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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

DISCENTE: KELLY CRISTINE CANEDO ARAUJO


DISCIPLINA: DFB6260 - Direito, Filosofia e Política: Debates Contemporâneos

RELATÓRIO SEMINÁRIO 9 - AGENDA DA ONU

ODS 9: INDÚSTRIA, INOVAÇÃO E INFRAESTRUTURA

A professora Geciane Silveira abriu a mesa apresentando um panorama


geral da mesa e da vultuosidade do tema no contexto hodierno. Houve um
decréscimo no número de empresas que fazem parceria com universidades e
grupos de pesquisa. Segundo pesquisa do Pintec, apenas 30% das empresas
brasileiras investem em inovação, o que foi um decréscimo no número de empresas
inovadoras do país. Isso demonstra um enfraquecimento do elo entre as empresas
e a universidade e revela a importância da discussão do assunto.

Após, o Dr. Antônio Carlos Hernandes apresentou a cerca das Empresas


com DNA USP as quais hoje já marcam o número de 2.313. Em seguida, o Dr.
Guilherme Ary Plonsky salientou o quanto é necessário se focar em políticas para
inovação pois são uma oportunidade de realização inclusive de outros ODS 's.
Nesse sentido, é oportuno que seja organizado por unidades de áreas diferentes

Nesse diapasão, o Dr. prosseguiu levantando que, com base numa pesquisa
do Ipea de 2005, inovação e diferenciação de produtos é uma boa estratégia para
as empresas brasileiras. As empresas são categorizadas por estratégias de
inovação e vê-se que a mesma tem efeito positivo sobre os salários. Significa dizer
que empresa que inova e diferencia o produto tem um efeito positivo sobre os
salários. A pesquisa mostra aumento de 23% nos salários. Além disso, 39% das
firmas que inovam e diferenciam realizaram mudanças na sua estratégia
corporativa. A inovação tem tido cada vez maior envolvimento em padrões
corporativos.

O professor ainda salientou que inovar e diferenciar produtos é o caminho


para a indústria brasileira ganhar maior destaque no cenário mundial. Inovação não
é prerrogativa exclusiva de grandes empresas nem de determinados setores.

Em continuação, o Dr. Mario Sergio Salerno disse como as universidades são


os maiores centros de pesquisa, porém falta uma política de Estado para que se
atenda as políticas do ODS. Seria necessário secretarias de inovação e
desenvolvimento em ampla escala, e mais especificamente no estado de São Paulo,
é necessário pensar nas regiões administrativas do estado como um todo. A
universidade não tem que competir com o setor industrial, mas auxiliar de modo que
seja interessante para toda a comunidade. É necessário desenvolver uma cultura de
inovação para criar um ecossistema de inovação;

Seguidamente, o secretário de inovação e desenvolvimento de Ribeirão


Preto, Eduardo Molina, trouxe alguns pontos interessantes especificamente quanto
a cidade de Ribeirão Preto. Ele explicou como Ribeirão é a última cidade com mais
de 100 mil habitantes que tem uma secretaria de inovação e desenvolvimento. A
secretaria desenvolve políticas públicas pensadas em diferentes pontos de vista
para atender aos objetivos que se propõe. A secretaria tem se empenhado para
atender o ODS 9 e o setor de tecnologia cresceu o triplo nos últimos anos. Ademais,
tem havido o investimento em economia criativa, setor que tem crescido bastante na
cidade.

Por fim, o Dr. Dalton Siqueira trouxe apresentou o parque industrial da cidade - o
Supera Parque. Trouxe alguns dados de que Ribeirão é um importante pólo no
Estado de São Paulo, ocupando a 3ª posição de cidade que mais atrai pessoas de
longe. Diante disso, defendeu que a cidade tem um futuro promissor.
Especificamente quanto ao Supera Parque, ele explicou que tal Parque tecnológico
de Ribeirão Preto foi inaugurado em 2014 e conta com uma política pública para
inovação alavancada pela USP. Há um convênio USP PMRP, e as principais áreas
de desenvolvimento são saúde, T.I. e agro, sendo destes 70% voltados à saúde.
Conta com o apoio do SED, FAPESP, CNPq, MCTI, MS.

Na grande maioria, tratam-se de empresas intensivas de conhecimento


científico, as chamadas Hard science, e nasceram aqui na USP. Há incentivos
fiscais para elas, e o parque em si é o primeiro parque da USP credenciado no
CATI. O Supera Parque com seus mais de 5 mil metros quadrados promete
interação com a universidade, desenvolvimento empreendedor - noções de gestão,
contato com empreendedores, redes de networking, testes e ensaios, suporte para
internacionalização, mapeamento de startups e ecossistema de inovação, além de
educação empreendedora. Outrossim, o Dr. concordou de que a inovação deveria
permear muitos dos outros ODS e uma manifestação disso no parque é o ambiente
diverso sempre buscado ali. Também há assessoria em propriedade intelectual e
captação de recursos.

Ao final, o professor convidado pelo professor Nuno comentou como, por


mais que a maior área de desenvolvimento seja na saúde, não há nenhuma parceria
das empresas do nosso parque tecnológico como empresas farmacêuticas, por
exemplo. Isso evidenciaria como ainda estamos para trás em nível de financiamento
e necessitando cada vez mais do amparo estatal nesse sentido.

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