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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO E ENGENHARIA CIVIL


GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

SÍNDROME DE BURNOUT

GUSTAVO FERREIRA QUINTÃO


STÉPHANIE VIZIBELLI DUTRA QUEIROZ

VARGINHA
OUTUBRO DE 2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3
DEFINIÇÃO E CONCEITO DE SÍNDROME DE BURNOUT 3
CAUSAS E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO BURNOUT 4
PRINCIPAIS SINTOMAS 5
INTERVENÇÕES E TRATAMENTOS PARA LIDAR COM A SÍNDROME DE
BURNOUT 6
CONCLUSÃO 8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8
INTRODUÇÃO

A Síndrome de Burnout é um estado de exaustão física, emocional e mental


resultante do acúmulo prolongado de estresse relacionado ao trabalho.
Caracteriza-se por sentimentos de exaustão, cinismo e ineficácia no ambiente
profissional. O Burnout pode ser causado por uma combinação de fatores, como
carga de trabalho excessiva, pressão constante, falta de controle, falta de
recompensa e falta de suporte social.

Neste trabalho, serão apresentadas as causas, sintomas e estratégias de


prevenção e manejo do Burnout. Nesse contexto, será abordado as diferentes áreas
da vida afetadas pelos sintomas, incluindo os aspectos físicos, emocionais e
cognitivos. Além disso, serão discutidas as intervenções e tratamentos disponíveis,
como terapia cognitivo-comportamental e programas de bem-estar no local de
trabalho.Será enfatizada a importância de reconhecer os sinais precoces do
Burnout, implementar estratégias de prevenção e buscar apoio adequado para
promover a saúde e o bem-estar no ambiente de trabalho.

Ao final deste trabalho, espera-se que os leitores tenham uma compreensão


geral do Burnout e das estratégias disponíveis para lidar com essa síndrome.

DEFINIÇÃO E CONCEITO DE SÍNDROME DE BURNOUT

A Síndrome de Burnout é um estado de exaustão física, emocional e mental


que resulta do acúmulo prolongado de estresse relacionado ao trabalho. Também
conhecida como esgotamento profissional, essa condição é caracterizada por
sentimentos de exaustão, cinismo e ineficácia no ambiente de trabalho.
O termo "burnout" foi cunhado clinicamente pelo psicólogo Herbert
Freudenberger na década de 1970 e está associado a profissionais que
desempenham trabalhos intensos emocionalmente, como profissionais da saúde,
assistentes sociais, professores e bombeiros. Essa síndrome é causada por uma
combinação de fatores, incluindo alta carga de trabalho, pressão constante, falta de
controle sobre o trabalho, falta de recompensa e falta de suporte social.
CAUSAS E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO BURNOUT

O Burnout é resultado de uma combinação de fatores relacionados ao


trabalho e ao ambiente em que ele é realizado. Alguns dos principais causadores e
fatores de risco associados ao Burnout incluem:

1) Carga de trabalho excessiva: altas demandas de trabalho, prazos apertados


e longas horas de trabalho podem sobrecarregar os profissionais, levando ao
esgotamento.
2) Pressão constante: ambientes de trabalho competitivos e com pressão
constante para atingir metas podem contribuir para o desenvolvimento do
Burnout.
3) Falta de controle: a falta de autonomia e controle sobre as tarefas e
decisões relacionadas ao trabalho pode aumentar o estresse e a sensação de
ineficácia.
4) Falta de recompensa: a ausência de reconhecimento, recompensas ou
promoção pelo trabalho realizado pode levar à desmotivação e ao surgimento
da síndrome.
5) Falta de suporte social: a falta de apoio dos colegas de trabalho, dos
superiores e da organização como um todo pode aumentar a sensação de
isolamento e agravar o estresse profissional.
6) Desalinhamento de valores: quando os valores pessoais entram em conflito
com os valores da organização ou com as demandas do trabalho, isso pode
gerar um desgaste emocional significativo.
7) Ambiente de trabalho tóxico: ambientes de trabalho com falta de
cooperação, conflitos constantes, assédio ou bullying podem contribuir para o
desenvolvimento do Burnout.
8) Pouca satisfação pessoal: a falta de satisfação pessoal com o trabalho
realizado, a ausência de propósito ou significado na atividade profissional
também são fatores de risco para o surgimento do Burnout.

É importante destacar que esses fatores podem variar de acordo com cada
indivíduo e contexto específico. Além disso, a interação entre esses fatores pode
potencializar o risco de desenvolver o Burnout.
Para prevenir o Burnout, é fundamental identificar e abordar essas causas e
fatores de risco de forma proativa. Isso pode envolver a implementação de políticas
organizacionais que promovam um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal,
o estabelecimento de limites claros de trabalho e a criação de um ambiente de
trabalho saudável e de apoio.

PRINCIPAIS SINTOMAS

Os sintomas do Burnout podem ser divididos em três categorias principais:


físicos, emocionais e cognitivos. Os sintomas físicos incluem fadiga, distúrbios do
sono, dores de cabeça e problemas gastrointestinais. Os sintomas emocionais
podem incluir irritabilidade, ansiedade, depressão e despersonalização. Já os
sintomas cognitivos envolvem dificuldades de concentração, lapsos de memória e
baixa autoestima.
Dessa forma, o Burnout tem um impacto significativo na saúde física e mental
das pessoas afetadas. Pode levar a problemas como doenças cardiovasculares,
depressão, ansiedade e comprometimento do sistema imunológico. Além disso, o
Burnout pode prejudicar o desempenho no trabalho, afetar negativamente os
relacionamentos pessoais e levar ao isolamento social. A seguir são descritos os
sintomas mais comuns;

1) Sintomas físicos: sintomas físicos do Burnout podem incluir fadiga


persistente e inexplicável, distúrbios do sono, como insônia ou sonolência
excessiva, dores de cabeça frequentes, dores musculares e tensão,
problemas gastrointestinais, como dores de estômago, náuseas, vômitos ou
diarreia, e alterações no apetite, com aumento ou diminuição significativa da
fome.
2) Sintomas emocionais: no âmbito emocional, o Burnout pode levar a uma
sensação constante de esgotamento emocional e uma falta de energia para
enfrentar as demandas diárias. Além disso, podem surgir sentimentos de
tristeza, irritabilidade, ansiedade e apatia. A pessoa afetada pelo Burnout
pode se sentir emocionalmente distante das atividades que antes lhe traziam
prazer e satisfação.
3) Sintomas cognitivos: os sintomas cognitivos do Burnout podem afetar a
capacidade de concentração, memória e tomada de decisões. A pessoa pode
ter dificuldade em se concentrar nas tarefas do trabalho, apresentar lapsos de
memória frequentes e ter uma visão negativa de si mesma e de suas
habilidades. A baixa autoestima e a sensação de ineficácia são comuns
nesse contexto.

Imagem 1 - Sintomas

Fonte: elaborado pelo grupo.

É importante destacar que os sintomas do Burnout podem variar de pessoa


para pessoa e podem se manifestar de maneira diferente em cada indivíduo. Além
disso, a intensidade dos sintomas também pode variar, desde sintomas leves até
sintomas mais graves, que interferem significativamente na vida pessoal e
profissional.

INTERVENÇÕES E TRATAMENTOS PARA LIDAR COM A SÍNDROME DE


BURNOUT

É fundamental a implementação de estratégias de prevenção e manejo do


Burnout. Isso pode incluir o estabelecimento de limites saudáveis de trabalho, a
prática de técnicas de gerenciamento do estresse, a busca de apoio social e o
equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Intervenções e tratamentos, como terapia
cognitivo-comportamental e programas de bem-estar no local de trabalho, também
podem ser eficazes no combate ao Burnout.

O apoio organizacional e o suporte social são essenciais para lidar com o


Burnout. As organizações devem promover um ambiente de trabalho saudável,
oferecer recursos adequados para o desempenho das tarefas e incentivar a
participação em atividades de autocuidado. O suporte emocional e o encorajamento
do trabalho em equipe também são importantes para prevenir e lidar com o Burnout.

Ademais, existem várias intervenções e tratamentos eficazes para lidar com a


Síndrome de Burnout. Alguns deles incluem:

1) Terapia cognitivo-comportamental (TCC): a TCC é uma abordagem


terapêutica que ajuda as pessoas a identificar e modificar padrões de
pensamento negativos e comportamentos disfuncionais associados ao
Burnout.
2) Programas de bem-estar no local de trabalho: muitas organizações
implementam programas de bem-estar que visam promover a saúde física e
mental dos funcionários, como aulas de exercícios, sessões de relaxamento e
treinamento em habilidades de gerenciamento do estresse.
3) Aconselhamento e apoio psicológico: buscar aconselhamento ou terapia
individual pode ser útil para lidar com o Burnout, fornecendo um espaço
seguro para explorar emoções, desenvolver estratégias de enfrentamento e
promover o autocuidado.
4) Mudanças organizacionais: as organizações podem implementar mudanças
estruturais para reduzir o estresse e promover um ambiente de trabalho
saudável, como melhorar a comunicação, fornecer suporte adequado e
promover a participação dos funcionários nas decisões relacionadas ao
trabalho.
5) Descanso e afastamento temporário: em casos mais graves de Burnout,
pode ser necessário tirar um período de descanso ou afastamento do trabalho
para se recuperar e recarregar as energias.
CONCLUSÃO

Em suma, o Burnout é uma situação séria que afeta muitas pessoas no


ambiente de trabalho. Reconhecer seus sintomas e implementar estratégias de
prevenção e tratamento é fundamental para proteger a saúde e o bem-estar dos
profissionais. Compreender as causas e fatores de risco associados ao Burnout,
bem como as intervenções e tratamentos disponíveis, pode ajudar a promover um
ambiente de trabalho mais saudável e proporcionar uma melhor qualidade de vida
para os indivíduos afetados. É necessário o esforço conjunto de empregadores,
funcionários e profissionais de saúde para combater o Burnout e criar um ambiente
de trabalho que promova o bem-estar e a satisfação profissional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Síndrome de Burnout. Disponível em:


https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sindrome-de-burnout#:~:te
xt=S%C3%ADndrome%20de%20Burnout%20ou%20S%C3%ADndrome,demandam
%20muita%20competitividade%20ou%20responsabilidade. Acesso em: out. de
2023.

VIEIRA, Isabela; RUSSO, Jane Araujo. Burnout e Estresse: entre medicação e


psicologização. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 29(2),
e290206, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/physis/a/57RLsw3NPS4YRKzMLHPGyTy/ . Acesso em: out.
de 2023.

VIEIRA, Isabela. Conceitos de burnout: questões atuais da pesquisa e a


contribuição da clínica. UFRJ, Instituto de Psiquiatria, Rio de janeiro, 2010.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbso/a/KTtx79ktPdtVSxwrVrkkNyD/. Acesso
em: out. de 2023.

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