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Objetivos da sessão

Plano da sessão 2

 O que é comunicar?
“Comunicar”

Vem do latim “comunicare” que significa “pôr em


comum”, entrar em relação” com”;

• É um processo cooperativo e mútuo, levado a cabo por


participantes ativos;

• É a base ou a essência da nossa vivência em sociedade.

Não podemos não comunicar


O que é COMUNICAR?

“Comunicar é trocar ideias, sentimentos e experiências


com outras pessoas que conhecem o significado daquilo
que se diz e do que se faz”

(O.Fachada, 1991)

Quando duas pessoas se encontram, mesmo que não


falem, não podem deixar de comunicar, porque todo o
seu comportamento tem uma dimensão comunicativa.
O que é COMUNICAR?

Em termos da comunicação humana, comunicar é:

 Pôr em comum uma informação;

 Partilhar uma opinião;

 Partilhar um sentimento;

 Partilhar uma atitude;

 Partilhar um comportamento.
O que é COMUNICAR?

Porque temos a necessidade de comunicar?


• Para trocar informações;
• Para nos entende e ser entendidos;
• Para entreter e ser entretidos;
• Para integrar os grupos e comunidades, as organizações e
a sociedade;
• Para satisfazer as necessidades económicas (emprego);
• Para interagir com os outros, conseguindo amigos e
parceiros, tendo sucesso pessoal e profissional, algo
fundamental para a nossa autoestima e equilíbrio.
Comunicação

A comunicação é um fenômeno inerente à relação que


os seres vivos mantêm quando se encontram em
grupo. Através da comunicação, as pessoas ou os
animais obtêm notícias/informações sobre o seu
entorno e podem partilhar com os outros.

Processo comunicativo:
 O código (conjunto de signos usado na
transmissão e receção da mensagem),
 O canal (o meio pelo qual circula a
mensagem),
 O emissor (aquele que emite a mensagem)
 O recetor (aquele a quem é endereçada a
mensagem).
Elementos da comunicação

EMISSOR RECEPTOR
(mensagem)
Código

Ruído

Canal

Feedback (retorno)

Contexto
Emissor

 Aquele que emite ou transmite a mensagem;

 É o ponto de partida de qualquer mensagem;

 Deve ser capaz de perceber quando e como entra

em comunicação com o (s) outro (s);

 Deve ser capaz de transmitir uma mensagem

compreensível para o recetor.


Recetor

 Pessoa à qual se dirige a mensagem;

 Deve estar em sintonia com o emissor para

entender a sua mensagem..


Canal

 É todo o suporte que serve de veículo a uma mensagem;

 Meio físico ou virtual, que assegura a circulação da

mensagem, por exemplo, ondas sonoras, no caso da voz.

 O canal deve garantir o contato entre emissor e recetor.

 Existem muitos outros canais, como por exemplo a carta, o

livro, o cartaz, o telefone, a rádio, a televisão, etc.


Mensagem

 É o conteúdo da comunicação;

 É o conjunto de sinais com significado.


Código

 São sinais com certas regras, que todos entendem, como

por exemplo a língua portuguesa.

 O emissor codifica a mensagem e o recetor interpreta a

mensagem, descodificando-a.
Contexto

 Situação específica onde se processa a transmissão da

mensagem.
Feedback

 Depois do recetor receber e interpretar a mensagem

transmitida, emite uma informação de retorno à mensagem

recebida, sendo esta ação designada por feedback.


Comunicação
Existem duas situações que podem prejudicar uma
boa comunicação:

 A inabilidade de pensar clara e logicamente, no que


vai ser comunicado, como por exemplo, dizer: “Os
envelopes estão a acabar.”, quando o que pretendia
dizer era: “Precisamos de mais envelopes.”

 A inabilidade para compreender os interesses e


características do interlocutor e moldar a mensagem,
de modo a ganhar toda a sua atenção e compreensão.
Comunicação
Recomendações que tornam a comunicação oral mais
eficiente:

 Verbos no condicional: Eu poderia ajudá-lo? (Diga: Eu


posso ajudá-lo?) - Quem gostaria de falar? (Diga: Quem
deseja falar?)
 Verbos no gerúndio: Vou estar verificando a situação.
(Diga: Vou verificar a situação.)
 Expressões que demonstrem insegurança: Eu acho / eu
penso / talvez / não tenho certeza / etc.
 Expressões e termos negativos: Não é possível /
problema / difícil / dificuldade / etc.
 Tratamento íntimo: Querida / minha filha / etc.
 Diminutivos: Perguntinha / reuniãozinha / Um minutinho
(Diga: Um momento).
Comunicação
Se não apresentar a informação, de forma suficientemente
clara e adequada ao público, este poderá ter dificuldades em
seguir a sua linha de pensamento.

Por isso, manter em mente:


 Procurar clarificar as ideias antes de comunicar;
 Definir o verdadeiro objetivo de cada comunicação;
 Analisar antes de comunicar todos os aspetos materiais e
humanos envolvidos;
 Ao planear as comunicações, e quando conveniente
consultar os outros;
 Ao comunicar, ter muito cuidado com eventuais duplos
significados e com o conteúdo básico da mensagem.
Comunicação
Linguagem corporal

Esta limitada à comunicação “frente-a-frente”, sendo que os


significados de determinados gestos e comportamentos variam
muito de uma cultura para outra e de época para época.

Podemos identificar dez códigos como sendo os mais


importantes:
1. Contacto corporal
2. Proximidade
3. Orientação
4. Aparência
5. Movimentos da cabeça
6. Expressão facial
7. Gestos (ou quinese)
8. Postura
9. Movimento dos olhos e contacto visual
10. Aspetos não-verbais do discurso
Comunicação
Contacto corporal

É a forma mais primitiva de ação social e pode traduzir os


mais diversos gestos; abraços, carícias, beijos, apertos,
pancadas, etc.

Tem duas vertentes: o ato de tocar e o ato de ser tocado. No


ato ativo predomina a dimensão exploratória, ao passo que no
ato passivo predomina a receção dos sinais provenientes de
um agente exterior.

Este sinal não-verbal assume usos e significados diversos


consoante as diferenças interculturais: por exemplo, na
cultura inglesa e japonesa o contacto corporal é escasso, ao
passo que nas culturas africanas e árabe o vemos muito mais
amplamente utilizado.
Comunicação
Proximidade ou Distância interpessoal

Algumas teorias defendem que existe um grau ótimo de


distância física entre as pessoas. É o caso da teoria do
equilíbrio, que defende que o espaço pessoal varia com a
intimidade entre os indivíduos e que quanto mais íntimos,
mais os indivíduos tendem a aproximar-se.

Considerando esta variação "territorial", de distância pessoal,


podemos falar, em quatro tipos de distâncias: intima, pessoal,
social e pública.
Comunicação
Distância íntima

Refere-se a uma relação de compromisso com outra pessoa.


A presença do outro causa um impacto sobre o sistema
percetivo, estendendo-se até cerca dos cinquenta
centímetros para lá do corpo físico e "é uma verdadeira
zona interdita”, onde o nosso odor e a nossa temperatura
estabelecem os limites.
Comunicação
Distância pessoal

Varia até aos cento e cinquenta centímetros. É uma distância não


esférica, que exige maior comprimento para a frente do que para
os lados ou para trás. Talvez porque, inconscientemente, a
distância "cara a cara" seja mais inibidora e potencialmente mais
perigosa que a "lado a lado".
Comunicação
Distância social

Rege sobretudo o nosso comportamento profissional e varia entre


os cento e vinte e os trezentos e sessenta centímetros. Pode
situar-se na distância das negociações impessoais e no carácter
formal das relações sociais.
Inconscientemente, gerimos esta distância segundo a cultura do
local de trabalho, segundo o estatuto social dos interlocutores.
Comunicação
Distância pública

Situa-se fora do circuito imediato de referência do indivíduo e


implica diversas transformações sociais. Para além dos três
metros e meio. Usa-se um estilo formal no vocabulário. Muito
frequente nas personalidades oficiais importantes, tom de voz
elevado e muitos gestos. Revela igualmente o nosso medo das
multidões.
Comunicação
Comunicação
Orientação

O ângulo em que nos colocamos relativamente aos outros é uma


forma de emitir mensagens sobre o relacionamento. Olhar
alguém de frente pode ser indicador de intimidade ou
intimidação.

É o ângulo em que as pessoas se situam no espaço uma em


relação à outra, e comunicam assim as suas atitudes
interpessoais.
Comunicação
Aparência

Este código é dividido em duas partes: os aspetos de controlo


voluntário (cabelo, vestuário, pele) e os menos controláveis
(altura, peso). A aparência é utilizada para enviar mensagens
sobre a personalidade e o estatuto social.
Comunicação
Movimentos da cabeça

Estes têm a ver, principalmente, com a gestão da interação.


Um assentimento pode dar licença para se continuar a falar
enquanto movimentos rápidos da cabeça podem significar desejo
de falar.
Comunicação
Expressão facial

Esta pode dividir-se em subcódigos de posição das sobrancelhas,


formato dos olhos, formato da boca e tamanho das narinas.

Estes elementos, em diferentes combinações, determinam a


expressão do rosto. A expressão facial revela menos variações
interculturais do que a maioria dos códigos apresentativos.
Comunicação
Comportamento mímico do rosto

O rosto é o canal privilegiado da comunicação e da expressão


das emoções. A mímica facial desempenha, por isso, diversas
funções:
• Expressa as emoções e as atitudes interpessoais;
• Envia sinais inerentes à interação em curso;
• Manifesta aspetos típicos da personalidade do indivíduo.
Comunicação
Gestos

A linguagem corporal corresponde a todos os movimentos


gestuais e de postura que fazem com que a comunicação seja
mais efetiva. A gesticulação foi a primeira forma de
comunicação.
Com o aparecimento da palavra falada os gestos foram tornando-
se secundários, contudo eles constituem o complemento da
expressão, devendo ser coerentes com o conteúdo da mensagem.

A mão e o braço são os principais transmissores do gesto, sendo


os gestos dos pés e cabeça também importantes.
O gesto intermitente, enfático, para cima e para baixo, indica
frequentemente uma tentativa de domínio, enquanto gestos mais
fluidos, contínuos e circulares indicam o desejo de explicar ou de
conquistar simpatia.
Comunicação
Postura

A postura é um sinal que participa no processo


comunicativo. Vários tipos de posturas existem nas diversas
culturas, havendo determinadas posturas que estão ligadas a
situações específicas de interação. Por exemplo, numa
cerimónia religiosa as pessoas ajoelham-se.
Comunicação

Movimento dos olhos e contacto visual

O poder do olhar pode assumir diversas formas e sugestões:


• Inicia o estabelecimento de relações;
• Comunica atitudes interpessoais,
• Complementa a comunicação verbal.

Neste contexto destacam-se três peculiaridades do olhar: a sua


evidência, o seu poder ativante e a sua capacidade de envolver o
interlocutor.

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