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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CARLOS ALBERTO REYES MALDONADO
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

CARLOS EDUARDO SANTOS, MAILTON PEREIRA DA SILVA, SISLLAYNE


SOARES ORTEGA E WELIGNTON FRANCISCO SIQUEIRA

Livro:

Educação Física Raízes Europeias e Brasil

- Carmen Lúcia Soares

Professor: Bruna Maria de Oliveira

Relatório apresentado ao Curso de Licenciatura em Educação Física


da UNEMAT - Campus Diamantino

Diamantino
2023/SEMESTRE 1
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CARLOS ALBERTO REYES MALDONADO
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Carlos Eduardo Santos, Mailton Pereira da Silva, Sisllayne Soares Ortega e Welignton
Francisco Siqueira

INTRODUÇÃO

Durante a aula de História da Educação física, a turma da 1° Semestre de Educação


física, através da professora, foi proposto a leitura e apresentação sobre o livro de
Carmen Lúcia Soares – Educação Física: Raízes Europeias e Brasil – na qual, nós,
alunos do último grupo de apresentação, ficamos responsaveis pelo Capítulo 3
(Subtitulos 5 e 6).

RESUMO

Subtítulo 5: Neste tópico do livro “Educação Física Raízes Europeias e Brasil” de


Carmen Lúcia Soares, o autor aborda a influência do pensamento médico higienista na
Educação Física durante a Primeira República. No contexto da época, os avanços da
medicina e da ciência davam maior ênfase à saúde e à higiene, e a Educação Física foi
vista como um instrumento importante para o desenvolvimento das capacidades físicas
e mentais dos indivíduos.

No Brasil, a Educação Física passou a ser vista de forma mais científica e


profissionalizada durante a Primeira República, com a criação de escolas de Educação
Física e a contratação de profissionais especializados. A ideia era de que a Educação
Física poderia contribuir para a formação de um corpo saudável e forte, além de ajudar a
formar uma nação forte e robusta.

No entanto, essa abordagem acabou sendo usada como um instrumento de controle


social e político, em nome da saúde e da higiene pública. A Educação Física nas escolas
era usada para moldar os jovens de acordo com uma visão de corpo padrão e saudável.
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Isso gerou uma série de problemas, como a exclusão de pessoas com deficiências físicas
ou que não se enquadrassem nos padrões estéticos e físicos considerados ideais.

Em resumo, o pensamento médico higienista influenciou fortemente a Educação Física


na Primeira República, proporcionando maior profissionalização e cientificidade à área.
No entanto, também contribuiu para a utilização da Educação Física como um
instrumento de controle social e político, em nome da saúde e da higiene pública.

No Brasil, a Educação Física passou a ser vista de forma mais científica e


profissionalizada durante a Primeira República, com a criação de escolas de Educação
Física e a contratação de profissionais especializados. A ideia era de que a Educação
Física poderia contribuir para a formação de um corpo saudável e forte, além de ajudar a
formar uma nação forte e robusta.

Os Congressos Brasileiros de Hygiene ao longo da década de 1920, são testemunhas da


preocupação médica com a educação escolar. A escola era o instrumento mais adequado
para viabilizar uma boa educação higiênica, uma sistematização de hábitos para
preservar a saúde individual e de quem os cercam.

Em 1923 houve o I Congresso Brasileiro, dedicou um espaço considerável a favor de


exercícios físicos, como contribuição para a educação higiênica do povo. A ACM
(Associação Cristã de Moços) empresta então, a sua “contribuição” apresentando
algumas teses:

1° A educação physica é um meio eficaz de propagar a hygiene e alcançar a saúde.

2° A educação physica deve ter por escopo desenvolver no individuo o quantum de


vigor phycho essencial ao equilíbrio da vida humana, à felicidade da alma, à
preservação da pátria e à dignidade da espécie.
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3° A educação physica, {...} é para a maioria dos humanos, uma necessidade vital,
exigida pela vida artificial que caracteriza assim a cidade moderna, pelos methodos
pelos quaes os homen de hoje ganham os meios de subsistência.

4° As aulas de gymnástica e os desporto promovem, assim, o mais essencial para o bom


êxito na vida – a saúde.

5° A propaganda hygienica pessoal, v.g., no exame physico vestibular, produz os


melhores resultados, sendo de se lhe aconselhar a prática a todas as organizações.

6° Nestes exames physicos, verificam-se as condições precárias dos moços, ignorantes


dos mais comesinhos princípios da hygiene, de postura defeituosa, dentes descuidados e
grande porcentagem já infeccionados pelas doenças venéreas.

7° As conferencia sobre hygiene e educação physica despertam grande interesse e são


de grande valor no ensino da prophylaxia individual e social {...}.

O II Congresso realizado em 1924 se enfatizou o patriotismo, como seu significado para


a “melhoria da raça”. Em 1926, houve o III Congresso, que reuniu o maior número de
trabalhos e teses foi o relativo à “Formação de hábitos sadios nas crianças, estudo
psicológicos e higiênico”

Já o V e último Congresso, apresenta a educação física como importante fator eugênico


no contexto da educação do povo. Os profissionais ligados, seriam arautos da saúde,
vendedores de força e beleza, robustez e vigor.

No entanto, essa abordagem acabou sendo usada como um instrumento de controle


social e político, em nome da saúde e da higiene pública. A Educação Física nas escolas
era usada para moldar os jovens de acordo com uma visão de corpo padrão e saudável.
Isso gerou uma série de problemas, como a exclusão de pessoas com deficiências físicas
ou que não se enquadrassem nos padrões estéticos e físicos considerados ideais.
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Subtítulo 6: Sabemos que a educação física é o processo de desenvolvimento corporal


onde que é desencadeado vários procedimentos ardilosos e regrados, com o intuito de
uma construção muscular e intelectual.

Processo conceitual que a Ed física passou por decorrer do tempo,na idade média ela
era não era conhecida pelo seu nome de tratamento logo depois passou a ser utilizada
como o fim de melhoramento físico, para o uso de desenvolvimento de tropas para a
guerra, já na idade contemporânea passou a tomar dois rumos: reconhecida como um
campo da saúde com o fim de bem estar corporal e o de aprendizado sobre os aspectos
corpóreos.

Eugênia: é o pensamento que visa busca em defender a crença, em uma raça da


evolução máxima do homem com uma genética perfeita, acreditando assim na
( homologação do ser humano e a busca do ser “perfeito” ).

Falar um pouco sobre a teoria de Charles Darwin (seleção natural ). Onde num
processo de sobrevivência é selecionado o ser mais apto ao ambiente, ou seja, o mais
forte sobrevive.

Falar sobre a relação com Hitler podemos fazer uma pequena análise que o texto tem
um pensamento semelhante ao de Hitler.

Teve uma utilização como se fosse uma Educação física-meio com o objetivo de
alcançar um fim, ou seja, ele especial que a utilização da Educação física foi empregada
para uso de seleção, onde que priorizava a potência muscular e a intelectualidade do
homem e o intuito era a homologação da raça brasileira.

Fernando de Azevedo: (1894-1974) foi um educador, professor, administrador,


ensaísta e sociólogo brasileiro. Foi um dos expoentes do movimento da Escola Nova.
Participou intensamente do processo de formação da universidade brasileira, em busca
de uma educação de qualidade.
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Fernando de Azevedo nasceu em São Gonçalo do Sapucaí, Minas Gerais, no dia 2 de


abril de 1894. Filho de Francisco Eugênio de Azevedo e de Sara Lemos Azevedo cursou
o ginasial no Colégio Anchieta em Nova Friburgo.

Estudou letras clássicas, língua e literatura grega e latina e também poética e retórica.
Depois de renunciar a vida religiosa formou-se em direito pela Faculdade de Direito de
São Paulo e dedicou-se ao magistério.Entre 1914 e 1917 foi professor substituto de
psicologia e latim no Ginásio do Estado de Belo Horizonte. Lecionou latim e literatura
na Escola Normal de São Paulo.

Funções públicas e a Escola Nova: Em 1926, Fernando de Azevedo passou a


exercer o cargo de diretor geral da Instrução Pública do Rio de Janeiro. Em 1930
participou da criação do Ministério da Educação – na época Ministério da Educação e
Saúde.

De 1927 a 1930 iniciou as primeiras reformas da educação brasileira, uma das mais
radicais empreendidas até então. Em 1931, Fernando de Azevedo organizou e dirigiu a
Biblioteca Pedagógica Brasileira, da Companhia Editora Nacional, órgão em que
permaneceu por mais de 15 anos.

Foi um dos redatores do “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”, lançado em


1932, que defendia novos ideais de educação e estabelecia diretrizes para uma nova
política educacional.

Para ele, educação era um direito do cidadão e um dever do Estado, por isso, lutou por
uma educação igualitária, comum para a elite e para o povo. A escola integral proposta
pelo manifesto era definida em oposição à escola chamada de tradicional. Assim
conceituava o
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Trecho do manifesto pela Escola ou Educação Nova:

“A educação nova, alargando sua finalidade para além


dos limites das classes, assume, com uma feição mais humana, a
sua verdadeira função social, preparando-se para formar a
hierarquia democrática pela ‘hierarquia das capacidades’,
recrutadas em todos os grupos sociais, a que se abrem as
mesmas oportunidades de educação. Ela tem, por objeto,
organizar e desenvolver os meios de ação durável com o fim de
dirigir o desenvolvimento natural e integral do ser humano em
cada uma das etapas de seu crescimento, de acordo com uma
certa concepção de mundo”.

Fernando de Azevedo traçou e executou um largo plano de construção de escola, entre


elas os dois edifícios da rua Mariz de Barros, da nova Escola Normal destinada para a
formação de professores, hoje Instituto de Educação.

Em 1933 assumiu a direção da Instrução Pública do Estado de São Paulo. Fez vários
investimentos para a melhoria da formação dos professores.Foi membro da comissão
organizadora da Universidade de São Paulo, onde ingressou como professor em 1934.
Nessa época, o país passou por períodos democráticos e ditatoriais do Estado Novo.

Usando a USP foi fundada, Fernando de Azevedo criou o Instituto de Educação,


localizado na Praça da República, como uma de suas unidades, e pela primeira vez no
Brasil passou a existir um ensino de formação de professores a nível universitário.

Em 1938 passou a dirigir o Instituto de Educação. Foi eleito presidente da VII


Conferência Mundial de Educação a se realizar no Rio de Janeiro. Em 1941 ocupou a
cadeira de sociologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras na Universidade de
São Paulo. Em 1942 assumiu a direção da faculdade.

Em 1947 foi nomeado Secretário de Educação e Cultura do Estado de São Paulo. Foi
também presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia e presidente da Associação
Brasileira de Escritores (seção de São Paulo). Durante vários anos escreveu pra o jornal
O Estado de São Paulo.
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Em 1950, Fernando de Azevedo foi eleito, no Congresso Mundial de Zurich, para vice-
presidente da Internacional Sociológica Association. Em 1961 concebeu a primeira Lei
de Diretrizes e Bases da Educação e em 1968 promoveu uma ampla Reforma
Universitária.

Em 1961, durante a ditadura militar, em defesa da educação, Fernando de Azevedo


redigiu um manifesto contra a prisão de professores da USP, entre eles Fernando
Henrique Cardoso e Florestan Fernandes.

REFERÊNCIAS
https://scholar.google.com.br/scholar?hl=ptR&as_sdt=0%2C5&q=Eug
%C3%AAnia&btnG=#d=gs_qabs&t=1685904665870&u=%23p
%3D7fyQdxN_K3gJ

https://scholar.google.com.br/scholar?hl=ptR&as_sdt=0%2C5&q=educa
%C3%A7%C3%A3o+f
%C3%ADsica&oq=educ#d=gs_qabs&t=1685904720137&u=%23p
%3Df7a5lBLUZuwJ

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