FICHAMENTO 3

1 INTRODUÇÃO

A lei que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é de número 10.436, de 24 de

Abril de 2002. A partir dessa mesma lei foi formulado um decreto para regulamentação, de n°
5.626, de 22 de Dezembro de 2005. Em ambos os casos, a LIBRAS é referida como “a forma de
comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, constituem um
sistema linguístico” (BRASIL, 2002). À parte dessa primeira parte de formalização, no que se
refere ao Brasil, a autora Audrei pontua vários pontos importantes sobre como a Língua de Sinais é
vista por pessoas que a desconhecem.

1.1 CONCEITOS BÁSICOS A RESPEITO DA LÍNGUA DE SINAIS

Uma Língua de Sinais (LS) é o meio pelo qual os surdos/mudos se comunicam com outras
pessoas sejam elas surdas/mudas ou não. Um meio estabelecido e que se expande com o passar do
tempo e que serve, ainda, como um meio de acessibilidade. No estudo da LS há de se saber que
diversos conceitos se diferenciam e que muitas pessoas pela falta de informação ou mesmo um
conhecimento maior em relação a vários significados próprios da Língua interpretam errado o
significado gestual. Gesser (2009) traz em evidência diversos contextos nos quais é possível ver
preconceitos e crenças a cerca de como a LS é vista e de como é utilizada e de sua finalidade final.

2 DESENVOLVIMENTO

Segundo Gesser (2009) para que seja possível a comunicação entre as pessoas se faz
necessário um meio de comunicação e não raramente o canal oral é o mais utilizado pelas pessoas.
A LS por si só não é universal pois por conta da diversidade dos povos, na verdade o que é mesmo
universal é a vontade inata de comunicação que o ser humano possui (GESSER, 2009). Afirma-se
aqui, portanto, que existe mais de uma LS assim como qualquer outra língua falada/oral. Não é de
se surpreender então que no Brasil haja uma específica, que nesse caso tem por nome Língua
Brasileira de Sinais (LIBRAS).

Em toda comunicação é preciso um padrão que seja reconhecido tanto por quem emite como
por quanto quem recebe, no caso específico da LIBRAS, para que seja possível adequação e que
não exista quaisquer mal entendidos, é preciso saber dos conceitos de Configuração da Mão (CM),
do Movimento (M), locação (L) e Orientação da Palma da Mão (O). Gesser (2009) afirmar que a
CM diz respeito à forma da mão. Na Orientação (O) é a direção em que os sinais tomam forma e
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que sua inversão, em alguns casos, pode resultar em significado diferente do pretendido. Na
Locação (L) a referência diz respeito ao lugar em que a mão deve se posicionar em alguma parte do
corpo. Por fim, o Movimento pode ou não estar presente nas mãos, ao tempo de execução dos
sinais.

Traz-se aqui um exemplo retirado do site do Instituto Nacional de Educação de Surdos.

Figura 1: Disponível em: <https://www.gov.br/ines/pt-br/central-de-conteudos/publicacoes-1/alfabeto-manual-

e-configuracao-de-maos>Acesso em 04 de jan. 2022.

Outros fatos relevantes abordados dizem respeito aos Marcadores não Manuais, que são as
várias expressões faciais que alguém pode fazer quando da execução dos sinais e do Alfabeto
Manual, que é a forma das letras do alfabeto em sinais, ou seja, representam as próprias letras e não
conceitos ou significados. Lança-se mão desse recurso para soletrar nomes próprios de pessoas ou
de lugares que não possuam representação própria (GESSER, 2009). Outro exemplo é aqui trazido
pelo mesmo site governamental:
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A LS não é universal, ou seja, igual em todos os países. Possui estrutura própria adaptada a cada
contexto específico, é portanto autônoma e uma língua separada da forma oral de comunicação.
Sendo esse o breve fichamento.
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REFERÊNCIAS
Gesser, Audrei. Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais
e da realidade surda. São Paulo. Parábola, 2009.
BRASIL. Lei n° 5.626, de 22 de Dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n° 10.436, de 24 de Abril
de 2002. Brasília, DF. Presidência da República, 2005. Disponível em:
<https:www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>. Acesso em 04 de
fev. 2023.