Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NATAL – RN
2023
2
Natal - RN
2023
3
AGRADECIMENTOS
Ao meu pai, Manoel Gomes, que mesmo não tendo concluído a Educação
Básica sempre me mostrou que a maior riqueza que ele poderia me deixar são
os estudos. A minha mãe Maria das graças, in memoriam, me deixou o legado do
amor e determinação.
Á minha irmã Vera Lúcia, que como professora de português me fez despertar o
amor pela profissão, e me conduziu como uma segunda mãe.
Aos meus irmãos Francisco Custódio e Cicera Rocha por estarem sempre
presentes na minha vida com gestos simples de cuidado.
Ao meu querido orientador, professor Dr. Antônio de Pádua dos Santos, por toda
parceria, por acreditar e confiar que eu seria capaz de cumprir esta missão.
Enfim, a todas (as) pessoas que não foram mencionadas neste momento, mas
que colaboraram de alguma forma em todo processo de pesquisa.
GRATIDÃO!
5
DEDICATÓRIA
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELA
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01: Houve aulas sobre Esportes Adaptados durante o Ensino Fundamental..........................51
Gráfico 02: Esportes Adaptados que você conhece.............................................................................53
Gráfico 03: importância de estudar o tema Esporte Adaptado nas aulas de Educação Física.............55
Gráfico 04: O que é inclusão para você................................................................................................57
Gráfico 05: Esportes Adaptados que gostaria de estudar.....................................................................59
Gráfico 06: Diferenças entre os Esportes Adaptado e tradicionais.......................................................61
Gráfico 07: Importante trabalhar a inclusão na sala de aula.................................................................63
Gráfico 08: Presenciou algum tipo de exclusão nas aulas de Educação Física...................................64
10
RESUMO
Este estudo tem um olhar voltado para a ministração do tema Esporte Adaptado
dentro de uma perspectiva inclusiva. O objetivo geral desse estudo foi a construção
coletiva, a implementação e a avaliação de uma unidade didática com a utilização do
esporte adaptado dentro de uma perspectiva inclusiva nas aulas de Educação Física
no Ensino Médio. Os objetivos específicos foram:1- Diagnosticar e Identificar a
percepção e experiências dos (as) alunos (as) sobre a unidade temática esporte
adaptado nas aulas de Educação Física no ensino fundamental; 2- Desenvolver uma
unidade didática sobre esporte adaptado dentro de uma perspectiva inclusiva como
ferramenta pedagógica nas aulas de Educação Física no Ensino Médio; 3- Avaliar
uma unidade didática sobre esporte adaptado dentro de uma perspectiva inclusiva
nas aulas de Educação Física no Ensino Médio. Foi realizado um estudo de campo
do tipo pesquisa-ação, utilizando o método qualitativo descritivo em uma escola da
Rede Estadual de Ensino do Ceará, localizada em Fortaleza, com 64 alunos e
alunas de duas turmas do 3º Ano A e B do Ensino Médio. Os instrumentos utilizados
foram: a) observação participante das aulas de Educação Física, através da
utilização do diário de campo; b) 02 questionários, 01 sobre o entendimento dos (as)
alunos (as) a respeito do Esporte Adaptado obtido no Ensino Fundamental; 01 para
Avaliar uma unidade didática sobre esporte adaptado dentro de uma perspectiva
inclusiva nas aulas de Educação Física no Ensino Médio. A pesquisa foi aprovada
com o parecer da plataforma Brasil nº 5.678.415. O tema teve sua relevância ao
podermos constatar os ganhos adquiridos aos (as) estudantes através da
implementação do projeto de pesquisa. Os (as) mesmos (as) demonstraram maior
motivação para aprender um conteúdo antes pensado apenas para pessoas com
deficiência. Eles (as) se viram não apenas reproduzindo movimentos, mas
construindo um conhecimento e refletindo sobre ele. As atividades aconteceram com
a participação de todos (as) os (as) alunos (as), independente do nível de habilidade
motora, de gênero, e situação ou não de deficiência. Os esportes adaptados foram
tematizados utilizando o máximo de modalidades possíveis dentro de uma unidade
didática, que possibilitou uma maior riqueza de conhecimentos aos (as) alunos (as).
Foi obtido a participação de vários alunos (as) que não estavam participando das
aulas de Educação Física em semestres anteriores, e que nitidamente estavam se
sentindo incluídos nas aulas. Percebemos um despertar pela admiração e
reconhecimento do outro pelas suas diferenças. Inclusive um novo olhar para os
colegas com deficiência, ao perceberem suas potencialidades e não mais somente
suas dificuldades. Constatamos que o tema é totalmente possível, viável e aceito
pelos (as) estudantes, visto que parte das necessidades e interesse apresentados
pela turma.
ABSTRACT
This study focuses on the teaching of Adapted Sport from an inclusive perspective.
The general objective of this study was the collective construction, implementation
and evaluation of a didactic unit with the use of adapted sport within an inclusive
perspective in Physical Education classes in High School. The specific objectives
were: 1- Diagnosing and Identifying the perception and experiences of students on
the thematic unit adapted sport in Physical Education classes in elementary school;
2- Develop a didactic unit on adapted sport within an inclusive perspective as a
pedagogical tool in Physical Education classes in High School; 3- Evaluate a didactic
unit on adapted sport within an inclusive perspective in Physical Education classes in
High School. A field study of the research-action type was carried out, using the
descriptive qualitative method in a school of the State Education Network of Ceará,
located in Fortaleza, with 64 male and female students from two classes of the 3rd
Year A and B of High School. The instruments used were: a) participant observation
of Physical Education classes, through the use of a field diary; b) 02 questionnaires,
01 about the understanding of the students regarding the Adapted Sport obtained in
Elementary School; 01 to Evaluate a didactic unit on adapted sport within an
inclusive perspective in Physical Education classes in High School. The research
was approved with the opinion of the Brasil platform nº 5,678,415. The theme had its
relevance when we were able to verify the gains acquired from the students through
the implementation of the research project. They showed greater motivation to learn
content previously thought only for people with disabilities. They found themselves
not only reproducing movements, but building knowledge and reflecting on it. The
activities took place with the participation of all students, regardless of their level of
motor skill, gender, and disability status or not. Adapted sports were themed using
as many modalities as possible within a didactic unit, which allowed a greater wealth
of knowledge to students. The participation of several students who were not
participating in Physical Education classes in previous semesters was obtained, and
who were clearly feeling included in the classes. We noticed an awakening by the
admiration and recognition of the other for their differences. Including a new look at
colleagues with disabilities, when they realize their potential and not just their
difficulties anymore. We verified that the theme is totally possible, viable and
accepted by the students, since it starts from the needs and interests presented by
the group.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................13
2 TECENDO CONHECIMENTOS SOBRE O ESPORTE ADAPTADO DENTRO DE
UMA PERSPETIVA INCLUSIVA...............................................................................26
2.1 Compreendendo os conceitos que se relacionam com o esporte
adaptado....................................................................................................................26
2.2 Inclusão escolar e educação física escolar inclusiva....................................31
2.3 Um novo olhar para as pessoas com deficiência nas aulas de educação
física dentro de uma perspectiva inclusiva...........................................................37
2.4 O que recomenda o novo ensino médio e a BNCC sobre o tema esporte
adaptado e inclusão.................................................................................................40
3 Desenvolvendo de uma unidade didática sobre o esporte adaptado dentro de
uma perspectiva inclusiva.......................................................................................46
3.1 Apresentação do projeto de pesquisa.................................................................47
3.2 Descrição da intervenção pedagógica:1º aula- Aplicação do questionário
diagnóstico.................................................................................................................49
3.3 Descrição da intervenção pedagógica:2º aula- Dinâmica sobre inclusão e
respeito as diferenças................................................................................................65
3.4 Descrição da intervenção pedagógica:3º aula- Apresentação geral dos esportes
adaptados e sua relação com a inclusão...................................................................74
3.5 Descrição da intervenção pedagógica:4º aula- Apresentação e vivência do vôlei
sentado (Parte 01)......................................................................................................79
3.6 Descrição da intervenção pedagógica:5º aula- Vivência do vôlei sentado (Parte
02)..............................................................................................................................85
3.7 Descrição da intervenção pedagógica:6º aula- Apresentação e Vivência do
Goalball (Parte 01).....................................................................................................88
3.8 Descrição da intervenção pedagógica7ºaula- Apresentação e Vivência do
Goalball (Parte 02).....................................................................................................96
3.9 Descrição da intervenção pedagógica:8º aula- Apresentação e Vivência do
futebol de 5 (Parte 01)................................................................................................98
3.10 Descrição da intervenção pedagógica:9º aula- Vivência do futebol de 5 (Parte
02)............................................................................................................................102
3.11 Descrição da intervenção pedagógica:10º aula- Apresentação e Vivência da
bocha........................................................................................................................103
3.12 Descrição da intervenção pedagógica:11º aula- Aplicação do questionário
avaliativo ..................................................................................................................104
3.13 Descrição da intervenção pedagógica:12º aula- culminância..........................113
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................115
REFERÊNCIAS........................................................................................................118
APÊNDICES.............................................................................................................122
ANEXOS..................................................................................................................147
13
1 INTRODUÇÃO
Diante do exposto até aqui, e baseado nas pesquisas de leituras feitas pela
professora/pesquisadora surge a seguinte problemática: de que maneira planejar
uma unidade didática que possibilite o conhecimento e a inclusão nos Esportes
Adaptados?
A falta de importância sobre o ensino da temática pode ser creditada ao fato
da BNCC não lhe referenciar. Visto que, o documento usa a expressão “mínimo” ou
“básico” para referir-se aos conteúdos que serão ofertados nas aulas, nos fazendo
pensar também na palavra “essencial”, pois, até que ponto os (as) professores (as)
consideram esses temas essenciais para serem incluídos dentro do currículo se nem
ao menos eles são priorizados dentro de um documento como a BNCC?
Uma segunda reflexão nos toma quando identificamos na BNCC (2018) que
o objetivo para o Ensino Médio é consolidar, aprofundar e ampliar tudo o que foi
ensinado no Ensino Fundamental. Como se os conteúdos mínimos citados para
Ensino Fundamental também fossem suficientes para atender suas finalidades. Tal
reflexão nos leva a pensar no seguinte questionamento: com qual bagagem de
informação e vivência sobre Esporte Adaptado e Inclusão os (as) alunos (as) iniciam
no Ensino Médio para que enfim esses objetivos possam se cumprir? Portanto, os
(as) professor (as) precisam ter um diagnóstico dos (as) aluno (as) sobre o que foi
ensinado no Ensino Fundamental para que se aprofundem os conhecimentos no
Ensino Médio, trazendo especificidade para esse novo nível de ensino.
Em relação ao Novo Ensino Médio, ele altera na BNCC, a forma como os
componentes curriculares, e objetos de conhecimentos serão organizados,
planejados e apresentados aos (as) alunos (as). O Novo Ensino Médio trouxe a
16
adoção de uma base comum curricular e a escolha dos itinerários formativos por
parte dos mesmos. Seus idealizadores acreditam que com isso ocorrerá um maior
protagonismo por parte do (a) aluno (a), dando-lhes liberdade para construir o seu
próprio itinerário formativo. Mas será que eles (as) realmente estudarão temas que
serão capazes de desenvolver habilidades e conhecimentos que irão além da
formação educacional focada em mão de obra para o mercado de trabalho?
O Novo Ensino Médio fez diminuir a carga horária das aulas de Educação
Física, por se acreditar que outras disciplinas investem em aulas que trazem novos
olhares para a vida profissional, que visam orientar, preparar, e instruí-los para
o mercado de trabalho. Será que uma das funções mais importantes da escola é
preparar os jovens para desenvolver aptidões profissões ao ponto de negligenciar o
ensino de outros conteúdos? Será se de fato o Novo Ensino Médio atende às
necessidades e às expectativas dos jovens, fortalecendo o seu protagonismo
juvenil?
Deste modo, como justificativa social, a possibilidade de criação de uma
unidade temática por meio deste presente estudo, que incorpore os Esportes
Adaptados dentro de uma perspectiva inclusiva, direciona o olhar dos (as)
estudantes no caminho para uma Educação Física inclusiva. Sendo este
considerado um momento de reflexões e descobertas.
A segregação que sempre esteve presente na história da humanidade, tendo
no seu meio, um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas enraizadas na
cultura de um povo, promovendo de forma direta ou indireta a exclusão de uma
parte da sociedade, seja por questões raciais, gênero, religião, estereótipos etc.,
ameaça o direito das pessoas de existir, nos fazendo perceber que a inclusão é um
tema que norteia toda a vida em sociedade e gera discussões. Silva (2022) colabora
com o nosso pensamento ao apontar os benéficos de se trabalhar o Esporte
Adaptado dentro de uma perspectiva de inclusão ampliada.
Diante do exposto até aqui, o presente estudo teve como objetivo geral a
construção, implementação e avaliação de uma unidade didática com a utilização do
esporte adaptado dentro de uma perspectiva inclusiva nas aulas de Educação Física
no Ensino Médio. Os objetivos específicos foram divididos em três, a saber: 1-
Diagnosticar e Identificar a percepção e experiências dos (as) alunos (as) sobre a
unidade temática esporte adaptado nas aulas de Educação Física no Ensino
Fundamental; 2- Desenvolver uma unidade didática sobre esporte adaptado dentro
de uma perspectiva inclusiva como ferramenta pedagógica nas aulas de Educação
Física no Ensino Médio; 3- Avaliar uma unidade didática sobre esporte adaptado
dentro de uma perspectiva inclusiva nas aulas de Educação Física no Ensino Médio.
Como intuito de ampliar as discussões acadêmicas sobre o Esporte Adaptado
dentro de uma perspectiva inclusiva nas escolas e nortear a presente pesquisa,
realizamos em agosto de 2022 um levantamento e análise dos trabalhos
provenientes das bases de dados nacionais no período de 2012 a 2022, cadastrados
na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD); Biblioteca Digital de
Teses e Dissertações (UFRN), bem como Catálogo de Teses e Dissertações da
Capes e, em seguida, buscamos Artigos na base de dados da Scientific Electronic
Library Online – Scielo, com os descritores: Educação Física inclusiva; Esporte
adaptado e inclusão; Esporte adaptado segundo BNCC e Inclusão Escolar.
Optamos por pesquisar nas bases supracitadas, tendo em vista a oferta de mais
materiais voltados para área de estudo.
Chegamos a 622 publicações, e após a leitura dos títulos percebemos que
600 não tinha relação direta com os descritores selecionados. Partimos para análise
dos resumos das 22 publicações que teriam relação com os descritores. A hipótese
levantada após a leitura dos resumos das 15 publicações é a de que embora haja
produções bibliográficas sobre os descritores pesquisados, as concepções dos
professores envolvidos com estas propostas educacionais teriam pouca ou nenhuma
correspondência direta com os aspectos levantados pela literatura de nossa
pesquisa. Ou seja, não identificamos nenhum trabalho que tenha abordado o tema
Esporte Adaptado dentro de uma perspectiva inclusiva no Ensino Médio, nem
fazendo relação ao tema junto a BNCC. Conseguimos selecionar 7 (sete) produções
que ajudaram a compreender o universo do Esporte Adaptado e da inclusão sem os
relaciona-los apenas as pessoas com deficiência ou outros fins que não seja a
18
[...] Adaptar uma atividade em sentido lato pode ser pois construir uma
atividade para um objetivo definido- por exemplo desenvolver a consciência
corporal. Adaptação ou usando um termo mais genérico- a adaptabilidade
pode-se referir a modificações numa atividade padronizada. Referente ao
um desporto, pode criar um envolvimento especifico de atividade não
padronizada e pode ainda criar um contexto com objetivos claramente
terapêuticos ou reeducatívos.
Fica clara nossa percepção sobre adaptação quando o autor fala que adaptar
uma atividade em sentido lato é construir uma atividade para um objetivo definido.
Essa compreensão nos leva a refletir que adaptações são recorrentes nas aulas de
Educação Física e que toda aula requer um objetivo especifico que no meio de sua
execução poderá sofrer adaptações. Sendo assim, o (a) professor (a) deverá estar
preparado (a) para situações que necessitem de adaptações. Acreditamos que as
adaptações não devem ser feitas somente para adaptar alunos (as) com deficiência
nas aulas de Educação Física, mas também para tentar incluir todos (as)
independentemente de ter uma deficiência ou não.
Ao considerarmos o Esporte Adaptado numa perspectiva inclusiva, o nosso
olhar para prática do Esporte Adaptado é defendida não somente para as pessoas
com deficiência, mas para todos (as) que desejam vivenciá-lo. Procuramos conhecer
como ocorreu o marco inicial da prática esportiva adaptada no mundo e chegamos a
consulta de Cunha (2013, p.46) ao site do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Podemos entender por esporte para deficiente aquele que é elaborado para
atender exclusivamente esta população. Um exemplo é o Goalball, esporte criado
especificamente para deficientes visuais (ARAÚJO 1997, p.5).
A complexidade do tema Esporte Adaptado apresenta elementos relevantes
como objeto de conhecimento da Educação Física escolar. Em especial, para o
olhar acerca das propostas pedagógicas inclusivas que possibilitam aos (as) alunos
(as) a exploração de diferentes posicionamentos em relação a esse temática. Ao nos
debruçarmos sobre o tema Esporte Adaptado Silva et al. (2013, p. 680) explica que
descrever o esporte adaptado exige mais do que elencar conteúdos e fatores
condicionantes, considerando que ele tem o poder de transformar a vida dos sujeitos
que com ele se relacionam, assim como tais indivíduos podem modificá-lo. Cunha
(2013, p.52) complementa esse pensamento ao afirmar que [...] “os esportes
adaptados acabam sendo, talvez, a primeira forma de tentarmos transpor sua prática
para o espaço escolar, na perspectiva da inclusão”[...].
A ministração do tema Esporte Adaptado na escola não precisa ser algo
necessariamente inusitado que fuja assim das possibilidades de execução por parte
do (a) professor (a), que muitas vezes se encontra limitado (a) pelas condições
materiais e ambientais. A concretização do simples, do que é possível fazer, se
torna eficaz na medida que o conhecimento é desvelado para que possa ser
compreendido por todos (as), dando sentido ao debate das novidades. Mas que
muitas vezes sofre resistência tanto pelo (a) professor (a) quanto pelo (a) aluno (a)
por estarem diante de algo novo. Mantoan (2003, p.10) colabora com o nosso
pensamento quando escreve que,
[...] uma área da Educação Física que tem como objeto de estudo a
motricidade humana para as pessoas com necessidades educativas
especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às
características de cada portador de deficiência, respeitando suas diferenças
individuais (DUARTE; WERNER, 1995, P. 9 apud SILVA 2019, P.14).
A escola está inserida dentro de uma sociedade que é composta por pessoas
com diversidade sexual, de gerações, de corpos, de raças, de classe, de etnia,
religião, etc. uma prática inclusiva dentro de um ambiente escolar está diretamente
relacionada sobre como a escola lida para que essas diversidades sejam
reconhecidas e valorizadas.
Por mais que pareça simples falar sobre inclusão, na prática esse tema tem
apresentado ser um desafio importante e complexo. Quando pensamos como esse
tema poderá ser abordado na escola Fonseca e Ramos (2017) nos dão um
direcionamento de como deve ser a postura do (a) professor (a) diante de práticas
inclusivas.
Diante de uma sociedade vista como desigual, é dentro da escola que os (as)
alunos (as) deverão sentir-se incluídos (as), pois, é na escola que os (as) alunos (as)
devem ter como espaço de acesso ao conhecimento que os levem a inclusão. É um
lugar que deve proporcionar-lhes condições de desenvolver sua identidade na
sociedade.
Muitos (as) estudantes acreditam que precisam se adequar aos padrões
criados por paradigmas preestabelecidos dentro das aulas de Educação Física, que
dizem que os menos habilidosos, o gordo, o deficiência, a mulher, etc, são
considerados como problema dentro das aulas por não corresponderem aos
objetivos de aulas com viés tecnicista que se preocupam com o gesto técnico e sem
contextualização. Esses alunos (as) devem ser reintroduzidos nas aulas com
urgência, a partir de uma reestruturação do planejamento educacional em direção a
uma Educação Física Inclusiva, que sai de um aluno (a) padrão e se encaminha
para aluno (a) plural.
Os (as) alunos (as) precisam reconhecer suas particularidades e
potencialidades. Para não ficarem presos em padrões que muitas vezes vem para
37
2.3 Um novo olhar para as pessoas com deficiência nas aulas de Educação
Física dentro de uma perspectiva inclusiva.
De acordo com a legislação brasileira vigente, o (a) aluno (a) com deficiência
deve ser incluídos no sistema regular de ensino. “Independentemente de suas
capacidades e limitações, deve ser oferecida ao aluno oportunidades para que
alcance todo seu potencial em local escolar apropriado” (BLOCK, 2007, DE PAUW;
DOLL-TEPPER, 2000, LIEBERMAN; HOUSTON-WILSON; KOZUB, 2002. O'BRIEN;
KUDLACEK; HOWE, 2009 apud ALVES; DUARTE 2013, p.117).
É possível observar que cada vez mais os (as) professores (as) estão sendo
requisitados para trabalhar com o (a) aluno (a) de modo a atender suas
particularidades. Entretanto, as configurações curriculares dos cursos de graduação
não estão ainda conseguindo garantir uma formação segura para que os (as)
mesmos possam atuar com pessoas com deficiência. Luna (2005 apud Silva 2019,
p.16) [...] credita essa responsabilidade aos professores e os formadores de
professores por não se preocuparem em criar novas estratégias, muitas vezes
querendo evitar o trabalho de se adaptar a pessoa com deficiência. Podemos
identificar com maior clareza seu posicionamento na citação abaixo.
Duarte e Santos (2005 apud Falkenbach et al.,2007, p.41) nos alertam que a
ação de inclusão das pessoas com deficiência na aula de Educação Física deverá ir
além do simples desenvolvimento de atividades físicas, e consideram que,
Barreto, Francisco e Vale (2014, p.533) consideram que pelo que se observa
na prática, a Educação Física parece, ainda, estar longe de incluir de fato todos os
alunos. De todas as disciplinas existentes na escola, para eles a Educação Física
deveria ser uma das mais receptivas à diferença, por admitir inúmeras respostas
como sendo corretas. Por outro lado, em alguns casos os autores relatam que os
(as) estudantes com algum tipo de deficiência são excluído das aulas de educação
física, como mostra o trecho abaixo,
extremamente passivo, além de a inclusão nas aulas ser fundamental para garantir
seu melhor desenvolvimento motor.
mudanças que estão ocorrendo são para nós como professores (as) nos
atualizarmos para inserirmos os (as) alunos (as) no mundo da empregabilidade”.
Para os autores, diante do exposto, a escola passaria, então, a ser formadora de
trabalhadores não conhecedores do mundo do trabalho, e sim, formadora de mão de
obra para este. Diante disso, Souza e Ramos (2017) acrescentam,
Freire (2008, p.9) onde “a inclusão visa, pois, garantir que todos os alunos,
independentemente das suas características e diferenças, acedam a uma educação
de qualidade e vivam experiências significativas”.
Nossa intenção é provocar reflexões acerca das possíveis aproximações que
são acionadas no documento supracitado, explorando as potencialidades do Esporte
Adaptado dentro de uma perspectiva inclusiva. Consideramos que as orientações
fornecidas por esse documento poderá repercutir diretamente nos novos desafios
para implementação de aulas voltadas para o esse tema.
Identificamos inicialmente o olhar da BNCC (2018) sobre a inclusão quando a
mesma aponta que está orientada, […] “pelos princípios éticos, políticos e estéticos
que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva” (BRASIL, 2018, P. 7).
Podemos perceber dentro do que a BNCC (2018) considera como
competências gerais da Educação Básica, um olhar voltado para a necessidade da
inclusão.
Quadro 02: Sequência da intervenção pedagógica sobre a unidade temática, Esporte Adaptado.
Nº de Objeto de aprendizagem Local de aula
aulas
01 Aplicação e análise do questionário diagnóstico Sala de aula
sobre o entendimento dos (as) alunos (as)
sobre esporte adaptado e inclusão.
02 Dinâmica sobre inclusão e valorização das Sala de aula
diferenças.
03 Aula teórica: Conhecendo a história dos Sala de aula
esportes adaptados e sua relação com a
inclusão
04 Aula teórica e prática: Conhecendo a história, Quadra
regras e fundamentos do vôlei sentado,
fazendo relação com a inclusão.
05 Aula prática: jogando o vôlei sentado Quadra
06 Aula teórica e prática: Conhecendo a história, Quadra
regras e fundamentos do goalball fazendo
relação com a inclusão.
07 Aula prática: jogando o goalball Quadra
08 Aula teórica e prática: Conhecendo a história, Quadra
regras e fundamentos do futebol de 5, fazendo
relação com a inclusão.
09 Aula prática: vivenciando o futebol de 5 Quadra
10 Aula teórica e prática: Conhecendo a história, Quadra
regras e fundamentos da bocha, fazendo
relação com a inclusão. Vivenciando a bocha
11 Aplicação do questionário avaliativo Quadra
12 Culminância do projeto Sala de aula
Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2022
Como não seria possível vivenciar com os (as) alunos (as) todas os esportes
adaptados existentes, o critério de escolha de qual Esporte Adaptado seria
ministrado nas aulas se deu através do interesse dos (as) alunos (as) apresentado
na resposta da questão cinco do questionário diagnóstico. pois, consideramos
49
fundamental o planejamento junto aos (as) alunos (as) dentro de uma construção
coletiva.
Tabela 01:Participantes
IDADE QUANTIDADE DE QUANTIDADE
MULHERES DE HOMENS
16 01 00
17 16 8
18 10 6
50
19 4 2
20 1 0
21 0 1
Fonte: Elaborada pela autora, 2022
abordasse e ampliasse suas perspectivas e a perspectiva dos (as) alunos (as) sobre
o tema em questão, de modo que ele pode verdadeiramente ser debruçado.
2) Quais Esportes Adaptados você conhece? Descreva o que você sabe sobre eles.
Não conheço nenhum. 23 alunos (as) responderam
Futebol de 5 (Não sei descrever). 4 alunos (as) responderam
Vôlei sentado (Não sei descrever). 2 alunos (as) responderam
Basquete em cadeira de rodas (Não sei 2 alunos (as) responderam
descrever).
Natação para deficiente físico (Não sei 2 alunos (as) responderam
descrever) .
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTE DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
Sim, futebol de 7 e vôlei adaptado. Sei que futebol de 7 é jogado por cegos, e vôlei é jogado
por deficientes físicos (AEF03)
Não sei, mas gostei bastante de assistir futebol de cego, eu fiquei encantada. Todos os
participantes menos o goleiro e os assistentes. Não sei detalhes (AEF04)
Vôlei, futsal. Algumas pessoas praticam esses esportes para o bom funcionamento do corpo
e isso de adaptar esporte em todas as classes é algo agradável (AEF05)
Vôlei sentado, que você joga sentado. Futebol para cegos com uma bola com sino (AEF07)
Futebol de 7, é futebol para pessoas com deficiência visual, onde utilizam uma bola
adaptada com um sino (AEF08)
Vôlei sentado, que é para paraplégico (AEF09)
Natação, atletismo. No basquete, a altura da tabela, as dimensões da quadra e as regras
são iguais do basquete tradicional (AEF10)
Futebol para cegos, natação para deficientes físicos, handebol para deficientes visuais
(AEF11)
Natação, o principal objetivo é incluir pessoas com deficiência física. O nadador pode ser
acompanhado de alguém para entrar e sair da piscina (AEF12)
Vôlei adaptável os participantes são tetraplégicos (AEF13)
Basquete: jogam a bola na cesta e ganham pontos. Vôlei: rebatem contra o adversário, com
o objetivo de que a bola caia no chão. Futebol: chutar a bola até a rede e marcar o gol
(AEF14)
O vôlei, as pessoas ficam sentadas no chão, a rede é mais baixa. Futsal com pessoas
deficientes visuais (AEF15)
Vôlei adaptado: sentamos no chão e a rede estava mais baixa. Handebol para cadeirantes.
Corrida onde os corredores usam prótese nas pernas (AEF16)
Vôlei adaptado, esse esporte é para as pessoas paraplégicas e é jogado sentado (AEF17)
“Atletismo para cadeirante, futebol de deficiente visual”.
Só tive contato com cadeirantes que jogam basquete, acontecem algumas adaptações, mas
não muda muito (AEF18)
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTE DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
Para maior inclusão e igualdade no esporte (AEF01)
Para se adaptar (AEF02)
Entender que todas as pessoas de todos os tipos devem ter acesso ao esporte (AEF03)
Dá uma maior noção de mundo e inclusão de todos (AEF04)
Eu acho muito importante porque todos participavam mesmo sendo cego, paralitico (AEF05)
Toda importância, pois além de aprender sobre o esporte adaptado, você conhece a
deficiência das pessoas que jogam (AEF06)
É entreter estudantes portadores de algum tipo de limitação física ou psicológica (AEF07)
Para se conscientizar mais sobre a inclusão social e a importância de direitos iguais (AEF08)
É de suma importância, porque existem pessoas que não tem um membro, e tem que
adaptar aquele esporte, só que um pouco diferente (AEF09)
Promover uma sociedade que aceite e valorize as diferenças individuais (AEF10)
Contribui significantemente para a inserção das pessoas com deficiência. Trazer benefícios
relacionados a melhor aceitação da deficiência, melhor interação com as pessoas ao seu
redor (AEF11)
Se estudamos os esportes “ normais” porque não estudar e ter conhecimento sobre os
esportes adaptados. Acho interessante ter aulas sobre (AEF12)
O importante para o ensino é a aprendizagem dos alunos (AEF13)
Para não ter exclusão social, e para incentivar a não tratar essas pessoas com diferença
(AEF14)
A informação contribui para a inclusão (AEF15)
Muito importante para todos os alunos aprender e entender sobre os esportes adaptados
(AEF16)
alunos (as) (61%) acham importante estudar o tema e expõem de forma clara o
motivo de sua importância.
Podemos destacar a fala do (a) aluno (a) (AEF12) “Se estudamos os esportes
“ normais” porque não estudar e ter conhecimento sobre os esportes adaptados”. E
a fala do (as) aluno (a) (AEF04) “Acho interessante ter aulas sobre, dá uma maior
noção de mundo e inclusão de todos”. É diante desses tipos de compreensão por
parte dos (as) estudantes que o (a) professor (a) conhecerá como a aprendizagem
de um determinado tema é aceita e recebida pelos mesmos. De modo que, além de
analisar o seu grau de interesse, poderá gerenciar as dificuldades, com o intuito de
melhorar as finalidades educativas.
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTE DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
Incluir pessoas em assuntos e esportes, pessoas com deficiência (AEF08)
É a igualdade das pessoas independentemente das suas dificuldades (AEF09)
Acho que é para passar algo para alguém (AEF12)
É quando tem todo no grupo, sem exceções (AEF16)
Coisas que incluem (AEF18)
Interação das pessoas em um espaço. Ações que combatem a exclusão. Benefícios da vida
em sociedade (AEF20)
Ato de incluir, colocar em um determinado lugar ou local algo ou alguém, em meio de outras
coisas ou pessoas (AEF21)
56
Consideramos que cada conteúdo vivenciado pelos (as) estudantes gera uma
aprendizagem específica, e desta forma devemos favorecer que os (as) mesmos
(as) expressem o interesse pelos seus temas desejados. Diante disso, a
professora/pesquisadora perguntou aos (as) alunos (as), quais Esportes Adaptados
eles (as) não estudaram no Ensino Fundamental e gostariam de estudar no Ensino
Médio nas aulas de Educação Física. Os (as) mesmos (as) ficaram à vontade para
informar mais de um Esporte Adaptado. Dos 49 alunos (as) respondentes, 17 alunos
(as) (35%) informaram não ter preferência sobre um esporte específico; 16 alunos
(as) (33%) não souberam responder; 7 alunos (as) (14%) têm preferência pelo vôlei
sentado; 7 alunos (as) (14%) têm preferência pelo futebol de 5; 3 alunos (as) (6%)
têm preferência pelo basquete em cadeira de rodas; 1 alunos (as) (2%) têm
preferência pelo goalball, e 1 alunos (as) (2%) têm preferência pela natação.
59
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTE DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
A única diferença é as regras que tem que ser adaptadas (AEF04)
Dá possibilidade de pessoas com deficiência participar de atividades originalmente difíceis
para suas realidades (AEF07)
Dependendo da deficiência (AEF10)
Os adaptados, eles têm regras diferentes, as pessoas que normalmente praticam são
pessoas com deficiência, e esse adaptado busca moldar os esportes as necessidades de
alguém (AEF14)
Para evitar mostrar que pessoas com deficiência não são menos capazes, se respeitando
suas realidades eles são capazes de tudo (AEF15)
Adaptado: ajustado para que as pessoas com deficiência possam praticar. Tradicionais: não
adaptados para pessoas com deficiência física ou mental (AEF23)
A diferença é que no esporte adaptado, é um esporte que exige adaptações para os atletas
(AEF26)
60
O esporte adaptado é praticado por diferentes grupos com deficiência. O esporte tradicional
é praticado sem nenhuma modificação (AEF30)
As adaptações (AEF31)
Esportes adaptados são para pessoas com deficiência, visual, física e outros (AEF32)
A adaptação das regras e a maneira como se prática (AEF33)
Leva em consideração a debilidade do atleta, buscando inclui-lo no esporte (AEF36)
A inclusão para todos (AEF37)
7) Você acha importante trabalhar a inclusão na sala de aula? Por qual motivo?
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTE DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
Sim, pois não seria ético deixar alguém de fora das atividades (AEF02)
Sim, para ter maior noção de mundo (AEF04)
Sim, porque é necessário que todos possam aprender (AEF05)
Sim, porque o futuro somos cada um de nós, e a cada vez que incluímos alguém no nosso
meio, mais humanos seremos (AEF07)
Sim, a sala de aula para muitos é o primeiro passo para as diferenças de vida dos outros e
seu pensamento de cidadão, pelo crescimento das pessoas (AEF09)
Sim, porque podemos aprender mais sobre o assunto e como funciona o esporte adaptado
(AEF12)
Sim, por mais igualdade (AEF18)
Para que não haja preconceito e descriminação (AEF19)
Sim, para incluir pessoas que mesmo com dificuldade possam participar das aulas (AEF25)
Sim, pois tem que saber aceitar as diferenças (AEF28)
Sim, pois irá pautar e fixar os direitos, é o meio de evitar preconceitos, etc (AEF31)
Sim, até porque temos que ser cada vez mais sociável. O esporte é para todos, é uma
competição, mas o esporte também é diversão (AEF33)
Sim, para cada vez mais incluir pessoas de todos os tipos (AEF34)
Sim, porque tem muitos alunos que precisam entender que é muito importante não fazer
alguém se sentir mal (AEF35)
Sim, para todos se sentirem incluídos em vários aspectos (AEF36)
Sim, motivos de convivência básica (AEF37)
Sim, pois há pessoas que não tem conhecimento sobre (AEF38)
Sim, pois temos que começar a incluir as pessoas com deficiência nas coisas (AEF39)
Sim, acho importante para termos uma maior conscientização
Sim, para aprender a tratar todas as pessoas iguais (AEF40)
Se informar sempre é bom, por motivos sociais básicos (AEF41)
Não (AEF42)
(4%) afirmaram que: “ para ter conhecimento”; 2 alunos (as) (4%) afirmaram que: “
sim, pelo motivo das mulheres serem excluídas”; E 23 alunos (as) (47%) acham
importante estudar o tema e especificaram o motivo diferente dos (as) outros (as)
estudantes.
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTE DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
Infelizmente sim, por causa que tinha umas pessoas muito agressiva e o professor excluiu
as pessoas com deficiência (AEF11)
Na maioria das vezes sim, pois muitos dos meninos não gostam de ter as mulheres por perto
praticando os esportes (AEF22)
Muitas vezes sim, os meninos não gostam de ter mulheres nos esportes (AEF27)
Sim, quando eu queria jogar bola com os meninos e eles não deixavam (AEF30)
quando falamos sobre inclusão o que passa na sua mente? Alguns deles (as) deram
respostas já mencionadas no questionário diagnóstico, como:
Percebemos que os outros (as) alunos (as) ficaram calados, talvez por
acharem que suas respostas não eram corretas.
Em seguida a professora/pesquisadora partiu para o segundo
questionamento: todos os anos vocês escutam falar sobre autismo, Síndrome de
Down, deficiência física, deficiência mental, entre outros. E se eu lhes dissesse que
vocês também já foram excluídos ou diminuídos por suas caraterísticas, ou pelo seu
jeito de ser, vocês concordariam comigo? Alguns alunos (os) somente balançaram a
cabeça confirmando que sim.
Foi Solicitado que os (as) alunos (as) fechassem os olhos e levantassem
todos os dedos. No começo alguns se sentiram inseguros em ter que fechar os
olhos, outros (as) permaneceram com os olhos um pouco abertos. Mas a grande
maioria fechou totalmente os olhos como mostram as imagens 01 e 02.
Eu sempre me senti excluído pela minha cor e pelo meu cabelo (AEF11)
Eu me sinto inferior por estudar em uma escola pública (AEF33)
Acho que as pessoas não me aceitam pela minha opção sexual (AEF42)
Para cada etapa, os (as) alunos (as) tiveram dois minutos para a elaboração.
Todos (as) aparentaram empolgação ao realizar os desenhos.
No final da dinâmica, a professora pediu que os (as) alunos (as) observasse o
seu desenho e o dos (as) colegas. Eles (as) ficaram encantados com a produção
dos seus desenhos e dos (das) colegas também.
74
Baseado no pensamento de Skliar (2006) o qual afirma que “[...] não há, deste
modo, alguma coisa que não seja diferença, alguma coisa que possa deixar de ser
diferença, alguma coisa que possa ser contrário, o oposto das diferenças [...]”
(SKLIAR, 2006, p. 31 apud SILVA 2022, P. 42). A professora/pesquisadora levou os
(as) estudantes a seguinte reflexão: foi dada a mesma instrução para todos (as),
mas cada um teve uma forma diferente de fazer o desenho, isto é, cada um teve
uma maneira particular de desenhar. As situações, experiências e eventos
acontecem, porem cada um tem uma maneira particular de perceber o mundo.
Portanto, somos todos diferentes e devemos celebrar as diferenças e
particularidades dos outros, seguindo o pensamento de Silva (2022, p.56) “[...]
Consideramos a inclusão escolar como espaço coletivo a todos (as) os alunos (as)
que estejam juntos em afetiva e efetiva cooperação e respeito às diferenças” (SILVA
2022, P. 56).
Assim como SILVA (2022) esse estudo sobre o Esporte Adaptado teve um
olhar para práticas inclusivas, por essa razão, obteve o desafio de pensar esse tema
como objeto de conhecimento da Educação Física escolar numa perspectiva
inclusiva.
Ao iniciar a abordagem, a professora/pesquisadora pediu para os (as) alunos
(as) citarem os tipos de diferença que eles (as) conheciam. Os (as) mesmos (as)
utilizaram como exemplo a diferença no modo pensar, do gosto musical, vestimenta,
cor da pele, quanto ao gênero. Diante do que foi informado por eles (as), a
75
Foi proposto aos (as) estudantes que formassem equipes de no máximo cinco
participantes. Em seguida, fizeram pequenos círculos com suas equipes. Um
participante de cada equipe pegou 5 fotos de esportes adaptados diferentes que
estavam sobre a mesa da professora/pesquisadora. Ao observarem as imagens,
depois responderem entre os componentes as perguntas que estavam disponíveis
no quadro, as quais são: 1) qual o nome das modalidades esportivas das imagens
escolhidas por vocês? 2) Vocês conhecem alguma regra e fundamento destas
modalidades, se sim informe quais? 3) Comparem as diferenças e as semelhanças
entre os esportes tradicionais e os esportes adaptados escolhidos na imagem. 4) Na
opinião de vocês, qual a relação do esporte adaptado com a inclusão? Qual a
relação do esporte adaptado com as paralímpiadas?
Os (as) estudantes realizaram um diálogo a partir das ideias apresentadas
pelos integrantes do grupo. Um representante de cada equipe descreveu as
respostas dada por sua equipe aos demais colegas.
Das 5 figuras fornecidas a cada equipe, muitos só souberam responder os
nomes das imagens que havia relação com os esportes tradicionais, não sabendo
descrever os esportes adaptados de forma mais abrangente, podendo ser percebido
nos seguintes relatos:
incluídas em algum tipo de esporte e os esportes são adaptados para que isso
aconteça. Como considera Castro (2005) citado por Cunha (2013).
A presente pesquisa propõe a prática dos Esportes Adaptados por todos (as)
que queiram vivencia-lo, tendo esse tema uma abordagem crítica, reflexiva e
contextualizada. Transpondo uma vivência que leve ao conhecimento das
diferenças, respeitando, valorizando e incluindo a todos (as). Focando na
potencialidade individual de cada pessoa. Nesse sentido, “[...] alunos com
deficiência e alunos sem deficiência terão a oportunidade de vivenciar a riqueza que
a diferença representa e, com isso, fortalecer o sentimento de solidariedade”
(NORDONY 2021, P.42).
Depois, em formato de círculo, como mostra a imagem 12, os (as) alunos (as)
realizarão todos os fundamentos do vôlei sentado, tentando ao máximo não deixar a
bola cair.
No final foi realizado um mini jogo de vôlei sentado, mostrado na imagem 13.
Assim como Silva (2022), compreendemos que há, na prática dos esportes
adaptados da escola, contribuições relevantes para inclusão educacional, propondo-
se oportunizar o respeito às diferenças e contrapondo a ideia de incapacidade,
dialogando efetivamente com as práticas inclusivas. Partindo desse pensamento,
inicialmente a professora/pesquisadora levou os (as) estudantes a perceberem que
independentemente de haver uma deficiência ou não, os (as) mesmos (as) podem
praticar esse esporte. Borgmann, Pena e Almeida (2016) reforça nossa ideia quando
utilizada a citação de Sanz (1994) e Gonzalez (2010).
Foi realizada uma roda final de conversa. Com os (as) estudantes em círculo,
a professora/pesquisadora lançou os seguintes questionamentos: vocês gostaram
de praticar o vôlei sentado? Essas vivências, mesmo de forma lúdica, trouxe uma
sensação de pertencimento à equipe? As pessoas com deficiência têm capacidade
de praticar esporte como as outras pessoas? Você se sentiu melhor ou achou mais
fácil praticar o vôlei sentado ou em pé? Foram obtidos os seguintes relatos:
esporte? Esse esporte tem grande divulgação nas mídias? Se não, por qual motivo
isso não acontece? Qual a relação do goalball com as paralímpiadas? Qual a
relação do goalball com a pessoa com deficiência visual?
é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode
haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e
o reinício do jogo. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg. Sua cor é
alaranjada e é mais ou menos do tamanho da de basquete. Hoje o goalball
é praticado em 112 países nos cinco continentes. No Brasil, a modalidade é
administrada pela Confederação Brasileira de Deporto para Deficientes
Visuais — CBDV.
Na sequência, foi destacado para os (as) alunos (as) que o goalball, dentre
todas as modalidades paralímpicas, “[...] é a única que não é uma adaptação de
uma modalidade olímpica, ou seja, trata-se de um esporte desenvolvido
exclusivamente para pessoas com deficiência” (CUNHA 2013, P.105). Logo em
seguida, os (as) estudantes passaram por todos os setores da quadra, onde foram
lhes apresentadas as regras básicas da modalidade como: (play, out, block out, high
ball, ten seconds 10”, eyeshades, noise), tempo de jogo, quantidade de jogadores,
fundamentos (tipos de arremesso e defesa), marcações (área de orientação, área de
lançamento, área neutra). A professora/pesquisadora pediu que os (as) participantes
fechassem os olhos para sentirem a marcação da área de orientação. Nesse
momento foram exploradas as posições dos jogadores: função dos alas (direito e
esquerdo), pivô (central), elegibilidade e classificação funcional.
No terceiro momento a professora/pesquisadora buscou proporcionar a
vivência dos (as) estudantes com os olhos vendados. O objetivo foi fazer com que
eles (as) pudessem sentir como as pessoas com deficiência visual mesmo tendo
uma limitação, são capazes e apitas a serem incluídas dentro do esporte. Em
relação ao uso obrigatório de vendas nos olhos, Cunha (2013) destaca:
venda nos olhos alternadamente. Quem não estivesse com a venda nos olhos ficaria
de costas para o círculo e suas pernas foram utilizadas para realização de gols. Os
(as) alunos (as) com a venda nos olhos teriam que acertar a bola entre as pernas
dos companheiros que estavam de costas, com a intenção de marcar gols. Depois
mudaram as posições, quem estava como traves ficou como arremessador. Como
mostram a imagem 22.
https://www.youtube.com/watch?v=wWH_8peaJuU
https://www.youtube.com/watch?v=3vXLpcdtagQ
Ficou ainda mais claro o que foi apresentado na aula anterior com o vídeo
(AEF21)
Fiquei encantada com a agilidade dos (as) atletas (AEF29)
Eles são muito bons jogando (AEF35)
Deu para compreender melhor o jogo (AEF39)
Foi informado que o jogo necessitava de total silêncio para que os (as)
participantes (as) pudessem escutar o som da bola. Após escutar o comando “play”
dado pela professora/pesquisadora, todos (as) ficaram em silêncio. No decorrer do
jogo, foram realizadas pequenas paradas para relembrar as regras e fundamentos.
98
Foto: 29 alunos (as) caminhando e correndo pela quadra com ajuda de um cordão guia
Foto: 30 alunos (a) conduzindo a bola com ajuda de um cordão guia e de um colega
100
No quarto momento os (as) alunos (as) formaram duplas, ficando uma dupla
de frente para outra. Uma pessoa da dupla ficou com a bola, e chamou o nome de
um colega ou bateu palmas, para que o mesmo ficasse atento para escutar o
barulho da bola, para assim poder recepcionar a bola tocada para ele (a). Esse
movimento se repetiu durante 10 minutos até que todos os (as) alunos (as) fizessem
o passe e recepção da bola. Como mostra a imagem 32.
No quinto momento ainda com as mesmas duplas, sendo que uma delas sem
a venda nos olhos. Os (as) alunos (as) com a venda teriam que trocar passe em
101
deslocamento de uma ponta a outra da quadra com a pessoa da outra dupla que
também estaria com a venda. Quem estava sem a venda iria guiando sua dupla na
condução e recepção da bola. Ao retornar as duplas mudariam de função, como
mostra a imagem 33.
Como atividade para casa foi solicitado que os (as) estudantes assistissem ao
vídeo disponibilizado no grupo do whatsapp pela professora/pesquisadra e fizessem
pesquisa sobre as regras e fundamentos do futebol de 5 para um debate na próxima
aula.
https://www.youtube.com/watch?v=PsNeLD1N2Pg
https://www.youtube.com/watch?v=2AeE8VIwh8I
102
Foram utilizadas bexigas com três cores diferentes, sacos plásticos, areia e
fita gomada, seguindo sua fabricação através das instruções fornecidas pelo canal
do youtube no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=w2Pr2s8_6ys.
Ao chegar na quadra a professora/pesquisadora perguntou aos (as)
participantes se alguém conhecia ou tinha vivenciado a bocha. Todos (as)
responderam que não. Em seguida a mesma partiu para a apresentação das regras,
histórico e fundamentos da bocha. Ressaltado que a bocha é praticada por
cadeirantes com grau de comprometimento motor de moderado a severo. A
competição consiste em lançar seis bolas azuis ou seis vermelhas o mais próximo
possível de uma bola branca chamada de Jack ou Bola-Alvo. Os atletas ficam
limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as
mãos, os pés e instrumentos de auxílio, e contar com ajudantes (assistentes), no
caso dos atletas com maior comprometimento motor.
104
Foi realizado um sorteio com as duplas que iriam disputar as partidas. Cada
participante da dupla ficou com duas bochas para tentar acertar o mais próximo
possível do alvo. No final, identificamos a dupla que mais se aproximou do alvo.
Todos (as) ficaram maravilhados em conseguir realizar a atividade. Os (as) alunos
(as) que achavam que não conseguiam se destacar em esportes como vôlei, futebol
e basquete, conseguiram se sair muito bem na atividade, chegando a comentar que
acharam o seu esporte favorito. Em alguns momentos, as bexigas que envolviam as
bochas rasgaram e foram envolvidas novamente com bexigas reserva.
Dos 43 respondentes 25 (58%) deram respostas próximas de: Sim, porque eu aprendi mais sobre o
assunto e tive mais conhecimento.
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTES DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
Sim, eu me senti como é estar no lugar das pessoas com deficiência, conhecendo a dificuldades que
elas passam (AEF02)
Sim, esse processo de aprendizagem fortaleceu muito meu entendimento de mundo e inclusão de
todos (AEF04)
Sim, pois eu não sabia nem o significado da palavra “ esporte adaptado”. Agora sei e consigo até
mesmo por em prática (AEF12)
Sim, pois com esses conhecimentos e as práticas, tivemos a oportunidade de vivenciar, e ter a
experiência do pouco que essas pessoas vivem, e assim respeitar mais as diferenças de cada um
(AEF14)
Sim, tive descobertas e aprofundamentos no conhecimento sobre alguns esportes e pude aprender
melhor com aulas práticas (AEF16)
Sim, antes não tinha um conhecimento tão aprofundado sobre os esportes adaptados, hoje depois
de tantas aulas, aprendi diversos esportes e tenho um conhecimento melhor (AEF17)
Sim, com as aulas práticas, entendi melhor sobre os esportes adaptados e seus conhecimentos, e
106
entendi a dificuldade que eles enfrentam com suas deficiências no esporte e no dia a dia (AEF21)
Sim, achei bastante interessante, até mesmo para ter uma noção de como é a dificuldade desses
atletas (AEF22)
Sim, comecei a sair mais da bolha e comecei a enxergar de forma mais ampla sobre esses esportes
(AEF23)
Com certeza, tendo o conhecimento ampliado, e conhecendo melhor sobre o tema, alguns que eu
nem sabia que existia e outros entendendo melhor (AEF25)
Sim, eu achei muito diferente e divertido dos esportes normais (AEF26)
Sim, pois eu aprendi muito e ampliei bastante meus conhecimentos. Consegui me aprofundar em
diversos esportes adaptados e entender a dinâmica de cada um deles (AEF29)
Sim, porque além de ganhar muito mais conhecimento mim possibilitou experiências incríveis na
prática (AEF31)
Sim, pois eu não buscava entender mais sobre o assunto. E com as aulas o conhecimento veio até
mim (AEF33)
Sim aprendi mais sobre esportes adaptados, coisa que não tinha no ensino médio. Tive oportunidade
de conhecer mais sobre esse esporte (AEF36)
Não, pois não tive interesse em me aprofundar no assunto sobre esporte (AEF37)
Sim, pois é explicado mais sobre esse assunto pouco abordado gerando interesse sobre esse
assunto. Saber as regras e os estilos diferentes (AEF40)
Todos os (as) estudantes responderam que sim. Podemos perceber pela fala
dos (as) estudantes que houve o aprofundamento do tema, (AEF04) “Sim, esse
processo de aprendizagem fortaleceu muito meu entendimento de mundo e inclusão
de todos”. (AEF14) “Sim, pois com esses conhecimentos e as práticas, tivemos a
oportunidade de vivenciar, e ter a experiência do pouco que essas pessoas vivem, e
assim respeitar mais as diferenças de cada um”. (AEF36) Sim, aprendi mais sobre
esportes adaptados, coisa que não havia no Ensino Médio. Tive oportunidade de
conhecer mais sobre esse esporte. Foi percebido além dos relatos o prazer pela
descoberta, o reconhecimento e valorização em ter participado das vivências.
Buscou-se assim entender a maneira como o (a) aluno (a) reconhece o tema
Esporte Adaptado e o posiciona como algo ressignificante diante de uma proposta
inclusiva. É importante que o (a) estudante reconheça o Esporte Adaptado dentro de
suas diversas singularidades, não só como uma prática esportiva sem
contextualização, lhes permitindo uma abertura ao diálogo, e a novas possibilidades
de aprendizagem.
Na segunda pergunta, os (as) estudantes refletirem sobre quais cuidados e
atitudes devemos oferecer às pessoas para gerar inclusão e combater qualquer
atitude de exclusão. Nos ancoramos para o entendimento dessa pergunta em Reis
(2006, p.41 apud Nordony 2021, p.41) ao pontuar que “incluir trata-se da valorização
do ser humano e aceitação das diferenças individuais como um atributo e não como
um obstáculo e todas as pessoas devem ser incluídos, sem exceção [...]”. Nordony
(2021, p.41) afirma que, nesse sentido, “alunos com deficiência e alunos sem
107
Dos 43 respondentes 26 (60%) deram respostas próximas de: Sempre devemos incluir
todos, independentemente de tudo. Nunca destratar alguém pelo seu físico, ou qualquer tipo.
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTES DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
Chamar sempre elas para participar de qualquer coisa e incluir elas em qualquer momento, o
importante é incluir todos (AEF02)
Tem que ter mais cuidado no que vai fazer, ou no que vai falar (AEF03)
Devemos lutar contra o preconceito e contra qualquer atitude de descriminação em relação a
alguma deficiência (AEF05)
O esclarecimento e a comunicação efetiva são as melhores formas de combater eventuais
impactos negativos no processo de inclusão (AEF07)
Sempre lembrar de ter empatia pelas pessoas para não acontecer esse problema de
exclusão (AEF11)
Primeiramente se colocar no lugar do outro, e se perguntar como você gostaria de ser
tratado se estivesse na mesma posição. Inserir no convívio social em geral. A prática de
ações adaptadas de acordo com a necessidade de cada indivíduo (AEF12)
Promover a inclusão e empatia, combater o bullying e a exclusão de pessoas. Promover
alguns jogos adaptados para que a pessoa também possa se divertir. Promover movimentos
escolares contra o bullying como em eventos (AEF14)
Não existir qualquer tipo de preconceito é essencial para a integração de pessoas com
algum tipo de deficiência nesse ramo. Deixar de lado as diferenças e começar a olhar para a
capacidade que essa pessoa tem (AEF16)
Não fazer nenhum tipo de exclusão. O objetivo dos esportes adaptados é isso, ter esse
acolhimento e mostrar que todos podem participar de esportes, apesar de deficiência e etc
(AEF21)
Devemos experimentar por um momento como é ser deficiente e participar um pouco de
esportes adaptados (AEF30)
O respeito deve ser a prioridade, é sempre bom que as pessoas sejam conscientes e
educadas em uma partida, e trabalhar em equipe (AEF31)
O ambiente de acolhimento e igualdade (AEF32)
Na escola é para ter uma quadra adaptada para todos jogar, tem que ter primeiramente
respeito. As pessoas muitas vezes não respeitam os deficientes e vejo a escola como meio
de combater essa exclusão (AEF35)
Devemos ser bastante inclusivos com todos, oferecer rampas para cadeirantes, e outras
coisas para combater a exclusão (AEF37)
Devemos introduzir essas pessoas no meio social adaptar para que possa ter a mesma
oportunidade e para combater, lutar pelo direito dessas pessoas (AEF38)
Conhecer a necessidade de cada aluno, fazer avaliações individuais (AEF39)
Adaptações das quadras nas escolas, passar conhecimentos sobre os esportes tanto no
teórico como na prática (AEF40)
Dos 43 respondentes 27 (62%) deram respostas próximas de: Sim, todos conseguem
participar e se divertir.
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTES DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
Sim, pois tive uma maior compreensão sobre a importância da inclusão e a relação dela com
o esporte adaptado (AEF06)
Sim, já que muitos não têm conhecimento nem entendimento sobre esses esportes, essas
aulas foram incríveis (AEF10)
Sim, com certeza! Foram as aulas de Educação Física que abriram minha mente e fez com
que saísse da minha bolha (AEF11)
Sim, agora somos capazes de respeitar as diferenças, entendendo mais as dificuldades de
cada pessoa, para serem inseridos na sociedade de forma mais positiva (AEF12)
Sim, elas fizeram obter maior conhecimento sobre os esportes e tive novas experiências
com as práticas das aulas e sentir a dificuldade dos deficientes (AEF14)
Sim, pois as pessoas começam a criar mais conhecimento sobre os esportes adaptados. E
começam a inclusão social não só nos esportes mas em tudo. Por ver que eles não são
diferentes e nem merecem ser tratados diferentes por causa da sua deficiência (AEF15)
Claro, pois os esportes adaptados são justamente para obter essa inclusão e mostrar que é
possível e essencial essa inclusão (AEF16)
Sim, pois motiva a participação de todas as pessoas e gera um local confortável (AEF17)
Sim, ajudamos um ao outro nos esportes para pessoas adaptadas, tivemos diversas
dificuldade e sentimos uma diferença enorme (AEF18)
Sim, pois percebi que essa relação é bem frequente, cada dia que passa o esporte adaptado
vem incluindo cada vez mais modalidades para pessoas com algum tipo de deficiência
(AEF22)
Sim, os esportes ensinam os alunos lidarem com as falhas (AEF23)
Sim, o conhecimento muda mentes e atitudes. E as dinâmicas eram praticadas em grupo,
por nós alunos (AEF24)
Sim, porque esse estilo de esporte é pouco conhecido, assim os alunos obtêm o
109
Pode ser observado que todos (as) responderam que sim. Ainda completaram
sua opinião como nas respostas de (AEF11) “Sim, com certeza! Foram as aulas de
Educação Física que abriram minha mente e fez com que saísse da minha bolha”.
(AEF12) ”Sim, agora somos capazes de respeitar as diferenças, entendendo mais as
dificuldades de cada pessoa, para serem inseridos na sociedade de forma mais
positiva”. (AEF16) “Claro, pois os esportes adaptados são justamente para obter
essa inclusão e mostrar que é possível e essencial essa inclusão”. A reflexão no
tocante ao Esporte Adaptado dentro de uma perspectiva inclusiva, foi de um
momento de descobertas da capacidade e disposição em buscar novas
aprendizagens, o caminho para a construção de novas práticas inclusivas junto aos
(as) estudantes. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs (1999) “[...]
Ao vivenciar atividades corporais, a criança estabelece relações equilibradas e
construtivas, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho
de si próprio e dos outros, sem discriminar por distinções, pessoais, físicas, sexuais
ou sociais”.
Na quarta questão buscou-se identificar se a definição sobre inclusão e as
atitudes dos (as) estudantes com o objetivo de ter ações inclusivas mudaram depois
das aulas sobre o tema, foi solicitado exemplos. Ao utilizarmos o termo inclusão
partiu-se de uma “[...] concepção ampla e generalista, centrada no reconhecido das
diferenças que caracterizam o humano e que permeiam a sociedade no complexo
de especificidades [..]” conforme pontua Reis (2013 S/N apud Nordony 2021, p.41).
Obtivemos os seguintes relatos:
Dos 43 respondentes 18 (41%) deram respostas próximas de: Sim, por conta de ter um
aprendizado maior sobre o tema, assim o entendimento melhor e vendo sua importância.
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTES DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
Sim, agora tenho outro pensamento, pois me mostrou as dificuldades que muitos enfrentam
em praticar o esporte (AEF07)
Sim, por exemplo o goalball que é um esporte para pessoas com deficiência de visão
(AEF08)
110
Sim, agora pude entender as dificuldades deles jogando e o quanto é difícil essas aulas, mas
aprendi a sentir o que eles sentem (AEF09)
Sim, hoje quero fazer mais ações que influenciam a prática da inclusão (AEF11)
Sim, mudaram. Pois qualquer esporte pode incluir, para tudo tem um jeito (AEF13)
Na forma de agir e pensar. Pode-se entender mais sobre o que cada um precisa. Aprender
antes de julgar sem saber suas necessidades. Adaptar-se a necessidade do próximo
(AEF16)
Não mudaram, ficaram mais claras e mais expressiva e compreendida. Entendi o porquê
essas pessoas procuram uma atividade física e persistem nelas, mesmo com a falta de
atenção do governo (AEF21)
Sim, eu sempre gosto de incluir as pessoas no meio do esporte, com essas aulas melhorei
mais, compreendendo as dificuldades desses esportes (AEF22)
Mudaram muito, eu aprendi a praticar os exercícios, onde todos podem participar (AEF27)
Na verdade sempre tive essa mentalidade de querer incluir as pessoas em um meio social,
seja o que for (AEF28)
Sim, pois incluir não é só introduzir, mas é lutar pelos direitos, fornecer ajuda entre outros
quesitos (AEF29)
Assim, mudou para muito melhor até porque eu nunca critiquei e nem julguei nenhum
deficiente porque antes da minha vó morrer ela era cadeirante e precisava (AEF30)
Que os estudantes ganham a oportunidade de aprender, interagir e experimentar coisas
novas. O objetivo é eliminar obstáculos que limitam a aprendizagem e participação discente
no processo educativo (AEF31)
Sim, reconhecer o outro lado e manter sempre o respeito (AEF32)
Uma inclusão é ver, igualdade mesmo sendo diferente. Meu objetivo seria comunicação sem
diferença ao falar dessas pessoas (AEF33)
Sim, pois após essas aulas eu tive uma maior compreensão sobre como funciona cada
adaptação para cada esporte. Com isso, minhas atitudes mudaram e ideias também
(AEF34)
Utilizar material didáticos que traga a questão de inclusão com pessoas de deficiência
(AEF35)
Sempre busquei ser muito inclusiva, pois tenho uma deficiência. Sei como se sentem os que
são excluídos (AEF36)
Jogamos futebol de 5 nos divertimos e aprendemos, foi difícil mas muito legal (AEF37)
Minhas definições sobre inclusão sim, me mostrou que a várias formas de incluir tanto em
esportes como de outras formas. Minhas atitudes não, não sou uma pessoa de inclusão
(AEF38)
Sim, depois de ver o tema parei de ver os deficientes como inválidos e comecei a ver que
eles também podem ser atletas (AEF39)
Sim, pois não sabia o que era inclusão pois agora sei o que é, e gostei de saber pois é uma
coisa muito bacana (AEF40)
Dificilmente tenho atitudes, pois pratico poucos esportes, mas com certeza incluiria quem
quer que fosse, como um autista, cadeirante (AEF41)
Não, pois meus pensamentos sobre inclusão, sempre foi a mesma de incluir e adaptar
(AEF42)
Pode ser percebido pela narrativa dos (as) estudantes que todos (as) foram
impactados nas aulas e que de alguma forma as vivências fizeram aumentar os seus
conhecimentos sobre inclusão ao final da pesquisa. Como podemos perceber
através desses relatos. (AEF11) “Sim, hoje quero fazer mais ações que influenciam
a prática da inclusão”. Sim, mudaram. (AEF13) “Pois qualquer esporte pode incluir,
para tudo tem um jeito”. (AEF16) “Na forma de agir e pensar. Pode-se entender mais
sobre o que cada um precisa. (AEF27) “Aprender antes de julgar sem saber suas
necessidades. Adaptar-se a necessidade do próximo”. Mudaram muito, eu aprendi a
111
praticar os exercícios, onde todos podem participar”. (AEF29) “Sim, pois incluir não é
só introduzir, mas é lutar pelos direitos, fornecer ajuda entre outros quesitos”.
(AEF31) “Que os estudantes ganham a oportunidade de aprender, interagir e
experimentar coisas novas. O objetivo é eliminar obstáculos que limitam a
aprendizagem e participação discente no processo educativo”.
Ao tentar transcorrer essas informações para o (a) aluno (a) foi consultado
Nordony (2021, p.37) o qual destaca que ao ser informado de algo, “[...] o aluno
deve ser capaz de analisar tal informação e transformá-la em conhecimento, e mais,
compreender o poder que isso pode gerar em sua vida, em todos os cenários sociais
nos quais esteja inserido [...]”. Nesse sentido buscou-se pensar a inclusão dentro de
práticas pedagógicas inclusivas que primassem pela valorização da diversidade, em
sua perspectiva ampla.
Partindo do pensamento de que o ato de ensinar exige uma ação
transformadora ampla e contínua que acompanhe as mudanças complexas e
cotidiana da sociedade, Mantoan (2017, p. 44 apud Queroz 2021. p.76) também
segue essa mesma reflexão ao considerar que “o professor também precisa ser
afetado pelo que trata e ensina”. Dito isso, na quinta e última pergunta buscou-se
saber se os (as) estudantes acham importante abordar o tema Esporte Adaptado e
inclusão no Ensino Médio. Se a resposta for sim, foi solicitado uma justificativa.
Foram obtidos os seguintes relatos:
Dos 43 respondentes 21 (48%) deram respostas próximas de: Sim, fez ter maior
compreensão sobre o assunto, fez de forma expressiva e senti ela ser apreendida.
ALUNOS (AS) QUE DERAM RESPOSTAS DIFERENTES DOS (AS) ALUNOS (AS) ACIMA
(RESPOSTAS INDIVIDUAIS):
Sim, mostrou que não devemos julgar aqueles que tem dificuldade para jogar (AEF02)
Sim, nós não devemos julgar aquelas que tem dificuldade (AEF03)
Sim, pois dessa maneira foi ensinado para os alunos a grande importância da inclusão
(AEF04)
Sim, demais. Pois nem todos sabem que isso é possível (AEF05)
Sim, mas acho que pode ser abordado bem antes para que as crianças compreendam e
conheça esses esportes. Foi uma experiência completamente diferente, mas de forma
positiva é claro (AEF06)
Sim, pois é um tema pouco abordado nas escolas, e é importante para mudar a forma de
pensar e de agir sobre a inclusão (AEF10)
Sim, achei importante para aprendermos mais e também a inclusão social para incluir todos
(AEF11)
Sim, mas deveria aplicar esse tema desde o infantil, para uma compreensão desde cedo
(AEF12)
Sim, é uma ótima forma para conscientizar as pessoas para fazerem abrir suas mentes para
esses assuntos (AEF13)
112
Com certeza, pois muitos têm conhecimento sobre isso, então abordando esse tema é
necessário, não só no ensino médio mas em todas as séries deveria ser abordado (AEF15)
Sim, falo que para mim foi ótima experiência, aprendi muitos outros esportes, aprendi a usar
outros sentidos, ganhei conhecimento e aprendi a ser mais grato (AEF16)
Sim, porque não fica só repetindo as mesmas aulas sempre como os meninos queriam só
jogar futebol e não pensava nas meninas que também queriam praticar algo, aí quando veio
essas aulas nenhuma pessoa fica de fora, só quem não quer participar mas é isso, eu amei
todas as aulas, em todas eu estava (AEF20)
Sim, pois já temos uma ideia de como ajudar o próximo e conhecer o mundo dele (AEF22)
Sim, é muito importante esse tipo de aula, para que possamos ficar ligados e entender que
eles podem ser e fazer coisas como a gente (AEF24)
Sim, para informar os problemas e dificuldades das outras pessoas (AEF29)
Sim, pois é de extrema importância que os adolescentes fiquem por dentro desse assunto e
que todos pratiquem a inclusão (AEF31)
Sim, pois dificilmente se via tocar nesse assunto (AEF32)
Sim, pós depois de vermos esse tema eu aprendo a ver os esportes adaptado de forma bem
mais legal (AEF33)
Sim, como eu disse, está sendo uma experiência nova e muito legal, estudar sobre esportes
adaptados, ajuda a gente a incluir e adaptar pessoas (AEF34)
Sim, para ensinar e mostrar aos jovens que é possível se incluir mesmo com deficiência.
Sim, pois teremos que aprender sobre o esporte adaptado, pois é um esporte bacana e
teremos que esta pois não sabemos o que será pela frente e podemos ter um filho que
poderá precisar do esporte (AEF35)
Sim, pois não é algo comum em nosso dia a dia, e acabava por não saber como agir, e hoje
entendendo mais sobre cada um, conseguimos nos adaptar e ajudar de forma eficiente e
entender mais o próximo (AEF36)
esse conhecimento e pô-la em prática. (AEF15) “Com certeza, pois muitos têm
conhecimento sobre isso, então abordando esse tema é necessário, não só no
ensino médio mas em todas as séries deveria ser abordado”. (AEF06) “Sim, mas
acho que pode ser abordado bem antes para que as crianças compreendam e
conheça esses esportes. Foi uma experiência completamente diferente, mas de
forma positiva é claro
A troca de experiências e a partilha de saberes consolidaram a importância e
permanecia do tema Esporte Adaptado e inclusão dentro do Ensino Médio como
podemos perceber no reconhecimento dos (as) estudantes.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARRETO, M.A.; FRANCISCO, E.A.; VALE, L.H. Análise das publicações sobre
inclusão de pessoas com deficiência nas aulas de educação física escolar. Revista
Pensar a Prática, Goiás, v. 17, p.530-545, 2014.
GONZÁLEZ, J.; ESCARTÍN, N. E.; JIMÉNEZ, T. M.; GARCÍA, J. F.R. Como hacer
unidades didácticas inovadoras. Sevilla: Díada, 1999.
APÊNDICES
INSTRUMENTO 01
APÊNDICE “A” : Questionário diagnóstico – Eletiva Esportes Adaptado e inclusão
Nome:___________________________________________________________
Data de nascimento:___/___/___ Série: ____Turno: ( )M( )T Sexo: M( ) F( )
Perguntas:
01- Você já teve aulas sobre Esportes Adaptados durante o Ensino Fundamental? Se
sim, descreva quais foram os temas estudados?
02-Quais Esportes Adaptados você conhece? Descreva o que você sabe sobre eles.
03-Qual a importância de estudar o tema Esporte Adaptado nas aulas de Educação
Física?
04- O que é inclusão para você?
05- Quais Esportes Adaptados que você não estudou o Ensino Fundamental e
gostaria de estudar no Ensino Médio, nas aulas de Educação Física.
06-Quais as diferenças entre os Esportes Adaptado e os esportes considerados
tradicionais?
07- Você acha importante trabalhar a inclusão na sala de aula? Por qual motivo?
08- Você já presenciou algum tipo de exclusão nas aulas de Educação Física? Se a
resposta for SIM, descreva as circunstâncias.
INSTRUMENTO 2
APÊNDICE “B” : Diário de campo
Disciplina: Educação Física Prof (a): Socorro Rocha Série: 3º ANO Ensino Médio
Atividade:_________________________________________________________________________
INSTRUMENTO 3
APÊNDICE “C” : Questionário Avaliativo
Nome:___________________________________________________________
Data de nascimento:____/____/____ Série: ______Turno: ( ) M ( ) T Sexo: M ( ) F ( )
Perguntas:
01- Depois de estudar a unidade temática sobre Esportes Adaptados você conseguiu
aprofundar o seu conhecimento sobre o tema? Se a resposta for SIM, justifique.
02-Quais cuidados e atitudes devemos oferecer as pessoas para gerar inclusão e combater
qualquer atitude de exclusão?
03-Você acha que as aulas de Educação Física proporcionaram um maior entendimento sobre
a relação do Esporte Adaptado com a inclusão? Se a resposta for SIM, justifique.
04-A sua definição sobre inclusão, e suas atitudes com o objetivo de ter ações inclusivas,
mudaram depois das aulas sobre o tema? Dê exemplos.
05-Você acha importante abordar o tema esporte Adaptado e inclusão no Ensino Médio? Se a
resposta for SIM, justifique.
Plano de aula (01) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula: 50 minutos
Objetivos:
Identificar quais são os conhecimentos adquiridos pelos (as) estudantes no Ensino Fundamental até
os dias de hoje sobre os esportes adaptados e inclusão,
Habilidades:
Recursos didáticos:
Apresentação da temática:
Neste momento, foi especificado o tema de estudo. Propusemos realizar um diagnóstico com os (as)
estudantes a partir da vivência que eles (as) tiveram sobre Esporte Adaptado e inclusão. Para
depois da análise dos resultados do questionário poder vivenciar algumas dessas práticas a partir da
realidade dos estudantes.
Desenvolvimento da aula:
1° momento: - Com o objetivo de Realizar um diálogo participativo, o professor (a) deve fazer a
leitura de cada questão do questionário no intuito de esclarecer qualquer dúvida que surja ao longo
do questionário. Os (as) alunos (as) foram informados que não existe respostas certas ou erradas,
que não se trata de uma prova para medir conhecimento, não existindo a necessidade de pesquisa
nem consulta a outros (as) colegas para obtenção de respostas corretas. Ressaltar que a partir das
ideias apresentadas por eles (as), vamos contextualizar o tema Esportes Adaptados, gerando
problemáticas no decorrer das aulas sobre sua relação com a inclusão.
Com o questionário diagnóstico em mãos pedir para os (as) estudantes responder as seguintes
perguntas propostas pela professora:
1-Você já teve aulas sobre Esportes Adaptados durante o Ensino Fundamental? Se sim, descreva
quais foram os temas estudados?
02-Quais Esportes Adaptados você conhece? Descreva o que você sabe sobre eles.
03-Qual a importância de estudar o tema Esporte Adaptado nas aulas de Educação Física?
126
Avaliação da aula:
Plano de aula (02) / inclusão / 3°ano do Ensino Médio/ Tempo de aula: 50 minutos
Objetivos:
Oportunizar um debate a partir dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre inclusão. Sentir
como a habilidade visual e motora fica comprometida quando suas funções ficam limitadas. Mostrar
como cada pessoa tem um jeito diferente de perceber o mundo e também de representar as coisas
a sua maneira particular. Desenvolver posicionamentos críticos sobre inclusão.
Habilidades:
Recursos didáticos:
Apresentação da temática:
Informar aos (as) estudantes que eles (as) irão participar de três dinâmicas. Propusemos essas
dinâmicas com a intenção de dialogar com os (as) estudantes sobre os conhecimentos prévios que
eles (as) tem sobre inclusão, diferença, diversidade e limitações e como estes temas estão
presentes em nossa sociedade e estão interligados.
Desenvolvimento da aula:
1° momento: Propusemos realizar um diálogo com os (as) estudantes sobre inclusão, partindo da
seguinte pergunta chave sugerida: Quando falamos sobre inclusão o que passa na sua mente?
Deixar claro que não existe respostas certas e erradas.
2° momento: logo após essa pergunta e ouvir as respostas. Relatar um pensamento, seguido de
um questionamento, com a intenção de levar os (as) alunos (as) a uma segunda tomada de reflexão:
Todos os anos vocês escutam falar sobre autismo, Síndrome de Down, deficiência física, deficiência
mental, entre outros. Diante disso perguntamos: E se eu lhe dissesse que você também já foi
excluído ou diminuído por suas caraterísticas, você concordaria comigo? Ouvir o posicionamento
dos estudantes.
3º momento: Solicitei que os mesmos fechassem os olhos e levantassem todos os dedos. Quando
todos (as) estiverem prontos narrar as dez situações de exclusão que eles (as) poderiam ter
passado. Informar que para cada situação vivida, eles (as) terão que baixar um dedo. Segue a
sequência das situações de exclusão:
1º Já se sentiu diminuído, excluído, por não ter o corpo ideal?
2º Já fizeram você se sentir mal, por não se vestir da forma que os outros gostariam de lhe
ver vestido?
128
1° momento: Explicar ao (a) aluno (a) que a segunda dinâmica tem como objetivo sentir como a
habilidade visual e motora ficam comprometidas quando suas funções ficam limitadas.
2° momento: Sugerir aos (as) alunos (as) que fechem os olhos e coloquem a caneta na mão não
dominante.
3° momento: Pedir para escrever a seguinte frase sugerida e ditada pelo (a) professor (a). Na
primeira linha os (as) mesmos (as) terão que escrever a frase: Educação inclusiva. E na segunda
linha a frase: Qual é o primeiro passo para a construção de uma escola inclusiva?
4° momento: Foi solicitado que eles (as) abrissem os olhos e olhasse para o que foi escrito por eles
(as).
5° momento: Pedir para os (as) alunos (as) descreveram como se sentiram tendo a capacidade
visomotora limitada.
6° momento: Levar os alunos (as) a refletir que, as pessoas que tem limitações fazem o melhor que
podem, não fazem de proposito quando fazem algo muito diferente ou não compreendem
determinadas situações.
Dinâmica 03: O monstro
1° momento: Informar aos (as) alunos (as) que em uma folha em branco, os mesmos terão que
fazem um desenho da melhor forma possível, mas para isso terão que escutar algumas orientações
e seguir algumas etapas.
2° momento: Informar que o desenho será feito conforme as etapas do desenho narradas pela
professora. Segue as etapas:
1º Desenhe uma cabeça grande e redonda.
2º Desenhe um corpo pequeno e todo péludo.
129
5° momento: Concluir a dinâmica informando que a terceira dinâmica teve como objetivo mostrar
como cada pessoa tem um jeito diferente de perceber o mundo e também de representar as coisas
a sua maneira particular. Levar os estudantes a refletirem que cada um teve uma maneira particular
de desenhar. Foi dada a mesma instrução para todos (as) e cada um teve uma forma diferente de
fazer o desenho. Finalizar concluindo que as situações, experiências e eventos acontecem, mas
cada um tem uma maneira particular de perceber o mundo, portanto devemos respeitar as
diferenças.
Avaliação da aula: Buscar observar a interação dos estudantes com a proposta da dinâmica e do
tema.
Plano de aula (03) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula: 50 minutos
Exposição da aula: Conhecendo a história dos esportes adaptados e sua relação com a inclusão
Objetivos:
Trocar experiência com os estudantes sobre seus conhecimentos sobre esporte adaptado.
Comparar as diferenças e as semelhanças entre os esportes tradicionais e os esportes adaptados,
dentro de suas várias dimensões, cultural, social, relacionamento o esporte com a inclusão.
Habilidades:
Recursos didáticos:
Apresentação da temática:
Neste momento, propusemos realizar com os estudantes uma troca de experiência sobre o
conhecimento dos esportes adaptados a partir de suas classificações. Diante disso, é importante
mostrar várias fotos de diversas modalidades esportivas para propor debates coletivos sobre as
variações de suas classificações. problematizando sua prática a partir do entendimento sobre
inclusão.
Desenvolvimento da aula:
1° momento: pedir para os (as) estudantes formarem equipes de no máximo cinco alunos em
seguida fazer pequenos círculos no qual todos possam se ver.
2° momento: colocar as fotos das modalidades em cima da mesa do (a) professor (a) e pedir para
um representante de cada equipe escolher cinco imagens.
3° momento: Ao retornar para o grupo os (as) estudantes irão observar as fotos, e em grupo irão
responder as perguntas postas na lousa para depois apresentar as respostas para o restante da
sala.
Perguntas: Qual o nome das modalidades das imagens escolhidas por vocês? Vocês conhecem
alguma regra e fundamento destas modalidades, se sim informe quais. Comparar as diferenças e as
semelhanças entre os esportes tradicionais e os esportes adaptados escolhidos na imagem. Na
opinião de vocês qual a relação do esporte adaptado com a inclusão? Qual a relação do esporte
adaptado com as paralímpiadas? O que vocês entendem por diferença e diversidade?
4° momento: Realizar um diálogo participativo a partir das ideias apresentadas pelos grupos,
Contextualizando a classificação dos esportes adaptados e suas possibilidades como ferramenta de
inclusão, gerando problemáticas no decorrer das aulas. Escolher um representante de cada equipe
para expor suas respostas aos demais.
5° momento (exposição oral, leitura de texto coletivo: Depois da conversa, vamos apresentar a
131
classificação, características dos esportes adaptados, sua origem, sua relação com a pessoa com
deficiência, com as paralímpiadas e como o esporte adaptado é utilizado com ferramenta de
inclusão.
6° momento: De acordo com os esportes adaptados escolhidos por eles (as) como temas das aulas
no questionário diagnostico. Informar quais foram os esportes adaptados mais escolhidos no
questionário diagnostico e pedir para eles (as) escolherem uma sequência para serem trabalhados
nas próximas aulas.
Avaliação da aula:
Plano de aula (04) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula: 50 minutos
Objetivos:
-Aprofundar o conhecimento sobre vôlei sentado, seu contexto histórico, regras, fundamentos e suas
possiblidades dentro do ambiente escolar.
-Oportunizar um debate a partir dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre vôlei sentado suas
diferença e semelhança com o vôlei tradicional.
-Desenvolver posicionamentos críticos sobre a modalidade vôlei sentado, sua relação com a pessoa
com deficiência e inclusão.
Habilidades:
Recursos didáticos:
Apresentação da temática:
O vôlei tradicional por ser um dos esportes mais conhecidos e praticados no mundo, estando
presente na nossa cultura, com grandes divulgações nas mídias, propusemos dialogar com os (as)
estudantes sobre como ele poderia ser adaptado para mais pessoas, inclusive com deficiência,
pudessem praticá-lo. Podendo ter também diversas possibilidades de prática com o objetivo de
incluir.
Desenvolvimento da aula:
1° momento: Alunos (as) em círculo na quadra. Realizar uma conversação sobre as características
vôlei sentado a partir do seu contexto histórico, fazendo algumas perguntas: vocês conhecem o vôlei
sentado? Já assistiram alguma competição? Já praticaram como forma de lazer ou nas aulas de
Educação Física? Conhecem algum praticante? Sabem diferenciar o vôlei sentado do vôlei
tradicional, em relação as suas regras, fundamento, tamanho da quadra? Oportunizar problemáticas
por exemplo: esse esporte tem grande divulgação nas mídias? Se não, por qual motivo isso não
acontece? Qual a relação do vôlei sentado com as paralímpiadas, você tem algum ídolo
paralímpico? Qual a relação do vôlei sentado com a inclusão? Isso vai gerar momentos de reflexões
críticas na aula. Possibilitar este diálogo é fundamental para o processo.
2° momento: Partindo do conhecimento prévio dos (as) alunos (as) sobre vôlei tradicional, neste
segundo momento, focar nas particularidades especificas do vôlei sentado e sempre comprando as
duas modalidades, contemplando as seguintes considerações em suas características:
133
- classificação funcional de acordo com o grau de limitação do atleta, que podem ser influenciadas
pelas regulamentações da modalidade.
-Fundamentos: Saque (Saque por baixo, saque tipo tênis), recepção/passe, levantamento, ataque,
bloqueio, defesa, manchete, posição de expectativa, deslocamento.
- É proibido o atleta perder o contato dos glúteos no momento da execução do saque, passe,
bloqueio e ataque, salvo exceções a defesa, “lifiting”.
3° momento: vivenciar os fundamentos do vôlei sentado para que na próxima aula eles (as) possam
praticar o vôlei sentado na sua totalidade. A partir das experiências que os estudantes já tenham
obtido no vôlei tradicional.
- alunos (as) em círculo, será colocado um pirulito no centro do círculo e ao sinal do (a) professor (a)
os (as) aluno (as) deverão realizar um descolamento para frente o mais rápido possível com a
intenção de alcançar o pirulito primeiro, depois se deslocam de volta para o mesmo lugar. Será
realizado a mesma atividade em torno de 10 vezes, com a intenção de que os (as) estudantes
sintam como é realizado o deslocamento sentado do vôlei sentado. Podendo alternar os comandos
falando, agora só se desloca os homens, agora só as mulheres, agora quem não conseguiu pegar o
pirulito ainda.
- Formar grupos de no mínimo três alunos (as). Um deles ficará de pé e irá lançar a bola 10 vezes
para cada colega que estará sentado e irá devolver de manchete e depois de passe. Em seguida
quem estava de pé irá sentar dando lugar para outra pessoa. O exercício termina quando todos (as)
realizarem a mesma função.
- Em formato de círculo os (as) alunos (as) irão realizar todos os fundamentos do vôlei sentado,
tentando ao máximo não deixar a bola cair.
- Mini jogo de vôlei sentado: dentro da quadra oficial de vôlei tradicional, os (as) alunos (as) irão
formar quatro equipes que irão jogar entre se, ou seja, dentro da quadra oficial de vôlei estará
ocorrendo dois jogos de vôlei sentado simultaneamente, obedecendo a seguintes regras adaptadas:
como não terá rede de vôlei o (a) não poderá atacar a bola para baixo, o saque deve ser realizado a
cima da altura da cabeça dos (as) participantes. A bola pode tocar no máximo uma vez no chão,
cada participante poderá dar dois toques na bola e cada equipe quatro toques na bola. As regras
foram alteradas com a intenção de facilidades o aprendizado dos fundamentos.
Avaliação da aula:
Observar a participação dos (as) estudantes, seu posicionamento crítico no processo. Fazer um
pequeno levantamento sobre a seleção brasileira de vôlei sentado, seus feitos e conquistas.
Plano de aula (05) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula: 50 minutos
Objetivos: Promover a prática do vôlei sentado na escola para todos (as) os (as) alunos (as)
independentemente de ter uma deficiência ou não. Praticar o vôlei sentado percebendo suas
possibilidades reais como meio de inclusão.
Habilidade:
Recursos didáticos:
Quadra de vôlei, bolas de vôlei, rede de vôlei, fita zebrada para demarcação da quadra, fita gomada.
Apresentação da temática:
O vôlei sentado ou voleibol adaptado é um esporte paralímpico que foi criado com o intuito de ajudar
as pessoas com alguma deficiência motora a praticar a modalidade e ajudar na sua integração
social, melhorando a autoestima, como a grande maioria dos esportes paralímpicos. A sua prática é
totalmente possível dentro do ambiente escolar trazendo para os (as) alunos (as) algumas reflexões
sobre a necessidade de adaptar para incluir.
Desenvolvimento da aula:
1° momento: Os (as) alunos irão ajudar a fazer a medição da quadra de vôlei sentado que mede 10
m cumprimento x 6m largura. Altura da rede, 1,15 (masculino), 1,05 (feminino). Utilizando uma fita
zebrada para marcação das linhas laterais e de fundo, uma fita gomada para fixá-la e uma rede de
vôlei.
2° momento: Neste momento, vamos dar início ao jogo de vôlei sentado. Perguntar aos (as) alunos
(as) quem gostaria de escolher suas equipes. Cada integrante escolherá cinco participantes para
sua equipe, sempre observando se irá ficar faltando alguém para ser escolhido, para poder inclui-lo.
3° momento: O jogo irá começar obedecendo as regras oficiais do vôlei sentado para que os (as)
alunos (as) vivenciem uma situação real de jogo. Lembrando que mesmo nas condições de jogo,
obedecendo as regras do esporte, a atividade será realizada de maneira lúdica, dando liberdade
para as tentativas de acerto e tendo tolerância para as situações de erros nos fundamentos. Os (as)
estudantes experimentarão uma prática que envolva movimento de ataque e defesa. Os (as)
estudantes que ficarem de fora, ficaram responsável por ser o primeiro, segundo arbitro, arbitro de
linha, marcação dos pontos, ajudar a pegar as bolas fora. Como o tempo de aula é restrito cada
equipe irá jogar um set de 25 pontos, jogando posteriormente as duas equipes vencedoras e depois
a duas equipes perdedoras dá rodada.
4° momento: Os alunos irão jogar um set reduzido de 15 pontos de vôlei em pé, dentro da quadra
de vôlei sentado, para poder comparar as dimensões da quadra, da rede e o deslocamento dentro
da quadra de esporte um para outro.
5° momento: Pedir aos estudantes para falar sobre a sua experiência na aula: o que vocês acharam
135
quando praticaram o jogo de vôlei sentado? Essas vivencias, mesmo de forma lúdica, lhe trouxe
uma sensação de pertencimento a equipe? As pessoas com deficiência têm capacidade de praticar
esporte como as outras pessoas? Você se sentiu melhor ou achou mais fácil praticar o vôlei sentado
ou em pé.
Avaliação da aula:
Observar a participação dos estudantes na aula, ao responder as perguntas, ao participar das aulas
práticas, se eles (as) aparentemente se mostram envolvidos e incluídos na proposta da aula.
Observar se existes a compreensão das regras e fundamentos do vôlei sentado nas situações de
jogo.
Plano de aula (06) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula: 50 minutos
Objetivos:
Discutir e vivenciar o goalball a partir dos conhecimentos prévios dos (as) estudantes e utilizá-lo
como ferramenta de inclusão. Aprofundar o conhecimento sobre seu contexto histórico, regras e
fundamento de modo que o esporte possa ser praticado por todos (as).
Habilidade:
Recursos didáticos:
Exposição oral, entrega de texto, quadra, TNT, bola de basquete, saco plástico, barbante, fita
zebrada, fita gomada, cone para traves.
Apresentação da temática:
O goalboll é o único esporte paralímpico que foi criado especialmente para os deficientes visuais,
pois todos os outros esportes foram adaptados de esportes convencionais, esse esporte é favorável
a socialização e inclusão. Diante disso, buscaremos apresentar suas características objetivando a
vivência dos (as) estudantes com os olhos vendados para sentir como as pessoas com deficiência
visual mesmo tempo uma limitação, são capazes e apitas a serem incluídas dentro do esporte.
Desenvolvimento da aula:
1° momento: Alunos (as) em círculo na quadra. Realizar uma conversação sobre as características
do goalball a partir do seu contexto histórico, fazendo algumas perguntas: vocês conhecem o
goalball? Já assistiram alguma competição? Já praticaram como forma de lazer ou nas aulas de
Educação Física? Conhecem algum praticante? Conseguem perceber a semelhança do goalball
com algum outro esporte? Oportunizar problemáticas por exemplo: esse esporte tem grande
divulgação nas mídias? Se não, por qual motivo isso não acontece? Qual a relação do goalball com
as paralímpiadas? Qual a relação do goalball com a pessoa com deficiência visual?
2° momento- Entendendo o goalball: Dá uma volta com (os) estudantes sobre a quadra de
Goalball apresentando suas regras básicas (play, out, block out, high ball, ten seconds (10”),
eyeshades, noise) tempo de jogo, quantidade de jogadores, fundamentos (tipos de arremesso e
defesa), marcações (área de orientação, área de lançamento, área neutra), Pedir para eles (as)
fecharem os olhos para sentir a marcação na área de orientação. Explorar as posições dos
jogadores explicando sobre a função dos alas (direito e esquerdo) e pivô (central), elegibilidade e
classificação funcional.
3° momento -Trabalhar a orientação auditiva, tátil, orientação espacial: Alunos (as) em duplas
ou trios. Um (a) aluno (a) de cada equipe ficará com os olhos vendados e irão ficar parados na linha
de fundo da quadra. Os (as) alunos (as) sem a venda irá se distanciar e chamarão seu colega pelo
137
nome até que ele (a) escute e siga em sua direção com o objetivo de encontra-lo, percorrendo toda
a quadra. Quando todos (as) encontrarem suas duplas ao toca-los, invertesse as funções. Observar
a segurança dos (as) alunos (as).
4ª atividade- Trabalhar a orientação espacial e tátil: Alunos (as) em círculo mantendo as pernas
afastadas além da linha do ombro, eles (as) estarão posicionados no círculo de maneira alternada
um (a) sem venda nos olhos e outro (a) com a venda nos olhos. Quem não estiver com a venda nos
olhos ficará de costas e suas pernas servirá como gol. Os (as) alunos (as) com a venda nos olhos
terão que acertar em um dos gols (entre as pernas dos colegas) que estarão ao seu redor. Depois
mudasse as posições, quem estava como gol fica como arremessador.
5ª atividade- Elementos técnicos básicos: Explicar e demonstrar para os (as) alunos (as) as
posições defensivas conforme suas fases de expectativa/atenção, movimentação prévia e
finalização/ impacto, por meio de exercícios educativos, executados de modo passo-a-passo.
Podendo formas filas dentro da área de orientação, com um, dois ou três alunos (as) em cada fila,
para em seguida já com a bola poder realizar a Interceptação da bola como localização da origem
da mesma Pedir para os (as) estudantes realizarem o deslize defensivo: partindo da posição de
expectativa/atenção, explicar o deslize para o lado direito e para o lado esquerdo, procurando ainda
não definir um padrão correto, mas adequando apoios de mãos e pernas. Agora com eles (as) mais
seguros e confiantes pedir para vendarem os olhos para realizarem o mesmo exercício.
7ª atividade- Elementos técnicos básicos: Agora com 3 alunos (a) por equipe, simulando dois
times dentro da área de orientação. Os (as) outros (as) estudantes dentro da área neutra também
com os olhos vendados irão realizar exercícios dinâmicos de condução de bola: jogar e pegar,
movimentos preparatórios e balanceio da bola, alavanca em progressão. Depois mudar as posições
quem estava defendendo agora irá arremessar. O exercício tem como objetivo melhorar a habilidade
geral do (a) aluno (a) no contato com a bola nas diversas possibilidades de movimentos com a
mesma, como rolar, tocar, quicar, segurar, lançar, enfim, permitir o manuseio nos diversos planos do
corpo, criando intimidade com a bola. Para que na próxima aula eles (as) possam se sentir
confiantes para vivenciar o jogo de goalball.
Avaliação da aula:
Observar a participação dos (as) estudantes na aula. Procurar na internet algum vídeo de goalball e
comentar sobre ele na próxima aula
Mais conhecimentos...
COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. Modalidades: goalball. Brasília: CPB, [20— e]. Disponível
em: . Acesso em: 23 set. 2022.
Fonte: Elaborado pela própria autora.2022
138
Plano de aula (07) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula:50 minutos
Objetivos:
Vivenciar o jogo de goalball a partir dos conhecimentos adquiridos e aprofundados na aula anterior,
colocando em práticas suas regras e fundamentos de modo que a realização de sua prática possa
ser concretizada. Sentir como as pessoas com deficiência visual se sentem tendo a visão
comprometida, e mesmo com está limitação conseguem praticar esporte considerado de alto nível,
sendo incorporado em competições como as paralímpiadas, levando os (as) alunos (as) a
perceberem a criação de um esporte que foi idealizado com o objetivo de incluir.
Habilidade:
Recursos didáticos:
quadra, TNT, bola de basquete, saco plástico, barbante, fita zebrada, fita gomada, cone para traves.,
rede de vôlei ( para utilizar como rede do gol)
Apresentação da temática:
O goalboll é o único esporte paralímpico que foi criado especialmente para os deficientes visuais,
pois todos os outros esportes foram adaptados de esportes convencionais, esse esporte é favorável
a socialização e inclusão. Diante disso, buscaremos apresentar suas características objetivando a
vivência dos (as) estudantes com os olhos vendados para sentir como as pessoas com deficiência
visual mesmo tendo uma limitação, são capazes e apitas a serem incluídas dentro do esporte.
Desenvolvimento da aula:
1° momento: Alunos (as) em círculo na quadra. Perguntar se alguém assistiu algum vídeo sobre
goalball, e se gostariam de comentar o que aprendeu a mais sobre esse esporte, e se gostaria de
acrescentar na aula.
2° momento- praticando o goalball: Pedir para os (as) alunos (as) formarem esquipes de três
participantes, podendo ficar na mesma equipe meninos e meninas. Ver se algum aluno (a) ficou de
fora e incluir em algum grupo. Informar que pelo tempo curto da aula cada equipe irá jogar um tempo
de jogo equivalendo a 12 minutos. Colocar o nome de cada representante da equipe em um papel e
fazer o sorteio do confronto das equipes. Informar que o jogo irá ser realizado obedecendo as regras
do esportes estudado na aula anterior como: regras básicas (play, out, block out, high ball, ten
seconds (10”), eyeshades, noise). Os tipos de arremesso e defesa, posições em quadra como ala
direito, esquerdo e pivô, ficará por livre escolha das equipes. Informar que o jogo necessita de total
silêncio para que os (as) jogadores (as) escutem o barulho da bola. Depois de escutar o comando
de “play dado pelo professor (a) todos (as) devem permanecer em silêncio. No decorrer do jogo
realizar pequenas paradas relembrando as regras e fundamentos, tanto para os (as) estudantes que
139
estão fora de quadra, esperando para jogar, como os (as) estudantes que estão em jogo.
4ª atividade- Voltar para quadra e em círculo perguntar o que eles (as) acharam de vivenciar o jogo
de goalball, e como eles (as) acham que esse esporte ajuda no processo de inclusão. Se eles se
sentiram capazes de realizar a prática e se sentiram incluídos por todos (as) durante as atividades.
Avaliação da aula:
Observar a participação dos (as) estudantes na aula e escutar os seus relatos sobre a vivência
Mais conhecimentos...
COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. Modalidades: goalball. Brasília: CPB, [20— e]. Disponível
em: . Acesso em: 23 set. 2022.
Fonte: Elaborado pela própria autora.2022
140
Plano de aula (08) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula:50 minutos
Objetivos:
Resgatar o conhecimento adquirido pelos (as) aluno (as) sobre o futebol de 5 em séries anteriores.
Como seu histórico, regras e fundamentos, de modo que a realização de sua prática possa ser
concretizada. Vivenciar como as pessoas com deficiência visual se sentem tendo a visão
comprometida, e mesmo com está limitação conseguem praticar esporte considerado de alto nível.
Relacionar a prática desta modalidade com a inclusão.
Habilidade:
Recursos didáticos:
Apresentação da temática:
O futebol de 5 sofreu adaptações para que pessoas cegas pudessem jogar. O sentido mais
exercitado pelos (as) praticantes é a audição, que proporciona um som através da bola que contém
guizos. Existem os chamadores (orientadores atrás dos gols adversários), técnicos (narrando grande
parte do jogo), todos com a função de proporcionar ao praticante a maior independência possível
dentro de quadra.
Desenvolvimento da aula:
3° momento- Repetir a atividade anterior, conduzindo a bola de uma ponta a outra da trave, mas
sem o auxílio do colega.
4ª momento- os (as) alunos (as) em duplas, uma de frente para outra. Um deles estará com a bola,
e chamará o nome de um colega, ou bateria palmas. O (a) aluno (a) que irá recepcionará a bola terá
que ficar atento para escutar o barulho da bola para poder recepcioná-la assim que a bola for tocada
para ele (a). Esse movimento se repete até que todos os (as) alunos (as) façam o passe e recepção.
5ª momento- Com as mesmas duplas do exercício anterior, sendo que uma delas sem a venda nos
olhos. Os (as) alunos (as) com a venda terão que trocar passes em deslocamento de uma ponta a
outra da quadra, com a pessoa da outra dupla que também estará com a venda. Quem estiver sem
a venda irá guiar sua dupla na condução e recepção da bola. Ao retornar as duplas mudarão de
função.
6ª momento- Os (as) alunos (as) dispostos em fila, atrás da marcação de penalidade máxima, terão
141
que realizar um o chute diretamente ao gol. O goleiro deverá falar “EU” para que o (a) aluno (a)
chute em sua direção com o objetivo de fazer gol.
Avaliação da aula:
Observar a participação dos (as) estudantes na aula e escutar os seus relatos sobre a vivência.
Mais conhecimentos...
https://www.youtube.com/watch?v=PsNeLD1N2Pg
https://www.youtube.com/watch?v=2AeE8VIwh8I
Fonte: Elaborado pela própria autora.2022
142
Plano de aula (09) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula:50 minutos
Objetivos:
Habilidade:
Recursos didáticos:
Apresentação da temática:
O futebol de 5 sofreu adaptações para que pessoas cegas pudessem jogar. O sentido mais
exercitado pelos (as) praticantes é a audição, que proporciona um som através da bola que contém
guizos. Existem os chamadores (orientadores atrás dos gols adversários), técnicos (narrando grande
parte do jogo), todos com a função de proporcionar ao praticante a maior independência possível
dentro de quadra.
Desenvolvimento da aula:
1° momento- Roda de conversa. Abordagem sobre o que os (as) estudantes viram no vídeo sobre o
Futebol de 5, disponibilizado na aula anterior.
2° momento- Reconhecer as regras básicas do futebol de 5 e suas diferenças e semelhanças com
o futebol tradicional. Quando um atleta for em direção à bola o mesmo tem que falar “vou” para
garantir a segurança. O tempo de jogo oficial é de 15 minutos cronometrados em cada etapa, com o
intervalo de dez minutos.
3° momento- Realização do jogo futebol de 5. Solicitar 4 pessoas para formar suas equipes mistas,
sendo compostas por 7 pessoas (4 jogadores de linha, 1 goleiro, 1 chamador e 1 técnico). Cada
equipe irá jogar 10 minutos
Avaliação da aula:
Observar a participação dos (as) estudantes na aula e escutar os seus relatos sobre a vivência.
Mais conhecimentos...
https://www.youtube.com/watch?v=PsNeLD1N2Pg
https://www.youtube.com/watch?v=2AeE8VIwh8I
Fonte: Elaborado pela própria autora.2022
143
Plano de aula (10) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula:50 minutos
Objetivos:
Habilidade:
Recursos didáticos:
Bexigas (com três cores diferentes), saco plástico, areia e fita gomada.
Apresentação da temática:
A bocha é um esporte praticado por cadeirantes com grau de comprometimento motor de moderado
a severo.
Desenvolvimento da aula:
Observar a participação dos (as) estudantes na aula e escutar os seus relatos sobre a vivência.
Plano de aula (11) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula: 50 minutos
Objetivos:
Avaliar uma unidade didática sobre esporte adaptado dentro de uma perspectiva inclusiva nas aulas
de Educação Física no Ensino Médio.
Habilidades:
Recursos didáticos:
Apresentação da temática:
Neste momento, propusemos aplicar um questionário avaliativo com os (as) estudantes a partir da
vivência que eles (as) tiveram sobre a unidade didática Esporte Adaptado e inclusão
Desenvolvimento da aula:
1° momento: - Com o objetivo de Realizar um diálogo participativo, o professor (a) deve fazer a
leitura de cada questão do questionário no intuito de esclarecer qualquer dúvida que surja ao longo
do questionário. Os (as) alunos (as) foram informados que não existe respostas certas ou erradas,
que não se trata de uma prova para medir conhecimento, não existindo a necessidade de pesquisa
nem consulta a outros (as) colegas para obtenção de respostas corretas. Ressaltar que a partir das
informações apresentadas por eles (as), irá ser analisado a aplicação da unidade didática proposta.
Com o questionário avaliativo em mãos pedir para os (as) estudantes responder as seguintes
perguntas propostas pela professora:
01- Depois de estudar a unidade temática sobre Esportes Adaptados você conseguiu aprofundar o
seu conhecimento sobre o tema? Se a resposta for SIM, justifique.
02-Quais cuidados e atitudes devemos oferecer as pessoas para gerar inclusão e combater
qualquer atitude de exclusão?
03-Você acha que as aulas de Educação Física proporcionaram um maior entendimento sobre a
relação do Esporte Adaptado com a inclusão? Se a resposta for SIM, justifique.
04-A sua definição sobre inclusão, e suas atitudes com o objetivo de ter ações inclusivas, mudaram
depois das aulas sobre o tema? Dê exemplos.
05-Você acha importante abordar o tema esporte Adaptado e inclusão no Ensino Médio? Se a
resposta for SIM, justifique.
145
2° momento: Depois da entrega do questionário respondido pelos (as) alunos (as) ao (a) professor
(a), destacar que suas respostas irão contribuir para momento de reflexão e análise do objetivo
proposto.
Avaliação da aula:
Plano de aula (12) / Esporte / 3° ano do Ensino Médio/ Tempo de aula: 50 minutos
Objetivos:
Escrever o que sentiram em participar da unidade didática sobre esporte adaptado dentro de uma
perspectiva inclusiva nas aulas de Educação Física no Ensino Médio.
Habilidades:
Recursos didáticos:
Apresentação da temática:
O ciclo de sentimentos referido corresponde ao início e o fim da unidade temática proposta. Não que
esse ciclo seja algo acabo, mas que ele possa gerar conexões com novos ciclos de conhecimentos,
experiência, descobertas, reflexões e sentimentos.
Desenvolvimento da aula:
1° momento: - Escrever, com no mínimo uma palavra, em um pedaço de papel entregue pela
professora, o que eles (as) sentiram durante os encontros. Fixar em cartolina e expôr na sala de
aula.
2° momento: Os (as) estudantes foram levados a refletir sobre aquilo que eles (as) sentiram ao
experimentar as aulas propostas.
Avaliação da aula:
ANEXOS
Você está sendo convidado a participar da pesquisa ESPORTE ADAPTADO DENTRO DE UMA
PERSPECTIVA INCLUSIVA: Desenvolvendo uma Unidade Didática para a disciplina de Educação
Física do Ensino Médio. Coordenada pela pesquisadora Maria do Perpétuo Socorro Rocha do
Nascimento. O (A) pesquisador (a) responsável está aberto (a) aos esclarecimentos necessários no
número de telefone (85) 99602-3696.
Esta pesquisa pretende construir, implementar e avaliar uma unidade didática com a
utilização do esporte adaptado dentro de uma perspectiva inclusiva nas aulas de Educação Física no
Ensino Médio.
O motivo que nos leva a fazer este estudo é apresentar os esportes adaptados como forma
de inclusão, diversificar e oportunizar novos conteúdos e metodologias que se caracterizem pela
inovação na escola. A pesquisa será desenvolvida durante as aulas da disciplina eletiva de esportes
adaptados.
Você só precisa participar da pesquisa se quiser, é um direito seu e não terá nenhum problema
se desistir. Os adolescentes que irão participar desta pesquisa têm de 16 a 19 anos de idade.
Caso decida participar, aqui esclarecemos as principais etapas do estudo, a pesquisa será
realizada na E.E.F.M. Antônio Dia Macedo, onde os estudantes participarão de atividades práticas e
em sala de aula relacionadas aos esportes adaptados e inclusão. Os (as) adolescentes serão divididos
(as) em três momentos, no período de um bimestre letivo com duração de (03 meses), em dois dias
da semana (aproximadamente 12 aulas) com duração de 50 minutos. Faremos usos de: dois
questionários, sendo um aplicado no início da pesquisa e outro no final da pesquisa, leitura de textos,
148
exibição de vídeos com a estimulação de síntese do (a) vivenciado (a), registro das falas no diário de
campo. A pesquisa será desenvolvida durante as aulas da disciplina esporte adaptados e inclusão. O
(a) participante da pesquisa poderá ser fotografado durante as aulas. Todas as informações coletadas
serão analisadas respeitando o sigilo para a garantia da privacidade. As etapas estarão distribuídas
da seguinte forma: 1º Apresentação do projeto e implementação do questionário diagnostico, 2º
Realização das aulas, 3° Aplicação do questionário avaliativo.
As etapas estarão distribuídas da seguinte forma:
2° Etapa: “Realização das aulas” - Nesse período, serão realizadas as aulas propriamente ditas,
onde utilizaremos textos, vídeos, compreensão dos tipos de esporte adaptado, buscando a reflexão
de novas maneiras de vivencia-los. Importante destacar que nesses momentos os (as) alunos (as) se
tornaram protagonistas do conhecimento, onde o (a) professor (a) mediará o conhecimento;
Ao final de cada sessão, será formado uma roda de conversa, momento final da aula em que
acontece a verbalização onde realizaremos os registros no diário de campo e também através de
fotos. Após o fim do estudo, estas fotos serão devidamente arquivadas no banco de dados da
pesquisa. O diálogo entre a observação participante e as imagens estabelecerão diálogos e se
tornarão elementos importantes para a construção da proposta pedagógica.
Você tem o direito de desistir de sua participação em qualquer fase da pesquisa, sem
nenhum prejuízo para o mesmo.
Os dados que você irá fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos
ou publicações científicas, sempre de forma anônima, não havendo divulgação de nenhum dado que
possa lhe identificar. Esses dados serão guardados pelo (a) pesquisador (a) responsável por essa
pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.
Alguns gastos pela sua participação nessa pesquisa, eles serão assumidos pelo (a)
pesquisador (a) e reembolsado quando necessário.
Se você sofrer qualquer dano decorrente desta pesquisa, sendo ele imediato ou tardio,
previsto ou não, você será indenizado.
Ninguém saberá que você está participando da pesquisa; não falaremos a outras pessoas,
nem daremos a estranhos as informações que você nos fornece. Os resultados da pesquisa vão ser
publicados no ambiente escolar, em congressos e cursos, bem como junto ao programa de mestrado,
mas sem identificar os (as) adolescentes que participaram.
Recebi uma via deste termo de assentimento. A outra via ficará com a pesquisadora
responsável, a professor Maria do Perpétuo Socorro Rocha do Nascimento. Li o documento e
concordo em participar da pesquisa.
===============================================================
Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão
coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para
mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa ESPORTE
ADAPTADO DENTRO DE UMA PERSPECTIVA INCLUSIVA: Desenvolvendo uma Unidade Didática para
a disciplina de Educação Física do Ensino Médio , e autorizo a divulgação das informações por mim
fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar.
150
___________________________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa
______________________________________________
Assinatura do pesquisador responsável
151
Esclarecimentos
Estamos solicitando a você a autorização para que o menor pelo qual você é responsável
participe da pesquisa: ESPORTE ADAPTADO DENTRO DE UMA PERSPECTIVA INCLUSIVA:
Desenvolvendo uma Unidade Didática para a disciplina de Educação Física do Ensino Médio, que
tem como pesquisador (a) responsável: Maria do Perpétuo Socorro Rocha do Nascimento. Esta
pesquisa pretende propor possibilidades de uma unidade pedagógica sobre o ensino do esporte
adaptado no ensino médio.
Esta pesquisa pretende construir, implementar e avaliar uma unidade didática com a
utilização do esporte adaptado dentro de uma perspectiva inclusiva nas aulas de Educação Física no
Ensino Médio.
O motivo que nos leva a fazer este estudo é apresentar os esportes adaptados como forma
de inclusão, diversificar e oportunizar novos conteúdos e metodologias que se caracterizem pela
inovação na escola. A pesquisa será desenvolvida durante as aulas da disciplina eletiva de esportes
adaptados.
Caso decida autorizar a participação do (a) aluno (a), aqui esclarecemos as principais etapas
do estudo, a pesquisa será realizada na E.E.F.M. Antônio Dia Macedo, onde os estudantes
participarão de atividades práticas e em sala de aula relacionadas aos esportes adaptados e inclusão.
Os (as) adolescentes serão divididos (as) em três momentos, no período de um bimestre letivo com
duração de (03 meses), em dois dias da semana (aproximadamente 12 aulas) com duração de 50
minutos. Faremos usos de: dois questionários, sendo um aplicado no início da pesquisa e outro no
final da pesquisa, leitura de textos, exibição de vídeos com a estimulação de síntese do (a) vivenciado
(a), registro das falas no diário de campo. A pesquisa será desenvolvida durante as aulas da disciplina
esporte adaptados e inclusão. O (a) participante da pesquisa poderá ser fotografado durante as
aulas. Todas as informações coletadas serão analisadas respeitando o sigilo para a garantia da
152
2° Etapa: “Realização das aulas” - Nesse período, serão realizadas as aulas propriamente ditas,
onde utilizaremos textos, vídeos, compreensão dos tipos de esporte adaptado, buscando a reflexão
de novas maneiras de vivencia-los. Importante destacar que nesses momentos os (as) alunos (as) se
tornaram protagonistas do conhecimento, onde o (a) professor (a) mediará o conhecimento;
Ao final de cada sessão, será formado uma roda de conversa, momento final da aula em que
acontece a verbalização onde realizaremos os registros no diário de campo e também através de
fotos. Após o fim do estudo, estas fotos serão devidamente arquivadas no banco de dados da
pesquisa. O diálogo entre a observação participante e as imagens estabelecerão diálogos e se
tornarão elementos importantes para a construção da proposta pedagógica.
Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Maria do
Perpétuo Socorro Rocha do Nascimento, no endereço: Rua: Joaquim Martins, Passaré Fortaleza/CE.
Através do e-mail; socorrorocha3316@gmail.com e do telefone (85) 99602-3696.
Você tem o direito de não autorizar ou retirar o seu consentimento da participação do menor
em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para o mesmo.
Os dados que o (a) menor irá fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em
congressos ou publicações científicas, sempre de forma anônima, não havendo divulgação de
nenhum dado que possa lhe identificar. Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável
por essa pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.
Alguns gastos pela sua participação nessa pesquisa, eles serão assumidos pelo (a)
pesquisador (a) e reembolsado quando necessário.
Se o (a) menor sofrer qualquer dano decorrente desta pesquisa, sendo ele imediato ou
tardio, previsto ou não, o (a) menor será indenizado.
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em
Pesquisa UFRN - Lagoa Nova Campus Central (CEP Central/UFRN) – instituição que avalia a ética das
pesquisas antes que elas comecem e fornece proteção aos (as) participantes das mesmas – da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, nos telefones (84) 3215-3135 ou (84) 9.9193-6266, e-
mail cepufrn@reitoria.ufrn.br. Você ainda pode ir pessoalmente à sede do CEP, de segunda a sexta,
das 08h00min às 12h00min e das 14h00min às 18h00min, na Rua das Artes, s/n. Campus Central
UFRN. Lagoa Nova.
Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados
nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará e ter ficado
ciente de todos os direitos do participante, eu, __________________________________________,
representante legal do menor ___________________________________________, autorizo sua
participação na pesquisa intitulada ESPORTE ADAPTADO DENTRO DE UMA PERSPECTIVA
INCLUSIVA: Desenvolvendo uma Unidade Didática para a disciplina de Educação Física do Ensino
Médio, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações
científicas desde que nenhum dado possa me identificar.
___________________________________________________
Como pesquisador (a) responsável pelo estudo intitulado ESPORTE ADAPTADO DENTRO DE
UMA PERSPECTIVA INCLUSIVA: Desenvolvendo uma Unidade Didática para a disciplina de
Educação Física do Ensino Médio, declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir
fielmente os procedimentos metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao
participante desse estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do
mesmo.
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido infringirei as
normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que
regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.
___________________________________________________
Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o pesquisador
responsável Maria do Perpétuo Socorro Rocha do Nascimento.
155
Você só precisa participar da pesquisa se quiser, é um direito seu e não terá nenhum
problema se desistir. Os adolescentes que irão participar desta pesquisa têm de 16 a 19
anos de idade.
estimulação de síntese do (a) vivenciado (a), registro das falas no diário de campo. A
pesquisa será desenvolvida durante as aulas da disciplina esporte adaptados e inclusão. O
(a) participante da pesquisa poderá ser fotografado durante as aulas. Todas as informações
coletadas serão analisadas respeitando o sigilo para a garantia da privacidade. As etapas
estarão distribuídas da seguinte forma: 1º Apresentação do projeto e implementação do
questionário diagnostico, 2º Realização das aulas, 3° Aplicação do questionário avaliativo.
As etapas estarão distribuídas da seguinte forma:
Ao final de cada sessão, será formado uma roda de conversa, momento final da aula em
que acontece a verbalização onde realizaremos os registros no diário de campo e também
através de fotos. Após o fim do estudo, estas fotos serão devidamente arquivadas no banco
de dados da pesquisa. O diálogo entre a observação participante e as imagens
estabelecerão diálogos e se tornarão elementos importantes para a construção da proposta
pedagógica.
outros, medidas como a explicação das etapas da coleta de dados, confidencialidade dos
dados coletados e sigilo quanto a identidade dos (as) participantes, bem como o cuidado
com a adequação do ambiente e materiais para as atividades que serão propostas, poderão
reduzir os riscos desta intervenção. Caso aconteça algo errado, você pode nos procurar
pelos telefones apresentados no início do texto.
Os benefícios esperados com esta pesquisa, são a contribuição para a construção
de aulas de Educação Física que apresentem a diversificação dos conteúdos como os
esportes adaptado e inclusão, o desenvolvimento de uma unidade didática poderá auxiliar
na inserção destes conhecimentos nas aulas, com as devidas adaptações; proporcionar ao
(a) aluno (a) vivências de esportes adaptados nas aulas de Educação Física; ampliar o
debate sobre esporte adaptado e inclusão; possibilitar novas vivências motoras; contribuir
com a apropriação da cultura corporal.
Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para
Maria do Perpétuo Socorro Rocha do Nascimento, no endereço: Rua: Joaquim Martins,
Passaré Fortaleza/CE. Através do e-mail; socorrorocha3316@gmail.com e do telefone (85)
99602-3696.
Você tem o direito de desistir de sua participação em qualquer fase da pesquisa, sem
nenhum prejuízo para o mesmo.
Os dados que você irá fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em
congressos ou publicações científicas, sempre de forma anônima, não havendo divulgação
de nenhum dado que possa lhe identificar. Esses dados serão guardados pelo (a)
pesquisador (a) responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.
Alguns gastos pela sua participação nessa pesquisa, eles serão assumidos pelo (a)
pesquisador (a) e reembolsado quando necessário.
Se você sofrer qualquer dano decorrente desta pesquisa, sendo ele imediato ou
tardio, previsto ou não, você será indenizado.
Ninguém saberá que você está participando da pesquisa; não falaremos a outras
pessoas, nem daremos a estranhos as informações que você nos fornece. Os resultados da
pesquisa vão ser publicados no ambiente escolar, em congressos e cursos, bem como junto
ao programa de mestrado, mas sem identificar os (as) adolescentes que participaram.
===============================================================
Entendi que posso dizer “sim” e participar, mas que, a qualquer momento, posso
dizer “não” e desistir e que ninguém vai ficar com raiva de mim.
_____________________________________ _____________________________________
_ _