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APRENDIZAGEM
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo discutir a inclusão escolar de alunos com necessidades
educativas especiais no ensino regular. E nestes aspectos rever o papel da educação Especial e
de sua importância na formação de pessoas. A Educação Inclusiva vem ganhando a cada dia
maior importância no cenário escolar. E diante de tal importância é importante uma reflexão
sobre os meios de suporte e recurso especializados de modo que realmente atenda às
necessidades do aluno junto à escola e que a educação seja efetivamente inclusiva.
Primeiramente será apresentado de modo resumindo a história da Educação Especial,
inclusive no Brasil e como se deu seu desenvolvimento até o presente momento, abordando o
processo de formação de professores que atendam a nova proposta educacional. Pois Inclusão
Escolar presume mudanças no comportamento frente a novas ideias que há na escola. Tendo
também em visa a formação de professores que apresentam dificuldades de diversos tipos
para tornar sólidas as práticas que incentivam a autonomia individual e o desenvolvimento das
habilidades e competência de alunos que apresentam dificuldade no processo sócio educativo.
This work aims to discuss the school inclusion of students with special educational needs in
regular education. And in these aspects review the role of Special Education and its
importance in the formation of people. Inclusive Education is gaining increasing importance
in the school scenario. And given such importance, it is important to reflect on the means of
support and specialized resources so that it really meets the needs of the student at the school
and that education is effectively inclusive. Firstly, it will be presented in a way summarizing
the history of Special Education, including in Brazil and how it has developed up to the
present moment, addressing the process of training teachers who meet the new educational
proposal. For School Inclusion assumes changes in behavior in the face of new ideas that exist
at school. It also aims to train teachers who have different types of difficulties to make solid
practices that encourage individual autonomy and the development of skills and competence
of students who have difficulties in the socio-educational process.
INTRODUÇÃO
Incluir é capacitar o aluno para que possa competir no mercado de trabalho, que possa
conseguir como consequência bons empregos e salários.
Em outros tempos acreditavam que poucas pessoas tinham o direito a cidadania, hoje,
é direito de todos, pois todos os seres humanos, indiferente de suas características têm direito
de participar ativamente das questões sociais.
Uma escola que se preocupa com esta questão cumpre com sua missão de oferecer
condições de crescimento a seus alunos.
Para Durkhem 1974 educação é a influência que as gerações jovens e adultas têm
sobre as gerações jovens a fim de prepará-los para a vida em sociedade, seu objetivo é
desabrochar e desenvolver na criança a situação intelectual, moral e física que são
indispensáveis para uma boa vivencia em sociedade. A educação é a constante influência dos
adultos sobre as crianças, transmitindo conhecimento, regras e desenvolvimento também a
parte psicológica da criança de todas as classes.
A aprendizagem é de fora para dentro, existem fatores internos e externos que são
determinados para desenvolver a aprendizagem. Os internos são motivação, maturidade,
hereditariedade e a constituição atual. Os externos são entre outros a cultura. Aprendizagem
se da a partir da organização do mundo dentro de cada um. Aprendizado ético é o processo de
aquisição de hábitos que revelam virtudes e assim diferem valores, se quisermos que o aluno
tenha hábitos é preciso que o professor tenha valores.
Fernandez 2004 diz que, para o ser humano aprender ele usa seu organismo
individual herdado, seu corpo sua inteligência e o desejo, a aprendizagem inicia desde o
ventre materno. Na aprendizagem sistemática a criança vai se estruturando sequencialmente a
partir de algo já sabido para algo novo aumentando o grau de dificuldade. Por esse motivo é
muito importante levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos, para assim
desenvolver uma aprendizagem significativa.
No decorrer da história da humanidade o conceito de infância mudou muito, junto
com a sociedade. Na sociedade medieval a infância não era vista como uma etapa única na
vida do ser humano. Seguindo para a Idade Média, o sentimento de abandono continuou
existindo, tendo a pobreza como uma das maiores justificativas para a criança continuar sendo
desamparada. Para Airès as crianças eram vistas como adultos em miniaturas, ele destaca:
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Nos últimos anos, a escola vem tentando mudar seus valores, suas práticas, porém em
meio a tantas tentativas, essa ainda necessita de ideias, reparos e ampla ressignificação param
se tornar realmente um espaço em que tosos possam a desenvolver como seres sociais,
políticos, afetivos e culturais. E como a realidade social atual busca a figura de um espaço
privilegiado para alguns em todos os segmentos sociais, torna-se necessário levantar reflexões
acerca de novos paradigmas, que poderão nortear caminhos que favoreça uma maior
igualdade de oportunidades para todas as pessoas.
Estende que este processo deve acontecer de modo integral e que estimule o seu
desenvolvimento desde a fase inicial até a educação superior de ensino. A educação inclusiva
pretende a formação de pessoas efetivamente participativas e conscientes.
(...) grande impulso desde a década de 90 no que se refere à colocação de alunos com
deficiência na rede regular de ensino e tem avançado aceleradamente em alguns países
desenvolvidos, constatando-se que a inclusão bem sucedida desses educandos requer
um sistema educacional diferente do que atualmente disponível.
Implicam a inserção de todos, sem distinção de condições linguísticas, sensoriais,
cognitivas, físicas, emocionais, étnicas, socioeconômicas ou outras e requer sistemas
educacionais planejados e organizados que deem conta da diversidade dos alunos e
ofereçam respostas adequadas às suas características e necessidade.
Uma escola inclusiva não prepara para a vida. Ela é a própria vida que flui devendo
possibilitar, do ponto de vista político, ético e estético, o desenvolvimento da
sensibilidade da capacidade crítica e construtiva dos alunos-cidadãos que nela estão,
em qualquer das etapas do fluxo escolar ou das modalidades de atendimento
educacionais oferecidas. Para tanto, precisa ser prazerosa. Adaptando-se às
necessidades de cada aluno, promovendo a integração dos aprendizes entre si, com a
cultura e demais objetos do conhecimento, oferecendo ensino-aprendizagem de boa
qualidade para todos, com todos e para toda a vida.
É possível conseguir que todas as pessoas com deficiência sejam incluídas, desde
que se derrubem preconceitos e discriminações não se justifica, portanto, impor
limites para que elas possam fazer. (MAIOR, 2003).
De acordo com LUCAS (2001), ela tem uma visão também otimista em relação à
inclusão como consta no seu artigo na revista Criança.
Eu, particularmente, estou buscando ter a certeza de que a inclusão é possível, por
acreditar que toda criança é capaz, tem um potencial a ser desenvolvido, desde que
respeitada à especificidade de cada uma, dadas as condições necessárias e estabelecido
um vínculo afetivo entre os envolvidos. (LUCAS, 2001).
Dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, sua integração social, institui a
tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos das pessoas com deficiência,
disciplina a atuação do Ministério público, define crimes, e dá outras providências.
(BRASIL, Lei n° 7.853, 24 de outubro de l989).
Para tanto a escola inclusiva é aquela que garante crescimento efetivo a seus alunos,
oferecendo-lhes ambiente adequado, acessível, material didático e profissionais capacitados,
reconhecendo e respeitando a diversidade e, sobretudo propor desenvolvimento de acordo
com as potencialidades de cada um e que garanta sua permanência na escola e seu sucesso
pessoal.
Suporte este que é temporário ou permanente e tem como função primordial facilitar
e sustentar a inclusão do educando no sistema educacional para que o seu processo
de aprendizagem transcorra com sucesso. (GUIMARÃES, 2002).
SASSAKI (1998), em seu livro Inclusão: construindo uma sociedade para todos,
considera importância das escolas em adquirem uma proposta que seja capaz de receber o
deficiente, que respeite à diversidade e promova a aprendizagem.
As escolas comuns e especiais precisam ser reestruturadas para atender a todo tipo de
diversidade: pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas e com
qualquer grau de severidade dessas deficiências, pessoas sem deficiências e pessoas
com outras características atípicas. (SASSAKI, 1998).
Este Projeto Pedagógico na escola inclusiva deve ser o instrumento que determine os
objetivos políticos, filosóficos e teóricos que a partir dele deve programar e articular os
princípios que orientam a proposta de educação.
constante sobre os saberes e os fazeres, pois, toda ação educativa deve estar pautada em um
processo coletivo, já que por si só as mudanças sociais e culturais não acontecem (FREIRE,
1997).
A Lei 9394/96, nos seus artigos 12 e 13, incumbe a escola a elaborar e executar sua
proposta pedagógica, de maneira participativa e condizente com a realidade do meio,
convidando os professores a agir, corroborando com a busca por compreensão e por atitudes
que promovam a educação eficiente. Uma busca que passa pelo planejamento da prática
pedagógica que implica ao professor saber quem é o seu aluno, uma vez que em uma turma
todos se diferenciam e apresentam comportamentos diferentes e formas individuais de
aprender. Por isto é importante que o professor estabeleça com seu aluno um diálogo e um
relacionamento
harmonioso.
A este aspecto Gandim (1993), indica que a ação de planejar, para tornar-se mais
significativa deve responder a três questões fundamentais que são: o que queremos alcançar?
A que distância estamos daquilo que queremos alcançar? O que faremos concretamente (em
tal prazo) para diminuir essa distância?
A resposta às questões indica que o planejamento deve ser elaborado com coerência à
prática pedagógica. Pode-se dizer então que “o planejamento deve alcançar não só que se
façam bem as coisas que se fazem (chamaremos isso de eficiência), mas que se façam as
coisas que realmente importa fazer, porque são socialmente desejáveis (chamaremos isso de
eficiência)” (GANDIM, 1993). Portanto, a implementação e/ou implantação de uma proposta
curricular de
qualidade depende, principalmente dos professores cujas ações, devem ser planejadas e
compartilhadas com os outros profissionais da instituição de ensino para que então proposta e
prática pedagógica caminhem em consonância. O Planejamento adequado da prática livrará o
professor das surpresas e imprevisto que surgirão.
Ações neste sentido, tem por base políticas públicas direcionadas para a educação
básica que considera ainda o desenvolvimento e planejamento de práticas e metodologias
pedagógicas inovadoras, uma vez que a educação inclusiva parte do princípio de que todos
têm direito de acesso ao conhecimento sem nenhuma forma de discriminação. O objetivo é
reescrever uma história marcada pela exclusão, por um novo contexto de igualdades de
direito, pelo respeito à individualidade e pela valorização da diversidade (SEE/MG, 2014).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, a inclusão dos alunos com necessidades especiais no âmbito das escolas
regulares será possível quando todos e todas as instituições acreditarem que a pessoa com
necessidades especial é uma pessoa capaz, possuindo apenas características diferentes dos
demais e que precisam de um atendimento que visa o trabalhar com as suas competências e
atenda às suas reais necessidades e que, sobretudo exerça seu papel de pessoa cidadã. Para
isso que ocorra de modo pleno, é preciso de um currículo que seja transparente, com métodos
que respeite a diversidade cultural, valorize as inteligências múltiplas de cada pessoa, que as
instituições estejam adaptadas e prontas a receberem esse aluno especial.
Para que o processo de inclusão realmente aconteça são necessários diversos fatores
que devem ser considerados como fundamentais tais como: sala de aula deve comportar um
número suficiente de alunos, os especialistas realmente forem suportes para os professores,
quando todos os funcionários olharem a pessoa com necessidade especial com um olhar de
igualdade dentro das instituições e trabalharem com uma só meta. Incentivar a inclusão de
pessoas deficientes significa mudar de postura e de olhar acerca da deficiência, reformular o
nosso sistema de ensino para a conquista de uma educação de qualidade, na qual o acesso, o
atendimento adequado e a permanência sejam garantidos a todos os alunos,
independentemente de suas diferenças e necessidades. Incluir é poder formar cidadãos aptos
para ser inseridos no sistema social.
É preciso entender que incluir não é matricular e inserir alunos em seu contexto social.
É oferecer condições reais, condições, é preparar a pessoa com deficiência para o mercado de
trabalho, é formar cidadãos reflexivos e críticos, quanto a seu lugar na sociedade.
BRASIL (2). Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=424-
cartilha-c&category_slug=documentos-pdfC3%A1rio. Acessado em outubro de 2021.
SASSAKI, R.K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Disponível em¨
https://www.ufjf.br/virtu/files/2010/04/artigo-2a8.pdf/. Acessado em 27 de setembro de 2021.
SEE (2) – Secretaria do Estado de Educação. Resolução nº 4256 de 2020. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/4256-20-r%20-%20Public.10-01-
20.pdf.pdf. Acessado em outubro de 2021.