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Caro(a) Estudante,

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longode sua formação, redija
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua por- tuguesa sobre o tema: “A necessidade de combater
a desigualdade étnico-racial.”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
Textos motivadores:
TEXTO I
Em entrevista recente, o professor e filósofo Daniel Munduruku, metaforicamente, definiu que “O Brasil é um país
que ainda não cresceu, no sentido emocional, intelectual, identitário. O Brasil é um paísadolescente e, por ser adolescente,
está numa guerra de identidade. Pensa como criança, mas quer se tornar adulto e acha que tomando certas atitudes
vira adulto.” No entanto, aqui temos um desafio, segundo Munduruku.
Quando olhamos no espelho retrovisor da nossa história, vemos no reflexo pessoas indígenas, ne- gras e
quilombolas numa foto muito diferente daquela que aprendemos na escola. Pessoas que têm sido, ao longo de mais de
cinco séculos, alvo de uma série de violências sistêmicas que impactam suas vidas ao longo de gerações. Pessoas cujas
potências e realizações foram apagadas dos nossos livros didáticos. Pessoas sem as quais a grandiosidade do Brasil que
conhecemos hoje não seria possível.
Como podemos construir uma realidade que transforma a foto que o retrovisor da nosso história
nos mostra?
Como caminhar na direção de outros futuros possíveis onde, efetivamente, as oportunidades são abundantes e estão
dispostas de maneira equitativa para todas as pessoas?
Disponível em:https://todospelaeducacao.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2022/12/educacao-ja-2022-equidade-
etnico-racial.pdf. Acesso em 26 de jul.
2023 (adaptado).
TEXTO II
O racismo é estrutural porque resulta de um longo processo histórico, determina a distribuição de poder e
oportunidades e organiza a nossa sociedade, seja na dinâmica de quem são nossos representan- tes, de quem tem acesso à
saúde, à moradia, à terra e a outros bens e políticas públicas, de qual a distri- buição de renda da população, na realidade
de que crianças mais vulneráveis tiveram a aprendizagem afetada pelos feitos da pandemia de Covid- 19 ou, no limite,
em quem tem mais chances de perder a vida como vítima da violência. [...]
Disponível em:https://todospelaeducacao.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2022/12/educacao-ja-2022-equidade-
etnico-racial.pdf. Acesso em 26 de jul.
2023 (adaptado).
TEXTO III
Regulamentar o Sistema Nacional de Educação com promoção de equidade étnico-racial
Recomenda-se que, na regulamentação do Sistema Nacional de Educação, instituam-se como prin- cípios o
reconhecimento da desigualdade étnico-racial ao se tratar de equidade, garantindo instrumentode luta judicial pelo direito
à Educação de estudantes negros(as), indígenas e quilombolas e promoção da equidade de sua aprendizagem, acesso à
escola etc.
Disponível em:https://todospelaeducacao.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2022/12/ ducação-já-2022-equidade-
etnico-racial.pdf. Acesso em 26 de jul.
2023 (adaptado).
TEXTO IV

4 Redação Nota 1000 | Setembro/2023


Equidade Étnico-Racial na Educação Básica: desafios e compromissos para um novo futuro
“Não quero mais contos de fada nem ter a nossa liberdade negada”, recitou a estudante do Ensino Médio Luísa dos
Santos Paiva, do Rio Grande do Sul, em um poema repleto de significado, durante o en-contro Equidade Étnico-Racial
na Educação Básica: Desafios e Oportunidades para 2023-2026. Emoçãoe realidade, duas faces de um mesmo encontro,
promovido em Brasília pelo Todos Pela Educação e pela Mahin Consultoria Antirracista, nos dias 27 e 28 de junho. O
evento foi um marco significativo na luta pela equidade racial na Educação brasileira.
Durante dois dias, gestores públicos de todo o país, especialistas, educadores, tomadores de decisão erepresentantes de
movimentos negros, quilombolas e indígenas se uniram para construir compromissos
coletivos para a promoção da equidade étnico-racial na Educação Básica. Mais de 20 secretarias estaduais deEducação e cerca
de 40 organizações sociais participaram do encontro, reforçando a importância do tema.
Após a abertura, com apresentação da Filarmônica AfroBrasileira (Filafro), Priscila Cruz, presiden- te-executiva do
Todos Pela Educação, saudou a diversidade do público, enfatizando a importância de ações consistentes e persistentes
para promover a equidade étnico-racial na Educação. “Precisamos trabalhar com intencionalidade na formulação,
concepção e implementação de políticas públicas edu- cacionais. É preciso intencionalidade para fazer com que a
equidade racial na Educação aconteça. São dois dias para aprendermos a fazer diferente”, afirmou.
Giovani Rocha, cofundador da Mahin, ressaltou que as políticas de equidade racial devem ser im- plementadas de
forma contínua e não apenas em datas comemorativas. “A minha história e a história de muitas pessoas que estão aqui
nesta sala, em posição de liderança, infelizmente são narrativas de exceção. A Educação que temos hoje no Brasil
desconsidera os quase quatro séculos de escravidão e exclusão social de pessoas negras e quilombolas no país. Não
conseguimos construir uma Educação de qualidade para todos sem o combate ao racismo.”
Durante os debates, ficou evidente que a equidade étnico-racial na Educação não é apenas uma meta a ser
alcançada, mas um projeto de sociedade que requer ações intencionais e transformadoras. A implementação da pauta
foi discutida sob diferentes perspectivas, destacando-se a importância do engajamento do Poder Executivo e o papel
fundamental dos professores nesse processo. “A gente acre-dita que esse importante profissional é o elemento mais
fundamental para a promoção dos direitos humanos”, disse João Moura, coordenador da Assessoria Especial de
Educação e Cultura em Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH).
Disponível em:https://todospelaeducacao.org.br/noticias/encontro-reune-gestores-publicos-especialistas-e-movimentos-sociais-por-agenda-de-
equidade-etni-co-racial-na-educacao/.Acesso em 26 de jul. 2023.

TEXTO V
Superar o racismo que afeta tão negativamente a vida demilhões
de pessoas só será possível com o envolvimento da educação. Não é
intensificando a punição de quem tem com- portamentos racistas que
impediremos a perpetuação dessa dinâmica. É promovendo práticas de
educação antirracis- ta, evidenciando as contribuições históricas e
atuais do povo negro e estabelecendo novas formas – de nos
relacionarmos enquanto seres sociais que somos, desde a infância e ao
longoda vida.
[...]
Santos, Chiara
Contribuições da diáspora africana na cultura brasileira:
volume 1 / Chiara Santos, Christiane Aymi Kuwae, Luana Villas
Boas Fernandes. -- Goiânia, Go: Ed. Das Autoras, 2021. –
(Sugestões e inspirações para educadores;1)
Estudante,

A leitura e a escrita, fundamentais na formação social de um indivíduo,

tornam os cidadãos críticos, letradosSe capazes de serem sujeitos de

suas realidades.

Boa escrita!
5 Redação Nota 1000 | Setembro/2023
FOLHA DE PRODUÇÃO DE TEXTO
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6 Redação Nota 1000 | Setembro/2023

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