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Apostila de Psicologia 2ª etapa eletrotécnica

Muitas vezes evitamos expressar nossos verdadeiros sentimentos por medo de não
sermos aceitos por aqueles que nos rodeiam. Projetamos outro eu, socialmente "mais
agradável", suprimindo o que sentimos.
Mas como parece paradoxal tentar ser aceito pelos outros quando você mesmo não
aceita o seu verdadeiro eu e expressa algo diferente de quem você é?
A opressão das emoções começa em nossa infância. De acordo com Miller, quando
crianças aprendemos a esconder aqueles sentimentos que nossos pais achavam difícil
e indesejável obter aceitação e amor. Mais tarde, quando crescemos, todos tivemos
uma experiência dolorosa (perda, fracasso etc.) que nos machucou tanto que tivemos
medo e evitamos sentimentos dolorosos.
As emoções humanas são absolutamente úteis não apenas para a nossa
sobrevivência, mas também para o nosso bem-estar, pois elas nos fornecem uma
gama de informações sobre nossas necessidades.

Quando resistimos ou reprimimos nossos sentimentos desagradáveis, eles


gradualmente se acumulam, resultando em mais e mais controle sobre nós. Com o
tempo, esses sentimentos podem se transformar em transtornos mentais.
Por outro lado, quando simplesmente permitimos que eles existam e nos entregamos
a eles, estamos abertos a ouvir o que eles têm a nos dizer e a entender sua causa
real. Portanto, nosso objetivo deve ser usar nossas emoções, em vez de combatê-las.
Muitas vezes há uma tristeza profunda por trás da raiva intensa. Se ignorarmos o
sofrimento e agirmos com raiva, não seremos capazes de atender às nossas reais
necessidades.

O que é a comunicação?
Podemos definir que Comunicação não é o que se diz, mas é tudo aquilo que o outro
compreendeu do que foi dito, ou seja, quanto maior a compreensão de nosso
propósito, mais eficaz será a comunicação estabelecida. Você já pensou nisso?
Comunicar é a capacidade que o ser humano tem de se interagir com o outro por meio
de sinais (verbais ou não verbais), e, para isso, utilizamo-nos desses tipos de
linguagem para nos fazermos compreendidos.
Compreender o que o outro deseja implica requisitos básicos de um rápido
processamento de informações, como a estrutura, conhecimento e aspectos culturais
da língua. Fatores como época, localização geográfica e modismos podem interferir na
qualidade e sucesso do processo de comunicação.
A linguagem utilizada para a comunicação, por sua vez, poderá ser:

• Verbal – Ocorre quando o homem utiliza-se da palavra (seja oral ou escrita) como
código de linguagem no processo de comunicação. A linguagem verbal é encontrada
na forma de comunicação rotineira entre as pessoas, em leituras de jornais, revistas e
artigos diversos; e em discursos ou palestras, ou em qualquer conversação.

• Não Verbal – Utilizam-se como código de linguagem os movimentos faciais e


corporais, além do uso de símbolos e outras “pistas”, que indicam a intenção
comunicativa. Ocorre quando dizemos que “os olhos falam”, os gestos denunciam e
determinados movimentos comunicam.
• Linguagem Mista – Envolvem a audição, visão e o movimento. É o caso do teatro,
televisão e cinema.

Comunicar é interagir com o outro, utilizando-se de mensagens, por meio de todas as


linguagens possíveis, tanto verbal quanto não verbal. E, para que ela se concretize, é
preciso que saibamos falar, ler, ouvir, ver e sentir. Assim aprenderemos a
compreender.

Existe no mercado de trabalho atual dois tipos de competências que são divididas
entre HARD SKILLS e SOFT SKILLS. HARD SKILLS são as competências técnicas e
SOFT SKILLS são as competências emocionais. A comunicação é uma das
principais competências emocionais necessárias a todo o ser humano, principalmente
no mundo em que se vive, numa época de constantes mudanças, em que as
empresas dão cada vez mais valor a isso. É uma competência fundamental para o
profissional que quer obter sucesso no mercado de trabalho e na vida.
Psicologia e a comunicação
Escuta
Escuta # ouvir

O significado de ouvir remete ao sentido da audição, é aquilo que o ouvido capta. Já o


verbo escutar corresponde ao ato de ouvir com atenção.

Ou seja, escutar é entender o que está sendo captado pela audição, mas, além disso,
compreender e processar a informação internamente.

De acordo com a psicologia, a escuta ativa é uma técnica de comunicação assertiva,


baseada na aceitação, no não julgamento prévio. Ela importa para saber ouvir e
perceber as razões e sentimentos dos outros.

Quando a gente vai no medico e ta angustiado pq ta sentindo uma dor. Quando


vc sente que o médico é uma pessoa que te escuta e vc sente que ele quer te
ajudar. As vezes a dor até ameniza. Não é pq o problema físico deixou de existir,
mas pq muito da sua dor é potencializada pela angústia e ansiedade de não
saber o que vc tem. Você está atendendo um paciente que está muito agitado
fazendo diferentes demandas de atendimento e nenhum profissional consegue
acalmá-lo. Voce é chamada para resolver a situação. Voce percebe que as
pessoas não escutam o que o paciente pede. E vc tem a sacada de escutar o
paciente e tentar ver o que é possível fazer dentro do que ele solicitou.

Eletro

Você está no meio da negociação com seu cliente e o mesmo está expondo suas
necessidades e dúvidas. Voce tem um chefe da empresa que você trabalha que quer
que você atinja uma meta de venda e você ta com prazo apertado pra cumprir essa
meta. Você poderia oferecer a ele o produto que precisa vender para atingir a meta
daquele mês. Numa posição de escuta você se preocupa com as reais
necessidades de seu cliente e as ouve. Por fim, oferece a ele exatamente o
produto que precisa.
Comunicação assertiva

Comunicação passiva
A comunicação passiva é aquela complacente. Ou seja, estamos falando de pessoas
que acabam por aceitar as coisas apenas para evitar conflitos, por mais que não
pensem que aquilo seja justo ou vá ser bom para elas.

Pessoas passivas geralmente são mais submissas e tendem a acreditar que as outras
pessoas são mais importantes. Com frequência adotam uma postura mais recolhida
com voz e olhar baixo. Por colocarem a vontade dos outros sempre em primeiro lugar,
essas pessoas geralmente tem dificuldades em atingir seus objetivos.

Vamos a um restaurante e pedimos ao garçom, por favor, que traga um bife 'bem
passado'. Quando ele o traz, não está como queríamos, mas não dizemos nada. No
momento em que o garçom nos pergunta sobre a comida, respondemos “muito boa”,
mesmo que não seja verdade.

Comunicação assertiva
Para começarmos a entender do que se trata essa comunicação, vamos,
primeiramente, entender a origem da palavra assertividade. Ela deriva da palavra em
latim Assertus, que significa: “afirmar, manter, clamar direitos sobre algo”. Ou seja, a
comunicação assertiva é aquela que usamos para fazer valer nossos direitos e
expressar nossas vontades.
A assertividade é uma grande virtude, uma vez que esse tipo de comunicação não dá
margem para enganos e gera confiança e empatia. Ou seja, pessoas assertivas
geralmente vão direto ao ponto, mas sem serem agressivas. Elas garantem seus
direitos e suas vontades sem passar por cima de ninguém.

Ela é baseada no equilíbrio. Desse modo, pessoas assertivas acreditam e agem de


acordo com a premissa de que todos são iguais e merecem respeito. Elas respeitam
elas mesmas ao fazer valer suas vontades e direitos, ao mesmo tempo que
asseguram que os direitos e vontades dos demais também estão sendo respeitados.
Geralmente adotam uma postura mais aberta e receptiva e conseguem fazer contato
direto com as pessoas sem intimidar.

Todos os dias, quando você chega em casa do trabalho, seu marido e seus filhos a
ignoram e continuam fazendo o que seja que estão fazendo. Ninguém a reconhece ou
pergunta como foi seu dia. Uma forma de comunicar seu desconforto de maneira
assertiva seria: "Me sinto triste quando chego em casa e ninguém parece feliz em me
ver ou me pergunta como foi meu dia. Me sinto sozinha e desvalorizada." As pessoas
assertivas sempre dizem qual é o problema, em vez de assumir que os outros sabem
o que pensam, sentem ou precisam.

Às vezes, não nos expressamos porque temos medo de como a outra pessoa reagirá
(Ela ficará aborrecida? Não vai gostar de mim se eu disser isso?). As pessoas
assertivas entendem que não tem nenhuma responsabilidade sobre a maneira como a
outra pessoa decide reagir - isso é coisa sua. Um ser humano normal compreenderá
que todos temos necessidades e desejos e que devemos expressá-los livremente.

Comunicação agressiva
A comunicação agressiva é baseada em usar um tom de voz elevado, utilizar posturas
fixas e por vezes utilizar de gestos e palavras que desafiam e intimidam as pessoas.
Geralmente se utilizam de hostilidade e sarcasmo para se comunicar. A pessoa
agressiva costuma se ver superior aos outros, o que ‘dá o direito’ de interromper e
desrespeitar os demais.

Pessoas agressivas tendem a acreditar que as coisas devem ser feitas do seu jeito,
pois elas que ESTÃO CERTAS e o jeito dos outros é errado. Costumam se irritar,
irritar aos outros e arranjar inimigos com facilidade.

Uma pessoa vai comprar e percebe que o vendedor lhe deu a troca errada,
devolvendo menos dinheiro do que deveria”.

– Resposta 1 (comunicação assertiva): «Você me deu o troco de menos, eu te dei 20 a


passagem é 7 e você me deu 12, não se preocupe, todos podemos cometer erros».

– Resposta 2 (comunicação passiva) »Desculpe-me, acho que você me deu menos


troco, embora eu não tenha certeza se paguei com uma nota de 20 ou se fosse 10 ″.

– Resposta 3 (comunicação agressiva): «Ei, você estava errado. Paguei 20 reais e


você não prestou atenção no seu trabalho.

• Empatia: é possível?
• Cada um sente de um jeito. Isso não quer dizer que você não possa escutar a
dor do outro. Podemos nos colocar em um ponto de vista, mas somos muito
mais...
Cada pessoa tem uma historia de vida única. As experiencias pelas quais você passou
podem ser parecidas, mas nunca serão iguais a de ninguém. Ao tentar se colocar em
um lugar em que não se cabe, você corre o risco de relativizar alheio ao fazer uma
comparação ou um julgamento.
Frases como “eu já passei por isso e ficou tudo bem”., “ tem tanta gente pior por aí” ou
qualquer receita de como passar por um momento difícil podem se tornar violências.
Psicanalise e comunicação
Para a psicanálise eu as vezes não consigo expressa tudo aquilo que quero.
O que eu digo nunca é aquilo que você escutou é apenas uma fagulha de um dito.
Eu digo, mas você não escuta de onde quero que me escute, entre o que eu falo e
você escuta existe um abismo de distância.
Ao mesmo tempo, Freud dizia que onde não há palavra, há violência. A violência
exclui a palavra. Não desprezemos a palavra , afinal de contas ela é um instrumento
poderoso é o meio pelo qual transmitimos nossos sentimentos aos outros, nosso
método de influenciar outras pessoas. As palavras podem fazer um bem indizível e
causar terríveis feridas.

Temperamento, caráter e personalidade


Somos a soma de vários fatores: hereditariedade, fatores ambientais, fisiologia.
Temperamento: combinação das características as quais nascemos.
Caráter: é o temperamento mais civilizado.
Personalidade: aquilo que mostramos ao outro.

Copa da árvore – a que mais chama atenção, a parte mais visível do comportamento.
Que é a personalidade.
Caule – precisa ser forte para sustentar as folhas, flores e frutos. A ele corresponde o
caráter que é o conjunto de traços psicológicos e morais de uma pessoa.
Raízes – são a base da árvore. Responsável pela absorção, reserva e distribuição de
nutrientes. A ela corresponde o temperamento. Resultado da genética e das
transformações ambientais.

Todos os temperamentos tem qualidades e dificuldades a serem superadas.


Temperamento:
Veículo de expressão da individualidade
Se expressa com maior potência a partir dos 7 anos
Pode mudar com a maturidade

Esse estudo tem mais de 2500 anos a partir de Hipocrates que é o pai da medicina
ocidental. Na sua teoria dos 4 humores corporais:
Sanguineo – pessoa curiosa, extrovertida, animada e sociável – típico de pessoas,
bem-humoradas, sociáveis e instáveis.
Fleumatico – pessoas mais lógicas, que pensam bastante antes de agir e ao toma-la é
definitiva, introvertida, detesta conflito.
Colérico – perseverança e racionalidade bem marcadas, rancorosas, soberbas,
impulsiva e de humor mais variado.
Melancólico – cuidadoso e não gosta de mudanças. Pessimista, característico de
pessoas tristes e sensíveis.

As pessoas podem ter porcentagens destes temperamentos.


Tipos psicológicos
— Extrovertidos (E): pessoal que se sente motivada/energizada através da interação
com outras pessoas, geralmente agem antes de pensar.

— Introvertidos (I): aquele indivíduo que se sente motivado/energizado pelo


engajamento em atividades solitárias, preferem refletir muito antes de qualquer ação.

Caráter: “Conjunto de qualidades (boas ou más) que distinguem (uma pessoa, um


povo); traço distintivo: o caráter do povo brasileiro”. Comportamento: “Conjunto das
atitudes específicas de alguém diante de uma situação, tendo em conta seu
ambiente, sociedade, sentimentos, etc”. Personalidade: “As características próprias
e particulares que definem moralmente uma pessoa”.

Temperamento: “Conjunto dos aspectos psicológicos e morais que condicionam o


modo de ser e de se comportar: temperamento calmo.

Transformações do Trabalho

A Revolução Industrial – 1760 – 1840 foi o período de grande desenvolvimento


tecnológico que teve início na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e
que se espalhou pelo mundo, causando grandes transformações. Ela garantiu o
surgimento da indústria e consolidou o processo de formação do capitalismo.

"A Segunda Revolução Industrial iniciou-se na segunda metade do século XIX, entre
1850 e 1870, e finalizou-se no fim do Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945.
Essa fase da Revolução Industrial representa o início de um novo período da
industrialização, vivida inicialmente na Inglaterra, mas que se expandiu para outros
países.

As fases da Revolução Industrial simbolizam um novo patamar alcançado no


desenvolvimento da civilização humana, no que diz respeito aos avanços tecnológicos,
ao surgimento de novas indústrias, bem como à capacidade produtiva de cada uma
delas."
A terceira revolução industrial: século XX. também conhecida
como Revolução Tecnocientífica, iniciou-se na metade do século XX, após a
Segunda Guerra Mundial. Essa fase representa uma revolução não só no setor
industrial, visto que passou a relacionar não só o desenvolvimento tecnológico voltado
ao processo produtivo, mas também ao avanço científico, deixando de limitar-se a
apenas alguns países e espalhando-se por todo o mundo. A introdução
da biotecnologia, robótica, avanços na área da genética, telecomunicações, eletrônica,
transporte, entre outras áreas, transformaram não só a produção, como também as
relações sociais, o modo de vida da sociedade e o espaço geográfico.
Todo esse desenvolvimento proporcionado pelos avanços obtidas nas diversas áreas
científicas relacionam-se ao que chamamos de globalização: tudo converge para
a diminuição do tempo e das distâncias, ligando pessoas, lugares, transmitindo
informações instantaneamente, superando, então, os desafios e obstáculos que
permeiam a localização geográfica, as diferenças culturais, físicas e sociais.

O crescimento das cidades: O homem, ao ser substituído pela máquina, saiu da zona
rural para ir para as cidades em busca de novas oportunidades, dando início ao
processo de urbanização.
Esse processo culminou no crescimento desenfreado das cidades, na
marginalização de boa parte da população, bem como em problemas de ordem social,
como miséria, violência, fome. Nessa fase, também, a sociedade organizou-se em
dois polos: de um lado a burguesia e do outro o proletariado.

Era Vargas (1930-1945)


O país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a economia de
agrária para industrial. Em janeiro de 1942, pela luta dos trabalhadores, o então
presidente Getúlio Vargas e o Ministro do Trabalho e Emprego Alexandre Marcondes
Filho trocaram as primeiras ideias sobre a necessidade de fazer uma consolidação das
leis do trabalho. Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e
coletivas do trabalho, nela previstas. Até então, os trabalhadores trabalham até 16
horas por dia, quase sem descanso para o almoço, não tinha direito a férias, ou 13º .

CLT trouxe:
identificação profissional, duração (jornada) do trabalho, salário mínimo, férias anuais,
segurança e medicina do trabalho, proteção ao trabalho da mulher e do
menor, previdência social e regulamentações de sindicatos das classes
trabalhadoras...
trabalhador e a possibilidade da estabilidade
A segurança de planejar uma carreira no futuro e dentro da mesma empresa com
chances de aperfeiçoamento. Os empregos para a vida toda eram assegurados
desde que comprovada a capacidade para a função e a lealdade para a empresa.
Assim, o trabalhador pode experimentar a questão do trabalho para a vida toda, em
que ele podia fazer carreira numa só empresa. É claro que no brasil esse crescimento
econômico ate os anos 80 não foi distribuído igualmente como na europa, era mais
para os trabalhadores que se instalavam no mercado formal, pq o Estado não garantia
o Estado Social. A possibilidade de encontrar novos empregos era maior até a década
de 80 e isso garantia maior estabilidade e possibilidade de planejar o futuro para
aqueles que se colocavam em regime de contrato e não por carteira assinada.
Voce pegar o relato de algumas pessoas hoje com 60, 70 anos que conseguiram
constituir alguma carreira profissional , e que tinham o pensamento muito mais voltado
para o desenvolvimento da família e tinham o objetivo de trabalhar para dar um futuro
melhor para os filhos
Mutações no trabalho a partir da década de 90

 Globalização, avanço tecnológico, e neoliberalismo geram Flexibilização;


 Instabilidade;
 Novas exigências ao trabalhador
Tecnologia traz uma substituição ainda maior do trabalhador, globalização traz a
possibilidade de expandir horizontes, trabalhar em outros lugares, trazendo pessoas
de outros lugares para tabalhar aqui, mais possibilidade de acesso ao conhecimento o
que exige maior competência e conhecimento do trabalhador e isso faz com que a
demanda por trabalho seja maior do que a oferta.
Se antes o trabalhador fazia carreira numa mesma empresa, a gente falava de
qualificação especializada, a partir do momento que se começa a flexibilizar ( o
mercado mudar muito), vai exigir agora que o trabalhador seja polivalente, ou seja,
que saiba fazer um pouco de tudo empreendedor de si mesmo, que esteja sempre
buscando diferentes tipos de qualificação.
Mas vou falar um pouquinho mais por ultimo.

Cenário pré- pandemia

Antes mesmo da decretação do estado de calamidade pública, por meio do


decreto 6/20, o desemprego no país já vinha registrando números crescentes
em razão das sucessivas crises econômicas, cujo marco inicial é possível
rememorar o ano de 2008.
Comparando os números do ano de 2018, segundo levantamento realizado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a balança de
emprego no país contabilizou o número de 10 milhões de pessoas
desempregadas, ao passo que no primeiro trimestre do ano de 2020 este
número aumentou em mais de 30%, registrando 13 milhões de desempregados.
Os efeitos macroeconômicos gerados pela quarentena desafiam os agentes
econômicos, pois a crise, neste momento, é intensificada pela interrupção de parte
da atividade econômica do país

As previsões inicialmente divulgadas no mês de março, segundo a OIT,


apresentaram estimativas de que a crise seria capaz de criar um exército de
reserva de pouco mais de 25 milhões de empregados em todo o mundo,
superando a própria crise de 2008 2, já mencionada.
Para compensar estes agravos, os auxílios de renda criados pelo Governo
Federal desde o mês de abril, têm sido, em muitos casos, os únicos acessos
monetários aptos à garantirem o cumprimento do mínimo existencial das
famílias, sobretudo, dos trabalhadores informais - que representam no país
mais 5,8 milhões de pessoas ocupadas -, isto é, empregados do setor privado
sem carteira assinada; empregados domésticos sem carteira assinada;
empregados sem registro no CNPJ; trabalhadores por conta própria sem
registro no CNPJ; e trabalhadores familiares auxiliares.
Como se vê, a pandemia intensificou um cenário recessivo que já vinha sendo
registrado em todo o país e é este mercado de trabalho que os
desempregados, alunos egressos do ensino superior e trabalhadores que
desejarem uma recolocação profissional, enfrentarão em um cenário que já era
concorrido. Este mercado de trabalho poderá se tornar ainda mais restrito para
os trabalhadores que não investirem em suas habilidades e conhecimentos, de
forma a compatibilizá-los com as necessidade do mercado de trabalho

Cenario pós-pandemia

Nos próximos anos haverá o aumento da concorrência no mercado de


trabalho, sobretudo em razão da diminuição do número de vagas abertas
devido à recessão econômica e até mesmo em razão da estabilidade adquirida
pelos trabalhadores que fizeram acordo com a empresa com base programa de
preservação dos empregos, lançado pelo Governo Federal.
O papel da tecnologia nas organizações
O profissional dos próximos anos terá de conviver cada vez mais com
ferramentas digitais em sua atividade e, uma habilidade que um dia se mostrou
um diferencial, atualmente, equivale a própria fluência no idioma nativo.
Isto porque o isolamento social provocado pela pandemia foi combatido
através das vídeochamadas realizadas durante e após o expediente, nas
reuniões semanais. A compreensão de ferramentas deste modelo é essencial
para acompanhar o movimento profissional.
A tecnologia, antes vista como uma ferramenta de trabalho, hoje pode ser vista
e utilizada como ferramenta de desenvolvimento interpessoal e, até mesmo, de
interação multicultural, pois empresas que possuem polos de atuação em
outros países poderão estimular, com mais frequência, programas de
intercâmbio entre seus funcionários, sem efetivamente custear o deslocamento
internacional. Ressalta-se que esta possiblidade não é um convite a extinção
aos programas de intercâmbio presencial!
A consolidação do trabalho em regime home office como alternativa às
empresas
Já era de se esperar que uma verdadeira revolução se iniciaria no mercado de
trabalho e o home office, que era visto com desconfiança, tornou-se a forma
mais viável de as empresas desenvolverem suas atividades. O fato, por si só,
demonstra uma revolução, pois conforme levantamento realizado, 94% das
empresas adotaram tal regime e 25% irão mantê-lo após o término da
pandemia.
Estes números demonstram uma modificação no status quo e representa a
desoneração do caixa das empresas com a economia de valores antes
destinados ao pagamento de seus insumos, como aluguel, energia e etc.
Exigencias ao novo trabalhador pós pandemia
Considerando o período de recuperação econômica, é comum as empresas
valorizarem mão de obra mais experiente, o que pode prejudicar a
concorrência dos trabalhadores mais jovens, uma alternativa para driblar esta
perspectiva é buscar ampliar os conhecimentos em cursos de extensão ou que
busquem tratar de temas práticos da área profissional desejada, aproveitando,
sobretudo, o bom momento do ensino a distância, as chamadas hard skills.
Vale a pena também investir em soft skill, já que a solidariedade, empatia e
inteligência emocional são habilidades que ajudarão o candidato a enfrentar
este momento difícil, bem como oferecer auxílio a seus colegas de trabalho.
Para os estudantes que ainda frequentam as bancas acadêmicas é indicado
que cada vez mais participem de atividades extracurriculares oferecidas pelas
instituições de ensino, ou até mesmo através do desenvolvimento de atividade
externas como a participação em trabalhos voluntários, projetos comunitários,
pesquisas e etc., para desenvolver soft skills como a criatividade,
empreendedorismo, solidariedade, empatia e inteligência emocional.
É neste contexto que a compreensão e investimento na questão da
empregabilidade ganha ainda mais relevo.
A compreensão, pelo profissional, do tema empregabilidade, é um ponto chave
para se destacar em um cenário de crise econômica, pois demonstra a
compreensão das habilidades (skills) que o candidato deve desenvolver frente
às necessidades do mercado, ou até mesmo "se restringem à perspectiva do
indivíduo que procura uma (re)colocação no mercado de trabalho e tarefa de se
ajustar às condições do mercado de trabalho"10.

o candidato que estiver atrás de segurança ou competitividade, sem sombra de


dúvida, poderá encontrar maior acolhimento do mercado através do alcance do
ensino superior, sobretudo em áreas estratégicas ligadas à tecnologia.
O desenvolvimento de networking  também será essencial para a criação de
uma rede de conhecimento sobre o perfil de trabalho do candidato, desta forma
a recomendação é que o profissional invista em redes sociais profissionais
como o linkedin.
Um ponto que virou moda durante o isolamento social foi a realização de
webinares para tratar de temas atuais e a participação do candidato nestes
eventos faz-se importante para demonstrar que ele se mantém atualizado com
relação às discussões atuais de seu setor.
Se, antes, os critérios para avaliação dos profissionais se restringiam à
formação acadêmica e experiência prática, após este cenário outras
habilidades, como as soft skills, terão mais destaque, em outras palavras,
serão valorizadas as competências subjetivas.
Na sociedade 4.0, os profissionais que demonstrarem maior flexibilidade,
autogestão, disciplina e proatividade terão vantagens e destaque na hora de
encontrar um emprego.

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