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CÁLCULO NUMÉRICO
Prof. Michele L Mourão Fernandes
2
CÁLCULO NUMÉRICO
PROF. MICHELE L MOURÃO FERNANDES
3
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Esp. Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
4
CÁLCULO NUMÉRICO
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2022
5
Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a
seguir:
FIQUE ATENTO
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas
quais você precisa ficar atento.
VAMOS PENSAR?
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade,
associando-os a suas ações.
FIXANDO O CONTEÚDO
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos
conteúdos abordados no livro.
GLOSSÁRIO
Apresentação dos significados de um determinado termo ou
palavras mostradas no decorrer do livro.
7
SUMÁRIO
UNIDADE 1
MODELAGEM E MÉTODOS NUMÉRICOS
UNIDADE 2
RAÍZES DE FUNÇÃO
2.1 Método da Bissecção .................................................................................................................................................................................................................................................................19
2.2 Método da Falsa Posição ........................................................................................................................................................................................................................................................21
2.3 Método de Newton ....................................................................................................................................................................................................................................................................22
.FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................................................................................................................................................................................25
UNIDADE 3
RESOLUÇÃO DE SISTEMAS LINEARES E NÃO LINEARES
3.1 Sistemas Lineares direto .........................................................................................................................................................................................................................................................28
3.1.1 Eliminação de Gauss............................................................................................................................................................................................................................................................................................................28
3.1.2.Método de Fatoração LU....................................................................................................................................................................................................................................................................................................31
3.2 Sistemas não-lineares .............................................................................................................................................................................................................................................................34
3.2.1.Método Newton......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................35
FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................................................................................................................................................................................37
UNIDADE 4
INTERPOLAÇÃO
4.1 .Interpolação Polinomial ..........................................................................................................................................................................................................................................................41
4.2 Resolução de sistemas lineares.........................................................................................................................................................................................................................................42
4.2 Forma de Lagrange ..................................................................................................................................................................................................................................................................43
4.3 Forma de Newton .....................................................................................................................................................................................................................................................................44
FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................................................................................................................................................................................47
UNIDADE 5
INTERPOLAÇÃO NUMÉRICA
5.1 Revisão de conceitos e definições iniciais ...................................................................................................................................................................................................................51
5.2 Soma de Riemann ......................................................................................................................................................................................................................................................................51
5.3 A regra dos trapézios ................................................................................................................................................................................................................................................................52
5.4 A regra de Simpson ..................................................................................................................................................................................................................................................................53
FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................................................................................................................................................................................55
UNIDADE 6
MÉTODO DOS QUADRADOS MÍNIMOS
6.1 O caso linear discreto ...............................................................................................................................................................................................................................................................58
6.1.1 O caso discreto geral.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................61
6.2 O caso contínuo ..........................................................................................................................................................................................................................................................................62
FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................................................................................................................................................................................64
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ......................................................................................................................................................................................................................66
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................................................................................................................................................................67
8
UNIDADE 1
Nesta unidade, vamos descrever como os modelos matemáticos podem ser
formulados, reconhecer o uso de métodos numéricos para problemas que não
podem ser resolvidos analiticamente, identificar e corrigir as principais formas de
C ONFIRA NO LI VRO
erros numéricos.
UNIDADE 2
Nesta unidade, vamos abordar a importância do uso dos métodos numéricos para o
cálculo de raízes de funções. Definir e diferenciar os métodos da bissecção, da falsa
posição e de Newton. Aplicar os métodos da bissecção, da falsa posição e de Newton
na solução de problemas.
UNIDADE 3
Nesta unidade, vamos abordar os métodos numéricos (direto ou interativo) para
resolução de sistemas lineares e não lineares. Abordaremos a eliminação de Gauus, a
fatoração LV, Gauus Jacobi, Gauss Sleide e Métodos de Newton.
UNIDADE 4
Nesta unidade, estudaremos métodos que permitem encontrar o valor aproximado
em um ponto de um intervalo determinado, através do conhecimento de uma
coleção de pares ordenados.
UNIDADE 5
Nesta unidade, aproximaremos os valores das integrais definidas, como visto no
Cálculo I. Vamos revisar alguns conceitos de integrais definidas e abordaremos a
regra dos trapézios simples e a de Simpson.
UNIDADE 6
Nesta unidade, prosseguiremos com o estudo de aproximar dados por funções
conhecidas minimizando as distâncias. Apresentaremos e discutiremos métodos e
casos do problema de mínimos quadrados.
9
MODELAGEM E
MÉTODOS NUMÉRICOS
10
Nesta unidade, vamos descrever como os modelos matemáticos podem ser
formulados, realçando a importância do cálculo numérico e sua utilidade como
ferramenta para resolução de problemas reais das ciências exatas, das engenharias e da
própria matemática. Trataremos das formas de representação dos números em sistemas
de numeração, dando ênfase a representação em ponto flutuante. Apresentaremos
também noção de erro e de aproximação numérica.
Figura 1 : Fluxograma
Fonte: Material do Saga
FIQUE ATENTO
Entendemos por método analítico aquele que, a menos de erros de arredondamentos,
fornece as soluções exatas do problema real. Em geral, tais soluções são obtidas a
partir de fórmulas explícitas. Por outro lado, um método numérico é constituído por
uma sequência finita de operações aritméticas que, sob certas condições, levam a uma
solução ou a uma aproximação de uma solução do problema.
11
Quando desejamos a solução exata de um problema é preferível resolvermos pelo
método analítico, porém a resolução de alguns modelos de problemas reais é muitas das
vezes complexas e envolve fenômenos não-lineares, tornando impossível a resolução
pelo processo analítico, nesses casos podemos utilizar as soluções aproximadas dos
métodos numéricos, tornando-se estes uma importante ferramenta para resolver estes
problemas reais.
FIQUE ATENTO
Entendemos por método analítico aquele que, a menos de erros de arredondamentos,
fornece as soluções exatas do problema real. Em geral, tais soluções são obtidas a
partir de fórmulas explícitas. Por outro lado, um método numérico é constituído por
uma sequência finita de operações aritméticas que, sob certas condições, levam a uma
solução ou a uma aproximação de uma solução do problema.
− −8 − (−8)2 −4𝑥1𝑥15
Desse modo, os zeros reais de f(x)=x2-8x+15 são
𝑥1 =
2𝑥1
=3 e
− −8 + (−8)2 −4𝑥1𝑥15
𝑥2 = = 5.
2𝑥1
Logo, o cálculo numérico tem por objetivo estudar técnicas numéricas ou métodos
numéricos para obter solução de problemas que possam ser representados por modelos
matemáticos.
12
1.2 MÉTODOS NUMÉRICOS
Para resolvermos problemas que não apresenta uma solução exata, recorremos aos
métodos numéricos:
• Tecnologias Digitais.
• Números Primos e Casas Decimais.
• Truncamento: É uma pausa forçada nos casos de números com dízimas periódicas
ou irracionais, ou decimais que o processador não suporte.
𝑥𝑘
𝑒 𝑥 =∑∞
𝑘=0 𝑘!
Por ser impossível somar valores infinitos termos da série, fazemos uma
aproximação.
𝑥2 𝑥3 𝑥𝑛
𝑒𝑥 ≅ 1 + 𝑥 + + + ⋯+ .
2! 3! 𝑛!
A solução é a de interromper o cálculo quando uma determinada precisão é
atingida.
Exemplo 03:
Como 1,41<√2<1,42, temos que 1,41 é uma aproximação de √2 por falta e 1,42 uma
aproximação por excesso. Logo, temos:
EAX=|1,42-1,41|=0,01
EAX<0,01 , que significa que o erro absoluto cometido é inferior a um centésimo.
Chamamos erro relativo o valor do quociente entre o erro absoluto e o valor da
grandeza, podemos defini-lo como:
Seja x um número e 𝑥̅ ≠ 0 uma de sua aproximação, e designamos por ERX, a razão entre
EAX e 𝑥̅
𝐸𝐴𝑋 𝑥 − 𝑥̅
𝐸𝑅𝑋 = = .
𝑥̅ 𝑥
Ao produto 100 ×ERX, chamamos erro percentual ou percentagem de erro.
Exemplo 04:
Seja um número x com uma aproximação 𝑥̅ = 2112,9 tal que |EAX |<0,1, calcular os erros
relativos cometidos nas aproximações.
𝐸𝐴𝑋 0,1
𝐸𝑅𝑋 = < ≅ 4,73. 10−5
𝑥̅ 2112,9
69 = 6𝑥101 + 9𝑥100 = 69
69 = 4𝑥161 + 5𝑥160=(45)16
VAMOS PENSAR?
Você sabia que qualquer número inteiro ou fracionário, pode ser exposto no formato
xbaseexpoente,em que variam a posição da vírgula e o expoente ao qual elevamos a base.
Exemplo 07:
a)26.
b)20.
c)13.
d)15.
e)12.
4. Considere agora o valor exato x=1,512 e o valor aproximado 𝑥̅ = 1,000. Para essa
aproximação o erro absoluto é igual a:
a)41,3.
b)51,2.
c)46,7.
d)54,2.
e)23,5.
RAÍZES DE FUNÇÕES
19
Nesta unidade, vamos abordar a importância do uso dos métodos numéricos para
o cálculo de raízes de funções. Definir e diferenciar os métodos da bissecção, da falsa
posição e de Newton. Aplicar os métodos da bissecção, da falsa posição e de Newton na
solução de problemas.
Para obtermos as raízes de funções, utilizando métodos numéricos, podemos
utilizar, métodos diretos que é utilizado quando for possível obter a raiz por meio de
teorema, fórmula ou expressão fechada. Métodos indiretos que é um recurso de cálculo
infinito, no qual o valor obtido depende do valor anterior.
Para encontrar as raízes de forma analítica, basta considerar um intervalo [a,b] em
que a função seja definida. Se a função for contínua nesse intervalo e existirem dois
pontos do domínio que assumem valores com sinais distintos na imagem, então a
função corta o eixo OX em pelo menos um ponto no intervalo [a,b].
Quando precisamos determinar o número de raízes em um determinado intervalo [a,b],
podemos recorrer ao teorema de Bolzano.
FIQUE ATENTO
Teorema de Bolzano: Considerando f(x)=0, uma equação algébrica com coeficientes reais
e x ∈[a, b]:
Se f(a) × f(b)<0, então existe um número ímpar de raízes reais no intervalor [a, b].
Se f(a) × f(b)>0, então existe um número par de raízes reais no intervalor [a, b].
Consideremos uma função f(x) contínua no intervalo [a,b] e ε uma raiz desta função.
No método da Bissecção, o xn é obtido através da média aritmética entre os
extremos do intervalo a,b:
𝑎+𝑏
𝑥𝑛 =
2
A raiz, na maioria das vezes está mais próxima de um dos extremos do intervalo. O
método da falsa posição toma a média aritmética ponderada entre a e b com pesos |f(b)|
e |f(a)|, respectivamente, temos:
𝑎 𝑓(𝑏) +b 𝑓(𝑎) 𝑎𝑓 𝑏 − 𝑏𝑓 𝑎
𝑥𝑛 = , visto que |f(b)| e |f(a)| têm sinais opostos 𝑥𝑛 =
𝑓(𝑏) + 𝑓(𝑎) 𝑓 𝑏 −𝑓 𝑎
FIQUE ATENTO
Seja f contínua em [a,b] tal que f(a)×f(b) < 0 e seja ε o único zero de f neste intervalo. Então
o método da falsa posição gera uma sucessão xk que converge para ε . Ou seja 𝑘→∞ lim 𝑥𝑘 = 𝜀.
Exemplo 02:
Encontrar a raiz da função f(x) = x3-9x+3, utilizando o método da falsa posição
usando como condições iniciais o intervalo I = [0,1] e ε = 2 x 10-3.
• Iniciamos pelo cálculo dos valores de f(a)e f(b)
Atualizando o x, temos:
𝑎𝑓 𝑏 − 𝑏𝑓 𝑎 0. −0,322 − 0,375(3)
𝑥1 = = = 0,338624
𝑓 𝑏 −𝑓 𝑎 −0,322 − 3
Atualizando F(x)
3
𝐹 0,337635 = 0,337635 − 9. 0,337635 − 3 = −0,00023
De acordo com o nosso critério de parada, queríamos que na nossa terceira casa
fosse menor que 2, como o zero é menor, podemos parar, podemos concluir que a raiz
aproximada desta função é 0,337635.
VAMOS PENSAR?
Desvantagens do Método da Falsa Posição:
Lentidão do processo de convergência (requer o cálculo de f(x) em um elevado número de
iterações);
Necessidade de conhecimento prévio da região na qual se encontra a raiz de interesse (o
que nem sempre é possível).
Em geral, utilizando várias retas tangentes a função dada até se aproximar da raiz
e encontrando sua equação da reta temos a seguinte fórmula do método de Newton:
𝐹(𝑥 )
𝑥𝑛 = 𝑥𝑛+1 − 𝐹′(𝑥𝑛 ), para 𝑛 = 1,2,3 …
𝑛
𝑥𝑛 − 𝑥𝑛−1 ≤ 𝑒𝑟𝑟𝑜.
Exemplo 03:
Considere x1=1, encontre a terceira aproximação x_3 para a raiz da equação
x3+2x-4=0, utilizando o método de Newton.
I.F(x)= x3+2x-4, como vamos utilizar o método de Newton, precisamos derivar a
função dada, temos:
𝐹′ 𝑥 = 3𝑥 2 + 2
x 1 2 3 4
f(x)
Utilizando o Método da Bisseção, podemos concluir que uma das possíveis raízes,
encontra-se no intervalo:
a)[1,2]
b)[2,4]
c)[3,4]
d)[1,4]
e)[2,3]
a)[0;0,25]
b)[0,25;1]
c)[0;0,75]
d)[0; 0,5]
e)[0,5;1]
3. Seja f(x)=(x+2)(x+1)x(x-1)3 (x-2). Para qual raiz de f o método da bisseção converge quando
aplicado no intervalo [-3; 2,5].
a)1
b)0,25
c)0,35
d)2
e)3
𝜋
4. Considere a função f(x)=x-0,8-0,2sen(x) com raiz no intervalo 0, 2 , usando o método
da falsa posição encontre uma aproximação para a raiz de f com precisão de 10-4.
a)0,97564
b)0,98765
c)0,96432
d)0,8765
e)0,7565
26
5. Dada a função, F(x)=ex+2-x+2
cos(x)-6 com zero no intervalo [1,2]. Use o método da falsa
posição para encontrar uma aproximação para a raiz de f com precisão de 10-4.
a)1,4356
b)1,3456
c)1,82938
d)1,74567
e)1,45677
6. A função F(x)=x2-4x+4-ln(x) com zero no intervalo [1,2]. Calcule a raiz de f(x)com precisão
de10-4. Utilizando o método da falsa posição.
a)1,41242
b)1,34231
c)1,23456
d)1,12345
e)1,45678
𝜋
7. A função F(x)=2x-cos(x) possui uma raiz x no intervalo de 0, 4 . Calcule o valor de x com
quatro casas decimais através do Método de Newton.
a)0,4502
b)0,3456
c)0,4567
d)0,4587
e)0,7654
a)0,5741
b)0,2452
c)0,4356
d)0,5678e)0,5678
27
RESOLUÇÃO DE SISTEMAS
LINEARES
E NÃO LINEARES
28
Para determinarmos alguns fenomenos como, previsão do tempo, linhas de
metrô, sinais de trânsito e etc., utilizamos a resolução de sistemas lineares.Veremos nesta
unidade alguns métodos numéricos (direto ou interativo) para resolução de sistemas de
equações lineares e não lineares.
'
Apresentaremos nesta unidade métodos numéricos para resolvermos sitemas do
tipo:
FIQUE ATENTO
A determinação do conjunto solução dos sistemas lineares é um tema de estudo relevante
dentro da Matemática Aplicada e, particularmente, em muitos tópicos de Engenharia. A
complexidade de muitos sistemas, com elevado número de equações e de incógnitas,
requer, muitas vezes, o auxílio de um computador para resolvê-los. Existem diversos
algoritmos que permitem encontrar, caso existam, soluções de um sistema, recorrendo
eventualmente a métodos numéricos de aproximação.
FIQUE ATENTO
Teorema: Seja Ax =b, um sistema linear. Se:
I) trocarmos duas equações;
II) multiplicarmos uma equação por uma constante não nula;
III) adicionarmos um múltiplo de uma equação a outra equação.
Exemplo 01:
3 2 4 1
A(0)/b(0) = 1 1 2 2
4 3 − 2 3
3 2 4 1
1 1 2 2
,elemento pivô é o 3.
4 3 − 2 3
𝑎𝑖𝑘
III. Definir os múltiplos de linha mik= 𝑎
𝑘𝑘
1
𝑚𝐿2 = 3 , 𝐿2 ← 𝐿2 − 𝑚𝐿2 × 𝐿1
30
A linha 02 recebendo ela mesma, menos o multiplicador, que são múltiplos
convenientes da primeira equação a cada uma das equações seguintes de modo a ter
todos os coeficientes da incógnita xk abaixo da primeira equação iguais a zero, vezes o
elemento da linha pivô.
4
𝑚𝐿3 = , 𝐿3 ← 𝐿3 − 𝑚𝐿3 × 𝐿1
3
3 2 4 1
1 1 2 2
4 3 − 2 3
Para zeramos os elementos a21 e a31 da linha 02, que são 1,1,2 e 2, subtrair pelo elemento
multiplicador que é 1/3 e multiplicar pelos elementos da linha 1 que são 3,2,4 e 1.
3 2 4 1
1 2 5
A(1)/b(1)= 0
3 3 3
Precisamos pegar os elementos da linha 03, que são 4,3, -2 e 3, subtrarir pelo
elemntos multiplicador que é 4/3 e multiplicar pelos elementos da linha 01.
3 2 4 1
0 1 / 3 2 / 3 5 / 3
A(1)/b(1)=
0 1 / 3 − 22 / 3 5 / 3
Para zerar o elemento da terceira linha e segunda coluna, o novo elemento pivô é o
1
𝑎22 = 3, o elemento multiplicador = .
31
3 2 4 1
Logo, A(2)/b(2)= 0 1 / 3 2 / 3 5 / 3 temos uma matriz triângular superior trivial.
0 0 −8 0
Logo 𝑥3 = 0
1 2 5
𝑥 + 3 . 0 = → 𝑥2 = 5
3 2 3
, x=
FIQUE ATENTO
Teorema: Se o determinante de todos os menores principais da matriz A forem não-nulo,
então a fatoração A=LU é única.
Exemplo 02:
Resolver o sistema
32
Pelo método da fatoração LU.
L=
u=
1
𝑚𝐿2 = 3 , 𝐿2 ← 𝐿2 − 𝑚𝐿2 × 𝐿1
4
𝑚𝐿3 = , 𝐿3 ← 𝐿3 − 𝑚𝐿3 × 𝐿1
3
Precisamos utilizer os elementos da linha 02, que são 1,1 e 2 , subtrair pelo elemento
multiplicador que é 1/3 e multiplicar pelos elementos da linha 1 que são 3,2 e 4.
Vamos utilizar os elementos da linha 03, que são 4,3 e -2 , subtrarir pelo elementos
multiplicador que é 4/3 e multiplicar pelos elementos da linha 01.
33
Segunda etapa, o objetivo é zerar o elemento da terceira linha e segunda coluna, o novo
elemento pivô é o 𝑎22 = 3, o elemento multiplicador mL3 =
1
.
Calculando os novos elementos da terceira linha temos:
L= ,
onde o elemento a_21, a_3,1 e a_32 são os multiplicadores das
u=
, temos que:
34
Logo o vetor y = .
, reescrevendo o sistema:
São sistemas em que pelo menos uma de suas equações não são lineares.
35
As equações não lineares são equações que não podem ser representadas por retas,
planos ou hiperplanos.
Resolver um sistema não linear é encontrar a seguinte solução:
VAMOS PENSAR?
A cada interação o Método de Newton requer:
-Avaliação da Matriz Jacobiana;
-Resolução de um sistema linear.
Exemplo 04:
Resolver o sistema não linear com critério de parada de 0,01 e
𝑥0 1,5
𝑦0
= 1,5
.
IX. Montar a matriz jacobiana, que consiste em derivar as equações dadas inicialmente.
𝑓′(𝑥)= ?
𝐹1 : 𝑥 2 + 𝑦 2 − 4
𝐹2 : 𝑥 2 − 𝑦 2 − 1
36
2𝑥 2𝑦
F'(x)= , Portanto,, 𝐹′ 𝑥 = , que são as derivadas parciais
2𝑥 −2𝑦
das funções F_1 e F_2.que são as derivadas parciais das funções F_1 e F_2.
2𝑥 2𝑦 2.1,5 2.1,5
A = 𝐹′ 𝑥0 = = = 3 3
2𝑥 −2𝑦 2.1,5 2.1,5 3 −3
𝑥 2 + 𝑦2 − 4 1,52 + 1,52 − 4 0,5 −0,5
A = 𝐹′ 𝑥0 = − 2 2 =− =− =
𝑥 −𝑦 −1 1,52 − 1,52 − 1 −1 1
A.Z=b
3 3 𝑧1 −0,5
𝑧2 = , resolvendo a multiplicação, chegamos no seguinte sistema:
3 −3 1
𝑧1 = 0,0833 𝑒 𝑧2 = −0,25
0,0833
Z=
−0,25
, como z1>0,01 e z2> 0,01, precisamos fazer a segunda interação.
a)-138
b)120
c)123
d)125
e)156
a)2
b)-1
c)-3
d)-5
e)3
a) 2
b) 4
c) -1
d) -2
e) -3
4. Sabe-se que uma alimentação diária equilibrada em vitaminas deve constar de 170
unidades de vitamina A, 180 unidades de vitamina B, 150 unidades de vitamina C, 180
unidades de vitamina D e 350 unidades de vitamina E.
Com o objetivo de descobrir como deverá ser uma refeição equilibrada, foram estudados
cinco alimentos. Fixada a mesma quantidade (1grama) de cada alimento, determinou-se
que:
• O alimento I tem 1 unidade de vitamina A, 10 unidades de vitamina B, 1 unidade de
vitamina C, 2 unidades de vitamina D e 2 unidades de vitamina E;
• O alimento II tem 9 unidades de vitamina A, 1 unidade de vitamina B, 0 unidades de
vitamina C, 1 unidade de vitamina D e 1 unidade de vitamina E;
• O alimento III tem 2 unidades de vitamina A, 2 unidades de vitamina B, 5 unidades de
vitamina C, 1 unidade de vitamina D e 2 unidades de vitamina E;
• O alimento IV tem 1 unidade de vitamina A, 1 unidade de vitamina B, 1 unidade de
vitamina C, 2 unidades de vitamina D e 13 unidades de vitamina E;
• O alimento V tem 1 unidade de vitamina A, 1 unidade de vitamina B, 1 unidade de
38
vitamina C, 9 unidades de vitamina D, e 2 unidades de vitamina E.
Quantos gramas do alimento I, deve-se ingerir diariamente para que se possa ter uma
alimentação equilibrada?
a) 9,4532
b) 8,7654
c) 7,6754
d) 9,6441
e) 7,6743
a) -0,876
b) -0,098
c) -0,007
d) -0,876
e) -0,664
a) 2
b) 0
c) 1
d) 4
e) -1
a)3
b)5
c)-14
d)2
39
e)6
a)1,345
b)1,123
c)1,175
d)1,234
e)1,347
40
INTERPOLAÇÃO
41
Nesta unidade estudaremos métodos que nos permitem encontrar um valor
aproximado para uma função f, calculado em um ponto de um intervalo determinado,
através do conhecimento de uma coleção de pares ordenados.
FIQUE ATENTO
Interpolar uma função f(x) consiste em aproximar essa função por uma função g(x),
escolhida dentro de uma classe de função definida a priori que satisfaça algumas
propriedades.
Se os pontos x0,x1,…,xn forem distintos, temos det(v)≠0,logo o sistema va=y adimite uma
solução única.
FIQUE ATENTO
Chama-se matriz de Vandermonde toda matriz quadrada de ordem n×n, ou seja,com n
linhas e n colunas, da forma geral:
Nesse tipo de matriz, cada coluna(ou linha) é uma PG com o primeiro termo igual a 1, os
elementos que surgem após 1 são chamados de “elementos característicos” da matriz.
Há várias maneiras para obter pN(x), nesta unidade vamos abordar três possibilidades:
Exemplo 01.
Vamos determinar um polinômio que interpola uma função y=f(x), dadas nos pontos a
seguir.
i 0 1 2
xi -1 0 2
yi 4 1 -1
Como foi dado três pontos distintos, o polinômio considerado será do segundo
43
grau.
Temos: P2 (x)=a2 x2+a1 x+a0
𝑃2 −1 = 𝑓 −1 = 4 ⇒ 𝑎2 (−1)2 +𝑎1 −1 + 𝑎0 = 4 ⇒ 𝑎2 − 𝑎1 + 𝑎0 = 4
𝑃2 0 = 𝑓 0 = 1 ⇒ 𝑎2 (0)2 +𝑎1 0 + 𝑎0 = 1 ⇒ 𝑎0 = 1
𝑃2 2 = 𝑓 2 = −1 ⇒ 𝑎2 2 2 + 𝑎1 2 + 𝑎0 = −1 ⇒ 4𝑎2 + 2𝑎1 + 𝑎0 = −1
I. 𝑎2 − 𝑎1 + 1 = 4 ⇒ 𝑎2 − 𝑎1 = 3 ⇒ 𝑎2 = 3 + 𝑎1
II. 4(3 + 𝑎1 ) + 2𝑎1 + 1 = −1, aplicando a propriedade distributiva,
III. 12 + 4𝑎1 + 2𝑎1 + 1 = −1 ⇒ 5𝑎1 = −1 − 13 ⇒ 𝑎1 = −2,333
IV. 𝑎2 = 3 − 2,333 = 0,667
x -1 0 2
f(x) 4 1 -1
Exemplo 03.
Usando o método de Lagrange, encontre o polinômio interpolador para o conjunto de
dados {(1, 3), (4, 18)}.
I. O conjunto de dados contém dois pontos,logo o polinômio interpolador será de grau
1 e será da forma:
VAMOS PENSAR?
As formas polinomiais que utilizam a resolução de sistemas e as de Lagrange são muito
utilizadas nos problemas reais onde temos m pontos observados. A forma de Lagrange
tem desvantagem de ter um custo computacional alto se quisermos aumentar pontos de
interpolação.
No método de Newton, os valores de dk, são dados por diferenças divididas de ordem k.
Seja f(x) definida em (n+1) pontos distintos x0,x1,…,xn.
Para o conjunto de dados {(x0,y0)(x1,y1),…,(xn,yn}, a diferença dividida de ordem 0 em
relação a xi será dada por ∇0𝑖 = 𝑦𝑖 e a diferença dividida de ordem 1 em relação xi será dada
45
∇0𝑖+1 −∇0𝑖
por ∇1𝑖 = 𝑥𝑖+1 −𝑥𝑖
.
VAMOS PENSAR?
Na definição geral podemos usar ∇1𝑖 apenas para i=0,1,…,n-1?
Exemplo 04.
I. Usando o método de Newton, encontrar o polinômio interpolador para os dados {(-
1,4);(0,1);(2,-1)}.
II. De ordem 0
∇00 = 𝑦0 = 4, ∇10 = 𝑦1 = 1, ∇02 = 𝑦2 = −1
III. De ordem 1
IV. De ordem 2
1 0
Assim, o polinômio interpolador será: 𝑝 𝑥 = 𝑦0 + ∇0 𝑥 − 𝑥0 + ∇2 𝑥 − 𝑥0 𝑥 − 𝑥1 =
Exemplo 05.
Usando o método de Newton, encontrar o polinômio interpolador para os dados
{(1,4);(3,8);(6,29)}.
I. Fazendo
𝑥0 , 𝑦0 = (1,4), 𝑥1 , 𝑦1 = 3,8 𝑒 𝑥2 , 𝑦2 = (6,29), podemos encontrar as diferenças
divididas.
II. De ordem 0
III. De ordem 1
IV. De ordem 2
46
a)518.316
b)33.118,40
c)601.316
d)642.281,56
e)300.000
i xi yi
0 0.0 0.000
1 0.2 2.008
2 0.4 4.064
3 0.5 5.125
a)P3 (x)=x3+12x
b)P3 (x)=x3+10x
c)P3 (x)=x3+4x
d)P3 (x)=x3+8x
e)P3 (x)=x3-10x
3. Usando a forma de Newton, marque a opção que determina o polinômio P2 (x) que
interpola f(x) nos pontos dados.
{(-1,4);(0,1);(2,-1)}
2 7
a) 3 𝑥 2 − 3 𝑥 + 1
b) 1 𝑥 2 − 1 𝑥 + 1
3 3
c) 2 𝑥 2 − 1 𝑥 − 1
3 3
d) 2 𝑥 2 − 2 𝑥 + 1
3 3
12 2 7
e) 3
𝑥 − 𝑥+1
3
48
4. Calcular L1 (0,2) a partir da tabela. Utilize o método de Lagrange para n=1.
i 0 1
x_i 0,1 0,6
y_i 1,221 3,320
a)1,341
b)0,6
c)1,5
d)0,2
e)1,312
i xi yi ∇yi ∇2yi
0 0,9 3,211 -2,90 0,602
1 1,1 2,809 -1,328
2 2,0 1,614
a)2,630
b)1,630
c)1,412
d)1,364
e)2,627
i 0 1 2
x_i 0,1 0,6 0,8
y_i 1,221 3,320 4,953
a)0,2857
b)0,3122
c)0,512
d)2,373
e)1,3154
x -1 0 1
f(x) 0,54 1 0,54
a)P2 (x)=1+0,46x2
b)P2 (x)=1-0,46x2
c)P2 (x)=1+0,36x2
d)P2 (x)=1+0,26x2
e)P2 (x)=1+0,6x2
49
8. O volume de água em um reservatório foi medido em tempos regulares. Os resultados
das medições aparecem na tabela abaixo. Usando interpolação polinimial, estime o
volume de água no reservatório para t=2,5h.
t(em h) 0 1 2 3 4
V(em m3) 0 3 7 15 30
A) 10,3125
B) 11,2345
C) 12,3456
D) 11,3456
E) 12,1224
50
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
51
Nesta unidade, aproximaremos os valores das integrais definidas, como visto no Cálculo
I. Vamos revisar alguns conceitos de integrais definidas e abordaremos a regra dos
trapézios simples e a de Simpson.
Figura 5 : Area da região limitada pelas retas x=a e x=b e também pela função f(x).
Fonte: Acervo pessoal do autor
FIQUE ATENTO
Teorema fundamental do cálculo: Se : 𝑎, 𝑏 → 𝑅 é uma função contínua, e f é uma primitiva
𝑑𝐹(𝑥) 𝑏
de f em (a,b), ou seja, vale
𝑑𝑥
= 𝑓 𝑥 , ∀𝑥𝜖(𝑎, 𝑏), então ∫𝑎 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 𝐹 𝑏 − 𝐹(𝑎).
Figura 6 : interpretação geométrica da fórmula citada acima, considerando xi* como mínimo em cada subintervalo.
Fonte: Acervo pessoal do autor
Exemplo 01. Usando a soma de Riemann, quatro subintervalos e escolhendo xi* como o
extremo superior de cada subintervalo, aproxime
Exemplo 02.
3,6 𝑑𝑥
Use a regra do trapézio para estimar o valor da integral ∫ . 3 𝑥
1
I. 𝑓 𝑥 = , podemos fazer
Para a função 𝑥
3,6 𝑑𝑥 3,6−3 0,6 1 1
∫3 ≈ 𝑓 3,6 + 𝑓 3 = . +3 = 0,18333
𝑥 2 2 3,6
ℎ ℎ ℎ
≈ 2 𝑓 𝑥0 + 𝑓 𝑥1 + 2 𝑓 𝑥1 + 𝑓 𝑥2 + ⋯ + 2 (𝑓(𝑥𝑛−1 )+𝑓 𝑥𝑛 =
ℎ
2
(𝑓 𝑥0 + 2. 𝑓 𝑥1 + ⋯ + 2. 𝑓(𝑥𝑛−1 )+𝑓 𝑥𝑛 ).
Exemplo 03.
2
Use a regra do trapézio para estimar o valor da integral ∫0 1 + 𝑥 3 𝑑𝑥.
Primeiro vimos como aproximar o gráfico de uma função por segmento de reta,
horizontais ou não, tinhamos o objetivo de encontrar o valor aproximado da integral
da função. A regra de Simpson tem por objetivo aproximar as funções por arco de
parábola. Um polinômio do segundo grau fica bem determinado por três pontos, com
isso precisaremos de três pontos do intervalo e não simplesmente dos extremos.
Vamos enunciar a regra de Simpson:
Se f(x) é uma função contínua, e os pontos (x0,y0 ),(x1,y1 )e (x2,y2) do gráfico de f(x) estão
igualmente espaçados horizontalmente, ou seja, se x2-x1=x1-x0=h, então podemos
aproximar:
54
VAMOS PENSAR?
O resultado enunciado na proposição(Regra de Simposon) já era conhecimento por
matemáticos do século XVIII, mas foi popularizado nos textos do britânico Thomas Simpson
(1710-1761),reconhecido por muitos como um dos melhores matemáticos ingleses do século
XVIII. Em sua homenagem, damos ao método o nome de Regra de Simpson.
Exemplo 04.
3
Use a regra de Simpson para estimar o valor da integral ∫2 1 + 𝑥 3 𝑑𝑥.
𝑥0 = 2, logo , 𝑦0 = 1 + 23 = 3
𝑥2 = 3,logo, 𝑦2 = 1 + 33 = 5,2915
2+3
𝑥1 = = 2,5
2
3−2
ℎ= = 0,5
2
Portanto:
55
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Usando a soma de Riemann, cinco subintervalos e escolhendo x_i como ponto médio
21
de casa subintervalo, marque a opção que aproxima a ∫1 𝑥 𝑑𝑥.
a) 0,594
b) 0,324
c) 0,263
d) 0,692
e) 0,134
a) 32
b) 30
c) 20
d) 10
e) 40
1,2
2 1
3. Utilize a regra dos trapézios e determine o valor aproximado de∫1,0 𝑥 + 𝑥 𝑑𝑥 .
a) 0,4370
b) 0,4273
c) 0,3672
d) 0,4406
e) 0,3604
1,5
∫1,2 𝑥. 𝑙𝑛𝑥 𝑑𝑥 , utilize a regra dos trapézios.
4. O valor de
a) 1,2631
b) 1,3672
c) 1,3994
d) 1,3474
e) 1,4735
1,4
∫1,2 (𝑥 2 . 𝑙𝑛𝑥 + 1)𝑑𝑥 é: (Utilize a regra dos trapézios)
5. O valor aproximado de
a) 0,3642
b) 0,2736
c) 0,4721
d) 0,3127
e) 0,2904
2,0
∫1,6 𝑥. 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 .
6. Utilize a primeira regra de Simpson,determine o valor aproximado de
a) 8,8346
b) 3,2137
c) 4,3214
d) 3,2143
e) 3,2731
56
7. Determine o valor aproximado de utilizando a regra de Simpson.
a) 1,4472
b) 0,6436
c) 0,2432
d) 0,4231
e) 0,4127
a) 0,7155
b) 0,6236
c) 0,4732
d) 0,3724
e) 0,6427
57
O MÉTODO DOS
QUADRADOS
MÍNIMOS
58
Nesta unidade, daremos prosseguimento ao estudo de aproximar dados por
funções conhecidas minimizando as distâncias. Apresentaremos e discutiremos
métodos e casos do problema de mínimos quadrados
Exemplo 01.
Encontrar a equação da reta que passa pelos pontos (1,6), (2,13) e (4,45).
Exemplo 02.
Para o conjunto de dados {(1,6),(2,13),(4,45)} e para a reta y=8x+2, calcule todos os desvios
quadrados.
59
I. Temos que substituir x por 1,2 e 4 na equação da reta
𝑦 = 8.1 + 2 = 8 + 2 = 10
𝑦 = 8.2 + 2 = 16 + 2 = 18
𝑦 = 8.4 + 2 = 32 + 2 = 34
FIQUE ATENTO
Para o conjunto de dados {(x0,y0),…,(xn,yn)},devemos encontrar a reta y=ax+b que minimiza
a soma dos desvios quadrados, ou seja, tal que o valor de:
𝛿𝑄
= 0 ⇔ − 2 ∑𝑛𝑖=0 𝑥𝑖 𝑦𝑖 − 𝑎𝑥𝑖 + 𝑏 = 0⇔
𝛿𝑎
60
Analogamente, a derivada de Q em relação a b é representada por
Exemplo 03.
Usando o método dos mínimos quadrados, encontre a reta que melhor se ajusta
ao conjunto de dados {(1,6),(2,13),(4,45)}.
Temos que x0=1,x1=2,x2=4 e y0=6,y1=13,y2=45
Assim, vamos calcular:
∑2𝑖=0 𝑥𝑖 = 𝑥0 + 𝑥1 + 𝑥2 = 1 + 2 + 4 = 7
∑2𝑖=0 𝑥𝑖 𝑦𝑖 = 𝑥0 𝑦0 + 𝑥1 𝑦1 + 𝑥2 𝑦2 = 1 × 6 + 2 × 13 + 4 ×
45 = 6 + 26 + 180 = 212
∑2𝑖=0 𝑦𝑖 = 𝑦0 + 𝑦1 + 𝑦2 = 6 + 13 + 45 = 64
94
IV. Dessa forma, a reta procurada tem equação 𝑎 = 7 e 𝑏 = −10.
FIQUE ATENTO
Ao processo descrito no exemplo 03, damos o nome de regressão linear dos dados e os
coeficientes procurados podem ser encontrados diretamente em algumas calculadoras
científica.
𝑛 4 𝑛 3 𝑛 2 𝑛 𝑛 2 𝑛 𝑛
𝑖=0 𝑥𝑖 , ∑𝑖=0 𝑥𝑖 ,∑𝑖=𝑜 𝑥𝑖 ,∑𝑖=0 𝑥𝑖 ,∑𝑖=0 𝑥𝑖 𝑦𝑖 , ∑𝑖=0 𝑥𝑖 𝑦𝑖 𝑒 ∑𝑖=0 𝑦𝑖
Os valores∑de sãofacilmente
determinados, porém para uma grande quantidade de pontos encontrá-los
manualmente se torna demorado, para encontrarmos uma equação do segundo grau
por exemplo são necessários cinco pontos. Após determinar os valores citados, basta
resolver o sistema de equações normais para determinar os coeficientes da função
δ(x)=ax2+bx+c.
Exemplo 04.
Usando o método dos mínimos quadrados, encontrar a equação da parábola que
melhor se ajusta ao conjuto de dado {(-2;14,5),(-1;7,5),(0;4,5),(1;2,5),(2;2),(3;4,5)}.
I. 𝛿 𝑥 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐,
Precisamos determinar os coeficientes da equação
temos: 𝑥0 = −2; 𝑥1 = −1; 𝑥2 = 0; 𝑥3 = 1; 𝑥4 = 2 ; 𝑥5 = 3 e 𝑦0 = 14,5; 𝑦1 =
∑5𝑖=0 𝑥𝑖3 = 𝑥03 + 𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 + 𝑥43 + 𝑥53 = (−2)3 +(−1)3 +03 + 13+23 + 33 = 27
∑5𝑖=0 𝑥𝑖2 = 𝑥02 + 𝑥12 + 𝑥22 + 𝑥32 + 𝑥42 + 𝑥52 = (−2)2 +(−1)2 +02 + 12+22 +32 = 19;
∑5𝑖=0 𝑥𝑖 = 𝑥0 + 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4 + 𝑥5 = −2 + −1 + 0 + 1 + 2 + 3 = 3;
∑5𝑖=0 𝑥𝑖2 𝑦𝑖 = 𝑥02 𝑦0 + 𝑥12 𝑦1 + 𝑥22 𝑦2 + 𝑥32 𝑦3 + 𝑥42 𝑦4 + 𝑥52 𝑦5 = (−2)2 ×14,5+(−1)2 × 7,5 +
02 × 4,5 + 12 × 2,5 + 22 × 2 + 32 × 4,5 = 58 + 7,5 + 0 + 2,5 + 8 + 40,5 = 116,5;
VAMOS PENSAR?
O método empregado no exemplo 04 pode ser estendido para encontrar polinômio de
qualquer grau cujo gráfico aproxime um conjunto de pontos. Porém o processo ganha
complexidade à medida que o grau do polinômio aumenta.
Exemplo 05.
Encontre uma função do primeiro grau que minimiza o desvio quadrado total em
relação à função f(x)=x3+6 no intervalo [0,1].
63
I. Sabemos que uma função do primeiro grau é do tipo ∂(x)=ax+b.
II. Calculando o desvio total no intervalo dado temos:
1
𝑄 = ∫0 ( 𝑥 3 + 6 − 𝑎𝑥 + 𝑏 )2 𝑑𝑥 =
274 32𝑎 25𝑏 𝑎2
III. Como o objetivo é minimizar o valor de de𝑄 = 7 − 5 − 2 + 3 + 𝑎𝑏 + 𝑏2 ,
devemos anular suas derivadas parciais em relação a a eb. Assim calculamos:
∂𝑄 −32 2𝑎 ∂𝑄 −25
= + +𝑏𝑒 = + 𝑎 + 2𝑏
∂𝑎 5 3 ∂𝑏 2
FIQUE ATENTO
O ajuste pelos mínimos quadrados permite, também, obter aproximações para valores
fora do intervalo considerado com certa segurança.
a)0,1,4 e 0
b)3,4,4 e 6
c)2,3,4 e 1
d)3,4,5 e 6
e)2,7,9 e 11
2. Usando o método dos mínimos quadrados, encontre a equação da reta que melhor
ajusta ao conjunto de dados {(1,2),(3,9),(5,16),(7,20)}.
12 1
a) 𝑦 = 5
𝑥−
5
61 9
b) 𝑦 = 𝑥−
20 20
c) 𝑦 = 61𝑥 − 9
21 3
d) 𝑦 = 5
𝑥−
5
e) 𝑦 = 12𝑥 − 4
18𝑥 4
a) ∂𝑥 = −
5 5
8𝑥 4
b) ∂ 𝑥 = −
5 5
18𝑥 4
c) ∂𝑥 =
5
+
5
28𝑥 4
d) ∂𝑥 =
5
−
5
e) ∂𝑥 =
18𝑥 14
5
−
5
4. Usando o método dos mínimos quadrados, encontre a reta que melhor se ajusta ao
conjunto de dados {(1,3),(3,7),(4,9)}.
a)y=4x-1
b)y=2x+12
c)y=2x+1
d)y=x-1
e)y=4x-12
65
5. Ache a aproximação linear através dos mínimos quadrados para os pontos:
{(1,1),(2,4),(3,8)}.
a) 𝑦 = 1 𝑥 − 2
3
4 1
b) 𝑦 = 𝑥 −
5 3
2 2
c) 𝑦 = 7 𝑥 − 3
d) 𝑦 = 7 𝑥 − 8
2 3
e) 𝑦 = 3𝑥 − 6
a)y=6x-12
b)y=7,6x-12,5
c)y=6,55x-12,5
d)y=2,7x-11,5
e)y=3,2x-11,2
i 0 1 2 3 4
xi 0.00 0.25 0.50 0.75 1.00
yi 1.000 1.2840 1.6487 2.1170 2.7183
a)P2 (x)=0.8437x2+0.8641x+1.0052
b)P2 (x)=0.7437x2+0.6641x+1.0052
c)P2 (x)=0.8437x2+0.4641x+2.0052
d)P2 (x)=0.5437x2+0.2641x+1.0052
e)P2 (x)=0.8437x2+0.8831x+3.0052
a)y=12x-4
b)y=2x+3
c)y=0,7x-1,2
d)y=0,4x+1,5
e)y=2,2x+1,3
66
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 1 UNIDADE 2
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 A
UNIDADE 3 UNIDADE 4
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 C QUESTÃO 8 A
UNIDADE 5 UNIDADE 6
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 A QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 A QUESTÃO 8 B
67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A. Quarteroni, F. Saleri. Cálculo Científico - Com MATLAB e Octave. (Online grátis para
internet da Unicamp)
D. S. Watkins, Fundamentals of Matrix Computations, New Jersey: John Wiley & Sons, 3.
Ed, 2010
graduacaoead.faculdadeunica.com.br