Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Professoras Andrea e Roseclair) Apresentação do MEC O modelo de desenvolvimento excludente estabelecido pelo Brasil, impediu que milhões de brasileiras/brasileires/brasileiros tivessem acesso à escola ou nela permanecessem; Criação da Secad (Secretaria de Educação Continuação continuada, Alfabetização e Diversidade), em 2004. Extinção em 2019; Para democratizar a Educação, é preciso mobilizar toda a sociedade. Apresentação do SEPPIR • Postura ativa e permissiva do Brasil Colônia/Império e República diante da discriminação e do racismo que atinge a população afrodescendente brasileira até hoje; • Após a CF 1988, temos ainda uma realidade marcada por posturas subjetivas e objetivas de preconceito, racismo e discriminação; • Criada em 21/03/2003 com o compromisso histórico de romper com os entraves que impedem o desenvolvimentos pleno da população negra brasileira. Educação das relações étnico-raciais • O sucesso das políticas públicas de Estado, depende necessariamente de condições físicas, materiais, intelectuais e afetivas favoráveis para o ensino e para aprendizagens; todos precisam se sentir valorizados e apoiados; • Articulação entre processos educativos escolares, políticas públicas, movimentos sociais, visto que as mudanças éticas, culturais, pedagógicas e políticas nas relações étnico-raciais não se limitam à escola; • É importante delimitar/destacar o que se entende por raça. RAÇA • Construção social forjada nas tensas relações entre brancos e negros ditas/tidas como harmoniosas, sem relação com o conceito biológico de raça do século XVIII. Étnico-racial • O termo raça foi ressignificado pelo MNU, é utilizado com um sentido político para valorização do legado deixado pelos africanos; • O emprego do termo étnico, na expressão étnico-racial, serve para marcar que essas relações tensas devidas a diferenças na cor da pele e traços fisionômicos o são também devido à raiz cultural plantada na ancestralidade africana. Ser NEGRO no BRASIL Não se limita a características físicas, trata-se de uma escolha POLÍTICA, uma construção subjetiva da identidade; PRETO é utilizado pelo IBGE para classificar a cor da população brasileira, sendo pretos e pardos da categoria negros que conforme o MNU são todos aqueles que reconhecem sua ascendência africana A construção da identidade negra no Brasil é altamente complexa por ser um processo que se constitui em uma sociedade que tanto desvaloriza a cultura de matriz africana como seus aspectos físicos. A ressignificação do termo NEGRO e o MNU O termo negro começou a ser usado pelos colonizadores pejorativamente; O termo é ressignificado pelo MNU atribuindo-lhe um sentido político e positivo a partir do final dos anos 1970 e no decorrer dos anos 1980/1990 com frases como: Negro é lindo! Negra, cor da raça brasileira! Negro que te quero negro! 100% Negro! Não deixe sua cor passar em branco! Entre o equívoco e a constatação
Equívoco: negros se discriminam entre si e são racistas
também; Constatação: ideologia do branqueamento que espalha/divulga a ideia e o sentimento de que as pessoas não negras seriam mais humanas, com inteligência e caráter superiores, com direito de comandar e dizer o que é bom para todos. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana - Determinações A obrigatoriedade de inclusão da História e Cultura Afro- Brasileira e Africana é uma decisão política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores; Sua relevância não deve se restringir apenas à população negra, diz respeito a todas/todes/todos brasileiras/brasileires/brasileiros considerando a atuação em sociedade multicultural e a pluriétnica para assim garantir a construção de uma nação democrática. A Lei 10.639/03 A Lei 10.639/03 é instituída em 09/01/2003 e, altera a Lei 9.394/96 de 20/12/96 que passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos 26-A, 79-A e 79-B. A Lei 10.639/03 torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro- Brasileira e Africana nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares. O Art. 26-A vai além da inclusão de novos conteúdos, exige que se repensem relações étnico-raciais , sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino, condições oferecidas para a aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos da educação oferecida pelas escolas. Autonomia dos estabelecimentos A autonomia dos estabelecimentos de ensino para compor os projetos pedagógicos, para o cumprimento do previsto no At 26-A corrobora para a colaboração das comunidades a que servem, com apoio direto ou indireto de estudiosos e do MNU para se estabeleçam canais de comunicação para a inclusão de vivências na escola de formas próprias que possam atravessar os conteúdos de disciplinas com as temáticas em questão. Bases Filosóficas e Pedagógicas
CONSCIÊNCIA POLÍTICA E HISTÓRICA DA
DIVERSIDADE; FORATLECIMENTO DE IDENTIDADES E DE DIREITOS; AÇÕES EDUCATIVAS DE COMBATE AO RACISMO E AS DISCRIMINAÇÕES. Obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro- Brasileiras, Educação das Relações Étnico-Raciais e os Conselhos de Educação
Cabe aos conselhos de Educação dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios aclimatar tais diretrizes , dentro do regime de colaboração e da autonomia de entes federativos, a seus respectivos sistemas, dando ênfase à importância de os planejamentos valorizarem, sem omitir outras regiões, a participação dos afrodescendentes, do período escravista aos nossos dias, na sociedade, na economia, política, cultura da região e da localidade; definindo medidas urgentes para formação de professores; incentivando o desenvolvimento de pesquisas bem como envolvimento comunitário.