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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

O PROCESSO DE ESCOLHA PROFISSIONAL VIVENCIADO POR

ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO DA REDE PARTICULAR DE

ENSINO

DAYSE PACHECO AVILA

Itajaí, (SC), 2009


2

DAYSE PACHECO AVILA

O PROCESSO DE ESCOLHA PROFISSIONAL VIVENCIADO POR

ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO DA REDE PARTICULAR DE

ENSINO

Monografia apresentada como requisito


parcial para obtenção do título de
Bacharel em Psicologia da Universidade
do Vale do Itajaí

Orientadora: Profª MSc Cláudia Silva


Schead dos Santos Schiessl.

Itajaí, (SC), 2009


3

SUMÁRIO

RESUMO ........................................................................................................... 5

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6

2 EMBASAMENTO TEÓRICO ........................................................................... 8


2,1 Adolescência ................................................................................................ 8
2.2 Processo de Escolha Profissional ................................................................ 9
2.3 Fatores de Influência no processo de Escolha Profissional ...................... 10
2.4 A Internet e a Escolha Profissional ............................................................ 12

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ................................................................. 14


3.1 Amostra/ Sujeitos/ Participantes da pesquisa ............................................ 14
3.2 Instrumento ................................................................................................ 14
3.3 Coleta dos Dados ...................................................................................... 15
3.4 Análise dos Dados ..................................................................................... 15
3.5 Devolutiva .................................................................................................. 16

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................. 17


4.1 Dados de Identificação .............................................................................. 17
4.1.1 Idade ....................................................................................................... 17
4.1.2 Sexo ........................................................................................................ 17
4.1.3 Turno de estudo ...................................................................................... 18
4.1.4 Vestibular ................................................................................................ 18
4.1.5 Trabalho .................................................................................................. 19
4.1.6 Ocupação atual ....................................................................................... 20
4.2 Dados Relacionados à Escolha ................................................................. 21
4.2.1 Nível de decisão...................................................................................... 21
4.2.2 Profissão escolhida ................................................................................. 22
4.2.3 Profissões que estão em dúvida ............................................................. 24
4

4.2.4 Nível de segurança ................................................................................. 26


4.2.5 Sentimentos ............................................................................................ 27
4.2.5.1 Sentimentos Negativos ........................................................................ 28
4.2.5.2 Sentimentos Positivos .......................................................................... 28
4.2.6 Outros sentimentos ................................................................................. 30
4.2.7 Nível de informação ................................................................................ 31
4.2.8 Meios de informação ............................................................................... 32
4.2.9 Internet .................................................................................................... 34
4.2.10 Aspectos contribuintes para a dificuldade ............................................ 36
4.2.11 Outros aspectos contribuintes para a dificuldade ................................. 37
4.2.12 Futuro profissional ................................................................................ 39

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 41

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 46

7 APÊNDICES ................................................................................................. 51
7.1 Apêndice I – Instrumento para coleta de dados ........................................ 51
7.2 Apêndice II – Termo de consentimento livre e esclarecido à escola ......... 55
7.3 Apêndice III – Termo de consentimento livre e esclarecido aos pais ........ 56
5

O PROCESSO DE ESCOLHA PROFISSIONAL VIVENCIADO POR ESTUDANTES DO


ENSINO MÉDIO DA REDE PARTICULAR DE ENSINO

Orientadora: Profª MSc Cláudia Silva Schead dos Santos Schiessl


Defesa: novembro de 2009.

Resumo:

A adolescência é um processo psicossocial que gera diferentes peculiaridades conforme


o ambiente social, econômico e cultural em que o adolescente vive. Construir uma
identidade implica em definir quem a pessoa é, quais são seus valores e quais as
direções que deseja seguir pela vida. A escolha da profissão também faz parte deste
processo de construção de identidade, e são muitos os fatores que influenciam o
processo de escolha de uma profissão, desde as características pessoais a convicções
políticas e religiosas, valores, crenças, contexto socioeconômico, família e pares;
considerando atualmente, o advento da Internet como ferramenta de informação por
estes adolescentes. Desta forma, a referida pesquisa visou analisar como estudantes do
terceiro ano do Ensino Médio da escola particular vivenciam o processo de escolha
profissional, investigando as dificuldades e sentimentos relacionados ao processo de
escolha, bem como o nível de decisão dos adolescentes, os meios utilizados pelos
jovens para buscar informação, os fatores de influência e expectativas e o papel da
ferramenta internet no processo de escolha. Para a coleta de dados utilizou-se as
pesquisas do tipo quantitativa e qualitativa, sendo aplicado um questionário com
questões fechadas e abertas em quarenta e três estudantes do terceiro ano do Ensino
Médio de duas Escolas Particulares, sendo uma de Itajaí/ SC e a outra de Balneário
Camboriú/ SC. Os resultados obtidos por meio desta pesquisa, demonstram que o
ingresso na educação superior é valorizado como alternativa principal de escolha para
os estudantes que chegam ao final do Ensino Médio no ensino particular, e o que mais
dificulta o processo de escolha profissional é o medo de não fazer a escolha certa bem
como, os medos relacionados ao vestibular; que a maioria dos jovens já realizou a
decisão profissional no entanto, muitos se consideram indecisos ou inseguros. Indicam
sentimentos positivos relacionados ao processo de escolha profissional, como prazer,
decisão, maturidade, capacidade e tranquilidade. No que diz respeito aos meios de
informação os estudantes apontaram utilizar prioritariamente a conversa com os pais,
com os amigos e a internet. Sobre o que esperam de seu futuro profissional, a grande
parte dos estudantes apontou desejar o sucesso e estar feliz e realizado com a escolha
feita.

Palavras-chaves: Adolescência; Escolha Profissional; Escola; Internet.

Sub-Área de concentração (CNPq)


Psicologia do Ensino e da Aprendizagem
7.07.08.00 – 2

Membros da Banca

Dr. Pedro Girardi MSc Maria Celina Ribeiro Lenzi

______________________________________ ____________________________________
Professor convidado Professor convidado
MSC Cláudia Silva Schead dos Santos Schiessl

_________________________________________
Professor Orientador
6

1 INTRODUÇÃO

Lassance (in ABRAMO E BRANCO, 2005, p.74), afirma que o jovem


brasileiro corresponde a 20,13% da população do país. Jovem este que
vivencia um período de mudanças e escolhas, e é nesta fase que opta-se
também, por uma determinada profissão. Mas esta escolha na maioria das
vezes não acontece de forma tranqüila e rápida, pois é um processo complexo
e multideterminado que envolve informação e autoconhecimento.
De acordo com Silva e Soares (2001), cada vez mais o trabalho em si
não é suficiente para estruturar um indivíduo; ninguém mais quer ser um
trabalhador, todos buscam ser, ao em vez disso, profissionais. Guimarães (in
ABRAMO E BRANCO, 2005, p.159), afirma que, hoje, o sentido do trabalho
para o jovem, seria antes o de uma demanda a satisfazer que o de um valor a
cultivar.
De acordo com Abramo (in ABRAMO E BRANCO, 2005, p.62), em suas
pesquisas, educação e emprego aparecem praticamente empatados na lista de
assuntos que mais interessam os jovens, sendo que, o emprego interessa e
preocupa ao mesmo tempo, o que pode indicar que trabalho, mais que
educação, aparece como ponto crítico para esta geração de jovens. Para
muitos adolescentes, estas preocupações iniciam quando estes estão no
momento de escolha profissional.
Para Almeida e Pinho (2008), são muitos os fatores que influenciam o
processo de escolha de uma profissão, desde as características pessoais a
convicções políticas e religiosas, valores, crenças, contexto socioeconômico,
família e pares. Juntamente com estas influencias, vive-se em meio a
constantes transformações no mercado de trabalho e nas inovações
tecnológicas e científicas, a escolha que já era difícil torna-se um tipo de
“corrida contra o tempo”, exigindo cada vez mais informação e atualização dos
que entrarão no mercado de trabalho. Branco (in ABRAMO E BRANCO, 2005,
p.129), afirma que, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o
desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos sofreu forte elevação nos últimos
dez anos completados no ano de 2003 (cerca de 88 milhões de pessoas),
7

assim, os jovens desta faixa etária estariam representando cerca de 47% do


total global de desempregados no mundo.
Para sanar suas angústias e dúvidas em relação ao futuro profissional, o
jovem geralmente busca informação com a família, escola, amigos e, hoje a
busca por informação, passa obrigatoriamente também pelo uso da internet,
quem não está “plugado” ou não sabe selecionar o que procura, já está em
desvantagem, na “era da informação”. O jovem cresce e consolida sua
identidade em meio a esta explosão de mudanças e transformações.
Lisboa (1997, apud ZAVAREZE, 2008, p.04), afirma que a construção da
identidade ocupacional está diretamente vinculada a identidade pessoal, uma
vez que incluem todas as identificações do indivíduo feitas ao longo da sua
existência. Porém, para que haja uma consolidação de identidade adequada, é
importante que o meio em que está inserido propicie ao jovem, valores,
orientação e informações claras.
Assim, a referida pesquisa teve como objetivos, analisar como os
adolescentes do Ensino Médio da escola particular vivenciam o processo de
escolha profissional, levantar as dificuldades e os sentimentos encontrados no
processo desta escolha, identificar o nível de decisão dos adolescentes
relacionado à opção do curso universitário, identificar os meios mais utilizados
para buscar informação, verificar de que forma a ferramenta internet auxilia
neste processo de busca por informação profissional, descrever os fatores que
influenciam os adolescentes no processo de escolha profissional e indicar as
expectativas que os adolescentes têm em relação ao futuro profissional.
Esta pesquisa abordou questões sobre a adolescência, o processo de
escolha profissional (a construção de identidade), os fatores que influenciam
neste processo e o uso da internet como ferramenta de informação profissional.
8

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 – Adolescência

“A adolescência é basicamente um fenômeno psicológico e social.”


(OUTEIRAL, 2008). Considerando esta definição, pode-se afirmar que a
adolescência é um processo psicossocial que gera diferentes peculiaridades
conforme o ambiente social, econômico e cultural em que o adolescente vive.
Neste contexto, a adolescência como sendo este processo complexo
do desenvolvimento humano, faz-se necessária a distinção entre o significado
das palavras adolescência e puberdade. Segundo Outeiral (2008), a palavra
“adolescência” tem dupla origem etimológica; ela vem do latim ad (a, para) e
olescer (crescer), significando o indivíduo apto a crescer. A palavra
adolescência também deriva de adolescer, origem da palavra adoecer; sendo
assim, consideremos a aptidão para crescer (físico e psíquico) e para adoecer
(condição relacionada ao sofrimento emocional, com as transformações
biológicas e mentais desta faixa da vida). Já a palavra puberdade (de puber,
pêlos) é um processo biológico que inicia, em nossa cultura, aproximadamente
entre nove e quatorze anos de idade e se caracteriza pelo surgimento de uma
atividade hormonal que desencadeia os chamados “caracteres sexuais
secundários”.
Estas transformações corporais caracterizam uma fase conflituosa e
marcante para o jovem, já que ele tem de se reconhecer com sua mente ainda
infantil num corpo que vai se tornando adulto. Deluz (1999), define a puberdade
como uma crise individual que não apresenta problema social, que tem efeitos
psíquicos e psicológicos, mas não questiona o social.
A Organização Mundial da Saúde (apud OUTEIRAL, 2008, p.04),
distingue duas fases na adolescência; a primeira acontece dos dez aos
dezesseis anos de idade e a segunda, dos dezesseis aos vinte anos. Enquanto
o Estatuto da Criança e do Adolescente situa esta etapa entre doze e dezoito
anos de idade. Já a puberdade, para Outeiral (2008), estaria concluída, bem
como o crescimento físico e o amadurecimento gonadal (que permite a
execução das funções reprodutivas), por volta dos dezoito anos de idade,
9

coincidindo com a soldadura das cartilagens de conjugação das epífeses dos


ossos longos (o que determina o término do crescimento esquelético).
Lidz (1983), divide o período da adolescência em três subperíodos, são
eles: adolescência inicial, onde estão inclusas a fase pré-puberal quando o
crescimento físico é acelerado e inicia mudanças no desenvolvimento, e a
chegada da puberdade, que não é determinante para uma variação marcante
em orientação; o segundo subperíodo é a semi – adolescência, quando o
encaminhamento para o sexo oposto começa a romper os grupos
monossexuais de amizades anteriores, e também é quando inicia o período de
revolta contra os adultos e conformidade em relação aos padrões, lealdades e
ideologias dos grupos de pares, sendo um período marcado pela ambivalência
e variações de ânimo; e por fim, o subperíodo denominado por este autor como
adolescência final, quando o jovem começa a preocupar-se com as tarefas
para enfrentar o futuro, preocupações estas que compreendem também a
formação de família e a escolha da carreira profissional.
Almeida e Pinho (2008), definem adolescência como sendo uma fase
do ciclo de vida na qual o indivíduo passa por transições que acarretam
grandes mudanças em seu desenvolvimento, um período de consolidação da
identidade, onde o jovem se depara com uma série de escolhas que definirão
seu futuro, dentre elas, a escolha profissional.

2.2 – Processo de escolha profissional

Construir uma identidade, para Erikson (1972), implica em definir quem


a pessoa é, quais são seus valores e quais as direções que deseja seguir pela
vida. O autor entende que identidade é uma concepção de si mesmo,
composta de valores, crenças e metas com os quais o indivíduo está
solidamente comprometido. Para Schoen-Ferreira, Aznar-Farias e Silvares
(2003), a formação da identidade do eu recebe a influência de fatores
intrapessoais (capacidades inatas do indivíduo e características adquiridas da
personalidade), de fatores interpessoais (identificações com outras pessoas) e
de fatores culturais (valores sociais a que uma pessoa está exposta, tanto
globais quanto comunitários).
10

De acordo com Almeida e Pinho (2008), o processo de constituição da


identidade do indivíduo se torna ainda mais complexo diante da multiplicidade
de opções que a sociedade contemporânea oferece e da sua constante
transformação.
A escolha da profissão também faz parte deste processo de construção
de identidade, sendo que o desenvolvimento da escolha ocupacional não
acontece de forma abrupta, pois desde crianças fazemos brincadeiras e
realizamos pequenas escolhas que norteiam esta questão, mas a
autopercepção vai mudando a medida que nos desenvolvemos e assimilamos
outras identificações, sendo no período da adolescência, que esta preocupação
com a carreira emerge. Segundo Pinto (2003), a escolha acompanha o homem
em toda sua vivência emocional e qualquer escolha implica em uma perda, o
abandono de investimentos e o seu luto, ou seja, descartar outras opções. Lidz
(1983), acredita que a ausência de um padrão conhecido, sob a forma de uma
ou mais pessoas com quem identificar-se, pode desviar o jovem de um campo
de interesse.
Para que haja uma consolidação de identidade adequada, é importante
que o meio em que está inserido propicie ao jovem, valores e informações
claras. Schoen-Ferreira, Aznar-Farias e Silvares (2003), consideram que,
“desenvolver uma identidade madura supõe identificar-se com uma ocupação
determinada e com um núcleo de relações interpessoais relativamente
estáveis”.

2.3 – Fatores de influência do processo de escolha profissional

Almeida e Pinho (2008), afirmam que, são muitos os fatores que


influenciam o processo de escolha de uma profissão, desde as características
pessoais a convicções políticas e religiosas, valores, crenças, contexto
socioeconômico, família e pares.
Segundo Santos (2005), a família é um dos principais influenciadores
que podem tanto ajudar como dificultar o jovem no momento da decisão
profissional. Os pais constroem projetos para o futuro do filho e desejam que
ele corresponda à imagem sobre ele projetada, propondo, muitas vezes,
11

objetivos que na realidade eram sonhos seus que não puderam realizar na
juventude (SOARES 2002, apud ALMEIDA e PINHO 2008, p.178). Assim, o
jovem se torna depositário das aspirações profissionais dos pais. Para Pinto e
Soares (2004, apud ALMEIDA e PINHO, 2008, p.178), de alguma maneira, os
pais introduzem em seus discursos seus próprios desejos sobre os projetos de
seus filhos, sem nem mesmo darem-se conta. As profissões seguidas pelos
pais, e sua satisfação com elas também servirão como papéis de identificação
para o adolescente. Filomeno (1997) afirma que o filho estabelece conceitos e
valores acerca das profissões de acordo com o que é falado pela família.
Outro fator de influencia no processo de escolha profissional do jovem é
a escola. Para Silva e Treichel (2006), na fase escolar a pessoa concretiza
seus pensamentos e suas observações, adquire prática nas suas ações, o que
a faz avançar e determina muitos pontos do seu perfil, tanto biológico quanto
psicológico. Porém, estas autoras acreditam que, é necessário que a escola
proporcione opções de escolha para que as crianças e adolescentes possam
desenvolver seu senso crítico também em relação a carreira a ser seguida,
“pois as vezes a escola limita, fazendo com que permaneça modelada e sem
iniciativa pessoal” (SILVA & TREICHEL, 2006, p.105).
A escola para Soares (2002), não tem estimulado o processo de
autoconhecimento, assim, os jovens tendem a se sentirem desamparados em
relação à escola, pois esta não responde, na maioria das vezes, às suas
necessidades de participação no mundo social, político e econômico, fazendo
normalmente uma preparação para o vestibular. Este tipo de abordagem ignora
as aptidões individuais de cada aluno, e pode gerar maior insegurança e
ansiedade no processo de escolha profissional. Camarano (et al, 2004, p.27),
afirmam que, procurando o aluno ideal, a escola padroniza e tenta tornar
homogêneos os alunos, promovendo assim, um processo de destruição da
auto estima destes.
Lidz (1983), afirma que, em um sentido geral, existem duas maneiras de
se pensar na escolha da carreira: procurar uma ocupação que proporcione
satisfação e prazer com a qual possam ter uma vida interessante; ou
considerar uma ocupação principalmente como meio de ganhar a vida e
segurança para a consecução de poder. Nesta última maneira de se pensar em
uma profissão, as preocupações dos jovens podem estar ligadas ao mercado
12

de trabalho. Osório (1992), acredita que, ao considerarmos o dilema vocacional


dos adolescentes do Brasil, nos defrontaremos com a defasagem entre as
aspirações profissionais destes jovens e a realidade do mercado de trabalho.
Considerando esta visão distorcida que muitos jovens tem em relação a
realidade do mercado de trabalho no Brasil, fatos como o desemprego, a
concorrência acirrada no mercado, as condições críticas impostas pelo
contexto sócio econômico nacional e internacional, inovações tecnológicas e
científicas, o surgimento contínuo de novas ocupações, as mudanças nos
critérios de empregabilidade, para Valore (in SILVEIRA et al, 1999, p.79)
justificam a existência de serviços de Orientação Profissional.
De acordo com Schiessl e Sarriera (2004, apud SARRIERA; ROCHA e
PIZZINATO, 2004, p.33), o mundo do trabalho está mudando e exige um
profissional mais competente e mais informado. Além de maiores exigências,
Câmara, Sarriera e Pizzinato (2004, apud SARRIERA; ROCHA e PIZZINATO,
2004, p.78), afirmam que o processo de socialização do jovem para o mercado
de trabalho, é afetado pela falta de ocupações que vem ocorrendo; porém,
Mattoso (2000 apud LEVENFUS; SOARES, 2002, p.37), indica que 1,5 milhões
de jovens potencialmente ingressam no mercado de trabalho anualmente.
Neste sentido, pode-se afirmar que, muitas vezes a escolha profissional pode
estar vinculada ao fato de que certos campos ou cargos trabalhistas estão, no
momento, em ascensão.
É importante que o jovem entenda que está sendo constantemente
influenciado no seu processo de escolha profissional. Segundo Andrade (1997
apud ALMEIDA e PINHO 2008, p.180), o reconhecimento destas influências
pode vir a colaborar com a elaboração de um projeto de carreira, pois o
indivíduo pode usá-las de forma positiva e construtiva, de maneira a adequá-
las aos seus próprios desejos e valores.

2.4 – A Internet e a escolha profissional

“As tecnologias são só apoio, meios. Mas elas nos permitem realizar
atividades de aprendizagem de formas diferentes as de antes” (MORAN, 2004,
p. 347).
13

O processo de escolha profissional do jovem se torna ainda mais


complexo diante das múltiplas opções que a sociedade oferece e da sua
constante transformação, transformação esta que está intimamente ligada a
globalização acelerada bem como o uso da Internet. De acordo com Alava
(2002), o aparecimento das tecnologias de informação e de comunicação pode
ser a alavanca de inovações pedagógicas a serviço da construção de saberes.
Murray (2000 apud TERÊNCIO e SOARES, 2003, p.143), afirma que, os
estudos comportamentais iniciados nesta área sugerem que a Internet pode
servir como um espelho/ferramenta, que ajuda as pessoas na sua busca pelo
“eu” (self).
Com a globalização e o avanço tecnológico a Internet passou a exercer
papel influenciador na escolha profissional. O uso da Internet pode auxiliar o
jovem de várias maneiras a escolher uma carreira. Uma facilidade advinda da
Internet, é a busca de informações atualizadas constantemente sobre cursos
superiores e de especialização, mercado de trabalho, profissões em ascensão;
e pode permitir ao jovem uma maior aproximação da profissão escolhida,
através de vídeos, gravações, depoimentos entre outros.
De acordo com Moreira (2001 apud WEINBERG, 2001, p.193), a maioria
dos jovens que chegam ao consultório procurando orientação vocacional,
apesar de estarem indecisos em relação a sua escolha, já estão bem
informados sobre vários cursos e universidades existentes. Não é incoerente
afirmar que grande parte desta informação deve-se ao acesso à Internet.
Diante de tantas novas possibilidades, Moreira (2001 apud WEINBERG,
2001, p.203), orienta a vê-las como oportunidades para a realização de
desejos. Segundo esta autora, o adolescente não deve se deprimir, achando
que vai ficar mais confuso; pois o momento é para repensar o novo, que se
apresenta através de novos recursos tecnológicos. De acordo com Tapscott
(1999), a Geração Net de jovens, é curiosa, contestadora, orientada para a
globalização, e é capaz de criar pressões por mudanças nas empresas.
Para Levenfus (2002), a Geração Zapping (Geração Z) nasceu plugada
no mundo globalizado e almeja o sucesso econômico. Para esta geração que
tem acesso a muitas informações é preciso aprender a selecionar estas
criticamente e saber que tentar orientar-se sozinho em revistas e testes
disponíveis na Internet pode provocar uma confusão ainda maior.
14

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

3.1 Amostra/ Sujeitos/ Participantes da pesquisa

Inicialmente, a proposta era trabalhar com uma turma do terceiro ano


do Ensino Médio de apenas uma instituição da rede particular de ensino,
porém, pela falta de retorno dos termos de consentimento livre e esclarecido
aos pais (apêndice III), o número de participantes foi restrito, sendo necessária
a busca pela participação de outro grupo de alunos do terceiro ano de outra
instituição de ensino particular, sendo assim, a amostra foi constituída de 43
(quarenta e três) estudantes de ambos os sexos do terceiro ano do Ensino
Médio de duas escolas de ensino particular, sendo uma de Itajaí/ SC e a outra
de Balneário Camboriú/ SC, que aceitaram participar do presente estudo.
Os critérios de escolha dos estudantes se deram por meio: tipo de
escola (escolas particulares), ano escolar (3º ano do Ensino Médio) e idade
(dezesseis a dezoito anos).

3.2 Instrumento

Tendo em vista o objetivo geral deste estudo, foram utilizadas para


investigação, as pesquisas do tipo quantitativa e qualitativa; sendo aplicado um
questionário (apêndice I), com sete questões fechadas e três abertas.
De acordo com Richardson (2007), o método quantitativo caracteriza-
se pelo emprego da quantificação tanto na coleta de informações quanto no
tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, como por exemplo,
percentual, média e desvio padrão. Já a abordagem qualitativa, ainda de
acordo com este autor, visa entender a natureza de um fenômeno social e
pode, por exemplo, analisar a interação entre certas variáveis, classificar
processos dinâmicos vividos por grupos sociais e possibilitar o entendimento
das particularidades do comportamento dos indivíduos
15

Assim, foram identificados/analisados o nível de decisão e expectativas


em relação a escolha profissional, meios de informação utilizados, fatores de
influência, sentimentos, e como a internet auxilia no processo de escolha
profissional; efetivando uma pesquisa descritiva que, de acordo com Campos
(2004), é aquela pesquisa que busca conhecer e interpretar a realidade sem
nela interferir.

3.3 Coleta dos Dados

Inicialmente, foram contatadas as direções das escolas, para prestar


devidos esclarecimentos em relação à pesquisa, por meio de uma carta de
apresentação e solicitou-se autorização para realização da mesma, utilizando
um termo de consentimento livre e esclarecido (apêndice II). Posteriormente,
foi feito contato com as professoras responsáveis por cada turma, a fim de
esclarecer os objetivos do presente estudo. Com o aceite da escola, a
pesquisadora apresentou-se aos alunos e os convidou a participar da pesquisa,
esclarecendo que a participação era voluntária. Foi apresentado a cada
participante um termo de consentimento livre e esclarecido (apêndice III),
sendo que os menores de dezoito anos deveriam solicitar a assinatura dos pais
e/ou responsáveis.
A aplicação do instrumento ocorreu em um dia de aula normal, sendo
disponibilizado a pesquisadora o horário de uma aula (45 minutos).

3.4 Análise dos Dados

Para a análise quantitativa dos dados obtidos pelo questionário


(questões fechadas), foram tabulados os dados por meio de distribuição e
frequência simples de resposta, que foram agrupadas a partir dos objetivos da
pesquisa.
Para a análise qualitativa dos dados obtidos por meio das perguntas
abertas, foi feita a tabulação das respostas e análise por meio de freqüência
16

simples. Segundo Bardin (2004), a análise de conteúdo deve ter as seguintes


etapas:
• Leitura de dados;
• Estabelecimento de categoria;
• Interpretação dos dados.

Por se tratar de uma pesquisa com seres humanos, algumas medidas


asseguradas pela resolução da lei 196/1996, do Conselho Nacional de Saúde
pela resolução 016, 2001, do Conselho Federal de Psicologia, foram tomadas
no que se refere à coleta de dados:
• Respeito com relação à recusa de alguns participantes;
• Assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido por
parte de cada participantes da pesquisa antes de iniciar a coleta de
dados;
• Os dados pessoais dos participantes foram mantidos em sigilo,
sendo garantido seu anonimato;
• Garantia de não ocorrência de danos ou prejuízos pela participação
na pesquisa;
• Os resultados desta pesquisa serão utilizados somente para
finalidades acadêmicas, podendo ser publicado em revistas
especializadas.

3.5 Devolutiva

Será realizada após a análise e discussão dos resultados a devolutiva


da pesquisa para os alunos da amostra, com o objetivo de estimular a reflexão
acerca do processo de escolha profissional. Para a escola, será entregue cópia
da monografia e a devolutiva realizada à orientadora pedagógica com o
objetivo de indicar ações simples mas eficazes para sensibilizar os alunos para
a escolha da profissão.
17

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A descrição dos resultados encontrados será delineada a partir das


respostas no questionário (apêndice I) aplicado aos alunos do terceiro ano do
Ensino Médio de duas escolas particulares do município de Itajaí/ SC e de
Balneário Camboriú/ SC.
A sequencia na apresentação será: caracterização da amostra,
aspectos relacionados a escolha da profissão, aspectos psicológicos
relacionados as dificuldades da escolha e as expectativas dos jovens em
relação ao futuro profissional.

4.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

4.1.1 Idade

Tabela 1: Distribuição dos alunos por idade.


Idade Nº %
16 anos 10 23,25%
17 anos 28 65,11%
18 anos 05 11,62%
Total 43 100%

Observa-se nesta tabela que os alunos da amostra distribuem-se entre


16 a 18 anos de idade, sendo que, a maioria dos jovens tem 17 anos. Segundo
dados do IBGE (2007), a população de jovens entre os 15 e 19 anos de idade
em Santa Catarina é constituída por 397.294.

4.1.2 Sexo

Tabela 2: Distribuição dos alunos por sexo.


Sexo Nº %
Feminino 25 58,13%
Masculino 18 41,86%
Total 43 100%
18

A leitura desta tabela permite observar que os sujeitos da amostra estão


representados maioritariamente por jovens do sexo feminino.
De acordo com Lemos (2001), as escolas brasileiras têm a participação
no ensino médio de 60% alunas e 40% alunos, e as universidades brasileiras a
proporção é de 56% de mulheres, para 44% de homens, sendo assim, pode-se
afirmar que os dados da amostra não fogem à realidade total brasileira.

4.1.3 Turno de estudo

Tabela 3: Distribuição dos alunos por turno de estudo.

Turno que estuda Nº %


Matutino 43 100%
Vespertino - -
Noturno - -
Total 43 100%

Observa-se nesta tabela que todos os alunos da amostra estudam no


período da manhã, sendo necessário esclarecer que, o turno matutino é a
única opção de horário de estudo para os alunos que estudam nas duas
instituições particulares de ensino que fizeram parte desta pesquisa.

4.1.4 Vestibular

Tabela 4: Distribuição dos alunos por participação em um vestibular.

Vestibular Nº %
Sim 12 27,90%
Não 31 72,09%
Total 43 100%

Com a leitura desta tabela, pode-se afirmar que a maioria dos alunos
da amostra ainda não prestou vestibular.
19

Para D’Avila e Soares (2003), o Exame Vestibular gera conflitos,


dúvidas, medo e ansiedade, sendo que Soares salienta que no ano
antecedente a sua realização, o vestibulando pode sofrer vários distúrbios
psicofisiológicos e até mesmo a depressão.
Em um estudo realizado por D’Avila e Soares (2003), estas autoras
analisaram 348 questionários respondidos por 45% meninas e 55% meninos,
sendo 19 anos a média de idade destes e 62% eram oriundos da rede privada
de ensino, este estudo mostrou que 60% dos jovens não se considerava
preparado para o enfrentamento das provas, em relação ao estudo das
disciplinas, fisicamente ou mesmo emocionalmente.
Como visto na tabela acima, 72,09% dos estudantes que participaram
desta pesquisa ainda não prestou vestibular, o que pode causar maior medo e
ansiedade para aqueles que irão realizar a prova somente quando terminarem
o Ensino Médio e escolherem um curso superior. É válido esclarecer que, uma
boa alternativa para o estudante seria se inscrever e participar de um vestibular
como “treineiro”, ou seja, antes de sua escolha profissional propriamente dita,
para que ele possa entender melhor o processo e se preparar mais para
quando chegar o momento da sua escolha.

4.1.5 Trabalho

Tabela 5: Distribuição dos alunos que estão no Ensino Médio e ao mesmo


tempo trabalham.

Trabalha Nº %
Sim 17 39,53%
Não 26 60,47%
Total 43 100%

A leitura desta tabela permite observar que, a maioria dos alunos da


amostra não trabalha, sendo somente estudantes.
Segundo dados do IBGE (1997), a proporção de jovens da região sul
do Brasil, entre 15 e 17 anos de idade que somente estudava é de 15,6%.
20

4.1.6 Ocupação Atual

Tabela 6: Distribuição dos alunos de acordo com a ocupação atual daqueles


que estudam e trabalham.
Ocupação atual Nº %
Somente estudante 29 67,44%
Estagiária 02 04,65%
Manual de estamparia a atendente 01 02,32%
Manual de facção (costura) 01 02,32%
Gerente de comércio 01 02,32%
Recepcionista de academia 01 02,32%
Área contábil 01 02,32%
Equipe de corrida 01 02,32%
Assistente/auxiliar administrativo 03 07,00%
Outros (cargo não especificado) 03 07,00%
Total 43 100%

A leitura desta tabela permite observar que, a maioria dos alunos da


amostra não trabalha, sendo somente estudantes. Porém, entre os alunos que
trabalham, predomina a área administrativa. É importante salientar que três
alunos da amostra também trabalham, contudo não especificaram sua função.
De acordo com Krawulski (1990), o trabalho foi alterado em sua
natureza e em suas formas de organização, em grande parte, deixou de ser
uma atividade de realização individual e um esforço que satisfaz, na medida
em que é moldado, aperfeiçoado e completado pelo artífice, para transformar-
se em mercadoria no mercado universal criado pelo capitalismo vigente.
Contudo, uma ocupação empregatícia neste momento de escolha
profissional poderia ajudar no processo de escolha por uma profissão,
considerando um maior contato com outros profissionais e, a ocupação atual
destes estudantes pode abranger sua visão referente ao mercado de trabalho,
podendo direcioná-los um pouco mais sobre o que gostam ou não de fazer
efetivamente na prática e também, como o movimento do mercado de trabalho
hoje.
21

4.2 DADOS RELACIONADOS À ESCOLHA:

4.2.1 Nível de decisão

Tabela 7: Distribuição dos alunos por nível de decisão sobre sua escolha
profissional.
Escolheu sua profissão Nº %
Sim 23 53,48%
Não 02 04,65%
Indeciso 18 41,86%
Total 43 100%

De modo geral, embora o processo de escolha profissional seja um


momento de decisão que muitos adolescentes vivenciam de uma forma não tão
confortável, observa-se que a maioria dos alunos da amostra já fez sua escolha
profissional, porém, o número de alunos indecisos entre duas ou mais
profissões é bastante significativo. Sendo que, somente dois alunos afirmaram
que ainda não escolheram uma profissão a seguir.
Para Lobato e Koller (2003), o que esperamos para o futuro está
carregado de afetos, esperanças, medos e inseguranças, não somente da
própria pessoa, mas, também, daqueles que os rodeiam, tais como os pais,
avós, irmãos, professores, etc. Estes adolescentes vivenciam o processo de
escolha profissional de forma complexa, tendo que lidar com isso juntamente
com os anseios característicos do período da adolescência e características
próprias de cada um, expectativa dos parentes e amigos e exigências do
mercado de trabalho, contudo, a maior parte dos estudantes da amostra se
define decidida quanto a sua futura profissão.
22

4.2.2 Profissão Escolhida

Tabela 8: Distribuição dos alunos que já escolheram sua profissão por


profissões citadas.

Profissão escolhida Nº %
Medicina 01 04,34%
Enfermagem 01 04,34%
Odontologia 01 04,34%
Educação física 02 08,69%
Ciências contábeis 01 04,34%
Administração 01 04,34%
Arquitetura e urbanismo 01 04,34%
Arquitetura 01 04,34%
Cosmetologia e estética 02 08,69%
Design de moda 02 08,69%
Design de jogos 01 04,34%
Jornalista 01 04,34%
Publicidade e propaganda 01 04,34%
Direito 02 08,69%
Engenharia civil 02 08,69%
Escola naval 01 04,34%
Área policial 01 04,34%
Total 23 100%

Observa-se, por esta tabela que, as profissões divergem em relação às


suas áreas, porém, cinco duplas escolheram as mesmas profissões, são elas:
engenharia civil, design de moda, direito, cosmetologia e estética e educação
física.
Considerando que, dos 43 alunos, somente 23 haviam afirmado já ter
escolhido sua profissão (como visto na tabela anterior), então, esta tabela
refere-se às respostas destes alunos, sendo que, os alunos que afirmaram
estar indecisos ou que ainda não escolheram sua profissão deixaram esta
questão em branco.
Pela tabela, pode-se observar que, a maioria dos jovens escolheu
profissões que compreendem a realização de um curso superior.
Segundo Sparta e Gomes (2005), o desejo do jovem brasileiro de
ingressar na educação superior não é, em princípio, um problema, porque o
Brasil é, atualmente, o país da América Latina com os menores índices de
23

acesso à educação superior, contando com menos de 12% da população com


idade entre 18 e 24 anos matriculada nesse nível de ensino (Brasil, 2001a).
Porém, para Lassance, Grocks e Francisco (1993 apud SPARTA e
GOMES, 2005 p. 48), a entrada na universidade vem assumindo, para o jovem
brasileiro, um caráter de tarefa evolutiva em si mesma, ou seja, como se o
ingresso na educação superior fosse uma continuidade natural a ser assumida
por quem termina o Ensino Médio e a única alternativa disponível de inserção
no mundo do trabalho, estes autores acreditam que esta valorização da
educação superior, principalmente pelos cursos mais tradicionais (como direito
e educação física vistos na tabela acima), faz com que o Ensino Médio passe
cada vez mais de preparação do jovem para o mundo adulto para preparação
do jovem para o concurso vestibular.
Faz-se necessário salientar que, esta escolha por cursos superiores
mais tradicionais, como por exemplo, medicina, direito e engenharia civil, para
Hartmann (et al, S/A) demonstra pouca exploração por parte dos adolescentes,
ou um receio de realizar opções com menores possibilidades percebidas de
inserção no mercado de trabalho.
24

4.2.3 Profissões que estão em dúvida

Tabela 9: Distribuição dos alunos que estão indecisos por profissões citadas.

Profissão que está em dúvida Nº %


Não tem idéia de qual profissão escolher 01 01,69%
Medicina veterinária 01 01,69%
Biomedicina 01 01,69%
Medicina 02 03,38%
Odontologia 01 01,69%
Educação física 02 03,38%
Fisioterapia 02 03,38%
Nutrição 02 03,38%
Psicologia 02 03,38%
Oceanografia 01 01,69%
Biologia 02 03,38%
Técnico em informática 01 01,69%
Ciências da computação 01 01,69%
Engenharia 01 01,69%
Engenharia ambiental 01 01,69%
Engenharia civil 02 03,38%
Engenharia da computação 01 01,69%
Construção naval 01 01,69%
Engenharia naval 01 01,69%
Engenharia eletrônica 01 01,69%
Engenharia química 01 01,69%
Química 01 01,69%
História 01 01,69%
Direito 04 06,77%
Arquitetura 04 06,77%
Design de interiores 01 01,69%
Design 02 03,38%
Design gráfico 03 05,08%
Design industrial 01 01,69%
Design de jogos 01 01,69%
Design de moda 01 01,69%
Gastronomia 02 03,38%
Jornalismo 01 01,69%
Publicidade e propaganda 03 05,08%
Marketing 01 01,69%
Administração 01 01,69%
Comercio exterior 02 03,38%
Relações internacionais 01 01,69%
Logística 01 01,69%
Total 59 100%
25

Obs.: Deve-se salientar que, 20 alunos afirmaram estar indecisos em relação a


sua escolha profissional, porém, uma parte dos alunos está indecisa entre duas
profissões ou mais, sendo assim, foram consideradas todas as profissões em
que cada um destes alunos está indeciso, totalizando 59 profissões. Se
considerarmos o total de questionários que tiveram esta questão respondida
(20), então os valores percentuais serão: 01 = 05,00%; 02 = 10,00%; 03 =
15,00% e, 04 = 20,00%.

Observa-se, por esta tabela que, as profissões divergem em relação às


suas áreas, porém, as profissões que predominaram aparecendo mais vezes
na lista de profissões dos alunos da amostra foram arquitetura e direito. Vale
ressaltar que somente um aluno afirmou não ter idéia de qual profissão
escolher, sendo que, em questão anterior (tabela 07) dois alunos haviam
afirmado não ter optado por uma profissão.
Mais uma vez é possível observar que, as profissões predominantes
nesta amostra são aquelas que necessitam da realização de um curso
superior. Em estudo realizado por Sparta e Gomes (2005), os alunos das
escolas particulares também indicaram com maior freqüência a alternativa do
vestibular, e em contraste, os alunos das escolas públicas indicaram com maior
freqüência as alternativas: curso pré-vestibular, curso profissionalizante e
ingresso no mercado de trabalho.
Estes dados podem ser explicados através da valorização das
profissões de nível superior e pela desvalorização por outras formas de
atuação que ocorre atualmente na sociedade brasileira. Ainda de acordo com
Sparta e Gomes (2005), as influências marcantes de escolha profissional
acabam se reduzindo ao papel histórico do ensino médio como preparatório
para a educação superior, à desvalorização da educação profissional como
alternativa de estudo para a população carente ou para quem não tem
interesse no ensino superior, e a percepção da educação superior como
alternativa de profissionalização de maior status social.
26

4.2.4 Nível de Segurança

Tabela 10: Distribuição dos alunos por nível de segurança em relação à sua
escolha profissional.

Em relação à escolha profissional Nº %


Seguro 23 53,48%
Inseguro 19 44,18%
Ainda não pensou no assunto 01 02,32%
Total 43 100%

Através desta tabela é possível observar que, a maioria dos alunos se


considera seguro em relação a sua escolha profissional, considerando que,
estes mesmos alunos já haviam afirmado anteriormente ter escolhido sua
profissão.
Em questão anterior (tabela 07), 23 alunos afirmaram já ter escolhido
sua profissão, nesta tabela, estes 23 alunos mantém sua decisão profissional
sentindo-se seguros em relação a ela; dezoito alunos haviam afirmado estar
indecisos em relação à sua escolha e dois alunos afirmaram não ter escolhido
uma profissão, porém na questão que a tabela acima aborda, apenas um aluno
afirmou que ainda não pensou sobre o assunto, e dezenove afirmaram
sentirem-se inseguros.
Kimmel e Weiner (1998, apud SARRIERA et al, 2001 p. 28) afirmam
que o jovem desenvolve normativamente sua identidade quando toma decisões
ocupacionais de maneira mais racional e sistemática, que são marcadas pela
exploração vocacional e autoconfiança. De acordo com estes autores, à
medida que os jovens têm oportunidades, eles reduzem gradualmente sua lista
de possibilidades, decidindo por uma profissão que seja do seu interesse e
compatível com as suas aptidões. Entretanto, quanto mais difusa for à
identidade do jovem, mais ele tende a evitar a exploração vocacional por
completo e tomar decisões quanto à sua escolha profissional, caso tome estas
decisões, opta pelo que acredita ser correto ou conveniente, sem reflexões
mais aprofundadas. Sendo assim, para Sarriera (et al 2001), pode-se afirmar
que, o desenvolvimento da identidade pessoal está intimamente ligado à
escolha profissional em conjunto com seus interesses e habilidades.
27

4.2.5 Sentimentos

Tabela 11: Distribuição dos alunos por sentimentos vivenciados em relação a


escolher sua profissão.

Sentimentos Muito Médio Pouco Nenhum Total


relacionados à
escolha
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
Insegurança 03 02,56% 06 04,80% 06 06,59% 01 02,70% 16 04,32%
Segurança 10 08,54% 11 08,80% 04 04,39% - - 25 06,75%
Imaturidade 01 00,85% 01 00,80% 02 02,19% 02 05,40% 06 01,62%
Maturidade 11 09,40% 20 16,00% 04 04,39% - - 35 09,45%
Indecisão 06 05,12% 05 04,00% 05 05,49% 01 02,70% 17 04,60%
Decisão 13 11,11% 06 04,80% 05 05,49% - - 24 06,50%
Despreparo 02 01,70% 04 03,20% 02 02,19% 05 13,51% 13 03,51%
Preparo 04 03,41% 15 12,00% 09 09,89% - - 28 07,56%
Nervosismo 04 03,41% 04 03,20% 11 12,08% 04 10,81% 23 06,21%
Despreocupação 04 03,41% 06 04,80% 08 08,79% - - 18 04,86%
Conflito 02 01,70% 02 01,60% 02 02,19% 08 21,62% 14 03,80%
Clareza 07 05,98% 12 09,60% 09 09,89% - - 28 07,56%
Sofrimento - - 01 00,80% - - 08 21,62% 09 02,43%
Prazer 19 16,23% 07 05,60% 06 06,59% - - 32 08,64%
Incapacidade - - - - 03 03,29% 05 13,51% 08 02,16%
Capacidade 17 14,52% 10 08,00% 06 06,59% - - 33 08,91%
Ansiedade 06 05,12% 07 05,60% 04 04,39% 03 08,10% 20 05,40%
Tranquilidade 08 06,83% 08 06,40% 05 05,49% - - 21 05,67%
Total 117 100% 125 100% 91 100% 37 100% 370 100%

Obs.: Foram utilizados 41 questionários, pois dois tiveram esta questão


respondida incorretamente. Se considerarmos o total de questionários
respondidos (41), então os valores percentuais para as opções muito, médio,
pouco e nenhum, serão: 01 = 2,43%; 02 = 4,87%; 03 = 7,31%; 04 = 9,75%; 05
= 12,19%; 06 = 14,63%; 07 = 17,07%; 08 = 19,51%; 09 = 21,95%; 10 =
24,39%; 11 = 26,82%; 12 = 29,26%; 13 = 31,70%; 15 = 36,58%; 17 = 41,46%
e, 19 = 46,34%.
28

4.2.5.1 Sentimentos Negativos

Tabela 11.1: Distribuição dos alunos por sentimentos negativos vivenciados em


relação a escolher sua profissão.

Sentimentos
negativos Muito Médio Pouco Nenhum Total
relacionados
à escolha
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
Insegurança 03 12,50% 06 20,00% 06 17,14% 01 02,70% 16 12,70%
Imaturidade 01 04,16% 01 03,33% 02 05,71% 02 05,40% 06 04,76%
Indecisão 06 25,00% 05 16,66% 05 14,30% 01 02,70% 17 13,49%
Despreparo 02 08,33% 04 13,33% 02 05,71% 05 13,51% 13 10,31%
Nervosismo 04 16,66% 04 13,33% 11 31,42% 04 10,81% 23 18,25%
Conflito 02 08,33% 02 06,66% 02 05,71% 08 21,62% 14 11,11%
Sofrimento - - 01 03,33% - - 08 21,62% 09 07,14%
Incapacidade - - - - 03 08,57% 05 13,51% 08 06,34%
Ansiedade 06 25,00% 07 23,33% 04 11,42% 03 08,10% 20 15,87%
Total 24 100% 30 100% 35 100% 37 100% 126 100%

4.2.5.2 Sentimentos Positivos

Tabela 11.2: Distribuição dos alunos por sentimentos positivos vivenciados em


relação a escolher sua profissão.

Sentimentos
positivos Muito Médio Pouco Nenhum Total
relacionados à
escolha
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
Segurança 10 10,75% 11 11,60% 04 07,14% - - 25 10,24%
Maturidade 11 11,82% 20 21,05% 04 07,14% - - 35 14,34%
Decisão 13 14,00% 06 06,31% 05 08,92% - - 24 09,83%
Preparo 04 04,30% 15 15,80% 09 16,10% - - 28 11,47%
Despreocupação 04 04,30% 06 06,31% 08 14,28% - - 18 07,37%
Clareza 07 07,52% 12 12,63% 09 16,07% - - 28 11,50%
Prazer 19 20,43% 07 07,36% 06 10,71% - - 32 13,11%
Capacidade 17 18,27% 10 10,52% 06 10,71% - - 33 13,52%
Tranquilidade 08 08,60% 08 08,42% 05 08,92% - - 21 08,60%
Total 93 100% 95 100% 56 100% - - 244 100%
29

Por estas tabelas (11; 11.1 e 11.2) é possível observar que, a maioria
dos alunos considera que têm certo grau de maturidade para fazer sua escolha
profissional, pois este foi o sentimento mais apontado dentre todos. Pode-se
observar também que, grande parte dos alunos afirma sentir prazer e ter
capacidade para fazer sua escolha profissional, sendo que, o sentimento
negativo que predomina é o nervosismo, apontado por 23 alunos. Contudo, a
maioria dos alunos (37) afirma não sentir nenhum dos sentimentos negativos.
É necessário salientar que, para os sentimentos positivos, todos os
alunos apontaram muito, médio ou pouco, nenhum deles apontou a opção
nenhum para estes sentimentos, sendo assim, pode-se entender que, a maioria
considera seu processo de escolha profissional de forma não angustiante.
Porém, deve-se considerar a possibilidade de, os adolescentes estarem
mascarando seus reais sentimentos em relação ao processo de escolha
profissional, dando respostas ideais (sentimentos que eles gostariam de estar
sentindo), um exemplo deste fato é que, nesta tabela aumentou o número de
alunos que se considera seguro e decidido neste momento de escolha
profissional em comparação a tabela anterior (tabela 10).
Estudos de Neiva (2003) e Neiva (et al 2005), mostraram que as
meninas apresentam maior responsabilidade para/com a escolha profissional
do que os meninos. Sendo que os alunos da escola particular mostram-se mais
maduros para a escolha profissional do que os de escola pública, tal resultado
pode estar associado ao fato de que as escolas particulares brasileiras
apresentam um nível de ensino superior ao das escolas públicas e são
frequentadas por alunos com nível socioeconômico e cultural mais alto, com
isso, os estudantes de escolas particulares teriam mais oportunidades de
discutir sobre suas escolhas, teriam maior acesso a informação profissional e
maior independência com relação aos fatores socioeconômicos que afetam
esta escolha.
30

4.2.6 Outros Sentimentos

Tabela 12: Distribuição dos alunos por outros sentimentos que estão
vivenciando no processo de escolha profissional.

Outros sentimentos Nº %
Medo de nada dar certo 01 07,69%
Preocupação se haverá campo para atuação 02 15,38%
Preocupação com a remuneração da profissão 02 15,38%
Gosto pela área esportiva 01 07,69%
Preocupação com o futuro profissional 03 23,07%
Medo de decepcionar os pais 01 07,69%
Pressão 01 07,69%
Medo do vestibular 01 07,69%
Medo de se decepcionar com o curso escolhido 01 07,69%
Total 13 100%

Obs.: Deve-se esclarecer que, somente 11 alunos responderam esta questão,


porém, uma parte dos alunos apresentou mais do que um sentimento, sendo
assim, foram considerados todos os sentimentos citados por cada um destes
alunos, totalizando 13 sentimentos. Se considerarmos o total de questionários
que tiveram esta questão respondida (11), então os valores percentuais serão:
01 = 09,09%; 02 = 18,18% e, 03 = 27,27%.

Por esta tabela, observa-se que alguns dos alunos compartilham do


mesmo sentimento, preocupando-se com a remuneração da profissão, se
haverá campo para atuação e, predominando a preocupação com seu futuro
profissional, considerando que, estar preocupado com o futuro profissional
pode ser interpretado de forma ampla, podendo abranger também a
preocupação com a remuneração e com o campo de atuação.
Outros sentimentos que apareceram correspondem ao medo do
vestibular, medo de decepcionar os pais e preocupação com o campo de
atuação. De acordo com D’Avila e Soares (2003), quanto ao medo do
vestibular, um motivo de angústia no vestibular está relacionado, às escolhas.
Ao estar escolhendo um curso universitário, deixam-se de lado todos os outros
cursos e o luto desta perda precisa ser elaborado pelo jovem. Segundo estas
autoras, muitas vezes o jovem é reprovado no Vestibular, por não ser o curso
31

que realmente gostaria de ter escolhido, e o fez por pressão familiar e social. E
quanto ao medo de decepcionar os pais, estas autoras acreditam que, a
expectativa e o projeto de vida dos pais sobre a vida dos filhos é motivo de
angústia e ansiedade, sendo que alguns pais podem apresentar dificuldades de
perceber a autonomia dos filhos em relação às suas escolhas.

4.2.7 Nível de Informação

Tabela 13: Distribuição dos alunos por nível de informação em relação à


profissão escolhida.

Nível de informação Nº %
Bem informado 20 46,51%
Nada informado 03 06,97%
Tenho alguma idéia 20 46,51%
Total 43 100%

Verifica-se através desta tabela que, a maior parte da amostra está


dividida entre bem informado e tenho alguma idéia, sendo que somente três
alunos afirmam não ter nenhuma informação.
Vale ressaltar que, em perguntas anteriores (tabela 07), 23 alunos
afirmaram ter escolhido sua profissão e estarem seguros (tabela 10) em
relação a sua escolha, já nesta tabela vemos que apenas 20 estudantes
apontaram estar bem informados quanto à profissão escolhida, ou seja, três
dos alunos que afirmaram ter escolhido sua profissão e estarem seguros com
ela consideram-se nada informados ou têm alguma idéia sobre a profissão.
32

4.2.8 Meios de informação

Tabela 14: Distribuição dos alunos por meios utilizados em busca de


informação profissional.

Meios de informação Muito Pouco Nenhuma


utilizados
Nº % Nº % Nº %
Serviço de Orientação 12 05,97% 20 12,50% 11 15,94%
Profissional
Visita à Universidade 17 08,45% 16 10,00% 10 14,49%
Informação de 12 05,97% 20 12,50% 11 15,94%
profissionais de seu
colégio
Conversas com amigos 24 11,94% 15 09,37% 04 05,79%
Conversas com seus pais 33 16,41% 07 04,37% 03 04,34%
Conversas com outros 21 10,44% 17 10,62% 05 07,24%
familiares
Outros profissionais que 19 09,45% 15 09,37% 09 13,04%
você admira
Outras pessoas 15 07,46% 21 13,12% 07 10,14%
Mídia (TV, revistas) 21 10,44% 15 09,37% 07 10,14%
Internet 27 13,43% 14 08,75% 02 02,89%
Total 201 100% 160 100% 69 100%

Obs.: Todos os alunos responderam esta questão, totalizando 43 questionários


Se considerarmos o total de questionários respondidos (43), então os valores
percentuais para as opções muito, pouco e nenhuma, serão: 02 = 4,65%; 03 =
6,97%; 04 = 9,30%; 05 = 11,62%; 07 = 16,27%; 09 = 20,93%; 10 = 23,25%; 11
= 25,58%; 12 = 27,90%; 14 = 32,55%; 15 = 34,88%; 16 = 37,20%; 17 =
39,53%; 19 = 44,18%; 20 = 46,51%; 21 = 48,83%; 24 = 55,81%; 27 = 62,79%
e, 33 = 76,74%.

Observa-se nesta tabela que, a maioria dos alunos conversa com seus
pais, ou com outras pessoas para buscar informação sobre as profissões.
Também é possível observar que, a maioria dos alunos apontou as opções
muito ou pouco para os meios de informação, sendo que a minoria afirmou não
utilizar alguns dos meios de informação apontados.
33

Dezessete alunos apontaram que utilizam muito à visita a universidade


como meio de informação, porém é necessário salientar que, uma das escolas
pesquisadas tem sua instalação dentro do campus universitário, ou seja, estes
alunos têm contato diário com a universidade, porém somente isto não
caracteriza um bom grau de informação sobre os cursos oferecidos, formas de
ingresso, etc.
A maioria dos estudantes afirmou utilizar a conversa com pais,
familiares, amigos e profissionais como meio de informação profissional. Para
Pereira e Garcia (2007), os adolescentes procuram seus pares para
compartilhar experiências novas, ao passo que sua família continua a ser um
porto seguro para o apoio estrutural que precisam para explorar o mundo novo
que se apresenta a eles, em estudo realizado por estes autores a maioria dos
estudantes considerou importante conversar com os amigos sobre escolha
profissional, por razões como: trocar informações sobre profissões, cursos e
universidades, e auxiliar a pensar sobre a própria escolha profissional.
A mídia e a internet também aparecem como muito utilizadas pela
maioria dos estudantes, é valido lembrar que, estes estudantes sendo de
escolas particulares de ensino, provavelmente têm um nível socioeconômico
maior e, portanto possuem maior acessibilidade a estes meios, porém, é
necessário lembrar que estes meios de informação utilizam propagandas para
envolver o público alvo e os instigar a “comprar seu produto”, ou seja, estes
meios somente serão efetivos para informação profissional se forem utilizados
em uma pesquisa mais aprofundada e detalhada, buscando o maior número de
informação.
34

4.2.9 Internet

Tabela 15: Distribuição dos alunos por como utilizam a internet.

Uso da internet Muito Pouco Nenhuma

Nº % Nº % Nº %
Sites de relacionamento 31 22,96% 11 06,28% 01 02,94%
(orkut, msn, twitter...)
Sites de orientação 04 02,96% 29 16,57% 10 29,41%
profissional
Informação sobre 17 12,59% 22 12,57% 04 11,76%
profissões
Informação sobre o 08 05,92% 28 16,00% 07 20,58%
mercado de trabalho
Informação sobre 15 11,11% 25 14,28% 03 08,82%
universidades
Informação sobre 19 14,07% 21 12,00% 03 08,82%
cursos universitários
Informação sobre o 14 10,37% 27 15,42% 02 05,88%
vestibular
Outros sites 27 20% 12 06,85% 04 11,76%
Total 135 100% 175 100% 34 100%

Obs.: Todos os alunos responderam esta questão, totalizando 43 questionários


Se considerarmos o total de questionários respondidos (43), então os valores
percentuais para as opções muito, pouco e nenhuma, serão: 01 = 2,32%; 02 =
4,65%; 03 = 6,97%; 04 = 9,30%; 07 = 16,27%; 08 = 18,60%; 10 = 23,25%; 11 =
25,58%; 12 = 27,90%; 14 = 32,55%; 15 = 34,88%; 17 = 39,53%; 19 = 44,18%;
21 = 48,83%; 22 = 51,16%; 25 = 58,13%; 27 = 62,79%; 28 = 65,11%; 29 =
67,44% e, 31 = 72,09%.

Por esta tabela pode-se afirmar que, a maioria dos alunos aponta que
usa pouco a ferramenta internet para assuntos relacionados à escolha
profissional, sendo que um grande número de alunos afirma utilizar muito a
internet para sites de relacionamento e outros sites.
Pode-se observar que, também pela internet os adolescentes buscam
interação com seus companheiros e a maioria deles, usa pouco a internet para
questões relacionadas a sua escolha profissional.
35

Segundo dados do IBGE (2005), o Brasil alcançava o número de


5.619.345 acessos à internet por pessoas com dez anos ou mais anos de
idade, sendo que somente na região sul o número chegava a 989.758. Destes
usuários de todo Brasil, somente 2.123.396 e 334.980 na região sul utilizavam
a ferramenta internet para buscar informação.
Considerando que estes alunos estudam em instituições de ensino
particular, pode-se supor que a maioria deles tem fácil acesso a ferramenta
internet para buscar informações referentes à sua escolha profissional, porém,
como é possível observar na tabela acima, a maioria dos alunos da amostra
utiliza pouco a internet para sites relacionados a esta questão.
36

4.2.10 Aspectos contribuintes para a Dificuldade

Tabela 16: Distribuição dos alunos por aspectos contribuintes com a dificuldade
da amostra em escolher uma profissão.

Aspectos contribuintes
para a dificuldade em Muito Pouco Nenhuma
escolher uma profissão

Nº % Nº % Nº %
Falta de informação 11 08,46% 23 16,19% 09 07,82%
sobre profissões e
cursos
Alta concorrência no 17 13,07% 15 10,56% 11 09,56%
vestibular
Matérias exigidas no 15 11,53% 23 16,19% 05 04,34%
vestibular
Medo de reprovar no 15 11,53% 19 13,38% 09 07,82%
vestibular
Medo de decepcionar a 13 10,00% 12 08,45% 18 15,65%
família
Medo de não fazer a 27 20,76% 08 05,63% 08 06,95%
escolha certa
Mercado de trabalho 18 13,84% 15 10,56% 10 08,69%
restrito
Não saber quais são 11 08,46% 15 10,56% 17 14,78%
seus interesses e
aptidões
Falta de maturidade 03 02,30% 12 08,45% 28 24,34%
nesta fase da sua vida
Total 130 100% 142 100% 115 100%
Obs.: Todos os alunos responderam esta questão, totalizando 43 questionários
Se considerarmos o total de questionários respondidos (43), então os valores
percentuais para as opções muito, pouco e nenhuma, serão: 03 = 6,97%; 05 =
11,62%; 08 = 18,60%; 09 = 20,93%; 10 = 23,25%; 11 = 25,58%; 12 = 27,90%;
13 = 30,23%; 15 = 34,88%; 17 = 39,53%; 17 = 39,53%; 18 = 41,86%; 19 =
44,18%; 23 = 53,48%; 27 = 62,79% e, 28 = 65,11%.

É possível observar por esta tabela que, de modo geral, os alunos


apresentam o medo de não fazer a escolha certa por uma profissão como o
aspecto que mais contribui para a dificuldade no processo de escolha
profissional.
37

Nesta tabela novamente vemos que o medo relacionado ao vestibular é


bastante vivenciado pelos alunos desta amostra. De acordo com D’Avila e
Soares (2003), na UFSC, os dados apresentados no Relatório do Vestibular
1996 e no Relatório Oficial Vestibular 2002 (Coperve, 1996; 2002) revelam que
o número de vagas oferecidas em 1970, o qual era de 1200 vagas, não
aumentou de maneira proporcional ao número de inscritos – no ano de 2002, o
número de vagas oferecidas foi de 3802, então para estes autores, fica claro
que o vestibular não se configura apenas como um instrumento de seleção,
mas também de exclusão.

4.2.11 Outros Aspectos contribuintes para a Dificuldade

Tabela 17: Distribuição dos alunos por outros aspectos não citados
anteriormente que contribuem com a dificuldade da amostra em escolher uma
profissão.

Outros aspectos contribuintes para a dificuldade em


escolher uma profissão Nº %

Não poder pagar o curso superior escolhido 01 07,69%


Remuneração das áreas 03 23,07%
Estilo de vida profissional 01 07,69%
Mercado de trabalho restrito 01 07,69%
Insegurança sobre futuro profissional 02 15,38%
Muita burocracia para alcançar cargo na área escolhida 01 07,69%
Dúvida ou medo em fazer a escolha errada 01 07,69%
Campo de atuação profissional 01 07,69%
Distancia da Universidade que oferece os cursos 01 07,69%
escolhidos
Ter 18 anos completos 01 07,69%
Total 13 100%

Obs.: Deve-se esclarecer que, somente 10 alunos responderam esta questão,


porém, uma parte dos alunos apresentou mais do que um aspecto, sendo
assim, foram considerados todos os aspectos citados por cada um destes
alunos, totalizando 13 aspectos. Se considerarmos o total de questionários que
38

tiveram esta questão respondida (10), então os valores percentuais serão: 01 =


10%; 02 = 20% e, 03 = 30%.

É possível observar por esta tabela que, alguns alunos citam os


mesmos aspectos contribuintes com a dificuldade em escolher uma profissão,
sendo considerado por estes alunos o mercado de trabalho restrito e
predominantemente a remuneração das áreas.
A preocupação destes estudantes em relação ao mercado de trabalho
restrito é realista pois, para Lemos (2001), a crescente informatização e
robotização das industrias vem substituindo o trabalho braçal ou mecânico que
anteriormente era realizado pelo homem, gerando assim, o desaparecimento
estrutural de alguns empregos e, no âmbito do trabalho, o emprego tradicional
que oferecia carga horária definida e delimitação clara de funções cede cada
vez mais lugar ao trabalho em projetos específicos e temporários, realizados
por equipes multiprofissionais. Já a preocupação com a remuneração das
áreas, pode-se analisar através de nossa cultura capitalista, onde a hierarquia
se forma a partir de quem possui mais.
39

4.2.12 Futuro Profissional

Tabela 18: Distribuição dos alunos referente ao que cada aluno da amostra
espera do seu futuro profissional.

O que espera do seu futuro profissional Nº %


Área de trabalho ampla/oportunidades 02 02,00%
Sucesso 26 26,00%
Bastante trabalho 01 01,00%
Boa retribuição 01 01,00%
Esforço e dedicação para alcançar recompensas 04 04,00%
Alcançar objetivos e metas 02 02,00%
Satisfazer desejos 02 02,00%
Se formar em curso superior 01 01,00%
Fazer especializações/ pós graduação 03 03,00%
Ter próprio negócio 03 03,00%
Fazer a escolha certa/ estar feliz com a escolha feita 18 18,00%
Boa remuneração 07 07,00%
Estar preparado 01 01,00%
Ser bom profissional/ter um bom futuro profissional 14 14,00%
Conseguir emprego 03 03,00%
Publicar livros 01 01,00%
Participar do atletismo 01 01,00%
Ter reconhecimento 02 02,00%
Ajudar pessoas 02 02,00%
Ter condições para manter uma vida boa 02 02,00%
Estar seguro e estável 01 01,00%
Realizar diferencial 01 01,00%
Ser rico 01 01,00%
Evoluir 01 01,00%
Total 100 100%

Obs.: Foram utilizados 42 questionários, pois um não teve esta questão


respondida, porém, uma parte dos alunos apresentou mais do que um “desejo”
para o futuro profissional, sendo assim, foram considerados todos os “desejos”
citados por cada um destes alunos, totalizando 100 “desejos”. Se
considerarmos o total de questionários que tiveram esta questão respondida
(42), então os valores percentuais serão: 01 = 02,38%; 02 = 04,76%; 03 =
07,14%; 04 = 09,52%; 07 = 16,66%; 14 = 33,33%; 18 = 42,85% e, 26 =
61,90%.
40

De forma geral, é possível observar que a maior parte dos alunos


espera obter sucesso na profissão escolhida, considerando também que, uma
grande parte dos alunos também espera acertar na escolha e ser feliz com sua
profissão.
É notável a preocupação dos alunos da amostra em fazer a escolha
profissional certa hoje, para ter sucesso no futuro, sucesso este que tem
sentido abrangente, podendo ser compreendido como resultado da soma da
maioria dos outros desejos citados pelos estudantes.
Para Lobatto e Koller (2003), a realização profissional nos capacita
como adultos, cumprindo as tarefas desta faixa etária e nos tornando membros
ativos e produtivos na sociedade, capazes de gerar bens, sustentar nossos
dependentes e participar ativamente da sociedade, estes autores acreditam
que, é através do trabalho que colocamos em prática o que temos de melhor e
de mais criativo.
41

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dados levantados pela pesquisa demonstram que o ingresso na


educação superior é valorizado como alternativa principal de escolha para os
estudantes que chegam ao final do Ensino Médio na rede particular. Os
estudantes pesquisados indicaram que, o que mais dificulta a realização da
escolha profissional é o medo de não fazer a escolha certa e os medos
relacionados ao vestibular (alta concorrência no vestibular, matérias exigidas e
medo de reprovar no vestibular). Em estudo realizado por D’Avila e Soares
(2003), é possível observar que, também, o medo de reprovação, o excessivo
número de matérias para estudar e o elevado número de candidatos por vaga
gera ansiedade nos vestibulandos, ansiedade esta que pode ser manifestada
através de dificuldade de concentração, inquietação, dores de cabeça e dores
musculares e tonturas.
Considerando que o ingresso na universidade através do vestibular
vem sofrendo mudanças, (agregando também a nota do Exame Nacional do
Ensino Médio – ENEM), é necessário que os alunos compreendam como estas
mudanças estão ocorrendo e sintam-se mais preparados para que sua
ansiedade relacionada ao ingresso na universidade seja diminuída, para tanto,
propõe-se aos estudantes que se inscrevam e participem como “treineiros” de
um vestibular, ou seja, realizar o vestibular antes de fazer sua escolha
profissional propriamente dita, para que se familiarizem com o processo.
Embora a maior parte da amostra ter respondido que já escolheu sua
profissão, um número significativo indicou estar indeciso ou inseguro quanto a
sua escolha profissional. Esta condição pode estar relacionada à falta de
informação profissional dos estudantes da amostra, pois praticamente metade
destes, indicou ter somente uma idéia sobre as profissões. É necessário que,
para sanar dúvidas, estes adolescentes entrem em contato com o maior
número de informações seguras e reais sobre o ensino superior, sobre o
movimento do mercado de trabalho e aprendam a se perceber para esclarecer
suas próprias aptidões, para tanto, um trabalho de orientação profissional é
indicado, podendo ser realizado por profissionais habilitados nas próprias
escolas pesquisadas, destinando um momento para a discussão e reflexão
destas questões.
42

Em relação aos sentimentos vivenciados neste processo de escolha, a


maioria dos estudantes pesquisados apontou sentimentos positivos, sendo que
a maioria indicou sentir prazer neste processo de escolha profissional, estar
decidido, maduro, capacitado e tranqüilo em relação a sua escolha, como
abordado anteriormente, percebe-se certa contradição entre as respostas o
que pode-se considerar a possibilidade de, os adolescentes estarem
mascarando seus reais sentimentos em relação ao processo de escolha, dando
respostas ideais indicando sentimentos que eles gostariam de estar sentindo e
não os que estão sentindo realmente. É necessário que estes alunos
encontrem espaços, oportunidades para conversarem e refletirem sobre estas
questões, não só na escola, como também em casa, com seus familiares, é de
grande valia que discutam e reflitam sobre os sentimentos dos jovens, pois
assim, estes se sentirão amparados neste momento e poderão encarar seus
conflitos e medos com maior repertório de estratégias de enfrentamento.
No que diz respeito aos meios de informação utilizados na busca de
informação relacionada à escolha profissional, os estudantes apontaram utilizar
prioritariamente a conversa informal com os pais, amigos e a internet. Em
estudo realizado por Pereira e Garcia (2007), autores afirmam que se pode
supor que, a participação dos amigos seja mais no sentido de uma cooperação
entre similares em busca de um alvo ou objetivo profissional, enquanto a
determinação da natureza deste alvo sofra uma influência maior de pessoas
em posição hierarquicamente superior (quanto ao estágio de desenvolvimento
profissional), como é o caso de pais e professores.
Em relação à utilização da internet, a maioria dos estudantes da
amostra indicou usar esta ferramenta principalmente para sites de
relacionamento, com isso pode-se comparar novamente com o estudo
realizado por Pereira e Garcia (2007), pois fica evidente a busca de apoio do
jovem em amigos e companheiros. Para estes autores na escolha profissional
atuam tanto a influência (mais dos adultos), quanto à cooperação (mais dos
amigos), e estes são processos que se afetam mutuamente. Porém, o acesso a
internet poderia ser mais bem aproveitado pelos estudantes em relação à
busca de informação de sua escolha profissional, considerando que este é um
meio de informação bastante abrangente e rápido. É valido instruir aos alunos
43

sites e endereços confiáveis para que procurem informações pertinentes à sua


escolha profissional.
Sobre o que esperam de seu futuro profissional, a grande parte dos
estudantes apontou desejar obter sucesso e realização profissional com a
escolha feita. Como dito anteriormente, pode-se compreender obter sucesso
em um sentido abrangente, de forma a ser o resultado da soma da maioria dos
outros desejos citados pelos estudantes. Para Lobato e Koller (2009), escolher
o que queremos ser no futuro implica reconhecer quem fomos, quem somos e
que influências sofremos desde a infância. O que esperamos para o futuro está
carregado de afetos, esperanças, medos e inseguranças, não somente da
própria pessoa, mas, também, de todos aqueles que os rodeiam.
Quanto ao papel da escola no processo de escolha profissional de
adolescentes, Silva e Treichel (2006), acreditam que, a escola é um centro de
respostas para as crianças e jovens que buscam saídas para seus conflitos
pessoais e familiares, sendo assim, a escola precisa proporcionar outra visão
de mundo para que os alunos possam ter discernimento das diversas situações
e aprendam a lidar com as escolhas que terão que fazer durante toda a vida.
Estes autores afirmam que no Brasil, pouco é feito no sentido de orientar os
jovens para um futuro profissional, e que apenas 1% dos jovens brasileiros têm
acesso a programas de orientação profissional; muitos desconhecem o assunto
ou não têm acesso aos programas que não são divulgados.
Os resultados obtidos por esta pesquisa mostram que, apesar das
escolas pesquisadas serem de ensino particular, estas não prepararam os seus
alunos para uma escolha profissional consciente e plena. Para que esta
escolha profissional consciente seja alcançada, é necessário que a escola
tenha papel atuante formando cidadãos conscientes quanto as suas escolhas.
O trabalho dos educadores e orientadores educacionais deve estar voltado
para o desenvolvimento pessoal, ensinando os alunos a descobrirem a
diversidade de profissões e suas características e a aprenderem a se identificar
com as situações que lidarão futuramente na profissão escolhida. Silva e
Treichel (2006), apontam um planejamento de atividades escolares diversas no
decorrer do ano letivo para despertar o interesse dos estudantes pelas
profissões e prepará-los para a futura escolha profissional como, por exemplo,
os estudantes poderem participar na construção de murais sobre profissões,
44

fazer passeios escolares planejados para conhecimento de um profissional ou


uma área específica, além de fazer dinâmicas de grupo, teatro, apresentações
e livros que os próprios alunos podem construir baseando-se nas pesquisas
sobre as profissões.
A escola também pode oferecer a seus alunos ciclos de palestras com
diferentes profissionais, visitas a empresas e universidades, considerando que,
as universidades exercem papel importante e, em parceria com as escolas,
podem propiciar espaço para os alunos em seus laboratórios de informática, a
fim de mediar à interação profissional. Com maior proximidade da universidade,
os alunos poderão conhecer melhor a diversidade de profissões e as diferentes
modalidades de ensino, além das diferentes formas de ingresso (ENEM,
vestibular, processo seletivo, etc.), bem como poderão conhecer e acompanhar
o novo cenário do mercado de trabalho.
Em suma, pode-se concluir que os resultados obtidos neste estudo
evidenciam um processo de escolha profissional vivenciado de forma
complexa, demonstrando que os estudantes pesquisados têm muitas dúvidas,
indecisão relacionada a escolha do curso superior e relacionadas as
expectativas em relação ao seu futuro profissional, sendo assim, é válida e
proposta a possibilidade de intervenção do orientador profissional com
qualidade técnica e científica também no âmbito escolar.
Propõe-se que sejam realizadas intervenções por meio da orientação
profissional para os vestibulandos com o objetivo de trabalhar as questões de
ansiedade e da escolha propriamente dita.
Faz-se necessário esclarecer a respeito das dificuldades encontradas
para a realização desta pesquisa. Primeiramente, objetivava-se pesquisar
somente uma escola da rede particular de ensino, alcançando em média 60
estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, porém, devido à falta de retorno
de grande parte dos termos de consentimento livre e esclarecido aos pais
(apêndice III), somente treze estudantes puderam participar da pesquisa, com
isso, fez-se necessária a busca por outra instituição da rede particular de
ensino que tivesse interesse em participar.
Contudo, sugere-se que outras pesquisas que englobem a temática
proposta por esta ou similares sejam realizadas com um maior número de
estudantes, aprofundando também a questão da utilização da ferramenta
45

internet como meio de informação profissional, por ser um meio em rápida


expansão e de cada vez mais fácil acesso e, seria interessante também,
realizar pesquisas similares em escolas da rede pública de ensino desta região
para que se possa traçar um comparativo entre estas pesquisas relacionando-
as a diferenças e semelhanças na vivencia do processo de escolha.
Por fim, entende-se o processo de escolha da profissão como um
processo complexo, que considera sempre a família, a escola e a sociedade
como agentes implicadores neste processo, pois são segmentos que podem
estruturar e determinar a posição do adolescente na vida.
46

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51

7 APÊNDICES

Apêndice I – INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS

O Curso de Psicologia da UNIVALI, por meio de Trabalho de Conclusão de


Curso, está pesquisando sobre: “O processo de escolha profissional vivenciado por
estudantes do Ensino Médio da rede particular de ensino”.
Gostaria de poder contar com a sua colaboração, respondendo às questões
deste questionário que dispensa a sua assinatura.

1. Dados de Identificação:

• Idade:________________________________________________________
• Sexo: ( )Feminino ( )Masculino
• Turno que estuda: ( ) Matutino ( )Vespertino ( )Noturno
• Já prestou vestibular? ( )Sim ( )Não
• Você trabalha? ( )Sim ( )Não
• Qual a sua ocupação atual?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2. Você já escolheu sua profissão?

( )Sim ( ) Não ( )Indeciso

• Se sua resposta for sim, qual profissão você escolheu?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

• Se sua resposta for não ou indeciso, entre quais profissões você está em
dúvida?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
52

3. Em relação à sua escolha, você considera-se:

( ) Seguro
( ) Inseguro
( ) Ainda não pensou no assunto

4. Quais são os seus sentimentos em relação a este momento de escolha


profissional?

(Assinale com um X o ponto onde você se encontra em cada um dos itens)

muito médio pouco nenhum pouco médio muito

insegurança 3 2 1 0 1 2 3 segurança
imaturidade 3 2 1 0 1 2 3 maturidade
Indecisão 3 2 1 0 1 2 3 decisão
despreparo 3 2 1 0 1 2 3 preparo
nervosismo 3 2 1 0 1 2 3 despreocupação
conflito 3 2 1 0 1 2 3 clareza
sofrimento 3 2 1 0 1 2 3 prazer
incapacidade 3 2 1 0 1 2 3 capacidade
ansiedade 3 2 1 0 1 2 3 tranquilidade

Indique, se houver, outros sentimentos que você vivencia neste processo


de escolha da profissão:

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

5. Você está bem informado sobre a área de atuação e o perfil da


profissão que escolheu ou está pensando em seguir?

( ) Bem informado
( ) Não, nada informado
( )Tenho alguma idéia
53

6. Indique os meios de informação que você utiliza ou utilizou para ajudar


na sua escolha profissional:

Muito Pouco Nenhuma


Serviço de Orientação Profissional
Visita à universidade
Informação de profissionais de seu colégio
Conversas com amigos
Conversas com seus pais
Conversas com outros familiares
Outros profissionais que você admira
Outras pessoas
Mídia (TV, revistas)
Internet

7. Você usa a internet para:

Muito Pouco Nenhuma


Sites de relacionamento (orkut, msn,
twitter...)
Sites de orientação profissional
Informação sobre profissões
Informação sobre o mercado de trabalho
Informação sobre universidades
Informação sobre cursos universitários
Informação sobre o vestibular
Outros sites

8. Indique quais os aspectos que contribuem para a sua dificuldade em


escolher uma profissão:

Muito Pouco Nenhuma


Falta de informação sobre profissões e
cursos
Alta concorrência no vestibular
Matérias exigidas no vestibular
Medo de reprovar no vestibular
Medo de decepcionar a família
Medo de não fazer a escolha certa
Mercado de trabalho restrito
Não saber quais são seus interesses e
aptidões
Falta de maturidade nesta fase da sua vida
54

Indique, se houver, outros aspectos que contribuem para a sua


dificuldade em escolher uma profissão:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

9. O que você espera de seu futuro profissional?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

Muito obrigada!
55

Apêndice II – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO À


ESCOLA

Termo de consentimento livre e esclarecido à Escola

Prezado Senhor (a),

Sou acadêmica do 6º período de Psicologia da Universidade do Vale do Itajaí – Univali.


Estou realizando meu trabalho de conclusão de curso, intitulado “O processo de escolha
profissional vivenciado por estudantes do Ensino Médio da rede particular de ensino”.
Esta pesquisa tem como objetivo analisar como os adolescentes do Ensino Médio da
escola particular vivenciam o processo de escolha profissional.
Pretende-se com a pesquisa, analisar como os adolescentes do Ensino Médio da
escola particular vivenciam o processo de escolha profissional, levantar as dificuldades
encontradas no processo desta escolha, identificar o nível de decisão dos adolescentes
relacionado à opção do curso universitário, verificar os sentimentos vivenciados no processo de
escolha profissional, identificar os meios utilizados para buscar informação, verificar de que
forma a ferramenta internet auxilia neste processo de busca por informações, descrever os
fatores que influenciam os adolescentes no processo de escolha profissional e indicar as
expectativas que os adolescentes têm em relação a esta escolha.
Será procedida uma devolutiva aos participantes da pesquisa (alunos da 3ª série do
Ensino Médio), para que estes tomem contato com os resultados alcançados pela investigação,
favorecendo a ampliação e socialização do conhecimento e a compreensão sobre o tema da
pesquisa.
Tendo conhecimento que a instituição oferece Ensino Médio, solicito o consentimento
para a realização desta pesquisa com os alunos do 3º ano do Ensino Médio.
A coleta de dados será prevista para ser realizada durante o início do mês de agosto
de 2009, sendo previamente agendados o horário e o local, através de contato telefônico ou
correio eletrônico, com a Direção da instituição, responsável pelos alunos do 3º ano do Ensino
Médio e prévia autorização dos pais. Para coleta de dados, será utilizado um questionário,
contendo 07 perguntas fechadas, onde o adolescente responderá as perguntas apenas
assinalando a resposta que desejar, e 03 abertas, que darão ao adolescente liberdade para
expor sua opinião. As questões que serão pesquisadas foram elaboradas pela pesquisadora,
com base nos objetivos da investigação.
A participação nesta pesquisa é voluntária. Os participantes não serão remunerados,
tendo direito de retirar o consentimento a qualquer momento. Garante-se a sigilosidade da
identificação nominal, assim como a segurança de que os resultados serão utilizados somente
para finalidades acadêmicas.
Cabe ressaltar que esta pesquisa será orientada e acompanhada pela MSc. Profª
Cláudia Silva Schead dos Santos Schiessl, sendo ela a pesquisadora responsável.
Solicito, portanto, vossa contribuição para a realização desta pesquisa cientifica, e para
tanto, necessito a autorização desta instituição.

Agradeço a atenção e fico no aguardo de um retorno.

Atenciosamente
______________________________________________________________________
Dayse Pacheco Avila

Nome da Escola________________________________________________________

Assinatura do Responsável________________________________________________
56

Apêndice III – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO AOS


PAIS

Termo de consentimento livre e esclarecimento aos pais

Após ser esclarecido sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do
estudo, assine ao final deste documento, juntamente com a assinatura dos pais ou
responsável.

Título do projeto: O processo de escolha profissional vivenciado por estudantes do


Ensino Médio da rede particular de ensino.
Pesquisadora responsável: Profª. Cláudia Silva Schead dos Santos Schiessl
Telefone para contato: (047) 91876764 schiessl@univali.br
Esta pesquisa constitui um trabalho de conclusão de curso de psicologia da
Universidade do Vale do Itajaí – Univali, intitulada: O processo de escolha profissional
vivenciado por estudantes do Ensino Médio da rede particular de ensino. Esta pesquisa tem
como objetivos, analisar como os adolescentes do Ensino Médio da escola particular vivenciam
o processo de escolha profissional, levantar as dificuldades encontradas no processo desta
escolha, identificar o nível de decisão dos adolescentes relacionado à opção do curso
universitário, verificar os sentimentos vivenciados no processo de escolha profissional,
identificar os meios utilizados para buscar informação, verificar de que forma a ferramenta
internet auxilia neste processo de busca por informações, descrever os fatores que influenciam
os adolescentes no processo de escolha profissional e indicar as expectativas que os
adolescentes têm em relação a esta escolha.
Será procedida uma devolutiva aos participantes da pesquisa, para que estes tomem
contato com os resultados alcançados pela investigação, favorecendo a aplicação e
socialização do conhecimento e a compreensão sobre o tema de pesquisa.
A coleta de dados está prevista para ser realizada durante o mês de agosto de 2009,
sendo previamente agendados o horário e local, por meio de contato telefônico ou correio
eletrônico, com a direção do colégio responsável pelos alunos do ensino médio, e prévia
autorização dos pais. Para coleta de dados será utilizado as pesquisas do tipo quantitativa e
qualitativa; sendo aplicado um questionário com 07 questões fechadas e 03 abertas. Os dados
investigados serão tabulados por meio de distribuição e frequência simples de resposta, que
serão agrupadas a partir dos objetivos da pesquisa e será realizada a análise de conteúdo, que
terá as seguintes etapas: leitura de dados; estabelecimento de categoria e interpretação dos
dados.
A participação nesta pesquisa será voluntária. Os participantes não serão
remunerados, tendo o direito de retirar o consentimento a qualquer momento. Garante-se o
sigilo da identificação nominal, assim como a segurança de que os resultados serão utilizados
somente para finalidades acadêmicas.

Msc.Profª Cláudia Silva Schead dos Santos Schiessl

Assinatura:
____________________________________________________________________________

CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO DO SUJEITO E OU RESPONSÁVEL

Eu,____________________________________, RG__________________________________
CPF___________________________________. Abaixo assinado, concordo em participar do
presente estudo como sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido sobre a pesquisa, os
procedimentos nela envolvidos, e as condições decorrentes da minha participação. Foi me
garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto acarrete
qualquer penalidade.

Local e data: _________________________________________________________________


Nome:_______________________________________________________________________
Assinatura do sujeito ou responsável:______________________________________________
Telefone para contato:__________________________________________________________

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