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Cada material conhecido possui características fisicoquímicas, ou seja, propriedades mecânicas, que

os diferem uns dos outros e que os dão propriedades capazes de resistir a determinada situação. Dessa
forma, foi criada uma disciplina nas engenharias e cursos técnicos a fim de estudar e quantificar o
quanto um material resiste a determinada força e situação sem que haja ruptura ou deformação.
Embora seja uma área aparentemente nova, foram estudos de civilizações antigas como os egípcios e
mais tarde na Idade Média, com Leonardo Da Vinci, que elucidaram a importância desta ciência,
porém, apenas com Galileu Galilei que esta foi considerada, de fato, uma ciência.

O processo de fabricação de um material é o principal meio para alterar a resistência. Podemos citar
processos como encruamento, que consiste no aumento da rigidez de um metal, adição de elementos
químicos, tratamentos térmicos e alteração do tamanho dos grãos.

Por meio de ensaios que simulam as condições onde o material será empregado, é possível se
assegurar das propriedades mecânicas e dimensionar corretamente as peças que serão utilizadas
através do comportamento do material, onde será obtivo um gráfico de relação tensão versus
deformação. Estes ensaios são de extrema importância para garantir a veracidade dos cálculos
empregados, a fim de evitar acidentes.

Os esforços mecânicos empregados nos ensaios estão diretamente ligados ao dimensionamento e aos
esforços gerados em uma circunstância de trabalho, citamos a tração, compressão, cisalhamento,
torção e flambagem como os principais esforços aplicados.

Com o advento das construções em larga escala, a resistência dos materiais ampliou sua importância
para além dos cálculos de vigas, por exemplo. A geomecânica é uma ciência dividida em mecânica dos
solos e mecânica das rochas. Em mecânica dos solos é possível estudar o comportamento do solo por
meio de solicitações provocadas por construções.

Para definirmos a mecânica dos solos, é necessário que o objeto de estudo seja primeiramente
definido. Portanto, o solo é entendido como resquícios da decomposição das rochas que formaram a
crosta terrestre. A formação dá-se através de agentes intempéricos, sendo estes as condições de
temperatura do local, a presença de água, vento e a fauna e flora, e de agentes erosivos, como a água
e o vento, principalmente. Logo, o solo é dividido em duas categorias, são eles transportados e
residuais.

Ao contrário de materiais maciços estudados na resistência dos materiais, o solo não é uma estrutura
propriamente maciça, possui poros, chamados de vazios. O processo de compactação diminui estes
vazios e o torna mais resistente. As propriedades de coesão, definida como a resistência ao
cisalhamento sem forças externas, serão melhoradas em um solo seco que foi submetido a uma
quantidade de água adequada.

Outro ensaio importante para observar como o solo se comporta é o ensaio de adensamento
lateralmente confinado, onde é observado a compressibilidade do solo, este, portanto, sofre uma
redução de seu volume. O adensamento gerado pode gerar consequências em construções, como
observado na Torre de Pisa, um fenômeno chamado de recalque diferencial ou simplesmente
assentamento, onde há o rebaixamento de uma parte da estrutura.

Já a mecânica das rochas é um ramo da mecânica que estuda o comportamento das rochas e maciços
rochosos em determinado ambiente, seja ele físico ou em um laboratório. Assim como a mecânica
dos solos, esta ciência é útil principalmente para a engenharia civil, de minas e geológica.

As rochas são um aglomerado de grãos minerais e, além disso, é constituída por vazios entre os grãos.
Os ensaios mais utilizados em laboratório podem ser citados, como compressão simples e uniaxial,
ensaio de carga pontual e com esclerómetro, este último determina a dureza da rocha. A classificação
das rochas em laboratório dá-se por meio do módulo de elasticidade e resistência a compressão
simples. E de acordo com esta última, as rochas são classificadas em muito fraca, fraca, mediana, forte
e muito forte. Os ensaios de carga pontual e a compressão simples são tabelados pela ISRM, Sociedade
Internacional de Mecânica das Rochas. Além da classificação por meio de ensaios, há a classificação
geológica, compreendida em rochas metamórficas, ígneas e sedimentares, são exemplos mármore,
granitos e calcários, respectivamente.

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