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FACULDADE SALESIANA MARIA AUXILIADORA

CURSO DE PSICOLOGIA

DOENÇAS OCUPACIONAIS PSICOSSOCIAIS


SAÚDE DO TRABALHADOR

DAIANE PACHECO FREIRE


MÔNICA DIAS MELLO

ALINE GUARANY

Macaé - RJ
2021.2
DOENÇAS OCUPACIONAIS PSICOSSOCIAIS
Na sociedade contemporânea, muitas são as exigências do indivíduo adulto quanto
às relações sociais, sobretudo no que tange às atividades laborais. A rotina estressante,
cargas-horárias longas e ininterruptas e a luta para se manter ativo no mercado têm levado
o homem a um estado, no mínimo, preocupante e jamais visto em toda a sua existência.
Sabe-se que com tantos pontos negativos, a integridade física e mental sofre
constantes ameaças. No ambiente coorporativo, muitas vezes, elas se tornam mais
evidentes. Assim, pode-se identificar as doenças ocupacionais como aquelas diretamente
relacionadas às atividades exercidas pelo trabalhador, prejudicando sua saúde.
Dentre as patologias que se enquadram nesse perfil de danos físicos se destacam:
LER (Lesão por Esforços Repetitivos); DORT (Distúrbios Osteomoleculares Relacionados
ao Trabalho) e, até mesmo, câncer de traqueia no caso de trabalhadores de minas, que
também podem sofrer de asma, bronquite e outras doenças pulmonares. Nos casos dos
trabalhadores formais, depois de perícia médica, eles podem recorrer a seus direitos junto
ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Porém, é de conhecimento geral que esses
processos são demorados e ineficazes na maioria das vezes.
Há ainda enfermidades que ultrapassam o campo dos danos físicos e afetam as
condições socioemocionais (e até mesmo afetivas) do indivíduo. Nesse caso, são
classificadas como doenças ocupacionais psicossociais, causadas, principalmente, por
desarmonia entre fatores das condições de trabalho.
Como principais motivos para esse tipo de patologia, destacam-se: estresse em
excesso, cobrança excessiva por parte da gestão, metas quase que inalcançáveis, cargas-
horárias exaustivas, ambiente insalubre (tanto física quanto socialmente), prazos curtos,
atividades repetitivas e exaustantes e, acima de tudo, a falta de ações preventivas ou de
reversão desses quadros.
Consequentemente, o funcionário se torna menos produtivo, sem vontade de
interagir com os demais colegas já que se sente sempre cansado e não reconhecido pelo
excesso de tarefas e de responsabilidades a ele atribuído. Chega-se mesmo a sintomas
psicossomáticos e já se sabe que tais patologias são os grandes geradores de afastamento
do trabalhador.
Hoje, são muitas as doenças ocupacionais psicossomáticas identificadas, mas é
possível destacar as mais recorrentes:
- Síndrome de Burnout – caracterizada, principalmente, pelo excessivo esgotamento físico
e mental, levando o indivíduo à constante tensão, ao estresse excessivo e à irritabilidade.
- Depressão – vista sem a devida importância por muitos, ela é uma das principais doenças
psicossomáticas e também a que tem afastado milhares de pessoas. Os afetados perdem o
prazer de executar tarefas que antes, eram desempenhadas com perfeição. Eles ficam tristes
e desmotivados, isolando-se, na maioria das vezes.
- Síndrome do pânico – trata-se de um tipo extremo de ansiedade que leva os afetados a
imaginar que algo extremamente ruim pode acontecer a qualquer momento. Um ambiente
estressante de trabalho pode ocasioná-la e o indivíduo reage a ela fisicamente através de
suores intensos, tremores, desmaios entre outros sintomas.
- Transtorno de Estresse pós-Traumático – situações extremas no trabalho como acidentes
com colegas ou com o próprio indivíduo e até mesmo a morte de alguém próximo nesse
ambiente pode levar a essa enfermidade.
- Ansiedade Generalizada – trata-se de uma ansiedade intensa sem motivos aparentes. E
apesar de os sintomas serem parecidos com os da “Síndrome do Pânico”, estes são menos
intensos, porém, mais duradouros.
Por tudo isso, percebe-se o quanto é importante que os gestores estejam mais
atentos às patologias ocupacionais psicossociais que, às vezes, são silenciosas e demoram
anos e anos para se desenvolver, mas são intensas e destrutivas. Cabe, portanto, às
empresas, contratarem profissionais especializados nesses aspectos. São eles que indicarão
o tratamento adequado para cada situação identificada, bem como podem, junto à gestão,
desenvolver um plano preventivo que envolva apoio médico-psicológico e orientações para
uma vida mais saudável tanto física, quanto psicologicamente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1) Carvalho DB, Araújo TM, Bernardes KO. Transtornos mentais comuns em trabalhadores da
Atenção Básica à Saúde. Rev Bras Saude Ocup. 2016;41:e17.

2) O que são doenças ocupacionais? Disponível em: https://reporterbrasil.org.br/2007/08/o-que-


sao-doencas-ocupacionais/ Acesso em 08 de novembro de 2021.

3) Doenças ocupacionais psicossociais. Disponível em: https://beecorp.com.br/ansiedade-no-


trabalho-causas-e-ajuda/ Acesso em 08 de novembro de 2021.

4) Como se caracteriza a doença ocupacional? Disponível em:


https://gelsonferrareze.jusbrasil.com.br/artigos/1191317249/como-se-caracteriza-a-doenca-
ocupacional Acesso em 08 de novembro de 2021.

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