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À GESTÃO DE PESSOAS
MANUAL DE APOIO
Formadores:
André Moreira
Carla Teixeira
ÍNDICE
1. Gestão Interpessoal
1.1. Sintonia, empatia e flexibilidade na relação com o outro.….…………....……………................. Pág. 3
1.2. Escuta Ativa e a postura comportamental assertiva.…..……………….....………...................... Pág. 8
1.3. Comunicação Eficaz…Clareza e objetividade......………………............................................... Pág. 15
1.4. Passos para gerir o conflito de forma emocionalmente inteligente...................................... Pág. 17
2. Gestão Intrapessoal
2.1 A Resiliência |Transformar ameaças em oportunidades.....................................………..….... Pág. 19
2.2. Treino de Gestão de Emoções | Transformar o Stress num catalisador de ação.........…….... Pág. 20
2.3. Ferramentas de Organização.............................................................................................. Pág. 22
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1.GESTÃO INTERPESSOAL
Objetivos específicos:
É curioso, e quase dramático, observar alguém a insistir na comunicação dos seus pontos de
vista e dos seus assuntos quando o outro está cheio de preocupações e assuntos pessoais que
lhe enchem a cabeça e que lhe bloqueiam a disponibilidade para ouvir.
Na maior parte dos casos, seja numa negociação, numa gestão de conflitos ou numa reunião,
insistir nesta atitude não tem resultados.
Na comunicação, cada um de nós, pode optar por uma de três posições de perceção:
1ª Posição: Eu – Estar nesta posição significa estar na sua perspetiva, com consciência clara
de quais são os seus objetivos e com segurança na sua postura e naquilo que quer. É
fundamental que qualquer comunicador esteja seguro na primeira posição, pois só assim
poderá explorar outras posições de forma consistente sem se perder nelas. A maior parte das
pessoas não é capaz de ver outros pontos de vista e, não o faz, por receio de sair da sua
primeira posição, uma vez que não se sente suficientemente tranquilo com a hipótese de ver
outras perspetivas e poder depois voltar à sua.
2ª Posição: Outro – Estar nesta posição significa ver, ouvir e sentir a partir da perspetiva da
outra pessoa, como se estivesse no lugar dela (é a famosa, empatia). Comunicadores com
facilidade em se colocarem nesta posição são excelentes a criar confiança e a perceber as
necessidades dos interlocutores. É uma posição fundamental na negociação e na gestão de
conflitos, pois permite antecipar comportamentos e estratégias do adversário.
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3ª Posição: Observador (posição dos olhos de águia) – Estar nesta posição significa assumir a
posição de uma ‘pessoa neutra’, como se fosse um pássaro que observa a comunicação do
lado de fora. A partir desta posição, pode observar-se a si próprio, observar a outra pessoa
envolvida e a interação que se estabelece entre ambos. A grande vantagem desta posição é o
facto de ser distanciada emocionalmente. Desta forma, poderá analisar de modo racional os
elementos negativos e positivos que ambas as partes trazem como contribuição para a
situação, para que possam encontrar maneiras de resolver os elementos negativos e unir os
elementos positivos, no sentido de atingir a satisfação nos dois lados.
É claro que o ideal para se ser um bom comunicador é ter a flexibilidade de passar
constantemente pelas três posições; no entanto, lembre-se de que só chegará de forma
saudável à segunda se estiver seguro na primeira e só chegará à terceira se tiver uma
consciência clara das outras duas.
Para nos conseguirmos colocar em empatia com o outro, temos antes de mais sentir o ritmo
dele porque ritmos diferentes conduzem a sintonias diferentes.
Os estilos de comunicação
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Estilo Passivo: É o indivíduo que procura evitar o conflito,
mesmo que sofra com isso. Regra geral, apresenta voz
hesitante, atitude defensiva, contacto visual mínimo, e,
geralmente, é uma pessoa discreta. Coloca-se,
maioritariamente, na 2ª Posição de Perceção – O Outro – e a
sua preocupação é não criar confronto para não prejudicar a
relação.
Ao utilizar com frequência este estilo, a pessoa falha na expressão das suas necessidades ou
preferências, emoções e opiniões. Na medida em que a pessoa que tem este comportamento
é a primeira a violar os seus próprios direitos, acaba por dar ao outro a permissão para,
também ele, o fazer.
Exemplos:
-Aceder a realizar atividades que não lhe interessam só porque isto lhe foi solicitado,
Estilo Agressivo: Tende a ser individualista, uma vez que está mais
interessado nos próprios desejos do que preocupado com os outros
(1º Posição de perceção – “O Eu”). Tal comportamento apresenta
voz alta e máximo contacto (podendo mesmo sendo intrusivo). É
normalmente, honesto e frontal na emissão das suas opiniões, não
temendo o confronto.
Quem utiliza com frequência este estilo, expressa as suas necessidades ou preferências,
emoções e opiniões, mas de uma forma que é hostil, exigente, ameaçadora ou punitiva para
com o interlocutor. A pessoa que tem este comportamento defende os seus direitos, mas fá-
lo à custa da violação dos do outro.
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Exemplos:
Exemplos:
- «Se fosses mesmo um bom colega, tu...»/«se fizeres isso então eu não sei o que farei»
(chantagem emocional);
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- «Se eu fosse a ti...»/ «eu penso que devias» (decidir no seu lugar);
- Fingir-se cansado ou incapaz obrigando o interlocutor a decidir por ele /«não me importo»
(forçar passivamente o outro a fazer as coisas por ele, julgando-o depois se elas correrem
mal);
- «Talvez seja assim» (dito num tom de voz em que o interlocutor percebe claramente que
quer dizer «não!»);
- «Todos os outros pensam que esta é uma boa ideia» (pressionar o interlocutor fazendo-o
sentir-se isolado);
Ser assertivo é ser direto, honesto e genuinamente preocupado consigo e com os outros na
comunicação.
O comportamento assertivo pode ser definido como aquele que envolve a expressão direta,
pela pessoa, das suas necessidades ou preferências, emoções e opiniões sem que, ao fazê-lo,
ela experiencie ansiedade indevida ou excessiva, e sem ser hostil para o interlocutor. É, por
outras palavras, aquele que permite defender os próprios direitos sem violar os direitos dos
outros.
Exemplos:
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- Capacidade de fazer e receber elogios,
Pense no caso de um comercial que, perante qualquer que seja o cliente, apresenta sempre as
mesmas soluções, não procurando identificar, numa primeira fase, que tipo de cliente tem à
frente. Ao não explorar convenientemente a situação, observando e escutando ativamente,
está a perder a possibilidade de dar ao cliente precisamente aquilo que ele necessita, uma vez
que avança com soluções antes mesmo de conhecer o problema.
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Ironicamente, as pessoas consideradas interessantes não são aquelas que dizem muitas coisas
interessantes, mas aquelas que se interessam por nós e nos ouvem. Lembre-se que para ser
interessante é preciso que seja interessado.
Ao ser assertivo, comunica uma impressão de respeito próprio e de respeito pelos outros.
Encara os seus desejos, necessidades e direitos como iguais aos dos outros. Ganha,
influenciando, ouvindo e negociando de tal forma que os outros escolhem cooperar
livremente porque percebem que estão numa relação ‘ganhar-ganhar’.
Portanto, a assertividade não garante a não ocorrência de conflitos entre duas pessoas, o que
acontece é que, se duas pessoas em desacordo comunicam de forma assertiva, é mais
provável que reconheçam que existe um desacordo e tentem chegar a um compromisso ou,
simplesmente, decidam manter a sua posição respeitando a do outro.
Um aspeto que é importante ter em conta é que NINGUÉM é 100% assertivo com todas as
pessoas e em todas as situações. Para cada pessoa, a facilidade que tem em comportar-se de
forma assertiva depende muito da pessoa a quem esse comportamento se dirige (pais,
professores, amigos, namorado/a, crianças…) e da situação em que se encontra
(autoafirmação, expressão de sentimentos positivos, expressão de sentimentos negativos…).
Quando muito, pode-se dizer que a pessoa assertiva é capaz de se comportar com
assertividade com muitas pessoas e em muitas situações.
A assertividade não é uma característica inata que se tem ou não. O que acontece é que, as
aprendizagens que uma pessoa fez ao longo da vida conduzem a que, no momento atual, ela
tenha, ou não, a capacidade de se comportar de forma assertiva.
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Transformar linguagem negativa em positiva | dizer que “não” sem dizer que “não”.
Existe toda uma linguagem corporal assertiva que é necessário treinar na relação com o outro,
uma vez que confirma e sublinha o que se diz, pelo que deve ser concordante com o conteúdo
da mensagem.
No entanto, a escolha das palavras é fundamental para construir uma comunicação assertiva:
Vamos ilustrar com recurso a alguns exemplos, alguns tipos de abordagens assertivas mais
adequadas em determinadas situações difíceis, críticas ou embaraçosas.
Como se poderá comprovar pelos exemplos seguintes, adotar ou não uma comunicação
assertiva poderá fazer toda a diferença em termos dos resultados esperados, nomeadamente
no que diz respeito às reações das outras pessoas.
A=EMISSOR R=RESPONDENTE
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1. Disco Riscado: Habilidade que permite ser escutado. Mantenha-se firme no tópico
quando alguém estiver a fugir a um problema, fazendo com que se distraia ou deixe de insistir
no seu pedido, ou alguém a pressioná-lo a fazer o que não quer.
Exemplo:
A: Gostaria que limpasse os registos financeiros obsoletos, os que têm mais de 7 anos.
A: Percebo que tenha outras coisas para fazer, mas gostava que começasse com isso.
A: Sei que neste momento a próxima semana que parece preferível, mas começamos na 2ª f. a
preparar o orçamento para o ano que vem e eu gostava que o trabalho estivesse pronto antes
disso.
2. Claro e Específico: Seja claro, conciso e vá direto ao assunto. Seja frontal mas
educado. Não presuma que a outra pessoa sabe o que quer, só porque lhe deu um palpite.
Não preceda as suas afirmações ou pedidos com desculpas, alegações ou irrelevâncias. Este
palavreado em excesso deve-se a embaraço ou outra sensação de desconforto que obstrui a
sua frontalidade. Se for impreciso ou prolixo, o ouvinte não recebe uma mensagem clara,
pode não o entender ou interrompê-lo antes de se explicar. Não pergunte vagamente.
Exemplo:
3. Mostrar Empatia: Agradeça o que o interlocutor diz sobre a sua situação, as suas
dificuldades, opiniões ou sentimentos. Verá que o escuta e tem em conta o que é importante
para ele. É importante para criar compreensão mútua.
Exemplo:
R: Receio que possa haver algum atraso, devido a problemas com o nosso sistema
informático.
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A: Imagino que isso vos crie alguns problemas, mas este pagamento já venceu há uma
semana, e eu gostaria que na semana que vem já estivesse regularizado.
(Combine mostrar empatia com o disco riscado. São muitas vezes utilizadas de modo
combinado).
4. Lançar Poeira: É uma técnica que permite lidar com críticas e mesmo com
desvalorizações, se achar que contêm um elemento de verdade. O valor de lançar poeira
reside em desarmar a outra pessoa, ao reconhecer o elemento verdadeiro, mas sem se deixar
arrastar para um debate sobre os seus pontos fracos. Nega ao outro o gosto de o desvalorizar.
Lançar poeira tem desvantagens apesar do seu valor no campo da assertividade. A outra
pessoa pode achar que não a tiveram na devida atenção e que a situação não está resolvida.
Utilize com parcimónia e nunca em questões importantes.
Exemplo:
R: Você esteve impossível na reunião do Conselho de Gestão. O que é que lhe deu?
A: Suponho que estive um bocado impossível. Não faço ideia do que me deu.
Exemplo:
A: “Estou com dificuldade em decidir” e não “nestas situações sentimos dificuldade, não é?”
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6. Escutar Assertivamente: Mostre que escuta, ao agradecer os pontos de vista e
sentimentos do interlocutor (empatia) tanto de modo verbal como não verbal. Coloque
questões pertinentes, para clarificar ou obter mais informação.
Exemplo:
Se lhe tecerem uma crítica honesta, você pode concordar: está a ser honesto e beneficia com
a crítica. O crítico, por seu lado, fica a saber que teve em atenção o que disse.
Exemplo:
A: Sim reconheço que me atrasei 2 vezes esta semana. As minhas desculpas. Não vou falhar
para a frente.
8. Inquirição Negativa: Convite à crítica, para descobrir a razão exata porque alguém
está irritado, desagradado ou crítico em relação a qualquer coisa que tenha dito ou feito.
Trata-se de inquirição negativa, porque faz perguntas que podem conduzir a uma situação em
que pode ouvir algo de negativo a seu respeito. Dá-lhe a oportunidade de resolver a situação,
mudar o seu comportamento e construir uma base sólida para um melhor relacionamento no
futuro.
Exemplo:
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A: Pode dizer-me porque razão não fui chamada para a entrevista?
Exemplo:
A: Parece aborrecido. Tem a ver com a apresentação de vendas que fiz hoje? (inquirição
negativa)
R: Não me satisfez a maneira como correu. Penso que a meio deixei de captar as atenções e
eles são potenciais grandes clientes.
A: tive a noção de que não estava a correr muito bem. (afirmação negativa). Vou repensar a
apresentação e ver se posso remediar a situação. (proposta de mudança)
Exemplo:
R: Este é o melhor projeto que elaborou desde que se juntou a nós. Muito bem!
A: Muito obrigado. Fico contente. Pode explicar-me porque o considera o melhor?
Exemplos:
R: Você tem um problema de atitude. (Haverá uma crítica genuína por trás desta
desvalorização?)
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A: O que quer dizer exatamente com problema de atitude?
No fundo, diga aquilo que realmente quer dizer, da forma mais clara possível, e se necessário
use exemplos para ilustrar, mas jamais pressuponha que a outra pessoa já sabe o que
pretende dizer, apenas porque sugeriu ou deu pistas.
Antes mesmo de dizermos o que quer que seja, já estamos a comunicar, já estamos a
transmitir aos outros sinais, positivos ou negativos, com base nas nossas atitudes e
comportamentos.
Cada uma das pessoas que se cruza connosco, forma imediatamente uma primeira impressão
sobre nós, com base em todos os sinais que capta (a postura, a roupa, o olhar, o sorriso, a
voz…) e coloca-nos numa determinada categoria que, para ela, faça sentido, com base nas
suas experiências anteriores.
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Comunicar eficazmente implica estarmos cientes e preocupados com todos os sinais verbais e
não verbais que, consciente ou inconscientemente transmitimos aos outros e que influenciam
em muito o impacto que projetamos neles.
Os líderes atuais, necessitam comunicar com os seus colaboradores muito para além do
simples fornecimento de informação. É-lhes exigido que sejam capazes de, em simultâneo,
ter impacto positivo naqueles a quem se dirigem, conseguindo influenciá-los e mobilizá-los
para que desenvolvam ações concretas e se comprometam com a obtenção de resultados.
Comunicar eficazmente representa, pois, uma importante parte da vida de quem lidera.
Existem 3 Princípios essenciais que devemos respeitar para sermos capazes de comunicar com
maior eficácia:
1º) Se eu disse e eles não ouviram é porque eu não disse, ou seja “atirar a bola” não é
comunicar com eficácia, é apenas informar.
3º) Garantir a atenção do outro, “chamando com convicção, mas atirando com delicadeza”.
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Para comunicar com eficácia, devo garantir a atenção do outro, pelo que uma atitude firme e
convicta é decisiva. Por outro lado, devo deixar claro quais os meus objetivos dando, no
entanto, espaço a que o outro não esteja de acordo. Portanto, para ser mais eficaz na
comunicação, devo ser assertivo, respeitando as diferenças e o ritmo de cada um e
percebendo que tem de existir um equilíbrio ente o meu objetivo e a expectativa do outro. –
Assertividade.
A maioria das vezes, conotamos o Conflito como algo negativo, que traz instabilidade e
turbulência às equipas e às organizações. Algumas pessoas, caracterizadas, como sendo
conflituosas, são mesmo marginalizadas e consideradas emocionalmente instáveis.
Mas, na verdade, o Conflito é inevitável e é mesmo uma das fases de desenvolvimento das
equipas. Então, em vez de o procurarmos evitar, devemos aprender a geri-lo, pois de cada vez
que a equipa não sabe como lidar com a situação, a energia que deveria ser canalizada para os
resultados é direcionada para dentro e contra a própria equipa, tornando-se ela a sua pior
inimiga.
O primeiro passo para gerir eficazmente conflitos é procurar conhecer os factos o melhor
possível. A grande maioria das vezes, o conflito surge, tão-somente, porque nenhuma das
partes envolvidas se deu ao trabalho de explorar verdadeiramente o problema e identificar
concretamente o que cada um pretende alcançar.
Por exemplo, duas irmãs viveram um conflito porque tinham apenas uma única laranja e não
queriam partilhá-la. Parti-la ao meio não lhes parecia uma solução viável e no entanto, se não
o fizessem, aparentemente, alguém ficaria sempre a perder.
Mais tarde, acabou por se descobrir que uma apenas necessitava da casca para fazer doce de
laranja e que, a outra, apenas necessitava da polpa para produzir sumo. Ou seja, apesar da
laranja ser apenas uma, os objetivos das duas irmãs eram perfeitamente conciliáveis.
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Na maior parte das situações de conflito, isto também acontece, no entanto, a grande maioria
das vezes, os interlocutores estão mais focados na defesa de uma posição do que
propriamente em resolver o problema de forma satisfatória para ambas as partes.
Ora, se eu me mantiver sempre na minha posição e nunca procurar perceber o papel do outro,
colocando-me em empatia, a menos que o outro seja passivo ou que eu tenha, de alguma
forma, poder sobre ele, nunca chegaremos a um acordo.
2º Determinar o objetivo final de cada uma das partes envolvidas (o que cada um pretende);
7º Chegar a um acordo.
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2.GESTÃO INTRAPESSOAL
Objetivos específicos:
As pessoas e as equipas resilientes são flexíveis, são aquelas que se moldam e se recuperam a
cada obstáculo, que têm sentido critico, capacidade de análise e criatividade para "sair do seu
próprio quadrado", transformando ameaças em oportunidades.
Ser resiliente é ter controlo emocional sobre as adversidades, não permitir que os
acontecimentos ou as pessoas ditem o nosso estado emocional. As pessoas e equipas
resilientes têm a capacidade de aceitar e encaixar o feedback (mesmo que seja negativo), não
como um ataque pessoal mas como algo que nos pode ajudar a melhorar. Isto acontece,
sobretudo, porque mostram distanciamento, ou seja, separam o que são do que fazem.
A resiliência treina-se e é fundamental para nos ajudar a superar as dificuldades, uma vez que
as pessoas e equipas resilientes conseguem manter um equilíbrio estável sem afetarem o seu
rendimento e a sua vida em geral quando acometidos por situações traumáticas. A diferença
das pessoas que se recuperam de forma natural de um período disfuncional encontra-se no
fato de os indivíduos resilientes não passarem por este período, pois permanecem em níveis
funcionais apesar da experiência traumática.
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- Canalizando a energia para os resultados e não para o conflito,
- Dando e recebendo feedback de forma habitual (de forma a tornar este processo em algo
natural no funcionamento da equipa).
- Tendo consciência que os erros vão acontecer, logo, ao planear terão isso em conta de forma
a antecipar as respostas para os diferentes cenários.
Na verdade, até um determinado nível de pressão pode tornar-se benéfico já que este estado
mobiliza para ação e nos pressiona no sentido de alcançarmos o objetivo, melhorando assim o
desempenho. No entanto, para que assim seja, é necessário que o nível de pressão exercido
mantenha o equilíbrio do organismo.
As emoções são essenciais para a nossa sobrevivência, já que elas são o resultado do nosso
processo de adaptação. Mas para dosearmos a nossa energia, e transformarmos o stress em
catalisador de ação temos de aprender a geri-las.
As emoções secundárias são aquelas que o sistema límbico, por si só, é incapaz de gerar, já
que exigem a intervenção dos córtices pré-frontal e somatossensorial, na medida em que as
emoções secundárias necessitam da informação adquirida, de como têm sido efetuadas as
respostas emocionais do indivíduo para, depois, através do sistema límbico, desencadearem
as respostas e enviarem os sinais.
Quando dentro das nossas emoções secundárias, o sistema límbico e o neocórtex funcionam
de forma integrada, a interligação entre a amígdala e o córtex pré-frontal é fundamental para
a gestão da emoção na tomada de decisão.
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Em estados emocionais, positivos ou negativos, mas de pouca intensidade, esta interligação
permite que o sujeito dê uma resposta emocional consciente, baseada na sua experiência
adquirida, ponderada racionalmente e estruturada. No entanto, quando o sistema límbico
processa sinais de uma emoção muito forte, tal como a raiva, o medo, ou a ansiedade, é
inibida a função de análise e por consequência dos lobos pré-frontais - inibição cortical.
A emoção bloqueia a razão, uma vez que, perante o sinal de alarme, a amígdala envia
informação urgente para as outras partes do corpo, provocando os seguintes resultados:
Até que o equilíbrio do organismo seja reposto é a amígdala quem controla toda a situação.
- Stress acumulativo: que como o nome indica resulta de um acumular de situações do dia-a-
dia, tais como o transito, discussões, sobrecarga de trabalho, etc. Esta categoria de stress
pode ser gerida se recorrermos, com alguma frequência, às chamadas válvulas de segurança
que nos vão permitindo "esvaziar o copo" antes que ele transborde. Podemos usar válvulas de
segurança emocional (tais como estar com a família e os amigos, brincar com os nossos
animais de estimação, rir, enfim, tudo que transforme um estado emocional negativo em
positivo e que, portanto, volte a permitir a estimulação cortical). Podemos também recorrer a
válvulas de segurança físicas, como desporto, em que substituímos o stress que sentimos por
outro de curta duração, provocado pelo desporto ao nosso organismo.
Como vimos anteriormente, as pessoas resilientes não diminuem o seu nível de desempenho,
apesar de se depararem com situações traumáticas porque não permitem que os medo as
bloqueie do ponto de vista intelectual e encontram caminhos alternativos, "saindo do
quadrado" e procurando pensar de forma diferente.
O primeiro passo para que isto aconteça é mudarmos a nossa perceção da realidade, pois a
forma como olhamos para a realidade condiciona em muito as nossas respostas. A perceção é
o produto da nossa mente e do nosso cérebro e não dos nossos olhos.
Como o nosso cérebro não tem recursos ilimitados e é muito eficiente a fazer a gestão dos
mesmos, recorrendo a atalhos. Na verdade, podemos reprogramar o nosso cérebro,
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direcionando a atenção para "vermos de forma diferente", desconstruindo verdadeiramente o
problema.
Quer o stress, quer o conflito são inevitáveis. Em vez de procurarmos evitá-los devemos
aprender a geri-los pois de cada vez que nos vemos incapazes de lidar com a situação, a
energia que devia ser canalisada para os resultados torna-se a nossa pior inimiga.
F- Fatos
E - Emoções
I - Intenções
C - Consequências
A forma como vemos o problema é o problema. Ninguém gere o tempo. Não conseguimos
colocar as 17 horas antes das 15. 2004 só chega depois de 2003. Gerimos energias, dedicação e
esforço.
Assim, o que faz verdadeiramente a diferença é a sabedoria com que gerimos a energia,
dedicação e esforço que colocamos em cada uma das 24 horas do nosso dia... Aquilo a que
chamamos gestão do tempo não é mais do que saber colocar mais energia onde é mais
importante e colocar menos energia onde é menos importante...
Há cinco requisitos básicos que convém não esquecermos. Se respeitarmos a sigla REMAR,
seguramente estaremos a formular de forma mais eficaz os nossos objetivos.
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R – (Relevantes)
E – (Específicos)
M – (Mensuráveis)
A – (Alcançáveis)
R – (Registáveis)
Para além destas regras, um objetivo deve permitir dar resposta às seguintes questões:
Uma Prioridade é uma tarefa que fazemos antes de outra. O bom gestor de energia não está
sempre a trabalhar a 100%! Trabalha a 10% das suas capacidades quando as tarefas não são
prioritárias para poder dar os seus 90% naquilo que de facto interessa.
Estabelecer prioridades não é mais que distinguir o que é importante do que é urgente.
Urgência e Importância são qualidades distintas das tarefas.
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dedicação a atribuir à tarefa, isto é, quanto tempo vou gastar. O grau de urgência dá-nos o
prazo de realização, ou seja, quando vou fazer.
Para além da nobre arte de fazer com que as coisas sejam feitas, existe a nobre arte de deixar
as coisas por fazer. A sabedoria de vida está na eliminação do não-essencial. (Provérbio
chinês)
O primeiro passo para gerirmos de forma eficaz o nosso tempo é identificarmos claramente as
tarefas realizadas no dia-a-dia, analisando a forma como alocamos recursos e despendemos
diferentes níveis de esforço e energia para cada tarefa. Esta análise permite-nos proceder a
alterações estratégicas na forma como nos organizamos, de forma a tornar esta divisão mais
eficaz e produtiva.
- Serviços atrasados
• Perfeccionismo
• Frequentes interrupções
- Converter tarefas em objetivos, ou seja, criar alinhamento entre a minha meta e as tarefas
necessárias para a atingir e,
A matriz de prioridades
Como já vimos anteriormente, as tarefas podem ser ou não urgentes e ser ou não
importantes. Podemos fazer uma matriz de estabelecimento de prioridades e, a partir daí,
descobrir onde ir buscar mais tempo para o que é de facto importante.
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Matriz de Prioridades:
Reativas: Relacionam-se com a gestão do dia-a-dia. Podem ser urgentes, mas muitas vezes
não são importantes.
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Planeamento: definir e compatibilizar agendas para uma melhor organização individual e
da equipa
Um plano distingue-se de uma lista de tarefas simples (do tipo lista de compras no
supermercado) porque inclui:
• Ter atenção ao otimismo no tempo. Existe muita dificuldade em ser realista quanto ao
tempo que necessitamos para levar a cabo alguma tarefa. Erramos muito por subestimação
ao fazê-lo.
• Deixar um tempo para os imprevistos. Esse tempo depende de caso para caso. Devemos
começar por planear apenas cerca de 60% do nosso tempo livre total.
• Quando temos um trabalho complexo em mãos, podemos dividi-lo nas suas várias
componentes. Assim, em vez de escrever: Fazer o relatório X, escreva e planeie quanto tempo
leva a fazer cada uma das partes do projeto.
• Existe uma sequência mais proveitosa para cada conjunto de atividades. Essa sequência é a
que poupa tempo de umas tarefas para as outras.
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A CONSTRUÇÃO DO HORÁRIO
Marcar horários é decidir em que altura realizar a tarefa. Como construir um horário?
• O truque essencial ao fazer um horário é deixar o tempo necessário para cada tarefa mas
não tempo em demasia (por causa da tendência de deixarmos as coisas para a última hora e
da lei de Parkinson: “O ser humano gasta numa tarefa o tempo de que dispõe para a realizar”).
• Junte os itens semelhantes. Não crie fragmentações no seu dia, mais do que o que é
estritamente necessário. Por exemplo: Se tem de fazer telefonemas, faça-os todos de uma
vez.
• Faça com que o horário seja tão apertado quanto possível de manhã. É proveitoso que a
primeira hora do dia seja produtiva. Se o seu começo for pobre, então poderá ter de passar o
resto do dia a tentar apanhar o ritmo e terá mais ansiedade.
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tarefas pensadas para preencher estes mini-espaços de tempo podemos conseguir levar a
cabo grandes tarefas.
Liste coisas que pode fazer em 10 minutos. Lembre-se que uma hora é feita de 6 espaços de
10 minutos e, no limite, tudo é feito em espaços de 10 minutos. 10 minutos investidos num
trabalho agora podem implicar libertar-se de uma tarefa 10 minutos mais cedo. E isso pode
ser muito positivo.
• Insira no horário tempo de calma, tempo sem interrupções. Tempo calmo é uma excelente
maneira de aumentar a sua eficácia sem aumentar o seu nº de horas de trabalho.
• Seja fiel ao SEU horário. Pouco há a dizer sobre isto, para além de que a única maneira de
um horário funcionar é ser-lhe fiel.
• Avalie os seus horários. Antes de planear a semana seguinte pense: O que é que foi
cumprido? O que é que não foi cumprido? O que poderei fazer amanhã para evitar que isso
volte a acontecer?
A CONSTRUÇÃO DA AGENDA
1º) Deixar o tempo necessário para cada tarefa, mas não em demasia
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9º) Ser fiel ao horário
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3.O LÍDER EMOCIONALMENTE CONVINCENTE
Objetivos específicos:
Gerir a equipa tendo em conta as diferentes variáveis que podem influenciar o seu
funcionamento.
Num T.O. (Teatro de Operações), o mesmo se passa. O líder necessita ser capaz de fazer uma
boa leitura da situação para tirar o maior partido possível da realidade e da equipa de que
dispõe, para colocar pessoas certas nos lugares certos e potenciar o que cada um tem de
melhor, estando simultaneamente atento às fragilidades da equipa e de cada elemento que a
compõe. Isto implica estar atento a todos os sinais verbais e não verbais . É, por exemplo,
decisivo estar atento aos níveis de stress, bem como reconhecer quando os riscos já não são
aceitáveis. Uma situação de crise apresenta sempre algumas oportunidades - o líder tem de as
reconhecer e conseguir aproveitá-las em tempo útil.
Trabalhar em equipa não é algo natural...Trabalhar em equipa implica percebermos que esta é
composta por um conjunto de elos... como em qualquer cadeia, a equipa tem a resistência
que tiver o seu elo mais fraco...
O ser humano, de um modo geral, pensa primeiro em si próprio e só depois, (se o fizer!),
pensa e age coletivamente. Preocupação com o outro, entreajuda e cooperação, para
acontecerem, requerem um enquadramento determinado. Ninguém ajuda ninguém se desse
ato não retirar algum benefício próprio.
O que significa que não é nada fácil potenciar a ação individual das pessoas que compõem as
equipas, ao serviço do coletivo e com o objetivo do todo ser maior que a soma das partes.
Muito menos dirigir pessoas de modo a conseguir compatibilizar a cada momento, objetivos
individuais e coletivos.
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Os obstáculos que se levantam ao trabalhar em equipa são muitos e diversificados. Antes de
mais, o ego de cada um de nós. Enganam-se os que anunciam pomposamente colocar os
objetivos da equipa à frente dos seus. Nenhum de nós o faz com total desprendimento. Bem
pelo contrário! Mesmo quando o dizemos e assumimos, o compromisso de o fazer, certas
atitudes e comportamentos do nosso dia-a-dia ilustram de modo claro que não é bem assim.
Incomoda-nos abdicar dos nossos interesses particulares sempre que tal signifique retirarem-
nos da nossa “zona de conforto”. Mas é inquestionável que, por razões de sobrevivência,
conquista de poder, simples resistência à prepotência dos mais fortes ou, pura e
simplesmente em busca do encontro de soluções mais eficazes na resolução dos problemas
diários, acabamos muitas vezes por encontrar no trabalho coletivo um suporte decisivo.
Quando fazemos parte de uma verdadeira equipa, sentimos a cada momento uma
inquestionável identificação coletiva. Aglutinamo-nos ao redor de regras de vida coletiva que
enquadram as nossas atitudes e comportamentos, bem como de valores e princípios
reconhecidos por todos. Fazemos parte de algo de que nos orgulhamos de pertencer.
Mergulhamos numa cultura vigente que funciona como um verdadeiro fator aglutinador.
Aprende-se com os erros e verifica-se uma constante preocupação com a melhoria contínua.
Trabalhar em equipa pressupõe dar, mais que receber, aceitar e conhecer os outros tal como
são, libertarmo-nos de egoísmos e cooperar ao serviço de um objetivo comum. E acima de
tudo ser capaz de estabelecer uma rede de relações interpessoais onde imperem a confiança e
o respeito mútuos.
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FASES DAS EQUIPAS
As equipas são tal qual como as pessoas, nascem, crescem, desenvolvem-se e morrem.
Conforme a figura, após o momento de formação de uma equipa, verifica-se uma óbvia
quebra de rendimento. Tarefas indefinidas e desconhecimento dos objetivos, autoridade
ainda não reconhecida da liderança, falta de confiança e de identificação coletiva, saída da
“zona de conforto” provocada pelo confronto com as primeiras dificuldades contidas na
realidade, etc., produzem uma clara perda de rendimento.
Por via de um estilo de liderança visionário, diretivo e dirigista, logo seguido de um “coaching”
preocupado com a melhoria de competências dos membros da equipa, a fase de confronto
será ultrapassada e a normalização acontecerá.
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- “STORMING”, INSATISFAÇÃO (CONFRONTO/CRISE)
Requer ajuda para resolver questões de poder, controlo e conflito e trabalhar mais em equipa.
(Objetivos de vida, modo como nos lideram). Consoante cada um destes aspetos,
desenvolvemos naturalmente o nosso estilo de liderança dominante.
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O que significa que o estilo de liderança a ser utilizado junto daqueles que dirigimos deve
respeitar acima de tudo as suas necessidades.
O que nos permite concluir que não há, em geral, um estilo de liderança ideal, mais positivo
que outros. Existem sim estilos de liderança mais adequados a cada uma das diferentes
circunstâncias em que se encontram as pessoas e equipas num determinado momento.
Conforme essas circunstâncias, o líder requer ser capaz de se apresentar à equipa com quem
trabalha os estímulos que ela requer, (com o maior impacto possível!), para que aconteçam a
motivação e o empenho desejados.
Portanto, não há um bom líder em abstrato, mas sim o líder que a equipa precisa a cada
momento.
Estilos de Liderança:
Visionário: capaz de arrastar consigo todos aqueles que o rodeiam no sonho que, em
devido tempo, lhes soube propor alcançar.
Dirigista: sempre que percebe que mais do que delegar, é importante dar o exemplo e
demonstrar como se faz.
É muito importante que quem lidera equipas saiba que estilos de liderança utilizar em cada
uma destas fases:
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Na fase de Normalização, o estilo de liderança a utilizar deve ser o de apoio (Relacional),
destinado a aumentar a confiança, coesão, segurança. É necessário muito apoio e
colaboração, encorajar a expressão de perspetivas diferentes, partilhar responsabilidades de
liderança, observar e avaliar continuamente o funcionamento da equipa. Há um cada vez
maior enfoque no rendimento, na produtividade e na melhoria de competências.
Quando trabalhamos em equipa existem quatro variáveis, qual delas a mais importante:
Em termos mais objetivos, importa acima de tudo considerar tudo o que respeita ao líder, à
equipa e à tarefa a desenvolver.
Cada grupo de trabalho tem características próprias e desenvolve uma personalidade coletiva
que a diferencia das restantes. O que facilmente nos leva a concluir que na maioria das vezes,
aquilo que funciona em termos de liderança com uma determinada equipa, pode não resultar
com outra.
A um líder impõe-se como é óbvio que seja justo. "Tratar todos com justiça, mas nunca todos
por igual” Que significa a necessidade de, ao contrário do que tantas vezes se ouve dizer, não
tratarmos todos por igual, ou dar a todos as mesmas oportunidades. Tratar todos por igual,
significa sermos injustos com aqueles cujas atitudes e comportamentos são desde a primeira
hora mais positivos e merecedores do nosso reconhecimento.
A preocupação principal é a de sermos justos em tudo o que fazemos, sem no entanto nos
preocuparmos em demasia com a possibilidade de darmos iguais oportunidades a todos os
elementos da equipa.
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Os que melhores atitudes e comportamentos forem revelando ao serviço da equipa, devem
merecer da parte do líder maiores atenções e cuidados.
Para tal, as regras devem estar claramente definidas logo desde o inicio para que possamos ir
gerindo consequências consoante o comportamento de cada um dos colaboradores vão
estando ou não em consonância e de acordo com as regras previamente estipuladas.
A - Anthecedents (regras)
B- Behaviors (Comportamentos)
C - Consequences (Consequências)
Mobilizar a Motivação
Para mobilizar a mobilização dos colaboradores, quem dirige deve ser capaz de trabalhar com
base na aplicação da ferramenta FAME, (feedback, achievement, motivation e expertises):
Motivation”, representada por cada um a fazer aquilo que gosta e que melhor faz,
recebendo por isso o retorno intrínseco e extrínseco que precisa e sentindo as suas
expectativas recompensadas. Conseguindo que todos os membros da equipa se
identifiquem e sintam envolvidos na concretização dos objetivos comuns existentes.
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de personalidades, saberes, experiências, especialidades, etc. e uma enorme vontade
expressa de trabalharem em conjunto, confiando e respeitando-se mutuamente.
Também a definição prévia de regras de vida coletiva e da tarefa que pertence a cada
um dos seus membros, tal como um constante alerta face à realidade em que a equipa
se integra.
Nestes contextos, quem vai intervir no terreno para dar resposta, por exemplo, a um pedido
de socorro, deve agir rapidamente e sem grandes hesitações.
Forma e
Conteúdo
Na verdade, o que dizemos pode não ser tão importante como a forma com que dizemos.
Se alguém tem uma mensagem importante a transmitir mas, fá-lo de uma forma burocrática e
monótona, há grande probabilidade de que a mensagem não provoque a reação ou o impacto
desejado. Por outro lado, se a mensagem for transmitida com entusiasmo e convicção, as suas
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hipóteses de atrair a atenção dos destinatários são muito maiores, ainda que o conteúdo não
seja brilhante.
Para comunicar e ter impacto é preciso ser capaz de conseguir transmitir emoções e
sentimentos.
Para isso é necessário sermos coerentes e honestos com aquilo que defendemos, recorrendo a
dados e factos mas também, e acima de tudo, envolvendo quem nos ouve com aquilo que
dizemos, o que implica sermos emocionalmente convincentes.
Assim, o objetivo é procurar a comunicação não verbal verdadeira e espontânea, pois todos
sabemos que muitas das nossas expressões faciais não são espontâneas, mas sim planeadas,
ou para expressar algo que desejamos comunicar ou para reprimir algo que não queremos
comunicar.
Alguém disse que ‘transpiramos quem somos e o que pensamos, através de cada poro da
nossa pele’.
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- Faz inflexões, enfatizando as mensagens essenciais para captar e centrar a atenção?
Expressões faciais – Todos os sinais, uma vez que o rosto é, por excelência, a área da
expressão emocional: a cor da pele, os micro-sinais de tensão muscular, o franzir das
sobrancelhas, os movimentos dos lábios, a atividade dos olhos, o movimento de
piscar, a dilatação das pupilas, a direção e foco do olhar, etc.
Veja a incrível vantagem que isto lhe trás numa negociação, numa abordagem comercial, nas
relações com a sua equipa ou mesmo nas relações interpessoais. O que
distinguiu os grandes sedutores da história foi a capacidade de perceber
quando um NÃO verbal era, na verdade, um SIM não verbal. E comunicar
é seduzir.
O objetivo principal a atingir por um líder, é o de acima de tudo ser capaz de melhorar a
qualidade dos contributos dos que consigo colaboram, ajudando-os a serem mais
competentes, (não só de um ponto de vista técnico, mas também comportamental!),
possuírem cada vez maior capacidade de decisão e criatividade, serem mais confiantes e
empenhados. Um líder é tanto melhor quanto melhor preparados estão os seus colaboradores
para desempenhar as tarefas, mesmo na sua ausência. A qualidade de um líder vê-se pelo
“rastro” que deixa atrás de si.
Um Líder eficaz deve intervir como treinador, ensinando, acompanhando, treinando e dando
feedback. O primeiro passo para conseguirmos dar feedback de forma eficaz é observarmos o
mais pormenorizadamente possível a realidade para que possamos devolver à nossa equipa, e
a cada um dos colaboradores, os factos tal qual eles são.
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disponíveis estivermos para os que connosco colaboram, maior disponibilidade
conseguiremos da parte deles.
Quando é feito de forma correta, o feedback funciona como um espelho. Permite-nos refletir
na forma como os outros encaram o nosso comportamento.
A maioria das vezes, o feedback é dado para apontar às pessoas aquilo que fizeram de mal e
como podem melhorar. Como líder, também deve dar feedback positivo e encorajar para que
as pessoas saibam o que fizeram de correto. Feedback positivo é essencial. Ajuda as pessoas a
saberem usar as suas capacidades e motiva-as a desenvolver o seu potencial.
O seu feedback deve ser sobre ações específicas e não uma situação em geral –
especialmente quando está a discutir um problema. A maioria das pessoas reage mal
quando confrontada com feedback negativo. Mas, se o feedback focar apenas o
comportamento específico (factos) que está errado, será mais fácil para a outra
pessoa ouvir os comentários e compreender exatamente o que é necessário mudar.
Por fim, o feedback é eficaz quando é motivado por uma atitude sincera e
honesta, preocupada em ajudar. Dê feedback sempre que pretender, de forma
sincera, apoiar alguém.
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Como estruturar o feedback?
Para tornar o feedback mais eficaz lembre-se que deve seguir uma estrutura de raciocínio e
discurso lógica e coerente. Sugiro os seguintes passos:
3º Reconheça os aspetos positivos, assinalando: O que a equipa fez bem? / Porquê? / Qual o
impacto?
4ª Aponte os aspetos que podem melhorar, assinalando: O que a equipa fez mal? / Porquê? /
Qual o impacto?
Conceitos básicos:
• Há seis diferentes chapéus imaginários que cada um de nós pode pôr e tirar conforme
o momento.
• Cada Chapéu tem uma cor diferente e representa um modo diferente de pensar.
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HO
Este é o chapéu vermelho é o chapéu das emoções, sentimentos, palpites e intuição.
Exemplos:
- “A intuição diz-me que esta decisão vai ser boa para nós…”
Este chapéu serve também para desanuviar o ambiente e pôr todos no mesmo cumprimento
de onda. Apela ao lado emocional das pessoas pelo que, há permissão para exporem o que
sentem sem terem, necessariamente, de se justificar.
O “Grito de guerra” pode ser usado para que toda a equipa coloque o chapéu vermelho.
TO
O chapéu preto está associado à crítica, aos riscos, aos obstáculos e à cautela.
Exemplos:
Este chapéu é usado, com frequência por quem, na equipa tem um apurado sentido crítico, e
não teme dizer com frontalidade o que, do seu ponto de vista, está errado.
Permite à equipa colocar os “pés no chão” mas, sem uma liderança firme, provavelmente, irá
entrar em choque com pessoas que usam normalmente, outros chapéus.
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Sempre que o grupo está muito desmotivado, o líder deve ter especial atenção para não
permitir que o chapéu preto domine as intervenções e desmobilize ainda mais a equipa.
ELO
O chapéu amarelo é o oposto do chapéu preto e representa os benefícios, as vantagens, a
visão positiva e a viabilidade.
Exemplos:
Sempre que colocamos o chapéu amarelo, estamos a mostrar à equipa uma visão optimista
da realidade, procurando ver o lado positivo das coisas.
NCO
O chapéu branco representa a informação, os factos e os dados.
Exemplos:
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DE
O chapéu verde é o chapéu da criatividade, da evolução, das novas ideias e das soluções.
Exemplos:
Quando usamos o chapéu verde não temos, necessariamente de ser lógicos e procuramos
mover-nos para outras ideias e sugestões que ainda não foram abordadas. É o chapéu do
pensamento divergente.
UL
O chapéu azul simboliza a “visão de helicóptero” e a facilitação do processo.
Exemplos:
- “Essa situação não faz parte da agenda portanto, terá de ser discutida na reunião da próxima
semana…”
O chapéu azul é usado pelo líder que controla o processo e facilita a reunião, conduzindo-a,
sumarizando e definindo planos de ação para a concretização dos objetivos. Sempre que o
grupo se desfoca, o papel do chapéu azul é trazê-los de volta ao assunto que realmente
interessa e que ficou, inicialmente, definido quando apresentou a agenda.
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A técnica dos “Seis chapéus do pensamento” pode ser utilizada com variadíssimas finalidades
mas, permite-nos sobretudo organizar e estruturar o pensamento, alertando para o facto de
que para termos mais impacto e sermos mais eficazes, há uma determinada sequência que
deve ser respeitada. Por exemplo, devo começar sempre pelo chapéu azul, ou seja, definir o
problema que pretendo resolver, ou os temas que vou abordar no feedback ou na reunião.
Por outro lado, se usar o chapéu preto antes do amarelo, estarei a diminuir a probabilidade da
equipa me escutar com atenção e de ver o lado positivo do tema, pois já os desmotivei
previamente com todos os aspetos negativos.
Finalmente, não posso conduzir um feedback ou uma reunião apenas com a apresentação de
aspetos positivos e negativos, pois para ter impacto e mobilizar a motivação dos
colaboradores devo conduzir o grupo a encontrar soluções e alternativas, com os quais nos
teremos de comprometer para ter sucesso. Caso contrário, saberão o que está bem e o que
está mal mas, sairão da reunião sem saber como fazer para melhorar.
Para tornar o feedback mais eficaz lembre-se que deve seguir uma estrutura de raciocínio e
discurso lógica e coerente. Sugiro os seguintes passos:
3º Reconheça os aspetos positivos, assinalando: O que a equipa fez bem? / Porquê? / Qual o
impacto?
4ª Aponte os aspetos que podem melhorar, assinalando: O que a equipa fez mal? / Porquê? /
Qual o impacto?
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3.4. GERIR E GERIR-SE EM CONTEXTO DE MUDANÇA
- A capacidade de iniciativa,
- A flexibilidade,
- A recetividade,
- A resiliência,
Por outro lado, é importante existirem nas equipas figuras-chaves que funcionem como
agentes de mudança, que mobilizem e inspirem os restantes elementos, providenciando
suporte e apoio para que se superem resistências.
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4. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA | SUGESTÕES
Lothar J. Seiwert; “Como Chegar Depressa, Indo Devagar”; 2008, editor: Centro Atlântico,
Coleção: Desafios
Lothar J. Seiwert; “A Estratégia dos Ursos: Na calma reside a força”; 2010, Centro Atlântico,
Coleção: Desafios
Polly Bird; “Gestão do Tempo”; 2004, Coleção: Espírito de Negócios, Atual Editora
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