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Retomar o histórico de implementação desta política
pública no estado do Paraná ao mesmo tempo em que se
pondera sobre os 20 anos da Lei 10.639/2003, colabora para
que possamos nos compreender - educadoras/es,
funcionárias/os e estudantes - atores essenciais na
efetivação da mesma, visto que o palco de sua atuação é a
escola. Por esse motivo,
[...] pressupõe que a/o educadora/or apresente uma
postura ativa, comprometida, aberta para a
aprendizagem e, sobretudo que reconheça sua
importância no processo de construção de ações
pedagógicas cotidianas antirracistas, e que sua ação
pedagógica pode e deve fazer diferença na vida dos/as
estudantes com as/os quais entre em contato [...]
(COQUEIRO e col., 2013, p.17892)
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Vinte Anos da Lei n.º 10.639/2003: muito
mais do que cumprimento de conteúdos
[...] A escola me fez ver que eu me
encontrava no lugar errado. Fui “saído”
sem que me dissessem que eu deveria
sair. Um tanto mais a cada dia. A cada
olhar silencioso com que silenciavam
minha vontade de “participar” das
aulas. A cada nota vermelha que me
atribuíam nas provas de matemática,
física ou química. A cada brincadeirinha
de um que outro colega sobre o tom da
minha pele ou a textura do meu Imagem 1 - Ricardo Aleixo.
cabelo.[...]
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É importante destacar que o acesso à educação para a população
negra é uma das principais demandas do Movimento Negro
brasileiro. Para saber um pouco mais sobre isso, recomendamos a
escuta de uma fala proferida pela professora Nilma Lino Gomes
para o programa "Polêmicas Contemporâneas".
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZUKhznRgDm4&t=1040s.
Acesso em: 13 de mar de 2023
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Mais um equívoco a superar é a crença de que a
discussão sobre a questão racial se limita ao
Movimento Negro e a estudiosos do tema e não
à escola. A escola, enquanto instituição social
responsável por assegurar o direito da
educação a todo e qualquer cidadão, deverá se
posicionar politicamente, como já vimos,
contra toda e qualquer forma de discriminação.
A luta pela superação do racismo e da
discriminação racial é, pois, tarefa de todo e
qualquer educador, independentemente do
seu pertencimento étnico-racial, crença
religiosa ou posição política. O racismo,
Imagem 3 - Petronília B,
segundo o Artigo 5 º da Constituição Brasileira, G. e Silva.
é crime inafiançável e isso se aplica a todos os
cidadãos e instituições, inclusive, à escola.
(SILVA, 2004, p 16, grifo nosso).
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Nesse sentido, não se trata de um tema a ser discutido
somente pelas pessoas atingidas pelo crime de racismo, mas
por todo o componente social brasileiro interessado em
construir, junto à escola, um ambiente de convívio
humanizado dentro e fora do espaço educacional.
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Para reeducar as relações étnico-raciais, no Brasil, é
necessário fazer emergir as dores e medos que têm sido
gerados. É preciso entender que o sucesso de uns tem o
preço da marginalização e da desigualdade impostas a
outros. E então decidir que sociedade queremos construir
daqui para frente. (SILVA, 2004, p. 14, grifo nosso )
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Nele, a apresentadora Carolina Marcelino conversa com a
estudiosa e palestrante das relações étnico-raciais, a
professora Rosa Margarida de Carvalho Rocha.
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Para saber mais sobre a professora e estudiosa das questões
raciais, Lara Santos Rocha, acesse:
https://br.linkedin.com/in/larasantosrochaaa42b0100?originalrefer
er=https%3A%2F%2Fwww.google.com%2F. Acesso em: 23 mai 2023.
Para saber mais sobre a professora Rosa Margarida, acesse:
https://rosamargaridacarva.wixsite.com/rosamargarida/rosa-
margarida. Acesso em: 23 mai 2023.
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Fontes das Imagens
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