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Língua Portuguesa
Setembro | 2023
3ª Série
Professor

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Revisa 3ª Série - Língua Portuguesa - Setembro/2023


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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Governador do Estado de Goiás Diretora de Política Educacional


Ronaldo Ramos Caiado Patrícia Morais Coutinho

Vice-Governador do Estado de Goiás Superintendente de Gestão Estratégica e Avaliação de


Daniel Vilela Resultados
Márcia Maria de Carvalho Pereira
Secretária de Estado da Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira Superintendente do Programa Bolsa Educação
Márcio Roberto Ribeiro Capitelli
Secretária-Adjunta
Helena Da Costa Bezerra Superintendente de Apoio ao Desenvolvimento Curricular
Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo
Diretora Pedagógica
Márcia Rocha de Souza Antunes Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos
Alessandra Oliveira de Almeida
Superintendente de Educação Infantil e Ensino
Fundamental Coordenador de Recursos Didáticos para o Ensino
Giselle Pereira Campos Faria Fundamental
Evandro de Moura Rios
Superintendente de Ensino Médio
Osvany Da Costa Gundim Cardoso Coordenadora de Recursos Didáticos para o Ensino Médio
Edinalva Soares de Carvalho Oliveira
Superintendente de Segurança Escolar e
Colégio Militar
Cel Mauro Ferreira Vilela Professores elaboradores de Língua Portuguesa
Edinalva Filha de Lima Ramos
Superintendente de Desporto Educacional, Arte Katiuscia Neves Almeida
e Educação Luciana Fernandes Pereira Santiago
Marco Antônio Santos Maia

Superintendente de Modalidades e Temáticas Professores elaboradores de Matemática


Especiais Alan Alves Ferreira
Rupert Nickerson Sobrinho Alexsander Costa Sampaio
Tayssa Tieni Vieira de Souza
Diretor Administrativo e Financeiro Silvio Coelho da Silva
Andros Roberto Barbosa

Superintendente de Gestão Administrativa Professores elaboradores de Ciências da Natureza


Leonardo de Lima Santos Leonora Aparecida dos Santos
Sandra Márcia de Oliveira Silva
Superintendente de Gestão e Desenvolvimento
de Pessoas
Hudson Amarau De Oliveira Revisão
Alessandra Oliveira de Almeida
Superintendente de Infraestrutura Cristiane Gonzaga Carneiro Silva
Gustavo de Morais Veiga Jardim Maria Aparecida Oliveira Paula

Superintendente de Planejamento e Finanças Diagramadora


Taís Gomes Manvailer Adriani Grun

Superintendente de Tecnologia
Bruno Marques Correia
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APRESENTAÇÃO

Colega Professor(a),

O REVISA GOIÁS é um material estruturado de forma dialógica e funcional com o objetivo de recompor as aprendiza-
gens e, consequentemente, avançar na proficiência.
Nessa perspectiva, para o 9º ano do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, são considerados os resultados das
avaliações externas, pontuando habilidades críticas previstas para cada etapa de ensino, considerando todo o processo
percorrido até a aprendizagem.
O material do 9º ano também pode ser usado na 1ª série do Ensino Médio, no intuito de recompor as aprendizagens
previstas até o final do Ensino Fundamental. Já o material da 2ª e 3ª série é elaborado a partir dos descritores e habili-
dades críticas previstos para a etapa de ensino, observadas no SAEGO e simulados realizados ao longo do ano.
O material também apresenta atividades de Ciências da Natureza/ Ciências da Natureza e suas Tecnologias, devido à
sua inserção, de forma amostral, no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) a partir de 2021. Ressaltamos
que a progressão do conhecimento, nesta área, está representada no quadro 1, onde os EIXOS DO CONHECIMENTO
correspondem às três UNIDADES TEMÁTICAS, que vão se complexificando em formato espiral crescente, desde o 1º
ano do Ensino Fundamental, até a 3ª série do Ensino Médio. Já os EIXOS COGNITIVOS estão representando a pro-
gressão do conhecimento de acordo com os Domínios Cognitivos de Bloom (BLOOM, 1986) que são: Conhecimento
(representado pela letra A), Compreensão (pela letra B) e Aplicação (pela letra C). Já o quadro 2, organiza as habilida-
des estruturantes, ou seja, mais complexas, em sub-habilidades para favorecer o desenvolvimento do nosso estudante,
respeitando as etapas de ensino e a transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio.
O material é dividido em 2 semanas que, por sua vez, são subdivididas em assuntos. No início da atividade de Língua
Portuguesa e Matemática, constarão os descritores previstos para o mês e os conhecimentos necessários para desen-
volvê-los.
O Revisa Goiás será disponibilizado, via e-mail e drive, no final de cada mês, para que o(a) professor(a) tenha tempo
hábil de acrescentar esse material em seu planejamento.
Sugerimos que este material seja esgotado em sala de aula, uma vez que ele traz conhecimentos basilares que subsi-
diarão a ampliação do conhecimento e o trabalho com as habilidades previstas para o corte temporal/bimestre.

Um excelente trabalho para você!

Você também pode baixar o material pelo link:


https://drive.google.com/drive/folders/146Uv6vgeD54CF2CAfpwYsZnDl
A78fyMX?usp=sharing
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SUMÁRIO

Quadro de Descritores e Conhecimentos Necessários...................................................................................................... 5

Semana 1:
► Temática – Elementos constitutivos dos gêneros em estudo................................................................8

Semana 2:
► Temática: Produção de texto/ Editorial............................................................................................. 19
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LÍNGUA PORTUGUESA – 3ª SÉRIE

QUADRO DE DESCRITORES E CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS

D DESCRITOR CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS


- Ler textos de gêneros diversos observando a construção composicional.
- Observar a construção composicional do texto, estilo do gênero em estudo, como modo de ampliar as
possibilidades de compreensão do todo do texto (sentido global).
- Compreender que as informações/ideias secundárias contribuem para chegar à ideia central (tema).
Identificar o tema de - Observar que o título do texto pode estabelecer diálogo com o tema/assunto do texto (explicitamente ou
D6
um texto. implicitamente).
- Perceber que o assunto/tema aparece mais de uma vez ao longo do texto, por meio palavra(s) e/ou ex-
pressões repetidas intencionalmente, esse aspecto ocorre explicitamente e implicitamente.
- Compreender que só é possível chegar ao tema/assunto, considerando as várias relações estabelecidas
entre as partes que compõem o todo textual.
- Ler textos diversos reconhecendo os elementos constitutivos do gênero, em especial, textos dissertati-
vos-argumentativos.
- Compreender o que é fato: algo cuja existência é inquestionável, real, concreto, verdadeiro.
Distinguir um fato da
- Compreender o que é opinião: é a subjetividade do locutor/emissor modo de pensar, de julgar.
D14 opinião relativa a esse
fato. - Perceber que principalmente, em textos informativos e dissertativos-argumentativos, as evidências são
os “fatos” e a análise sobre esses fatos é a “opinião.”
- Identificar e diferenciar fato de opinião, respeitando as opiniões contrárias, no gênero artigo de opinião,
por exemplo.
- Inferir, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, cartuns, memes, etc. –, o efeito de humor, ironia e/
Interpretar texto com ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, clichês, recursos iconográfi-
auxílio de material cos, pontuação etc.
D5 gráfico diverso (pro- - Observar que nos textos há uma mistura de linguagem verbal e não verbal que precisa ser articulada na
pagandas, quadri- leitura para o entendimento global do texto.
nhos, foto etc.). - Reconhecer a relação de sentido entre imagem (linguagem não verbal) e texto verbal (multimodalidade)
no gênero em estudo, por meio de recursos linguísticos e semióticos.
- Ler e interpretar textos de gêneros diversos.
- Identificar os elementos constitutivos de gêneros diversos.
Identificar a finalidade - Compreender a situação comunicativa dos textos.
D12 de textos de diferen- - Identificar a ideia principal do texto, ou seja, o tema/assunto.
tes gêneros. - Compreender que cada texto tem um propósito interativo específico, isto é, um determinado objetivo,
uma função social, como (informar, esclarecer, narrar um acontecimento, fazer uma advertência, instruir
sobre algo, divertir o leitor, expor um ponto de vista, persuadir alguém de alguma coisa etc.).
Reconhecer diferen-
tes formas de tratar
uma informação na - Reconhecer a situação de produção do texto, considerando fatores como: (interlocutores, intenção do
comparação de textos discurso, local de circulação, linguagem...)
que tratam do mesmo
D20 - Comparar textos que se referem a mesma temática (assunto).
tema, em função das
- Analisar dois textos sobre o mesmo tema/assunto, publicados em jornais diferentes.
condições em que
ele foi produzido e - Reconhecer possíveis inferências intertextuais/interdiscursivas presentes nos textos.
daquelas em que será
recebido.
- Ler textos de gêneros diversos.
- Reconhecer os elementos constitutivos do gênero em estudo.
- Identificar a finalidade/função social de textos de opinião, especialmente, os argumentativos.
Identificar a tese de
D7 - Identificar e compreender o tema, bem como a relação de estruturas próprias de textos argumentativos
um texto.
(pensamento lógico/pensamento abstrato).
- Identificar e analisar a tese/ponto de vista, percebendo o posicionamento do(a) autor(a) em relação à
temática, uma ideia, uma concepção e/ou um fato.

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- Ler textos de gêneros diversos, principalmente os argumentativos e reconhecer a situação comunicativa.


- Ler e reconhecer, em textos dissertativos-argumentativos, as razões oferecidas em defesa do posicio-
Estabelecer relação
namento e/ou ponto de vista/tese.
entre a tese e os ar-
D8 - Identificar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos em
gumentos oferecidos
textos dissertativos-argumentativos.
para sustentá-la.
- Compreender as estratégias de argumentação em textos dissertativos-argumentativos (exemplos, dados
estatísticos, citação direta e indireta, analogias etc.)
- Identificar os diversos elementos que constituem a narrativa e compreender a importância que eles têm
Identificar o conflito na construção do enredo.
gerador do enredo - Observar que na narrativa há um certo direcionamento das ações (uma ordem/segmento existente).
D10
e os elementos que - Perceber e compreender como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido que
constroem a narrativa. decorrem do foco narrativo típico de cada gênero.
- Identificar os tipos de narrador (personagem 1ª pessoa/observador/onisciente 3ª pessoa).
- Ler textos de gêneros diversos, principalmente observando as partes e o todo textual.
- Reconhecer a função de palavras e ou expressões articuladoras/conectoras em textos diversos sejam
conjunções, preposições, advérbios, e respectivas locuções.
Estabelecer relações - Identificar nos textos relações de comparação, causalidade, concessão, tempo, condição, proporção,
lógico-discursivas explicação, adição, condição, oposição, conclusão etc.
D15 presentes no texto, - Perceber a necessidade da função/relação de elementos articuladores/conectores para que o texto te-
marcadas por conjun- nha sentido (coerência).
ções, advérbios etc. - Compreender o valor semântico (além das classificações gramaticais) das conjunções, preposições,
advérbios e respectivas locuções etc.
- Compreender o que é relação lógico-discursiva (articuladores textuais que contribuem na organização e
sentido para que as ideias do texto sejam compreensíveis e auxiliem a comunicação).
- Ler textos de gêneros diversos.
- Compreender a função de diferentes sinais de pontuação em textos variados.
- Compreender que os sinais de pontuação não são utilizados para separar ou marcar segmentos da su-
Reconhecer o efeito
perfície do texto, eles podem assumir “efeitos de sentido”, portanto, não podem ser vistos apenas no seu
de sentido decorrente
D17 aspecto puramente gramatical.
do uso da pontuação
e de outras notações. - Reconhecer que a pontuação (aspas, reticências, parênteses, ponto de interrogação, de exclamação
etc.) quanto as demais notações (caixa alta, tipo e tamanho de letra etc.) são recursos gráficos, próprios
do sistema da escrita, que podem promover e/ou intensificar “efeitos de sentido”, sendo fundamentais para
o processamento da leitura.
Reconhecer o efeito - Ler textos de gêneros diversos reconhecendo os elementos que os constituem.
de sentido decorrente - Perceber diferentes funções textuais produzidas por um único recurso expressivo e os diferentes efeitos de
D19 da exploração de re- sentido provocados por ele.
cursos ortográficos e/ - Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de expressões, adjetivos, advérbios, verbos, substantivos,
ou morfossintáticos. conjunções, dentre outros em textos diversos.
- Compreender que as variações linguísticas, manifestam-se, evidentemente, por modos, marcas, estru-
Identificar as mar- turas que revelam características (regionais ou sociais).
cas linguísticas que
- Reconhecer palavras/expressões informais, regionais, expressões características de uma certa faixa
D13 evidenciam o locutor
etária (criança, jovem, adulto) ou de uma determinada época.
e o interlocutor de um
- Reconhecer que existem diferentes grupos de falantes, por isso as variações linguísticas têm um valor social.
texto.
- Identificar a norma formal da língua em textos diversos.
DESCRITORES TRABALHADOS NA PRODUÇÃO TEXTUAL
D6 – Identificar o tema de um texto.
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
D7 – Identificar a tese de um texto.
D8 – Estabelecer relações entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
D11 – Estabelecer relação de causa /consequência entre as partes e elementos do texto.
D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
D15 – Estabelecer relações lógico-discursiva presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D9 – Diferenciar partes principais das secundárias em um texto.
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DIALOGANDO COM O(A) PROFESSOR(A)

Professor(a), o objetivo deste material é trabalhar atividades que auxiliarão os estudantes a desenvolverem habilidades
necessárias no processo de ensino aprendizagem da Língua Portuguesa/Linguagem. As atividades aqui trabalhadas
buscam desenvolver habilidades mais gerais e específicas da área de linguagem. Ressaltamos que o objetivo deste
trabalho, além de contribuir com o processo de desenvolvimento das práticas de linguagem busca ampliar as aprendi-
zagens e melhorar a proficiência dos estudantes.
Sabemos que todo trabalho com a Língua Portuguesa é realizado a partir do texto. Essa é uma condição para que
haja objeto de estudo, pensamento e ensino. Nesse sentido, são desenvolvidas atividades, a partir dos textos/gêneros,
que objetivam traçar caminhos para contribuir com o desenvolvimento de conhecimentos ainda não alcançados pelo
estudante, mas extremamente necessários para uma aprendizagem mais ampla e proficiente da língua, bem como da
produção de texto.
Dessa forma, cada descritor trabalhado dialoga diretamente/indiretamente com o currículo. Nas atividades, os diálogos
são propositalmente, dialógicos e retomados com a finalidade de suscitar uma reflexão sobre o processo de ensino
da língua. Nesse sentido, são apresentados no quadro inicial junto dos “Descritores” os “Conhecimentos necessários”
como sugestão para auxiliar esse caminho reflexivo, analítico e funcional no ensino proficiente da língua.

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Professor(a), nesta temática desenvolveremos atividades per- Vale a pena saber!!!


tinentes aos descritores e aos conhecimentos necessários
EDITORIAL
listados no quadro. Todas as atividades propostas terão como
suporte os gêneros textuais: editorial, artigo de opinião, Características e estrutura de um editorial
charge e crônica literária. O editorial é um texto pertencente ao campo do jor-
Vale destacar também, que as atividades seguem as práticas
nalismo, em que prevalece a capacidade de argu-
da língua: Oralidade. Leitura/escuta. Análise linguística se- mentação, assim como em diversos outros gêneros.
miótica e de Produção escrita. Por isso, é importante que você Abaixo, veja um quadro com os principais gêneros de
desenvolva as atividades juntamente com os(as) estudantes. cunho argumentativo, tais quais o editorial.
Capacidade de
Professor(a), as atividades propostas nestas aulas estão em Gêneros discursivos/textuais
linguagem
consonância com as habilidades da BNCC e os Objetivos de
• Carta de reclamação
Aprendizagem do DCGO -EM.
• Carta de solicitação
• Debate
Semana 1 • Discurso de acusação/defe-
ARGUMENTAR
sa (advocacia)
• Editorial
► Temática – Elementos constitutivos dos
• Artigo de opinião
gêneros em estudo. • Resenha
Conforme indica esse quadro, o editorial tem como
Caro(a) estudante, vencemos um semestre, mas a principal característica a capacidade de linguagem
sua caminhada não para. Vamos continuar adquirin- chamada argumentação. Ele se junta a diversos gê-
do mais conhecimentos? Para isso, leia e releia os neros presentes em nossa sociedade, como o debate,
textos, sistematize e aprimore seu conhecimento. a carta de solicitação, o artigo de opinião etc. No en-
Faça as atividades propostas com atenção e tenha tanto, enquanto modalidade de texto, ele apresenta
um ótimo aproveitamento para realizar as avaliações algumas particularidades que o diferencia dos demais:
do Saeb e do Enem entre outras. Bons estudos!!!
• Ele é um texto breve e equilibrado, podendo ser mais
Professor(a) devido a aproximação do Enem, as atividades denso ou mais leve, conforme o veículo de comunicação.
propostas terão como suporte os gêneros dissertativos-argu- • Sua principal função é emitir uma opinião institucio-
mentativos. Explore-os atentamente com seus(as) estudantes, nal sobre determinado assunto.
fale da importância desses gêneros no contexto atual de aqui- • O editorial é, portanto, impessoal e, diferentemente
sição do conhecimento. A primeira semana terá como suporte do artigo de opinião, não é assinado.
o gênero Editorial. Gênero de cunho jornalístico e opinativo
que serve para apresentar o posicionamento crítico de deter-
• Sua circulação, em veículo impresso, é feita em uma
minado grupo (empresa, jornal ou direção) sobre os principais página reservada a isso, geralmente no início do jor-
assuntos do momento da publicação. Possui uma linguagem nal ou revista.
formal e padronizada na norma culta, com argumentação im- • Ele também pode apresentar tipos diferentes, isto é,
pessoal. Sua estrutura se compõe na apresentação do tema, ser subdividido em temas. Assim, temos, por exemplo,
discussão, fundamentação e conclusão. o editorial de moda, de esportes, de economia etc.
Professor(a), além do estudo com gêneros específicos vale
Quanto à estrutura, o editorial organiza-se da se-
lembrar de como é importante situar o(a) estudante sobre os guinte forma:
textos a partir do campo de atuação, com vista a desenvolver Introdução: apresentação da tese a ser defendida,
as habilidades que cada gênero propõe. com uma breve contextualização do tema ao leitor.
Desenvolvimento: parte em que o autor deve desen-
Quanto aos descritores daremos ênfase aos que que estão li-
volver a tese, expondo os argumentos em sua defesa,
gados ao gênero e que são importantes para o desenvolvimen-
to das habilidades propostas. Assim, neste primeiro momento
trazendo dados e informações pertinentes e capazes
serão trabalhados os descritores D6 – Identificar o tema de de persuadir o leitor.
um texto, D7 - Identificar a tese de um texto, D8 - Esta- Conclusão: encerramento, com uma breve retomada
belecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos dos principais argumentos e da tese defendida.
para sustentá-la, D12 - Identificar a finalidade de textos de Disponível em: https://www.preparaenem.com/portugues/editorial.htm. Acesso em: 10 de
diferentes gêneros, entre outros. ago. 2023.

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Leia o texto e responda às questões propostas. Historicamente, além do bárbaro período da escravidão
Racismo estrutural aqui vivenciado nas fazendas de café que deram espaço
ao território que hoje conhecemos como Valinhos, nós
valinhenses negamos a presença do negro em nossa
formação cultural. Nos orgulhamos de narrar nossa his-
tória a partir da chegada dos imigrantes italianos por vol-
ta de 1888, para substituir a mão dos negros libertos do
sistema escravagista nas fazendas produtoras de café.
Talvez seja esse o mais gritante de nossos erros histó-
ricos. Erro esse que precisa ser reparado com urgên-
cia, pois colaborou e ainda colabora para que o racismo
Por definição, racismo estrutural é o racismo que não se- estrutural aqui fixasse ‘residência’. Assim, o episódio
ria uma anormalidade ou "patologia", mas o resultado do dos estudantes do Colégio Porto Seguro, não deve ser
funcionamento "normal" da sociedade. Esse talvez seja aceito como um fato isolado, em que pese a convivência
um de nossos maiores desafios no tocante à questão da pacífica entre brancos e negros em nossa cidade. Mas
diversidade. nem sempre o pacifismo quer dizer tolerância, aceitação
Amanhã, 20 de novembro, é celebrado o Dia da Consci- ou equidade, mas sim uma forma de manter uma equi-
ência Negra, data em homenagem a Zumbi dos Palma- distância entre nossas diferenças externas e corporais.
res, um dos maiores líderes negros do Brasil que lutou Quem não conhece a história, não entenderá nunca a
pela libertação do povo contra o sistema escravista e dívida que o Brasil tem com os negros após mais de
morreu em 1965. 300 anos de escravidão (período colonial entre 1500 e
A data é uma contraposição ao dia 13 de maio, data em 1822 e Imperial 1822-1889), período em que foram sub-
que foi assinada a Lei Áurea pela Princesa Isabel, e tem jugados pelo olhar e ação do branco e tratados como
por propósito ressaltar o protagonismo das pessoas ne- animais, sem nenhum direito.
gras na luta contra o racismo e a discriminação e propor É preciso avançar, não apenas no reparo, mas na abo-
a igualdade social, inclusão de negros na sociedade e a lição em definitivo do chamado racismo estrutural de
valorização da cultura afro-brasileira. nossa sociedade que é cometido por preconceito, dis-
Em 2020 a questão racial ganhou o mundo após o epi- criminação racial e racismo, três faces diferentes de um
sódio da morte de George Floyd, afro-americano de 40 asqueroso fantasma que nos assombra.
anos, asfixiado por um policial, nos Estados Unidos. Tal Nesta luta, aqui cabe um destaque importante – embora
violência desmedida gerou ira e furor naquela socieda- não saibamos do seu avanço – mas foi o lançamento,
de e o povo saiu às ruas, não apenas para protestar em maio deste ano, do projeto “Protagonismo e Equi-
pela morte de mais um negro, mas para pedir um basta dade na Escola”, que tem por objetivo desenvolver a
contra a violência policial, o preconceito e a discrimina- temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena,
ção racial. como preconiza a Lei Federal 10.639 que estabelece a
O movimento “Vidas negras importam” tomou conta obrigatoriedade da “inclusão da história e cultura afro-
dos Estados Unidos e chegou ao Brasil, onde o racismo -brasileira no currículo das escolas brasileiras”, aprova-
estrutural, que muitas vezes aparece através de uma da em 2003.
piada, de um comentário na fila de um supermercado, Nessa batalha também merece reconhecimento o traba-
de um xingamento na arquibancada de um campo de lho e a militância da professora e gestora educacional So-
futebol, na desconfiança dentro de uma loja de departa- lange Aparecida da Silva, que antes de seu falecimento
mentos ou ainda através de uma mensagem distribuída em março deste ano, juntamente com a socióloga Claudia
via mensagem de WhatsApp por um grupo de jovens. Garcia Costa, organizou e lançou a obra “Educação An-
Neste sentido, não precisamos nos deslocar para ou- tirracista: Infâncias, Resistência e Combate ao Racismo”.
tro espaço geográfico dentro do globo terrestre para Nessa mesma trincheira destacamos também a Comissão
percebermos a presença do racismo estrutural. Vali- de Igualdade Racial da OAB de Valinhos, do trabalho da
nhos, que viveu há poucos dias um episódio de racis- Associação Cultural Afro-brasileira de Valinhos e do Cole-
mo praticado por estudantes de uma tradicional esco- tivo da Marcha Zumbi dos Palmares de Valinhos.
la do município, tem em sua estrutura social o racismo Disponível em: https://www.folhadevalinhos.com.br/?q=artigos/opiniao/editorial/editorial-racis-
estrutural enraizado. mo-estrutural. Acesso em: 10 de ago. 2023.

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1. Os editoriais são gêneros textuais que fazem parte 6. Para defender uma tese, é necessário que se busque
de que grupo de textos? argumentos que levem o seu interlocutor a concor-
dar com o seu pensamento e, para dar sustentação
a esses argumentos, algumas estratégias são impor-
Os editoriais fazem parte do grupo de textos jornalísticos- tantes. Quais estratégias argumentativas o autor uti-
mediáticos. lizou? Marque-as.
a) ( ) Faz referência a fatos históricos para a origem
2. Qual é a tipologia textual predominante no gênero
do sistema escravista.
textual Editorial?
b) ( ) Cita o dia da criação da data que homenageia
Zumbi dos Palmares.
c) ( ) Compara a situação do racismo da era colonial
A tipologia textual predominante no gênero editorial é a com o racismo atual.
argumentativa.
d) ( ) Cita dados estatísticos que comprovam o ra-
3. O editorial é um gênero jornalístico em que o próprio cismo estrutural.
veículo de comunicação expõe sua opinião. Assim, e) ( ) Cita opiniões de especialistas sobre diversos
qual é a finalidade de um editorial? movimentos contra o racismo.
Resposta: a); b); c); e).
D8 - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la.
Um editorial é uma obra opinativa escrita por um jornalista 7. A tese defendida no texto pode ser encontrada em
experiente ou um redator de um jornal, revista ou outro qual trecho?
documento escrito sobre um tema da atualidade. Cuja finalidade
(A) “... racismo estrutural é o racismo que não seria
é refletir a opinião ou o ponto de vista geral do periódico.
uma anormalidade ou "patologia", mas o resultado
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
do funcionamento "normal" da sociedade.
4. Sabe-se que os textos dissertativo-argumentativos são (B) “Em 2020 a questão racial ganhou o mundo após o
construídos a partir de argumentos e de informações episódio da morte de George Floyd, afro-americano de
que comprovem esses argumentos. Analise as frases 40 anos, asfixiado por um policial, nos Estados Unidos.”
retiradas do texto e informe se elas correspondem, pre- (C) É preciso avançar, não apenas no reparo, mas na
dominantemente, à informação (I) ou à opinião (O). abolição em definitivo do chamado racismo estrutural
a) “Amanhã, 20 de novembro, é celebrado o Dia da de nossa sociedade que é cometido por preconceito,
Consciência Negra, data em homenagem a Zumbi discriminação racial e racismo, três faces diferentes
dos Palmares,” de um asqueroso fantasma que nos assombra.
(D) “Quem não conhece a história, não entenderá
Informação. nunca a dívida que o Brasil tem com os negros após
b) Talvez seja esse o mais gritante de nossos erros mais de 300 anos de escravidão (período colonial
históricos. Erro esse que precisa ser reparado com entre 1500 e 1822 e Imperial 1822- 1889), período
urgência, pois colaborou e ainda colabora para que em que foram subjugados pelo olhar e ação do bran-
o racismo estrutural aqui fixasse ‘residência’. co e tratados como animais, sem nenhum direito.”
(E) “Nessa batalha também merece reconhecimento
Opinião. o trabalho e a militância da professora e gestora edu-
D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. cacional Solange Aparecida da Silva, que, juntamen-
te com a socióloga Claudia Garcia Costa, organizou
5. O que o texto lido discute, principalmente? e lançou a obra “Educação Antirracista: Infâncias,
Resistência e Combate ao Racismo”.”
Gabarito: C
D7 - Identificar a tese de um texto.
O texto lido discute principalmente a questão do racismo
estrutural de nossa sociedade.
D6 - Identificar o tema de um texto.
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8. Retire do texto os tipos de argumentos utilizados. E Professor(a), ensinar pontuação é sempre um desafio, porque
justifique sua resposta. muitas vezes os(as) estudantes decoram os sinais, mas não
conseguem entender a intencionalidade discursiva que há por
trás de cada um. Então, é muito importante que o trabalho com
os sinais de pontuação mostre não só os aspectos sintáticos
que envolvem essa intencionalidade discursiva, mas também o
semântico. Faça uma revisão sobre a pontuação, destacando
apenas alguns. Destaque, principalmente, aqueles sinais de
pontuação que em geral os(as) estudantes apresentam mais
dificuldade, principalmente quanto ao efeito de sentido. Nas ati-
vidades a seguir a ênfase será dada às “aspas”.

Vale a pena saber!!!


Sinais de pontuação
Aspas (“”)
As aspas têm várias funções. Podem servir para iso-
lar palavras: estrangeirismos (palavras de outro idio-
ma) não incorporados, neologismos (novas palavras),
expressões populares ou termos alheios à norma cul-
ta. Também indicam fala ou citação de texto alheio.
Exemplos:
• O chamado “cancelamento” está na moda no Brasil.
- “Esse talvez seja um de nossos maiores desafios no tocante à • “Vamos investigar incansavelmente”, disse o delegado.
questão da diversidade.” Argumento de senso comum. • “No meio do caminho tinha uma pedra
- “O movimento “Vidas negras importam” tomou conta dos tinha uma pedra no meio do caminho”
Estados Unidos e chegou ao Brasil, onde o racismo estrutural,
que muitas vezes aparece através de uma piada, de um (Carlos Drummond de Andrade)
comentário na fila de um supermercado, de um xingamento
na arquibancada de um campo de futebol, na desconfiança Professor(a), as atividades a seguir têm o objetivo de levar
dentro de uma loja de departamentos ou ainda através de uma os(as) estudantes a compreender melhor a função das aspas.
mensagem distribuída via mensagem de WhatsApp por um É importante que os(as) estudantes dominem essa função,
grupo de jovens.” - Argumento de exemplificação. para depois perceber que quando tratamos dos efeitos de sen-
- “Quem não conhece a história, não entenderá nunca a dívida tido do uso da pontuação, estamos nos referindo à relação en-
que o Brasil tem com os negros após mais de 300 anos de tre semântica e pontuação e ao objetivo discursivo do falante.
escravidão (período colonial entre 1500 e 1822 e Imperial
1822- 1889), período em que foram subjugados pelo olhar e 10. Indique a função das aspas destacadas nos trechos.
ação do branco e tratados como animais, sem nenhum direito.” a)“... racismo estrutural é o racismo que não seria
- Argumento histórico.
uma anormalidade ou "patologia", mas o resultado
D8 - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos
do funcionamento "normal" da sociedade.”
oferecidos para sustentá-la.
9. O tema desse editorial é
(A) A discriminação racial.
(B) O racismo estrutural da sociedade.
(C) A comemoração do Dia da Consciência Negra. A aspas foram utilizadas para enfatizar, criticamente, as
(D) A abolição do racismo estrutural de nossa so- palavras destacadas.
ciedade. b) Nessa batalha também merece reconhecimento o
(E) O bárbaro período da escravidão nas fazendas trabalho e a militância da professora e gestora edu-
de café. cacional Solange Aparecida da Silva, que antes de
Gabarito: B seu falecimento em março deste ano, juntamente
D6 - Identificar o tema de um texto com a socióloga Claudia Garcia Costa, organizou e
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lançou a obra “Educação Antirracista: Infâncias, A palavra “ou” é uma conjunção alternativa e indica alternância.
Resistência e Combate ao Racismo”. A palavra “mas” é uma conjunção adversativa e indica
oposição, contraste.
b) “Amanhã, 20 de novembro, é celebrado o Dia da
Consciência Negra, data em homenagem a Zumbi
dos Palmares, ...”
A aspas foram utilizadas para citar o nome de uma obra.
c) O movimento “Vidas negras importam” tomou
conta dos Estados Unidos e chegou ao Brasil, onde A palavra “Amanhã” é um advérbio e indica tempo.
o racismo estrutural, que muitas vezes aparece atra- c) ” Talvez seja esse o mais gritante de nossos erros
vés de uma piada, de um comentário na fila de um históricos. Erro esse que precisa ser reparado com
supermercado...” urgência, pois colaborou e ainda colabora para que
o racismo estrutural aqui fixasse ‘residência’. Assim,
o episódio dos estudantes do Colégio Porto Seguro,
A aspas foram utilizadas para citar o nome de um movimento.
não deve ser aceito como um fato isolado, em que
pese a convivência pacífica entre brancos e negros
11. Nesse trecho, “... Erro esse que precisa ser reparado em nossa cidade.”
com urgência, pois colaborou e ainda colabora para
que o racismo estrutural aqui fixasse ‘residência’.” O
uso das aspas na palavra destacada foi utilizado para
(A) Provocar humor com a palavra residência.
(B) Ressaltar ironicamente a palavra residência. A palavra “Talvez” é um advérbio e indica dúvida, incerteza.
(C) Enaltecer a etimologia da palavra residência. A palavra “pois” é uma conjunção e indica razão, motivo.
(D) Demarcar a importância da palavra residência. A palavra “Assim” é uma conjunção e indica razão, motivo.
(E) Enfatizar pejorativamente a palavra residência. A palavra “não” é um advérbio e indica negação.
Gabarito: B
13. No trecho “.... em que pese a convivência pacífica
D17 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da
entre brancos e negros em nossa cidade. Mas nem
pontuação e de outras notações.
sempre o pacifismo quer dizer tolerância, aceitação
Professor(a), as questões a seguir visam o desenvolvimento do ou equidade, mas sim uma forma de manter uma
D15 - Estabelecer relações lógico-discursiva presentes no equidistância entre nossas diferenças externas e cor-
texto, marcadas por conjunções, advérbios etc. Por isso, porais.” O autor empregou por duas vezes o conec-
faça uma revisão geral sobre as conjunções. Diga-lhes que as
tivo “mas”. Observando aspectos da organização,
conjunções são palavras que atuam como elementos de ligação
estruturação e funcionalidade dos elementos que
entre termos semelhantes de uma oração ou entre duas ora-
ções, estabelecendo relações de coordenação ou subordinação.
articulam o texto, o conectivo mas
Ou seja, as conjunções fazem as conexões entre os termos das (A) assume funções discursivas distintas nos dois
frases, e sempre estabelecem um determinado sentido. Lem- contextos de uso.
bre-se que nas avaliações externas, como SAEB e ENEM são (B) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso
cobrados apenas os sentidos que as conjunções estabelecem na abertura da frase.
nas orações, portanto direcione o estudo apenas nas ideias que (C) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações
elas introduzem. Além das conjunções retome também sobre o em que aparece no texto.
advérbio - palavra que indica uma circunstância.
(D) contém uma ideia de sequência temporal que di-
12. Observe as palavras destacadas, classifique-as e reciona a conclusão do leitor.
diga o que cada uma delas indica. (E) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreen-
a) “Por definição, racismo estrutural é o racismo que são, se usado no início da frase.
não seria uma anormalidade ou "patologia", mas o Gabarito: A
resultado do funcionamento "normal" da sociedade.” D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes
no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

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14. Justifique a resposta da atividade 13. (C) tempo.


(D) dúvida.
(E) negação.
O conectivo “mas” assume funções discursivas diferentes nos Gabarito: A
dois contextos de uso, porque na primeira aparição, ele traz a D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes
ideia de oposição (convivência pacífica entre brancos e negros, no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
mas nem sempre o pacifismo quer dizer tolerância. ...). Na
Professor(a), as atividades a seguir objetivam desenvolver as
segunda, por sua vez, “mas” foi usado para enfatizar a oposição.
habilidades exigidas pelos descritores D5 – Interpretar texto
D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, qua-
no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc. drinhos, foto etc.). Nesse descritor, o(a) estudante deve inter-
15. Que função desempenha a expressão destacada no pretar o texto considerando o emprego da linguagem verbal e
trecho “Nesta luta, aqui cabe um destaque importan- da linguagem não verbal na construção do sentido. Um texto
te – embora não saibamos do seu avanço, ...”? pode integrar palavra e imagem, fazendo-se uso da linguagem
verbo visual. Assim sendo, nos referimos ao texto multissemi-
(A) Oposição. ótico, como a charge, o cartum, a história em quadrinhos, a
(B) Proporção. tira etc. Na interpretação do texto multissemiótico, não se pode
(C) Explicação. interpretar a palavra isolada da imagem, pois ambos estão em
(D) Concessão. relação para reforçar um determinado sentido. Então, na lei-
(E) Comparação. tura desse texto é preciso levantar questionamentos acerca
de como os recursos não verbais estão em interação com a
Gabarito: D
palavra, que sentido está sendo enfatizado a partir da relação
D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes
entre o código verbal e o código não verbal. Isolar a palavra dos
no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc. recursos não verbais torna a leitura incompleta.
16. Na frase “Historicamente, além do bárbaro período - D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma infor-
da escravidão aqui vivenciado nas fazendas de café mação na comparação de textos que tratam do mesmo
que deram espaço ao território que hoje conhecemos tema, em função das condições em que ele foi produzido e
como Valinhos, nós valinhenses negamos a presen- daquelas em que será recebido. Professor(a), comente com
ça do negro em nossa formação cultural.”, o advérbio os(as) estudantes que a análise comparativa de textos trata de
"historicamente" indica uma estratégia de leitura cujo objetivo é comparar a linha de
(A) modo. discussão empreendida nos textos. Mesmo tratando do mesmo
(B) tempo. tema, os textos poderão pertencer a gêneros textuais diferentes
e possuir discussões complementares ou divergentes acerca
(C) dúvida.
de um determinado tema ou informação. Por exemplo, o tema
(D) negação. “As Fake News” pode ser a temática de uma notícia e de uma
(E) afirmação. charge, de um artigo de opinião etc. Embora tratem de Fake
Gabarito B. News, as intenções comunicativas são diferentes: na notícia, a
D15 - Estabelecer relações lógico-discursivas presentes intenção é informar, já na charge, a intenção é emitir uma críti-
no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc. ca. Em textos do mesmo gênero, ao realizar a comparação tex-
tual, pode ser percebida uma relação de complementaridade
17. As palavras destacadas nesse trecho “O movimento e defesa da mesma ideia (ex.: no caso de textos que abordem
“Vidas negras importam” tomaram conta dos Es- informações complementares, seguindo a mesma linha de dis-
tados Unidos e chegou ao Brasil, onde o racismo cussão) ou uma relação opositiva, de divergência de tratamen-
estrutural, que muitas vezes aparece através de uma tos (ex.: no caso de textos que tragam dados ou informações
piada, de um comentário na fila de um supermer- contraditórias acerca de um tema).
cado, de um xingamento na arquibancada de um
Reforce com os(as) estudantes que ao realizar a análise com-
campo de futebol, na desconfiança dentro de uma
parativa de textos é necessário levar em conta alguns pontos.
loja de departamentos ou ainda através de uma
Ou seja, primeiro deve-se observar o quanto de informação é
mensagem distribuída via mensagem de WhatsApp trazida nos textos acerca de um tema ou fato (D6 e D9) e se
por um grupo de jovens.”, apresentam ideia de essas informações se complementam ou se opõem; em se-
(A) lugar. gundo lugar, as funções sociais dos gêneros a que pertencem
(B) modo. os textos.

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Vale a pena saber!!! Leia o texto e responda as questões propostas.

Charge e cartum
O que é charge?
Charge é um gênero jornalístico que centrado em
questões atuais, que reflete o posicionamento edito-
rial do jornal ou veículo de comunicação.
O nome charge, vem do francês charger, que significa
“fazer carga”, “exagerar” ou “atacar”. Esse “ataque”
é pontual, possui relação a um acontecimento espe-
cífico, por isso, as charges são datadas, seu sentido Disponível em: https://i.pinimg.com/originals/c8/19/9b/c8199b2d7353c49b30d6103973a6a19d.
jpg. Acesso em: 15 de ago. 2023.
pode se perder com o passar do tempo.
18. O cartum
Nela, é utilizada uma imagem como representação
visual de fatos recentes, geralmente, contextualizada (A) faz somente uso da linguagem não verbal.
por uma ou mais notícias dentro do veículo. Comu- (B) é um gênero próprio do campo de atuação artís-
mente, são utilizadas personalidades e figuras públi- tico literário.
cas, seus comportamentos são exagerados ou estili- (C) trata exclusivamente de temas políticos e só faz
zados para a realização de uma crítica. uso da linguagem formal.
O que é cartum? (D) é um gênero da esfera jornalística que só con-
tém elementos da linguagem verbal.
Cartum é um gênero jornalístico que expões que utili-
za humor para levantar questionamentos sobre a so- (E) aborda temas variados e critica determinados
ciedade. Assim como a charge, o cartum pode combi- aspectos da sociedade por meio do humor ou ironia.
nar linguagem verbal e não verbal para levar o leitor a Gabarito: E
refletir sobre o cotidiano.
O nome cartum, é oriundo do inglês cartoon, que sig- 19. Complete.
nifica cartão. Esse cartão tem como objetivo a realiza- a) Qual é a finalidade desse cartum?
ção de uma crítica veloz através de uma imagem que
possa ser representativa para o leitor e levá-lo a uma
reflexão.
A finalidade do cartum é chamar a atenção para um as-
Qual a diferença entre charge e cartum? pecto da vida contemporânea.
A charge possui como característica central a utiliza- b) Qual é o tema do cartum?
ção de personagens reais para expor uma crítica de
forma exagerada como forma de alerta para um pro-
blema atual, do cotidiano. Para sua compreensão é
O tema do cartum é o preconceito contra as pessoas negras.
necessário a contextualização aos fatos recentes, ge-
ralmente, presentes nas notícias. Já o cartum é atem- 20. O texto Racismo estrutural e o cartum, quanto ao
poral, as questões abordadas estão mais centradas tema, são
em uma crítica social na qual o leitor está inserido. (A) iguais.
Ambos são gêneros textuais do jornalismo, utilizando (B) diferentes.
elementos gráficos de comunicação verbal e não ver- (C) divergentes.
bal. Em geral, são compostos apenas por um quadro (D) convergentes.
em que a posição editorial do veículo de comunicação
(E) complementares.
é exposta.
Gabarito: E
Disponível em: https://www.significados.com.br/charge-e-cartum/. Acesso em:16
de ago. 2023. D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma
informação na comparação de textos que tratam do mesmo
tema, em função das condições em que ele foi produzido e
daquelas em que será recebido.

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Leia atentamente os textos I e I. Quem possui trabalhos nessas áreas vai rapidamente
Texto I sofrer os impactos da IA, ou está sofrendo. Em maio,
a IBM anunciou que evitaria a contratação de pessoas
para funções que podem ser desempenhadas pela IA.
Para escapar disso, melhor ir pensando em profissões
que exijam criação de novos conhecimentos ou informa-
ções, como a pesquisa científica e o jornalismo noticio-
so; ou a solução de problemas para os quais não há
regras pré-definidas, como a gerência de uma empresa;
ou profissões que exigem alto grau de empatia, como
trabalho social e psicoterapia.
Contudo, a Inteligência Artificial também comete erros
Disponível em: https://espacovital.com.br/images/201904160842090.jpg. Acesso em: 14 de ago. 2023. bem humanos. No mês passado, um escritório de ad-
vocacia de Nova York usou o chatGPT para produzir
Texto II uma petição em processo movido contra uma empresa
A Inteligência Artificial vai desempregar muita gente de aviação. Na peça processual foram elencados vários
"Os modelos de IA sofrem de uma falha bem conhecida no precedentes legais. Quando o processo chegou aos ad-
mundo da tecnologia: as alucinações" vogados da empresa ré, eles não encontraram os casos
citados como precedentes. Uma rápida investigação
descobriu que os casos só existiam como uma "inven-
ção" do chatGPT.
É preciso refletir sobre como a IA produz resultados. É
por meio de um processo de combinações estatísticas de
palavras que estão na base de dados do modelo de IA.
Essas palavras são unidas umas às outras de uma forma
Algumas profissões serão duramente afetadas pela In- que pareça fazer sentido estatisticamente. Mas os mode-
teligência Artificial (IA). Em algumas outras, a IA terá los de IA sofrem de uma falha bem conhecida no mundo
mais dificuldades em avançar no curto prazo. E, ainda da tecnologia: as alucinações. São situações nas quais
bem, a IA comete falhas bem humanas. Tomemos como eles produzem resultados absurdos, porque a técnica
exemplo o seguinte caso real. Um escritor, para cada de combinações estatísticas acabou resultando em uma
livro que escrevia, precisava de uma imagem para mon- combinação absurda, sem nada a ver com a realidade.
tar a capa do livro. Para isso, adquiria os direitos de uso Um ser humano alucinado perderia o emprego. Os ad-
de uma imagem. Um artista digital ou um fotógrafo eram vogados que usaram a alucinação do chatGPT foram
pagos. Há alguns meses, o escritor descobriu o softwa- punidos em 5 mil dólares pelo juiz do caso. Mas o chat-
re Midjourney, que usa IA e produz imagens a partir de GPT não será demitido. O algoritmo será ajustado para
uma simples descrição do resultado desejado. Agora, tentar evitar problemas como esse e, se as alucinações
ele apenas específica ao software como deseja a capa forem controladas e não houver muitos novos danos, o
e em instantes tem o produto. Podendo criar várias alter- chatGPT permanecerá sendo muito usado.
nativas e escolher a que julgar melhor. A consequência
direta é que há menos demanda para trabalhos dos ar- Contudo, há outro efeito colateral ainda mais preocu-
tistas digitais e dos fotógrafos. pante que decorre do uso da IA nas atividades huma-
nas. Em muitas situações, o que se deseja premiar é
De uma forma geral, todos os trabalhos para os quais a habilidade humana. Então, não é justo homenagear
existe uma grande base de exemplos digitalizados po- trabalho que foi quase exclusivamente produzido por um
dem ser processados por softwares de aprendizado ‘programa de computador. Vejamos o caso de uma com-
automatizado, de forma que a tecnologia adquire a ha- petição de fotografia na Austrália, no começo deste mês.
bilidade de produzir variações dos exemplos estudados. Uma das fotos enviadas foi desqualificada por suspeita
É o caso de atividades como escrever romances, pes- de que teria sido produzida com auxílio da IA. A expres-
quisar informações, produzir imagens digitais ou escre- são "suspeita" é extremamente relevante nesse caso. A
ver petições à justiça. E é possível estender essa lista autora da foto declarou que isso não ocorreu, e que ela
acrescentando outras atividades como a produção de teria tirado a foto com seu celular.
música, de filmes e de artigos de opinião.
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Estamos presenciando uma mudança fundamental na D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico
vida em sociedade. Quando a IA começou a produzir diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).
resultados artificiais semelhantes aos produzidos pelos 24. O texto II pertence ao campo de atuação jornalístico-
humanos, o problema agora não é apenas o risco de -midiático. Qual o gênero desse texto?
tratar como reais produtos criados pela IA, outro pro-
blema ainda maior é tratar como falsos os produtos re- (A) Notícia.
almente oriundos do talento humano. A propósito, este (B) Reportagem.
artigo foi realmente escrito por um humano, ou foi pro- (C) Texto didático.
duzido pela Inteligência Artificial? (D) Artigo de opinião.
*ORLANDO SANTOS, analista de sistemas e entusiasta de tecnologia (E) Texto informativo.
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2023/07/5112935-artigo-a-inteli- Gabarito: D
gencia-artificial-vai-desempregar-muita-gente.html. Acesso em: 14 de ago. 2023. D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes
21. Por que o texto I é uma charge? gêneros.
25. Em um artigo de opinião, a tese representa o/a
(A) opinião do leitor do artigo.
O texto I é uma charge porque aborda, com humor, um fato (B) opinião pessoal do autor.
ligado ao noticiário diário com intuito de criticar. (C) argumento do autor.
22. Releia a charge e cite (D) conclusão do texto.
a) dois elementos verbais que fazem referência ao (E) parte inicial do texto.
universo tecnológico. Gabarito: B
D7 - Identificar a tese de um texto.
26. Sobre o título do texto, pode-se afirmar que
Perdi meu emprego para um robô. Fui trocado por um modelo (A) destaca uma consequência do problema em dis-
com alguns megabites a mais.
cussão no texto.
b) a finalidade. (B) apresenta desvios da gramática normativa do
português.
(C) relaciona-se pouco com o tema em debate no texto.
Criticar, ironicamente, a desvalorização do trabalho humano (D) expressa a causa para o problema em discussão.
diante do avanço tecnológico.
(E) é retomado explicitamente no último parágrafo.
c) o tema. Gabarito: E
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros.
A troca do trabalho humano pelo trabalho da Inteligência
Artificial.
27. Qual é o tema do texto II?
d) a esfera de circulação.

O tema do texto II é o desemprego devido ao trabalho realizado


pela Inteligência Artificial.
Jornalística
28. Qual frase que melhor expressa a tese defendida no
23. Observando na charge os aspectos da linguagem
texto II?
verbal e da não verbal, pode-se afirmar que ela re-
vela uma crítica
(A) à falta de novos empregos.
De uma forma geral, todos os trabalhos para os quais existe uma
(B) ao apego às novas tecnologias.
grande base de exemplos digitalizados podem ser processados
(C) à evolução tecnológica dos robôs. por softwares de aprendizado automatizado, de forma que a
(D) ao aumento da fabricação de robôs. tecnologia adquire a habilidade de produzir variações dos
(E) à perda de emprego pelo avanço da tecnologia. exemplos estudados.”
Gabarito: E D7 - Identificar a tese de um texto.
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29. A tese do texto é sustentada por argumentos. Retire gência artificial é a solução para muitos dos proble-
do texto dois argumentos que foram apresentados mas humanos.
pelo autor do texto. (E) em I, discute-se a renovação dos robôs para ocu-
par cargo dos seres humanos; em II, a desvaloriza-
ção do trabalho humano pela Inteligência artificial.
Gabarito: C
Sugestão. D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma
“Em maio, a IBM anunciou que evitaria a contratação de informação na comparação de textos que tratam do mesmo
pessoas para funções que podem ser desempenhadas pela tema, em função das condições em que ele foi produzido e
IA.” daquelas em que será recebido.
“Contudo, a Inteligência Artificial também comete erros bem 33. Esses dois textos apresentam ideias
humanos.”
(A) complementares.
“É preciso refletir sobre como a IA produz resultados.”
(B) convergentes.
30. Releia o texto I (charge) e o texto II e responda. Do (C) opostas.
que esses dois textos tratam? (D) similares.
(E) Iguais.
Gabarito: A
D20 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma
Os dois textos tratam da perda de emprego por causa dos informação na comparação de textos que tratam do mesmo
avanços da tecnologia artificial, que pode vir a substituir o tema, em função das condições em que ele foi produzido e
trabalho humano. daquelas em que será recebido.
D6 - Identificar o tema de um texto 34. No texto II, as aspas empregadas na palavra “suspei-
31. Os textos I e II têm a mesma finalidade? Justifique ta”, no trecho “Uma das fotos enviadas foi desquali-
sua resposta. ficada por suspeita de que teria sido produzida com
auxílio da IA. A expressão "suspeita" é extremamen-
te relevante nesse caso.”, foram utilizadas para dar a
ela um sentido
Os textos I e II não apresentam a mesma finalidade. O texto
(A) crítico.
I tem a finalidade de criticar com humor a perda de emprego (B) irônico.
devido os avanços da inteligência artificial que a cada dia se (C) coloquial.
renova. Já o texto II traz opiniões dos malefícios causados pela (D) pejorativo.
substituição do trabalho humano pela Inteligência Artificial. (E) metafórico.
D12 - Identificar a finalidade de textos de diferentes Gabarito: B
gêneros. D17 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da
32. Ao comparar os textos I e II, pode-se afirmar que pontuação e de outras notações.
(A) em I, há a negação da existência de pessoas Professor(a), as atividades a seguir objetivam desenvolver as
desempregadas; em II, afirma-se que a inteligência habilidades exigidas pelos descritores D10 - Identificar o con-
artificial é ruim. flito gerador do enredo e os elementos que constroem a
(B) em I, há a afirmação de que o robô substituirá os narrativa, D6 - Identificar o tema de um texto, D13 – Identi-
ficar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o
humanos; em II, a solução para a queda de desem-
interlocutor de um texto, e D19 – Reconhecer o efeito de
prego será a inteligência artificial.
sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos
(C) em I, há indícios de que a humanidade ficará in- e/ou morfossintáticos.
comodada pela substituição de seres humanos por
robôs; em II, há a afirmação de que a inteligência
artificial causará o desemprego.
(D) em I, discute-se o conceito de robótica para a
geração de emprego; em II, afirma-se que a inteli-

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Vale a pena saber!!! Leia o texto.


Tecnologia
Crônica Luís Fernando Veríssimo
A crônica é um gênero textual curto escrito em prosa,
geralmente produzido para meios de comunicação,
por exemplo, jornais, revistas etc.
Além de ser um texto curto, possui uma “vida curta”,
ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos corri-
queiros do cotidiano.
Portanto, as crônicas estão extremamente conecta-
das ao contexto em que são produzidas, por isso,
com o passar do tempo, elas perdem sua “validade”, Disponível em: https://docmanagement.com.br/wp-content/uploads/2021/01/1-7.jpg Acesso em:
ou seja, ficam fora do contexto. 16 de ago. 2023.

As características das crônicas Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a má-
quina de escrever, que a gente olha de cima, com su-
• narrativa curta;
perioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele
• uso de uma linguagem simples e coloquial; nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu des-
• presença de poucos personagens, se houver; prezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A
máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo
• espaço reduzido;
que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você
• temas relacionados a acontecimentos cotidianos. faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo
Tipos de crônicas dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você.
Embora seja um texto que faz parte do gênero narrati- Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele
vo (com enredo, foco narrativo, personagens, tempo e responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda,
espaço), há diversos tipos de crônicas que exploram nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo
outros gêneros textuais. bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que
cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado.
Podemos destacar a crônica descritiva e a crônica Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas
dissertativa. Além delas, temos: manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas
• Crônica Jornalística: mais comum das crônicas da está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a
atualidade são as crônicas chamadas de “crônicas gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir.
jornalísticas” produzidas para os meios de comunica- Comecei a usar o computador na redação do jornal e
ção, onde utilizam temas da atualidade para fazerem volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui,
reflexões. Aproxima-se da crônica dissertativa. pessoal: ele errou.” “O burro errou!”
• Crônica Histórica: marcada por relatar fatos ou Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito
acontecimentos históricos, com personagens, tempo mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe.
e espaço definidos. Aproxima-se da crônica narrativa. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteli-
• Crônica Humorística: Esse tipo de crônica apela gente quanto quem a usa não vale com ele. Está suben-
para o humor como forma de entreter o público, ao tendido, nas suas relações com o computador, que você
mesmo tempo que utiliza da ironia e do humor como jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para
ferramenta essencial para criticar alguns aspectos oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial
seja da sociedade, política, cultura, economia etc. quando outro igual a ele o estiver programando. A máqui-
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/cronica/. Acesso em: 15 de ago. 2023.
na de escrever podia ter recursos que você nunca usaria,
mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem
só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no
momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de
maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público.
Dito isto, é preciso dizer também que quem provou
pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à
máquina de escrever sem a sensação de que está de-
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sembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. 37. No trecho “Quer dizer, você se sente como aquele
Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortá- cara que cantou...” a palavra destacada é um exem-
vel cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. plo de linguagem
É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. (A) Formal.
Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de
(B) Técnica.
gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que
(C) Informal.
dividem a sua vida profissional em antes dele e depois
dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a (D) Científica.
inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na (E) Jornalística.
hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além Gabarito: C
de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o
que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos, locutor e o interlocutor de um texto.
mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu
38. Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da pala-
amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que
vra “pobrezinha” no trecho “Sabendo que ela aguen-
você pode concluir que eu só estou querendo agradá-lo,
taria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.”?
precavidamente, mas juro que é sincero.
(A) Inferiorizar o trabalho da máquina.
Quando saí da redação do jornal depois de usar o com-
putador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na (B) Enfatizar o respeito pela máquina.
minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem recla- (C) Demonstrar apreço pela máquina.
mar, como sempre, a pobrezinha. (D) Criticar o trabalho feito pela máquina.
Disponível em: https://maaquinoleitura.blogspot.com/p/essa-cronica-muito-divertida-e-realista. (E) Enaltecer o trabalho feito na máquina.
html. Acesso em: 15 de ago. 2023.
Gabarito: C
35. Em relação ao texto lido responda. D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da
a) Gênero: exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

Crônica Semana 2
b) Tipo discursivo:
► Temática: Produção de texto/ Editorial.
Narrativo
c) Tipo de narrador: 1. CONVERSA COM O(A) PROFESSOR(A)

Professor(a), a proposta de organizar a produção textual


Personagem com os (as) estudantes por meio de uma sequência didática
d) Tipo de discurso: parte da ideia de que é possível e necessário ensinar os gê-
neros contemplando todas as práticas de linguagem. Assim,
Direto é imprescindível que a produção textual siga um percurso
e) Campo de atuação: planejado intencionalmente para favorecer o desenvolvi-
mento do processo.
Literário Professor(a), esta sequência didática é uma sugestão. Sinta-se
D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos à vontade para segui-la ou utilizar outra, de acordo com a sua
que constroem a narrativa. turma. O importante é que você desenvolva as habilidades se-
guindo uma sequência. Retome as etapas de produção textual
36. Qual é o assunto dessa crônica?
vistas nos meses anteriores.
(A) A tecnologia.
(B) O computador. Professor(a) durante o desenvolvimento da Sequência Didá-
tica, a sugestão é realizar atividades de leitura, interpretação
(C) A redação de um jornal.
de texto, analisar as marcas linguísticas presentes nos textos
(D) A máquina de escrever. (características próprias de cada gênero, aspectos linguísticos
(E) O autor Millôr Fernandes. e semióticos etc.), elaborar estratégias para que os(as) estu-
Gabarito: A dantes desenvolvam capacidades de antecipar os significados
D6 - Identificar o tema de um texto de um texto, relacionar e selecionar informações, fazer inferên-

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cias, identificar pelo contexto palavras que eles(as) ainda não Lembre-se que um editorial é um texto dissertativo-
conhecem o significado entre outros aspectos. Conhecer a te- -argumentativo que é produzido para os meios de co-
mática (dados, informações coletadas etc.). Aprender a mane- municação como jornais e revistas. Hoje em dia, com o
jar os discursos (interno, oral e escrito). Durante esse trabalho avanço da internet, encontramos esse tipo de texto em
é preciso acontecer a produção individual e coletiva, a reescrita diversos locais como blogs e redes sociais.
(individual e coletiva objetivando o aprimoramento da escrita).
Todo esse trabalho precisa ser realizado “todos juntos profes-
Uma dica importante é ler alguns editoriais para você se
sores(a) e estudantes.” É fundamental professor(a), que você familiarizar com as características mais importantes desse
escreva junto com os(as) estudantes para que eles(as) visua- tipo de texto, ao mesmo tempo que irá compreender sua
lizem os procedimentos de escrita dentro de um processo do estrutura. Isso, sem dúvida, facilitará a produção do texto.
desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. Passo a passo para produzir editorial
Professor(a), sabemos que no ensino-aprendizagem da língua Confira abaixo alguns passos essenciais para você pro-
portuguesa, “o texto é o ponto de partida e de chegada.” A sua duzir um editorial, seja num jornal ou revista.
orientação e mediação pedagógica é de extrema necessidade, ► 1. Escolha do Tema
a fim de que o(a) estudante se torne autor(a) de seus textos
Antes de mais nada, devemos escolher o tema que ire-
e adquira proficiência no processo de ensino-aprendizagem.
mos abordar no editorial. É muito comum os editoriais de
Para desenvolver esse trabalho professor(a), você pode auxi-
jornais focarem em assuntos da atualidade.
liar os(as) estudantes a compreenderem as situações de co-
municação, como quem fala/lê/escreve, de que lugar (papel Uma maneira de despertar para essa questão inicial é
social), para dizer o quê e para quem ouvir/ler, com qual/ estar “antenado” nos acontecimentos atuais. Para isso,
quais propósito(s), com qual/quais “efeitos de sentido.” você pode realizar uma breve pesquisa sobre os temas
e selecionar alguns que lhe interessem.
É possível durante este percurso de produção mapear os co-
nhecimentos dos(as) estudantes para adequar ao desenvolvi- Se o editorial for de uma revista, geralmente será assi-
mento das produções textuais. Dialogar com os(as) estudantes nado pela equipe da revista ou mesmo pelo diretor do
sobre o assunto e problemas que podem ser identificados so- meio de comunicação. Nesse caso, o texto será dirigi-
cialmente ou em outros contextos. do ao leitor e por isso, você pode encontrar expressões
como: caro leitor, querido leitor etc.
Leia os textos com os(as) estudantes ajudando-os(as) na
Em alguns casos, os autores assinam o texto, no entan-
construção de sentidos. Analise com eles(as) os conceitos
to suas opiniões estão alinhadas com as do veículo de
linguísticos utilizados intencionalmente. Outro importante
comunicação e, portanto, geralmente o editorial reflete a
aspecto, professor(a), é tornar claro os procedimentos ne-
opinião do veículo, levando assim, seu nome.
cessários para escrever um texto. Ao final, é preciso fazer a
publicação dos textos garantindo a circulação deles em diver- Diferente dos editoriais de jornais, os de revistas apre-
sos espaços, afinal, os textos precisam de leitores, além do(a) sentam os temas dos artigos que serão abordados na-
professor(a). Os(as) estudantes se empenham muito mais du- quela semana, mês, bimestre etc.
rante o trabalho de produção quando sabem que seus textos Como exemplo, podemos pensar numa revista de saú-
terão leitores diversos. de, onde o autor apresentará rapidamente os temas:
produtos orgânicos, exercícios físicos, receitas com bai-
Caro estudante, depois de resolver todas as ativida- xo teor de açúcar; etc.
des propostas destas aulas e adquirir mais aprendi- Note que em ambos os casos, os editoriais são textos
zado sobre as habilidades desenvolvidas chegou a breves e escritos por meio de uma linguagem simples.
hora de produzir seu texto. Mas, antes releia as orien- Isso faz com que qualquer tipo de leitor possa compre-
tações propostas, aproprie-se da estrutura do gênero. ender o que foi exposto.
Tire as dúvidas com seu(a) professor(a). A proposta é ► 2. Estrutura do texto
que você produza um editorial.
Após escolhermos o tema, devemos entender qual será
o lugar do texto. Ou seja, se esse editorial é de uma
2. A PRODUÇÃO DE UM EDITORIAL revista mensal, ou se ele é para ser divulgado semanal-
Como fazer um editorial? mente num jornal.
Para fazer um editorial é necessário seguir alguns pas- Independente da escolha, devemos seguir a estrutura
sos, como a escolha do tema e, ainda, compreender a básica desse tipo de texto: introdução, desenvolvimento
estrutura básica desses tipos de textos jornalísticos. e conclusão.
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Introdução
presa, jornal ou direção) sobre os principais assuntos
Na introdução, focamos nas ideias principais que serão do momento da publicação. Possui uma linguagem
desenvolvidas no editorial. Ou seja, aqui é o momento formal e padronizada na norma culta, com argumen-
de apresentar ao leitor os principais temas que serão tação impessoal. Sua estrutura se compõe na apre-
abordados. sentação do tema, discussão, fundamentação e con-
Desenvolvimento clusão, sendo comumente indicada no topo ou canto
Essa é uma das partes mais importantes do texto, em da página com algum indicativo como “carta ao leitor.”
que utilizamos a argumentação para apresentar ao leitor
nosso ponto de vista sobre determinado assunto. Agora vocês produzirão um editorial para isso, precisa-
Para isso, podemos pesquisar e realizar um levanta- rão lançar mão dos conhecimentos que possuem sobre
mento sobre os principais dados relacionados com o o tema sugerido e sobre a composição do gênero,
assunto escolhido. entre outros aspectos. Vale lembrá-lo que esse traba-
Dessa forma, se o tema for “mês de Natal”, você poderá lho não se dará de forma solitária, pois a discussão com
pesquisar algo sobre a história, algumas curiosidades e os colegas será fundamental para o fortalecimento da
tradições dessa data. escrita argumentativa, para tanto, leia os textos motiva-
dores a seguir.
Ainda que seja um texto argumentativo, convém utilizar
a terceira pessoa, ao invés da primeira. No entanto, há 4. TEXTOS MOTIVADORES
editoriais assinados por redatores em que eles utilizam Texto I
a primeira pessoa. Aquecimento global: animais passam por metamor-
No desenvolvimento, a argumentação ocorre por meio fose para sobreviver, diz estudo
de opiniões, dados e exemplos sobre o que se preten- Espécies estão evoluindo para ter bicos, pernas e orelhas
de abordar. maiores e regular melhor a temperatura corporal, mas
No caso de editorias de revistas, nessa parte o editor isso não signifi ca que estão lidando bem com mudanças,
escreverá sobre os principais temas das seções: nutri- alertam cientistas.
ção, saúde e bem-estar, beleza, dicas de receitas etc.
Ou seja, ele faz um apanhado geral, um resumo, sobre o
que o leitor encontrará ali, lhe convidando a ler cada artigo.
Conclusão
A conclusão é uma parte fundamental para arrematar
as ideias que foram expostas. No caso do editorial de
um jornal, o escritor pode propor uma nova solução. Ou
ainda, ele pode terminar de maneira criativa e instigan-
do a reflexão de seus leitores, por exemplo, com uma
pergunta. Os bicos dos papagaios australianos estão ficando maiores com
Já na finalização de um editorial de revista, o editor con- o aumento da temperatura. — Foto: Getty Images via BBC
vida o leitor a participar da leitura. Assim, ele pode ter- Quando você ouve a palavra "metamorfose", provavel-
minar o editorial com alguma mensagem de carinho e mente pensa em um filme de ficção científica ou de ter-
ainda, utilizar a expressão: boa leitura! ror e não no mundo animal.
3. PROPOSTA DE ESCRITA DO GÊNERO EDITORIAL Mas é isso que os cientistas dizem que está acontecen-
do com algumas espécies de animais em resposta às
Caro(a) estudante, mudanças climáticas.
Como já demonstramos até aqui, não há nenhum Elas estão evoluindo para ter bicos, pernas e orelhas maio-
segredo na escrita desse tipo gênero textual. Basta res para regular melhor a temperatura corporal em respos-
você relembrar que o editorial é um texto de cunho ta ao aquecimento do planeta, aponta um novo estudo.
jornalístico e opinativo que serve para apresentar o Os cientistas por trás da pesquisa alertam que as mu-
posicionamento crítico de determinado grupo (em- danças fisiológicas não significam que os animais estão
lidando bem com as mudanças climáticas.
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"Muitas vezes, quando se discute as mudanças climá- Alguns que vivem em climas mais quentes evoluíram
ticas, as pessoas se perguntam 'os humanos podem historicamente para terem bicos ou orelhas maiores
superar isso?' ou 'que tecnologia pode resolver isso?'", para se livrar do calor com mais facilidade.
diz a autora do estudo, Sara Ryding, da Universidade Uma asa, orelha ou bico maiores em relação ao tama-
Deakin, na Austrália. "Já é hora de reconhecermos nho do corpo conferem aos animais menores uma área
que os outros animais também precisam se adaptar a de superfície maior para liberar o excesso de calor.
essas mudanças."
Várias espécies de papagaios australianos mostraram
Se os animais não conseguem controlar sua temperatu- um aumento de 4 a 10% no tamanho do bico desde
ra corporal, eles podem superaquecer e morrer. 1871, o que se correlaciona com o aumento das tempe-
Alguns que vivem em climas mais quentes evoluíram raturas do verão ao longo dos anos, diz o estudo.
historicamente para terem bicos ou orelhas maiores Os cientistas dizem que é difícil colocar o clima como a
para se livrar do calor com mais facilidade. única causa da metamorfose, mas que outros exemplos
Uma asa, orelha ou bico maiores em relação ao tama- de mudanças em espécies mostram o efeito do calor
nho do corpo conferem aos animais menores uma área maior.
de superfície maior para liberar o excesso de calor. Camundongos estão evoluindo para ter caudas mais
Várias espécies de papagaios australianos mostraram longas; os musaranhos mascarados estão ficando com
um aumento de 4 a 10% no tamanho do bico desde caudas e pernas mais longas; e os morcegos em climas
1871, o que se correlaciona com o aumento das tempe- quentes têm asas maiores.
raturas do verão ao longo dos anos, diz o estudo. 'Um Dumbo de verdade'
Os cientistas dizem que é difícil colocar o clima como Embora as adaptações que as espécies estão fazendo
a única causa da metamorfose, mas que outros exem- atualmente sejam pequenas, Ryding diz que elas podem
plos de mudanças em espécies mostram o efeito do ficar mais pronunciadas à medida que o planeta se torna
calor maior. ainda mais quente.
Camundongos estão evoluindo para ter caudas mais "Prevê-se que apêndices proeminentes, como orelhas,
longas; os musaranhos mascarados estão ficando com aumentem, então, podemos ter um Dumbo de verdade
caudas e pernas mais longas; e os morcegos em climas em um futuro não muito distante", diz a cientista em refe-
quentes têm asas maiores. rência ao elefante da Disney que tinha orelhas maiores
Quando você ouve a palavra "metamorfose", provavel- do que o normal.
mente pensa em um filme de ficção científica ou de ter- O estudo sugere que a metamorfose provavelmente
ror e não no mundo animal. continuará porque as temperaturas mais altas influen-
Mas é isso que os cientistas dizem que está acontecen- ciarão a demanda dos animais para regular sua tempe-
do com algumas espécies de animais em resposta às ratura corporal.
mudanças climáticas. Neste ano, alguns países registraram suas temperatu-
Elas estão evoluindo para ter bicos, pernas e orelhas ras mais altas em décadas, e julho passado foi em parte
maiores para regular melhor a temperatura corporal desses países o mês mais quente de todos os tempos.
em resposta ao aquecimento do planeta, aponta um "Isso não significa que os animais estão lidando com as
novo estudo. mudanças climáticas e que está tudo bem", diz Ryding.
Os cientistas por trás da pesquisa alertam que as mu- "Significa apenas que eles estão evoluindo para sobrevi-
danças fisiológicas não significam que os animais estão ver, mas não temos certeza de quais são as outras con-
lidando bem com as mudanças climáticas. sequências ecológicas dessas mudanças, ou se todas
"Muitas vezes, quando se discute as mudanças climáticas, as espécies serão capazes de mudar e sobreviver. As
as pessoas se perguntam 'os humanos podem superar mudanças climáticas que criamos estão fazendo mui-
isso?' ou 'que tecnologia pode resolver isso?'", diz a autora ta pressão sobre elas (espécies) e, embora algumas se
do estudo, Sara Ryding, da Universidade Deakin, na Aus- adaptem, outras não conseguirão fazer isso."
trália. "Já é hora de reconhecermos que os outros animais Imagem e texto disponíveis em https://g1.globo.com/natureza/noticia/2021/09/11/aquecimen-
também precisam se adaptar a essas mudanças." to-global-animais-passam-por-metamorfose-para-sobreviver-diz-estudo.ghtml Acesso em: 16
de ago. 2023.
Se os animais não conseguem controlar sua temperatu-
ra corporal, eles podem superaquecer e morrer.
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Texto II

Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/_h77BLo4MRuM/SvX2EVU3OEI/AAAAAAAAEco/H7t-


biMcSZp8/s400/charge_aquecimento_global.jpg. Acesso em: 16 de ago. 2023.

Tema: Aquecimento global: a metamorfose dos


animais para sobreviver
Imagine que o texto que vocês leram ou ouviram foi pro-
duzido em um jornal de grande circulação, no qual vo-
cês trabalham como editorialistas. Após a publicação da
notícia, muitos leitores(as) posicionam-se sobre a favor
da criação de medidas drásticas para evitar o que está
acontecendo. Em uma reunião de pauta do jornal, vários
editores manifestaram preocupação de como os leitores
receberão essas informações sobre os efeitos do aque-
cimento global. Decidiu-se que, que o jornal publicará
um editorial em que tratará destes efeitos para o meio
ambiente. Vocês, como editorialistas do jornal foram en-
carregados de escrever esse texto.
Produção do editorial: pauta de escrita
Indicadores que vocês devem considerar na escrita do
editorial:
• Título (e subtítulo se julgarem necessário);
• Contextualização do leitor;
• Explicitação do ponto de vista do grupo e do movimen-
to argumentativo tomado;
• Argumentação e contra-argumentarão consistente;
• Definição da posição do veículo de comunicação sobre
o problema.

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