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Faculdade de Educação
Departamento: Sociedade, Educação e Conhecimento
Disciplina: Organização da Educação no Brasil
Professora: Angela Rabello M. B. Tamberlini
Prova:
Boa prova!
1- Significa que o acesso ao ensino é um direito efetivamente garantido pelo estado ao
indivíduo pela lei, e também concede ao mesmo o direito de exigir o cumprimento da oferta
apelando à legislação. A educação básica é formada por três etapas: Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio. Suas modalidades são: Modalidade Regular,
Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação Profissional e Tecnológica (EPT),
Educação a Distância (EAD), Educação Especial, Educação Básico do Campo, Educação
Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola e Educação para Jovens e Adultos
privados de liberdade em estabelecimentos penais. Atualmente todas as etapas da educação
básica constituem um direito público subjetivo, mas na prática apenas o ensino fundamental
tem sido contemplado efetivamente.
3- Não. A reforma do ensino médio busca, através de suas medidas, atrelar o ensino cada
vez mais ao mercado. A construção de uma formação utilitarista, ignora o meio social em
que o aluno está inserido e acaba aprofundando as desigualdades sociais sob a fachada de
que o mesmo se encontra no controle de seu futuro, mas na realidade está a mercê dos
desígnios mercadológicos embutidos nos órgãos governamentais.
A reforma do ensino médio prioriza no currículo as matérias de português e matemática, as
únicas que são obrigatórias durante todo o período, e escanteia matérias de outras áreas do
conhecimento que são fundamentais para a formação intelectual e para expandir o horizonte
do estudante. Esse foco acaba priorizando a prática ao invés da teoria inferiorizando o
conteúdo curricular.
A promessa de deixar o aluno escolher seu currículo é uma premissa enganosa, porque na
verdade o sistema de ensino que escolhe qual quer ofertar. Sendo assim, isso demonstra que
ao eleger o currículo atual como responsável pelo desempenho ruim do Brasil no ensino,
desconsidera o meio social em que o aluno está presente, as dificuldades que as camadas
populares enfrentam, como a pobreza, racismo, abandono, dentre outros. Além disto, a
grande maioria da população brasileira não terá uma disponibilidade de diferentes escolas
para a escolha, tornando-se reféns aos currículos ofertados pelas escolas locais. Estas
também tornam-se impossibilitadas pela falta de recursos, que é um problema crônico do
ensino brasileiro, ao disponibilizar uma variedade de opções. Sem contar que a
responsabilidade de definir seu futuro tão cedo é algo muito inapropriado para um
adolescente.
4- Não, a história das universidades é marcada por conflitos com o estado desde que as
mesmas tornaram-se fontes fundamentais do desenvolvimento tecnológico e da produção
intelectual. Por este motivo tornaram-se uma grande força contestadora da sociedade e ao
mesmo tempo uma fonte de poder para os governos. No Brasil, temos um governo com
fortes tendências autoritárias e uma ideologia negacionista da ciência e das pautas sociais,
então pode-se compreender como a universidade é enxergada como uma das principais
adversárias as práticas políticas exercidas pelo bolsonarismo. Sendo assim, a
desestruturação das universidades e a supressão de sua autonomia são as ferramentas que
esse governo utiliza para eliminar a força contestadora da produção acadêmica.
O bolsonarismo é a “ideologia” do governo atual do Brasil; pode ser definido como uma
mistura de influências da extrema direita americana e da ditadura militar brasileira, que se
apoiam numa narrativa conspiratória de guerra cultural contra o marxismo, que está sendo
implantado secretamente através de pautas progressivistas para destruir os valores da
sociedade ocidental. Por este motivo são perpetrados diversos ataques às universidades,
como nomeações de ministros da educação completamente despreparados para o cargo,
cortes orçamentários, nomeações de reitores ilegítimos e aparelhamento das instituições de
pesquisa, com o claro objetivo de amordaçar a comunidade universitária e pô-la sob
controle.
As universidades se diferenciam das outras formas de organização pois não dissociam
ensino, pesquisa e extensão, indo além da formação profissional, produzindo conhecimento,
pesquisadores e agregando mais ao desenvolvimento científico do país, sendo assim a
forma mais completa de ensino superior.