O documento discute a importância da escola como local de encontro de diferentes saberes e conhecimentos étnico-raciais. Aponta que a escola deve superar barreiras de preconceito histórico e integrar pessoas de diferentes etnias e raças. Também destaca a Lei 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, como forma de reparação histórica e integralização de pessoas no ambiente escolar.
Descrição original:
Escrito sobre a aplicação da temática educação étnico racial, apresentado em curso de graduação, que visa expor diversos pontos a respeito dessa temática, a saber, as relações que temos no cotidiano diverso são marcadas pelo traço histórico de raça?
Sendo essa finalidade.
O documento discute a importância da escola como local de encontro de diferentes saberes e conhecimentos étnico-raciais. Aponta que a escola deve superar barreiras de preconceito histórico e integrar pessoas de diferentes etnias e raças. Também destaca a Lei 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, como forma de reparação histórica e integralização de pessoas no ambiente escolar.
O documento discute a importância da escola como local de encontro de diferentes saberes e conhecimentos étnico-raciais. Aponta que a escola deve superar barreiras de preconceito histórico e integrar pessoas de diferentes etnias e raças. Também destaca a Lei 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, como forma de reparação histórica e integralização de pessoas no ambiente escolar.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ
TEMÁTICA: EDUCAÇÃO ÉTNICO RACIAL
A escola como ponto de encontro de saberes e diferentes conhecimentos é essencial na formação cidadã dos indivíduos envolvidos nesse processo de ensino e aprendizagem. Nela, é possível encontrar diversas diferenças sejam elas preferências, opiniões e mesmo a diferença étnica e racial. Nesse ponto, a escola consegue com sucesso cumprir um de seus deveres de conjugar diferentes pessoas para o aprimoramento e desenvolvimento a partir da experiência compartilhada. Porém, há também nas escolas um histórico em relação ao modo como indivíduos de diferentes etnias e raças são tratados. Segundo Gomes (2012) raça é uma construção social, criada a partir do poder politico e econômico, que relaciona as disparidades de forma a estabelecer uma raça humana aceitável e outra raça humana inaceitável. Conceito esse ainda complexo. Para a mesma autora, etnia é definida como uma coletividade dos indivíduos com suas diversas diferenças sejam elas linguísticas, no modo de agir, de pensar, na cultura. Na escola atual encontramos o desafio de superar a barreira do preconceito imposto historicamente na sociedade. Visão essa que deprecia a interação e compartilhamento de experiências entre a comunidade escolar, portanto contra os próprios princípios de escola como centro integrador dos diversos saberes e conhecimentos. Desafio esse direcionado principalmente aos negros, explicitado no racismo. Kilomba (2019) vê três características fundamentais na percepção de racismo que são a construção da diferença, a noção de hierarquia de poder e finalmente pelo próprio processo histórico na conjunção dos outros dois processos. A diferença na escola é bem vinda no sentido de colaborar para o desenvolvimento dos educandos e não como um instrumento para a discriminação entre as pessoas. Nas escolas públicas essa noção de poder é dissipada pelo próprio ambiente público, que mais especificamente no Brasil, é concebido pelas diversas leis direcionadas à integração. Como exemplo, a Lei de n° 10.639 (BRASIL, 2003) que institui o ensino da história e da cultura afro-brasileira. Pode isso ser uma forma de reparação histórica, mas em todo caso apenas o trabalho dos diversos agentes podem efetivamente realizar a integralização das pessoas no ambiente escolar. No Brasil mais especificamente, país historicamente miscigenado e que possui enormes diferenças nos quatro cantos de seu território, a escola encontra chão como apoio as diversas pessoas sejam indígenas, pardos, negros e brancos. Cumprindo assim o papel fundamental de integrar as pessoas nas suas diversas diferenças na contribuição em comum. Não apenas isso, mas como uma melhora na qualidade de vida como um todo, ao beneficiar os agentes envolvidos nesse processo de ensino e de aprendizagem entre as etnias e raças. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n° 10.639, de 09 de Janeiro de 2003. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2003. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.639.htm>. Acesso em 23 de nov de 2022. Gomes, Nilma Lino. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem fronteiras, v12, n1, pp. 98-109, 2012. Kilomba, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. trad. Jess Oliveira. 1. ed. Rio de Janeiro: cobogó, 2019.