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● INSTITUTO POLIGONO DE ENSINO

TÉCNICO DE ENFERMAGEM
SAÚDE PSICOSSOCIAL

PROFISSIONAIS DA SAÚDE E DISTÚRBIOS


PSICOSSOCIAIS

Aluna: Rosana Mourão Silva


Jacilia Rios Da Silva
Rosiane De Jesus Alves

Turma: 31TA

Docente: Luciana
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2022
INSTITUTO POLIGONO DE ENSINO
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
PSICOSSOCIAL

PROFISSIONAIS DA SAÚDE E DISTÚRBIOS


PSICOSSOCIAIS

Trabalho exigido na matéria de psicossocial,

para o módulo técnico de enfermagem.

Professora: Luciana Ferreira.

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2022
SUMÁRIO

1.RESUMO........................................................................................................04
2.INTRODUÇÃO.................................................................05-06-07-08-09-10-11
3.CONCLUSÃO.................................................................................................12
4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................13

1.RESUMO
O Stress ocupacional como uma resposta do trabalhador frente à sua
inabilidade ou incapacidade para enfrentar as exigências do seu trabalho,
gerando assim, desconforto, mal-estar e sofrimento, desenvolvendo alterações
emocionais e físicas, que prejudicam o equilíbrio vital, devido a acontecimentos
relacionados como o tipo de vida que se leva em sociedade, ou seja, os
estressores psicossociais.
As reações mais comuns no stress ocupacional são a agressividade, irritação
excessiva, desânimo, depressão, cansaço constante, neurastenia, fadiga
excessiva, dores musculares, alterações cardíacas, aumento da pressão
arterial, dores de cabeça etc.
A pandemia causada pela Covid-19 tem afetado negativamente a Saúde
Mental de profissionais de saúde, especialmente os que trabalham na linha de
frente assistencial, pois lidam diariamente com o medo de se infectarem e
infectarem os outros, a carência de equipamentos de proteção individual e a
sobrecarga de trabalho.
É importante discutir as nuances relacionadas à Saúde Mental dos profissionais
de saúde do Brasil em tempos de pandemia por Covid-19.
Os profissionais têm direito a usufruir da Rede de Atenção Psicossocial (Raps)
como instrumento de apoio aos profissionais que precisam de cuidados de
base territorial e destaca a resiliência psicológica como estratégia de
enfrentamento das adversidades oriundas da pandemia. Ademais, sabe-se que
os desafios relacionados à Saúde Mental permanecem urgentes e merecem,
das autoridades sanitárias no Brasil, o devido valor.

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2.INTRODUÇÃO
O stress ocorre quando enfrentamos uma situação. É um fenómeno natural
corporal e psicológico resultante dessa reação à situação, e é um mecanismo
importante, pois visa reunir força e energia para o confronto. Porém, um alto
nível de stress provoca sintomas físicos e psicológicos desfavoráveis que, ao
invés de ajudar no enfrentamento, vai bloquear e prejudicar todo o
funcionamento do organismo.
Desta forma, os sintomas físicos do stress são a fadiga, insónia, falta de
apetite, cansaço constante, neurastenia etc. Os sintomas psicológicos são a
depressão, falta de concentração, agressividade, irritação excessiva,
ansiedade, pensamentos obsessivos, ciúme excessivo, tiques ou manias etc.
Além disso, o stress está na origem de outras doenças psicossomáticas.
Conjuntamente com outros fatores, nos quais se incluem as frustrações,
problemas afetivos, insucesso, esses transtornos psicossociais acarretam
distúrbios orgânicos, ou seja, se estamos preocupados, tensos ou ansiosos –
agravado por problemas de stress – o nosso corpo tem tendência a adoecer
mais facilmente.
Existem diversos tipos de doenças e transtornos psicossociais: depressão,
reação aguda ao stress, ansiedade generalizada, transtorno do pânico,
transtorno misto ansioso e depressivo, transtorno obsessivo-compulsivo, fobias
sociais, fobias específicas, transtorno bipolar do humor e agorafobia.
Diversos fatores determinam o início, a prevalência e a evolução dos
transtornos psicossociais. Fatores económicos, sociais, demográficos, sexo e
idade, ambiente familiar, ameaças graves como conflitos e desemprego,
pobreza e as condições associadas ao emprego, privação e ausência de
domicílio, a presença de doença física grave, ilustram o impacto neste tipo de
doença.
Com o avanço da pandemia, houve sobrecarga nos serviços de saúde em
detrimento de casos suspeitos e confirmados da Covid-19 e, em breve, pode
existir grande procura pelos serviços de saúde por demandas relacionadas à
Saúde Mental, tendo em vista as repercussões negativas que afetam a
coletividade, inclusive profissionais de saúde, provocadas pela pandemia e que
não podem ser negligenciadas.

Outras questões que favorecerão a Saúde Mental e a resiliência psicológica


dos profissionais de saúde, durante e após o período pandêmico, são as
capacitações sobre psico educação, manejo do estresse, construção de
momentos de escuta e cuidados coletivos durante os plantões. Uma das
técnicas utilizadas em crise como a vivenciada é a chamada “Primeiros
Cuidados Psicológicos”, que deve preferencialmente ser aplicada em curtos
períodos.

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Caso a necessidade dos profissionais seja de suporte a crises mais intensas
e/ou severas, outras estratégias podem ser utilizadas por um profissional de
Saúde Mental para estabilização emocional; nesse momento, estão sendo
fortemente indicadas técnicas relacionadas à terapia cognitivo-comportamental.
No trabalho os transtornos mentais são decorrentes de riscos psicossociais. A
Organização Internacional do Trabalho (OIT) define riscos psicossociais como
sendo todos os fatores que englobam o ambiente de trabalho.
Entre eles, o clima organizacional, a função, a relação interpessoal, o tipo e a
forma como executam as tarefas, entre outros.
Além disso, engloba ainda alguns fatores externos como a personalidade, a
família e até a vida social. Estes riscos podem elevar o nível de estresse, gerar
doenças laborais, insatisfação e faltas.
• Doenças psicossociais
– Síndrome do burnout – Uma doença ocasionada pelo esgotamento físico
e mental. Seus principais sintomas são agressividade, baixa autoestima,
isolamento, lapsos de memória, dificuldade de concentração;
– Depressão – Gera perda de interesse pelas atividades profissionais e
pessoais, desânimo, tristeza e desmotivação;
– Síndrome do pânico – Um tipo de transtorno de ansiedade que causa
medo, mal-estar, taquicardia, sudorese, angústia, falta de ar;
– Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) – Pode acontecer após
algum acidente pessoal ou com colegas de trabalho. A pessoa perde o
interesse pelas atividades;
– Ansiedade generalizada – Se materializa pela excessiva preocupação,
mesmo sem ter qualquer risco aparente. Pode causar fadiga, irritabilidade, falta
de concentração.
Importante lembrar que doenças psicossociais podem levar a problemas
físicos, como infartos, artrite reumatoide, complicações respiratórias, fraturas,
entre outros.

• Riscos psicossociais
As empresas devem estar atentas para evitar que seus colaboradores
adoeçam com o passar do tempo.
A identificação de fatores de riscos psicossociais e ações preventivas são
importantes para prevenir estes problemas que afetam a saúde mental e física
da equipe. Entre os principais fatores de risco temos:

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– Cargas excessivas de trabalho;
– Longas jornadas de trabalho;
– Falta de clareza sobre a definição das tarefas;
– Falta de participação na tomada das decisões internas;
– Má gestão organizacional;
– Insegurança no trabalho;
– Falta de comunicação ou ineficiência dela;
– Assédio psicológico, moral, sexual ou violência de terceiros;
– Ameaças de desemprego;
– Abuso psicológico;
– Falta de políticas de qualidade e de segurança do trabalho;
– Ambiente de trabalho insalubre; – Falta de benefícios e de inclusão sociais; –
Isenção de ética.

• Causas dos riscos psicossociais


Independentemente da área de atuação ou do seu perfil produtivo, as
empresas oferecem algum grau de risco psicossocial. Identificar as principais
causas e minimizar os problemas evita que os funcionários adoeçam com o
passar do tempo trabalhado.
Além disso, estes fatores são agentes do aparecimento de transtornos mentais
sérios. Por isso é importante atenção para o tema e criar mecanismos internos
de prevenção. Podemos dividir essas causas em grupos de três fatores ligados
à:
– Otimização do tempo – Exigências altas, prazos muito curtos para execução,
horas extras excessivas, mudanças repentinas de horário de trabalho etc.
– Estrutura organizacional – Falta de clareza e objetividade na gestão, isenção
de plano de carreira, preconceitos, líderes autoritários, conflitos, entre outros.
– Tarefas – Exigências excessivas, longas jornadas de trabalho, muitas
interrupções, ritmos acelerados, muita repetição, alta concentração etc.

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• Trabalho condizentes com os riscos psicossociais
Como já vimos praticamente todos os fatores interferem de forma positiva ou
não no bem-estar emocional do colaborador. As condições de trabalho que
mais acarretam problemas psicossociais são aquelas que:
– Oferecem ambiente inapropriado ou inseguro;
– Falta de organização, de apoio da chefia, de autonomia e de reconhecimento;
– Onde há cobranças e carga horária de trabalho excessivas;
– Que não oferecem políticas de saúde e de segurança do trabalho;
– Jornada de trabalho e horas extras excessivas;
– Relações abusivas, com ameaças de desemprego ou abuso psicológico; –
Falta de benefícios e de políticas de inclusão social, entre outros.
• Consequências
Os riscos psicossociais acarretam sérios problemas no trabalho e para a saúde
do trabalhador. É considerado um dos maiores desafios para a saúde e para a
segurança dos trabalhadores.
Ligados diretamente aos locais de trabalho, entre os principais problemas
podemos ressaltar o abalo psicológico; a insegurança; apatias; fobias;
ansiedade; medos, depressão, falta de atenção, de concentração e de
memória.
Podem surgir alguns transtornos psicofisiológicos como acidente de trabalho,
alergias, doenças reumáticas e respiratórias ou mudanças de comportamento.
Trabalhar as percepções para identificar as causas e propor soluções é o
melhor caminho, rumo à prevenção.
Para isso, gestores e trabalhadores precisam estar unidos e afinados em suas
diretrizes para implantar ações preventivas eficientes. Confira outras
consequências:
• Aumento do absenteísmo
Esse é um dos maiores problemas que os fatores de riscos psicossociais
geram. A falta do funcionário atrapalha o fluxo de trabalho, sobrecarregando os
demais integrantes da equipe.
Assim como o bem-estar físico ou mental deve ser preservado para não deixar
o trabalhador vulnerável a doenças. Para isso o trabalho e atenção conjunta de
chefia e recursos humanos são importantes no dia a dia de uma organização.

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• Aumento do presenteísmo
Presenteísmo é o mesmo que estar no trabalho, mas com a mente longe dali.
O trabalhador não falta, mas também não consegue desempenhar bem suas
funções. Acabam representando um sério risco de acidentes e lesões, além de
prejudicar os índices de produtividade e de lucratividade.
• Redução nas defesas psíquicas
Especialistas já comprovaram que exposição prolongada a fatores
psicossociais diminui as defesas psíquicas do trabalhador. Além disso,
favorecem o surgimento de transtornos emocionais como ansiedade, apatia,
depressão, insegurança, fobia, falta de concentração e até perda de memória.
• Transtornos psicofisiológicos
São todas aquelas doenças agravadas pelo desequilíbrio emocional, podendo
chegar a extremos físicos e psicológicos. Isso vai depender e variar de acordo
com a sensibilidade de cada pessoa.
Os transtornos psicofisiológicos mais comuns são os problemas
cardiovasculares, como enfartes; os de ordem respiratória (asmas, bronquites;
imunológicos; gastrointestinais (úlcera, colite, doença de Crohn).
Podem ainda trazer diversos problemas dermatológicos, endocrinológicos ou
musculoesqueléticos.
• Acidentes de trabalho
Este é uma das consequências mais comuns que os fatos de riscos
psicossociais geram. Pessoas afetadas emocionalmente são passíveis de
distrações e de comportamentos inseguros.
Combinações perigosas que podem levar a acidentes de trabalhos, dos mais
simples aos mais dramáticos. Trabalhar desatento, com problemas físicos e
mentais são as principais causas deste tipo de ocorrência.
• Mudanças de comportamento
Essas reações adversas podem afetar a vida pessoal e profissional do
funcionário, prejudicando o seu desempenho profissional.
A OIT classifica as mudanças de comportamentos como ativas que são as
greves, as reclamações, os atrasos ou confrontos com as chefias.
E os comportamentos passivos que levam a indiferença pela qualidade do
trabalho, faltas, infelicidade, dificuldades para dormir, abuso de álcool, de
tabaco e até de comida.

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Impactos financeiros provenientes do aumento dos riscos psicossociais
Tanto os funcionários como a empresa sofrem com os impactos financeiros
gerados pelo aumento dos riscos psicossociais. O trabalhador doente arca com
custos adicionais como consultas médicas, medicamentos, acompanhamento
psicológico, internações.
Despesas que quase sempre não estão e não cabem em seu orçamento
familiar. Já a empresa vê os índices de absenteísmo e de rotatividade
aumentarem; queda na produtividade e nos lucros; indenizações;
aposentadorias precoces, entre outros.
As estatísticas mundiais sobre problemas mentais no trabalho não são nada
animadoras. Somente doenças como depressão e ansiedade, geraram em
2020, perdas da ordem de um trilhão em baixa produtividade no mundo.
No mesmo ano estas foram as doenças mais incapacitantes profissionalmente.
Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS). Até a sociedade arca
com esses impactos financeiros, pois o estado também arca com os custos de
consultas médicas, exames, remédios e internações.
Existe uma norma regulamentadora (NR) focada em riscos psicossociais?
Não, ainda não existe um mecanismo legal que regule as empresas quanto a
esse problema. Apesar de não existir uma norma regulamentadora (NR)
específica para riscos psicossociais, está em análise a lei 3.588.
Ela propõe a edição de uma NR que gerencie os riscos que possam afetar de
alguma forma a saúde mental e física do trabalhador. Enquanto isso não
acontece veja o que já temos em vigor em benefício de empregados e
empregadores:
– NRs 1 e 7 – Avalia o perfil psicológico do trabalhador por meio do Programa
Saúde em Psicologia (PSP). Essas normas discriminam os riscos e a saúde
ocupacionais de uma forma ampla, inclusive abrangendo as questões
psicofisiológicas;
NR 17 – Inclui mapa de riscos nos setores, quantifica fatores como
produtividade, imposição de rotinas de trabalhos excessivas, tarefas noturnas,
jornadas prolongadas e monótonas;
– NR 20 – Estabelece critérios para a gestão da segurança e da saúde no
trabalho com produtos inflamáveis e combustíveis;
– NR 33 – Avalia as condições psicossociais para trabalho em espaços
confinados;
– NR 34 – Regulamenta as condições mínimas de trabalho para a construção
naval;
– NR 35 – Estabelece regras de segurança e saúde no trabalho em altura.
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• Reduzindo os riscos psicossociais no ambiente de trabalho
Depois de conhecer quais são os riscos psicossociais é hora de aprender a
gerenciá-los para que não ameacem a saúde dos trabalhadores. Separamos
aqui algumas sugestões importantes:
– Crie uma boa estrutura organizacional e de infraestrutura. Afinal o clima
organizacional é o termômetro da satisfação da equipe de trabalho.
Qualquer problema que surja na comunicação, na gestão ou nas políticas de
recursos humanos fazem parte dessa estrutura e estão diretamente ligados ao
bem-estar no ambiente laboral;
– Desenvolva uma política de benefícios que estimule o bem-estar dos
trabalhadores. Plano de saúde e odontológico, ginástica laboral, alimentação
saudável, prática de atividade física podem ser algumas opções
interessantes.
São programas que podem ser desenvolvidos dentro da empresa ou
viabilizados por meio de parceria comercial com outras empresas, como
academias, bibliotecas, farmácias, consultórios odontológicos e operadoras de
planos de saúde empresarial.
– Ofereça treinamentos periódicos técnicos e para o desenvolvimento pessoal.
Os colaboradores só têm a se beneficiar com aulas que aprimorem suas
habilidades técnicas, interpessoais e de inteligência emocional. Isso é um
passo importante para prevenir doenças mentais.
– Priorize a gestão de pessoas, estimulando a valorização do capital humano.

• Prevenindo os riscos psicossociais no trabalho boas práticas melhoram


a qualidade de vida dentro e até fora da empresa. Funcionários que são
incentivados a cuidar de sua saúde sentem que é respeitado e valorizado,
são mais participativos e conseguem maior equilíbrio entre a vida pessoal e a
profissional.
Para isso é preciso criar maneiras, por exemplo, de reconhecer os esforços dos
colaboradores, ouvir, ser flexível e criar uma boa política de saúde e de
segurança do trabalho.

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3.CONCLUSÃO
Concluo que, a saúde mental dos trabalhadores é tão importante quanto o
bemestar físico. Empresas que prezam pela competitividade e pela qualidade
do ambiente laboral investem em ações que identifiquem e previnam os riscos
psicossociais no trabalho.
Os profissionais de saúde já estavam sobrecarregados com excesso de horas
de trabalho e de serviços em seus plantões, com a pandemia esse quadro
piorou muito, resultando em profissionais estressados e doentes
psicologicamente com quadros de ansiedade, depressão, entre tantas outras
doenças.
O trabalhador, que tem sua saúde preservada e se mantém saudável no
trabalho e o empregador que, equilibra seus índices de absenteísmo, tem
funcionários satisfeitos e saudáveis que produzem mais e com muita qualidade.

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4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://scielo.isciii/stress_riscos_psicossocias https://www.redalyc.org/
https://pebmed.com.br/saude-mental-de-profissionais-de-enfermagem
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/profae/pae

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