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” AL-
MEIDA (2000, p.02).
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Da mesma forma, por volta de 1970-1980, a pes-
quisadora Lucinda Ferreira Brito e outros pesquisadores, co-
meçaram a estudar a língua de sinais brasileira e observaram
que esta também possui os mesmos critérios que a classifi-
cam como língua, ou seja, aspectos fonológicos, morfológi-
cos, sintaxe, semântica e pragmática.
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Não se pode falar sem usar a língua (isto
é, sem falar uma determinada língua), mas é pos-
sível usar a língua sem falar (p.18). (...) é perfeita-
mente possível, embora raro, que se aprenda uma
língua escrita sem haver o comando prévio da lín-
gua falada correspondente (...) tais como os siste-
mas utilizados pelos surdos-mudos (...) não se deve
colocar ênfase excessiva na prioridade biológica
da fala.
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as barreiras de comunicação entre surdos e ouvintes podem
ser minimizadas, assim como a diminuição do atraso no de-
senvolvimento cognitivo que o surdo carrega pela ausência
da linguagem em relação ao ouvinte, que recebe estímulos
auditivos constantemente. SACKS (2007, p. 34; 42), faz um
comentário acerca da Língua de Sinais e a Língua falada:
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Coube à Psicologia a honra de ter pre-
cedido a própria Linguística no reconhecimento
do status linguístico da Língua de Sinais. Em sua
Psicologia étnica, o fundador da Psicologia Ex-
perimental, William Wundt (1911), foi o primeiro
acadêmico a defender a concepção de Língua de
Sinais como idioma autônomo, e do Surdo como
povo com cultura própria.
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conhecida, é caracterizada como um marco histórico da lu-
tas travadas pela comunidade surda brasileira. Através desse
fato, os surdos têm conquistado cada vez mais espaços con-
sistentes na sociedade, tanto no que diz respeito a espaços
profissionais como educacionais. A lei de Libras proporcio-
nou o resgate da cidadania, identidade surda e de sua aceita-
ção como língua natural. Por isso, é interessante que hajam
pesquisas sobre a língua de sinais a fim de haver uma multi-
plicação desse conhecimento.
1.3 Língua
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Vejamos agora algumas características intrínsecas
das línguas.
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suindo assim um significado.
| Padrão: Os elementos nas línguas apresentam um padrão
de combinação dos elementos. Se tomarmos como exemplo
as palavras: rapaz, rapidamente, caminhou, o, há três com-
binações possíveis: “O rapaz caminhou rapidamente; Ra-
pidamente o rapaz caminhou, caminhou o rapaz e o rapaz
rapidamente caminhou. As outras combinações que forem
formadas além destas são agramaticais e no caso da lín-
gua portuguesa, ela apresenta restrições na maneira em que
os itens ocorrem juntos, ou seja, apresentam um padrão”.
(QUADROS, 2004).
| Dependência estrutural: Segundo Quadros (2004, p.28),
“Uma língua contém estruturas dependentes que possibili-
tam um entendimento da estrutura interna de uma sentença,
independe do número de elementos linguísticos envolvidos”.
Como exemplo, observe o quadro abaixo: (Quadros, 2004).
A criança
Ela Gritou
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1.4 O que é um Mito?
1.4.1 Mito 1
1.4.2 Mito 2
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1.4.3 Mito 3
1.4.4 Mito 4
1.4.5 Mito 5
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necessidade que o surdo tem em se comunicar uns com os
outros.
1.4.6 Mito 6
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Nesta unidade você aprendeu a diferenciar língua
de linguagem, identificou os traços únicos de uma língua,
compreendeu porque a Libras é considerada como língua e
conheceu também alguns mitos sobre línguas de sinais.
Tais conceitos são fundamentais para a sequência
do nosso Curso.
Fique atento!
E Exercícios
B Referências Bibliográficas
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| BRITO, Lucinda Ferreira. (org). Educação Especial – Lín-
gua Brasileira de Sinais. V. III. Série Atualidades, n° 4.
Brasília: SEESP/MEC, 1998.
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C Referências Complementares
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