Conceito
Atos pra0cados no interior do processo que dependem da vontade humana para
acontecer, diferente dos fatos processuais. Ou seja, aquelas condutas humanas
voluntárias pra0cadas no interior de um processo e, como regra, possuem previsão legal
referente com a sequência e forma.

2. Classificação dos atos processuais


2.1 Unilaterais
Aqueles pra0cados por apenas uma das partes envolvidas no processo sem
necessidade de manutenção ou concordância da parte contrária. Ex: Pe0ção
2.2 Bilaterais
são aqueles que dependem da par0cipação de duas partes para se concre0zar e
gerar efeitos no processo, como, por exemplo, a transação em que ambas as partes, autor
e réu, fazem concessões mútuas para chegar a um acordo. Os atos bilaterais pressupõem
a interação entre os sujeitos processuais, sendo sua efe0vação dependente da vontade
ou par0cipação de ambos. Devem provocas a ex0nção do processo.
2.3 Desistência da ação
O autor pode desis0r (sem a concordância do réu) do processo a qualquer
momento antes da sentença, mas após a sentença e contestação precisa da concordância
do réu.
2.4 Atos do Juiz e Auxiliares da jus0ça
2.4.1 Sentença
Decisão sobre o mérito (decisão do juiz)
2.4.2 Decisão Interlocutória
Todos os pronunciamentos que não se enquadram na sentença, mas resolve-se
questões incidentais. (não é a decisão sobre o mérito)
Incidentais: pontos que surgem durante o processo não relacionados ao mérito mas que
precisão ser resolvidos.
2.4.3 Despachos
Respostas dos magistrados às movimentações processuais. (demais
pronunciamentos do juiz)
2.4.4 Acórdão
Julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
3. As formalidades dos atos processuais
3.1 Publicidade
Os atos processuais são públicos exceto os que estão em segredo de jus0ça
3.2 Tempo
- Das 6h às 20h
- prá0ca eletrônica até 24h do ul0mo dia.
- durante as férias forenses e feriados não são pra0cado atos processuais, salvo em caso
de;
1. procedimento jurisdição voluntaria .
2. necessários a conservação de direitos.
3. quando puderem ser prejudicados pelo adiantamento.
Ex: ação de alimentos ou ação de remoção de curados + os casos que a lei determinar.
4. Prazo Processuais
Período determinado para a realização de um ato processual.
4.1 prazos próprios (preclusivos) (prazo dos adv)
Se passar do prazo perde-se o direito de realizar o ato (preclusão) a não ser que a
parte prove que não conseguiu realizar por justa causa
Justa causa: evento alheio à vontade da parte e que a impediu de pra0car o ato por si ou
mandatário.
4.2 Prazos Impróprios (prazo dos juízes e do MP)
Período designado para que autoridades ou auxiliares da jus0ça pra0quem atos
processuais. (a ultrapassagem desse prazo não causa efeitos direitos no processo)
5. Contagem de prazo
Vai se computar apenas dias uteis, os prazos serão contados excluindo o dia do
começo e incluindo o dia do vencimento (salvo disposição contraria)
Terá inicio no primeiro dia ul0l que seguir ao da publicação.
5.1 vencimento do prazo
O dia do começo serão protaídos para o primeiro dia ul0l seguinte se coincidir com
o dia do expediente forense for encerrado.
6. Comunicação dos Atos Processuais
6.1 Carta Precatória
Processo feito em território nacional, onde o juiz de uma jurisdição solicita ao
outro para realizar um ato processual na sua jurisdição. Este processo não vai precisar de
homologação. O juiz não vai deliberar sobre o caso, mas sim fazer aquilo que o outro juiz
pediu para ele.
De preferência por meio eletrônico.
6.2 Carta Rogatória
A comunicação entre a jus0ça brasileira e a do exterior, vai precisar da
homologação do STJ e pode ser usada para citações, pe0ções, in0mações, obtenção de
provas.. etc
7. Citação
7.1 conceito (juiz pode citar de oficio)
O meio pelo qual o réu vai ser convocado/introduzido ao processo.
7.1.1 A citação será efetuada em até 45 dias
7.1.2 sem a citação a pe0ção é indeferida
7.1.3 será feito por meio eletrônico de preferência com prazo de 2 dias
7.1.3.1 se a citação não for respondida em até 3 dias ela será feita por meio de;
1. correios
2. oficial de jus0ça
3. escrivão ou chefe de secretaria
4. edital
Obs: se deixar de confirmar no prazo legal a citação se trona passível de multa
no valor de até 5% do valor da causa, e não jus0ficar.
7.1.4 a citação será valida, ainda quando ordenada por juízo incompetente. Art 240
7.1.5 as empresas públicas ou privadas devem que manter cadastrado seus dados na base
do sistema do processo
8. In0mação
8.1 conceito
O ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dor termos do processo.
Diferente da citação que se dirige apenas para o réu a in0mação pode se dirigir a qualquer
parte do processo, advogados, auxiliares ou interessados. Deve ser feita sempre que
possível por meio eletrônico, se não for possível e não houver localidade publicação em
órgão oficial, deve o escrivão ou chefe de secretaria in0mar os adv de todos os atos do
processo pessoalmente se 0ver domicilio na sede do juízo, por carta ou se não conseguir
êxito nessas por oficial de jus0ça e caso necessária por edital.
9. Vícios dos Atos Processuais
É natural que se ques0one a validade ou a eficácia dos atos pra0cados em
desatenção com as regras processuais estabelecidas, mas isso não vai significar que
apenas atos processuais impecáveis tenham ap0dão de produzir os efeitos almejados.
Nosso sistema processual procura manter flexibilidade racionalizante.
9.1 Princípios Orientadores do Sistema de Nulidade Processuais
Nulidade: é a consequência jurídica do vício, tornando o ato ineficaz.
9.1.1 Princ. Da finalidade ou Instrumentalidade das Formas
Se a lei prescrever determinada forma o juiz pode considerar valido o ato mesmo
sendo realizado de outra forma mas que alcance a finalidade. (sentença na forma e
prejudicialidade?)
9.1.2 Princípio do Não Prejuízo art 282 ao 283
Conceito
A nulidade de um ato só será reconhecida se houver prejuízo efe0vo à parte.
Art 282. Para alegar nulidade, a parte precisa demonstrar o prejuízo sofrido, não basta a
mera irregularidade, a irregularidade precisa causar um dano. (a parte que fez a merda
não pode alegar prejuízo)
Art 283. Trata da convalidação dos atos processuais. Mesmo que haja algum vicio no ato,
se não houver prejuízo, o ato pode ser validado.
9.1.3 Atos Meramente Irregulares
Os vícios que configuram mera irregularidades são aqueles de menor relevância e
recebem a indiferença do sistema processual.
9.1.4 Atos Nulos
São atos que que violam a lei expressamente ou o devido processo legal, aqueles
que não respeitarem determinada formalidade legal.
9.1.4.1 Nulidade Absoluta x Nulidade RelaVva
Nulidade Rela0va: são vícios menos graves (mais bobos) que prejudica uma das partes,
ela deve ser decretada no tempo devido pela parte a quem interessar, sob pena de
preclusão. Tem como finalidade proteger o interesse privado das partes envolvidas.
Nulidade Absoluta: são vícios mais graves, não pode ser sanada e pode ser alegada a
qualquer momento pelas partes, inclusive de oficio pelo juiz. Não sujeito a preclusão. Tem
como finalidade proteger o interesse público e a ordem jurídica.
9.1.5 Ineficácia ou Inexistência do Ato
Aquele que lhe falta um elemento essencial à sua formação.
Ex: sentença sem mo0vação ou sem a parte disposi0va.
10. Pe0ção Inicial
Ato processual que da início ao processo e define os contornos e obje0vos da lide
10.1 Considerações Iniciais
Os procedimentos podem ser comuns ou especiais
Comum (rito): seguirá sempre as mesmas formalidades
Dividido em 4 partes:
Postulatória: manifestação de mérito das partes, como pe0ção inicial e resposta do réu
Ordinatória: O juiz irá sanear o processo e apreciar requerimento e provas produzidas
pelas partes
Instrutória: produção de provas necessárias ao convencimento do juiz
Decisória: manifestação de mérito do juiz, como a sentença e as decisões interlocutórias
Especiais (ritos): terão cada um as suas especialidades
Obs: o procedimento comum se aplicará subsidiariamente aos procedimentos especiais
e ao procedimento de execução.
Importante: o procedimento por exclusão, em não se aplicando o procedimento especial
aplicar-se-á o procedimento comum.
10.2 Requisitos da P.I
10.2.1 Juizo ao qual é dirigida
indicar para qual comarca é dirigida, o erro nessa etapa não implica indeferimento
da inicial mas pode prejudicar o prazo
10.2.2 Qualificação das partes
Indicar os dados nome, prenomes, o estado civil, a existência de união estável,
profissão, CPF/CNPJ, endereço eletrônico, domicilio e a residência do autor e do réu.
10.2.3 Causa de Pedir
Nessa parte vai ser narrado os fatos e fundamentos jurídicos, uma das partes mais
importantes da pe0ção inicial, principalmente na descrição dos fatos sendo eles que
delimitam a lide que vincula o julgamento do processo.
Se a sentença se afastar dos fatos narrados vai ser considerado uma sentença
EXTRA PASSIVEL DE REFORMA pelo tribunal superior.
Obs: a falha ou falta nessa etapa causa a inépcia inicial.
10.2.4 O Pedido e Especificações
Parte onde vamos levar a pretensão da P.I
10.2.5 Valor da Causa
Toda a causa terá um valor certo. Sendo o conteúdo econômico postulado, e não
o conteúdo econômico efe0vamente devido que será determinado posteriormente. Se o
réu impugnar o valor à causa, afirmando ser excessivo, vai compe0r o juiz observar se o
valor pedido tem correspondência com o que está sendo pedido. Se o juiz depois de
averiguar o valor e determinar que sim, o valor é excessivo e pode prejudicar alguma
faculdade processual da outra parte, então coloca-se em pra0ca a redução equita0va que
reduz o valor da causa. Pode levar a preclusão. Art 292 e 293
10.2.6 Provas
parte em que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados, o juiz
abrirá oportunidade para que as partes indiquem as provas que pretendem produzir.
10.2.7 Audiência de Conciliação e Mediação
Mecanismos alterna0vos de resolução de conflitos, o autor tem que manifestar
ou interesse ou desinteresse.
10.2.8 Documentos
Existem documentos que são indispensáveis para o processo, como por exemplo,
em uma ação de divorcio necessita da cer0dão de casamento.
10.2.9 Defeitos da PeVção Inicia: Possibilidade de emenda
Quando apresentar defeitos ou irregularidades, o juiz dará um prazo de 15 dias
para emenda, caso não corrigida no prazo a inicial será indeferida.
11. Pedido Certo e Pedido Genérico
11.1 Pedido Certo
O pedido tem que ser certo e determinado, tudo aquilo que a parte autora quer
na causa tem que estar bem definido.
11.2 Pedido Genérico
Quando o autor formula sua pretensão de forma indeterminada, geralmente não
consegue especificar desde o inicio a extensão exta do seu direito. Isso vai acontecer nas
ações universais, quando não é possível determinar as consequências do ato ou fato,
quando depende de ato que deve ser pra0cado pelo réu.
11.2.1 ações universais
Quando tem pluralidade de bens – Biblioteca, coleção de obra de arte
11.2.2 Universalidade de Direito
Datadas de valor econômico
Ex: herança
11.2.3 Não for possível determinar as consequências
Ex: lesão corporal quando não se tem total certeza do dano ou se resultará em
incapacidade
11.2.4 ato que deva ser praVcado pelo réu
Art 550
11.3 Pedido Implícito
O pedido implícito é aquele que, mesmo não sendo expressamente formulado na
pe0ção inicial, decorre naturalmente da lógica do pedido principal ou das circunstâncias
apresentadas. Por exemplo, em uma ação de cobrança de dívida, o pedido de juros e
correção monetária é implícito, mesmo que não mencionado expressamente. Inclui-se o
juros, correção monetária e prestações sucessivas
12. Cumulação de Pedidos – Obje0va
É licito a cumulação de pedidos em um único processo, contra o mesmo réu, de
vários pedidos mesmo que não exista conexão entre esses pedidos . Vai ser dividido em
4 0pos.
12.1 Cumulação Simples
Quando tem vários pedidos e eles não tem conexão entre si e por isso não existe
relação de prejudicialidade entre eles.
Obje0vo: agilizar os processos
12.2 Cumulação Sucessiva
Dois ou mais pedidos em relação ao réu, buscando êxito, que tem conexão entre
si e prejudicialidade.
12.3 Cumulação AlternaVva
Dois ou mais pedidos, buscando êxito em só um, sendo um aprovado se exclui o
outro.
12.4 Cumulação Eventual
Dois pedidos, mas o segundo pedido só é analisado se o primeiro for rejeitado.
12.2 Requisitos da Cumulação
Necessário que os pedidos sejam compasveis entre si, seja competente do
mesmo juízo (competência) e seja adequado para todos os pedidos o 0po de
procedimento.
13. Alteração do Pedido ou Causa de Pedir
O autor pode alterar até a citação sem o consen0mento do réu, até o fim do
processo, depois da citação, o réu terá 15 dias para dar o consen0mento.
14. Indeferimento da Pe0ção Inicial
Vai ser a primeira atuação do juiz no processo, decidindo se aquela pe0ção é
admissível. Dividida em 3 ocasiões
14.1 peVção adequada
Pe0ção admissível
14.2 peVção com falhas e irregularidades
Com falhas e vai precisar de emenda
14.3 peVção com vícios insanável
Com falhas impossíveis de emenda
14. Improcedência Liminar do Pedido
Vai ocorrer nas causas que não precisam da instrutória, então o juiz, mesmo sem
a citação do réu, vai julgar improcedente se o pedido contrariar sumula do STF/STJ,
acordão do STF/STJ e se ele verificar ocorrência de decadência ou prescrição.
15. Tutelas Provisórias
Busca assegurar a efe0vidade do processo, concedendo antecipadamente os efeitos do
provimento final. Caráter provisório. Vai ser dividido em 2 0pos as tutelas de urgência e a
de evidências.
15.1 Tutelas de Urgências
Mecanismo que buscam proporcionar uma resposta rápida do judiciário quando
há situações que demandam pronta intervenção para evitar ou minimizar prejuízos.
Subdivide em 2 tópicos
15.1.1 Antecipada
Sa0sfa0va – buscando sa0sfazer algo - A tutela antecipada antecipa os efeitos da
decisão judicial final, sendo concedida quando há evidente probabilidade do direito e
perigo de dano ou risco ao resultado ú0l do processo, podendo ser modificada ou
revogada durante o curso da ação.
15.1.2 Cautelar
Prote0va e conserva0va – proteger consertar - necessita de uma medida rápida
para evitar prejuízos .
15.1.3 Provisoriedade
A tutela conserva a eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer
momento, ser revogada ou modificada.
15.1.4 Cognição Sumária
Vai se fundamentar em juízo de probabilidade.
15.1.5 Fungibilidade
Subs0tuição de um recurso por outro, com certas condições.
15.1.6 Requisitos da tutela provisória
15.1.6.1 Fumus Boni Iuris/Probabilidade do Direito
Tutela será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado ú0l do processo, o requerente deve
demonstrar que tem chances de ganhar a causa quando ela for julgada.
15.1.6.2 Periculum in Mora/Perigo na demora
Urgência na concessão da tutela para evitar danos, referente tem que mostrar
que, se a tutela não for concedida rapidamente, poderá sofrer prejuízos irreparáveis.
15.1.6.3 Reversibilidade da Medida
A decisão tomada pode ser desfeita, é necessário que as ações tomadas possam
ser rever0das para não causas danos à parte contrária caso a decisão seja alterada no
futuro. (contracautela) (perigo de irreversibilidade)
15.1.6.4 Abuso do Direito de Defesa ou Propósito Protelatório
A tutela não pode ser concedida se houver indícios de que o requerente está
abusando do seu direito de defesa ou agindo com intuito de atrasar o processo.
15.1.6.5 tutela de urgência inaudita altera parte
O cpc diz que o juiz não pode decidir sem ouvir as partes mas a tutela de urgência
é uma exceção, comprovando a fumus boni iuris e periculum in mora
15.1.7 Procedimento da tutela cautelar antecedente
Mecanismo no CPC que permite solicitar medida urgente antes da demanda principal,
visando prevenir danos. Após sua concessão, o autor deve complementar a pe0ção inicial,
prosseguindo com a ação.
15.1.8 Procedimento da tutela antecipada antecedente
Onde o autor pede antecipadamente os efeitos da tutela pretendida na ação
principal devido à urgência. Se concedida, há prazo para apresentar a pe0ção principal,
sob risco de perda da eficácia da medida antecipatória.
15.2 Tutelas de Evidências
Tutela que não precisa de periculum in mora e é um adiantamento dos efeitos
prá0cos da sentença de mérito. Ela precisa da Fumus Boni Iuris, e que o réu seja in0mado
para a audiência de conciliação/mediação com antecedência mínima de 5 dias úteis, que
a pe0ção seja instruída com prova documental suficiente dos fatos cons0tu0vos do direito
do autos, a que o réu não oponha prava capaz de gerar dúvida razoável.
15.2.1 Hipóteses
15.2.1.1 abuso do Direito de Defesa ou Manifesto Propósito protelado do Réu
Quando o réu usa sua defesa de maneira a deliberadamente atrasar o andamento
do processo
15.2.1.2 prova documental pré-consVtuída
Quando o autor fundamenta seu pedido em prova documental adequada do fato
cons0tu0vo.
15.2.1.3 Pedido Reipersecutório Fundado em Prova Documental Adequada
Quando o pedido é reipersecutório e está fundamentado em prova documental
adequada.
15.2.1.4 Alegação de Fato Incontroverso
Quando um fato é admi0do no processo e não há controvérsias sobre ele.
15.3 Cognição sumaria
15.4 Tutela de Evidência Inaudita Altera Parte
Não precisa ouvir a outra parte se as alegações do fato puderem ser comprovadas
apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repe00vos ou
em sumula vinculante e outro caso é, se tratar de pedido reipersecutório fundado em
prova documental adequada.
16. Momento da Concessão da Tutela Provisória
Pode ser concedida a qualquer momento. Quando ela é concedida dentro da
sentença tem a função de re0rar o efeito suspensivo da apelação, pelo menos até a
apreciação pelo juízo competente em sede recursal.
17. Revogação ou Modificação da Tutela Provisória
Ela pode ser alterada ou revogada em qualquer momento, mas o juiz tem que
explicar as razões que o convenceram de modo claro e preciso.
18. Efe0vação da Tutela Provisória
A efe0vação da tutela provisória busca assegurar de maneira rápida os direitos em
jogo, mediante medidas específicas, para evitar prejuízos decorrentes da demora
processual.
19. Manifestação do Réu
Pela citação o réu é chamado ao processo e então apresenta sua perspec0va nos
autos, através da contestação e reconvenção
19.1 Contestação
Onde o réu vai apresentar a sua defesa, buscando impugnar o pedido do autor e
especificando as provas que pretende produzir
19.2 Preliminares
Questões abordas pelas partes e apreciadas pelo juiz antes de entrar no exame do
mérito. (a defesa de cunho processual) O seu acolhimento pode resultar na dilação
processual ou até ex0nção do processo.
19.3 O que réu tem que alegar antes de discuVr o mérito
Inexistência ou nulidade da citação, incompetência absoluta ou rela0va,
incorreção do valor da causa, inépcia da pe0ção inicial, perempção, li0spendência, coisa
julgada, conexão, incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de
autorização, convenção de arbitragem, ausência de legi0midade ou de interesse
processual, falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar.
19.4 alegação de incopetência absoluta ou relaVva
Depois de ocorrer a alegação a contestação tem que ser protocolada no foro de
domicílio do réu, que vai ser comunicado ao juiz da causa, de preferência por meio
eletrônico.
19.4.1 Absoluta
Pode ser alegada por qualquer interessado, Mp ou declarada de oucio pelo juiz. Não é
necessário que seja alegada em preliminar de contestação, pode ser alegada em qualquer
tempo e grau de jurisdição, não é sanável pela preclusão.
19.4.2 RelaVva
Deve ser alegada pelo réu, sob pena de preclusão, deve ser alegada em preliminar
de contestação, o juiz não pode declarar de oucio o juiz deve remeter os autos ao juízo
competente.
19.5 Preliminar de IlegiVmidade da Parte e SubsVtuição do Réu
O Réu alegando, na contestação, ser parte ilegí0ma ou não ser o responsável pelo
prejuízo invocado, o juiz facultara o autor em 15 dias para alteração da P.I para
subs0tuição do réu. Feita a alteração do réu, o autor reembolsará as despesas e pagará
os honorários do procurador do réu excluído, fixado entre 3% e 5% do valor da causa.
Alegada a ilegi0midade, fica na responsabilidade do réu indicar o sujeito passivo
da relação jurídica sempre que 0ver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas
processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. Se o
autor aceitar a indicação vai ter um prazo de 15 dias para alterar a P.I.
19.6 Defesa de Mérito (ou Substancial)
Onde o réu apresenta sua defesa de mérito.
19.6.1 Defesa de Mérito Direta
Aquela que nega os fatos que o autor escreve a inicial, ou os efeitos jurídicos que
deles pretende re0rar. (nega totalmente os fatos)
19.6.2 Defesa de Mérito Indireta
O réu não nega os fatos inicial, mas apresenta outros que modifiquem, ex0ngam
os efeitos postulados pelo autor. (nega parcialmente) foi assim, mas não totalmente..
19.7 Impugnação Específica e Genérica
19.7.1 Impugnação Específica
O réu deve impugnar um a um os fatos ar0culados pelo autor, que deve ser
específica, o réu deve ar0cular fatos e fundamentos jurídicos que, se provados, impedirão
o êxito do pedido do autor.
19.7.2 Impugnação Genérica
O réu tem a possibilidade de realizar uma impugnação genérica quando o autor,
sendo li0sconsorte passivo e o pedido for formulado no cumprimento de sentença, ou
seja, quando a defesa se torna inviável. A impugnação genérica é uma exceção à regra da
impugnação específica.
19.8 Indicação de Provas e Documentos
O réu tem que alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões
de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que
pretende produzir. Feita na P.i e na contestação.
19.9 Defesas Apresentadas Após a contestação
depois da contestação, só é licito ao réu deduzir novas alegações quando rela0vas
a direito ou a fato superveniente. Quando compe0r ao juiz conhecer delas de oficio ou
por expressa autorização legal que puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau
de jurisdição.
20. Reconvenção
Ela é o contra-ataque do réu no processo, em que ele formulará pretensões. É
uma defesa indireta, pois, ao invés de apenas se defender, o réu ataca o autor, propondo
uma nova ação. Finalidade de economia processual.
Pretensões: pedidos e reivindicações.
20.1 Natureza Jurídica
Ela é autônoma, mas que é processada em conjunto com ação principal. Nova
ação peculiar, é verdade pois não se formula novo processo.
20.2 Prazos
De 15 dias após a contestação, mas não só nesse momento. É obrigatório que a
reconvenção seja oferecida na contestação. Se o réu contestar sem reconvir, não poderá
mais fazê-lo, terá ocorrido preclusão.
20.3 Independência entre Ação Principal e Reconvenção
Embora exista a conexão e julgamento simultâneo com a ação principal, a
reconvenção tem seu próprio procedimento e desfecho, podendo ser procedente mesmo
se a ação principal não for.
21. Revelia
Consequências da falta de apresentação de defesa pelo réu(revel), o réu não é
obrigado a apresentar, mas tem consequências se ele não a apresentar e já vai indicada
essa consequência no próprio mandado de citação. Ocorre a revelia quando o réu não
apresenta a resposta no prazo legal ou quando ele apresenta contestação sem impugnar
os fatos narrados na inicial. Entretanto, ela não vai acontecer quando o réu deixa de
apresentar a contestação, mas apresenta pedidos em reconvenção em que os
fundamentos sejam incompasveis com aqueles ven0lados na P.I.
21.1 Efeitos da Revelia
21.1.1 Presunção de Veracidade dos Fatos Narrados
Deixando de fazer a sua defesa, presume-se a veracidade dos fatos narrados. Sendo
assim, os fatos alegados pelo autor são 0dos como verdadeiros, mas essa presunção
admite prova em contrário.
Quando a revelia não vai ocorrer? (Art 345)
1. havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação
2. o lisgio versar sobre direitos indisponíveis
3. a pe0ção inicia não es0ver acompanhada de instrumento que a lei considere
indispensável à prova do aro
4. as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou es0verem em
contradição com prova constante dos autos.
21.1.2 Desnecessidade da sua InVmação para demais Atos do Processo
Vai ocorrer a ausência de in0mação, e o réu não será in0mado dos atos do
processo (mas os adv con0nua recebendo as no0ficações mesmo se perder prazo,
protocolando defesa extemporânea ou mesmo se deixou de presentara a defesa) e ele
poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se
encontrar.
Vai ser licita a produção de provas, contrapropostas às alegações do autor, desde
que se faça representar nos autos a tempo de pra0car os atos processuais indispensáveis
a essa produção.
21.1.3 Julgamento Antecipado da Lide
O juiz pode decidir antecipadamente o mérito quando a revelia for declarada.
22. Início da Fase Ordinatória
22.1 O que vai marcar o fim da fase postulatória é o término do prazo de contestação ou
da resposta à reconvenção. (art. 347)
22.1.1 falta de contestação e não ocorrência dos efeitos da revelia
Quando não ocorre os efeitos, todos os fatos narrados pelo autor serão considerados
controver0dos, o autor vai ter que produzir provas para comprovar eles.
22.1.2 a não apresentação torna o réu Revel (não apresentou a contestação no prazo
legal)
Obs: o fato de ser considerado revel não torna o réu um “exilado processual” e ele ainda
vai poder produzir provas para contrapor as pretensões do autor. (art 349)
22.2 Apresentação de Contestação e Réplica do Autor
22.2.1 quando o réu apresenta sua contestação, o juiz pode dar ao autor a oportunidade
de se manifestar sobre as questões levantadas pelo réu. (art 350 e 351)
22.2.1.2 Defesa processual e Fatos Novos: na contestação o réu apresenta defesa
processual ou alegar fatos que impeçam, modifiquem ou ex0ngam o direito do autor
então, o autor, tem que ser ouvido em até 15 dias uteis. Se o réu apenas negar os fatos a
réplica se torna desnecessária
22.3 Regularização do Processo: etapa do processo que o juiz verifica a existência de
irregularidade ou de vícios sanáveis, correção em até 30 dias uteis.
22.3.1 Hipóteses: (Absolutamente) incompetente à remete para o juízo competente
Quando observa que falta a procuração de advogado de uma das partes à concede prazo
para que a situação se regularize.
Falta de informação de iden0ficação de qualquer uma das partes à prazo para regularizar
22.4 Especificações de Provas: só ocorre quando o réu não contesta a ação e não
ocorrem os efeitos da revelia (art 348).
22.4.1 Prá0ca Comum: Na prá0ca, mesmo quando o réu apresenta a contestação, é
comum que o juiz peça às partes que especifiquem as provas que pretendem produzir.
Qual a necessidade? Em momentos anteriores do processo, as partes podem não ter
conhecimento preciso sobre quais serão os fatos controver0dos,
22.4.1.1 Vinculação ao Juiz: a especificação não vai vincular as partes ou o juiz. O juiz
tem a discricionariedade para determinar a produção de provas úteis para o
esclarecimento da controvérsia ou para indeferir provas consideradas inúteis ou
desnecessárias. (art 370)
22.5 Julgamento Conforme o Estado do Processo (art 354, 485 e 487)
Não vai ser restrito a fase ordinatória, o juiz poderá a qualquer momento, ex0nguir o
processo com base nessas jus0fica0vas.
22.6 Julgamento Antecipado do Mérito (art. 355)
Só existem possibilidades:
1. quando não houver necessidade de produção de provas
- vai ocorrer em questões exclusivamente de direito ou quando as consequências jurídicas
são claras e casos envolvendo fatos notórios ou presumidos.
2. quando o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art 344, e não houver
requerimento de prova conforme o art. 349.
- novas provas são consideradas desnecessárias devido ao efeito da revelia, que presume
como verdadeiros os fatos narrados na pe0ção inicial. Com os fatos sendo incontroversos,
é possível um julgamento de mérito.
(ambos os casos, se pressupõe que o réu já foi devidamente citado no processo)
22.6.1 Impugnação da decisão: por meio de apelação, argumento comum é
cerceamento de defesa (especialmente quando a parte acredita que não teve a
oportunidade adequada de produzir provas)
22.6.2 Julgamento antecipado parcial do Mérito – a cisão não era permi0da no CPC
de 73 (art 356)
Ocorre quando tem cumulação de pedidos, o réu pode impugnar apenas um dos pedidos,
e torna o outro pedido incontroverso. Essa decisão é a decisão interlocutória, pode ser
impugnada por agravo de instrumento. A sentença exis0rá apenas uma no processo,
sendo aquela decisão que pôr fim à fase de conhecimento.
22.7 Saneamento e Organização do Processo (art 357)
Tem como obje0vo organizar o processo
- ações do juiz
1. resolver questões processuais pendentes
2. delimitar questões de fato e especificar meios de prova
3. definir o ônus da prova
4. delimitar questões de direito relevantes
5. designar audiência de instrução e julgamento, se necessário
Qual o direito das partes nessa etapa? Pedir esclarecimento ou ajustes após o
saneamento, dentro de 5 dias.
Complexidade do caso: o juiz pode convocar uma audiência para saneamento em
cooperação com as partes.
Prova testemunhal e Pericial: estabelecimento de prazos e procedimento para
apresentação de testemunhas e realização de perícias.
Limitação de Testemunhas: máximo de 10 testemunhas, com possibilidade de limitação
pelo juiz. Sendo 3, no máximo, para a prova de cada fato.
Intervalo entre Audiências: deve haver um intervalo mínimo de 1 hora entre as
audiências.

23. Audiência de Instrução e Julgamento (art 358 – 368)


Vai se jus0ficar pea necessidade de produção de prova oral, seja de oi0va das partes, dos
peritos, testemunhas.. não tendo a necessidade ela pode ser dispensada.
(audiência instrutória é um ato processual complexo)
23.1 Procedimento da Audiência
23.1.1 Tenta0va de Conciliação: durante a audiência, o juiz vai tentar conciliar as partes,
independentemente de métodos prévios de solução de conflitos, como mediação ou
arbitragem. (ELE TEM QUE TENTAR)
23.2 Prova oral: produzidas durante a audiências
Ordem:
1. peritos e os assistentes técnicos
2. autor, réu – depoimentos pessoais
3. testemunhas – autor e réu
Obs: enquanto despuserem o perito, assistentes, técnicos, as partes e as testemunhas,
não poderão os advogados e o Mp intervir ou apartear, sem licença do juiz.
23.2.1 peritos
1. Ordem das Provas Orais: Preferencialmente, as provas orais começam com o perito e
os assistentes técnicos respondendo a quesitos de esclarecimentos.
2. Protocolo do Laudo: O perito deve protocolar o laudo em juízo pelo menos 20 dias
antes da audiência de instrução e julgamento.
3. Manifestação sobre o Laudo: As partes têm 15 dias para se manifestar sobre o laudo
do perito, e os assistentes técnicos de cada parte podem apresentar seus pareceres no
mesmo prazo.
4. Esclarecimentos do Perito: O perito deve esclarecer pontos divergentes ou dúvidas
das partes, do juiz ou do Ministério Público, e responder a divergências apresentadas
pelos assistentes técnicos.
5. In0mação para Audiência: Se forem necessários mais esclarecimentos, o perito ou
assistente técnico pode ser in0mado para comparecer à audiência, sendo no0ficado
eletronicamente com pelo menos 10 dias de antecedência.
23.2.2 Depoimento Pessoal: obje0vo é obter informações que possam contrariar o
interesse da parte que depõe, buscando uma possível confissão (art 385)
Dispensa para depor art 388
23.2.3 Testemunhas
As partes podem desis0r da oi0va de uma ou mais das testemunhas, não precisa de
concordância da outra parte. O juiz deve, sempre que possível, ouvir todas as
testemunhas em uma mesma ocasião, para evitar cisão da prova testemunhal.
23.2.4 Apresentação oral dos memoriais
1. Tempo de Fala: Após a instrução, o advogado do autor e do réu, e o membro do
Ministério Público (se aplicável), têm direito a 20 minutos cada para apresentar suas
alegações finais oralmente. O juiz pode prorrogar esse tempo por mais 10 minutos (Art.
364).
2. Li0sconsortes ou Terceiros Intervenientes: Se houver li0sconsortes ou terceiros
intervenientes, o tempo total (incluindo a prorrogação) será dividido entre os membros
do mesmo grupo, a menos que eles decidam de forma diferente. A prorrogação do tempo
é única para todos os li0sconsortes (§ 1º do Art. 364).
3. Subs0tuição por Memoriais Escritos: Em casos de questões complexas de fato ou de
direito, o debate oral pode ser subs0tuído por memoriais escritos. Nesse caso, autor, réu
e Ministério Público (se aplicável) terão 15 dias, em prazos sucessivos, para apresentar
suas alegações finais por escrito, com direito a vista dos autos (§ 2º do Art. 364).
4. Ações de Família: As normas deste capítulo também se aplicam aos processos
contenciosos de família, como divórcio, separação, reconhecimento e ex0nção de união
estável, guarda, visitação e filiação. A ação de alimentos e questões envolvendo interesses
de crianças ou adolescentes seguem procedimentos específicos, aplicando-se, no que
couber, as disposições deste capítulo (Art. 693).

23.2.4 Sentença em audiência


Sentença proferida em audiência as partes já saem in0madas, disparando o prazo para o
recurso cabível. (não sendo na audiência o juiz tem 30 dias)
Audiência pode ser adiada art (362) / se a parte faltar a audiência de instrução e
julgamento art 385

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