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Memorex TRT BRASIL – TJAA – Rodada 05

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Memorex TRT BRASIL – TJAA – Rodada 05

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
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Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


INFORMÁTICA .................................................................................................................... 13
MATEMÁTICA E RLM ........................................................................................................ 16
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 18
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 35
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................... 51
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ................................................................ 69

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
ORTOGRAFIA OFICIAL - ONDE X AONDE

Onde: faz referência a um lugar concreto. Dá a ideia de lugar fixo.

Ex.: Onde Jonas mora?


Quero ficar onde está minha vó.

Aonde: é utilizado quando o verbo expressa movimento. É usado com verbos que
pedem a preposição “a”.

Ex.: Aonde estamos indo?


Ela foi aonde ontem de madrugada?
DICA 02
ACERCA DE X CERCA DE

Acerca de: possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”.

Ex.: Eu e meu marido estávamos comentando acerca da festa de casamento.

→ “sobre” a festa de casamento.


A cerca de: possui o mesmo sentido de “aproximadamente”.

Ex.: Gravataí fica a cerca de trinta minutos de Porto Alegre.

→ “aproximadamente” trinta minutos de Porto Alegre.


DICA 03
DEMAIS X DE MAIS

“De mais” é uma locução adjetiva e exprime quantidade. É o contrário de “de


menos”.

Ex.: Há pimenta de mais na massa que você serviu.


Tenho tema de mais para fazer.
Havia gente de mais na loja.

“Demais” poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso) ou


poderá ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”).

Ex.: Rimos demais durante a festa. – advérbio


É cedo demais para levantar – advérbio
Aqueles que fizeram a lição podem ficar na sala, os demais podem sair.

→ “os outros” podem sair. – pronome indefinido


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DICA 04
MAIS X MAS

“Mas” é uma conjunção que exprime adversidade. Você poderá trocá-la por: porém,
contudo, entretanto.

Ex.: Eu olhei vários vestidos, mas não quis comprar nenhum.

→ “porém não quis comprar nenhum”.


Ela tem tantos pijamas, mas não para de comprar outros.

→ “entretanto não para de comprar outros”.


Geralmente, o “mais” será um advérbio de intensidade (antônimo de “menos”).
Ex.: Lola tem mais amigos do que inimigos.
DICA 05
A FIM X AFIM

“A fim de” é uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “com a


finalidade de”.

Ex.: Terminei o tema cedo a fim de ir ao teatro.

→ “com a finalidade de” ir ao teatro.


TOME NOTA: Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém.

Ex.: Estou a fim de um menino ruivo na escola.

“Afim” poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes. Ainda,
poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes.

Ex.: Eu e meu marido temos metas afins. = metas semelhantes


Os afins não comparecerão à reunião.
DICA 06
ABSOLVER X ABSORVER

ABSOLVER X ABSORVER

A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.


Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.
Ainda, pode significar “concentrar-se”. Exemplo: Mônica absorve-se no trabalho.

A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.


Ex.: O júri absolveu o réu.

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DICA 07
EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE significa “elevado”; “notável”.

Ex.: É eminente o fato de que a saúde no Brasil está um caos.

→ É notável o fato de que...


IMINENTE significa que alguma coisa está próxima de acontecer.

Ex.: O risco de eu ficar gripado é iminente!

DICA 08
ASCENDER X ACENDER

ASCENDER X ACENDER

ACENDER significa “atear fogo”; “iluminar”.

→ É verbo transitivo direto (VTD).


Ex.: Ela acendeu a luz da sala.

ASCENDER significa “subir”. É VERBO TRANSITIVO INDIRETO (VTI), ou


seja, aparece com preposição.

Ex.: Júlia ascendeu ao cargo de Diretora.

DICA 09
CENSO X SENSO

CENSO X SENSO

CENSO tem o sentido de “recenseamento”. Sempre que aparecer a palavra


“censo” lembre do IBGE, que divulga os dados da população.

SENSO pode significar “ter juízo”.

Ex.: Tenha bom senso, Juliana!

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DICA 10
MANDATO E MANDADO

MANDATO X MANDADO

Mandato essa palavra significa “procuração”; “delegação”.


Geralmente, é usada na política.
Ex.: O Presidente tem um mandato de quatro anos.

Mandado Como substantivo poderá ter o sentido de “ordem judicial”.


Já, como adjetivo poderá ter o sentido de “receber ordem”, “ser mandado”.
Ex.: Ele é mandado pela esposa. – “recebe ordens”
Recebi um mandado de prisão – “ordem judicial”

DICA 11
RATIFICAR E RETIFICAR

RATIFICAR X RETIFICAR

Ratificar significa “confirmar”; “reafirmar”.


Ex.: Ratifico o que falei sobre meu marido.

Retificar significa “corrigir” algo que está errado ; “emendar”.


Ex.: Ela retificou a frase em sua redação.

Ainda, pode significar “endireitar”; “consertar”.


Ex.: O mecânico retificou o motor do automóvel.

DICA 12
CONCERTO E CONSERTO

CONCERTO X CONSERTO

Concerto possui um sentido de “composição musical”.


Ex.: Vou a um concerto no centro da cidade.

Conserto possui um sentido de “reforma”; “reparo”.


Ex.: Vou consertar meu erro – “corrigir”
Consertam-se sapatos – “reformar”

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DICA 13
CESSÃO, SESSÃO E SEÇÃO

CESSÃO X SESSÃO X SEÇÃO

Cessão possui o significado de “ceder”; “ato de repartir”.


Ex.: Foi determinada a cessão da herança.

CESSÃO X SESSÃO X SEÇÃO

Sessão possui o significado de “reunião”; “encontro”.


Ex.: Minha sessão com o psiquiatra foi péssima.

Seção possui o significado de “departamento”.


Ex.: A seção de roupas masculinas é logo ali.

DICA 14
ACENTUAÇÃO
Os acentos gráficos estabelecem, de acordo com as regras existentes, a intensidade
das sílabas nas palavras. Na língua portuguesa, os acentos gráficos são:

Acento Agudo (´ ): aparece sobre as letras a, i, u e sobre o


e (no caso de –em). Sua função é indicar a as vogais tônicas.

Ex.: Saúde; Paraná.

Pode indicar um timbre aberto.

Ex.: chulé; herói.

Acento Grave (`) – Mais conhecido como crase.

Ex.: à; àquela.

Acento Circunflexo (^) – Aparece nas vogais “a”, “e” e “o”,


indica a vogal tônica e o timbre fechado na pronúncia.

Ex.: Vovô; mês.

A acentuação gráfica relaciona-se com a posição da sílaba tônica nas palavras. Existem
regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

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DICA 15
REGRAS GERAIS
A fim de compreender adequadamente as regras, veja estes conceitos iniciais em relação
à sílaba tônica das palavras:
Palavras oxítonas: as últimas sílabas são tônicas.

Ex.: abacaxi / a-ba-ca-xi


urubu / u-ru-bu
Palavras paroxítonas: as penúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: levedo / le-ve-do


areia / a-rei-a
Palavras proparoxítonas: as antepenúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: pálido / pá-li-do


proparoxítona / pro-pa-ro-xí-to-na
DICA 16
PAROXÍTONAS

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em um e un(s):

Ex.: álbum e fórum.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em r:

Ex.: açúcar e caráter.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em x:

Ex.: tórax e látex.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em n:

Ex.: abdômen e hífen.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l:

Ex.: amável e fácil.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ão(s):

Ex.: órgãos e órfão.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ps:

Ex.: bíceps.

Acentuam-se as paroxítonas que terminam em ditongos:

Ex.: memória e Ásia.


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CUIDADO: Por exemplo: PÓLEN leva acento, mas o plural “polens” não possui
acento!

ATENÇÃO!

Os ditongos abertos (“ei”, “oi”) das paroxítonas não devem ser acentuados.
Ex.: ideia, joia, paranoia e assembleia.

TOME NOTA: A palavra “herói”, por exemplo, continua sendo acentuada. Embora
possua ditongo aberto “ói”, ela é oxítona, não é paroxítona.
DICA 17
OXÍTONAS E PROPAROXÍTONAS

Acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s):

Ex.: Pará e maracujás.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em e(s):

Ex.: café e até.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em o(s):

Ex.: vovô e avós.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em em e en(s):

Ex.: armazém e parabéns.

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas!

Ex.: médico, lâmpada e público.

QUESTÃO
A alternativa em que a acentuação de todas as palavras se justifica pela mesma regra
é:
A) ausência, indivíduo, país.
B) vivência, más, família.
C) potável, contrário, água.
D) análoga, prática, público.
GABARITO: Alternativa D. CERTA, são proparoxítonas e TODAS as proparoxítonas
são acentuadas.

DICA 18
ENCONTROS VOCÁLICOS
Ocorre quando existe um encontro de vogais em uma palavra. São classificados em:
hiato, ditongo e tritongo.

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Hiato: caracteriza-se por ser o encontro de 2 vogais, mas elas estão separadas, cada
uma em uma sílaba. Exemplo: Saúde (Sa-ú-de).
Ditongo: caracteriza-se pelo encontro de 2 vogais que estão na mesma sílaba, mas
uma delas é uma semivogal. Exemplo: Glória (Gló-ria)

Tritongo: caracteriza-se pelo encontro, na mesma sílaba, de uma semivogal +


vogal + semivogal. Exemplo: Paraguai (Pa-ra-guai)

hiato = vogal + vogal

ditongo = vogal + semivogal / semivogal + vogal

tritongo = semivogal + vogal + semivogal

DICA 19
OXÍTONAS
As palavras são oxítonas porque têm a sua última sílaba tônica. Há as seguintes
regras:

Palavras oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s)

A(S): Paraná, aliás, vatapá.

E(S): café, boné, jacarés.

O(S): jiló, após, avó.

Palavras oxítonas terminadas em em, ens

EM: também, alguém, refém.

ENS: parabéns, reféns.

Palavras oxítonas terminadas em ditongos abertos éi, éu, ói com ou sem s

ÉI: anéis, hotéis, pastéis.

ÉU: chapéu, troféu, troféus.

ÓI: dodói, herói, lençóis.

TOME NOTA: Palavras como “coração” e “sabão” são oxítonas não acentuadas,
pois o til (~) não é um acento.

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QUESTÃO
As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
A) homicídio/média;
B) país/juízes;
C) histórico/pública;
D) secretários/relatório;
E) está/é.
GABARITO: Alternativa E. CERTO, pois “está” é oxítona terminada em “a” e “é” é
monossílabo terminado em “e”.

DICA 20
PAROXÍTONAS
As palavras são paroxítonas porque têm a sua penúltima sílaba tônica. Há as
seguintes regras:

REGRAS PAROXÍTONAS

Palavras terminadas em R Açúcar, caráter, néctar.

Palavras terminadas em X Córtex, látex, tórax, fênix.

REGRAS PAROXÍTONAS

Palavras terminadas em N Abdômen, pólen, próton.

Palavras terminadas em L Ágil, fácil, amável.

Palavras terminadas em OS Bíceps, tríceps.

Palavras terminadas em ã(s), ão(s) Órfã, órfãos, bênção.

Palavras terminadas em I, IS Táxi, grátis, tênis.

Palavras terminadas em EI, EIS Hóquei, jóquei.

Palavras terminadas em US Vírus, bônus.

Palavras terminadas em om, ons um, uns Prótons, álbum, álbuns.

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INFORMÁTICA
DICA 21
SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET - BUSCAS AVANÇADAS
Ao realizar buscas é possível colocar elementos que nos auxiliem a encontrar mais
rapidamente o que queremos.
Alguns destes elementos são:
Colocar o termo entre aspas: “CONCURSO TJSP” o buscador irá entender para buscar
exatamente essa sequência de palavras nos links que encontrar;
Utilizar o asterisco (*) como palavra incompleta, isto é, Bolo de * trará resultados
como Bolo de Chocolate, Bolo de Milho etc;
Quando queremos que uma palavra não apareça na lista de resultados utilizamos o
traço (-). Ex.: exemplos de -sucesso irá buscar links que tenham exemplos de porém
sem nenhuma associação a sucesso.
Destaca-se que esses elementos podem ser combinados.
DICA 22
BUSCAS AVANÇADAS
Durante uma pesquisa na Internet, é possível também realizar buscas baseadas no site,
utilizando-se para tanto, o elemento site, fazendo com que o buscador realize buscas nos
links relacionados ao site especificado.
Também podemos utilizar o elemento filetype, o qual busca arquivos de um tipo
especificado que pode ser PDF, DOCX, PPTX.
DICA 23
BUSCAS AVANÇADAS

Há alguns outros elementos que valem a nossa atenção, segue abaixo:

intitle: Buscar por palavras no título;

allintitle: Garantir que todas as palvras da busca estejam no título;

allinurl: buscar por palavras na URL;

allintext: irá restringir a exibição apenas para páginas onde os textos tenham todos os
termos escolhidos;

allinanchor: Para buscar determinada palavra nos links das páginas;

location: Pesquisar por páginas em uma localidade específica;

@: direciona para redes sociais.

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DICA 24
BUSCAS AVANÇADAS
O buscar também pode realizar operações aritméticas ou conversões de moeda. Ao
inserir uma operação aritmética o navegador irá retornar o resultado da operação. Ao
inserir que deseja uma conversão de dólar para real, também será apresentado na tela.
DICA 25
TERMOS DA INTERNET

Download: é o ato de baixar algo da internet, seja um arquivo do tipo texto, foto,
imagem, vídeo, áudio. Ao realizar o download o arquivo ficará disponível no seu celular ou
no computador.

Upload: é o ato de enviar para internet, quando enviamos um áudio, um vídeo, um


arquivo de texto, excel, etc. Estamos disponibilizando este arquivo na internet. Precisamos
carregá-lo em algum site ou aplicativo, pode ser e-mail, nuvem etc.

Upgrade: refere-se a atualização, quando um sistema será atualizado para uma versão
mais nova, mais segura.

Reload: refere-se a atualização da página ou do sistema, isto é, recarregar a página


para que as modificações que tiverem ocorrido sejam apresentadas.
DICA 26
NAVEGAÇÃO ANÔNIMA
É uma forma de navegar sem deixar muitos rastros no computador utilizado.
O ponto central desse tipo anônimo é que, durante a navegação, os arquivos temporários,
cookies e histórico não serão mantidos.

ATENÇÃO!!

Veja-se que apenas os arquivos temporários, cookies e histórico não são


mantidos, ao passo que os downloads e favoritos são mantidos no navegador, ainda
que nesse tipo de navegação. Isso, inclusive, pode ser objeto de questionamento na
sua prova, portanto, não caia em pegadinhas!

DICA 27
PROTEÇÃO NA INTERNET
A internet é imensa, e desta forma, devemos ter cuidado com o que acessamos, pois
podemos estar diante de um site malicioso que tentará roubar seus dados, persuadir para
que baixe um arquivo malicioso que pode roubar seus dados ou danificar seu dispositivo.
Assim, quando recebemos um e-mail precisamos nos atentar para saber se conhecemos o
remetente e tentar identificar se foi realmente ele que enviou a mensagem. Ao acessar
um site, precisamos tentar identificar se o site é realmente original ou um site malicioso,
detalhes importantes são observar o nome do domínio do site.
Para se precaver, é importante ter um antivírus instalado no computador que possa
verificar os arquivos baixados. Arquivos como PDF, PNG, JPG, .EXE, .DOCX, .XLSX

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devem ser verificados caso tenham sido baixados através de e-mail ou sites de
procedência duvidosa.
DICA 28
POP UP
Uma Pop Up é uma janela que se abre ao clicar em determinado link em um site. Os
navegadores, por padrão, bloqueiam janelas Pop Up, sendo necessária uma ação do
usuário para que a janela pop up seja aberta.

Janela que abre ao clicar em


Pop Up determinado link em um site

DICA 29
RESULTADOS DE BUSCAS
Ao realizar uma busca, seja no Google, Bing, ou outro buscador, o resultado irá aparecer
com as páginas referentes ao tema ordenados de acordo com a relação que tem com o
tema buscado. Para identificar os elementos que foram buscados, estes irão aparecer em
negrito no resultado da busca. Ao realizar uma busca sem utilizar nenhuma
especificação será realizada uma busca padrão que será feita palavra por palavra, desta
forma, não necessariamente as palavras irão aparecer em sequência, serão buscados links
que tenham relação com essas palavras.
DICA 30
COOKIES
Os cookies são pequenos arquivos que ficam localizados no computador do usuário e
são colocados lá pelos sites que o usuário acessa. São utilizados para identificar o
usuário, suas preferências e auxiliam o dono do site a oferecer serviços baseados no
perfil do usuário. Devido a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) os sites agora devem
solicitar ao usuário que aceite os cookies, esta é uma forma de garantir a privacidade ao
usuário.

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MATEMÁTICA E RLM

DICA 31
ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS - PRINCÍPIOS BÁSICOS
Qualquer Proposição ou é Verdadeira ou Falsa, não pode ser verdadeira e falsa
simultaneamente;
Uma proposição se for verdadeira será sempre verdadeira, e se for falsa será sempre
falsa;
Proposições simples:
Ex.: Pelé é o rei do futebol;
Proposições compostas:

Ex.: Pelé é o rei do futebol e Pelé foi campeão da copa do Mundo em 1970;( temos 2
sentenças)
DICA 32
CONECTIVOS, SIMBOLOGIAS E OPERAÇÕES LÓGICAS

Conectivo Não, tem símbolo ~, e é uma Negação.

Conectivo E, tem símbolo ^, e é uma Conjunção.

Conectivo Ou, tem símbolo V, e é uma Disjunção Inclusiva.

Conectivo Ou...Ou, tem símbolo V, e é uma Disjunção Exclusiva.

Conectivo Se...então, tem símbolo →, e é uma Condicional.

Conectivo Se e somente se, tem símbolo ↔, e é uma Bicondicional.

DICA 33
TABELA VERDADE
Tabela verdade é uma tabela matemática usada no campo do raciocínio lógico, para
verificar se uma proposição composta é válida.
Para sabermos quantas linhas terá nossa tabela verdade é só pegar o número 2 e elevá-lo
ao número de proposições simples. (2𝑛 )

Ex.: 1) Duas proposições simples: 2² = 4


2) Três proposições simples: 2³ = 8

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DICA 34
TABELA VERDADE COM 2 PROPOSIÇÕES

p q

V V

V F

F V

F F

→ Como são 2 proposições compostas, têm 4 linhas.


→ Sendo p a 1º Proposição e q a 2º proposição.
→ Na Rodada 03, a partir da Dica 02 vamos aprofundar nesse assunto.
DICA 35
TABELA VERDADE COM CONJUNÇÃO (E, ^)

p q P^q

V V V

V F F

F V F

F F F

Para memorizar, vamos supor que p=Andrea anda de moto e q=Andrea anda de
Bicicleta;

→ Na 1º linha (p e q são verdadeiras), como é conjunção Ela (Andrea) vai ficar feliz se
ela andar de moto e de bicicleta, e se ela fica feliz o resultado será verdadeiro(V).

→ Na 2º linha (p é verdadeira e q é falsa), como é conjunção, p=Ela anda de moto, e


~q=Ela não anda de bicicleta. Ela ficou infeliz então é falso(F).

→ Na 3º linha (p é falsa e q é verdadeira), como é conjunção, ~p=Ela não anda de moto,


e q=Ela anda de bicicleta. Ela ficou infeliz então é falso(F).

→ Na 4º linha (p é falsa e q é falsa), como é conjunção, ~p=Ela não anda de moto, e


~q=Ela não anda de bicicleta. Ela ficou infeliz então é falso(F).

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 36
PROCESSO LEGISLATIVO - FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - DO PROCESSO
LEGISLATIVO

CONCEITO (Ministro Alexandre de Moraes): “conjunto ordenado de disposições


que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção
de leis e atos normativos que derivam diretamente da própria constituição”.

O processo legislativo compreende a elaboração de:

emendas à Constituição;

leis complementares;

leis ordinárias;

leis delegadas;

medidas provisórias;

decretos legislativos;

resoluções.

ATENÇÃO!!

As MEDIDAS PROVISÓRIAS, teoricamente, NÃO deveriam estar elencadas no art. 59


da CF/88, pois, tratam-se de atos do Poder Executivo, uma vez que são criadas pelo
Presidente da República e não pelo processo legislativo.

Lei complementar disporá sobre a:

elaboração;

redação;

alteração; e

consolidação das leis.


DICA 37
DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO

A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados OU do


Senado Federal;

do Presidente da República;

de mais de ½ (metade) das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,


manifestando-se, cada uma delas, pela MAIORIA RELATIVA de seus membros.
A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de
estado de defesa ou de estado de sítio.
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A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
respectivos membros.
A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

NÃO SERÁ OBJETO DE DELIBERAÇÃO a proposta de emenda tendente a abolir:

a forma federativa de Estado;

o voto direto, secreto, universal e periódico (DSUP);

a separação dos Poderes;

os direitos e garantias individuais.

ATENÇÃO!!

A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada


NÃO PODE ser objeto de nova proposta NA MESMA SESSÃO LEGISLATIVA.

DICA 38
ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO
Os atos que compõem o processo legislativo são: iniciativa, emendas, deliberação e
votação, sanção ou veto, promulgação e publicação.

O processo legislativo ordinário ocorre em 03 (três) fases:

Introdutória: iniciativa de apresentação da proposta, podendo ser de diversas


espécies.

Constitutiva: apresentação de emendas, discussão do projeto, votação e sanção/veto.


Quando ocorre a deliberação parlamentar e executiva; e

Complementar: promulgação e publicação da lei.


DICA 39
INICIATIVA LEGISLATIVA – CONCEITO

CONCEITO: “é a faculdade que se atribui a alguém ou a algum órgão para apresentar


projetos de lei ao Legislativo” (Silva).

A INICIATIVA DAS LEIS COMPLEMENTARES E ORDINÁRIAS CABE:


A qualquer membro ou Comissão:

→ da Câmara dos Deputados;


→ do Senado Federal ou;
→ do Congresso Nacional.
→ ao Presidente da República;

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→ ao Supremo Tribunal Federal;
→ aos Tribunais Superiores;
→ ao Procurador-Geral da República; e
→ aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

São de iniciativa privativa do PRESIDENTE DA REPÚBLICA as leis que:

fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

Disponham sobre:

criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e


autárquica ou aumento de sua remuneração;

organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços


públicos e pessoal da administração dos Territórios;

servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,


estabilidade e aposentadoria;

organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como


normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;

criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o


disposto no art. 84, VI, da CF/88;

militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos,


promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.

DICA 40
INICIATIVA LEGISLATIVA – ESPÉCIES

Iniciativa privativa/reservada ou exclusiva: só aquela pessoa ou órgão pode


propor o PL.

Iniciativa restrita: o titular só pode propor lei para uma matéria específica.

Ex.: Estatuto da Magistratura é de iniciativa restrita do Judiciário – art. 93, CF/88.

Iniciativa concorrente: mais de um legitimado pode.

Ex.: organização do MPU – PR e PGR.

Iniciativa conjunta: dois ou mais legitimados são necessários, em conjunto, para


iniciar a lei. Não existe mais no Brasil.

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Iniciativa obrigatória/vinculada: o legitimado é obrigado a iniciar o processo


legislativo

Ex.: leis orçamentárias.

Iniciativa da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do


Congresso: afasta o princípio da irrepetibilidade, quando um PL é recusado na fase de
discussão/votação. Só vale para PL.

Iniciativa geral plena: o legitimado pode propor projeto de lei sobre qualquer
assunto. Não existe no Brasil.

Iniciativa geral: o legitimado pode propor projeto de lei sobre qualquer tema que não
seja privativo/reservado ou exclusivo. No Brasil, é conferida aos Deputados, Senadores,
Comissões, Presidente da República e cidadãos (iniciativa popular).

DICA 41
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e


das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de
cada Poder.

Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária.

O CONTROLE EXTERNO, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o


AUXÍLIO do TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, ao qual compete:

apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,


mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu
recebimento;

julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens


e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário
público;

apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a


qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;

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realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de


Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no item 2
acima;

fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital


social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo;

fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante


convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município;

prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas


Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas;

aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de


contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações,
multa proporcional ao dano causado ao erário;

assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à


Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

DICA 42
PODER JUDICIÁRIO - ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO

Segundo o artigo 92, são órgãos do Poder Judiciário:

Supremo Tribunal Federal;

Conselho Nacional de Justiça;

Superior Tribunal de Justiça;

Tribunal Superior do Trabalho

Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

Tribunais e Juízes do Trabalho;

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Tribunais e Juízes Eleitorais;

Tribunais e Juízes Militares;

Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

O STF é a cúpula do Poder Judiciário, atuando como guardião da Constituição. Atua


como última instância de resolução de conflitos no caso concreto.
DICA 43
JUSTIÇA COMUM E ESPECIAL

A jurisdição no Brasil, divide-se em:

Justiça Comum: Justiça Estadual composta por Tribunais de Justiça e Juízes


de Direito. E Justiça Federal composta por Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais.

Justiça Especial: composta pela Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar.

Dentre os Tribunais Superiores, ou seja, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior


do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral e Superior Tribunal Militar, o único que não
integra nem a Justiça Comum, nem a Justiça Especial é o Superior Tribunal de
Justiça.

ATENÇÃO!

O STF NÃO faz parte dos Tribunais Superiores.

Em que pese haver essas distinções, a doutrina majoritária entende que a


JURISDIÇÃO É UMA (ÚNICA), havendo essa distinção para fins de organização de
trabalho.
DICA 44
LEI COMPLEMENTAR DO JUDICIÁRIO

A CF dispõe de algumas regras para o exercício da magistratura:

O ingresso na carreira, ocorrerá no cargo de juiz substituto, o qual se dará por


aprovação em concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas
as fases. Exige-se do candidato o período de 3 (três) anos de prática jurídica.

O cargo de desembargador de justiça ocorrerá por antiguidade e merecimento dos


juízes de primeiro grau. Exceto nos casos do QUINTO CONSTITUCIONAL.

O subsídio, remuneração dos juízes, é escalonada e segue regras constitucionais.

O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, STM)
corresponderá a 95% do subsídio dos Ministros do STF.

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O subsídio dos demais magistrados (juízes e desembargadores) serão escalonados, não


podendo a diferença entre uma e outra ser superior a 10% ou inferior a 5%, e não
exceder 95% do subsídio dos Tribunais Superiores (art. 93, inciso V, da CF)

No art. 37, inciso XI, da CF, dispõe que o subsídio dos desembargadores será
limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF.

O juiz deverá residir na Comarca em que atua, salvo autorização do Tribunal.

O ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público,


ocorrerá apenas com decisão por voto da maioria absoluta do Tribunal ou do CNJ,
assegurada ampla defesa.

As decisões administrativas serão sempre motivadas e em sessão pública, sendo as


disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

São vedadas as férias coletivas nos juízos de primeiro e segundo graus, funcionando
o plantão judiciário, nos dias em que não houver expediente no fórum.

Por fim, o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda
judicial e à respectiva população.

DICA 45
ÓRGÃO ESPECIAL

É um órgão do Tribunal constituído para o exercício de matérias administrativas e


jurisdicionais delegadas pelo Tribunal Pleno.

O TRIBUNAL PLENO é constituído por todos os desembargadores do Tribunal. A CF


não disciplinou o número de desembargadores por cada Tribunal de Justiça estadual.
Alguns Tribunais de Justiça Estadual contam com um número elevado de
desembargadores. O TJSP possui 360 desembargadores, já o TJCE possui 43
desembargadores. Portanto, há um número variável.

A criação do ÓRGÃO ESPECIAL ocorre para facilitar a decisão de algumas questões


afetas ao Tribunal, tendo em vista que o Órgão Especial é constituído por no mínimo 11 e
no máximo 25 julgadores.

A metade dos cargos do Órgão Especial é provido por antiguidade e a outra metade
por eleição do Tribunal Pleno.
DICA 46
CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO
A CF dispõe no art. 97 - “Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.”.

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A Cláusula de Reserva de Plenário é a regra sobre a declaração de inconstitucionalidade
nos tribunais, que somente poderá ser reconhecida a inconstitucionalidade por decisão
da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do órgão especial.
O STF editou a Súmula Vinculante n. 10, a qual aduz que viola a cláusula de reserva de
plenário quando órgão fracionário afasta a incidência da norma no todo ou em parte,
embora não declare expressamente a inconstitucionalidade. Confira-se:

SÚMULA VINCULANTE Nº 10, STF

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.”

NÃO se aplica a Cláusula de Reserva de Plenário:

se o órgão fracionário declarar a constitucionalidade da norma;

se a lei ou ato normativo for anterior ao texto da Constituição Federal;

se o órgão fracionário faz apenas uma interpretação conforme;

para juízos singulares;

para Turmas Recursais (Colégios Recursais);

para o STF no caso de controle difuso;

quando o Plenário (ou órgão especial) do Tribunal que estiver decidindo já tiver se
manifestado pela inconstitucionalidade da norma;

quando o Plenário do STF já tiver decidido que a norma em análise é inconstitucional.


DICA 47
SÚMULA VINCULANTE E REPERCUSSÃO GERAL
A Súmula Vinculante corresponde a materialização de determinado entendimento do STF,
a partir de reiteradas decisões sobre matéria constitucional. O termo “vinculante”
significa que a partir de sua publicação na imprensa oficial, a súmula terá efeito
vinculante em relação aos demais órgãos do poder judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

ATENÇÃO!!

A súmula não tem efeitos vinculantes em relação ao LEGISLATIVO e ao próprio


STF.

A edição da súmula vinculante ocorrerá de OFÍCIO pelo STF ou mediante


PROVOCAÇÃO:

Presidente da República;
Mesa do Senado Federal;

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Mesa da Câmara dos Deputados;
Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Governador de Estado ou do Distrito Federal;
Procurador-Geral da República;
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
Partido político com representação no Congresso Nacional;
Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

A súmula vinculante é aprovada mediante decisão de 2/3 dos membros do STF.

A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas


determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre
esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante
multiplicação de processos sobre questão idêntica.
A revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem
propor a ação direta de inconstitucionalidade (tabela acima), bem como pelo próprio STF.
Quando um ato administrativo ou decisão judicial contrariar o entendimento veiculado a
súmula, ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao supremo tribunal federal,
com o objetivo de preservar o entendimento já veiculado. o STF julgando procedente a
reclamação, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e
determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o
caso.

Repercussão geral: esse é um instrumento processual que possibilita o acesso das


causas ao STF. É um requisito do recurso extraordinário que corresponde a relevância da
causa do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico.
O recorrente deverá “abrir um tópico” no recurso específico para a alegação de
repercussão geral, expondo a relevância da matéria.
No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso. A alegação de repercussão geral somente
poderá ser recusada pela manifestação de 2/3 dos membros do STF.
DICA 48
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)

O CNJ foi criado pela Emenda Constitucional nº. 45/2004. Trata-se de órgão com
competência administrativa e não jurisdicional.

Controla a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do


cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

Presidência do CNJ: O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo


Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do
Supremo Tribunal Federal.

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IMPORTANTE!
Lembrando que a exigência constitucional sobre a necessidade de “notável saber jurídico”
não obriga qualquer formação acadêmica em ciências jurídicas. Portanto, não é necessário
que o cidadão seja sequer bacharel em direito para poder ser indicado.

ATENÇÃO!!

Apenas advogados e “cidadãos” contam com 02 (dois) membros, o restante dos órgãos
conta com apenas um membro, o que facilita a memorização.

DICA 49
DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de:

15 (quinze) membros;

com mandato de 2 (dois) anos;

admitida 1 (uma) recondução,

15 membros
Conselho
Mandato de 2 anos
Nacional
de Justiça Admitida 1 recondução

DICA 50
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

Um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;

Um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;

Um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

Um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

Um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

Um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

Um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do


Trabalho;

Um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

Um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da


República;

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Um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da


República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição
estadual;

DOIS advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

DOIS cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela


Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

DICA 51
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

Julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos


Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão recorrida:

contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
DICA 52
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA

Os juízes gozam das seguintes garantias:

vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

Art. 93, VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse


público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou
do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;

irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
DICA 53
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA

Aos juízes é vedado:

exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de


magistério;

receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

dedicar-se à atividade político-partidária;

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receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três


anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
DICA 54
DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
Juizados Especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos,
competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor
complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos
oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o
julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau
Justiça de Paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto,
universal e secreto, com mandato de 04 (quatro) anos e competência para, na forma da
lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o
processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além
de outras previstas na legislação.
DICA 55
DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
Lei Federal disporá sobre a criação de Juizados Especiais no âmbito da Justiça Federal.

Lei Federal Tratará sobre a Juizados Especiais no


criação Âmbito Federal

As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços


afetos às atividades específicas da Justiça.

Custeio dos serviços


Custas e Destinados
relacionado às atividades
emolumentos exclusivamente
específicas da Justiça

DICA 56
DA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DO PODER JUDICIÁRIO
Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

- Autonomia administrativa
Poder Judiciário
- Autonomia financeira

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Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
no âmbito da União: aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;
no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios: aos Presidentes dos
Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais
Se os órgãos referidos acima não encaminharem as respectivas propostas
orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os
valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
estipulados.
Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites
estipulados, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.
Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei
de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de
créditos suplementares ou especiais.
DICA 57
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos na
Constituição de 1988.

Como é definida a competência dos tribunais?


A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado.

Competência Definida na Constituição


dos tribunais do Estado

FIQUE ATENTO!
A lei de organização judiciária é de iniciativa do Tribunal de Justiça.
DICA 58
DA JUSTIÇA DO TRABALHO

São órgãos da Justiça do Trabalho:

Tribunal Superior do Trabalho (TST)

Tribunais Regionais do Trabalho (TRT)

Juízes do Trabalho. TST


TRT
Órgãos da Justiça do trabalho
Juízes do trabalho

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DICA 59
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
O Tribunal Superior do Trabalho é composto por 27 Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

Um quinto dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e


membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício.

Os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura


da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.
FIQUE ATENTO!
A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho.
DICA 60
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO

Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, 7 juízes, recrutados,


quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre
brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo:

Um quinto dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e


membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício.

Os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento,


alternadamente.
TOME NOTA!
Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
DICA 61
SISTEMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

SISTEMA JUDICIAL

Matriz Americana Matriz Austríaca

Juízes realizam o controle difuso de Órgão específico dotado de legitimidade


constitucionalidade. O controle era afeto a para a análise de adequação.
casos concretos, via incidental e seus
efeitos são ex tunc e inter partes.
Realizam um controle concentrado de
constitucionalidade, realizado de modo
direto pela via principal, com efeitos
erga omnes e ex nunc (não retroage).

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SISTEMA POLÍTICO

Matriz Francesa

Órgão político chamado “Conselho de Constitucionalidade”, composto por 9


membros e os ex-Presidentes da República, com mandato de 9 anos.
Realiza um controle prévio e depende de provocação para atuar.

DICA 62
ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE

Inconstitucionalidade formal: envolve um vício no processo de produção da lei/ato


normativo (vício nomodinâmico).

Formal Orgânica: descumprimento e normas de competência legislativa.

Formal por Descumprimento de Pressupostos Objetivos: violação de pressuposto


expresso, ex.: Medida provisória sem vigência ou relevância.

Formal Propriamente Dita: inobservância das normas do processo legislativo.

Vício formal subjetivo: na fase de iniciativa.

Vício formal objetivo: nas fases constitutiva ou complementar.

Inconstitucionalidade material: o conteúdo da lei ou ato normativo está em


desconformidade com a norma constitucional ou contém um desvio de poder ou excesso
do poder legislativo.
Aplicação dos princípios da proporcionalidade (adequação + necessidade +
proporcionalidade); princípio da proibição do excesso e princípio da proibição da
proteção insuficiente.
DICA 63
EVOLUÇÃO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL

Constituição de 1824 Não havia nada assemelhado aos modelos


atuais de controle de constitucionalidade.

Influenciado pela matriz americana, a


Constituição Provisória de 1890 introduziu o
controle difuso por via de exceção,
Constituição de 1891 materializando no decreto 848/1890.
A magistratura federal poderia intervir em
espécie e por provocação da parte na guarda
e aplicação da Constituição.

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Manteve o controle difuso, mas com algumas


alterações.
- Cláusula de Reserva de Plenário: a
declaração de inconstitucionalidade só
poderia ser feita pela maioria absoluta de
seus membros.
Constituição de 1934
- Atribuiu ao Senado Federal a competência
para suspender execução de leis ou aos
normativos quando declarados
inconstitucionais pelo STF, conferindo efeito
erga omnes a essas decisões.
- Representação Interventiva a cargo do
PGR, em caso de ofensa aos princípios e o
STF declarava a inconstitucionalidade da lei
interventiva.

Constituição de 1937 Houve retrocesso. Após a declaração de


inconstitucionalidade pelo STF, o Presidente
da república tinha a prerrogativa de
submetê-la ao Congresso Nacional,
invocando interesse nacional, para validação
da inconstitucionalidade com aprovação de
dois terços dos membros de cada Casa.

Constituição de 1946 Controle de Constitucionalidade deixa de


sofrer interferência do executivo e
Legislativo, volta a ser difuso.
Restaura a competência do Senado.
EC 16/1965: estabelece o controle
concentrado e abstrato de leis ou atos
normativos federais e estaduais.

Constituição de 1969 Manteve o controle difuso e concentrado via


ADI Interventiva e ADI genérica.
Permitia o controle de constitucionalidade de
atos normativos municipais diante das
Constituições Estaduais.

Constituição de 1988 Controle difuso continua nos termos clássicos


(reserva de plenário + atuação do Senado
Federal), mas há uma ampliação do controle
concentrado surgindo novas ADIs e o PGR
perde o monopólio da legitimidade de
propositura.
Criação da ADPF e da possibilidade de
declarar inconstitucionalidade de uma norma
por omissão, via mandado de injunção ou
por ADI por omissão.

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DICA 64
MOMENTOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

CONTROLE PREVENTIVO: é a exceção no Brasil. Ocorre antes do aperfeiçoamento


da lei ou ato normativo, violando o projeto de lei ou projeto de emenda constitucional.

Legislativo: apreciação de PL e PC pelas Comissão de Conselho e Justiça e pelo


plenário das Casas Legislativas.

Executivo: veto jurídico ao projeto de lei pelo Chefe do Poder executivo.

Judiciário: Impetração de Mandado de Segurança por parlamentar para garantir o


devido processo legislativo constitucional para sanar vício formal.

CONTROLE REPRESSIVO: após a edição da lei ou ato normativo. Via de regra é


realizado pelo Poder Judiciário no ordenamento jurídico brasileiro.

Legislativo: sustação, pelo Congresso Nacional, de lei delegada que exorbitar seus
limites (art. 49, V, CF);

→ Senado Federal suspender, no todo ou em parte, norma declarada inconstitucional pelo


STF em controle difuso;

→ Congresso Nacional entender que Medida Provisória seja sem vigência ou relevância.
Executivo: Chefe do executivo deixa de aplicar administrativamente norma por
entender ser inconstitucional e ajuizar ADI.
DICA 65
CONTROLE DIFUSO-CONCRETO

Características:

Realizado por todos os juízes;

Via de exceção;

Em um caso concreto;

Modo incidental;

Inspiração americana.

Parâmetros de Controle:

Norma pós 1988 frente à Constituição em vigor (parâmetro tradicional);

Norma anterior a 1988 perante à atual constituição (juízo de recepção ou não


recepção);

Norma antes de 1988 em face da Constituição anterior em vigor à época de edição do


ator.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 66
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE: OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA

Trata-se de uma modalidade de intervenção por prazo determinado, na qual o Poder


Público usa temporariamente imóveis privados como meio de apoio à execução de obras e
serviços públicos, afetando a exclusividade do direito de propriedade.
Diferentemente do que ocorre na requisição, aqui não há uma situação de perigo público
iminente. Vale mencionar que somente a ocupação temporária vinculada à
desapropriação exige indenização. Caso contrário, a indenização fica condicionada à
existência de dano.

Ex.: Obras em estradas para alocação de máquinas de asfalto e outros; uso de escolas,
clubes e outros estabelecimentos privados por ocasião das eleições ou por alguma
necessidade pública (art. 136, II, da CRFB/88).

NECESSIDADE DE ATO INSTITUIDOR: Não há consenso doutrinário a respeito do


tema, ao contrário, existem divergências sobre a necessidade ou não de ato formal para a
instituição desta modalidade de intervenção. Pode-se citar que para a professora Lucia
Valle Figueiredo, o ato é autoexecutório; já para Diógenes Gasparini, há a necessidade de
ato instituidor.
OBS.: sobre isso deve-se ter especial cuidado no momento da prova, qualquer
afirmativa absoluta para qualquer das posições tornará, provavelmente, a questão
passível de recurso.
DICA 67
QUADRO RESUMO – SERVIDÃO ADMINISTRATIVA, REQUISIÇÃO, OCUPAÇÃO
TEMPORÁRIA, LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA

SINTETIZANDO:

Servidão Ocupação Limitação


Requisição
administrativa temporária administrativa

Atos legislativos
Natureza ou
Direito real Direito pessoal Direito pessoal
Jurídica administrativos
de caráter geral

Bens móveis, Interesses


Bens imóveis
Objeto imóveis e Bens imóveis públicos
alheios
serviços abstratos

Prazo Indeterminado Transitório Transitório Indeterminado

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Ato formal
Atos
(necessidade de
Acordo ou autoexecutórios Leis de caráter
Instituição realização de
decisão judicial (iminente geral
obras e serviços
perigo público)
públicos)

Prévia e Só se houver
Só se houver
Indenização condicionada (no prejuízo. É NÃO há
prejuízo
caso de prejuízo) posterior

DICA 68
SERVIÇO PÚBLICO - CONCEITUAÇÃO

Sucintamente, pode-se destrinchar o conceito de serviço público nas seguintes


premissas:

O serviço público corresponde a toda atividade prestada pelo Estado, ou por quem
o representa legitimamente, com base legal (Lei n. 8.987/95) e

sob o regime público (art. 175 da CRFB),

com efeitos imediatos ou mediatos, e

objetivando a satisfação das necessidades de interesse geral.


IMPORTANTE!
Embora existam incontáveis conceitos doutrinários para serviço público o entendimento
destas premissas será suficiente para que o candidato acerte uma questão de prova sobre
o tema, por mais singela ou complexa que seja a conceituação apresentada.
DICA 69
TITULARIDADE X EXECUÇÃO
A titularidade dos serviços públicos deverá ser buscada no sistema constitucional de
partilhas, na própria CRFB/88. Existem serviços públicos federais, estaduais, distritais e
municipais.
Ainda nesta ótica, é possível verificar que alguns serviços são comuns aos entes
federados e outros são privativos:

Serviços comuns: competência comum entre os entes federados. Cuja previsão se


encontra no art. 23 da CRFB/88. Necessidade de leis complementares para dar efetividade
à alteração do parágrafo único do art. 23, feita pela EC nº 53/06.

Serviços privativos: são executados, em caráter privativo, por determinado ente


federado, somente aquele ente poderá realizar tal serviço.
DICA 70
ALGUNS PRINCÍPIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Princípio da Generalidade (possui uma dupla interpretação):

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Maior amplitude possível na prestação dos serviços públicos.

Serviços públicos prestados sem discriminação qu anto aos usuários, quando


tenham a mesma condição técnica e jurídica para a fruição.
IMPORTANTE!
As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.

Princípio da Continuidade ou da Permanência: Os serviços públicos não podem ser


descontinuados, ou seja, sua prestação deve ser contínua uma vez que toda concessão ou
permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos
usuários.

No entanto, não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção


em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:

motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações;

por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

Princípio da Modicidade: exige a prestação de serviço público a um valor reduzido,


de forma a atingir a universalidade na prestação. Esse princípio será atendido
quando o preço da tarifa corresponder à justa relação de custo-benefício na prestação da
atividade. Tal princípio serve, inclusive, de critérios definidor de técnica de licitação,
quando se tratar de concessão de serviço público.

Princípio da Atualidade: compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e


das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço

Princípio da Eficiência: em resumo, o serviço eficiente é aquele que atinge o


resultado pretendido, seja no que tange à qualidade, seja no aspecto da quantidade.

Princípio da Cortesia: o serviço público deve ser prestado de maneira cortês, por
pessoas (físicas ou jurídicas) que tratem os usuários com respeito e educação.
DICA 71
DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
A separação constitucional de competências entre os entes da Federação, no que tange à
prestação de serviços públicos, rege-se pelo Princípio da Predominância do Interesse.

Neste sentido, podemos e identificar e separar as competências conforme o ente mais


interessado:

Se o serviço público for de interesse nacional será de competência da União.

Se o serviço público for de interesse regional será de competência dos Estados.


Se o serviço for de interesse estritamente local será de competência dos
Municípios.

ATENÇÃO!!

O Distrito Federal acumulará os serviços públicos de competência Estadual e


Municipal.

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PREVISÃO CONSTITUCIONAL SOBRE COMPETÊNCIA DOS ENTES FEDERADOS:

Competência Dispositivo Constitucional:

União art. 21

Comum art. 23

Estados art. 25, §§1º e 2º

Municípios art. 30

Distrito federal art. 32, §1º

IMPORTANTE!
Ressaltam-se duas impossibilidades de descontinuidade da prestação do serviço público
que são consideravelmente específicas, ambas previstas em jurisprudência do STJ.

JURISPRUDÊNCIA STJ

É ILEGÍTIMO o corte no fornecimento de energia elétrica em razão de débito


irrisório, por configurar abuso de direito e ofensa aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade, sendo cabível a indenização ao consumidor por danos morais (STJ, REsp
811690/RR).

O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel


que originou o débito, e NÃO sobre imóveis de propriedade do inadimplente (STJ,
REsp 662214/RS).

DICA 72
ELEMENTOS DO SERVIÇO PÚBLICO

Conceitualmente a doutrina sobre Direito Administrativo divide o SERVIÇO PÚBLICO em


três elementos:

Elemento material: o serviço público é uma atividade administrativa que se


materializa em prestação de utilidade ou comodidade, material ou imaterial,
usufruído individual ou coletivamente, pelos administrados.

Elemento subjetivo: a titularidade desses serviços pertence ao poder público,


conforme previsão expressa do artigo 175 da Constituição Federal: Incumbe ao poder
público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação, a prestação de serviços públicos. Ou seja, no serviço público
propriamente dito a titularidade da atividade deve ser sempre do Estado
(publicatio).

Elemento formal: a atividade definida como serviço público submete-se a um regime


jurídico de direito público, conferindo, por conseguinte, a obrigatoriedade de
observância de regras e princípios comuns à atividade administrativa.

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ATENÇÃO!

A sujeição ao regime jurídico de direito público PODERÁ ser total ou parcial, a


depender da própria natureza do serviço público, pois objetiva entregar meios que
garantam a efetividade desses serviços.

DICA 73
CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Vejamos a tabela abaixo:

QUADRO RESUMO

O Estado possui a titularidade do serviço podendo executá-lo


Próprios
através de seus agentes ou por intermédio de terceiros.

Impróprios O Estado NÃO é o titular exclusivo do serviço público.

O Estado poderá delegar o serviço público à terceiros ou


Delegáveis
prestá-lo.

Indelegáveis O Estado NÃO poderá delegar o serviço à terceiros.

Específicos ou individuais
Os serviços públicos são prestados especificamente ou
individualmente ao administrado.
(Uti singuli)

Gerais
Os serviços públicos NÃO são prestados para um
administrado específico.
(Uti universi)

São os serviços públicos que objetivam atender o


Administrativos
funcionamento da própria Administração.

São os serviços públicos que envolvem bens materiais,


Comerciais
possuem ordem econômica.

São os serviços públicos realizados para acolher as


Sociais
obrigações de caráter social e assistencial.

Exclusivos Serviços de titularidade exclusiva do Estado.

Serviços cuja titularidade é concorrente entre o Estado e o


NÃO Exclusivos
setor privado.

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ATENÇÃO!

A depender do caso concreto um serviço público poderá incorrer em mais de uma


classificação, sendo classificado, por exemplo, como um serviço público próprio e
ao mesmo tempo delegável.

DICA 74
DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Execução dos Serviços Públicos: Considerando toda a complexidade e diversidade


dos serviços públicos prestados em uma sociedade moderna, o Estado busca,
costumeiramente, parcerias na sociedade civil organizada, bem como, na própria iniciativa
privada, para a execução efetiva de determinados serviços públicos não exclusivos.

Execução centralizada: Quando o serviço público é executado diretamente pelos


entes federados, por meio de suas secretarias ou ministérios (órgãos públicos).

Execução descentralizada: Quando a execução dos serviços públicos é realizada por


terceiros (particulares) ou pela Administração Pública Indireta (Autarquias, Fundações e
Estatais). Ocorre quando uma pessoa jurídica de direito público interno (União, Estados,
Municípios ou Distrito Federal) transfere determinada atribuição para uma pessoa jurídica
diversa.
DICA 75
ESPÉCIES DE DESCENTRALIZAÇÃO:

Descentralização legal, técnica, por serviços ou mediante outorga: a


Administração Pública Direta cria ou autoriza a criação de uma entidade integrante da
Administração Pública Indireta (autarquias, fundações, sociedades de economia mista e
empresas públicas), através de uma lei editada especialmente para esse fim, na qual
também haverá a previsão da capacidade administrativa específica, isto é, da competência
para atuar numa área determinada. Traduz o comando do art. 37, XIX da CRFB/88.

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

Descentralização por colaboração ou por delegação negocial: É a delegação da


execução de determinado serviço público não exclusivo, a particulares. Podendo ser
concretizada através de contrato, como ocorre na concessão e na permissão de serviços
públicos, ou mediante ato unilateral da Administração, a exemplo da autorização de serviço
público.

ATENÇÃO!!

Na concessão e na permissão, a prestação do serviço público pelo concessionário ou


permissionário se dá por prazo determinado, ao passo a autorização tem caráter precário,
ou seja, pode ser revogado a qualquer tempo pela Administração.

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A colaboração pode ser visando fins econômicos (concessionários e permissionários – 2º
setor), mas pode ser também uma forma de execução em parceria, sem fins lucrativos
(OS´s, OSCIP´s, Serviços Sociais Autônomos e parcerias – 3º Setor).

Descentralização territorial ou geográfica: Trata-se de previsão hipotética, pois se


aplicaria caso a União, por meio de lei complementar, tal como disposto no art. 18, § 2º,
da Constituição de 1988, criar um Território Federal, também chamado de autarquia
territorial ou geográfica, com competências administrativas amplas, genéricas e
heterogêneas.
DICA 76
DAS CONCESSÕES E PERMISSÕES DE SERVIÇOS PÚBLICOS

As concessões e permissão de serviços públicos: correspondem a uma das


modalidades de desestatização previstas na Lei nº 9.491/97, esta Lei é conhecida como
Programa Nacional de Desestatização – PND.
A Lei do PND realiza a transformação dos serviços descentralizados por delegação
legal (estatais) em serviços descentralizados por delegação negocial
(concessionárias ou permissionárias).

Ressalta-se, que, conforme doutrina majoritária, o Estado NÃO deixa de ser o


titular dos serviços públicos. Ele apenas se retira da atividade econômica e transfere a
execução de determinado serviço a iniciativa privada.

O que se delega é a execução e não a titularidade (art. 7º da Lei n. 9.491/97).


Uma vez que o Estado transfere a execução de determinado serviço público a particulares
em colaboração (fins lucrativos), caracteriza-se uma execução indireta. Sua instituição se
efetiva por intermédio de negócios jurídicos regrados pelo Direito Público (contratos
administrativos).

Esta transferência da execução de determinado serviço público a particulares,


de forma negocial, denomina-se Concessão ou Permissão de serviços públicos.
Assim sendo, as concessões e permissões de serviço público são contratos
administrativos celebrados após um prévio procedimento licitatório, onde o Estado
transfere aos particulares a execução de determinado serviço de interesse público.
DICA 77
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇOS
PÚBLICOS

Natureza do
Quanto ao particular Licitação
vínculo contratual

Só pode ser pessoa


Modalidade
CONCESSÃO jurídica, sozinha ou em NÃO precário
concorrência
consórcio

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Pode ser pessoa


PERMISSÃO Precário Não definida em lei
jurídica ou física

DICA 78
DA CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Sobre a concessão de serviço público, vejamos o quadro resumo abaixo:

QUADRO RESUMO

CONCESSÕES COMUNS

É uma maneira de delegação, realizada pelo poder


concedente, mediante licitação, na modalidade
Concessão de serviço
concorrência, à pessoa jurídica ou ao consórcio de empresas
público (simples)
que demonstre capacidade para seu desempenho,
assumindo os riscos, possui prazo indeterminado.

Mesmas características da espécie acima, todavia, a


Concessão de serviço
prestação do serviço é precedida de obra pública, realizada
público precedida da
pela concessionária, sendo o valor investido remunerado e
execução de obra
amortizado através da exploração do serviço ou da obra,
pública
possui prazo determinado.

CONCESSÕES ESPECIAIS

Trata-se de concessão comum, porém envolvendo,


adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários,
Concessão patrocinada
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro
privado.

Prevista na Lei n° 11.079/2004, definida como "contrato de


prestação de serviços de que a Administração Pública seja
Concessão administrativa
usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de
obra ou fornecimento e instalação de bens".

ATENÇÃO!!

A depender da doutrina escolhida pela banca a nomenclatura das espécies de


concessão podem variar, contudo, entendendo o conceito e o seu contexto, o
candidato poderá acertar a questão sem demais adversidades.

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DICA 79
DA POLÍTICA TARIFÁRIA

Os valores pagos pelos usuários dos serviços concedidos possuem natureza de preço
público e como tais são fixados por ato do Poder Concedente. Critérios de
proporcionalidade entre os custos de prestação do serviço e a adequada remuneração do
concessionário, de forma a:

GARANTIR o equilíbrio econômico-financeiro do contrato e

evitar lucros ou prejuízos excessivos aos concessionários, à concedente e aos


usuários.
A tarifa poderá sofrer revisão a fim de se adequar aos custos do serviço, visando
manter sempre o equilíbrio contratual.

Não pode a Administração, sem prévia justificativa, alterar o valor das tarifas. Neste
caso, o concessionário buscará a tutela judicial para declarar abusiva a alteração e anular
o ato.
Somente no caso de previsão contratual, redução dos ônus e encargos do concessionário
ou mediante indenização, poderá o poder concedente alterar o valor das tarifas, de
forma a manter o equilíbrio contratual.
DICA 80
DA RESPONSABILIDADE DO CONCESSIONÁRIO
REGRA: é a da responsabilidade civil objetiva.

Quando o evento danoso for causado em decorrência da execução do serviço concedido


(art. 37, §6º da CRFB/88).
No caso de dano causado a terceiros nas relações privadas, a responsabilidade será
subjetiva. O poder concedente responde apenas subsidiariamente no caso da
impossibilidade de reparação dos danos pelo concessionário.

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA CONCESSÃO:


É a ingerência direta do concedente na prestação do serviço delegado, em caráter de
controle, com o fim de manter o serviço adequado a suas finalidades e para garantir o
fiel cumprimento das normas legais, regulamentares e contratuais da concessão
(Carvalinho).
DICA 81
DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
As concessões especiais, ou simplesmente Parcerias Público-Privadas (PPP’s),
previstas na Lei n. 11.079/04, são:
contratos de prestação de obras ou serviços;

com valores não inferiores a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);


com duração mínima de 05 (cinco) anos e no máximo 35 (trinta e cinco) anos;

firmados entre empresa privada e a Administração Pública federal, estadual ou


municipal.

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DICA 82
OUTRAS características das PPP´s:

Necessidade de contraprestação financeira por parte do Poder Público, ausente


nas concessões comuns, onde o concessionário é remunerado exclusivamente pelas tarifas
cobrados aos usuários. Desta forma, não constitui parceria público-privada a concessão
comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas quando
não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado;

A Lei 11.079 trata de normais gerais, o que NÃO impede que Estados e Municípios
tenham suas próprias regras sobre PPP´s, observadas as normas gerais;

As funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras


atividades exclusivas do Estado, são indelegáveis;

Repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força


maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;

O contrato PODERÁ prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração


variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e
disponibilidade definidos no contrato – contrato de performance;
Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito
específico (SPE), incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. Fica VEDADO à
Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das SPE´s;

A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na


modalidade de concorrência e o edital PODERÁ prever a inversão da ordem das fases
de habilitação e julgamento;

A contraprestação da Administração Pública será OBRIGATORIAMENTE precedida da


disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada;

É VEDADA a celebração de PPP que tenha como objeto único o fornecimento de


mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra
pública.
DICA 83
BENS PÚBLICOS

Meios para aquisição de bens públicos:

Contratos de Direito Privado;

Usucapião;

Desapropriação (intervenção do Estado na propriedade);

Acessão (passa a pertencer ao proprietário aquilo o que aderir à propriedade (ilhas,


aluvião, avulsão, obras, plantações, etc.);

Aquisição causa mortis (ausência de sucessores ou sua renúncia: art. 1844, CC/2002);

Arrematação (Pessoas Jurídicas de Direito Público podem participar de leilões,

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praceamento, etc.);

Adjudicação (decorrente de penhora, em caso de interesse do credor, por preço não


inferior ao da avaliação);

Resgate na enfiteuse;

Aquisição decorrente da lei (por exemplo, a disposição de que, feitos loteamentos, ainda
que particulares, passam a integrar o patrimônio público, automaticamente, as ruas,
praças, etc.).

DICA 84
ALIENAÇÃO DE BENS PÚBLICOS

Requisitos para alienação de bens públicos:

motivação do ato administrativo;

desafetação (por decreto);

autorização legislativa (para bens imóveis);

avaliação prévia;

licitação na modalidade de concorrência ou leilão.


A alienação de bem público é possível, desde que o bem esteja desafetado, ou seja,
NÃO vinculado a nenhuma finalidade pública específica. Neste caso, o bem é
considerado dominical e pode ser alienado.

Bem imóvel: deverá passar por autorização legislativa e avaliação prévia.

Bem móvel: necessita-se apenas de avaliação prévia e licitação na modalidade


leilão, dispensada a autorização legislativa específica, bastando a genérica.

Formas de alienação de bens públicos:

Venda: A alienação direta de bens imóveis;

Permuta: A permuta de bens imóveis da União só é admitida no caso de outro imóvel


que atenda a requisitos previstos em lei;

Doação: A doação, para os bens imóveis da União, só é permitida, EXCLUSIVAMENTE,


para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo.
Por esta razão, também dispensa a licitação;

Aquisição derivada de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento: É o


caso, por exemplo, dos imóveis adquiridos por herança jacente. Estes imóveis PODEM
ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as regras previstas em lei;

Investidura: É a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente


ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por
preço nunca inferior ao da avaliação. A investidura, por sua natureza, também dispensa

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licitação, mas imprescinde da autorização da autoridade competente;

Retrocessão: Retorno do bem expropriado ao antigo proprietário. Dispensa autorização


legislativa específica (está no CC) e licitação (inviável a competição) e o ex-proprietário
deve pagar o preço atual da coisa.

DICA 85
BENS PÚBLICOS

Classificação dos quanto à destinação: O artigo 99 do Código Civil utilizou o critério


da destinação do bem para conceituar os bens públicos.

Bens de uso comum: são aqueles destinados ao uso indistinto de toda a


população.
Ex.: Mar, rio, rua, praça, estradas, parques (art. 99, I do CC)

Bens de uso especial: são aqueles destinados a uma finalidade específica. Ex:
Bibliotecas, teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições publicas em geral
(art. 99, II do CC).

Bens dominicais (ou dominiais): não estão destinados nem a uma finalidade
comum e nem a uma especial. “Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público, como objeto de direito pessoal ou real, de cada uma dessas
entidades” (art. 99, III do CC).

CARACTERÍSTICAS DOS BENS DE USO COMUM E DE USO PESSOAL:

Inalienabilidade: enquanto estiverem afetados ao uso comum ou especial, os bens


públicos NÃO podem ser objeto de alienação;

Imprescritibilidade: NÃO corre prazo prescricional contra esses bens, ou seja, NÃO se
admite usucapião dos bens públicos;

Impenhorabilidade: os bens NÃO podem ser penhorados para garantir o pagamento


de dívidas que por ventura sejam contraídas pelo Poder Público, haja vista a
Constituição Federal garantir que os créditos contra a Fazenda Pública se submetem
ao regime dos precatórios ou das requisições de pequeno valor, conforme
preconiza o artigo 100, da Carta Magna: “Os pagamentos devidos pelas Fazendas
Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária,
far-se-ão EXCLUSIVAMENTE na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e
à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim”.

Impossibilidade de oneração: na mesma vertente da impenhorabilidade, esses


bens também NÃO podem ser ofertados como garantia na obtenção de
empréstimos, pela mesma garantia constitucional.

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DICA 86
BENS PÚBLICOS

Domínio público: é expressão que comporta vários sentidos. Pode se confundir com
propriedade pública, pode alcançar os bens inapropriáveis e pode tratar de todo o poder
do Estado sobre qualquer patrimônio. Nesse último sentido, o domínio público abrange
não só os bens das pessoas jurídicas de Direito Público Interno, mas, também, os demais
que, por sua utilidade coletiva, merecem a proteção do Direito Público, tais como as
águas, as jazidas e as florestas.

Domínio público eminente: é o poder político pelo qual o Estado submete à sua
vontade todas as coisas de seu território. É manifestação da soberania sobre quaisquer
bens, privados ou públicos. É um poder de dominação ou de regulamentação que o Estado
exerce sobre todos os bens ou coisas inapropriáveis de seu território
DICA 87
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
No ano de 2021 a Lei n° 8.429/1992 passou por algumas alterações, razão pela qual é
necessário focar em pontos especiais, os quais, podem ser cobrados pela Banca.
Mas, para iniciarmos, é necessário abordar o conceito de improbidade administrativa.
Aqui, é preciso fazer menção ao princípio da moralidade, que, em sentido amplo,
comporta os subprincípios da probidade, decoro e boa-fé.
A moralidade é um princípio constitucionalmente estabelecido, de forma a ser
observado pelos órgãos e entidades de todos os entes federativos, independente de
se falar no âmbito do Poder Executivo, legislativo ou Judiciário.

MORALIDADE

Probidade Decoro Boa-fé

DICA 88
SANÇÕES APLICÁVEIS AO ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
A Constituição Federal conferiu, em seu art. 37, uma maior segurança à Administração
Pública.
Art. 37 – Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

OS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA IMPORTARÃO EM:

Suspenção dos direitos políticos;

Perda da função Pública;

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Indisponibilidade de bens;

Ressarcimento ao erário.

DICA 89
DISPOSIÇÕES GERAIS
A Lei n° 14.230/2021 modificou as disposições da Lei n° 8.429/1992. E, uma das
principais mudanças foi a expressa previsão de que apenas serão considerados como atos
de improbidade administrativa aqueles que contiverem o elemento doloso, ou seja, a
vontade do agente, no momento da sua prática.
Dessa forma, a Lei de Improbidade Administrativa não mais admite condutas meramente
culposas para fins de configuração de eventual ato improbo. Sendo assim, é possível
afirmar que a natureza da responsabilidade decorrente da Lei da Improbidade
Administrativa é subjetiva, necessitando da comprovação do elemento doloso para fins
de ajuizamento da ação correspondente.

→ Não admite mais condutas culposas.


→ Possui natureza subjetiva, ou seja, necessitando do elemento dolo para caracterizas
a conduta.
DICA 90
DO DOLO - CONCEITO
A norma legal considera dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito
tipificado em cada uma das espécies de atos de improbidade administrativa, não
bastando, para a configuração, a voluntariedade do agente. Consequentemente, o mero
exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato
doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa.

BASE LEGAL:

Art. 1º, §2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado
ilícito tipificado nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade do
agente.
§3º O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem
comprovação de ato doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de
improbidade administrativa.

DICA 91
DO DOLO ESPECÍFICO
Para que seja caracterizado o ato improbo é preciso que haja a comprovação do ato
doloso, porém percebe-se que a ideia do legislador foi a de estabelecer, como regra geral,
a necessidade do dolo específico, e não mais o dolo genérico, como condição para a
configuração da improbidade administrativa.

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Um ponto que certamente merece muito destaque é o que estabelece que o mero
exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato
doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa.

DOLO ESPECÍFICO

O mero exercício da função pública não configura dolo.

DICA 92
DO DOLO ESPECÍFICO
É importante que você saiba que, nos termos do §8º do artigo 1º, não configura
improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência interpretativa da lei, baseada
em jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não venha a ser
posteriormente prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais do
Poder Judiciário.
DICA 93
SISTEMAS DE RESPONSABILIZAÇÃO

Tutelará a probidade da organização do Estado e no exercício de suas funções, como


forma de assegurar a integridade do patrimônio público e social.

Exige dolo específico.

O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem


comprovação de ato doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de
improbidade administrativa.

Aplica-se os princípios constitucionais do direito administrativo sancionador na


improbidade.

Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência interpretativa


da lei, baseada em jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não venha a
ser posteriormente prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais
do Poder Judiciário.

DICA 94
DOS SUJEITOS ATIVOS
Os sujeitos ativos são as pessoas que podem vir a cometer atos que sejam configurados
como improbidade administrativa. Vejamos o que diz a Lei:

Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o
servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas
no art. 1º desta Lei.

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Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às sanções
previstas nesta Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a
administração pública convênio, contrato de repasse, contrato de gestão, termo de
parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo equivalente.

Uma das novidades introduzidas pela Lei 14.230/2021 foi a expressamente prever
os agentes políticos como sujeitos ativos dos atos de improbidade administrativa.
DICA 95
DOS SUJEITOS ATIVOS - ESQUEMATIZANDO

Agente Público O agente político, o servidor público e todo aquele que


exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração,
por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função.

Em relação aos Ficam sujeitos às disposições da Lei de Improbidade o


recursos de origem particular, pessoa física ou jurídica, que celebrar com a
pública administração pública convênio, contrato de repasse,
contrato de gestão, termo de parceria, termo de
cooperação ou ajuste administrativo equivalente.

São aplicadas as Àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou
regras da Lei de concorra dolosamente para a prática do ato de
Improbidade, ao que improbidade.
couber

Os sócios, os cotistas, Regra geral: não respondem pelos atos de improbidade


os diretores e os administrativa que venha a ser imputado à pessoa
colaboradores de jurídica. Exceção: a responsabilização ocorrerá quando,
pessoa jurídica de comprovadamente, houver participação e benefícios
direito privado diretos. Neste caso, a responsabilidade estará limitada aos
limites da sua participação. Os sócios, os cotistas, os
diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito
privado.

Caso o ato de As sanções estabelecidas na Lei de Improbidade


improbidade Administrativa não se aplicarão à pessoa jurídica.
administrativa seja
também sancionado
como ato lesivo à
administração pública
de acordo com a Lei
Anticorrupção

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DIREITO DO TRABALHO
DICA 96
FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃO SINDICAL
Os artigos 533 a 539 da CLT tratam das associações sindicais de grau superior.
Estabelecem os dispositivos legais que os sindicatos podem com a finalidade de
coordenar os interesses da categoria, criar a Federação Sindical que será o órgão de
grau superior a nível Estadual, e as Federações respectivamente criarem a
Confederação Sindical que será o órgão de grau superior a nível Nacional.

Federação
Estadual
Sindical

Sindicato

Confederação
Nacional
Sindical

LEMBRE-SE:

→ FEderação = Estadual
→ CoNfederação = Nacional
DICA 97
ÓRGÃO PARA REGISTRO DE ENTIDADES SINDICAIS
Para preservar o princípio da unicidade sindical, o artigo 8º da Constituição, na parte
final do Inciso I, determina que, fica ressalvado o registro no órgão competente, vedando
ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical.

Art. 8º, da CRFB - É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência
e a intervenção na organização sindical;

Tem-se discutido qual é o órgão competente para registro mencionado pelo inciso I, do
artigo 8º da Constituição Federal, vez que não há lei que defina com clareza qual o órgão
competente para o registro de sindicatos.
Alguns entendem que o sindicato como associação sindical, adquire a personalidade
jurídica ao registrar seus atos constitutivos no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas,
não podendo o Ministério do Trabalho, intervir na criação de sindicatos.
Outros entendem que não basta o registro no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas,
deve obter o registro também junto ao Ministério do Trabalho.
O Supremo Tribunal Federal editou a Súmula nº 677 consubstanciando o entendimento de
que até que lei venha a dispor a respeito o registro deve ser feito pelo Ministério do
Trabalho.
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SÚMULA 677, DO STF

Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao
registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade.

DICA 98
REGISTRO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO
Após a entrada em vigor do artigo 8º da Constituição Federal, várias portarias e instruções
normativas foram elaboradas pelo Ministério do Trabalho. Inicialmente se estabeleceu
procedimentos somente para fins de cadastro, depois com a finalidade de maior
publicidade, registro e cadastro nacional das entidades sindicais.

Foram editadas pelo Ministério do Trabalho:


a Instrução Normativa nº 05 de 15 de fevereiro de 1990, a nº 09 de 21 de março de
1990, a nº 01 de 27 de agosto de 1991, a nº 02 de 01 de setembro de 1992, a nº 03 de
10 de agosto de 1994, a Instrução Normativa nº 01 de 17 de julho de 1997, a Portaria
nº 343, de 4 de maio de 2000, Portaria nº 376, de 23 de Maio de 2000.

Hoje o cadastro e registro das Entidades Sindicais de Grau Superior é regulado pela
Portaria nº 186, de 10 de abril de 2008, publicada no DOU de 14.04.2008.
O cadastro e registro das entidades sindicais de primeiro grau no Ministério do Trabalho é
regulado pela Portaria nº 326 de 1.03.2013, republicada no DOU de 11/03/2013, alterada
pela Portaria nº 1.061, de 12 de setembro de 2016. A Portaria nº 1.062, de 12 de
Setembro de 2016, que alterou a nº 1.744, de 13 de novembro de 2014, é a que dispõe
sobre as certidões sindicais no âmbito do Ministério do Trabalho.
O Ministério do Trabalho tem informatizado o Cadastro Nacional de Entidades Sindicais no
site do Ministério do Trabalho e Previdência Social, tendo também editado o Manual de
Procedimentos de Registro Sindical.
DICA 99
ESTABILIDADE SINDICAL
A estabilidade sindical está garantida na Constituição Federal, que através de seu artigo
8º, inciso VIII, determinou a garantia no emprego, para o empregado que concorra nas
eleições e ao eleito, desde o registro de sua candidatura até 1 ano após o final do
mandato, salvo se cometer falta grave que justifique sua dispensa por justa causa.
Estabilidade que encontramos também prevista no parágrafo terceiro do artigo 543 da
CLT, que igualmente veda a dispensa a partir do momento do registro da candidatura.

Art. 8º, VIII, da CRFB - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do


registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda
que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.

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Art. 543, §3º, da CLT - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou


associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou
representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o
final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta
grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº
7.543, de 2.10.1986).

A Lei da Reforma Trabalhista nº 13.467,2017, incluiu na CLT artigos tratando das


comissões de representantes dos empregados (artigos 510-A,510-B, 510-C, 510-D).
O parágrafo 3º do Art. 510-D, também trata de estabilidade no emprego do empregado
que participar das eleições para membro da comissão de representantes dos empregados.
Estabelece o dispositivo legal introduzido pela Lei da reforma trabalhista que é vedada a
dispensa arbitrária desde a candidatura até 1 ano após o fim do mandato.
Esclarece que dispensa arbitrária é toda aquela que não se fundar em motivo disciplinar,
técnico, econômico ou financeiro. Em outras palavras estabelece que o empregado pode
ser despedido por motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
DICA 100
REQUISITO DA ESTABILIDADE SINDICAL
Para que tenha o empregado estabilidade, deve a entidade sindical comunicar à empresa
da candidatura do empregado, de conformidade com o § 5º, do Art. 543, da CLT, que
determina que deverá ser feita a comunicação com comprovante do registro da
candidatura, eleição e posse do empregado, dentro do prazo de 24 horas.
Feita a comunicação, nos moldes do parágrafo 5º do artigo 543 da CLT, a estabilidade
provisória do dirigente sindical, começa a partir do registro da candidatura e se estende
por até 1 ano após o término do mandato.

Art. 543, §5º, da CLT - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por
escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) hora, o dia do registro da candidatura
do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a
este, comprovante no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho fará no mesmo prazo a
comunicação no caso da designação referida no final do § 4º. (Incluído pelo Decreto-lei
nº 229, de 28.2.1967).

DICA 101
TST - COMUNICAÇÃO FORA DO PRAZO
O TST - Tribunal Superior do Trabalho, através do item I, da Súmula nº 369,
consubstanciou o entendimento majoritário de que a comunicação da candidatura ou
eleição, fora do prazo das 24 horas do parágrafo quinto do artigo 543 da CLT, mais feita na
vigência do contrato de trabalho, não retira do empregado o direito a estabilidade.

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SÚMULA Nº 369, DO TST

Dirigente sindical. Estabilidade provisória. (Conversão das Orientações Jurisprudenciais


nº 34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005. Nova redação dada
ao item II - Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011 - Redação do item I alterada na sessão
do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012pela Res. nº 185/2012, DeJT 25.09.2012)
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a
comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do
prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por
qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.

DICA 102
TST - LIMITE DE DIRIGENTES SINDICAIS E SUPLENTES
Estabelece o artigo 522 da CLT que a administração dos sindicatos terá uma diretoria,
eleita por assembleia geral, com no máximo 7 e no mínimo 3 membros e um
conselho fiscal com 3 membros.
O TST através do item II da Súmula nº 369, tem o entendimento de que o artigo 522 da
CLT foi recepcionado pela Constituição, ficando a estabilidade limitada a 7 dirigentes
sindicais e a 7 suplentes.

Art. 522, da CLT - A administração do sindicato será exercida por uma diretoria
constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal
composto de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembleia Geral.

SÚMULA Nº 369, DO TST

Dirigente sindical. Estabilidade provisória. (Conversão das Orientações Jurisprudenciais


nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005. Nova redação
dada ao item II - Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011 -Redação do item I alterada na
sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012pela Res. nº 185/2012, DeJT
25.09.2012)
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada,
assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e
igual número de suplentes.

DICA 103
TST - ELEITO DE CATEGORIA DIFERENCIADA
Com relação a categoria diferenciada, o item III da Súmula nº 369, do TST uniformizou o
entendimento de que eleito dirigente sindical somente tem estabilidade se exercer na
empresa a atividade da categoria do sindicato para o qual foi eleito.

SÚMULA Nº 369, DO TST

Dirigente sindical. Estabilidade provisória. (Conversão das Orientações Jurisprudenciais


nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005. Nova redação
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dada ao item II - Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011 -Redação do item I alterada na
sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012pela Res. nº 185/2012, DeJT
25.09.2012)
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de
estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do
sindicato para o qual foi eleito dirigente.

DICA 104
TST - EXTINÇÃO DA ATIVIDADE NA BASE TERRITORIAL
O item IV, da Súmula nº 369, do TST, também uniformizou o entendimento de que não
tem subsistência a estabilidade no caso de extinção das atividades na base territorial. Pelo
entendimento consubstanciado, o contrato de trabalho pode ser rescindido sem justa
causa pelo empregador, se ocorrer a extinção da filial da empresa onde o empregado
trabalhava e era portador de garantia provisória de emprego.

SÚMULA Nº 369, DO TST

Dirigente sindical. Estabilidade provisória. (Conversão das Orientações


Jurisprudenciais nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ
20.04.2005. Nova redação dada ao item II - Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011 -
Redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012pela
Res. nº 185/2012, DeJT 25.09.2012)
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do
sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.

DICA 105
TST - CANDIDATURA NO AVISO PRÉVIO
O TST através da Súmula nº 369 sintetizou o entendimento no item V, de que o registro
da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso
prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a
regra do § 3º do art. 543 da CLT.

SÚMULA Nº 369, DO TST

Dirigente sindical. Estabilidade provisória. (Conversão das Orientações Jurisprudenciais


nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005. Nova redação
dada ao item II - Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011 -Redação do item I alterada na
sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012pela Res. nº 185/2012, DeJT
25.09.2012)
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o
período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto
que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.

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DICA 106
TST - SUPLENTES COOPERATIVAS
Quanto as cooperativas a SDI-1 do TST, através da Orientação Jurisprudencial nº 253,
firmou o entendimento de que os suplentes não têm garantia de emprego, somente os
eleitos diretores de acordo com o Art. 55 da Lei n. 5.764/71.

TST - SDI1- O.J. Nº 253

ESTABILIDADE PROVISÓRIA. COOPERATIVA. LEI Nº 5.764/71. CONSELHO FISCAL.


SUPLENTE. NÃO ASSEGURADA. (Inserida em 13.03.02). O art. 55 da Lei nº 5.764/71
assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de
Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes.

Lei nº 5.764/71 - Art. 55. Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de
sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão das garantias asseguradas aos
dirigentes sindicais pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei n.
5.452, de 1° de maio de 1943).

Art. 543, da CLT - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou


representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá
ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe
dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. (Redação
dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).

DICA 107
REINTEGRAÇÃO DO CANDIDATO
Após a candidatura inicia-se a estabilidade provisória, o empregado candidato não pode
ter seu contrato rescindido. Não podendo haver rescisão contratual é nula a comunicação
de aviso prévio.
Se ocorrer do candidato à eleição no sindicato ser dispensado sem justa causa, mesmo
que pagas as verbas rescisórias, pode ingressar na Justiça do Trabalho com ação
trabalhista com pedido de liminar de reintegração ao trabalho e pagamento de todas as
verbas salariais (salários, férias 13º salários, FGTS) do período em que ficou afastado da
empresa, nos termos do inciso X do Art. 659 da CLT.

Art. 659, da CLT - Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das
que lhes forem conferidas neste Título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes
atribuições:
X- Conceder medida liminar, até decisão final do processo em reclamações trabalhistas
que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado
pelo empregador. (Incluído pela Lei nº 9.270, de 1996).

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DICA 108
GREVE
A greve é um direito assegurado pelo artigo 9º da Constituição Federal, que estabelece
que, compete aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e os
interesses que devam por meio dele defender.
Constituição Federal - Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam
por meio dele defender.
Os parágrafos 1º e 2º do art. 9º da Constituição Federal estabelecem que, lei definirá os
serviços ou atividades essenciais, disporá sobre o atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade, devendo os abusos cometidos sujeitarem os responsáveis às
penas da lei.
Como se verifica o artigo 9º da Constituição Federal estabelece o direito à greve,
contudo nada menciona sobre os salários dos dias de paralisação/afastamento da
empresa.
No período de ausência do empregado por Greve Sem o Recebimento do Salário o
contrato de trabalho fica suspenso.
DICA 109
QUAIS SÃO OS TIPOS DE GREVE?

Greve ativa: consiste em acelerar exageradamente o ritmo de trabalho.

Greve de advertência: suspensão do trabalho por algumas horas, no intuito de alertar


o empregador de que um movimento maior pode ser deflagrado.

Greve intermitente: a cada dia num setor da empresa.

ATENÇÃO!

A banca pode utilizar nomenclaturas diferentes para levar o candidato a ERRO.

DICA 110
GREVE NOS SERVIÇOS E ATIVIDADES ESSENCIAIS
No tocante aos serviços e atividades essenciais referidos pela Constituição, a Lei de Greve
em seu Artigo 10 traz rol taxativo de atividades essenciais e que não podem ser
totalmente paralisadas mesmo em situação de greve pelos empregados, como:

Art. 10. São considerados serviços ou atividades essenciais:


I – tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica,
gás e combustíveis;
II – assistência médica e hospitalar;
III – distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
IV – serviços funerários;
V – transporte coletivo;

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VI – captação e tratamento de esgoto e lixo;
VII – telecomunicações;
VIII – guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais
nucleares;
IX – processamento de dados ligados a serviços essenciais;
X – controle de tráfego aéreo;
XI – compensação bancária.

Por ocasião da deflagração da greve, a qual deve ser anunciada ao empregador ou


sindicato patronal com 72 horas de antecedência (art. 13), devendo empregados e
empregadores em comum acordo garantir a prestação dos serviços e atividades
essenciais (art. 11, caput).
DICA 111
POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS PARA OS GREVISTAS
O exercício do direito de greve que ultrapassa os limites da civilidade, que envolvam
depredação de patrimônio, ameaças, atos de sabotagem e agressões a empregadores e
funcionários dissidentes caracterizam abuso de direito pelo movimento grevista,
cabendo a responsabilização do sindicato obreiro e dos empregados envolvidos no
exercício abusivo do direito ou em atos ilícitos praticados durante a greve.
O exercício abusivo do direito de greve por sindicato e empregados enseja a
responsabilização trabalhista, civil ou mesmo criminal dos envolvidos em atos
praticados no curso da greve.
Importante destacar que não constitui abuso de direito de greve a paralisação de
trabalhadores exigindo o cumprimento de acordo, decisão arbitral ou sentença de
dissídio coletivo.
DICA 112
GREVE DO SERVIDOR PÚBLICO
Ressalta-se, mais uma vez, que a greve é um direito assegurado a todo trabalhador do
setor público ou privado. Em resumo, ela é uma espécie de mecanismo utilizado para
que os trabalhadores brasileiros possam fazer valer os seus direitos, bem como pleitear
melhores condições de trabalho.
Estabelecida pela legislação em vigor como suspensão coletiva, a greve é uma
manifestação pacífica e temporária que pode ocorrer ou não em caráter total de
prestação de serviços ao empregador, sejam eles empresas do setor privado ou
entidades da Administração Pública direta e indireta.
No que concerne ao servidor público federal (servidores do TRT), não há previsão
constitucional do direito à greve. Contudo, o inciso VII do art. 37º da Constituição
Federal estabelece que o direito à greve pode ser garantido nos termos e limites
fixados em lei específica, isto é, depende de regulamentação própria.
Apesar dessa previsão, o direito de greve do servidor público ainda não foi
regulamentado por lei específica. A falta de regulamentação, por sua vez, fez com que o
Poder Judiciário fosse chamado a se manifestar em diversas ocasiões, e o STF (Supremo
Tribunal Federal) já reconheceu a legalidade da greve do servidor público.

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Tendo sido reconhecida pelo STF, determinou-se, portanto, que até que haja a
regulamentação específica prevista na Constituição, está assegurado direito a fazer greve
ao servidor público de acordo com os termos estabelecidos pelo próprio Tribunal.
Seguindo os mesmos ditames da greve em geral, mantendo a essencialidade dos serviços!
DICA 113
COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
A Lei 9.958/2000, acrescentou e alterou artigos à CLT, instituindo as Comissões de
Conciliação Prévia e permitindo a execução de título extrajudicial na Justiça do
Trabalho.
Referidas Comissões foram regulamentadas pela Portaria MTE 329/2002, posteriormente
alterada pela Portaria MTE 230/2004.

Instituição: As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de


Conciliação Prévia, de composição paritária, com representantes dos empregados e dos
empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho.
As Comissões referidas poderão ser constituídas por empresa, grupos de empresas, por
sindicato ou ter caráter intersindical (no âmbito de mais de um sindicato).
DICA 114
COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Limites: A Comissão conciliará exclusivamente conflitos que envolvam


trabalhadores pertencentes à categoria profissional e à base territorial das entidades
sindicais que as tiverem instituído.

Composição: A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no


mínimo, dois e, no máximo, dez membros e conciliará exclusivamente conflitos que
envolvam trabalhadores pertencentes à categoria profissional e à base territorial das
entidades sindicais que as tiverem instituído.
DICA 115
COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Remuneração ou gratificação de membros: A forma de custeio da Comissão será


regulada no ato de sua instituição, em função da previsão de custos, observados os
princípios da razoabilidade e da gratuidade ao trabalhador.

Local e horário de funcionamento: O local e o horário de funcionamento da


Comissão devem ser amplamente divulgados para conhecimento público.
DICA 116
CONCEITO DE DIREITO COLETIVO
Os direitos coletivos são conquistas sociais reconhecidas em lei, como o direito à saúde, o
direito a um governo honesto e eficiente, o direito ao meio ambiente equilibrado e os
direitos trabalhistas.

São princípios do direito coletivo de trabalho: Este ramo do direito trabalhista é


dividido em cinco princípios que são: Princípio da liberdade associativa e sindical,
princípio da autonomia sindical, princípio da adequação setorial negociada, princípio da
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criatividade jurídica da negociação coletiva e princípio da lealdade e transparência na
negociação coletiva.
DICA 117
TELETRABALHO PREVISÃO LEGAL
O regime de prestação de serviços denominado “teletrabalho” foi inserido pela Lei da
Reforma Trabalhista nº 13.467,2017 à CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
A CLT tem o TÍTULO II que trata Das Normas Gerais De Tutela Do Trabalho, com dois
capítulos, o Capítulo I que trata da Identificação Profissional (arts. 13 a 56) e o Capítulo
II que trata da Duração do Trabalho (arts. 57 a 75).

ATENÇÃO!

Leituras Obrigatórias dos Artigos 75-A, 75-B, 75-C, 75-D, 75-E, trazidos pela lei
da Reforma Trabalhista 13.467,2017 estabelecem as regras para o teletrabalho.

O artigo 75-A determina que o regime de prestação de serviços pelo empregado no


regime de teletrabalho deve seguir o disposto no capítulo II-A que foi inserido no
título II das normas gerais de tutela do trabalho.
Inserido pela Lei 13.467,2017- CLT- Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado
em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.
DICA 118
ENQUADRAMENTO COMO TELETRABALHO
O artigo 75-B conceitua o tipo de trabalho que se enquadra como sendo de teletrabalho,
como sendo a prestação de serviços de forma preponderante fora das
dependências do empregador, com tecnologias de informação e comunicação, que não
constituam trabalho externo.
Inserido pela Lei 13.467,2017- CLT- Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de
serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização
de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se
constituam como trabalho externo.
DICA 119
TELETRABALHO - LOCAL DO TRABALHO
O teletrabalho ficou definido, em outras palavras, como sendo a prestação de serviços
realizada pelo empregado fora das dependências da empresa, em suas dependências,
seja em sua casa ou em espaço de escritório seu.
Ao artigo 75-B da CLT inserido pela Lei da Reforma Trabalhista, veio inserido o parágrafo
único, esclarecendo que se tiver que realizar alguma atividade que exija a presença dentro
da empresa, o comparecimento do empregado nas dependências do empregador não
descaracteriza o regime do teletrabalho.

Inserido pela Lei 13.467,2017:

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Art. 75-B, Parágrafo único, da CLT - O comparecimento às dependências do


empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do
empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.

DICA 120
TELETRABALHO - TIPO DE TRABALHO
A permissão legal do teletrabalho NÃO foi dada a todo e qualquer tipo de prestação de
serviços, a redação traz o permissivo legal somente para sérvios com utilização de
tecnologias da informação e de comunicação.
As tecnologias de informação e comunicação são as realizadas com computadores e afins,
como por exemplo: serviços de feitura, acompanhamento ou manutenção em
programas, páginas de internet, aplicativos, páginas de propagandas.
DICA 121
TELETRABALHO - FORA DA EMPRESA- NÃO EXTERNO
O permissivo legal também estabelece que por sua natureza não constitua trabalho
externo.
O trabalho externo é aquele desenvolvido pelo empregado fora da empresa, que sem
a supervisão de horário se enquadrada nas regras próprias do artigo 62 da CLT como
fora do regime de duração do trabalho.
Para trabalho externo fora da empresa significa na rua (não em casa), como as
atividades em visitas para venda a clientes por exemplo.
Para o teletrabalho fora das dependências da empresa significa em casa (não na rua)
como as atividades utilizando microcomputador da residência por exemplo.
DICA 122
TELETRABALHO - QUANTIDADE DE HORAS DE TRABALHO
O Capítulo II DA CLT trata da Duração do Trabalho (arts. 57 a 75). Em seu art. 58
estabelece a carga horária normal máxima de 8 horas diárias. São horas extras todo
trabalho excedente da jornada normal.

Art. 58, da CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer


atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.

O art. 62 traz como fora da regra de duração do trabalho e horas extras, a exceção do
item I: os que exercem atividades externas, e; do item II: os gerentes com cargo de
gestão.
A Lei da Reforma Trabalhista 13.467,2017 acrescentou ao Art. 62 da CLT o item III,
estabelecendo que os empregados em regime de teletrabalho, também estão fora da
regra de duração do trabalho e horas extras.
O que significa que estão fora do controle de jornada de trabalho, definem seus horários
de trabalho e quantidade de horas trabalhadas.

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Art. 62, da CLT - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: (Redação
dada pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de
horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e
Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei nº 8.966, de
27.12.1994)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento
ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
Inserido pela Lei 13.467,2017-CLT- Art. 62...III – os empregados em regime de
teletrabalho. (NR)
CLT-Art. 62...Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos
empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de
confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do
respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). (Incluído pela Lei nº
8.966, de 27.12.1994).

DICA 123
TELETRABALHO - ESPECIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES
Não basta simplesmente o empregado trabalhar em sua casa, o Art. 75-C acrescido
pela lei da reforma trabalhista 13.467,2017, determina que deve ser firmado um contrato
de trabalho no qual deve constar expressamente as atividades que serão feitas pelo
empregado.

Inserido pela Lei 13.467,2017:

Art. 75-C, da CLT - A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá


constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as
atividades que serão realizadas pelo empregado.

A mudança do regime presencial para o regime de teletrabalho, de acordo com o


estabelecido pelo parágrafo 1º do Art. 75-C da CLT, pode ser feita, desde que de acordo
empregado e empregador.
Estando de acordo com a mudança do regime presencial para o regime de teletrabalho
podem, empregado e empregador estabelecem a alteração através de um aditivo
contratual.
Aditivo contratual é um termo assinado pelas partes, alterando o contrato original,
neste caso o contrato de trabalho já existente, inserindo expressamente a prestação dos
serviços pelo regime do teletrabalho, devendo especificar as atividades que serão
realizadas pelo empregado.
O parágrafo segundo do Art. 75-C da CLT, também permite haja a mudança do
regime de teletrabalho para o regime presencial.
Estabelece o parágrafo segundo que a mudança pode ocorrer por determinação do
empregador com prazo mínimo de 15 dias para a transição, devendo ser feita
também por aditivo contratual.
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No que temos a mudança de presencial para teletrabalho (parágrafo primeiro) que para
ser estabelecida depende de mútuo acordo, e; a do parágrafo segundo de teletrabalho
para presencial que pode ser feita por determinação do empregador.

Incluído pela Lei 13.467,2017:

Art. 75-C, da CLT - § 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de
teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo
contratual.
§ 2º Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por
determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com
correspondente registro em aditivo contratual.

DICA 124
TELETRABALHO E HOME OFFICE
Teletrabalho e home office são duas palavras que ganharam um significado muito forte,
principalmente na pandemia. Mas será que são sinônimos? A resposta é não! O
teletrabalho é a modalidade laboral onde se pode realizar o serviço fora do ambiente físico
da empresa, usando tecnologias de informação e comunicação para se manter vinculado
ao empregador.
Já o home office é a situação onde o trabalho é feito EVENTUALMENTE de forma remota.,
sendo uma solução para casos emergenciais. Um exemplo é o de uma empresa, que
durante uma greve de ônibus, adotando assim o trabalho home office, enquanto durar a
greve de ônibus, que impede a ida dos trabalhadores.
DICA 125
TELETRABALHO - CUSTOS DOS EQUIPAMENTOS
No regime do teletrabalho, de acordo com o art. 75-D da CLT, as partes devem
também deixar preestabelecido quem arca com os custos dos equipamentos,
infraestrutura e despesas para a prestação dos serviços.
A aquisição e manutenção ou fornecimento dos equipamentos, infraestrutura
adequada à prestação dos serviços e reembolso de despesas, devem estar previstas
também no contrato escrito de trabalho.
O fornecimento de equipamentos ou reembolso de despesas, de acordo com o parágrafo
único do art. 75-D da CLT, não serão considerados salário utilidade, de forma que
não serão somadas ao salário, de forma que não integram a remuneração
mensal, que é base para o cálculo das férias, 13º salário, FGTS, por exemplo.

Incluído pela Lei 13.467,2017:

Art. 75-D, da CLT - As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição,


manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura
necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de
despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.
Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a
remuneração do empregado.

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DICA 126
TELETRABALHO - CIÊNCIA EXPRESSA DAS NORMAS DE SEGURANÇA
Como o trabalho é desenvolvido fora das dependências da empresa, estabelece o art. 75-E
e seu parágrafo único, que o empregador deve instruir o empregado sobre as
precauções para evitar doenças e acidentes de trabalho.
A observância das normas regulamentadoras de segurança do trabalho, deve constar
em termo de responsabilidade assinado pelo empregado se comprometendo a seguir as
instruções.

Incluído pela Lei 13.467,2017:

Art. 75-E, da CLT - O empregador deverá instruir os empregados, de maneira


expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e
acidentes de trabalho.
Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade
comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.

O não cumprimento das Normas Regulamentadoras editadas pelo Ministério do Trabalho


acarretam penalidades às empresas.
O cumprimento das Normas Regulamentadoras de segurança e saúde do trabalho é
obrigatório a quem possua empregados regidos pela CLT – Consolidação das Leis do
Trabalho, o que inclui todas as empresas públicas ou privadas e todos os órgãos públicos,
inclusive poder legislativo e judiciário.
Neste ponto vale destacar dentre as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho,
a NR-17 que traz dentre vários outras, normas para as cadeiras, mesas, escrivaninhas,
bancadas, painéis, suporte de documentos, iluminação, temperatura, bem como normas
específicas para as atividades de processamento eletrônico de dados, operadores de
checkout, trabalho em teleatendimento e telemarketing.
As empresas devem ficar atentas as NRs que podem sofrer alterações ou inclusões pelo
Ministério do Trabalho. Temos hoje 36 Normas Regulamentadoras publicadas no site do
Ministério do Trabalho.
DICA 127
BANCO DE HORAS
O empregador poderá celebrar acordo de compensação de horas por meio de contrato
coletivo de trabalho, a ser cumprido em período diurno ou noturno, ou ainda em ambos,
cujo excesso de horas de trabalho de um dia seja compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, de maneira a não ultrapassar o limite de 10 horas diárias.
Integração ao salário: O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas,
pagos com habitualidade, integram o salário para todos os efeitos legais, conforme -
Enunciado I da Súmula TST nº 60.
Formalização do pagamento: O pagamento do adicional noturno é discriminado
formalmente na folha de pagamento e no recibo de pagamento de salários, servindo,
assim, de comprovação de pagamento do direito.

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DICA 128
PODER REGULAMENTAR
É o poder de estipular normas gerais a serem observadas pelos empregados. Sobre o
assunto necessário se faz anotar as súmulas que aparecem em prova:

SÚMULA Nº 77, DO TST

Nula é a punição de empregado se não precedida de inquérito ou sindicância internos a


que se obrigou a empresa por norma regulamentar.

Essa súmula prevê que a punição do empregado, para ser considerada válida, deve ser
precedida de inquérito ou sindicância internos a que se obrigou a empresa por norma
regulamentar.
DICA 129
PODER FISCALIZATÓRIO OU DE CONTROLE
Exemplo claro desse poder é a possibilidade que o empregador tem de controlar a jornada
de trabalho do empregado. Sobre o assunto, existem algumas questões controvertidas,
tais como a revista íntima e a revista pessoal.
Revista íntima: o entendimento dos tribunais é de que é vedada tanto a revista
íntima nas mulheres como nos homens (Princípio da Igualdade). Já existia, em relação às
mulheres, vedação no artigo 373-A, da CLT. Também foi publicada Lei (Lei 13.271/16)
dispondo sobre a revista íntima nas empresas privada, órgãos públicos e entidades da
Administração Pública também proibindo a revista íntima das funcionárias. A justificativa
para a proibição se deve em razão do fato de que a prática fere o princípio da
dignidade da pessoa humana.
Revista pessoal: o entendimento dos tribunais é de que as revistas pessoais, ou
seja, aquelas que tem, por exemplo, o intuito de verificar bolsas, mochilas e sacolas dos
trabalhadores são admitidas, desde que realizadas com a devida razoabilidade.
DICA 130
PODER DISCIPLINAR
Esse poder confere ao empregador a possibilidade de impor sanções. Essas sanções
seriam as seguintes:
Advertência verbal ou escrita: não está prevista expressamente na CLT, mas pode
ser aplicada em razão de ser mais benéfica. Importante salientar que não pode ser
anotada essa penalidade na CTPS do empregado.
Suspensão disciplinar de, no máximo, 30 dias consecutivos: sobre essa penalidade
deve-se atentar para o que fato de que a suspensão por mais de 30 dias consecutivos
acarreta a rescisão indireta (injusta) do empregado, conforme artigo 474, da CLT.
Dispensa por justa causa: é a mais grave das penalidades e está prevista nas
hipóteses do artigo 482 da CLT.

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DICA 131
REFORMA TRABALHISTA E O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO NO DIREITO DO
TRABALHO
Acontece que, ao ceder aos anseios dos empregadores, a Reforma tem pontos
preocupantes, pois em certos casos pode deixar o trabalhador em situação de
desvantagem, indo contra princípios que regem as relações de trabalho. O princípio da
proteção é o principal deles, pois garante o equilíbrio entre empregado e
empregador, de forma a proporcionar igualdade, é a intervenção do Estado para
limitar a liberdade contratual, afim de garantir direitos.
Nas palavras de Souto e Saraiva: “O princípio da proteção, sem dúvidas o de maior
amplitude e importância no Direito do Trabalho, consiste em conferir ao polo
mais fraco da relação laboral - o empregado - uma superioridade jurídica capaz
de lhe garantir mecanismos destinados a tutelar os direitos mínimos estampados
na legislação laboral vigente.”.
DICA 132
PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO NA REFORMA TRABALHISTA
É preciso ficar atento a alguns pontos trazidos pela Reforma, para que não ocorra
retrocesso aos direitos trabalhistas, principalmente em relação a nova regra inserida no
texto da CLT, através do artigo 611-A, que ampliou a autonomia de vontade das partes
para dispor sobre o contrato de trabalho, estabelecendo que o acordado tem
prevalência sobre o legislado. Ou seja, o que for negociado através acordos e
convenções coletivas de trabalho prepondera, predomina, sobre a lei.
De forma a esclarecer, nas lições de Vólia Bomfim Cassar: “O acordo coletivo de
trabalho é o negócio jurídico extrajudicial efetuado entre sindicato dos
empregados e uma ou mais empresas, onde se estabelecem condições de trabalho,
obrigando as partes acordantes dentro do período de vigência predeterminado e na base
territorial da categoria. – art. 611, § 1°, da CLT. Suas cláusulas são comandos abstratos,
gerais e impessoais. Em face disto, a convenção ou o acordo coletivo se assemelham à
lei[...]. Por sua vez a convenção coletiva de trabalho é um negócio jurídico
extrajudicial pactuado entre o sindicato dos empregados e o sindicato dos
empregadores, estabelecendo condições de trabalho para toda a categoria.”
Assim, a nova regra é pautada na intervenção mínima do Estado nas relações de
trabalho, dando maior autonomia as partes dessa relação contratual, que passam a
estabelecer condições que antes eram impostas por lei. Registre-se que essas negociações
não poderão acontecer de forma individual pelo trabalhador, mas somente pela entidade
de sua classe, ou seja, o acordo deve ser fruto da atividade coletiva do sindicato.
Isso porque para serem realizadas negociações individuais é necessário que o funcionário
possua nível superior e salário maior do que duas vezes o benefício máximo concedido
pela Previdência Social.
Ademais, o artigo inserido na CLT (611-A) possui rol exemplificativo, com quinze incisos
que demonstram o conteúdo no qual pode ser aplicada a regra e abrangem questões
como:

Jornada de trabalho,

Banco de horas e intervalos,

Plano de cargos,
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Organização da empresa e dos empregados,

Teletrabalho,

Remuneração,

Saúde e insalubridade.
Todos estes pontos de negociação - dentre outros - são passíveis de negociação.
Conforme redação dada ao artigo: “Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo
de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (...)”.
DICA 133
RESTRIÇÕES À PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO
Dessa forma, não é possível a negociação de todos os direitos, pois além das
questões exemplificadas no artigo 611- A, foi criado também o artigo 611-B, que
estabelece limites e possui rol restritivo à aplicação da regra. Além disso, também
ficam resguardados direitos dispostos em normas jurídicas superiores à lei ordinária
(Reforma Trabalhista), como por exemplo os direitos elencados na Constituição, os
dispostos em Tratados Internacionais e os decorrentes de lei complementar.
Caso o artigo 611-B seja desrespeitado, a negociação firmada será considerada
nula. Conforme redação: ''Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou
de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes
direitos: (...)”.
Outro ponto importante a ser observado é que a prevalência do negociado sobre o
legislado pode, inclusive, suprimir direitos trabalhistas, isto é, renunciá-los sem que
ocorra compensação. Todavia, quando a negociação resultar em violação ou for
caracterizada vantagem excessiva de uma parte em detrimento da outra, é
possível a discussão da constitucionalidade perante o Judiciário, via controle
difuso ou concentrado, a depender do caso concreto.
DICA 134
O JULGAMENTO DO STF SOBRE A PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO SOBRE O
LEGISLADO
Por fim, apesar de muitos acreditarem que a nova regra do negociado prevalecer sobre o
legislado viola do Princípio da Vedação do Retrocesso Social, o STF decidiu, em
julgamento do recurso extraordinário 590.415, que o dispositivo é constitucional,
pois ''o reconhecimento dos acordos e convenções coletivas permite que os
trabalhadores contribuam para a formulação das normas que regerão a sua
própria vida.'', nos moldes do art. 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal, que
considera como direito social do trabalhador o reconhecimento das convenções e acordos
coletivos de trabalho.
DICA 135
TRANSPORTE
E obrigatório ao empregador fornecer o vale transporte ao empregado para a
utilização em transporte público no percurso casa-trabalho e seu retorno
É ônus do empregador a comprovação de preenchimento dos requisitos e opção ou não do
vale transporte.

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DICA BÔNUS
DIREITO SOBRE PROPRIEDADE INTELECTUAL
As invenções criadas pelo empregado por conta de sua contribuição pessoal para o
empregador pertencem a ambas as partes em partes iguais salvo se contrato tiver
condição implícita ou explicita de pesquisa cientifica.
Caberá ao empregador explorar o invento pelo prazo de um ano da concessão da patente
sob pena de reverter a propriedade ao empregado.
DICA BÔNUS
PEDIDO DE DEMISSÃO
Ocorre quando o empregado imotivadamente rescinde o contrato de trabalho.
Pode ocorrer quando empregado e empregador cometem uma falta grave.
O empregado receberá na metade todas as verbas rescisórias inclusive a multa
rescisória do FGTS.
Quando ambas as partes têm interesse em rescindir o contrato.
O empregado receberá pela metade a multa de 40% do FGTS e o aviso prévio e as
demais verbas na integralidade.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DICA 136
AGRAVO DE INSTRUMENTO NO PJE
Com a implantação do Processo Judicial Eletrônico-PJe não há mais autos físicos, por
isto não se fala em traslado de peças ou formação de instrumento, uma vez que o órgão
ad quem tem acesso a todas as peças e documentos do processo eletrônico. Nesse
sentido, aliás, dispõe expressamente o art. 34 da Resolução n. 136/2014 do CSJT:
A partir da implantação do PJe-JT no segundo grau de jurisdição dos Tribunais Regionais
do Trabalho, será dispensada a formação de autos suplementares em casos de exceção
de impedimento ou suspeição, agravos de instrumento, agravos regimentais e agravo
previsto no art. 557 do Código de Processo Civil.
DICA 137
SINDICATO E INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EFETUANDO A METADE DE DEPÓSITO
RECURSAL

Novidade quentinha: A 5ª Turma do TST decidiu que o sindicato poderá interpor


recurso efetuando METADE de depósito recursal na condição de empregador, e esta
decisão foi tomada diante da interposição do Recurso de Revista 11368-
91.2015.5.15.0113. Segundo a decisão, não há, no processo, registro de que a entidade
auferisse e distribuísse lucro. Ele assinalou que os sindicatos, por lei, são considerados
entidades sem fins lucrativos e têm o direito de recolher pela metade o depósito recursal.
IMPORTANTE:
O TST tem 8 Turmas, cada uma composta por 3 ministros, com a atribuição de analisar
recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos
ordinários em ação cautelar.
DICA 138
RECURSO ADESIVO
É um tipo recurso interposto pela parte que, a princípio, não desejava recorrer, mas,
diante do recurso da parte contrária, decide impugnar os fundamentos da decisão. Seu
fundamento legal encontra-se normatizado no art. 997, § 2º, do CPC e Súmula 283 do
TST.

→ E mais: Não cabe recurso adesivo do recurso de agravo de instrumento, pois este
serve apenas para destrancar recurso, portanto, não há o requisito essencial da
sucumbência recíproca.
O recurso adesivo é interposto no prazo das contrarrazões, logo, terá o mesmo prazo
do recurso principal. Lembrando sempre que ele pode ser cabível nos seguintes recursos:
Recurso ordinário, recurso de revista, embargos no TST, agravo de petição e recurso
extraordinário.
DICA 139
RECURSO ADESIVO - CABIMENTO
No processo civil, o recurso adesivo é cabível na apelação, no recurso extraordinário e no
recurso especial (CPC, art. 997, § 2º, II). Já no processo do trabalho, a jurisprudência
pacificou o entendimento de que o adesivo é cabível nas hipóteses de interposição de
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recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos (TST, Súmula 283).
Lembrando que não cabe recurso adesivo na remessa ex officio.
DICA 140
RECURSO ADESIVO – EFEITOS
O recurso adesivo no processo do trabalho deve seguir as mesmas regras do recurso
principal, de maneira que terá sempre efeito meramente devolutivo, não impedindo,
pois, a execução (provisória) do julgado.

→ O recurso adesivo pode ter correlação com a matéria veiculada no recurso principal,
mas também pode tratar de matéria diversa.
IMPORTANTE:
O recurso adesivo direcionado ao TST deve, obrigatoriamente, ser subscrito por advogado
(TST, Súmula 425), sob pena de não conhecimento, por irregularidade de representação
do recorrente-aderente.
DICA 141
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
O recurso ordinário constitucional (ROC) trata-se de recurso de competência do STF, e
tem por finalidade impugnar decisões denegatórias de habeas corpus, mandado de
segurança, habeas data e mandado de injunção, julgados em única instância pelos
tribunais superiores. Na Justiça do Trabalho, o recurso será cabível quando tais processos
forem julgados, em única instância, pelo Tribunal Superior do Trabalho. Seu prazo é de 15
dias.
IMPORTANTE: Não se admite recurso adesivo no ROC.

→ O recurso ordinário constitucional sempre será de competência do Supremo Tribunal


Federal (juízo ad quem). O juízo a quo, por seu turno, será o Tribunal Superior do
Trabalho.
DICA 142
RECLAMAÇÃO CORREICIONAL

A reclamação correicional não é recurso, mas sim uma medida judicial, que será
cabível para sanar equívocos, abusos e atos contrários à boa ordem processual e que
importem em atentado a fórmulas legais de processo, desde que não haja recurso ou
outro meio processual específico. Em regra, ela será direcionada ao corregedor do tribunal
em questão. Logo, a reclamação correicional, também chamada de correição parcial, é um
procedimento de cunho meramente administrativo, regulado pelos Regimentos Internos
dos Tribunais do Trabalho.

ATENÇÃO!

TST. OJ TP nº 5. Não cabe recurso ordinário contra decisão em agravo regimental


interposto em reclamação correicional ou em pedido de providência.

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DICA 143
RECLAMAÇÃO CORREICIONAL – DICAS IMPORTANTES

A reclamação correicional deve preencher alguns requisitos, a saber:

o ato deve ser atentatório à boa ordem processual;

não deve haver recurso cabível contra este ato;

deve ser demonstrado o prejuízo processual à parte recorrente do referido ato.


Como exemplos de atos atentatórios à boa ordem processual passíveis de correição,
podemos destacar o juiz que não julga o processo, estando este concluso para sentença
há vários meses, ou mesmo a decisão do magistrado que ordena retirar dos autos uma
contestação apresentada no prazo legal etc.
DICA 144
RECURSO DE REVISTA

Conhecido por ser um recurso bastante técnico, o recurso de revista ( com sua
normatização no artigo 896 da CLT) tem uma natureza de cunho extraordinário, bem
como o recurso especial julgado pelo STJ e o recurso extraordinário, que é julgado pelo
STF. E é de suma importância que você saiba que o jus postulandi não se aplica ao
recurso de revista, conforme traz a Súmula 425 do TST. Somente será cabível em
dissídios individuais – NUNCA caberá em dissídio coletivo, pois como o dissídio coletivo é
originário do TRT, o recurso cabível será o recurso ordinário para o TST.

Qual seu prazo? O prazo é de 8 dias úteis.

E qual seu cabimento? Cabe em 3 situações:

Quando o TRT vier a dar à Lei Federal uma interpretação divergente ou diferente de
algum outro TRT, da Seção de Dissídios Individuais, de Súmula ou Orientação
Jurisprudencial do TST ou de Súmula Vinculante do STF.

Uma decisão do TRT der à lei estadual, convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo
de trabalho, regulamento interno de empresa ou sentença normativa interpretação
distinta de outro TRT, Seção de Dissídios Individuais, súmula ou orientação jurisprudencial
do TST ou súmula vinculante do STF.

Quando o TRT violar a CF/88 ou lei federal.


IMPORTANTE:
O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela Presidência dos Tribunais
Regionais do Trabalho limita-se à análise dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do
apelo, não abrangendo o critério da transcendência das questões nele veiculadas.
DICA 145
RECURSO DE REVISTA- EFEITOS DO RECURSO DE REVISTA

Veja o que diz o § 1º do art. 896 da CLT passou a ter redação mais técnica, a saber:

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O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá
recebê-lo ou denegá-lo.
É importante ressaltar que a devolutibilidade do recurso de revista não é ampla, como a
do recurso ordinário. Pelo contrário, é bem limitada, tal como ocorre com o recurso
especial ou o recurso extraordinário. No recurso de revista, também não existe o efeito
translativo, na medida em que o TST somente apreciará as questões ou matérias
prequestionadas, ainda que tais questões sejam de ordem pública.

É o que diz, por exemplo, a OJ n. 62 da SBDI-1:

OJ n. 62 da SBDI-1

É necessário o prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de


natureza extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta.

DICA 146
INSTRUÇÃO NORMATIVA TST N. 23/2003 (DJU)
Com o objetivo de uniformizar a interposição do recurso de revista, sobretudo visando
racionalizar o funcionamento do TST para fazer frente à crescente demanda recursal, e
otimizar o uso dos recursos da informática, buscando dar celeridade da prestação
jurisdicional, anseio do jurisdicionado, o TP daquela Corte editou a Resolução n.
118/2003, que cancelou a IN n. 22/2003 (que estabelecia padrões vinculantes de petição
do recurso de revista) e aprovou a IN n. 23/2003, que normatiza algumas recomendações
(sem que haja um caráter vinculante) para a elaboração da petição do recurso de revista.

Veja o que ela afirma:

ATENÇÃO!

(...) quanto às petições de recurso de revista:


I – Recomendar sejam destacados os tópicos do recurso e, ao demonstrar o
preenchimento dos seus pressupostos extrínsecos, sejam indicadas as folhas dos autos
em que se encontram:
a) a procuração e, no caso de elevado número de procuradores, a posição em que se
encontra(m) o(s) nome(s) do(s) subscritor(es) do recurso;
b) a ata de audiência em que o causídico atuou, no caso de mandato tácito;
c) o depósito recursal e as custas, caso já satisfeitos na instância ordinária;
d) os documentos que comprovam a tempestividade do recurso (indicando o início e o
termo do prazo, com referência aos documentos que o demonstram).
II – Explicar que é ônus processual da parte demonstrar o preenchimento dos
pressupostos intrínsecos do recurso de revista, indicando:
a) qual o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da
controvérsia trazida no recurso;
b) qual o dispositivo da lei, súmula, orientação jurisprudencial do TST ou ementa (com
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todos os dados que permitam identificá-la) que atrita com a decisão regional.
III – Reiterar que, para comprovação da divergência justificadora do recurso, é
necessário que o recorrente:
a) junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial ou
repositório em que foi publicado;
b) transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à
configuração do dissídio, demonstrando os conflitos de teses que justifiquem o
conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou
venham a ser juntados com o recurso.
IV – Aplica-se às contrarrazões o disposto nesta Instrução, no que couber.

DICA 147
TRANSCENDÊNCIA

É a ideia da extrema importância do tema tratado pelo Recurso de Revista, que não se
prende apenas às partes. Já havia previsão deste instituto antes da Reforma
Trabalhista, mas sua normatização mais concreta veio na Reforma Trabalhista, aonde
vieram os indicativos abaixo elencados:

São indicadores de transcendência, entre outros ( art. 896-A, § 1°, CLT):

econômica, o elevado valor da causa;

política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal


Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal;

social, a postulação, só podendo ser alegada pelo reclamante-recorrente, de direito


social constitucionalmente assegurado;

jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação


trabalhista.
Precisa de todos? Não, apenas um já basta.
Lembrando que a lei não impõe que haja neste recurso um tópico próprio no recurso de
revista, muito embora seja altamente recomendado que tenha.
DICA 148
PREQUESTIONAMENTO

O prequestionamento é a matéria a será discutida no recurso. É prequestionada a


matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese
a respeito. Não entendeu? Em outras palavras, o prequestionamento é a manifestação
prévia do Poder Judiciário sobre a matéria que será o objeto de discussão no recurso de
revista. Ou seja, nada de trazer coisas novas no recurso de revista.

Art. 896, § 1º-A, I, da CLT e Súmula 297 do TST. Diz-se prequestionada a matéria
quando na decisão impugnada haja sido adotada expressamente tese a respeito (Súmula
297, I, do TST).

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SÚMULA 297, II, DO TST

Dispõe a Oposição de Embargos de Declaração em caso de ausência de


prequestionamento.

SÚMULA 297, III, DO TST

Considera-se prequestionada questão jurídica invocada em recurso principal sobre o


qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de
declaração (prequestionamento tácito).

DICA 149
RECURSO EXTRAORDINÁRIO

É o tipo de recurso aonde existe uma afronta direta e literal ao texto constitucional. Em
casos envolvendo este recurso, não há mais a necessidade do preparo, ou seja, de custas
+ depósito recursal. Veja o motivo:

Tema 679 de Repercussão Geral: "Surge incompatível com a Constituição Federal


exigência de depósito prévio como condição de admissibilidade do recurso extraordinário,
no que não recepcionada a previsão constante do § 1º do artigo 899 da Consolidação das
Leis do Trabalho, sendo inconstitucional a contida na cabeça do artigo 40 da Lei nº 8.177
e, por arrastamento, no inciso II da Instrução Normativa nº 3/1993 do Tribunal Superior
do Trabalho”.

Recurso extraordinário é o recurso impetrado diretamente no STF

Em casos de Recurso Extraordinário, o recorrente precisa demonstrar a repercussão geral


das questões constitucionais discutidas, para que o Tribunal venha a examinar a admissão
do recurso, e neste ponto só poderá recusar este recurso quando houver manifestação de
2/3 de seus membros, conforme normatizado no art. 102, § 3º da CF/88:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da


Constituição, cabendo-lhe:
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a Repercussão Geral
das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o
Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela
manifestação de dois terços de seus membros.

DICA 150
PRAZO PARA INTERPOR E CONTRA-ARRAZOAR O RECURSO EXTRAORDINÁRIO
O prazo para interpor e contra-arrazoar o recurso extraordinário é de 15 dias (art. 26 da
Lei 8.038/1990) e o recurso será julgado por turma do STF. Também não se admite a
interposição de recurso extraordinário para o simples reexame de prova, conforme
previsto na Súmula 279 do STF. O recurso extraordinário exige que a questão federal seja
prequestionada, de maneira explícita (por meio, normalmente, de embargos de
declaração), sob pena de não conhecimento do apelo.
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DICA 151
EFEITOS DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
O recurso extraordinário possui efeito meramente devolutivo. Admite-se o efeito
suspensivo em sede de tutela cautelar, observando-se os termos das Súmulas 634 e 635
do STF. Lembrando sempre devolutibilidade é restrita à matéria de natureza
exclusivamente constitucional devidamente prequestionada e que tenha repercussão
geral. Isso significa dizer que no recurso extraordinário, assim como na revista e no
especial, não se examina a justiça ou injustiça da decisão recorrida, nem tampouco as
chamadas questões de fato ou matéria de prova.
DICA 152
PREQUESTIONAMENTO E RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Se tratando de recurso de natureza ordinária, não há necessidade de que a matéria
submetida ao órgão ad quem esteja prequestionada, já que o efeito devolutivo amplo
inerente a essa modalidade impugnativa de resoluções judiciais.
O mesmo não ocorre com os chamados recursos de natureza extraordinária (recursos
extraordinários, de revista, embargos no TST e especial), já que o prequestionamento
constitui requisito indispensável para o seu cabimento. Diz-se prequestionada
determinada matéria quando a decisão recorrida sobre ela se manifestar explicitamente.

Quanto ao prequestionamento, entende do Supremo Tribunal Federal:

É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a


questão federal suscitada (Súmula 282).
O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios,
não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do
prequestionamento (Súmula 356). A razão de ser do prequestionamento está na
necessidade de proceder-se a cotejo para, somente então, concluir-se pelo
enquadramento do extraordinário no permissivo constitucional. O conhecimento do
recurso extraordinário não pode ficar ao sabor da capacidade intuitiva do órgão
competente para julgá-lo. Daí a necessidade de o prequestionamento ser explícito,
devendo a parte sequiosa de ver o processo guindado à sede excepcional procurar
expungir dúvidas, omissões, contradições e obscuridades, para o que conta com os
embargos declaratórios (STF, AgRg-AI n. 162.682-9-SP, Rel. Marco Aurélio, Ac. 2ª T.).
O conteúdo do voto vencido, quando veicule tema de caráter exclusivamente
infraconstitucional, não se reveste de eficácia jurídico-processual necessária à
configuração do requisito essencial do prequestionamento. É inadmissível o recurso
extraordinário, quando a fundamentação que lhe dá suporte não guarda qualquer
relação de pertinência com o conteúdo do acórdão proferido pelo Tribunal inferior. O
divórcio ideológico entre as razões do pedido de reforma da decisão recorrida e a
matéria efetivamente versada no pronunciamento jurisdicional impugnado inviabiliza a
exata compreensão da controvérsia jurídica, impedindo, desse modo, o próprio
conhecimento do recurso extraordinário (Súmula 284/STF) (STF, Ag.-AI n. 145.651-6-
PR, Rel. Celso de Mello, Ac. 1ª T.).

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DICA 153
RECURSO DE AGRAVO DE PETIÇÃO
Segundo o art. 897, a, da CLT, o agravo de petição é cabível contra as decisões em
execução. O art. 897, § 1º, da CLT exige que o agravante delimite a matéria e os valores
em divergência. Lembrando que A Súmula 266 do TST reconhece o cabimento também
no procedimento de liquidação de sentença. Também cabe quando a exceção de pré-
executividade é julgada procedente, extinguindo a execução.
Na improcedência da exceção de pré-executividade, não cabe o referido recurso, já que a
execução prosseguirá, de modo que estaremos diante de uma decisão interlocutória.
Dica: Quando falamos de execução, teremos agravo de petição.

O agravo de petição é composto por duas peças: A Interposição, para o juízo A quo
(Vara do Trabalho) e a de Razões, para o juízo Ad quem (Tribunal Regional do Trabalho).
Precisa de depósito? A questão é bem controversa, mas a doutrina majoritária tem
entendido não ser necessário fazer o depósito judicial, para se realizar interposição do
agravo de petição, bastando tão somente que o juízo esteja previamente garantido com a
penhora ou até mesmo nomeação de bens (Súmula 128 do TST) .
Informação de suma importância: Não cabe agravo de petição da decisão que rejeita
exceção de pré-executividade. Entretanto é cabível agravo de petição da decisão que
acolhe integralmente a exceção de pré-executividade, pois neste caso ocorre a extinção
da própria execução.
DICA 154
AGRAVO DE PETIÇÃO GENÉRICO É ADMITIDO?
Não será admitido agravo de petição genérico, devendo ser indicado pelo agravante,
sob pena de não conhecimento do apelo, as matérias e valores impugnados, bem como a
fundamentação da irresignação. As parcelas que não foram impugnadas mediante agravo
de petição poderão, de imediato, ser executadas definitivamente, não havendo qualquer
efeito suspensivo. Dessa forma, não fere direito Líquido e certo do executado o
prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo
(Súmula 416 do TST).
INFORMAÇÃO IMPORTANTE:
Não cabe agravo de petição para atacar decisão, seja na fase de conhecimento ou na fase
de execução, que denegar assistência judiciária à parte, tendo em vista o princípio da
irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias (CLT, art. 893, §1º).
DICA 155
REFORMA TRABALHISTA- TRANSCENDÊNCIA

São indicadores de transcendência, entre outros:

econômica, o elevado valor da causa;

política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal


Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal;

social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente


assegurado;
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jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação
trabalhista.
IMPORTANTE:
Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não
demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado.
DICA 156
REFORMA TRABALHISTA- HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL
O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo
obrigatória a representação das partes por advogado. Lembrando sempre que as partes
não poderão ser representadas por advogado comum. Faculta-se ao trabalhador ser
assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria
No prazo de 15 dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo,
designará audiência se entender necessário e proferirá sentença. A petição de
homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos
direitos nela especificados.
E o prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da
decisão que negar a homologação do acordo.
DICA 157
REFORMA TRABALHISTA - VARAS DO TRABALHO

Pela Reforma Trabalhista, compete, dentre outras coisas, às varas de trabalho:


Decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da
Justiça do Trabalho e estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de
jurisprudência uniforme, pelo voto de pelo menos dois terços de seus membros, caso a
mesma matéria já tenha sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo,
dois terços das turmas em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas,
podendo, ainda, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário Oficial.
DICA 158
REFORMA TRABALHISTA - HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA
A partir da vigência da Lei 13.467/2017 (art. 791-A da CLT), os advogados passaram a ter
o direito aos honorários de sucumbência, fixados entre 5% e 15% sobre o valor que
resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Ainda lhe são devidos honorários nas
ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou
substituída por sindicato da categoria. E nos casos de procedência parcial, o juiz fixará os
honorários de sucumbência recíproca.
DICA 159
REFORMA TRABALHISTA - DANO EXTRAPATRIMONIAL

Ao apreciar o pedido, o juízo considerará:

a natureza do bem jurídico tutelado;

a intensidade do sofrimento ou da humilhação;


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a possibilidade de superação física ou psicológica;

os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;

a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;

as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;

o grau de dolo ou culpa;

a ocorrência de retratação espontânea;

o esforço efetivo para minimizar a ofensa;

o perdão, tácito ou expresso;

a situação social e econômica das partes envolvidas;

o grau de publicidade da ofensa.


DICA 160
REFORMA TRABALHISTA -REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS

A comissão que representará os empregados será composta:

nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por três membros;

nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cinco membros;

nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros.

A comissão organizará sua atuação de forma independente.


DICA 161
OJS DA SUBSEÇÃO I ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS INDIVIDUAIS (SDI-1) E DA
SUBSEÇÃO II ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS INDIVIDUAIS (SDI-2) -
DIFERENÇA
As diferenças entre as OJs da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) e
da Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) são, basicamente, de
ordem material, tendo em vista as diferentes atribuições conferidas a ambas as Seções
pelo Regimento Interno do TST. Normalmente, o candidato deve conhecer, em relação ao
direito material do trabalho, as Súmulas e OJs da SDI-1 do TST, e as OJs da SDI-2
versam, em regra, sobre assuntos ligados ao Processo do Trabalho.
DICA 162
SEGURO GARANTIA
O seguro garantia judicial tem por objetivo assegurar o pagamento de débitos
reconhecidos em decisões proferidas por órgãos da Justiça do Trabalho.
IMPORTANTE:
O TST editou um novo ato que mudou as regras sobre seguro garantia judicial Com a
normatização da Reforma Trabalhista, as apólices de seguro e de cartas de fiança bancária
passaram a ser aceitas em substituição ao depósito recursal e para garantia de execução
trabalhista.

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A principal alteração está nos artigos 7º e 8º do ato de 2019, que passam a ter a
seguinte redação:

Art. 7º - O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a


execução trabalhista mediante apresentação de seguro garantia judicial (art. 882 da
CLT, com redação dada pela Lei nº 13.467/2017).
Parágrafo único. Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança
bancária e o seguro garantia judicial, desde que atendidos os requisitos deste Ato
Conjunto (art. 835, § 2º, do CPC).
Art. 8º - O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro
garantia judicial (art. 899, § 11, da CLT, incluído pela Lei nº 13.467/2017), observados
os requisitos deste Ato Conjunto.
Parágrafo único. O requerimento de substituição do depósito recursal por seguro
garantia judicial será dirigido ao Juiz ou Relator, competente para decidir o pedido na
fase em que se encontrar o processo, na origem ou em instância recursal.

IMPORTANTE:
"A carta de fiança bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior
ao do débito em execução, acrescido de trinta por cento, equivalem a dinheiro para efeito
da gradação dos bens penhoráveis, estabelecida no art. 835 do CPC de 2015" (OJ nº 59
da SDI-2).
DICA 163
FIANÇA BANCÁRIA
Vale a pena salientar que em processo de execução, carta de fiança vale como dinheiro.
Ela suficiente para assegurar a garantia do pagamento no processo de execução. E uma
informação atual: Execução trabalhista pode ter fiança bancária como garantia, segundo o
TST.

Veja como este assunto pode cair na sua prova:

QUESTÃO ADAPTADA, 2019.


O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia
judicial.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Gabarito: Certo
Comentário: Questão baseada no art. 899, § 11, da CLT.

DICA 164
NORMAS ATINENTES AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO

Alguns termos importantes:

Sistema satélite: É aquele periférico ao PJe, que com ele tenha relação e/ou
integração negocial, funcional ou técnica e que tenha sido homologado e distribuído pelo
Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) para funcionamento conjunto;
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Arquivo eletrônico que utilize linguagem padronizada de marcação genérica: É
todo aquele que, independentemente do sufixo que designe seu formato ou função que
desempenhe no computador, seja capaz de descrever diversos tipos de dados, gerando
metadados;

Usuários externos do PJe: São as partes, estagiários e membros da Advocacia e do


Ministério Público, defensores públicos, peritos, leiloeiros, as sociedades de advogados, os
terceiros intervenientes e outros auxiliares da justiça; e

Usuários internos do PJe: São os magistrados e servidores da Justiça do Trabalho,


bem como outros a que se reconhecer acesso às funcionalidades internas do Sistema, tais
como estagiários e prestadores de serviço.
Veja o que diz a Resolução CSJT nº 185 de 24 de março de 2017: “A tramitação do
processo judicial no âmbito da Justiça do Trabalho e a prática eletrônica de atos
processuais, nos termos da Lei nº 11.419/06, dos arts. 193 a 199 do CPC, e 847,
parágrafo único, da CLT serão realizadas exclusivamente por intermédio do Sistema
Processo Judicial Eletrônico (PJe) instalado na Justiça do Trabalho, regulamentado por
esta Resolução.”
Informação importante: A Reforma Trabalhista não afetou a demonstração da
hipossuficiência para fins de gratuidade de justiça, que segue exigindo, no que diz
respeito a pessoas físicas, simples declaração, com presunção relativa de veracidade.
Veja:

INFORMATIVO TST 227

(TST-ARR-1001016-92.2018.5.02.0055, 7ª Turma, rel. Min. Cláudio Mascarenhas


Brandão, julgado em 14/10/2020) RECURSO DE REVISTA COM AGRAVO INTERPOSTO
PELO AUTOR. LEI 13.467/2017. BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA. PESSOA
NATURAL. SÚMULA Nº 463, ITEM I, DO TST. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA
CONSTATADA
O benefício processual da gratuidade de justiça está condicionado à declaração do
requerente pessoa natural de que não pode arcar com as custas do processo sem o
sacrifício da subsistência familiar. Sua responsabilidade é pela declaração, NÃO SE
EXIGINDO FORMALIZAÇÃO POR OUTRO MEIO. A nova redação do § 4º do artigo
790/CLT, conferida pela Lei nº 13.467/2017, conquanto faça menção à necessidade de
comprovação, não pode ser aplicada isoladamente, mas interpretada de forma
sistemática em face das demais normas, sejam as constantes na própria CLT, ou
aquelas previstas na Constituição Federal e no Código de Processo Civil e legislação
esparsa pertinente.

DICA 165
SÚMULAS VINCULANTES DO STF

SÚMULA VINCULANTE 4

Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem
ser substituído por decisão judicial.

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SÚMULA VINCULANTE 22

A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por


danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de
mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n. 45/04.

SÚMULA VINCULANTE 23

A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada


em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa
privada.

SÚMULA VINCULANTE 25

É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

SÚMULA VINCULANTE 40

A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é


exigível dos filiados ao sindicato respectivo.

SÚMULA VINCULANTE 53

A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal


alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da
condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.

DICA 166
ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS – O QUE SÃO?
Também chamadas de OJ’s, são orientações normativas editadas pelo Tribunal Superior
do Trabalho, com intuito de fazer a uniformização do entendimento acerca de determinada
temática, e que servem para orientar os outros tribunais do trabalho quanto ao
julgamento com relação ao respectivo tema. E qual é a diferença entre orientação
jurisprudencial e a súmula? A súmula possui uma rigidez maior, e a OJ tem uma
tramitação menos rígida, possuindo uma facilidade maior de serem mudadas ou até
mesmo canceladas.

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DICA 167
ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS IMPORTANTES

ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 343/TST-SDI-I

22/06/2004 - Penhora. Execução. Empresa privada. Sucessão posterior pelo Poder


Público. Execução por precatório. Desnecessidade. CF/88, art. 100.
É válida a penhora em bens de pessoa jurídica de direito privado, realizada
anteriormente à sucessão pela União ou por Estado-membro, não podendo a execução
prosseguir mediante precatório. A decisão que a mantém não viola o art. 100 da CF/88.

ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 219/TST-SDI-I

Invocação de OJ. Orientação jurisprudencial. Recurso de revista ou de embargos


fundamentado em orientação jurisprudencial do TST. CLT, art. 894 e CLT, art. 896.
É válida, para efeito de conhecimento do recurso de revista ou de embargos, a
invocação de Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, desde que,
das razões recursais, conste o seu número ou conteúdo.

ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 62/TST-SDI-I

Recurso de revista. Prequestionamento. Pressuposto de recorribilidade em apelo de


natureza extraordinária. Necessidade, ainda que se trate de incompetência absoluta.
CLT, art. 896.
É necessário o prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de
natureza extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta.

ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 111/TST-SDI-I

Recurso de revista. Dissídio de jurisprudência. Aresto do mesmo tribunal. CLT, art.


896 (redação da Lei 9.756/1998).
Não é servível ao conhecimento de recurso de revista aresto oriundo de mesmo Tribunal
Regional do Trabalho, salvo se o recurso houver sido interposto anteriormente à
vigência da Lei 9.756/98.

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ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 152/TST-SDI-I

Revelia. Pessoa jurídica de direito público. Aplicável. CLT, art. 844. Pessoa
jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no art. 844 da CLT.

ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 282/TST-SDI-I

11/08/2003 - Recurso. Agravo de instrumento. Juízo de admissibilidade ad quem.


CLT, art. 897.
No julgamento de Agravo de Instrumento, ao afastar o óbice apontado pelo TRT para o
processamento do recurso de revista, pode o juízo «ad quem» prosseguir no exame dos
demais pressupostos extrínsecos e intrínsecos do recurso de revista, mesmo que não
apreciados pelo TRT.

ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 100/TST-SDI-II

Recurso ordinário. Interposição para o TST. Decisão de TRT proferida em agravo


regimental contra liminar em medida cautelar ou em mandado de segurança.
Descabimento. CLT, art. 895. CPC/1973, art. 798. Lei 1.533/1951, art. 1º.
Não cabe recurso ordinário para o TST de decisão proferida pelo Tribunal Regional do
Trabalho em agravo regimental interposto contra despacho que concede ou não liminar
em ação cautelar ou em mandado de segurança, uma vez que o processo ainda pende
de decisão definitiva do Tribunal a quo.

DICA 168
ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS IMPORTANTES

OJ Nº 127 DO SBDI-2 – TST

Na contagem do prazo decadencial para ajuizamento de mandado de segurança, o


efetivo ato coator é o primeiro em que se firmou a tese hostilizada e não aquele que a
ratificou.

OJ Nº 264 DA SDI1 DO TST

DEPÓSITO RECURSAL. PIS/PASEP. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO NA GUIA DE DEPÓSITO


RECURSAL. VALIDADE.
Não é essencial para a validade da comprovação do depósito recursal a indicação do
número do PIS/PASEP na guia respectiva.

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DICA 169
ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS IMPORTANTES

ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 7/TST-SDC

Dissídio coletivo. Natureza jurídica. Interpretação de norma de caráter genérico.


Inviabilidade. RITST, art. 313, II.
Não se presta o dissídio coletivo de natureza jurídica à interpretação de normas de
caráter genérico, a teor do disposto no art. 313, II, do RITST.

ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 156 DA SDI-II DO TST

É cabível ajuizamento de habeas corpus originário no Tribunal Superior do Trabalho,


em substituição de recurso ordinário em habeas corpus, de decisão definitiva proferida
por Tribunal Regional do Trabalho, uma vez que o órgão colegiado passa a ser a
autoridade coatora no momento em que examina o mérito do habeas corpus impetrado
no âmbito da Corte local.

ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 310/TST-SDI-I

Recurso. Contestação. Prazo em dobro. Litisconsórcio. Procuradores distintos.


CPC/1973, art. 191. CPC/2015, art. 229, caput e §§ 1º e 2º. Inaplicável ao processo do
trabalho.
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no CPC/2015, art. 229, caput e §§
1º e 2º - CPC/2015 (CPC/1973, art. 191 - CPC de 1973), e razão de incompatibilidade
com a celeridade que lhe é inerente.

DICA 170
SÚMULAS DO TST

SÚMULA Nº 23 DO TST

Recurso de revista e embargos. Não se conhece de recurso de revista ou de embargos,


se a decisão recorrida resolver determinado item do pedido por diversos fundamentos e
a jurisprudência transcrita não abranger a todos.

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SÚMULA Nº 126 DO TST

Cabimento de recurso de revista e embargos para reexame de fatos e provas.


RECURSO. CABIMENTO. Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e
894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas.

SÚMULA Nº 245 DO TST

DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO - O depósito recursal deve ser feito e comprovado no


prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.

SÚMULA Nº 286 DO TST

SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVOS


A legitimidade do sindicato para propor ação de cumprimento estende-se também à
observância de acordo ou de convenção coletivos.

SÚMULA Nº 25 DO TST

CUSTAS PROCESSUAIS. INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. (alterada a Súmula


e incorporadas as Orientações Jurisprudenciais n. 104 e 186 da SBDI-I) – Res.
197/2015 – DEJT divulgado em 14, 15 e 18-5-2015.
I – A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada,
independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das
quais ficara isenta a parte então vencida;
II – No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou
atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe
um novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente,
reembolsar a quantia; (ex-OJ n. 186 da SBDI-I)
III – Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não
houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da
parte para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final; (ex-OJ n. 104 da
SBDI-I)
IV – O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese
em que a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A,
parágrafo único, da CLT.

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SÚMULA Nº 268 DO TST

PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA (nova redação) – Res.


121/2003, DJ 19, 20 e 21-11-2003. -A ação trabalhista, ainda que arquivada,
interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.

DICA 171
SÚMULAS DO TST

SÚMULA Nº 425 DO TST

JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE


O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita- se às Varas do
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a
ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal
Superior do Trabalho.

SÚMULA Nº 211 DO TST

Sentença. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA.INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO


INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21-11- 2003. Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda
que omisso o pedido inicial ou a condenação.

SÚMULA Nº 420 DO TST

Competência. COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO


TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO (conversão da Orientação
Jurisprudencial n. 115 da SBDI-II) – Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24-8- 2005. Não se
configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do
Trabalho a ele vinculada.

SÚMULA Nº 439 DO TST

Execução. DANOS MORAIS. JUROS DE MORA E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. TERMO


INICIAL – Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27-9-2012. Nas condenações
por dano moral, a atualização monetária é devida a partir da data da decisão de
arbitramento ou de alteração do valor. Os juros incidem desde o ajuizamento da ação,
nos termos do art. 883 da CLT.

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DICA 172
TST: INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 20
Esta resolução traz uma série de disposições, uma delas é a que as secretarias das Varas
do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho informarão, mensalmente, aos setores
encarregados pela elaboração da estatística do órgão, os valores de arrecadação de custas
e emolumentos, baseando-se nas GRUs Judiciais que deverão manter arquivadas.
O comprovante de pagamento efetuado por meio de transferência eletrônica de fundos
deverá ser apresentado pela parte em duas vias: A primeira será anexada ao processo, a
segunda ficará arquivada na secretaria.
DICA 173
TST: INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 20 – CERTIDÕES
As certidões custaram, por folha, R$ 5,53. Não haverá cobrança de emolumentos quando
as certidões forem voltadas para a defesa de direitos ou o esclarecimento de situação de
interesse pessoal, consoante garantia de gratuidade contida no art. 5º, XXXIV, b, da
CF/88.
Quem deve suportar os emolumentos? Os emolumentos serão suportados pelo
requerente.
DICA 174
TST: INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 20 – DESERÇÃO DO RECURSO
No caso de recolhimento insuficiente das custas, somente haverá deserção do recurso se,
concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o
recorrente não complementar e comprovar o valor devido.
Em caso de equívoco no preenchimento da guia de custas, o relator deverá conceder o
prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 7º do art. 1.007 do CPC de 2015 para o recorrente
sanar o vício, sob pena de deserção.
DICA 175
TST: INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40/2016 - CABIMENTO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO EM CASO DE ADMISSIBILIDADE PARCIAL DE RECURSO DE
REVISTA NO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
Se houver omissão no juízo de admissibilidade do recurso de revista quanto a um ou mais
temas, é ônus da parte interpor embargos de declaração para o órgão prolator da decisão
embargada supri-la, conforme normatizado no art. 1024, § 2º do CPC/15, sob pena de
preclusão.

E olha como um concurso da banca FCC cobrou isto:

QUESTÃO FCC, 2018.


De acordo com a Instrução Normativa n° 40/2016, do TST, que dispõe sobre o
cabimento de agravo de instrumento em caso de admissibilidade parcial de recurso de
revista no Tribunal Regional do Trabalho
a) admitido apenas parcialmente o recurso de revista, constitui ônus da parte
impugnar, mediante agravo de instrumento, a integralidade da decisão

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denegatória, sob pena de preclusão.
b) se houver omissão no juízo de admissibilidade do recurso de revista quanto a um
ou mais temas, é ônus da parte, para fins de prequestionamento necessário,
interpor embargos de declaração para o órgão prolator da decisão embargada
supri-la, sob pena de preclusão.
c) incorre em nulidade a decisão regional que se abstiver de exercer controle de
admissibilidade sobre qualquer tema objeto de recurso de revista, não obstante
interpostos embargos de declaração, por cerceamento de defesa.
d) faculta-se ao Ministro Relator, por decisão irrecorrível, determinar a restituição do
agravo de instrumento ao Presidente do TRT de origem para que complemente o
juízo de admissibilidade, desde que interpostos embargos de declaração.
e) a recusa do Presidente do TRT a emitir juízo de admissibilidade sobre qualquer
tema do recurso de revista é atacável pela via do mandado de segurança.
Gabarito: Letra D
Comentário: Art. 1º da INSTRUÇÃO NORMATIVA 40/2016, § 4º - Faculta-se ao
Ministro Relator, por decisão irrecorrível (CLT, art. 896, § 5º, por analogia), determinar
a restituição do agravo de instrumento ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho
de origem para que complemente o juízo de admissibilidade, desde que interpostos
embargos de declaração.

DICA 176
ATO N. 190/TST - ATRIBUIÇÕES DA COMLGPD

São atribuições da ComLGPD:

propor políticas, normas e processos internos que visem assegurar o cumprimento de


normas legais relacionadas à proteção de dados pessoais;

elaborar projeto para adequação dos processos de trabalho do TST à LGPD;


propor ações para conscientização e sensibilização de Ministros, magistrados,
servidores e demais colaboradores no âmbito do TST quanto à mitigação de riscos
relativos ao tratamento de dados pessoais;

apoiar as Unidades Administrativas e Gabinetes do TST no mapeamento dos processos


de tratamento de dados pessoais e na elaboração de relatório de impacto;
sugerir, à Presidência do TST, a pessoa responsável pelo exercício da função de
Encarregado pelo tratamento de dados pessoais, prevista na legislação de regência; e;

assessorar a Alta Administração do Tribunal nas demais questões pertinentes.


DICA BÔNUS
ATO N. 190/TST - COMPOSIÇÃO DA COMLGPD

Integram a ComLGPD:

um representante de cada uma das seguintes unidades:

Secretaria-Geral da Presidência do Tribunal Superior do Trabalho, que a coordena;

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Vice-Presidência do Tribunal Superior do Trabalho;

Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho;

Diretoria-Geral da Secretaria;
Secretaria-Geral Judiciária;

Secretário de Gestão de Pessoas;

Secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação;

Secretário de Auditoria;

Ouvidor Auxiliar;

Assessor-Chefe de Gestão Estratégica; e

Controlador e encarregado pelo tratamento dos dados pessoais.

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