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COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

Estudo Numérico de Liquefação Dinâmica em Estruturas


Geotécnicas
Gomes, E. A. S.
Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto - MG, Brasil, erika_civil@yahoo.com.br

Ribeiro, S. G. S.
Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto - MG, Brasil, geostudio2007@yahoo.com.br

RESUMO: No Brasil a ausência de registros de eventos sísmicos expressivos (alta intensidade e


curta duração) faz com que a possibilidade de ruptura dinâmica de estruturas geotécnicas não seja
de fato, uma preocupação. Desta forma, a possibilidade de ruptura devido a solicitações de origem
cíclica de menor intensidade, mas de longa duração, tem sido pouco estudada. Contudo, análises de
risco de ruptura por liquefação são extremamente importantes no caso de vibrações, por
contribuírem com as demais análises de estabilidade existentes. Neste contexto, no presente
trabalho, analisa-se o comportamento de uma estrutura geotécnica submetida às solicitações de
origem dinâmica. Dá-se ênfase a compreensão de solicitações dinâmicas de pequena intensidade e
de longa duração, que no caso, é devido a tráfego de combóio ferroviário sobre uma pera construída
sobre uma pilha de estéril de mineração.

PALAVRAS-CHAVE: liquefação dinâmica, carregamento cíclico.

1 INTRODUÇÃO acontecer devido a outros mecanismos


deflagradores, tais como a utilização de
Nos últimos anos, registros de casos de ruptura equipamentos com princípio vibratório, tráfego
de encostas, assim como de diques e depósitos constante de veículos de grande porte e outras
de materiais granulares têm potencializado o operações, muitas vezes rotineiras, durante
estudo do fenômeno de liquefação em solos. É processos de construção e operação de diversas
sabido que o fenômeno ocorre em conseqüência obras geotécnicas tem sido pouco estudada.
à aplicação de sobrecargas estáticas ou Contextualizada a importância de tais
dinâmicas, contudo, publicações voltadas ao estudos, o objetivo do presente trabalho é
estudo do fenômeno afirmam que avaliações apresentar os princípios fundamentais que
direcionadas a ocorrência sob condições regem o fenômeno da liquefação em solos em
estáticas têm sido raramente realizadas, sendo a uma modelagem numérica, sendo que para os
maior parte direcionada a ocorrência sob aspectos relativos aos mecanismos que
condições dinâmicas, principalmente, em países desencadeiam tal processo, dar-se-á ênfase
com registros históricos de eventos sísmicos àqueles que forem de origem dinâmica.
(Fourie et al., 2001 apud Pereira, 2005).
Por outro lado, em países onde não são
registrados eventos sísmicos significativos, 2 LIQUEFAÇÃO DE SOLOS
como é o caso do Brasil, a preocupação geral,
mesmo que insipiente, ainda é em relação à 2.1 Introduçao
ocorrência de liquefação de materiais
granulares sob condições estáticas. Desta Em sintese, para a geotecnia o termo liquefação
forma, devido à baixa probabilidade de denota uma condição na qual o solo sofre
ocorrência sob condições extremas, como seria deformação contínua a uma resistência residual
a liquefação induzida por eventos de origem baixa ou nula, devido à geração e manutenção
sismica, à possibilidade deste fenômeno de um elevado excesso de poropressão. Ou seja,

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o aumento da poropressão induzido por um mais susceptíveis e as circunstâncias que levam


mecanismo deflagrador qualquer resulta em a ocorrência.
uma súbita perda de resistência, que pode A liquefação estática é o fenômeno no qual
chegar a ser completa a depender de uma massa de solo sofre uma súbita perda de
condicionantes tais como intensidade e resistência quando solicitado por um
frequencia da solicitação e características de carregamento, dito, estático. Por carregamento
resistência dos materiais solicitados (Prakash, estático entende-se toda solicitação não-cíclica,
1981). ou seja, que não se repete com uma dada
Em conseqüência, podem ser gerados freqüência.
problemas tais como recalques acentuados com A perda de resistência em questão é
o conseqüente comprometimento ou mesmo resultante da elevação nos valores de
colapso de estruturas em superfície; ruptura de poropressão, originalmente, existentes no solo.
estruturas de contenção, tais como barragens de Relatos da ocorrência de liquefação estática
terra; ruptura ou comprometimento superficial indicam que este aumento está normalmente
de taludes com finalidade de suporte, como condicionado a eventos tais como elevação do
aterros ferroviarios; assim como de taludes nível do lençol freático e carregamentos
naturais. rápidos, como por exemplo, movimentos de
De uma forma geral, as grandes rupturas são massa ou rupturas de grande intensidade, na
caracterizadas pela movimentação de grandes área de influência de depósitos de materiais
massas, que fluem por centenas de metros em granulares.
poucos minutos. Contudo, isto não minimiza a A liquefação dinâmica é aquela induzida por
importância do estudo de ocorrência mais carregamentos dinâmicos, ou seja, solicitações
pontual, com o compromentimento parcial da cíclicas, que ocorrem com uma dada freqüência
resistência. Portanto, na tentativa de prevenir a em um determinado período.
ocorrência de liquefação, é altamente Os carregamentos dinâmicos que atuam em
recomendável que todas as possibilidades de se solos de fundação ou sobre estruturas
desencadear o processo sejam consideradas nas geotécnicas podem ser originados a partir de
análises. diferentes fontes, tais como eventos sísmicos;
aplicações de explosivos no subsolo em
2.2 Mecânimos Deflagadores operações de desmonte de rocha ou para
acelerar processos de adensamento e
Os mecanismos que induzem o aumento de compactação; emprego de equipamentos cujo
poropressão que pode gerar a liquefação do solo princípio de funcionamento é vibratório, assim
podem ser tanto de origem estática, quanto de como equipamentos de cravação; sendo
origem dinâmica, sendo por isto adotados os apontados até mesmo os movimentos
termos liquefação estática e liquefação repetitivos de tráfego e, ainda, rajadas de vento
dinâmica, respectivamente. e impacto de ondas (Prakash, 1981).
Ao longo da história foram registrados
diversos casos de ocorrência de liquefação quer
seja de origem estática, quer seja de origem 3 VARIÁVEIS INFLUENCIADORAS
dinâmica, tanto de porções de maciços naturais
de solo quanto de estruturas geotécnicas. Os A geotecnia envolve uma grande diversidade de
acidentes registrados podem e vêem sendo materiais naturais e artificiais.
utilizados como objetos de retro-análises e Os materiais naturais, os solos, são
possuem grande importância provendo um distribuídos em faixas granulométricas que vão
contexto para a interpretação de aspectos de materiais extremamente finos [faixa
teóricos, auxiliando no desenvolvimento de granulométrica] (argilas e colóides) a materiais
modelos que visem uma melhor compreensão extremamente granulares [faixa granulométrica]
destes fenômenos. Tais registros ajudam na (areias grossas e pedregulhos).
caracterização do fenômeno em si, dos locais

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Os materiais artificiais, geralmente resíduos Este procedimento permite, a identificação


gerados no processo de exploração mineral, de parâmetros governantes, ou seja, parâmetros
comumente denominados rejeitos e estéreis, que regem as mudanças mais significativas
apresentam complicações inerentes ao material entre diferentes simulações, sendo possível
de origem (solo natural), ainda agregam fatores identificar os parâmetros que são críticos em
relativos a processos físicos e químicos de um projeto.
tratamento aos quais são normalmente
submetidos. Como resultado são obtidos 4.2 Metodologia
materiais de comportamento extremamente
complexo. Objetivando-se um melhor entendimento a
Esta grande variedade de dimensões, seguida respeito de como se desencadeia o processo de
ainda por grande diversidade de formas e liquefação dinâmica em uma massa de solo, foi
arranjos das partículas, reflete em uma imensa escolhido utilizado o módulo Quake do sistema
variedade de características que dificultam a computacional GeoStudio 2007. O Quake é um
interpretação direta de problemas e programa baseado no método de elementos
padronização de comportamentos. finitos, formulado para realizar análises de
Contudo, a maioria dos estudos publicados estruturas geotécnicas sujeitas a uma agitação,
até o presente momento, indica que materiais quer seja esta de origem sísmica ou não. O
granulares, fofos e saturados apresentam as programa permite determinar o excesso de
condições ideais para ocorrência deste poropressão gerado devido a uma solicitação
fenômeno (Bopp & Lade, 1997; D’Hollander et dinâmica do solo, a partir da avaliação de
al., 1985; Madhu et al., 1997; Sivathayalan & diferentes modelos constitutivos. O programa
Vaid, 1995). permite estimar, de forma direta, a geração de
Assim, destacam-se três características excessos de poropressão, não sendo necessário
fundamentais que regem um processo de fazer adaptações normalmente empregadas em
liquefação, a saber: granulometria do solo, análises pseudo-estáticas.
estado de compacidade e condutividade
hidráulica. 4.3 Estudo de Caso

O caso em estudo consiste na avaliaçao do


4 MODELAGEM NUMÉRICA comportamento de uma pilha de estéril
mediante a diferentes condicionantes a serem
4.1 Introduçao apresentados.
O cenário inicial consiste na construção de
O estudo foi modelado considerando um trem uma pilha de estéril sob um talude natural
tipo com tensão vertical induzida ao solo de inicialmente estável. Terminada a construção da
30kPa aplicada numa extensão transversal igual pilha é feita a construção de um aterro
a 8,5 metros. Com base em observação de compactado que servirá de suporte para a
campo, o tempo de passagem de todo o passagem um composições ferroviárias. As
comboio foi estimado em 20 minutos. feições geométricas do problema, bem como as
A modelagem numérica foi realizada com características de resistência dos materiais e
foco em estudos de sensibilidade, onde foram solicitação devido a passagem da composição
feitas previsões quantitativas; comparação de foram definidas a partir do trabalho de Pereira
alternativas; identificação de parâmetros (2009), com perfil de estudo apresentado na
governantes; para uma melhor compreensão do Figura 1.
processo. Para esta modelagem não foi
considerada de suma importante a precisão na
definição de algumas propriedades dos
materiais, mas sim as mudanças que venham a
ocorrer entre as simulações.

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limite de linearidade do solo, sendo o valor


adotado para estimativa da razão de
amortecimento, com base no gráfico
apresentado na Figura 3.

Figura 1. Seção transversal da pilha de estéril

4.4 Considerações para Análise

As Tabelas 1 e 2 apresentam os
principais parâmetros utilizados na modelagem
numérica.

Tabela 1. Parâmetros de resistência.


Material γnat c’ φ’ Figura 2. Variação da deformação cíclica cisalhante com
(kN/m3) (kPa) (°) a rigidez
Estéril 20 31 35
Enrocamento 20 0 43
Colúvio 19 20 27
Aterro 20 35 28
Solo residual 19 100 32
Saprolito 19 25 32

Sendo, γsat = peso específico saturado; γnat = peso


específico natual; c’ = coesão efetiva; φ’ = ângulo de
atrito efetivo.

Tabela 2. Parâmetros elásticos.


Material Gmáx D ν
(MPa) Figura 3. Variação da deformação cíclica cisalhante com
Estéril 100 0,1 0,334 a razão de amortecimento
Enrocamento 100 0,1 0,334
Colúvio 100 0,1 0,334 4.4.1 Definição da Curva Típica de Vibração
Aterro 100 0,1 0,334
Solo residual 150 0,1 0,334 A Figura 4 apresenta o comportamento típico
Saprolito 100 0,1 0,334 da variação da velocidade da partícula em
função do tempo. Observa-se que em um
Sendo, Gmáx = módulo cisalhante intervalo inicial tem-se um período de aumento
máximo; D = razão de amortecimento; ν = randomico da velocidade da partícula, este
coeficiente de Poisson. intervalo caracteriza a aproximação da
composição ferroviária do ponto de medição.
A Figura 2 representa a variaçao da relação Tal aumento prossegue até o instante no qual é
entre G/Gmáx em função da deformação alcançado um valor de pico, valor a partir do
cisalhante para solos com diferentes indices de qual tem-se uma redução também randomica da
plasticidade, segundo Vucetic e Dobry (1991) velocidade, ou seja, afastamento da composição
citado em Kramer (1996): ferroviária em relação ao ponto de medição.
Nesta figura é possível observar que para Como a variação randomica da velocidade
uma deformação cisalhante da ordem de alcança valor de pico durante um curto
0,001% a razão entre a modúlo cisalhante intervalo de tempo, optou-se neste trabalho em
secante G e o módulo cisalhante máximo para simular uma curva equivalente a este período de
um solo Gmax, é aproximadamente 1. Desta tempo, como pode ser vista na Figura 7. Foi
forma este valor de deformação é tido como empregado um intervalo de 1segundo no qual

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está contido a solicitação máxima, ou Tabela 3. Valores da freqüência para velocidade


velocidade máxima medida, sendo desprezada a vibratória de 15,5 mm/s.
Vertical Longitudinal
redução da velocidade para este intervalo, tendo
em vista que neste curto período de avaliação, a PPV (mm/s) 15,5 9,27
redução da velocidade pode ser considerada Data 14/06/2008 14/06/2008
como sendo desprezível. Tempo 14:14:57 14:14:57
Verificação do sensor Passado Passado
Frequência (Hz) 7,4 7,6
Overswing ratio 3,8 3,7

Tabela 4. Valores da freqüência para velocidade


vibratória de 15,5 mm/s (continuação).
Transversal

PPV (mm/s) 6,48


Data 14/06/2008
Tempo 14:14:57
Verificação do sensor Passado
Frequência (Hz) 7,6
Figura 4. Variação da velocidade da partícula no tempo
Overswing ratio 3,5
A curva apresentada na Figura 5 foi obtida a
partir dos dados apresentados por Pereira O período, ou seja, o tempo necessário para
(2009). Sendo definido um período de 0,1348s que os deslocamentos, induzidos pela passagem
e um comprimento de onda de 2,09mm, com da composição ferroviária, voltem a se repetir é
base nas informações e equações que se estimado a partir da Expressão 1:
apresentam a seguir.
λ
T= (1)
0,02
V
0,015

0,01 Sendo T o período; λ o comprimento de onda


Velocidade (mm/s)

0,005 e V a velocidade vibratória.


0 Como apresentado na Expressão 2, o
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
-0,005
comprimento de onda por sua vez é definido
-0,01
como sendo a razão entre a velocidade da
-0,015
-0,02
partícula e a freqüência vibratória:
Tempo (s)

V
Figura 5. Curva empregada na modelagem numérica λ= (2)
f
As Tabelas 3 e 4 permitem verificar que os
sismogramas apresentam as componentes 4.5 Estudo do Comportamento
verticais, longitudinais e transversais da
freqüência da vibração, sendo possível observar O gráfico na Figura 6 permite verificar até qual
que os maiores valores de vibração possuem profundidade a solicitação dinâmica interfere
freqüência inferior a 10Hz, ou seja, se no padrão inicial de tensões. Os valore a 0,1 e 1
enquadram na faixa de baixa freqüência. A segundo foram adotados por possuirem
medição foi realizada na própria linha férrea. variações críticas de tensão em relação ao valor
A curva típica que caracteriza o movimento inicialmente resitrado (0s). O comportamento
vibratório foi definida para o maior valor de sugere que o incremento de tensão vertical dá-
velocidade observado, isto é, para 15,5mm/s. se até uma profundiade de 5 metros, com
elevada variação das tensões verticais na
superfície do terreno, com majoração em até 10

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vezes. aterro construído sobre a mesma, absorve todo


o efeito da solicitação dinâmica aplicada.
1025
Contudo, os deslocamentos superficiais
1020
observados sugerem a necessidade de se avaliar
a interferencia que tais solicitações têm sobre a
Elevação (m)

1015
1010 estabilidade local da obra.
1005 Importante reforçar que para uma melhor
1000 representatividade da modelagem, é de
995 fundamental importância uma avaliação mais
990
minuciosa com relação aos dados referentes ao
0 100 200 300 400 500 600
Tensão Efetiva Vertical (kPa)
comportamento tensão-deformação do solo,
0 sec 0,1 sec 1 sec
dando ênfase aos parâmetros de rigidez e
amortecimento que são mais dificilmente
Figura 6. Variação da tensão efetiva com a profundidade referenciados na literatura, assim como às
cargas dinâmicas induzidas pela passagem das
A Figura 7 apresenta a variação da composições ferroviárias, sendo para tanto,
aceleração induzida, pela passagem da altamente recomendável a instrumentação das
composição, no eixo abaixo do eixo da linha regiões sob os trilhos. Visando desta forma a
férrea. possibilidade de interepretação direta de curvas
que caracterizam a variação de deslocamentos,
1025 velocidade e/ou aceleração induzida.
1020
1015
Elevação (m)

1010
AGRADECIMENTOS
1005
1000
À GeoFast pela licença do programa Quake que
995
990
possibilitou a realização deste estudo.
-0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1
Aceleração Vertical (g)

0 sec 0,1 sec 1 sec REFERÊNCIAS


Figura 7. Variação da aceleração no eixo da ferrovia
Bahrekazemi, M. (2004) Train-Induced Ground
Vibration and Its Prediction, Division of Soil and
A Figura 8 mostra os deslocamentos observados Rock Mechanics Dept. of Civil and Architectural
na região de aterro, mais próxima à região de Engineering Royal Institute of Technology,
aplicaçao de carga. Stockholm.
Bopp, P. A. & Lade, P. V. (1997) Effects of initial density
on soil instability at high pressures. Journal of
Geotechnical and Geoenvironmental Engineering,
ASCE, v. 123, n. 7, p. 671-677.
Cunha, J. e Gomes Correia, A. (2007) Influência da
Deformação Cíclica de Solos de Fundação no
Desempenho de uma Via-férrea de Alta Velocidade,
Universidade do Minho, Departamento de Engenharia
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D’hollander, R.D., Krahn, J. & Salden, J.A (1985) The
liquefaction of sands, a collapse surface approach.
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Kramer, S.L. (1996) Geotechnical Earthquake
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liquefação para o material que constitui a pilha and Geoenvironmental Enginnering, ASCE, v. 123, n.
3, p. 220-228.
de estéril é improvavél, visto que o próprio Pereira, W. L. (2009) Análise da estabilidade da pilha de

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estéril do Correia - Mina de Gongo Soco - para


implantação da Ferrovia Estrada de Ferro Vitória
Minas – EFVM, Dissertação de Mestrado, Programa
de Pós-Graduação em Geotecnia, Núcleo de
Geotecnia da Escola de Minas, Universidade Federal
de Ouro Preto.
Sivathayalan, S & Vaid, Y.P. (1995) Static and cyclic
liquefaction potential of Fraser Delta sand in simple
shear and triaxial tests. Canadian Geotechnical
Journal, v. 33.

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