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Émile Benveniste — Teórico da Enunciação

● Análise da língua voltada à enunciação


● Análise de fenômenos excluídos da investigação científica
● A enunciação é uma relação do sujeito com a língua.
Humanidade e sociedade só existem pelo discurso.
● O sujeito faz a língua significar (faz a sociedade significar)
● O homem na língua
● Subjetividade e intersubjetividade

● “Opor o homem à linguagem é opô-lo à sua própria natureza”


A linguagem nos situa como homem
Não dá para estudar a linguagem e homem de forma separada
Benveniste nega a linguagem como instrumento
● Uma vez usado, o signo se transforma em palavra. Para ser palavra, esta tem que
estar em relação com outras.

● Não é possível construir sentido estando apenas no nível semiótico


● Reconhece as unidades dentro do sistema linguístico

● Uso
● É no nível semântico que a língua é concretizada, posta em funcionamento
● O mundo está dentro desse nível

● Os pronomes (eu, tu e ele) servem para colocar a língua em funcionamento


● O eu instala uma fala. Há sempre um eu quando alguém diz. Exemplo: “bom dia”,
quer dizer “eu disse bom dia”.
A língua aciona um eu
● Todo eu aciona necessariamente um tu, pois toda fala tem um recebedor
Eu e tu são necessários para todo e qualquer discurso. Há necessidade de eu e
tu para o discurso funcionar
Benveniste diz que você não produz discurso para o eu e sim para o tu
● tu = tanto indivíduo e quanto coletivo
“A enunciação é este colocar em funcionamento a língua por um ato
individual de utilização.” — Benveniste
● Enunciação: passagem da língua (semiótica) ao discurso (semântico)
● A subjetividade está dentro (pertence) a intersubjetividade, assim não se pensa em
língua sem pensar em linguagem.
● Semiótico dá a possibilidade e o semântico realiza essa possibilidade.

● São os vazios da língua


● Os dêiticos são: eu, aqui e agora (pessoa, lugar e tempo)
● São extremamente dependentes do discurso, apenas nele ganham pertinência
● Deixis é o fenômeno
● Cada vez que os dêiticos são ditos, eles possuem significados diferentes, apenas
ganham sentido no momento em que são enunciados. Se digo “eu” agora e daqui a
cinco minutos, é um “eu” completamente diferente.
O SENTIDO COMO INTENÇÃO

● O sentido é a intenção do locutor em dizer algo para alguém.

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