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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN


FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – POSEDUC

RAFAELA MAIA SALES

A LUDICIDADE COMO UM INTRUMENTO PEDAGÓGICO NA


EDUCAÇÃO ESPECIAL

MOSSORÓ
2023
2 PROBLEMA DE PESQUISA

Esta pesquisa é conduzida pelo interesse em saber de que forma a ludicidade contribui
para o processo de ensino e aprendizagem Educação Infantil, preferencialmente dentro da
educação especial, posto que este espaço é permeado de desenvolvimento entre eles o físico,
cognitivo, emocional e social, como a ludicidade inserida na Educação inclusiva pode
contribuir com esses desenvolvimentos, e assegurar o processo de ensino aprendizagem.

3 JUSTIFICATIVA DO PROBLEMA

Um dos feitos mais significativos da atualidade dentro do âmbito educacional


brasileiro é a diversificação de alunos dentro de uma sala de aula, isso por causa do elevado
índice de crianças com necessidades especiais. Com essa nova realidade a escola precisa
desenvolver tarefas que trabalhem o desenvolvimento cognitivo e motor das crianças, hoje
essa diversificação vem exigindo mudanças nos processos de ensinar e aprender na Educação
Infantil. Contudo, a sociedade ainda está presa ao conceito de professor tradicional e que a
ludicidade se constitui apenas em brincar, a partir disso surgiu o interesse em entender de que
forma as atividades lúdicas auxiliam no processo de aprendizagem dos alunos com
deficiência, e na educação infantil.

4 RELAÇÃO DO PROBLEMA COM A ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E A LINHA


DE PESQUISA DO PROGRAMA

Esta pesquisa analisa a relação do lúdico e a construção da docência na Educação


Inclusiva, compreendendo como se dá o processo de ensino aprendizagem nessa etapa da
educação escolar. Sabe se que a Educação Infantil é uma das fases mais importantes na vida
da criança, nessa etapa elas mudam completamente sua rotina, começam a se relacionar com
outras crianças, o que envolve lidar com diferenças, desenvolvimento da personalidade e da
autonomia, quando a criança apresenta alguma necessidade especial todo esse processo se
torna mais desafiador. A partir disso, o docente precisa construir sua prática docente em meio
a esses desafios que a prática docente em Educação especial produz. Essa pesquisa traz
questões de Inclusão e diversidade uma vez que o professor precisa procurar meios para
desenvolver uma aprendizagem significativa. Tal prática traz muitas contribuições e
significados na identidade profissional e das relações escolares, assim como apontam os
desafios impostos pela articulação entre o aprender brincando e a educação inclusiva.

5 OBJETIVO/S DA PESQUISA

O objetivo geral da pesquisa é compreender como a ludicidade pode auxiliar na


construção da Identidade profissional dentro da educação especial. Quero ainda, como
objetivos específicos identificar na história da pedagogia a presença da ludicidade na
educação infantil. Como ela contribui para uma educação de qualidade; Saber sobre a
construção da identidade profissional docente de professores das Escolas públicas envolvendo
o lúdico; identificar as várias formas de utilizá-la nas salas de AEE e na Educação Infantil.

6 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA: A LUDICIDADE COMO INSTRUMENTO


PEDAGÓGICO
6.1 A Educação Infantil no Brasil

A Educação Infantil no Brasil é um direito da criança, sendo o estado obrigado a


disponibilizar espaços e profissionais adequados para atendê-la corretamente, a Constituição
Brasileira, que rege todo o ordenamento jurídico brasileiro, ela traz em seu conteúdo questões
fundamentais que defendem os valores democráticos, como também os deveres do Estado. No
que se refere aos direitos sociais, a educação é um direito garantido por meio da constituição
no Art. 6º:

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.” (EC no 26/2000, EC no 64/2010 e EC no 90/2015)
(BRASIL,1988, Art. 6)

Sabe-se que é na primeira infância que a criança desenvolve os aspectos físico,


psicológico, intelectual, social e a cognitividade, descobre o mundo e os sentidos como: ver,
ouvir, sentir e tocar, tudo isso se torna a base da formação do caráter, da identidade e do
desenvolvimento físico e psicológico e das crianças, se tornando assim, a Educação Infantil a
fase mais importante e que terá uma grande influência na vida adulta e estudantil. Quando a
criança foi inserida como um sujeito de direitos, a educação infantil foi incluída no sistema
educacional reconhecendo a educação em creches e pré-escolas como um direito da criança e
um dever do Estado.

“Art.205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


provida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e a sua
qualificação para o trabalho.” (BRASIL, 1988, p. 1).

No Brasil, as creches assumem uma função muito importante dentro da educação


infantil, ela não apenas tem caráter educacional, como se constitui a primeira etapa da
educação básica, atualmente, entre os principais objetivos que lhe são atribuídos, é possível
observar, a garantia e potencializar a capacidade intelectual, cognitiva e social das crianças,
considerando suas necessidades básicas, seus interesses e desenvolvimento físico, emocional,
social e intelectual, ou seja, ela está voltada para o desenvolvimento integral da criança.
Piaget, destaca que:
“Afirmar o direito da pessoa humana à educação é, pois, assumir uma
responsabilidade muito mais pesada que a de assegurar a cada um a possibilidade da
leitura, da escrita e do cálculo: significa, a rigor, garantir para toda criança o pleno
desenvolvimento de suas funções mentais e a aquisição dos conhecimentos, bem como
dos valores morais que correspondam ao exercício dessas funções, até a adaptação à
vida social.” (PIAGET, 1988, p. 34)

Para constituir-se efetivamente em um ambiente de desenvolvimento pleno da criança, as


instituições de ensino precisam adotar cada vez mais um caráter educacional, que
disponibilizem profissionais capacitados para este exercício e ofereça condições para que os
docentes que nela agem tenham recursos que possibilitem a garantia de todos os seus direitos.

6.2 A ludicidade na Educação Infantil

Atuar na Educação Infantil exige muitas habilidades além de educar, o professor


precisa ser mediador do conhecimento, e para isso é necessário ter a arte de se inventar e
reinventar em sua forma de ensinar. Para que o docente consiga facilitar a aprendizagem, ele
precisa desenvolver habilidades especificas para que esse processo de ensino-aprendizagem se
torne mais simples, e isso contribua para o desenvolvimento do aluno.
Dentro do processo educativo, é preciso entender o que é o brincar e como conduzir a
criança ludicamente para suas descobertas, brincando, a criança é capaz de desenvolver o
conhecimento da língua oral, escrita, da matemática e muitas outras habilidades. Ausubel
(1982) deixa claro em seus estudos que, quando alguém recebe informações novas, sempre as
relaciona com as informações que já estavam presentes em sua estrutura cognitiva. A
ludicidade se torna extremamente importante nesse ponto, pois trabalha o homem como um
todo, tocando suas diversas dimensões: afetiva, cognitiva, física e social, a criança aprende
coisas novas através da interação com o outro e pela ação no meio em que vive. Por isso, o
Ensino Infantil se considera uma fase de extrema importância na vida escolar de uma criança,
necessitando de um profissional habilitado para atuar na área.
Ao contrário do que muitos pensam, ludicidade não é apenas brincar, podemos dizer
que lúdica é toda atividade da qual o ser humano extrai ou sente prazer. A ludicidade é uma
atividade ligada a diversas áreas, não sendo necessariamente uma prática infantil, adultos
também participam de atividades lúdicas, como a do lazer, participar de atividades como
ciclismo, corrida, dentre outras. Contudo as atividades lúdicas precisam ser planejadas e
acompanhadas de objetivos específicos, para que a forma como é conduzida e vivenciada essa
atividade tenham resultados significativos e a criança desenvolva prazer pelo aprendizado.
A ludicidade e tudo o que a permeia se constitui um processo atemporal, capaz de
formar uma vasta área de conhecimento que integra criação, reflexão, socialização e
aprendizagem. Teixeira associa a atividade lúdica à atividade artística, reconhecendo-a como
um elemento integrador dos vários aspectos da personalidade: “O ser que brinca e joga é,
também, o ser que age, sente, pensa, aprende e se desenvolve” (TEIXEIRA, 1995, p. 23). Na
educação, a ludicidade influi diretamente no desempenho da aprendizagem, como vimos, o
universo lúdico está presente em todas as fases da vida humana e facilita a aprendizagem, o
desenvolvimento pessoal, social e cultural, facilitando os processos de socialização e
comunicação. A dimensão pedagógica da ludicidade é a sua relação com a aprendizagem, e
uma ferramenta de apoio para alcançar os objetivos gerais de qualquer processo de aprender.
De acordo ainda com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), na Educação Infantil,
devem ser consideradas as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças as interações e as
brincadeiras, garantindo os direitos de conviver, brincar, participar, explorar e conhecer-se.
O exercício da docência exige muita competência para educação infantil, exige
formação, profissionalização e habilitação curricular e além de tudo prática para educação de
crianças. Os docentes deste nível de ensino e de outros níveis, na realidade, precisam ter um
curso superior e uma formação continuada para exercer a profissão com qualidade de acordo
com a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional nº 9394 (LDB), de 20 de dezembro de
1996, em seu Art. 62º, que estabelece que a formação de docentes para atuar na educação
básica deverá ser em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena. E buscar se
aperfeiçoar conforme vão surgindo novas necessidades educacionais, a prática docente
consiste no saber-fazer em sala de aula, a forma como o professor irá organizar e desenvolver
sua metodologia, levando em consideração as necessidades educacionais de cada aluno,
sempre buscando se aperfeiçoar em sua prática.
Com isso, para construir uma identidade profissional que contemple essas questões é
necessário que o docente esteja se auto avaliando, pesquisando, inovando e se reinventando
sempre que necessário, com isso ele garante que o exercício de sua profissão seja atualizado
cotidianamente e as necessidades educativas dos alunos sejam atendidas.

6.3 A ludicidade como ferramenta pedagógica na Educação Especial

Uma das pautas da atualidade é a inclusão que vem sendo cada vez mais defendida
pelas escolas e profissionais da educação, afinal, o principal objetivo da educação infantil é "o
desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e
social” (LDB, 9.394/96 – art. 29), ou seja, a Educação Infantil destina-se a proporcionar,
através de atividades lúdicas, condições para o desenvolvimento cognitivo das crianças,
entretanto, nem sempre o governo oferece as condições apropriadas para as escolas nem
para os docentes realizarem o processo de inclusão, para que o aluno seja completamente
integrado ao ambiente escolar, contudo é essencial destacar que inclusão não é só garantir e
cumprir o direito dos alunos especiais de serem incluídos, mas proporcionar condições para
que esse processo inclusivo aconteça.

(...) um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus
sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e,
simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A
inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas
ainda excluídas e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas,
decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos.
(SASSAKI,1997, p.41)

Dentro da Educação especial, devido as várias limitações e transtornos globais e


funcionais do desenvolvimento que a pessoa com deficiência vivencia, é cada vez mais
desafiador obter um processo de ensino aprendizagem mais significativo, portanto, as
atividades lúdicas se mostram como um instrumento acessível e de grande valor para
desenvolver a participação de todos os alunos que fazem parte do ensino regular,
principalmente em escolas públicas. Sendo assim, a educação inclusiva deve envolver o
educando de todas as formas possíveis, ou seja, cabe ao docente promover atividades que
possam se adaptar as necessidades que cada aluno possui.

A educação inclusiva pode ser estimada como sendo o conjunto de


princípios e procedimentos implementados pelos sistemas de ensino com a
finalidade de adequar a realidade das escolas à realidade do educando,
onde essa deve representar toda a diversidade humana. Nenhum tipo de
aluno deve ser rejeitado por parte das escolas. Nesse caso, as escolas
passam a ser denominadas de inclusivas a partir do momento em que
decidem aprender com os educandos que deve ser eliminado, mudando
substituído ou acrescentado nas seis áreas de acessibilidade, para que cada
aluno possa aprender de acordo com seu estilo de aprendizagem, fazendo
uso de suas múltiplas inteligências (Sassaki, 2013, p.15).

Sendo assim, a educação inclusiva tem como base uma interpretação desenvolvida do
processo de ensino e de aprendizagem, levando em conta a questão de que todos são
capazes de aprender e que suas diferenças e especificidades devem ser respeitadas e
trabalhadas.

A brincadeira possui grande relevância na aprendizagem, por conta disso,


deve ser valorizada e incentivada, com a brincadeira as crianças podem
conferir novos significados aos elementos da realidade vivenciados em seu
cotidiano, podendo expor o seu modo compreendê-lo. Sendo assim, a
escola deveria procurar explorar ainda mais o contexto do brincar,
buscando formas de fazer com que esse seja traduzido em conhecimento,
ofertando materiais, espaços e recursos que façam com que a brincadeira
seja ainda mais enriquecedora, servindo como um elemento da atividade
lúdica onde o aluno cria e recria suas emoções, sentimento e
conhecimentos, gerando um ambiente compatível com os anseios e
necessidades de cada criança (KISHIMOTO, 1994, p. 19).

Quando trabalhada da forma correta a ludicidade é capaz de melhorar o


aprendizado, pois ela consiste em uma atividade que colabora no desenvolvimento físico,
cognitivo, psicológico, além de estimular o desenvolvimento intelectual, a criança
desenvolve gosto pelo aprendizado e começa a busca pelo conhecimento, permitindo e
facilitando que o aluno tenha acesso a novos aprendizados. A ludicidade compreende um
modo mais prazeroso de desenvolver a aprendizagem, fazendo com que o aluno se aproprie
da escrita de forma mais rápida e fácil; por meio de uma aula lúdica o aluno é estimulado
de várias formas, uma delas é a desenvolver a sua criatividade e não a sua produtividade, se
tornando o sujeito do processo pedagógico. Por meio da brincadeira o aluno desperta o
desejo do saber, a vontade de participar e a alegria da conquista. Quando possibilitamos
uma educação lúdica, estamos favorecendo o desenvolvimento de sua identidade e
autonomia.
O lúdico pode ser considerado também como uma ferramenta capaz de desenvolver
a atenção dos educandos, sendo esse fator fundamental para o processo de aprendizagem,
além de desenvolver questões como o respeito, a confiança, noções de regras e trabalhar a
relação de aproximação. Por meio das atividades lúdicas as crianças são capazes de
reproduzir diversas situações vivenciadas por elas em seu cotidiano, através da imaginação
e do faz-de-conta, manifestando a criatividade de uma criança, o lúdico contribui ainda
com o processo de alfabetização, podendo ser utilizado de várias formas, como: jogos de
palavras, jogos de frases, jogos da memória, quebra cabeça, dentre outros, neste contexto
de inclusão cabe a escola proporcionar um ambiente que esteja favorável ao aprendizado do
aluno, levando em conta suas necessidades especiais, aceitando suas diferenças e limitações, a
inclusão sem dúvida é algo que pode acontecer na prática, basta refletirmos nas necessidades
dos alunos que possuem alguma deficiência e enxergá-lo como cidadão de direitos, com suas
dificuldades, mas que também tem suas capacidades.
Eles têm direito à educação e a viver na sociedade, frequentando escolas como
qualquer outro aluno e o estado tem o dever de suprir as suas necessidades, facilitando ao
professor o processo de ensino e aprendizagem desse aluno. Conclui-se que, dentre as formas
de inclusão esse processo pode ocorrer dentro das escolas através da ação lúdica,
favorecendo a interação e socialização dos indivíduos, possibilitando uma nova relação do
aluno com o meio no qual está inserido, além de promover uma nova perspectiva do aluno
sobre si mesmo na medida em que se torna cada vez mais autônomo, desta forma a ludicidade
constitui-se um recurso pedagógico capaz de contribuir para uma maior interação e
socialização no processo de ensino e aprendizagem

7 METODOLOGIA: OS CAMINHOS UTILIZADOS

Por se tratar de a ludicidade ser temática que tem recebido muito conhecimento e
familiaridade, a seguinte pesquisa caracteriza-se como um estudo exploratório, posto que visa
"proporcionar maior familiaridade com a questão o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito ou construir hipóteses" (GIL, 1987, p.41) cujo objetivo principal será o de
desenvolver intimidade com o tema da pesquisa atrelado a educação especial de forma que se
consiga entender e discutir como se dá o funcionamento dessa prática docente dentro do
determinado campo de estudo. O uso dos procedimentos e instrumentos utilizados nessa
pesquisa serão desenvolvidos para promover a aproximação com o objeto de estudo.
O propósito desta metodologia é explorar as vivências particular e conjunta dos
entrevistados em suas experiências vividas dentro do âmbito educacional, que será explicada
de forma descritiva. Sendo uma pesquisa exploratória e descritiva, a metodologia utilizada
será a pesquisa qualitativa, que fornece a visão da realidade dos indivíduos. Para Minayo
(2002, pág.21,22) “A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. [...]ela
trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes”
dessa forma, a pesquisa qualitativa possibilita, não apenas a aproximação com essa realidade
que está sendo construída em escolas públicas, que é a presença da ludicidade como um
instrumento pedagógico no ensino infantil, mas nos dá a possibilidade de compreender as
definições construídas pela sociedade em relação ao aprender brincando e sua relação com as
práticas docentes, sendo assim, a metodologia aplicada revelará, através dos docentes da
educação infantil, os desafios que surgem em sua prática docente e as soluções encontradas
para resolver os percalços encontrados por eles, pelas instituições de ensino e o município,
como fazem para promover o acesso, a permanência e a qualidade do ensino para as crianças
da Educação Especial.
Refletir sobre a influência da ludicidade na educação infantil é desafiante, mais ainda
quando se envolve a educação especial, por ser uma discussão ainda resultante de uma nova
prática pedagógica e muitos ainda estarem presos no conceito do professor tradicional, aquele
que é detentor do saber e está ali apenas para repassar o conhecimento. Então, para refletir
sobre educação infantil e a relação com essa nova prática onde o aluno é o sujeito principal do
aprendizado, é necessário partir dos sujeitos que estão desenvolvendo no cotidiano a prática
docente, ou seja, ouvir e compreender, a partir dos professores da educação básica, como se
dá essa prática.
Para a realização do presente trabalho, utilizamos também da pesquisa bibliográfica
para que conseguíssemos ter embasamento teórico na temática estudada, pois como destaca
Zanella (2006).
“O primeiro passo para a pesquisa bibliográfica é, naturalmente, pesquisar o acervo de
bibliotecas: livros, periódicos especializados, trabalhos acadêmicos (monografias,
dissertações e teses). Importante é buscar diferentes correntes teóricas e pontos de
vista de autores para ampliar e sedimentar a posição que o pesquisador adotará na
investigação.” (ZANELLA, 2006, p.52).

A partir dessa pesquisa, foi possível conhecer e estudar alguns estudiosos que trabalham sobre
a mesma temática, de modo a contribuir com as discussões realizadas no presente estudo, para
maior aprofundamento do tema estudado, pretendo ouvir experiências de alguns docentes que
tem a oportunidade de atuar na educação especial em escolas públicas (estudo de campo) A
pesquisa de campo se constitui uma das principais características da pesquisa qualitativa e se
torna um ingresso dentro da realidade estudada. No que se refere aos dados que serão
coletados pela pesquisa de campo, assumimos o compromisso de respeitar as falas,
interpretações e reflexões dos participantes dessa entrevista, a fim de elaborar uma análise que
possa assimilar ao máximo a realidade estudada, revelando as limitações e desafios, assim
como as melhorias que ocorrem no processo de ensino aprendizagem na educação especial
através da ludicidade.

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AUSUBEL, D.P. A aprendizagem Significativa: A Teoria de David Ausubel. São Paulo:


Moraes, 1982.
Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Art.
205-214. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 1988.
DESLANDES, Suely Ferreira; CRUZ NETO, Otávio; GOMES, Romeu. Pesquisa Social:
teoria, método e criatividade. 21. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2002. 80 p. Organizadora:
Maria Cecília de Souza Minayo
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O Jogo, a Criança e a Educação. São Paulo: Editora
Pioneira, 1994.
LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. Lei 9.394 de 20 de
Dezembro de 1996.
PIAGET, J. Para onde vai a educação? São Paulo: José Olympio, 1988.
SASSAKI, Romeu K. Inclusão: o paradigma do século XXI. In: Revista da Educação
Especial. Brasília. Secretaria de Educação Especial, v.1, n.1, outubro, p. 19-23, 2013.
SASSAKI, R. K. 1997. Inclusão: Construindo uma Sociedade Para Todos. Rio de Janeiro,
Editora WVA, 174 p.
TEIXEIRA, C.E.J. A Ludicidade na Escola. São Paulo, SP: Loyola, 1995.
ZANELLA, Liane Carly Hermes. Metodologia da pesquisa. Florianópolis: SEaD/UFSC,
2006

9 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Meses
Atividades Outubro 2023 Novembro Dezembro
2023 2023

Entrega do projeto de pesquisa X


Avaliação dos projetos de pesquisa X
Resultado da avaliação dos projetos X
Defesa dos projetos de pesquisa X

A escrita é um objeto social de comunicação, mediação, interação, interlocução e geração de


consciência que, exatamente nessas bases, merece ser ensinado e aprendido; não se garante a
formação do leitor e escritor com base em exercícios mecânicos, atividades de reprodução, práticas
passivas e descontextualizadas. (Silvia Colello, 2021, p. 139)

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