Você está na página 1de 3

CENTRO UNIVERSITÁRIO UniAGES

CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

CIBELLE OLIVEIRA DE ALMEIDA

LIBRAS? QUE LÍNGUA É ESSA? Crenças e preconceitos


em torno da língua de sinais e da realidade surda

Fichamento apresentado no curso de


Farmácia da UNIAGES como um dos pré-
requisitos para a obtenção da nota parcial da
disciplina de Libras no 7º período, sob
orientação da professora Nadja Lima.

PARIPIRANGA/BA
SETEMBRO DE 2018
1. TEXTO DISSERTATIVO

A obra em questão aborda alguns aspectos sobre a língua de sinais- LIBRA que,
como afirma a autora, não é visto como língua por muitos. É dividido por três capítulos,
e seus subtítulos em forma de perguntas levantam questionamentos para uma visão mais
específica sobre a língua de sinais. Inicia-se, se centralizando, sobre a universalidade da
língua de sinais, ressaltando a visão ancorada que a Libras, parte da ideia um “código”
“Uma das crenças mais recorrentes quando se falar em línguas de sinais é
que ela é universal uma fez que universalidade está ancorada na ideia que
toda língua de sinais é um “código” simplificado apreendido e transmitido
de forma geral, e muito comum pensar que todos os surdos falam a
mesma língua em qualquer parte do mundo (GESSER, 2009, p. 11)”.
Outro ponto mensurado pela autora é como a língua de sinais é vista pela
sociedade, demostrando que, as pessoas entendem que todos os surdos falam a mesma
língua em qualquer parte do mundo. Entretanto, a Libra, como língua, possui gramática
própria, semelhante às línguas orais, embora a exploração seja realizada através dos
gestos. Há três parâmetros constituintes na língua de sinais: configuração da mão, ponto
de articulação ou locação e movimento, além de alfabeto e número próprio, e outras
formas, que auxiliar os portadores a se comunicar-se, pois a mesma configuração da
mão em espaços diferentes representará palavras e conceitos distintos
“ [...] a língua de sinais é mimica, entendo que está implícito nessa
pergunta um preconceito muito grave, que vai além da discursão sobre a
legitimidade linguística ou mesmo sobre quaisquer relações que ela possa
ter (ou não) cm a língua de sinais (GESSER, 2009, p. 21-22-23)”.
A visão de língua de sinais como mímica, se atem a forma que os ouvintes veem
os surdos, tratando-os de forma exclusiva e pejorativa. Por vez a caracterização da
comunicação dos surdos é visuoespacial, e a dos ouvintes oral-auditiva. Logo, a
comunidade dos surdos não aceita os termos: deficiente auditivo e surdo-mudo, pois
“deficiente auditivo” é um termo médico, isto é, clínico. A expressão surdo-mudo é
incorreto, pois a maioria, não tem problemas com o aparelho fonador, podendo ser
oralizados, ainda que a língua materna seja a Libras “Surdo, surdo-mudo, ou deficiente
auditivo”? A maioria dos ouvintes desconhece a carga semântica que os termos evocam
[...] “a palavra surdo expressar mais preconceito, do que a palavra deficiente (GESSER,
2009, p. 44-45)”.
Esses termos carregam na historicidade dos surdos preconceitos, que os fizeram
sofrer, tendo, o termo aceito pela comunidade dos surdos, simplesmente é surdo. No
passado, achava-se que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de
inteligência, está pode ser de leve e agravar-se para surdez profunda, tendo os graus
calculados em decibéis. “A surdez como deficiência pertence a uma narrativa
assimétrica de poder e saber uma invenção/produção do grupo hegemônico que, em
termos sociais , historicos e politicos não tem haver com o que representa (GESSER,
2009, p. 64-64-67)”. O indivíduo pode ou não estabelecer contato com a língua de sinais
e a cultura surda, dependendo exclusivamente dele para ter ou não essa conexão.
Quanto à surdez, pais surdos poderão gerar filhos ouvintes, entretanto, pais
ouvintes poderão ter filhos surdos. Esta pode ter causa congênita: toxoplasmose, vírus,
herpes, rubéola, bactéria, sífilis e outras. Alguns casos são hereditários e outras causas,
como: má formação do sistema auditivo, medicamentos durante a gestação,
neurofibromatoses, hiperbilirrubinemia etc. “Há diferentes tipos e graus de surdez”?
Certamente. A literatura mostra que o individuo ficar surdo por várias causas, e que há
“aproximadamente 70 tipos de surdez hereditária (GESSER, 2009, p. 71-72)”.
Dessa forma a obra não é apenas uma leitura simples, mais uma leitura que deve
ser compreendida para fundamentar diante aquele que é leigo e sobre avaliações, pois o
mesmo abrange um apanhar geral do que é visto minuciosamente na disciplina de
Libras. Contudo, proporcionou ainda, aperfeiçoamento de conhecimentos, descobertas e
questionamentos, pois mostrou precisamente várias vertentes do contexto social,
histórico e cultural que a pessoa deficiente auditivo ou surdo está inserida na sociedade.
A meu ver o livro nos deixa um legado para vida social e individual bem como,
futura profissional farmacêutica, pois o mesmo traz no seu enredo uma temática sobre
uma realidade distinta da vivenciada diariamente, que é saber e compreender deficientes
auditivos, bem como saber comunicar-se com os mesmos. Assim compreender e buscar
saber a comunicação por meio de sinas seguida de gestos expressivos, e importantes na
área de trabalho como em um balcão de farmácia, em hospital, em clinicas e tantas
outras áreas que farmacêutico está inserido. Por que além de ser um diferencial
(financeiro), saber e conhecer essa língua de sinais é também uma melhora pessoal,
humanos e comunitária para com o outro, para atentar sem distinção e estabelecer uma
comunicação efetiva, ética e humanizada com esse pacientes, estando capacitado para
melhor o atender.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa?: Crenças e preconceitos em torno da
língua de sinais e da realidade surda. : Parábola, P.84. São Paulo, 2009.

Você também pode gostar