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● Émile Benveniste — um dos alunos de saussure, é influenciado por este.


Para além de Saussure

Subjetividade
Intersubjetividade

A linguagem nos situa como homem.

Nega a linguagem como instrumento


Não dá pra estudar linguagem e homem de uma forma separada

Língua como sistema de signos (assim como pensava Saussure)

Eixo paradigmático

Semiótico → signo (os signos são unidades) apresenta sentido local

Intralinguístico

Eixo sintagmático

Semântico → discurso (a palavra está no nível semântico) sentido global

Uma vez usado, o signo se transforma em palavra.


Para ser palavra¹, esta tem que estar em relação com outras.

¹A palavra não necessariamente é uma palavra, é uma sentença…

Semiótico:
não é possível construir sentido completo estando apenas nesse nível
Reconhecimento das unidades dentro do sistema linguístico
Semântico:
uso
Compreensão das unidades é o intercâmbio da linguagem
é no nivel semântico que a lingua é concretizada, posta em funcionamento
o mundo está dentro do nível semântico, assim como relações sociais,
culturais…

Uma coisa existe se tem significante e significado.


Chapéu: tem significante e significado, portanto existe
Chamel: tem significante mas não tem significado, logo não existe.

Um signo é o que o outro não é.

O que não é usado não é signo, e fora do uso o signo não existe. A existência
precisa colocar o signo na língua.

Os sentidos estão em rota. Exemplo: a palavra “terrorismo” não tem mais o mesmo
sentido depois de 2011.

Indivíduos linguísticos
● os pronomes (eu tu e ele) servem para colocar a língua em funcionamento
● o eu instala uma fala. Há sempre um eu quando alguém diz. Exemplo: “bom
dia”, quer dizer “eu disse bom dia”.
a língua aciona um eu
todo eu aciona necessariamente um tu. pois toda fala tem um recebedor
eu e tu são necessários para todo e qualquer discurso. Há necessidade de
eu e tu para o discurso funcionar.
Benveniste diz que você não produz discurso para o eu e sim para o tu
Quando você quer significar, você não significa para o eu e sempre para o tu,
até mesmo quando fala consigo mesma.
A língua exige que quando marca um eu marque um tu junto.
o tu não é necessariamente um indivíduo, pode ser também coletivo. tu =
tanto indivíduo e quanto coletivo
A língua constitui o homem.
● A enunciação é uma relação do sujeito com a língua.
Humanidade e sociedade só existem pelo discurso.
“Antes de servir para comunicar, a linguagem serve para viver.” — Benveniste
● O sujeito faz a língua significar (faz a sociedade significar)

Enunciação:
“A enunciação é este colocar em funcionamento a língua por um ato
individual de utilização.” — Benveniste
Enunciação: passagem da língua (semiótica) ao discurso (semântico)

modo semiótica: lingua


modo semântico: discurso

A intersubjetividade está para a linguagem assim como a subjetividade está


para a língua.
a subjetividade está dentro (pertence) a intersubjetividade, assim não se
pensa em língua sem pensar em linguagem.

semiótico dá a possibilidade e o semântico realiza essa possibilidade.

Dêiticos:
vazios da língua
dêiticos: eu, aqui e agora (pessoa, lugar e tempo)
os dêiticos são extremamentes dependentes do discurso. Ganham
pertinência só no discurso.
Deiticos são as palavras
Deixis é o fenômeno
Cada vez que os deiticos são ditos, eles possuem significados diferentes.
apenas ganham sentido no momento em que são enunciados. Se digo “eu”
agora e daqui a cinco minutos, é um “eu” completamente diferente.
palavras gramaticais: preposição, conjunção
lexicais: palavras do lexico com significados e tal

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