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SENADORES SUPLENTES

QUAL O PAPEL DO SENADOR?


+função institucional de representar, no plano da Federação Brasileira, os
Estados-membros e o Distrito Federal.
+A sua existência se deve exatamente à forma federativa de Estado
+ é por meio dele que os Estados-membros e Distrito Federal participam da vontade
nacional.
Além de votar projetos já aprovados pela Câmara e também propor projetos, cabe
aos senadores tratar de temas mais focados em questões de Estado, ligadas à União,
estados e municípios. Por exemplo:

-processar e julgar presidentes da República e outras autoridades, como vice,


ministros de Estado e do Supremo Tribunal Federal (a abertura do processo cabe à
Câmara)
-fazer sabatinas e aprovar a indicação de ministros indicados pelo presidente para
tribunais superiores (como Supremo), para procurador-geral da República, presidente e
diretores do Banco Central, diplomatas, entre outros
-convocar para prestar esclarecimentos ministros de Estado ou titulares de órgãos
subordinados à Presidência
-suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por
decisão definitiva do Supremo
-autorizar União, estados e municípios a realizar operações de crédito no exterior
-avaliar a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional (o que significa, por
exemplo, observar se a arrecadação ou a distribuição de tributos está adequada)

O SENADOR SUPLENTE E O RESPALDO NORMATIVO PARA SUA EXISTÊNCIA


+votamos a cada 4 anos elegemos os parlamentares que ocuparão o Senado Federal pelos
próximos 8 anos
+cada senador é eleito com uma chapa composta de dois suplentes que ocuparão o cargo
caso ele precise se afastar por algum motivo, como doença, morte, cassação, renúncia,
licença de mais de 120 dias ou quando o Senador assume outros cargos, como o de
ministro por exemplo.
+são identificados nos materiais de campanha
+requisitos para se tornar suplente são os mesmos dos de Senador. o art. 14, §3º, inciso VI,
alínea “a” – que impõe, como condição de elegibilidade ter idade mínima de 35 anos.
CF: Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal,
eleitos segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em
quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
VOTO NA CÂMARA X VOTO NO SENADO

Tramita na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)


379/14, que reduz de oito para quatro anos a duração do mandato de senadores,
permitida uma reeleição.

De autoria do deputado Zé Geraldo (PT-PA), a proposta também acaba com a figura


do suplente de senador. Pelo texto, no caso de vacância no Senado, a cadeira será
ocupada pelo segundo candidato mais votado.

Para Zé Geraldo, a sistemática atual em que o suplemente é automaticamente eleito


junto o titular, sem receber votos diretamente, fragiliza a representatividade, a
legitimidade e o voto direto. “É patente a prevalência do interesse pessoal do titular
do mandato sobre o interesse público ao colocar um parente [na suplência],
ensejando vícios, condutas e atitudes não recomendadas para um regime
democrático”, sustenta.

De autoria da deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), a Proposta de Emenda à


Constituição (PEC) 51/07

Elcione Barbalho observa que, devido aos afastamentos constantes de senadores


para ocupar cargos no Executivo, os suplentes assumem seus postos. No entanto,
no modelo vigente, "o eleitor sequer conhece a proposta e idéias dessa pessoas,
que não foram eleitas pelo voto popular".

Fonte: Agência Câmara de Notícias

(PEC 18/2015) que designa como primeiro suplente o candidato mais votado não
eleito como titular e, como segundo suplente, o que ficar na posição subsequente.

Fonte: Agência Senado

PEC 362/01, do ex-deputado Ricardo Ferraço (PPS-ES)

Raimundo Lira argumenta que a soberania popular é um dos princípios basilares do


sistema constitucional brasileiro. A seu ver, isso significa que a organização dos
poderes públicos nacionais deve respeitar a manifestação do povo, da cidadania,
por meio das urnas. Por isso, considera indispensável estender a aplicação do
princípio geral do voto à composição de todo o quadro de senadores.
Fonte: Agência Senado

O senador Luiz Carlos do Carmo (MDB) apresentou uma Proposta de Emenda a Constituição
(PEC) que modifica o formato atual de suplência no Senado Federal. Na PEC 145/19, proponho
que quando houver renovação de 2 senadores, os suplentes sejam os 4 candidatos mais
votados não eleitos. E quando for somente um, o candidato mais votado não eleito. Acredito que
nossa democracia já está madura o suficiente para isso” explicou o senador. Hoje a PEC
aguarda designação do relator.

41 é o número de suplentes que ocuparam o cargo em algum momento durante os


mandatos dos titulares, até fevereiro de 2018, segundo levantamento do portal G1

O Senado Federal do Brasil tem a função institucional de representar, no plano da


Federação Brasileira, os Estados-membros e o Distrito Federal. Não obstante o
protagonismo político e seu privilégio constitucional, reveste-se de importância fundamental
para a democracia brasileira e é considerado um dos Senados mais poderosos do mundo
(Lemos, 2008).
A sua existência se deve à forma
federativa de Estado, em face da necessidade de, nos Estados Federais, as
ordens políticas regionais (os Estados-membros e o Distrito Federal) serem
representadas no órgão legislativo do governo central (União). Por meio do
Senado, portanto, os Estados-membros e o Distrito Federal participam da
formação da vontade nacional.

Além de votar projetos já aprovados pela Câmara e também propor projetos, cabe aos
senadores tratar de temas mais focados em questões de Estado, ligadas à União, estados e
municípios. Por exemplo:

-processar e julgar presidentes da República e outras autoridades, como vice, ministros de


Estado e do Supremo Tribunal Federal (a abertura do processo cabe à Câmara)
-fazer sabatinas e aprovar a indicação de ministros indicados pelo presidente para tribunais
superiores (como Supremo), para procurador-geral da República, presidente e diretores do
Banco Central, diplomatas, entre outros
-convocar para prestar esclarecimentos ministros de Estado ou titulares de órgãos
subordinados à Presidência
-suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão
definitiva do Supremo
-autorizar União, estados e municípios a realizar operações de crédito no exterior
-avaliar a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional (o que significa, por exemplo,
observar se a arrecadação ou a distribuição de tributos está adequada)

A Constituição Federal de 1988 respalda essa situação. O art. 46, §3º, diz textualmente:
“Cada Senador será eleito com dois suplentes”. Infelizmente, nosso ordenamento jurídico
não trata dos critérios de escolha desses dois suplentes, a não ser o art. 14, §3º, inciso VI,
alínea “a” – que impõe, como condição de elegibilidade, “a idade mínima de 35 anos”. Com
isso, é comum que os candidatos ao Senado indiquem, como seus suplentes, parentes
próximos (esposas, filhos, pais, cunhados) e amigos que financiaram suas campanhas
eleitorais, ou pessoas ligadas a outros partidos políticos, com o objetivo de viabilizar
parcerias eleitorais, como será demonstrado no capítulo que vai tratar do perfil dos
Senadores suplentes.

O Senador Eduardo Suplicy define, com muita precisão, esses Senadores sem votos: "a
condição dos suplentes que viram Senadores não é legítima, porque não foram eleitos
diretamente". Ele apresentou um Projeto de Emenda à Constituição propondo a escolha dos
suplentes de Senadores mediante voto.

No contexto da divisão de Poderes estabelecida pelo constitucionalismo moderno, o papel


do Poder Legislativo é fundamental, pois a ele cabe, entre outras funções, a elaboração das
leis e a fiscalização dos atos dos demais poderes da União. As leis são elaboradas de
forma abstrata, geral e impessoal, já que são feitas para todas as pessoas e não devem
atender a interesses ou casos individuais. O Poder Legislativo é o poder-símbolo do regime
democrático representativo. A amplitude e a diversidade da representação dos diversos
segmentos fazem do Parlamento uma verdadeira síntese da sociedade. É no Legislativo
que a sociedade se encontra melhor espelhada, com presença mais visível no âmbito dos
poderes constituídos para governá-la e protegê-la. Por tal razão, a história do Poder
Legislativo se situa no centro da história de um país. No Brasil atual, o Poder Legislativo é
exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal. As atribuições do Congresso Nacional estão estabelecidas nos arts. 48 e 49 da
Constituição Federal.

Como se sabe, o mecanismo da representação implica vínculo de vontade entre


representante e representado. Por vontade expressa do representado, o representante
deriva seu título e legitimidade, o qual não é transmissível de forma mecânica a outro sem o
seu consentimento. O voto é um ato de escolha que não pode ser ignorado por nossas
instituições políticas, sob pena delas se desviarem de seu devido princípio.

Cláudio Camargo (ISTOÉ, 08/05/1996): Acerbamente, comenta que reinventaram, sem


saber, a figura do “Senador biônico”, destacando que a reforma pode criar o “deputado
biônico”. Sugere que, em vez disso, poderiam ressuscitar a “sublegenda”, mecanismo
criado pelo regime militar, quando havia apenas ARENA e PMDB, e que permitia que cada
partido lançasse vários candidatos ao Senado, ganhando quem conquistasse mais votos,
sendo que, no caso de impedimento, assumia o segundo mais votado. Embora feito para
acomodar interesses de caciques dos dois partidos, a sublegenda era mais democrática, e,
pelo menos, não produzia a deletéria figura dos Senadores semvoto.

Guilherme Botelho (Revista Veja, 08/04/2008): Ele cita os casos do Senador Wellington
Salgado – PMDB/MG (hoje suplente do ministro das Comunicações, Hélio Costa), que doou
R$1,4 milhão para a campanha do titular em 2002, de João Tenório – PSDB/AL, de Adelmir
Santana – DEM/DF e de Gilberto Goellner – DEM/MT, como os mais representativos do
ranking patrimonial dos suplentes

Segundo Paulo Magalhães, coordenador do Grupo de Pesquisa


Instituições Políticas e Democracia, os suplentes entram na
"garupa" do titular na eleição. O doutor em ciência política diz que,
em geral, os suplentes de senador não pedem votos e, com isso,
se tornam menos responsáveis frente ao público, com menos
preocupação em defender os interesses do eleitorado.

Caso semelhante ocorreu quando os eleitores de Minas Gerais conduziram


Itamar Franco (PPS) ao Senado, em 2010. Em julho de 2011, após cerca de
seis meses fazendo oposição ao governo Dilma, o ex-presidente da
República morreu. Com a morte de Itamar, até janeiro de 2019 uma das
vagas de senador mineiro será ocupada por Zezé Perrella (PDT-MG),
aliado do governo federal.

O cobiçado cargo de suplente é escolhido a dedo conforme o interesse do


político titular. É comum que parte dos parlamentares destine o posto a
empresários que financiam suas campanhas. O cassado Demóstenes
Torres (GO) fez isso com o milionário empreendedor goiano Wilder
Morais, que já declarou à Justiça Eleitoral mais de 14 milhões de reais em
doações. Em 2010, as empresas do então suplente Wilder destinaram 700
000 reais à campanha de Demóstenes.
SENADORES SUPLENTES
O que um senador faz e qual seu papel?
O que são senadores suplentes e qual o respaldo normativo para sua existência?
Voto no Senado X Voto na Câmara
Senador suplente: um parlamentar sem voto

https://veja.abril.com.br/politica/suplentes-a-boa-vida-dos-senadores-sem-voto/
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/10/03/O-que-faz-um-senador.-E-por-que-o-su
plente-%C3%A9-importante
https://www.poder360.com.br/eleicoes/suplentes-possuem-patrimonio-3331-maior-que-sena
dores-titulares/
https://g1.globo.com/politica/noticia/41-suplentes-de-senadores-assumiram-mandato-em-alg
um-momento-da-legislatura.ghtml
https://www.politize.com.br/suplente-de-senador/
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/161202/Monografia%20Senadores%20
Suplentes%20_%20Francisco%20Costa.pdf?sequence=7&isAllowed=y

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