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NUTRIÇÃO
APLICADA À
ATIVIDADE FÍSICA
Profª. Me. Cíntia Borges Silva
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NUTRIÇÃO APLICADA
À ATIVIDADE FÍSICA
PROFª. ME. CÍNTIA BORGES SILVA
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Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Esp. Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
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NUTRIÇÃO APLICADA À
ATIVIDADE FÍSICA
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
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Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a
seguir:
FIQUE ATENTO
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas
quais você precisa ficar atento.
VAMOS PENSAR?
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade,
associando-os a suas ações.
FIXANDO O CONTEÚDO
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos
conteúdos abordados no livro.
GLOSSÁRIO
Apresentação dos significados de um determinado termo ou
palavras mostradas no decorrer do livro.
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO ESPORTE
UNIDADE 2
MACRO E MICRONUTRIENTES
2.1 Carboidratos ....................................................................................................................................................................................................................................................................................20
2.2 Proteínas ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................22
2.3 Lipídeos ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................24
2.4 Vitaminas e minerais ................................................................................................................................................................................................................................................................25
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................29
UNIDADE 3
METABOLISMO ENERGÉTCO NO EXERCÍCIO FÍSICO
3.1 Produção de energia (Carboidratos) ...............................................................................................................................................................................................................................32
3.2 Liberação de energia (Proteínas) ......................................................................................................................................................................................................................................35
3.3 Liberação de energia (Lipídeos) ........................................................................................................................................................................................................................................37
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................39
UNIDADE 4
METABOLISMO ENERGÉTICO NO EXERCÍCIO FÍSICO
4.1 Necessidades nutricionais macronutrientes.............................................................................................................................................................................................................43
4.2 Necessidades nutricionais micronutrientes ............................................................................................................................................................................................................46
4.3 Necessidades hídricas (Desidratação e reidratação) .........................................................................................................................................................................................47
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................50
UNIDADE 5
RECURSOS ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS
5.1 Recursos ergogênicos nutricionais ................................................................................................................................................................................................................................54
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................59
UNIDADE 6
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DO ATLETA E PRATICANTE DE ATIVIDADE FÍSICA
6.1 Avaliação antropométrica e de composição corporal .......................................................................................................................................................................................63
6.2 Avaliação laboratorial ...............................................................................................................................................................................................................................................................65
FIXANDO O CONTEÚDO.................................................................................................................................................................................................................................................................70
UNIDADE 7
NUTRIÇÃO APLICADA A DIFERENTES MODALIDADES ESPORTIVAS
7.1 Nutrição aplicada a diferentes modalides esportivas ........................................................................................................................................................................................73
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................77
ALIMENTAÇÃO E
NUTRIÇÃO NO
ESPORTE
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1.1 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
A alimentação é essencial para manutenção da saúde e qualidade de vida. Os
alimentos contêm substâncias que auxiliam no desenvolvimento, fortalecimento e na
produção de energia necessária para desempenhar diversas funções no nosso organismo.
Além do fornecimento de energia, qualidade de vida e saúde, uma alimentação adequada
contribui para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, na adequação do
peso corpóreo e no bom desenvolvimento físico (BROUNS, 2005).
Uma alimentação equilibrada somando a prática regular de atividade física são
fundamentais para manutenção da saúde, da qualidade de vida e prevenção de doenças
crônicas não transmissíveis como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e
alguns tipos de câncer (BROUNS, 2005). Além disso, a redução do consumo exagerado
de álcool, assim como o consumo moderado de sal, gordura e açúcar refinado são fatores
que contribuem para a saúde e qualidade de vida.
A quantidade de nutrientes, hábitos alimentares, culinária, aspectos culturais,
sociais e econômicos são alguns dos fatores que influenciam no que comemos. São
fatores influenciam no bem-estar e na saúde da população (BRASIL, 2014).
Os nutrientes presentes nos alimentos são fundamentais para o nosso crescimento,
desenvolvimento e manutenção da saúde. Esses nutrientes são utilizados pelo o nosso
organismo para realizar as funções diárias que o nosso corpo necessita. Para conseguir
ingerir a quantidade de nutriente suficiente que o corpo precisa, precisamos consumir
alimentos suficientes em quantidade, qualidade e diversidade (BRASIL, 2014).
FIQUE ATENTO
A Nutrição é a ciência dos alimentos, dos nutrientes e, sua ação, interação e equilíbrio
estão relacionados com a saúde e a doença do indivíduo. A nutrição está envolvida com
os processos de digestão, absorção, transporte dos alimentos. Nutrientes são caracteri-
zados como substâncias químicas que atuam no organismo, sendo indispensáveis para
o seu funcionamento. Nutrientes essenciais são as substâncias que não produzidos em
quantidade suficiente pelo nosso organismo e, por isso, precisamos consumir através da
alimentação como: ácidos graxos linoleico e linolênico, vitaminas, minerais alguns ami-
noácidos (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015).
É importante deixar registrado que deve-se ter cautela e bom senso na interpretação
desses valores de referência para que diagnóstico e orientação dietética dos indivíduos
sejam confiáveis.
Em relação aos micronutrientes (vitaminas e minerais) é necessário que o RDA
(Recommended Dietary Allowances) ou o Adequate Intake (AI) seja alcançado, assim
como, deve-se a ter atenção que estes não ultrapassem o Tolerable Upper Intake Level
(UL). Esses valores devem ser referência para adequação de um planejamento alimentar.
A elaboração de um planejamento alimentar individualizado é importante para
todos os indivíduos, pois equilibra suas necessidades energéticas, oferece os nutrientes
básicos e necessários para cada objetivo, contribui para recuperação mais rápida e
adequada, evitando a perda e o ganho de peso desagradáveis, assim como a perda de
massa magra. Cada pessoa possui sua particularidade, rotina, preferência e rejeição
alimentar e experiência alimentar que foram construídas ao longo da vida. Precisamos
respeitar e orientar tendo em vista todos esses fatores. Contudo, quando o assunto é
saúde, alimentação equilibrada e atividade física regular formam uma dupla de destaque.
GLOSSÁRIO
A termogênese é o termo utilizado para definir a energia necessária para digerir, ab-
sorver e metabolizar nutrientes, inclusive a síntese e o armazenamento de carboidratos,
proteínas e lipídeos.
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FIQUE ATENTO
Gasto Energético Basal (GEB) ou Taxa Metabólica Basal (TMB): é a quantidade mínima de
energia gasta compatível com o estilo de vida do indivíduo. O GEB de um indivíduo reflete
na quantidade de energia utilizada durante 24 horas em repouso. As medições devem ser
realizadas antes do indivíduo fazer qualquer atividade física, de preferência ao acordar, e
10 a 12 horas após a ingestão de qualquer alimento, em temperatura e ambiente confor-
táveis (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015). Gasto Energético Total (GET): é o somatório do
gasto energético basal ou TMB, energia gasta em atividades físicas e o efeito térmico do
alimento, em 24 horas.
As atividades físicas aeróbias e anaeróbias podem gerar radicais livres. Isso depende
da frequência, intensidade, duração e modalidade do exercício realizado. Os radicais livres
são moléculas que são liberadas pelo metabolismo do corpo com elétrons altamente
instáveis e reativos, que podem causar morte celular ou doenças degenerativas. Eles
podem ser neutralizados por antioxidantes presentes nas vitaminas e minerais, como a
vitamina C, vitamina E, Betacaroteno, Antocianinas, Flavonoides, entre outros. Por isso e,
dentre outros fatores, o aporte adequado de vitaminas e minerais são necessários.
As estratégias especiais de ingestão de nutrientes e hidratação antes, durante e
após os exercícios físicos podem ajudar a reduzir a fadiga e melhorar o desempenho nas
atividades, assim como objetivo final (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015).
Ao final dos capítulos, além da lista de referências básicas, encontram-se outras
referências que foram utilizadas e/ou consultadas, estas podem ser utilizadas para tirar
as dúvidas que por ventura venham a surgir ao longo dos estudos. Além disso, para
entendermos melhor a atividade que os nutrientes desempenham no metabolismo,
na próxima unidade serão descritas as definições, as classificações, a importância e as
principais funções que cada macronutriente e micronutriente.
VAMOS PENSAR?
Os atletas necessitam de um aporte glicídico maior quando comparado com indivíduos
não atletas?
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FIXANDO O CONTEÚDO
1. (FUNDATEC). Qual dos itens abaixo NÃO faz parte dos 10 passos para alimentação
adequada e saudável segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira?
LIMA, J. S. G. Segurança alimentar e nutricional: sistemas agroecológicos são a mudança que a intensificação
ecológica não alcança. Ciência e Cultura, v. 69, n. 2, 2017 (adaptado).
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
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d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
a) Glicogênio.
b) Acetaldeído.
c) Monocleído.
d) Fosfolipídeo.
e) Aceídio.
a) Idade.
b) Clima.
c) Sexo.
d) Atividade física.
e) Nenhuma das alternativas
Estão CORRETAS:
a) I, II e III apenas.
b) II, IV e VI apenas.
c) I, III e V apenas.
d) I, IV, V e VI apenas.
e) I, II, III, IV e V.
6. (BIO –RIO). O gasto energético total (GET) diário de um indivíduo se constitui de:
7. As atividades físicas aeróbicas e anaeróbias podem gerar radicais livres. Isso depende
de alguns fatores como a frequência, intensidade, duração e modalidade do exercício
realizado. Os radicais livres são moléculas que são liberadas pelo metabolismo do corpo
com elétrons altamente instáveis e reativos, que podem causar morte celular ou doenças
degenerativas.
a) Hormônios
b) Antioxidades
c) Proteínas
d) Carboidratos
e) Lipídeos
a) Insulina e colesterol.
b) Colesterol e amido.
c) Triacilglicerol e amido.
d) Glicose e insulina.
e) Amido e glicogênio.
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MACRONUTRIENTES
E MICRONUTRIENTES
20
Para assegurar aporte nutricional e uma alimentação saudável, os praticantes de
atividades físicas devem ingerir alimentos fontes de macronutrientes e micronutrientes
em quantidades adequadas. Embora seja estabelecido um percentual diário de cada
macronutriente e micronutriente, devemos lembrar que algumas pessoas exercem
atividades de rotina ou até mesmo atividades físicas diferentes, o que pode diminuir
ou aumentar o aporte desses nutrientes. Em alguns casos, pode requerer uma maior
demanda alimentar ou, por vezes, necessária adicionar suplementos alimentares
(FARIAS, 2020).
As vitaminas e os minerais estão presentes em grande variedade nos alimentos.
Cada nutriente exerce funções específicas no nosso organismo, essenciais para a
saúde das nossas células e para o adequado funcionamento do corpo. Diferente dos
macronutrientes, a ingestão diária recomendada de vitaminas e os minerais são menores.
2.1 CARBOIDRATOS
Os carboidratos, também conhecido como glicídios ou açucares, são polímeros
formados pela junção de monômeros compostos por moléculas de carbono (C),
hidrogênio (H) e oxigênio (O), com a proporção de duas moléculas de hidrogênio para
cada molécula de carbono e oxigênio (1C:2H:1O).
Os carboidratos é a maior fonte de energia utilizada para manutenção das
atividades diárias. Os carboidratos podem ser classificados segundo ao número de
moléculas, a digestibilidade e a complexidade.
De acordo com o número de moléculas, os carboidratos são classificados em
monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Os monossacarídeos
possuem 4 a 7 moléculas de carbono em sua estrutura, sendo nomeados, respectivamente,
em tretoses, pentoses, hexoses e heptoses. São solúveis em água e não sofrem hidrólise.
Os monossacarídeos de maior importância é o de carbono de seis hexoses: glicose,
galactose e frutose. A frutose é o mais doce de todos os monossacarídeos (MAUGHAN
et al., 2004).
Os dissacarídeos são formados a partir da união de dois monossacarídeos. A
pesar da variedade de dissacarídeos presentes na natureza, os três dissacarídeos mais
importantes na nutrição humana são: lactose, maltose e sacarose. A junção da glicose
com a galactose forma a lactose, duas glicoses dão origem à maltose e a união da glicose
com a frutose forma a sacarose. Esses carboidratos são unidos a partir de uma ligação
entre o aldeído ativo ou o carbono cetona e uma hidroxila específica em outro açúcar
(MAUGHAN et al., 2004).
Já os oligossacarídeos são formados pela união de três a dez monossacarídeos,
facilmente hidrossolúveis, como a rafinose e a estaquiose. Os polissacarídeos são
originados pela junção de vários monossacarídeos, como o amido e o glicogênio. O
amido é composto por dois tipos de polímeros de glicose: a amilose e a amilopectina, a
diferença está na ramificação da cadeia. O amido é responsável pela reserva energética
de tecidos vegetais e o glicogênio de tecidos animais (OLIVEIRA; TAVARES; BOSCO, 2015).
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VAMOS PENSAR?
Com as classificações dos carboidratos ditos anteriormente, você conseguiria dizer qual o
tipo de carboidrato que seria melhor para ser consumido como pré-treino?
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2.2 PROTEÍNAS
As proteínas são macronutrientes responsáveis por compor a estrutura corporal
dos seres humanos e dos animais e, diferentemente dos carboidratos e lipídeos, contém
em sua estrutura nitrogênio. As proteínas participam de várias funções no nosso
organismo. As reações químicas que ocorrem no nosso organismo, em muitos casos, são
decorrentes das ações das enzimas. As enzimas, que na sua grande maioria são formadas
por proteínas, são responsáveis pelas variadas reações que ocorrem em nosso organismo.
Outras funções das proteínas incluem o transporte de moléculas, ação hormonal, defesa
do organismo e ação genética. As proteínas são formadas por ligações peptídicas entre
aminoácidos; monômeros compostos por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.
Possuem funções estruturais, enzimáticas, energéticas, hormonais, transportadora,
defesa e hormonal (BROUNS, 2005).
FIQUE ATENTO
Balanço nitrogenado: É a relação da diferença entre a proteína ingerida pela alimentação
e a eliminada através da urina. Normalmente, o balanço nitrogenado serve como indicati-
vo, para praticantes de atividade física, do equilíbrio nitrogenado.
2.3 LIPÍDEOS
Os lipídeos constituem aproximadamente 20 a 35% da energia na dieta dos seres
humanos. Tem como funções: fornecimento de energia, precursores de hormônios,
auxilia da absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) e melhor a textura e sabor
dos alimentos. Assim como os carboidratos, os lipídeos são formados por átomos de
carbono, hidrogênio e oxigênio, mas os lipídeos não são polímeros; são pequenas
moléculas, insolúveis em água, que são originadas de tecidos animais e vegetais. A parte
dos lipídeos utilizada como fonte de energia é o ácido graxo (MAHAN; ESCOTT-STUMP;
RAYMOND, 2013).
Os ácidos graxos são encontrados livremente pela natureza e, na maioria dos
casos, estão ligados a outras moléculas através do grupo principal de ácido carboxílico.
Os ácidos graxos são formados por cadeias de carbonos compostas de 4 até mais de 20
átomos de carbono.
Os ácidos graxos podem ser classificados de acordo com a quantidade de átomos de
carbono existentes ou com o tipo de ligações entre os átomos de carbono. Em relação
ao número de átomos de carbono, os ácidos graxos podem ser classificados em ácidos
graxos de cadeia curta (composto por 8 a 12 átomos de carbono), ácidos graxos de
cadeia média (composto por 14 a 18 átomos de carbono) e ácidos graxos de cadeia longa
(composto por mais de 20 átomos de carbono) (PANSANI, 2018).
Além disso, os ácidos graxos também podem ser classificados de acordo com a
presença ou ausência de ligações duplas na cadeia de carbono. Os ácidos graxos saturados
não apresentam ligações duplas entre os átomos de carbono e são encontrados em
carnes, gema de ovo, queijos, creme de leite, manteiga, óleo de coco, óleo de palma,
gordura vegetal hidrogenada e margarina.
Os ácidos graxos insaturados contêm em sua estrutura uma ou mais ligações
duplas entre átomos de carbono. Quando apresentam apenas uma ligação dupla são
chamados de ácidos graxos monoinsaturados e quando apresentam duas ou mais
ligações duplas de ácidos graxos poli-insaturados. Podem ser encontrados no abacate,
amendoim e óleos vegetais (azeite de oliva, óleo de girassol, milho e soja) (PANSANI,
25
2018).
Os lipídeos da dieta são provenientes dos triglicerídeos, ácidos graxos saturados,
monoinsaturados e poli-insaturados. São moléculas responsáveis por fornecer ao corpo
energia e participarem do transporte de vitaminas lipossolúveis, atuarem como isolante
térmico e protetores, e contribuir para a manutenção das células. De forma geral, os
lipídeos estão presentes nas carnes, leites e derivados, oleaginosas, manteiga, margarina,
óleo de coco, óleo vegetais, entre outros.
Os ácidos linoleico (18:2 n-6, AL) e alfa-linolênico (18:3 n-3, AAL) são os ácidos
graxos poli-insaturados de maior importância na dieta humana para a prevenção do
aparecimento de doenças, quando consumidos em quantidades adequadas (Ácido
linoleico: 10 a 17 g e Ácido alfa-linoleico: 1 a 1,6 g). Estes desempenham funções importantes
no organismo, como a síntese de eicosanóides que estão diretamente esnovlvidos
no sistema imunológico e nas respostas inflamatórias. Além disso, ômega-3 e 6 são
precursores dos ácidos graxos poli-insaturados, como os ácidos eicosapentaenóico,
docosahexaenóico e araquidônico (BRINQUES, 2015).
Figura 5: Estrutura Química Do Ácido Graxo Linoleico (A) E Do Ácido Graxo Alfa-Linolêico (B)
Fonte: Martin et al. (2006)
Tiamina – Vitamina B1
A Tiamina atua como coenzima nas reações da via glicolítica e do ciclo de Krebs.
Importante nutriente na conversão do piruvato para acetilCoA, que é uma etapa
importante no processo de produção de energia a partir do carboidrato. Além disso,
também participa das reações de catabolismo dos aminoácidos. A carne de porco,
vísceras, grãos integrais, oleaginosas, leite, frutas, legumes e vegetais são alguns
exemplos de fontes de Tiamina.
Riboflavina – Vitamina B2
A Riboflavina também participa como coenzima nas reações da via glicolítica e
do ciclo de Krebs. Participante do metabolismo energético mitocondrial, através do
transporte de elétrons. Essas vitaminas estão presentes em carnes, ovos, laticínios,
cereais integrais, germe de trigo e vegetais verdes.
Niacina – Vitamina B3
Atua como coenzima na substância NAD (nicotina adenina dinucleotídeo),
desempenhando função importante na síntese de glicogênio e gordura. Fígado, carnes
magras, aves, grãos, legumes e amendoim são fontes de Niacina.
Piridoxina – Vitamina B6
A vitamina B6 participa como coenzima nas reações da via glicolítica, atuante
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principalmente com o metabolismo do glicogênio e síntese proteica. Tem uma relação
com atletas que usam a força. Presentes em carnes, peixes, aves, vegetais, cereais
integrais e sementes.
Biotina – Vitamina B7
A Biotina é produzida no intestino delgado por microrganismos e fungos.
Desempenha papel essencial atuando como coenzima nas reações de gliconeogênese,
no metabolismo dos aminoácidos e na síntese e oxidação dos ácidos graxos. Para a
conversão de biotina para coenzima ativa é necessário a disponibilidade de magnésio
e de ATP. Alimentos fontes de biotina são: carnes, fígado, gema de ovo, oleaginosa,
legumes e vegetais.
Calciferol – Vitamina D
A vitamina D participa do metabolismo ósseo, na homeostase no Cálcio e na
secreção de testosterona. Através do colesterol da pele e a própria luz ultravioleta é
possível obter a vitamina D. A luz solar converte o 7-de-hidrocolesterol em colecalciferol.
28
Alguns alimentos fortificados como leite são fontes de vitamina D.
Alfa-tocoferal – Vitamina E
Assim como a vitamina D, a vitamina E possui efeito protetor contra o estresse
oxidativo. Funciona com a vitamina C, o beta-caroteno e o selênio e protege as hemácias
contra a hemólise. Presente em farelo de arroz, germe de trigo, oleaginosas, óleos vegetais
e vegetais folhosos.
Filoquinonas – Vitamina K
A vitamina K tem ação no metabolismo do ósseo e na coagulação sanguínea.
Alguns alimentos fontes de vitamina K são: carne, couve, couve-flor, espinafre, fígado,
ovos, peixe, repolho e vegetais verdes.
2.4.2 MINERAIS
Os minerais fazem parte das enzimas e os hormônios que regulam as funções
nas células, como a síntese de glicogênio, triglicerídeos e proteínas. Esses nutrientes
participam da formação dos ossos e dentes, assim como, possuem papel importante na
contração muscular, batimentos cardíacos, condução neural e equilíbrio acidobásico no
organismo.
Algumas das funções dos minerais no metabolismo corporal são: contração
muscular, transmissão de impulsos nervosos, coenzimas nas reações glicolíticas, síntese
proteica, equilíbrio acidobásico e regulação do balanço hídrico corporal.
Fontes alimentares:
a) São classificados como elementos essenciais, pois não são produzidos pelo corpo
humano e, por isso, precisam ser adquiridos através da dieta diariamente.
b) São compostos orgânicos essenciais (não podem ser sintetizados), que participam de
reações metabólicas específicas no interior das células.
c) São as substâncias que o nosso corpo precisa para poder funcionar adequadamente.
São os nutrientes com a capacidade de serem absorvidos pelas células intestinais e
utilizados como fonte de energia pelo organismo.
d) Nenhuma das alternativas.
e) Todas as alternativas
2. Uma alimentação adequada é aquela que inclui todos os nutrientes necessários para o
funcionamento do nosso corpo. Entre os nutrientes que nos fornecem energia, podemos
citar:
a) Sais minerais.
b) Vitaminas.
c) Água.
d) Carboidratos.
e) Proteínas.
a) Sacarose e ribulose.
b) Frutose e celulose.
c) Lactose e ribose.
d) Frutose e galactose.
e) Glicose e glicogênio.
a) Arginina.
b) Aspargina.
c) Histidina.
d) Císteina.
e) Prolina.
METABOLISMO
ENERGÉTICO NO
EXERCÍCIO FÍSICO
32
O corpo humano depende de energia para conseguir executar as suas atividades
darias. As diversas funções que o corpo realiza são dependentes de energia gerada a
partir do consumo de nutrientes. A partir do consumo de nutrientes, o corpo consegue
extrair a energia dos nutrientes alimentares e distribuir para os órgãos para execução
das suas atividades. A transferência de energia ocorre devido ao suporte continuo
de oxigênio para as células e pelas reações químicas diversas ocasionadas a partir do
consumo de alimentos balanceados em macronutrientes e micronutrientes (OLIVEIRA;
TAVARES; BOSCO, 2015).
Compreender o papel dos macronutrientes no metabolismo energético é
extremamente importante e crucial na busca do desempenho e rendimento nos
exercícios físicos. A qualidade e quantidade dos macronutrientes consumidos podem
afetar na capacidade de realizar exercícios, na resposta ao treinamento e na saúde.
Além de utilizar uma quantidade considerável de energia para realizar as dos exercícios
físicos, o corpo utiliza a energia para execução de outras atividades com para a digestão,
absorção e excreção de nutrientes alimentares, secreção de hormônio, síntese de novos
compostos químicos, entre outros.
A produção de energia é decorrente de diversos processos metabólicos do
nosso organismo. Os dois sistemas metabólicos que fornecem energia para o corpo
são: metabolismo anaeróbico (independente de oxigênio) e metabolismo aeróbico
(dependente de oxigênio). O tipo de exercício realizado, a intensidade e duração são
fatores que direcionam qual o processo metabólico que o nosso corpo vai realizar.
VAMOS PENSAR?
Quais são os fatores que estão relacionados com a presença de fadiga em atletas?
FIQUE ATENTO
Quatro fatores são importantes para determinar a velocidade e o grau em que são utiliza-
das as reservas de carboidratos: ingestão de carboidratos, intensidade do exercício, dura-
ção do exercício e estado de treinamento.
39
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (CIAAR). Sobre atividade física e alimentação, assinale falso (F) ou verdadeiro (V). A
seguir, indique a opção com a sequência correta.
a) V – F – V – F – V.
b) V – F – F – V – V.
c) V – V – V – F – F.
d) F – V – V – F – V.
e) F – V – V – V – V.
2. O ciclo de Krebs é uma das etapas de um importante processo que ocorre no organismo
de certos seres vivos. Esse processo, que está relacionado com a produção de energia
para a célula, é chamado de:
a) Fotossíntese.
b) Fermentação alcoólica.
c) Respiração celular.
d) Respiração anaeróbia.
e) Fermentação lática.
a) Na mitocôndria.
b) No lisossomo.
c) Na membrana plasmática.
d) No citosol.
e) No núcleo
4. A glicólise é uma via metabólica que tem por objetivo oxidar a glicose a fim de
conseguir ATP. Nesse processo, a glicose é convertida em duas moléculas de:
40
a) Aminoácidos.
b) Piruvato.
c) Oxalacetato.
d) Álcool.
e) Acetil-Coa.
a) Na matriz mitocondrial.
b) Nos tilacoides.
c) Na membrana da mitocôndria.
d) No citoplasma celular.
e) No núcleo.
6. O ciclo de Krebs, também conhecido como ciclo do ácido cítrico, inicia-se quando ocorre
a reação entre acetilcoenzima A e o ácido oxalacético. O acetilcoenzima A é formado após
o processo de glicose, quando o ácido pirúvico reage com uma substância denominada
de ___________. Dessa reação surge uma molécula de gás carbônico, uma molécula de
NADH e uma molécula de _____________. Baseando-se nos seus conhecimentos sobre as
etapas da respiração celular, marque a alternativa que completa os espaços acima.
NECESSIDADES
NUTRICIONAIS
NO ESPORTE
43
O equilíbrio energético adequado é importante para o indivíduo fisicamente ativo
para que consigam atingir os seus objetivos e desempenho nos treinamentos intensos
diários. Para a realização do exercício em um estado adequado, o indivíduo precisa realizar
a manutenção do balanço energético, com uma ingestão adequada de nutrientes para
a otimização desempenho física, resposta ao treinamento e para regulação do peso
corporal.
Quando a ingestão energética excede o gasto energético frequentemente, a energia
consumida em excesso através dos alimentos é armazenada como gordura no tecido
adiposo. Quando o balanço energético é positivo, ou seja, quando a ingestão energética
é maior que o gasto energético, isso ocasiona o ganho de peso e, consequentemente, o
desequilíbrio energético (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013).
A alimentação é essencial importância para um bom desempenho em qualquer
atividade esportiva. Mas para fornecer suporte necessário para o corpo, a alimentação
precisa estar adequada e equilibrada do ponto de vista nutricional, para o organismo
consiga realizar suas funções.
As necessidades nutricionais são individualizadas, ou seja, cada indivíduo possui
as suas necessidades nutricionais e isso depende de alguns fatores como: sexo,
idade, peso, estatura, patologias, tipo de esporte, tempo de prova/competição, fase em
que o atleta se encontra, entre outros (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013).
4.1.1 CABOIDRATOS
4.1.2 PROTEÍNAS
4.1.3 LIPÍDEOS
FIQUE ATENTO
Em condições de treinamento intenso e prolongado pode ocasionar a síndrome do over-
training, que consiste em uma fadiga crônica realizada durante os exercícios físicos e nos
períodos posteriores de recuperação. Muito relacionada também com o baixo desempenho
na prática de exercícios, incidência elevada de infecções, lesões, dor muscular persistente e
mal-estar generalizado.
VAMOS PENSAR?
Os indivíduos fisicamente ativos são mais propensos a danos decorrentes aos radicais
livres?
FIQUE ATENTO
Termo regulação: conjunto de mecanismos que permitem regular a temperatura corporal
interna, mantendo dentro dos valores recomendados.
a) colesterol;
b) HDL;
c) LDL;
d) lactato;
e) uréia
3. Analise as alternativas abaixo e marque a única que não indica um sinal de desidratação:
a) Boca seca.
b) Fadiga.
c) Dores de cabeça.
d) Urina diluída.
e) Pouca quantidade de urina.
a) F – F – F- F.
b) V – V – V- V.
c) F – V – V - V.
d) F – V – F – F.
e) V – F – V –V.
a) A glicose.
b) A frutose.
c) A sacarose.
d) A maltodextrina
e) Galactose.
RECURSOS
ERGOGÊNICOS
NUTRICIONAIS
54
5.1 RECURSOS ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS
Os recursos ergogênicos incluem qualquer técnica utilizada para melhorar a
capacidade de desempenhar o exercício físico além das adaptações de treinamento.
Podemos subdividir os agentes ergogênicos em 5 grupos: fisiológicos (bicarbonato de
sódio, citrato de sódio, infusão de sódio), farmacológico (anabolizantes, hormônio do
crescimento, anfetaminas, termogênicos, cafeínas, entre outros), psicológicos (hipnose,
controle de estresse e ansiedade), biomecânicos e mecânicos (equipamentos esportivos
mais leves, depilação pré-competição, tênis mais leve para os corredores) e nutricionais ou
suplementos esportivos (creatina, BCAAs glutamina, vitaminas, carboidratos, proteínas,
lipídios, dentre outros) (BROUNS, 2005).
Especificando, os fisiológicos incluem todo mecanismo ou adaptação fisiológica
que melhora o desempenho físico. O próprio exercício físico pode ser visto como agente
ergogênico fisiológico. Já os farmacológicos estão relacionados com os fármacos, como
os esteróides anabólicos, que ocupam o lugar principal nessa classificação. E os agentes
ergogênicos nutricionais são caracterizados pela aplicação de estratégias nutricionais e
pelo consumo de nutrientes para a execução das atividades. Segundo Brouns (2005), “a
ergogênica nutricional descreve as substâncias alimentares cujos efeitos consistem em
aprimorar o desempenho. Esse efeito pode ser físico assim como mental”.
Em questão legal, há categorias de substâncias proibidas pelo comitê olímpico
internacional: estimulantes, analgésicos narcóticos, esteroides androgênicos-anabólico,
β-bloqueadores, diuréticos, hormônios peptídicos, substâncias que alteram a integridade
da urina. Segundo a portaria nº 32 de 13 de Janeiro de 1998, do Ministério da Saúde,
“suplementos vitamínicos e/ou de minerais são definidos como alimentos que servem
para complementar com nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos
onde a sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente ou quando a dieta requerer
suplementação (...)”.
O uso de suplementos alimentares em forma de recursos ergogênicos é muito
comum no esporte. Muitos suplementos alimentares não promovem melhora no
desempenho e pode ser prejudicial à saúde e ao desempenho físico. Isso por que podem
contém substâncias tóxicas em grandes quantidades. A RDC nº18/2010 do Ministério
da Saúde, teve o “objetivo de estabelecer a classificação, a designação, os requisitos de
composição e de rotulagem dos alimentos para atletas”. De forma a regulamentar “os
alimentos especialmente formulados para auxiliar os atletas a atender suas necessidades
nutricionais específicas e auxiliar no desempenho do exercício. São eles: suplemento
hidroeletrolítico, suplemento energético, suplemento proteico, suplemento para
substituição parcial de refeições, suplemento de creatina e suplemento de cafeína”.
5.1.1 CREATINA
FIQUE ATENTO
Há descrição de atletas que tiveram tensão e lesão muscular, desidratação e danos renais,
por essa razão, a American College of Sports Medicine desaconselha a administração de
creatina em jovens menores de 18 anos.
5.1.3 CAFEÍNA
5.1.4 GLUTAMINA
VAMOS PENSAR?
Apenas as vitaminas e/ou minerais isolados ou combinados são considerados suplemen-
tos alimentares?
3. (UFSM). Relacione cada um dos recursos utilizados por atletas às suas respectivas
definições.
A sequência correta é
a) 2 3 1 4.
b) 3 4 2 1.
c) 2 3 4 1.
d) 3 4 1 2.
e) 1 3 2 4.
1. Caseína.
2. Albumina.
3. Proteína do soro do leite.
4. Proteína hidrolisada da carne.
5. Proteína da soja.
a) A - 3 – 2 – 5 – 4 – 1.
b) B - 3 – 1 – 4 – 5 – 2.
c) C - 3 – 1 – 5 – 4 – 2.
d) D - 4 – 1 – 5 – 3 – 2.
61
e) E – 3 – 5 – 4 – 1.
a) Glicocorticoides, no esporte, são liberados, independente da via, uma vez que não
aumentam o desempenho do atleta.
b) Drogas simpatolíticas, como a doxazosina e a anfetamina, são permanentemente
proibidas para atletas.
c) Insulina não é considerada doping por se tratar de uma substância produzida por
atletas de ambos os sexos.
d) O propranolol é proibido no esporte por diminuir o ritmo cardíaco e promover a
broncodilatação, diminuindo, assim, o consumo de oxigênio pelo tecido cardíaco e
aumentando a capacidade respiratória.
e) Betabloqueadores, empregados para o tratamento de angina, são considerados
doping em esportes que exijam precisão.
a) Histidina e lisina.
b) Alanina e aminoácidos de cadeia ramificada.
c) Metionina e cistina.
d) Fenilalanina e lisina.
e) Treonina e fenilalanina.
a) Os aspectos nutricionais.
b) Os aspectos farmacológicos.
c) Os aspectos psicológicos.
d) Os aspectos biomecânicos e mecânicos.
e) Todas as alternativas estão corretas.
62
AVALIAÇÃO DO
ESTADO NUTRICIONAL
DO ATLETA E
PRATICANTE DE
ATIVIDADE FÍSICA
63
O nutricionista é o profissional apto a realizar a conduta nutricional do praticamente
de atividade física e atleta, para isso, se faz necessário a avaliação antropométrica, da
composição corporal e laboratorial desses indivíduos. Para isso, nesse tópico serão
apresentadas essas avaliações.
O estado nutricional é definido como o grau com o qual as necessidades
fisiológicas por nutrientes são supridas. Caso essas necessidades, principalmente, de
macronutrientes, estejam abaixo, pode acontecer a desnutrição, sendo a desnutrição
energético-proteína um caso especial para praticantes de atividade física e atletas.
Porém, quando essas necessidades calóricas, estejam acima, pode favorecer ao ganho
de peso.
A fim de realizar a avaliação do estado nutricional se faz necessário a combinação
métodos antropométricos e bioquímicos.
< 22 Magreza
22 a 27 Eutrofia
>27 Excesso de peso
Tabela 2: Para idosos
Fonte: Lipschitz, DA (1994)
Homens Mulheres
Alto Risco (Subnutrição) < 5% <8
Abaixo da Média 6-14% 9-22%
Média 15% 23%
Acima da Média 16-24% 24-31%
Alto Risco (Obesidade) >25% >32%
Tabela 3: Classificação Do Percentual De Gordura Corporal Em Adultos, Segundo Sexo.
Fonte: Lohman (1992)
Figura 13
Fonte: OMS (1998)
Tabela 5: Pontes De Corte Para Diagnóstico De Anemia, Com Base Nos Valores De Hemoglobina E Hematócrito
(Ao Nível Do Mar)
Fonte: OMS (2001)
VAMOS PENSAR?
O que você faria se seu paciente estivesse com elevada proteína C reativa no exame bio-
químico?
FIQUE ATENTO
Para realizar a avaliação nutricional de praticantes de atividade física é crucial realizar a
avaliação antropométrica, dietética, clínica, bioquímica, imunológica e subjetiva global. Os
valores de referência podem variar em função do método e laboratório, para avaliações
imunológicas e bioquímica.
69
I. Um homem adulto apresenta taxa metabólica basal maior que uma mulher de
mesmo peso e altura.
II. O local recomendado pela Organização Mundial da Saúde para medição da
circunferência da cintura é o ponto médio entre a costela inferior e a crista ilíaca.
III. O Índice de Massa Corporal (IMC) não deve ser usado isoladamente para avaliar o
estado nutricional, pois é um indicador pobre para avaliar a composição nutricional.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
a) É correto utilizar o gasto energético do atleta para determinar sua carga de treinamento
e a adequação de sua ingestão calórica.
b) O baixo percentual de gordura corporal é desejável para o bom desempenho em
algumas modalidades esportivas.
c) Após exercício prolongado, pode ocorrer no atleta aumento temporário das
concentrações plasmáticas de ferro, zinco e cobre.
71
d) Entre parâmetros de avaliação da função imune de atletas, destacam-se a resposta a
vacins, a concentração sérica de imunologlobulinas e a IgA secretória.
a) Deve ser feita do lado esquerdo do corpo, nas regiões do tríceps, bíceps, coxa e
panturrilha, para estimar a gordura corporal total.
b) É utilizada para estimar a gordura corporal total por meio de valores de gordura
subcutânea em vários pontos do corpo.
c) É utilizada para estimar a gordura corporal total por meio de valores de gordura
intramuscular em um ou mais pontos do corpo.
d) É utilizada para estimar a gordura corporal subcutânea e abdominal por meio da
medida de circunferências em um ou mais pontos do corpo.
6. (CEV- URCA) - “Na avaliação do estado nutricional por meio de testes laboratoriais
existem mais de 40 nutrientes essenciais a serem medidos, incluindo vitaminas, minerais
enzimas, hormônios e parâmetros funcionais. Na presença de inflamação, a aferição das
proteínas plasmáticas torna-se útil quando associada à aferição de proteínas de fase
aguda reagente positiva como _________________, pois possibilita a obtenção de parâmetro
referencial para avaliar o curso da resposta inflamatória. ” Assinale a alternativa que
completa corretamente a afirmativa anterior.
a) O linfócito.
b) A albumina.
c) A transferrina.
d) A proteína c-reativa.
e) Nenhuma das alternativas acima.
NUTRIÇÃO APLICADA
A DIFERENTES
MODALIDADES
ESPORTIVAS
74
Modalidades esportivas vão além de estar relacionada com o esporte escolhido,
encaminhando o atleta para questões de prática, seja individual ou coletiva. A nutrição
para esse público além de compreender os aspectos da atividade e suas características
individuais, vai ajudar o praticante ao longo da sua jornada esportiva. Algumas
modalidades conhecidas são: corrida, maratona, treinamento de força, triatlo, natação,
ginástica olímpica e futebol.
A maratona consiste em uma corrida realizada na distância de 42,195 Km,
normalmente em ruas e estradas. Dieta sugerida:
TREINAMENTO
65 a 75% de CHO
13 a 15% de LIP
12 a 15% de LIP
PRÉ-TREINO
DURANTE O TREINO
• Oferecer CHO de alto IG: refeições de no mínimo 400 Kcal ou 100g de CHO.
VAMOS PENSAR?
Por que é importante reduzir a quantidade de fibras e gorduras antes da competição de
natação?
FIQUE ATENTO
Uma alimentação adequada pode influenciar diretamente na melhora o estado nutricio-
nal do atleta, melhorando seu desempenho. Deve ser planejada para atender as necessi-
dades energéticas e nutricionais não só no período de treinamento, mas principalmente
durante e após as competições. Sendo que as orientações nutricionais e recomendações
de nutrientes devem ser feitas individualmente para cada atleta.
77
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (CESPE – 2017) - Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da sentença
abaixo.
No desempenho de atletas, a deficiência de vitaminas_______ pode ocasionar fadiga,
dores musculares e queda de desempenho, enquanto que a deficiência de vitamina
______ pode ocasionar prejuízo da função imunológica, predispondo o indivíduo à
infecções.
a) Hidrossolúveis / A
b) lipossolúveis / C
c) do complexo B / A
d) hidrossolúveis / D
e) lipossolúveis / B12
a Ferro.
b) Sódio.
c) Magnésio.
d) Manganês.
e) Nenhuma das alternativas acima.
4. (UNIBTA) - O ideal é que a oferta energética seja peculiar às demandas. Caso isso não
ocorra, pode ocorrer ganho ou perda de peso e alterações na composição corporal. No
caso dos atletas, quais consequências essas alterações podem gerar? a) Ganho de peso
78
e de massa muscular.
b) Perda de peso e de massa muscular.
c) Essas alterações repercutem diretamente no condicionamento físico do atleta,
causando impactos importantes no rendimento.
d) Ganho de peso e de massa muscular, com benefícios para o rendimento esportivo.
e) Redução de peso e ganho de massa muscular.
a) Fibras.
b) Carboidrato.
c) Proteínas.
d) Ácidos graxos.
e) Nenhuma das alternativas acima.
7. (MOURA MELO) - A refeição mais indicada para anteceder (60 a 90 minutos antes) uma
sessão de treinamento composta por 10 tiros máximos de 400 metros com 90 segundos
de intervalo entre os tiros numa pista de atletismo é:
UNIDADE 1 UNIDADE 2
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 A QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 A
UNIDADE 3 UNIDADE 4
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 A QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 A QUESTÃO 8 E
UNIDADE 5 UNIDADE 6
QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 E QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 A QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 A
81
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 7
QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 C
82
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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