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Conforme o art. 94 da CF/88, in verbis, “um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto
de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados
de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.”
4) Após a leitura do texto disponível no link que segue, compare a forma de nomeação
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal com os da Suprema Corte britânica e
explicite sua opinião sobre o tema. Texto:
https://www.conjur.com.br/2019-out-01/escolha-ministros-suprema-corte-britanica-
exaltada-eua
Resposta: No modelo de nomeação dos ministros do Supremo Tribunal Federal
adotado no Brasil, a indicação da pessoa cabe apenas ao presidente da República,
havendo algumas exigências para a escolha: que seja brasileiro nato, maior de 35 e
menor de 65 anos, com notório saber jurídico e reputação ilibada. Após a indicação, o
escolhido deverá ser sabatinado pelo Senado Federal, que pode rejeitar a escolha.
Aprovado por maioria absoluta, ele é empossado.
Tal modelo pressupõe que a indicação do nome pelo Poder Executivo e referendando
pelo Poder Legislativo, confere um equilíbrio entre os Poderes na escolha, além de
garantir amparo político. Entretanto, possui diversas críticas, como, por exemplo, o
poder excessivo do presidente na escolha, baseado apenas em critérios subjetivos,
poderia prejudicar a independência do Supremo.
Além disso, muito se questiona sobre o real papel da sabatina na análise do indicado,
posto a ausência de discussões profundas sobre temas polêmicos, limitando-se a
questionamentos formais e protocolares.
A título comparativo, nos Estados Unidos a sabatina pode durar dias, ou mesmo
meses, sendo um processo contínuo de debates. Ao passo que no Brasil, das últimas
16 sabatinas realizadas, apenas 4 duraram mais de 5 horas (9 delas, menos de 5
horas).
Nosso modelo é oriundo do existente nos Estados Unidos da América. Assim, tal qual
o norte americano, os interesses políticos e ideológicos são fatores determinantes
para a nomeação, pois os requisitos são pautados em discricionariedade (vide o termo
“terrivelmente evangélico” utilizado pelo presidente do Brasil ao se referir àquele que
seria seu próximo indicado).