FACULDADE DE CIÊNCIAS DA BAHIA (FACIBA)

FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPEDICA

REBEKA GONÇALVES SANTOS

EFEITOS FUNCIONAIS DA FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO DA DOR

LOMBAR: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

FEIRA DE SANTANA-BA
2020
 EFEITOS FUNCIONAIS DA FISIOTERAPIA NA REABIITAÇÃO DA DOR
LOMBAR: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

REBEKA GONÇALVES SANTOS1,

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- A dor lombar é um problema que geralmente acometem adultos, causando dor e
desconforto, localizada na região abaixo do rebordo costal e acima da linha glútea superior que pode
ser ou não referida para o membro inferior. A dor lombar é uma das principais causas de
hospitalizações e intervenções médicas trazendo transtorno a saúde relacionado ao trabalho,
incapacitando aos trabalhadores de realizar suas atividades, correspondendo uma das primeiras
causas de pagamento do auxílio-doença e a terceira causa de aposentadoria por invalidez
evidenciando que a lombalgia se tonou um problema epidemiológico. A fisioterapia tem o papel
fundamental agindo em favor da saúde, e suas ações não se restringe apenas na recuperação do
individuo acometido por essa dor, atua de forma preventiva, curativa ou reabilitando e respeitando o
tempo de cada individuo e em como objetivo revisar os efeitos da fisioterapia nos distúrbios
mecânicos causados pela lombalgia e o que ela proporciona a cada individuo. Este trabalho tem
como metodologia um estudo de pesquisa bibliográfica, os artigos foram pesquisados nas seguintes
bases de dados: Pubmed, Scielo, Google acadêmico e foram usados ensaios clínicos disponíveis em
inglês ou português, publicados entre os anos de 2010 e 2020. Em conclusão, neste estudo foram
descritos vários métodos de aplicação com o intuito de avaliar os efeitos funcionais da fisioterapia
para dor lombar, se abordado pelo menos um dos programas em pacientes com lombalgia trouxeram
resultados positivos em pacientes com lombalgia.

PALAVRAS-CHAVE: Reabiitação. Fisioterapia. Lombalgia. Tratamento para lombalgia. Dor lombar.

1
rebeka.agsa@gmail.com
1 INTRODUÇÃO

A dor na região lombar é um problema que geralmente acometem adultos,

causando dor e desconforto, localizada na região abaixo do rebordo costal e acima
da linha glútea superior que pode ser ou não referida para o membro inferior
(ALMEIDA et al, 2017). Os principais fatores de risco da lombalgia estão associados
a idade, sexo, desequilíbrio muscular, índice de massa corporal, condições sócio
econômicas, movimentações posturais incorretas, posturas inadequadas
proveniente do ambiente de trabalho, e forma de execução do trabalho (JUNIOR et
al, 2010).
Na maioria dos casos não é possível definir uma causa especifica para dor
lombar, sendo conhecida com um fenômeno multidimensional que envolve
sofrimento físico e mental e incapacidade funcional, sendo diagnosticada como dor
inespecífica (DESCONSI et al, 2019). Esse diagnostico esta comumente associado
ao sistema musculo esquelético e pode ser proveniente do processo degenerativo
das articulações posteriores, aumento da curvatura da coluna, fraqueza da
musculatura abdominal e assimetria nas facetas articulares lombares (ALMEIDA et
al, 2017).
A lombalgia é uma das principais causas de hospitalizações e intervenções
médicas trazendo transtorno a saúde relacionado ao trabalho, incapacitando aos
trabalhadores de realizar suas atividades (JUNIOR et al, 2010). No Brasil, esta
doença corresponde uma das primeiras causas de pagamento do auxílio-doença e a
terceira causa de aposentadoria por invalidez evidenciando que a lombalgia se
tonou um problema epidemiológico (FERREIRA et al, 2010).
A fisioterapia tem o papel fundamental agindo em prol da saúde, e suas ações
não se restringe apenas na recuperação do individuo acometido por essa dor, atua
de forma preventiva, curativa ou reabilitando e respeitando o tempo de cada
individuo (MAIA et al, 2015). O fisioterapeuta prescreve um programa de exercícios
que ajuda a melhorar as condições de sustentação do corpo onde, a cinesioterapia
atua com exercícios aeróbicos, de inclinação pélvica, exercícios de flexão e
extensão da coluna para o tronco realizado com os membros inferiores, e
alongamentos (ARAUJO et al, 2012).
 O objetivo desse estudo foi revisar os efeitos da fisioterapia nos distúrbios
mecânicos causados pela lombalgia e o que ela proporciona a cada individuo.
Devido o agravamento deste distúrbio os pacientes acabam recorrendo à
fisioterapia para amenizar os incômodos que essa patologia ocasiona. Esse estudo
irá avaliar os prós e contras da fisioterapia para indivíduos que sofrem com dor
lombar. Além disso, irá contribuir para o estudo dessa patologia muito conhecida e
atuação fisioterapêutica.
Este trabalho tem como metodologia um estudo de pesquisa bibliográfica, os
artigos foram pesquisados nas seguintes bases de dados: Pubmed, Scielo, e foram
usados ensaios clínicos disponíveis em inglês ou português, publicados entre os
anos de 2010 e 2020, e as palavras-chave foram utilizadas: Reabilitação,
fisioterapia, lombalgia, tratamento para lombalgia dor lombar.

2 DESENVOLVIMENTO

CASSER (2016) afirma que “a dor lombar define-se como dor nas costas
desde o nível da costela inferior até a prega glútea, com ou sem irradiação para as
pernas. Um episódio de lombalgia é denominado de agudo se surgir pela primeira
vez na vida do paciente ou após um intervalo sem dor de pelo menos seis meses e
não durar mais do que seis semanas”. A dor lombar engloba uma série de
manifestações dolorosas que acontecem na região da coluna vertebral até a região
inferior próximo a prega glútea, é caracterizada como um sintoma de problemas
clínicos diferentes que pode ser desencadeada por inúmeros fatores, e se
encontram em outros pontos causando a dor referida podendo ser reconhecida por
dois tipos, aguda ou crônica.
BHADAURIA (2017) relata que, “a dor lomba é classificada como específica e
inespecífica. Sendo a inespecífica definida como lombalgia que não se atribui a
patologia específica como, por exemplo: infecção, tumor, artrite, fratura,
osteoporose. Pensa-se que, em alguns casos, a causa pode ser uma entorse
estiramento excessivo de um ligamento ou músculo ou um pequeno problema com
um disco”. A dor lombar em 85-90% dos casos é denominada como dor lombar
inespecífica, ou seja não consegue identificar com exatidão uma causa já 10 -15%
os casos tem um fator especifico ou sintomático como artrite reumatoide, tumor,
hérnia de disco.
ARGUISUELAS (2019) Relata que “a Liberação miofascial, envolve a
aplicação de baixa carga e longa duração ao complexo miofascial, é amplamente
utilizado por fisioterapeutas no tratamento da lombalgia. A fáscia é altamente
inervada por mecanorreceptores que respondem à pressão manual, sua estimulação
em outras estruturas espinhais, incluindo os ligamentos posteriores e cápsula da
articulação zigapofisária foi relacionada a mudanças na resposta neuromuscular do
eretor da espinha”. A liberação miofacial é uma técnica muito utilizada por
profissionais da área de saúde como fisioterapeutas com intuito de melhorar a
mobilidade dos músculos e da fáscia a mesma é um membrana que se localiza
abaixo da pele onde se permite o deslizamento dos músculos durante os exercícios.
A fáscia ajuda a exercer efetivamente a contração muscular, permitindo o
deslizamento do mesmo podendo gerar tensões causadas pelas atividades
reduzindo a fricção.

Figura 1. Protocolo de liberação miofascial

Fonte: Efeitos da liberação miofascial na atividade mioelétrica eretora da espinha e

cinemática da coluna lombar em não-específicos com dor lombar crônica: ensaio
controlado randomizado (2019).
 GUASTALA (2016) Comenta que “o isostretching, exercício postural global
preconiza o fortalecimento dos músculos profundos através da contração isométrica,
adquire boa condição física estimula a consciência corporal”. O Isostretching é um
exercício que tem como objetivo o ganho de flexibilidade e fortalecimento do corpo,
através de exercícios adequados, esse método tem o proposito de fortalecer
diferentes grupos musculares que sustentam o corpo, e, contudo desenvolve a
consciência corporal e capacidade respiratória.
GARCIA (2011) argumenta que “os métodos Back School (realizado em
grupo) e Mckenzie (abordagem individual) são opções de terapia ativa, pois utilizam
exercícios específicos para o tratamento da dor lombar, além de informações
teóricas que destinam-se à educação do paciente onde ele seja capaz de entender
melhor sua condição e aprende como modificar sua conduta mediante a sua
condição”. O método Back School visa o treinamento postural para o tratamento de
dor lombar onde transmite informações teórico-educativas, contendo prática de
exercícios terapêuticos para a coluna. O método, Mckenzie avalia e trata da dor na
coluna, pescoço e extremidades, utiliza movimentos direcionadas a reeducação
postural, mobilizações e manipulações articulares, com ajuste se necessário.
Segundo AMORIM (2018) “a fisioterapia aquática é um dos recursos
terapêuticos capazes de gerar alívio da lombalgia. A fisioterapia aquática faz uso da
água como meio e cura. Com o corpo submerso na água o paciente executa
movimentos, onde reduz o estresse articular, diminui o impacto sob as articulações e
o risco de lesões, e ainda ajuda a aumentar a amplitude dos movimentos, auxiliando
a movimentação”. A fisioterapia aquática proporciona um momento relaxante de e
analgesia, alivia o estresse nas as articulações, geradas pela força gravitacional
realizando movimentos que são contraindicados no solo.
KERNC (2018) Argumenta que “a pressão intra-abdominal (IAP) gera um
beneficio na função da coluna lombar com co-ativação dos músculos abdominais
fornecendo estabilidade do tronco e alívio de carga para a coluna lombar”. A
musculatura abdominal atua como suporte da coluna, e as pressões exercidas sobre
os discos lombares e torácicos, diminuíram se os músculos abdominais fossem
trabalhados com o intuito do enrijecimento dos mesmos.
ALFUTH (2016) comprova que “pacientes que tem dor lombar e fazem
contração dos músculos estabilizadores profundos da coluna não diferem daqueles
que não apresentam sintomas. O músculo transverso do abdome se contrai com um
atraso em comparação com indivíduos sem dor”. A contração do transverso do
abdômen ocorre antes de um movimento e independe da direção do movimento
realizado. Porém, o início da contração do mesmo, tem significado lento em
pacientes com dor lombar, sendo necessária maior motivação para iniciar sua
ativação, resultando em um déficit de controle motor e estabilização muscular
ineficaz da coluna vertebral.

Para fornecer estabilização através do segmento lombar, a contração dos

músculos profundos é um fator crítico. As técnicas de respiração que
induzem o transverso abdominal e a contração do diafragma são
implementadas para aumentar os efeitos da estabilização da coluna em
pacientes com dor lombar. A implementação de técnicas de respiração,
como estreitamento abdominal, diafragma e resistência respiratória, auxilia
ativações musculares harmoniosas com outros músculos e afeta a postura e
a estabilização da coluna vertebral ao co-contrair músculos profundos, como
oblíquos abdominais internos, multífidos e pélvicos músculos do assoalho.
(PARK, 2019, p. 1741).

Figura 2. Programa de Exercícios De Estabilização Progressiva

Fonte: Efeitos de um programa de exercícios de estabilização progressiva usando

resistência respiratória para pacientes com instabilidade lombar: um ensaio clínico
randomizado (2019)
 BATISTA (2014) A kinesio Taping (KT) “é um recurso terapêutico em forma de
fita elástica e adesiva desenvolvida para ser maleável a pele humana.
Confeccionada em algodão permitindo uma evaporação rápida fazendo com que
não mude sua efetividade durante sua aplicação. É indicada para diminuir a dor, e
melhorar a circulação linfática, dando apoio aos músculos fragilizados e corrigir
desvios articulares. A KT também diminui a pressão da pele sobre o tecido miofacial,
aumentando fluxo sanguíneo”. A KT tem como objetivo acelerar o processo do
tecido e regenerar, auxiliar na habilitação e reabilitação em qualquer ação motora
recuperando s músculos dos tendões, articulações e ligamentos sem limitações dos
promovendo o funcionamento naturalmente.
3 CONCLUSÃO

Em conclusão, neste estudo foram descritos vários métodos de aplicação com

o intuito de avaliar os efeitos funcionais da fisioterapia para dor lombar, dentre estes
a liberação miofascial, isostretching, métodos Back School e Mckenzie, fisioterapia
aquática, pressão intra-abdominal (IAP), contração dos músculos estabilizadores
profundos da coluna, exercícios de estabilização progressiva e kinesio Taping (KT)
abordado pelo menos um dos programas em pacientes com lombalgia trouxeram
resultados positivos em pacientes com lombalgia.
4 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, D. C.; KRAYCHETE, D. C. Dor lombar – uma abordagem diagnóstica.

São Paulo, Rev Dor. 2017.

JUNIOR, M. H.; GOLDENFUM, M. A.; SIENA, C. Lombalgia ocupacional. Rev

Assoc Med Bras 2010.

DESCONSI, M. B. et al. Tratamento de pacientes com dor lombar crônica

inespecífica por fisioterapeutas: um estudo transversal. Fisioter Pesqui. 2019.

FERREIRA, M. S.; NAVEGA, M. T. Efeitos de um programa de orientação para

adultos com lombalgia. Acta Ortop Bras. 2010.

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ARGUISUELAS, M.D. et al Effects of myofascial release in erector spinae

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isostretching in patients with nonspecific chronic low back pain: a randomized
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GARCIA, A. N. et al Effects of two physical therapy interventions in patients

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PARK, S-H.; LEE, M-M. Effects of a Progressive Stabilization Exercise Program

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Randomized Controlled Trial. Med Sci Monit, 2019.

BATISTA, C. V. et al. Kinesio taping on low back pain: systematic review. São
Paulo, ConScientiae Saúde, 2013.