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DE IPATINGA
1
Idelmar Medeiros do Amaral
Possui graduação em Geografia pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (2005)
e especialização em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Pitágoras (2007).
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Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo apli-
cado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são
para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com
uma função específica, mostradas a seguir:
1ª edição
Ipatinga – MG
2020
3
SUMÁRIO
01
1.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 7
1.2 HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA ........................................................................ 7
1.3 FORMA DA TERRA ..........................................................................................11
1.4 ORIENTAÇÃO .................................................................................................12
1.4.1 Pontos cardeais ...................................................................................... 14
1.4.2 Pontos colaterais ................................................................................ 14
1.4.3 Pontos subcolaterais.......................................................................... 14
FIXANDO O CONTEÚDO...............................................................................18
02
2.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................23
2.2 MOVIMENTOS DA TERRA ..............................................................................23
2.3 SOLSTÍCIOS E EQUINÓCIOS .........................................................................26
2.4 COORDENADAS GEOGRÁFICAS ................................................................29
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................... 34
03
3.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................41
3.2 FUSOS HORÁRIOS ..........................................................................................42
3.3 LINHA INTERNACIONAL DE DATA (LID) ......................................................45
3.4 FUSOS HORÁRIOS BRASILEIROS...................................................................46
3.5 HORÁRIO DE VERÃO .....................................................................................48
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................... 51
UNIDADE ESCALA............................................................................................55
04
4.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................55
4.2 ESCALA ...........................................................................................................55
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................... 62
05
5.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................66
5.2 CLASSIFICAÇÃO DAS PROJEÇÕES.............................................................67
5.2.1 Tipos de Projeções ............................................................................. 68
5.2.2 Projeção Cilíndrica ............................................................................ 69
5.2.3 Projeção Cônica ............................................................................... 71
5.2.4 Projeção Plana, Azimutal ou Polar .................................................... 72
5.2.5 Anamorfose......................................................................................... 74
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................... 76
4
UNIDADE CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS E SENSORIAMENTO REMOTO.83
06
6.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................83
6.2 CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS...............................................................83
6.3 SENSORIAMENTO REMOTO ..........................................................................86
6.4 SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL - GPS .......................................91
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................... 94
07
7.1 A FORMAÇÃO DAS CIDADES MEDIEVAIS ...............................................101
7.2 O RENASCIMENTO URBANO E AS CARACTERÍSTICAS DAS CIDADES..104
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................ 107
08
.......................................................................................................112
09
9.1 Dinâmicas de crescimento da cidade contemporânea ..................122
9.2 A cidade contemporânea e a rede urbana........................................124
9.3 Novas relações entre o espaço urbano e rural ..................................128
9.4 A gestão urbana e o estatuto da cidade .............................................130
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................ 134
10
INTRAURBANA, E OS DESDOBRAMENTOS DESTAS RELAÇÕES NA
PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO.................... 138
11
11.1 Os diferentes modos de vida e a cultura nas cidades ......................150
11.2 O espaço urbano e a cidadania............................................................151
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................ 144
5
UNIDADE AS METRÓPOLES, AS CIDADES MÉDIAS E PEQUENAS.................162
12
12.1 ASPECTOS CONCEITUAIS E INTERDISCIPLINARES ...................................162
12.2 Uma análise da hierarquia e rede urbana do Brasil ...........................165
12.3 O espaço urbano de Minas Gerais ........................................................167
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 171
6
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA UNIDADE
01
CARTOGRAFIA
1.1 INTRODUÇÃO
A Cartografia está presente em grande parte do dia a dia das pessoas. Sem
sua parte mais elementar, o ser humano não conseguiria se orientar no Planeta, esta-
ria restrito a uma pequena área ou vagaria perdido, sem conseguir retornar a sua
origem. Pense como seria durante as cruzadas ou nas grandes navegações, sem falar
em vários outros eventos históricos associados a longas movimentações populacio-
nais.
A popularização da cartografia chegou com o avanço da tecnologia e a era
digital, ocorridas principalmente nos últimos 20 anos. Além de ser usada em várias
áreas de conhecimento, como navegação (aérea, rodoviária, marítima), agricultura,
planejamento urbano, identificação de alvos militares, climatologia, hidrologia, ar-
quitetura, dentre outros, o uso chegou ao cidadão comum através do uso do GPS e,
posteriormente, de aplicativos de navegação como Waze ou o Google Maps, apli-
cativos de viagens e turismo como o Google Earth e outros como Uber.
A cartografia é ainda essencial para o Geógrafo, seja na investigação e com-
preensão do espaço geográfico, seja na sua representação.
Nesse livro você aprenderá a importância da cartografia, sua história, concei-
tos, orientação, coordenadas geográficas, como utilizar fusos horários e escala, tipos
de projeções, convenções cartográficas e sensoriamento remoto.
7
vezes em forma de pinturas rupestres, permitia ao homem primitivo, não apenas de-
finir rotas e caminhos, mas marcá-los para, depois de longas jornadas, conseguir vol-
tar com segurança para seu grupo, ou seja, foi fundamental para a sobrevivência da
espécie humana. Esses registros datam de pelo menos 6.200 antes de Cristo.
Com o advento das explorações e do comércio, associados as grandes nave-
gações e as guerras, a necessidade de se localizar na superfície terrestre foi se tor-
nando cada vez maior, o que, em conjunto com o desenvolvimento das Ciências e
da Arte, com destaque principalmente para a Matemática, marca os primórdios da
Cartografia como Ciência.
Muitas dessas representações se perderam no tempo, sendo que a primeira a
ser considerada como mapa, pelos geógrafos, representando provavelmente a re-
gião do rio Eufrates, é o “Mapa de Ga-Sur”, feito em argila e datado de aproximada-
mente 3.000 anos a.C.
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Se os primeiros fundamentos da ciência cartográfica foram lançados na Gré-
cia Antiga, quando Hiparco (160-120 a.C.) utilizou-se de métodos astronômicos em
seus cálculos e criou a projeção cônica, os gregos avançaram com as medidas ge-
ométricas, criando a noção de longitude e latitudes e os primeiros sistemas de proje-
ção, com destaque para Ptolomeu (90-168 d.C.), que apesar de criar os princípios
matemáticos da cartografia, foi ignorado durante toda a idade média pelo oci-
dente.
Com o final da idade média, todo conhecimento cartográfico esquecido no
ocidente, mas preservado pelos árabes, ressurge e se desenvolve com as necessida-
des náuticas ligadas as grandes navegações, no século XV, passando a ter um as-
pecto mais funcional, impulsionado pelo advento da agulha magnética, com a in-
venção da imprensa, que possibilitou a impressão acelerada de mapas e, finalmente,
com a fundação da Escola de Sagres, em Portugal, que criaram um aspecto carto-
gráfico mais científico.
No século XVI a produção cartográfica foi intensa, com destaque para os car-
tógrafos portugueses, espanhóis e italianos e, posteriormente, pelos holandeses, re-
presentada principalmente por Mercator. Em 1569 apareceu o primeiro mapa de
Mercator, que foi intensamente utilizado durante as grandes navegações. Apenas
um ano depois (1570) é publicado o primeiro atlas moderno do mundo, o Theatrum
Orbis Terrarum.
As cartas náuticas portuguesas, chamadas de Portulanas, foram as primeiras a
conter realmente referências geográficas, baseadas em astros e instrumentos como
o astrolábio, quadrantes, bússola, dentre outros.
O século XVII e XVIII foi dominado pela Escola Francesa que deu maior credi-
bilidade científica a cartografia através da associação a diversas outras ciências,
com destaque para a Matemática, a Geodésia e a Astronomia, acabando com as
improvisações e dando lhe um sentido mais objetivo.
O desenvolvimento de serviços geográficos e cartográficos nacionais se de-
senvolveram no século XIX, principalmente nos países europeus. A expansão do co-
mércio mundial, realizado através dos oceanos, contribuíram para a ampliação dos
levantamentos costeiros de todas as partes do mundo e o surgimento de projeções
importantes como a de Mollweide e da de Gauss. Nesse mesmo século também se
desenvolveu a cartografia náutica brasileira.
9
Na atualidade, a grande revolução tecnológica permitiu um avanço da car-
tografia através do uso da aerofotogrametria, dos satélites e da eletrônica. O desen-
volvimento de certas tecnologias expandiu as possibilidades da cartografia, possibili-
tando a criação de mapas mais precisos e detalhados, resultando na criação dos
Sistemas de Informações Geográficas – SIG, possibilitando sua popularização através
de celulares com o uso de aplicativos, smartphones e dispositivos móveis baseados
na navegação por satélite e definição de rotas, como, por exemplo, o Waze, levando
a cartografia definitivamente a era digital e colaborativa.
No século XXI, ainda na primeira década, a internet passa por importantes transforma-
ções, disponibilizando ferramentas para geração, busca e compartilhamento de con-
teúdo. Nesse contexto surgem as primeiras plataformas de cartografia colaborativa na
internet. Leia mais em: https://bit.ly/3n0nfsM. Acesso em: 15 fev. 2020;
10
1.3 FORMA DA TERRA
11
Figura 2: Forma geométrica da Terra
1.4 ORIENTAÇÃO
12
O Sol se tornou a mais importante referência para o ser humano. O lugar onde
nasce passou a ser chamado de nascente, leste ou oriente, daí o surgimento do
termo orientação, ou seja, a busca do oriente ou onde o sol nasce. Onde o sol se põe
foi denominado de poente, oeste ou ocidente, possibilitando a criação da Rosa dos
Ventos com quatros pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste.
A partir da Rosa dos Ventos, com base no Leste, é possível encontrar também
os pontos cardeais Norte (também chamado de Boreal ou Setentrional) e o Sul (tam-
bém chamado de Austral ou Meridional).
A distância entre dois pontos cardeais subsequentes é de 90º, ou seja, formam
um ângulo reto. Entre dois pontos cardeais é possível encontrar o ponto colateral,
sendo eles Nordeste, Sudeste, Sudoeste e Noroeste. A distância entre um ponto car-
deal e seu ponto colateral subsequente é sempre de 45º.
Existe ainda os pontos subcolaterais, que no total são oito, situados entre cada
ponto cardeal e colateral. Apesar desse ponto ser citado em todos os livros didáticos
e materiais de cartografia, praticamente não é usado pelo aluno de Ensino Funda-
mental e Médio.
13
1.4.1 Pontos cardeais
Norte (N) – demonstra a direção exata em que o Polo Norte está localizado.
Assim, possui dois tipos de sinônimos: setentrional e boreal. A Estrela Polar é usada
para auxiliar na direção;
Sul (S) – demonstra a direção exata em que o Polo Sul está localizado. Dessa
forma, dois tipos de sinônimos são possíveis: meridional e austral. A estrela usada na
direção é o Cruzeiro do Sul.
Leste (L) – O “nascer do sol” é utilizado como referencial. Assim, o sinônimo
comum é a palavra oriente.
Oeste (O) – O “pôr do sol” é utilizado como o referencial. O sinônimo mais po-
pular é a palavra ocidente.
ENE: Leste-nordeste
ESE: Leste-sudeste
SSE: Sul-sudeste
NNE: Norte-nordeste
NNO/NNW: Norte-noroeste
SSO/SSW: Sul -sudoeste
OSO/WSW: Oeste-sudoeste
ONO/WNW: Oeste-noroeste
14
Estados Unidos ou, ainda, citar como referência, que o Aquífero Guarani localiza-se
no Planalto Meridional Brasileiro.
Vale lembrar ainda que a rosa dos ventos é utilizada na bússola, instrumento
que possui uma agulha imantada que aponta sempre para o norte magnético, pos-
sibilitando ao usuário uma noção correta da direção a seguir.
15
que você mais permanece em casa também deve ser levado em consideração.
Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/mercado-imobiliario-do-interior/noticia/orien-
tacao-solar-e-fator-importante-na-hora-de-escolher-o-imovel.ghtml. (adaptado). Acesso em: 15 fev. 2020
16
Figura 5: Declinação Magnética (+D)
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FIXANDO O CONTEÚDO
[...] Uma lâmpada aclarava a plataforma, mas os rostos dos meninos ficavam na sombra.
Um me perguntou: O senhor vai à casa do Dr. Stephen Albert? Sem aguardar resposta,
outro disse: A casa fica longe daqui, mas o senhor não se perderá se tomar esse caminho
à esquerda e se em cada encruzilhada do caminho dobrar à esquerda.
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a) O goleiro do time A lança a bola na direção SO para o jogador E.
b) O jogador 9 chuta na direção NE para o jogador H, na porção meridional do
campo.
c) O jogador 10 finaliza a jogada chutando para o gol na direção NE.
d) O goleiro do time B, do lado oriental do campo, defende a bola do jogador I,
chutada na direção SE.
e) O jogador E, a oeste do jogador F, chuta a bola para o jogador J na direção SO.
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4. Considere o esquema abaixo (pontos cardeais, colaterais e subcolaterais), que
posiciona algumas capitais brasileiras e as direções NOROESTE (NO), SUDESTE (SE),
ESTE-NORDESTE (ENE) e SUDOESTE (SO), respectivamente:
5. (PUC). Levando em consideração que, no dia em que esta foto foi tirada, o Sol se
pôs exatamente atrás da estátua do Cristo Redentor, podemos AFIRMAR que:
a) O Pão de Açúcar está situado ao norte da parte frontal da estátua do Cristo Re-
dentor.
b) O braço direito do Cristo Redentor está apontando para a direção sul.
c) O Leste está na direção da parte de trás da estátua do Cristo Redentor.
d) A enseada de Botafogo está ao sul da parte frontal da estátua do Cristo Redentor.
e) O braço esquerdo do Cristo Redentor está apontando para a direção oeste.
20
6. A Terra comporta-se como um imenso ímã, ou seja, tem magnetismo próprio. Ob-
serve as figuras, que são representações do campo magnético da Terra.
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colaterais pode ser considerado que:
“Nas profundezas do Alasca selvagem, vive a recém-descoberta família Brown. Billy, sua
esposa Ami e os sete filhos (cinco rapazes e duas garotas) vivem isolados do mundo, de-
senvolvendo dialetos e sotaque próprios. Em determinadas épocas do ano, os Brown che-
gam a passar até nove meses sem contato com forasteiros”.
Fonte: http://www.brasil.discovery.uol.com.br/aventura/a-grande-familia-do-alasca/a-grande-fami-
lia-do-alasca-sobre-a-serie/. Acesso em: 28/02/2020.
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MOVIMENTOS DA TERRA E UNIDADE
02
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
2.1 INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais remotos, o dia e a noite são os métodos mais eficazes
de medição do tempo. Outra forma muito usual de medir o tempo, mas durante pe-
ríodos mais longos, é a variação do clima durante as estações do ano, com a pre-
sença de longo período de calor, neve ou mesmo o florescer das plantas. Ambos
métodos estão relacionados com os movimentos da Terra, diferenciando apenas se
esse movimento é em torno do próprio eixo ou em torno do sol.
O movimento que o Planeta faz em torno do próprio eixo é chamado ROTA-
ÇÃO. O movimento ocorre de oeste para leste, em sentido anti-horário, e tem uma
duração de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, ou, aproximadamente 24 horas, com-
pletando o dia solar. Além de determinar os dias e as noites, esse movimento também
tem influência nos mecanismos de circulação atmosférica global e na dinâmica das
correntes marítimas.
A existência de dias e noites determina os índices de luminosidade, tempera-
23
tura e umidade do ar, essenciais para o desenvolvimento dos ecossistemas do Pla-
neta. Vale lembrar que a iluminação do sol varia na superfície terrestre durante o ano,
pois o eixo imaginário, em torno do qual a terra faz sua rotação, tem uma inclinação
de 23º27’ em relação a órbita terrestre.
24
O que é um ano? Uma pergunta simples, com uma resposta aparentemente simples:
um ano é a quantidade de tempo que a Terra demora a dar uma volta ao Sol. Mas
como sabemos quando a Terra completa uma volta ao Sol? Para responder a esta
questão é necessário escolher uma referência que nos permita realizar a medição. Leia
mais em: https://bit.ly/3kd2DMa. Acesso em: 11 fev. 2020;
Os nascidos e os que vão nascer no dia 29 de fevereiro, devem ser registrados na data
exata do nascimento. Isso se faz por meio do Cadastro Nacional de Estabelecimentos
de Saúde, pelo médico ou profissional de saúde que acompanhou a gestação ou
parto do nascido. Não se trata da Certidão de Nascimento, mas da Declaração de
Nascido Vivo. Leia mais em: https://bit.ly/35avSee. Acesso em: 11 fev. 2020;
É importante frisar que a determinação das estações do ano não está associ-
ada apenas ao movimento de translação da Terra, mas também a inclinação de seu
eixo de rotação, que faz com que o sol incida em ângulos diferentes na superfície
terrestre, provocando variações de fotoperíodo.
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verão e inverno do hemisfério sul, o Periélio e o Afélio não são responsáveis pelas es-
tações no ano, apenas intensificando-as. Você estudará mais sobre o assunto em
física, pois o tema é explicado pela 2ª Lei de Kepler: Lei das Áreas.
26
Durante os solstícios tem-se a maior variação do fotoperíodo (período do dia
de luminosidade). No verão, próximo ao trópico, tem-se o dia mais longo do ano e
próximo ao círculo polar, os chamados dias polares. No inverno isso se inverte, pois, a
noite será a mais longa do ano, chegando a noites polares nas altas latitudes.
Já os Equinócios, do latim aecnoquitium, significa “noites iguais”. É o momento
em que o Sol está perpendicular ao Equador, dividindo luminosidade e calor por igual
nos dois hemisférios e fazendo com que noites e dias tenham a mesma duração, ou
seja, 12 horas de dia e 12 horas de noite em todo o Planeta. Isso só ocorre em dois
dias do ano, com exceção do Equador, onde o Sol incide perpendicular todos os
dias do ano. Os Equinócios representam o início da Primavera e do Outono, ocor-
rendo sempre nos dias 20 ou 21 de março e 23 de setembro. Vale lembrar novamente
que as estações do ano são inversas de hemisfério para hemisfério.
Vale frisar ainda que, durante os solstícios, o Sol atinge o chamado Zênite,
ponto mais alta da esfera celeste, formando um ângulo perpendicular com o obser-
vador. Isso só ocorre entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, pois são os pontos
máximos em que o sol incide de forma perpendicular. Nesse ponto, a dispersão de
energia solar é menor, fazendo com que as regiões entre os trópicos possuam tem-
peraturas médias mais elevadas. Essa diferença de distribuição de energia solar sobre
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a superfície terrestre, devido a inclinação do eixo terrestre e do movimento de trans-
lação da Terra, além de definir os Solstícios Equinócios (estações do ano), também
define as zonas térmicas do Planeta.
Vídeo explicativo sobre Solstícios e Equinócio. A dinâmica do vídeo permite ao aluno uma
melhor visualização e compreensão do assunto. Assista em: https://bit.ly/38rOYhK. Acesso
em: 11 fev. 2020.
28
Acesso em: 11 fev.
2020.
A orientação terrestre, feita através do Sol, da Lua ou das estrelas ajudou muito
o ser humano a conseguir se locomover e se orientar no espaço, porém não definia
com precisão nenhum ponto sobre a superfície terrestre. Para isso, foi necessário
avançar, principalmente com ajuda da matemática, na construção de uma rede de
coordenadas cartesianas adaptadas a um plano, que ficou conhecida como Coor-
denadas Geográficas.
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Segundo o IBGE, Coordenadas Geográficas são “valores numéricos através
dos quais podemos definir a posição de um ponto na superfície da Terra, tendo como
ponto de origem para as latitudes o Equador e o Meridiano de Greenwich para a
origem das longitudes. ”
30
qualquer ponto da Terra em relação a linha do Equador, variando de 0º a 90º graus.
Além do Equador, outros quatro paralelos também recebem nome e são im-
portantes na definição das zonas térmicas da Terra. Os Trópicos de Câncer e de Ca-
pricórnio, respectivamente em 23º27’ norte e 23º27’ sul. Entre esses paralelos situa-se
a Zona Intertropical, região com as temperaturas médias anuais mais elevadas por
receber, pelo menos em dois dias do ano, os raios solares de forma perpendicular.
Nessa região não são percebidas as quatro estações do ano, mas apenas verão e
inverno.
Outros dois paralelos importantes são o Círculo Polar Ártico e o Círculo Polar
Antártico, situados em 66º33’ Norte e Sul, respectivamente, definindo o ponto máximo
do Planeta em que se tem insolação os 365 dias do ano. A partir dos círculos polares,
ter-se-á as chamadas noites e dias polares. Essa região é chamada de Zona Polar.
31
Figura 11: Zonas Climáticas
Figura 12: Incidência dos raios solares por zona térmica da Terra
Diferente dos paralelos, os meridianos são linhas imaginárias que cortam o Pla-
neta na vertical (longitudinalmente), de polo a polo. O Meridiano Zero, ou de origem,
é o Meridiano de Greenwich (Figura 12), que passa na cidade de Londres e divide o
planeta em dois hemisférios, Leste e Oeste.
32
Longitude é a distância em graus, de qualquer ponto da Terra em relação ao
Meridiano de Greenwich, apresentando uma variação entre 0º e 180º Leste e Oeste.
O cruzamento entre um paralelo e um meridiano forma a chamada coorde-
nada geográfica, que será dada em latitudes e longitudes e representada através
de graus e hemisférios. Por exemplo, o mapa a seguir fornece as Coordenadas Geo-
gráficas globais estabelecidas a partir da combinação das latitudes e das longitudes.
No site do IBGE você encontrará vídeos e resumos sobre vários assuntos de cartografia,
ajudando na visualização e aprendizagem de alguns conteúdos. Disponível em:
https://bit.ly/3kac4fj. Acesso em: 11 fev. 2020.
33
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (UFPR) - “Se olharmos para o céu numa noite clara sem lua, os objetos mais brilhan-
tes que vemos são os planetas Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Também percebe-
mos um número muito grande de estrelas que são exatamente iguais ao nosso Sol,
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embora muito distantes de nós. Algumas dessas estrelas parecem, de fato, mudar
sutilmente suas posições com relação umas às outras, à medida que a Terra gira
em torno do Sol.” (HAWKING, S. W. Uma breve história do tempo: do Big Bang aos
Buracos Negros. Trad. de Maria Helena Torres. Rio de Janeiro: Rocco, 1988. p. 61.)
35
Os ângulos de incidência dos raios solares sobre a superfície da Terra, demonstra-
dos nas figuras, apresentam duas situações distintas, que caracterizam os solstícios
e os equinócios. Em ambas as figuras, o ponto A representa uma cidade sobre a
Linha do Equador, ao meio-dia. A Figura 2 mostra a incidência do Sol três meses
após a situação ilustrada na Figura 1.
A Figura 1 representa o:
36
3. (UFPE - adaptada). Observe as proposições abaixo, tomando por referência o
mapa do Nordeste.
São corretas:
a) I.
b) II.
c) II e III.
d) I e II.
e) I, II, III.
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4. (PUC-RS) Responder à questão com base no gráfico, que representa parte das
Coordenadas Geográficas
O ponto antípoda de B é:
a) 3o de latitude Norte e 2o de longitude Oeste.
b) 87o de latitude Sul e 2o de longitude Oeste.
c) 3o de latitude Norte e 178o de longitude Oeste.
d) 2o de latitude Sul e 177o de longitude Leste.
e) 3o de latitude Sul e 4o de longitude Leste.
5. Observe o mapa.
Suponha a realização de uma viagem de automóvel de Belo Horizonte a Luz, com
a partida marcada para às 15h de um dia ensolarado, na véspera do Natal. Nessa
viagem, com duração aproximada de duas horas e trinta minutos, o motorista irá
receber mais intensamente os raios solares:
38
a) De frente e à sua esquerda.
b) De frente e à sua direita.
c) Pelas costas e à sua esquerda.
d) Pelas costas e à sua direita.
e) Em cima do carro
39
8. (UTFPR) Durante a Translação da Terra e em função da sua obliquidade e esferici-
dade, o ângulo de incidência dos raios solares se modifica durante o ano. Assinale
a única alternativa correta sobre os fenômenos observados quando ocorrem os
equinócios durante o ano.
a) A incidência do Sol é vertical sobre o Equador e mais oblíqua perto dos polos.
b) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de Câncer e oblíqua no Equador.
c) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de Capricórnio e oblíqua na lati-
tude 23ºS.
d) A duração do dia é maior que a duração da noite no Hemisfério Sul.
e) A duração do dia é menor que a duração da noite no Hemisfério Sul.
40
FUSOS HORÁRIOS UNIDADE
3.1 INTRODUÇÃO 03
O tema “fusos horários” é muito importante na atualidade, principalmente
com o avanço dos sistemas de transportes e comunicações que consolidaram o pro-
cesso de globalização.
Compreender que os países possuem fusos diferentes ajuda o aluno a enten-
der as variações de horários e, consequentemente, de funcionamento de bancos,
bolsas de valores, instituições públicas, comércios, dentre outros, mundo a fora.
Deve-se ainda levar em conta os crescimentos dos fluxos populacionais pelo
mundo, seja para turismo, trabalho ou fixar residência em outros territórios. Hoje em
dia, quase toda família possui um parente ou conhecido que ficou residência em
outros países, com os quais se comunicam.
Mas não foi sempre assim, pois, no passado, as pessoas raramente se desloca-
vam ou saiam das regiões em que tinham nascido, portanto, conhecer os fusos horá-
rios era quase que um desperdício de tempo, uma vez que esse conhecimento difi-
cilmente seria usado pela maioria da população. Prova disso é que a preocupação
em se criar um sistema oficial de variações de horas ao redor do mundo, com base
no movimento de rotação da Terra e de radiação solar, só surge pós 1ª revolução
industrial, pois o avanço das máquinas a vapor, com destaque para as locomotivas,
diminuiu o tempo gasto para cruzar grandes distâncias continentais.
Nesse capítulo você vai estudar sobre os fusos horários mundiais e também a
variação dos fusos brasileiros, aprender como calcular as diferenças e como essa
questão pode interferir no dia a dia do país. Aprenderá ainda sobre o horário de ve-
rão, que funcionou no Brasil desde a década de 1930 e que acabou em 2019, através
de decreto do presidente Jair Bolsonaro.
41
3.2 FUSOS HORÁRIOS
42
Figura 14: Fuso horário civil
43
Dentro desse contexto, quando maior for o território de um país de leste para
oeste, mais fusos horários diferentes ele possuirá, o que influenciará na integração
econômica e social do país. Observe que as horas apenas variam quando se mudam
as longitudes, ou seja, se duas cidades estão em mesmas longitudes, mas em latitudes
diferentes, mesmo que em hemisférios diferentes, a hora legal dessas cidades serão
as mesmas.
Na realidade existem três tipos de horas diferentes, a solar ou verdadeira, a
legal e a oficial. A hora solar ou verdadeira está relacionada ao movimento aparente
do Sol, definida pelo meio dia, quando o Sol está a zênite, sendo assim, cada lugar
terá uma hora diferente, mesmo que apenas por alguns milésimos de segundo.
A hora legal está relacionada ao Meridiano de Greenwich, que é o padrão
internacional definido em 1884, onde a cada faixa longitudinal de 15º têm-se uma
hora definida. Dentro desse conceito, todas as cidades e localidades situadas dentro
do mesmo intervalo terão a mesma hora legal.
A hora legal será dada pelo Meridiano Central de cada fuso, que será sempre
um múltiplo de 15º.
Finalmente têm-se a hora oficial, que é a hora adotada por cada país, o que
nem sempre respeita a hora legal. No século XXI, o Brasil, por exemplo, chegou a
mudar seu fuso oficial, quando entre 2008 e 2013 teve apenas 3 fusos, voltando a ter
4 fusos a partir de 2014, após plebiscito realizado pelo Estado do Acre.
Para se saber a hora oficial de um determinado lugar ou país é necessário
consultar um mapa para se descobrir a posição oficial determinada pelo governo e
congresso desse país.
Já quando se busca conhecer a hora legal ou de Greenwich, o aluno deverá
utilizar-se de cálculos matemáticos e de algumas regras pré-definidas. Primeiro de-
verá saber que cada 15º de longitude representa 1 hora ou 60 minutos, pois se o Pla-
neta tem 360º, divididos pela quantidade de fusos, que são 24 (representando 24 ho-
ras do dia), têm se como resultado 15º, ou seja:
A linha internacional de data (LID, Vide Figura 16) é representada pelo meridi-
ano de 180º, que corta de norte a sul o Oceano Pacífico, entre a Ásia e as Américas.
Por convenção internacional, esse meridiano determina a mudança do dia, ou seja,
o dia no mundo pode mudar de duas formas diferentes, seja pela diferença do dia e
da noite, associada ao movimento de Rotação da Terra ou por que se atravessou a
LID.
Ao ultrapassar essa linha, exatamente no ponto em que ela se localiza, deve-
se alterar a data para o dia anterior (a leste) ou seguinte (a oeste) à partida.
45
A mudança de datas ocorre da seguinte maneira: ao se fazer uma viagem
no sentido Oeste-Leste (mesmo sentido da rotação da Terra) se ganha um dia no
calendário, ou seja, no momento em que se cruza a linha tem-se uma imediata mu-
dança de data. Na verdade, não se deixa de viver 24 horas, apenas, o viajante que
estava em um dia 30, por exemplo, ao cruzar a linha no sentido Leste passa imedia-
tamente para o dia 31. Em contraposição, quando se viaja no sentido Leste-Oeste e
ultrapassa-se a LID, há a mudança de um dia, ou seja, do 31 para um dia 30.
Texto extraído do livro “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, de Júlio Verne, é uma
ilustração clássica de como a mudança de datas pode interferir nas nossas vidas.
Afinal foram apenas 79 dias! “Aposto vinte mil libras, seja contra quem
for, que darei a volta à Terra em oitenta dias ou menos. ... sendo hoje
quarta-feira, 2 de outubro, tenho de estar de volta a Londres, a este
mesmo salão do Reform-Club, em 21 de dezembro, sábado, às oito e
quarenta e cinco da noite. ” ... houve, porém, demoras forçadas, e
quando o gentleman desembarcou, enfim, no seu destino, todos os
relógios de Londres marcavam dez minutos para as nove da noite.
Concluída a volta ao mundo, Phileas Fogg chegava com cinco minu-
tos de atraso! Em resumo: perdera a aposta! ... “O Sr. enganou-se num
dia! Nós chegamos 24 horas adiantados; mas só temos 10 minutos”.
“Sem dar por isso”, Phileas Fogg ganhara um dia no seu itinerário, uni-
camente porque dera a volta ao mundo caminhando para leste, dia
que, pelo contrário, perderia se fosse em sentido inverso, quer dizer,
marchando para oeste (VERNE, 1982).
46
Figura 15: Fusos horários do Brasil
Até julho de 2008, o Brasil possuía 4 fusos horários. Entretanto, a partir dessa
data, o país passou a ter 3 fusos por determinação do Presidente Luís Inácio Lula da
Silva, que justificou sua decisão em mudar a hora oficial do país alegando que facili-
taria a integração econômica do Brasil. Porém, o Acre, que teve o fuso (75ºO) inte-
grado do fuso da amazônica (60ºO) reivindicou o retorno do 4º fuso, alegando que
a mudança anterior provocava prejuízo aos alunos e crianças, que acordavam e iam
para a escola ainda com o dia escuro. Em novembro de 2013, o antigo fuso horário,
vigente no Acre e no sudoeste do Amazonas, foi restabelecido após um plebiscito, e
o país voltou a ter 4 fusos.
É importante observar que os fusos brasileiros não obedecem aos meridianos
limítrofes originais, pois são ajustados de acordo com as conveniências regionais.
1º Fuso, também conhecido como fuso –2h (menos duas horas) em relação à
hora de Greenwich ou 30ºO. Fazem parte deste fuso as ilhas oceânicas de Fernando
de Noronha, Martin Vaz e Trindade, o Atol das Rocas, os Penedos de São Pedro e São
Paulo. Por abarcar apenas as ilhas brasileiras, esse fuso é chamado de Fuso Oceânico
Brasileiro.
2º Fuso, também conhecido como fuso –3h (menos três horas) ou 45ºO. É o
principal fuso do país, conhecido também como fuso de Brasília, representando a
hora oficial do país. Todos os estados das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, mais os
47
estados de Goiás e o Distrito Federal, além de Tocantins, Pará e Amapá na região
Norte.
3º Fuso, fuso –4h (menos quatro horas) ou 60ºO. Compreende os estados de
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no Centro-Oeste, Roraima, Rondônia e quase todo
o estado do Amazonas na região Norte.
4º e último Fuso, conhecido também como –5h (menos cinco horas) ou 75ºO.
É o fuso do Acre e do sudoeste do estado do Amazonas, abolido em 2008 e reimplan-
tado em 2014, após plebiscito.
48
pretendia acabar com horário de verão. A aplicação do horário de verão resultava,
no passado, em maior economia de energia elétrica, quando mais pessoas tinham
um horário de trabalho tradicional, chegando em casa no início da noite, e ligando
a iluminação e aparelhos elétricos em seus lares, e criando um pico de demanda.
Hoje, o uso de equipamentos de ar condicionado durante o dia (em especial
nas tardes ensolaradas e quentes de verão) mudou a curva de consumo, colocando
o pico no período do meio da tarde. Em março de 2017, quando foi apresentado o
resultado de economia do horário de verão 2016/2017, o governo decidiu repensar
a aplicação da medida. Os órgãos que participam do Comitê de Monitoramento do
Setor Elétrico (CMSE) decidiram fazer uma pesquisa em outros países para saber se
há evidências sobre a efetividade do horário de verão nesse novo perfil de consumo.
A consulta a outros 15 países trouxe um resultado interessante: na maioria deles, não
há avaliação que justifique a efetividade do horário de verão do ponto de vista da
economia de energia. Segundo ata da reunião do CMSE de maio, a consulta apon-
tou que na maioria dos países a adoção da medida “está muito mais relacionada
ao costume da população”.
Em abril de 2019, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto onde encerra o
ciclo do horário de verão no Brasil, utilizando como justificativa os estudos realizados
em 2016 e 2017, além de alegar trazer males ao ciclo biológico da população.
49
50
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (UFPE) Observe:
I. 1 - Pelo sistema de fusos horários, o globo terrestre foi dividido em 24 fusos, cada
um equivalendo a 15º no sentido das longitudes.
II. 2 - O equador é o círculo máximo que marca o início da contagem das horas.
III. 3 - Quando o Meridiano de Greenwich marcar 19 horas, hora legal, num ponto
situado a uma longitude de 30º w, a hora legal será de 21 horas.
IV. 4 - O Brasil possui 4 fusos horários, todos situados ao oeste de Greenwich.
V. 5 - Um avião ao cruzar a linha internacional (da data), no sentido oeste-leste,
retrocede 1 (um) dia no calendário.
a) 120º Oeste.
b) 120º Leste.
c) 150º Leste.
d) 150º Oeste.
e) 180º Oeste.
51
b) 60°Oeste e 60°Leste.
c) 29°30’Oeste e 58°30’Leste.
d) 45°Oeste e 45°Leste.
e) 52°30’Oeste e 127°30’ Leste.
a) 18h30min da quarta-feira.
b) 19h30min da quarta-feira.
c) 22h30min da quarta-feira.
d) 00h30min da quinta-feira.
e) 02h30min da quinta-feira.
52
6. O Brasil possui uma relativa diversidade em termos de horas legais, ou seja, aqueles
horários oficialmente adotados para as diferentes localidades. Essa característica
pode ser explicada por um fator territorial brasileiro e um aspecto geofísico da
Terra, que são, respectivamente:
7. Por volta das 9 horas do dia 11 de setembro de 2001, o mundo assistiu atônito aos
ataques terroristas às Torres Gêmeas do “World Trade Center”, na cidade de Nova
York, localizada a 74° de longitude oeste de Greenwich. Tem-se apontado, como
o autor intelectual dos ataques, o saudita Osama Bin Laden, que se encontra es-
condido no Afeganistão. A diferença horária entre a cidade de Cabul, no Afega-
nistão, e a cidade de Nova York, nos EUA, é de +9h30min.
53
Sabendo que a região afetada pelo terremoto citado na reportagem acima se
situa na longitude de 135º Leste, podemos dizer que, no horário de Brasília (45º
Oeste), o incidente ocorreu às:
54
ESCALA UNIDADE
4.1 INTRODUÇÃO
04
A Escala é um importante atributo dos mapas, pois representa o quanto o es-
paço geográfico ou parte dele foi reduzido para caber no local onde foi represen-
tado. Isso é essencial para compreender o tamanho real dos elementos representa-
dos e poder compará-los. É um tema muito trabalhado em Geografia e Matemática,
com presença continua em provas de vestibulares e concursos.
Sem a escala é impossível interpretar com precisão os mapas e seus elemen-
tos, sendo, portanto, uma ferramenta essencial na compreensão e interpretação do
espaço lido através do olhar e das análises de outra pessoa. Nesse capítulo o aluno
trabalhará os conceitos básicos e tipos diferentes de escala, além de aprender como
calcular e aplicá-la a situações do dia a dia.
4.2 ESCALA
55
A definição da escala vai depender sempre do objetivo do cartógrafo, do ní-
vel de detalhamento que necessita e, principalmente, do espaço (normalmente fo-
lha de papel) que possui para representar o real. Normalmente a escala é represen-
tada de forma numérica ou gráfica. A escala numérica é representada por números
em forma de fração ou proporção (1:1.000.000), sendo muito utilizada para cálculos
matemáticos.
56
Figura 18: Exemplos de escala gráfica
Exemplo:
1:10 = 0,1 A escala 1:10 é maior que a escala 1:100, pois o resultado da divisão é
maior, possuindo também um nível de detalhamento maior. O tamanho
1:100 = 0,01 do denominador é sempre inverso ao tamanho da escala e nível de de-
talhamento.
57
Figura 19: Mapas em Escala
A figura maior (Figura 19) tem uma escala pequena, por isso, menor nível de
detalhamento e um denominador maior (escala 1:25.000.000), diferente do mapa
menor, que possui uma escala grande escala, maior nível de detalhamento e, con-
sequentemente, denominador menor que do outro mapa (escala 1:4.000.000).
A escala cartográfica pode ser representada pela fórmula (1):
58
Figura 20: triângulo nos cálculos de escala cartográfica
1. Em um mapa no qual a escala é de 1: 100 000, a distância em linha reta entre duas
cidades é de 8 cm. Qual a distância real entre essas cidades?
a) 8 km.
b) 80 km.
c) 800 km.
d) 8000 km.
Nesse caso, você coloca o dedo sobre o “D” e terá (D = E x d) isto é, uma
multiplicação entre a escala usada no mapa “E” e a distância representada no
mapa “d”.
D=Exd
D = 1: 100.000cm x 8 (cm)
D = 800.000 (cm)
59
Agora, é só convertermos 800.000 de centímetros em quilômetros.
É só cortar 5 zeros: Veja: 800 000 cm. Fica: 8km
2. Considerando que a distância real entre duas cidades é de 120km e que a sua
distância gráfica, num mapa, é de 6cm, podemos afirmar que esse mapa foi pro-
jetado na escala:
a) 1: 1.200.000.
b) 1: 2.000.000.
c) 1: 12.000.000.
d) 1: 20.000.000.
e) 1: 48.000.000
E = D/d
E = 120km /6(cm)
E = 20km
Agora, é só convertermos 20 km em centímetros.
É só acrescentar 5 zeros: Fica: 1: 2.000.000
A alternativa correta é a letra “b”
60
61
FIXANDO O CONTEÚDO
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.
Mapa 01 (1:50.000).
Mapa 02 (1:500.000).
62
d) O mapa 01 representa com maior riqueza de detalhes a área da RMF.
e) O mapa 02 é ideal para representar as ruas e quadras da RMF.
63
5. (UFGRS). Observe as figuras a seguir, que correspondem a uma sequência de re-
presentações cartográficas de um prédio de uma escola em um bairro qualquer.
Com base nas figuras 1, 2 e 3 e nos fundamentos da Cartografia, são feitas as se-
guintes afirmações:
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas II.
d) I, II e III.
e) Apenas I e III.
64
a) A escala numérica é representada por uma fração, em que o numerador corres-
ponde à distância em relação à superfície real, e o denominador, à unidade de
distância no mapa.
b) Uma escala grande representa áreas grandes com menor grau de detalhes e é
chamada de planta.
c) Escala gráfica é uma linha graduada, representando apenas um mapa, em que
a unidade da escala corresponde a 1 km.
d) As cartas estão representadas em 'escalas médias, com alto grau de detalha-
mento.
e) Representações em uma escala pequena, geralmente chamadas de mapas,
mostram áreas muito extensas, com poucos detalhes.
a) 30 km.
b) 45 km.
c) 75 km.
d) 90 km.
e) 150 km.
8. (ENEM) - Sabe-se que a distância real, em linha reta, de uma cidade A, localizada
no estado de São Paulo, a uma cidade B, localizada no estado de Alagoas, é igual
a 2 000 km. Um estudante, ao analisar um mapa, verificou com sua régua que a
distância entre essas duas cidades, A e B, era 8 cm. Os dados nos indicam que o
mapa observado pelo estudante está na escala de:
a) 1: 250.
b) 1: 2 500.
c) 1: 25 000.
d) 1: 250 000.
e) 1: 25 000 000.
65
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS UNIDADE
5.1 INTRODUÇÃO
05
POLÊMICA
PETERS (1973) / GALL
MERCATOR (1569)
- Questiona o Eurocentrismo;
Cada projeção representa com maior precisão uma latitude da Terra, porém
apresentando grandes deformações nas demais. O cartógrafo vai escolher qual uti-
lizará de acordo com suas necessidades e os objetivos que pretende atingir. Impor-
tante lembrar que toda representação do espaço tem um viés ideológico, mesmo
que este esteja implícito.
66
A forma mais usual de representar o Planeta é através de planisférios, ou seja,
representar uma superfície tridimensional em uma superfície plana, que só possui duas
dimensões. Essa diferença de dimensões faz com que nem todas as propriedades
(dimensões) da Terra possam ser representadas, principalmente a curvatura (p), ori-
ginando mapas com deformações e distorções.
O grande desafio da cartografia é representar a Terra em um plano com a
menor deformação possível, utilizando-se para isso de projeções cartográficas, que
nada mais são do que a representação dos paralelos e meridianos em uma superfície
plana.
Nessa unidade o aluno conhecerá os tipos de projeções cartográficas diferen-
tes e os pontos fortes e fracos de cada uma, pois não existe projeção perfeita, mas
sim a mais adequada para uma determinada realidade e objetivo, o que será defi-
nido pelo cartógrafo.
A representação da Terra que mais próximo chega da realidade não é um
planisfério, mas o globo terrestre. Porém ele também possui muitas limitações, uma
vez que possui uma escala muito pequena, não possibilitando um maior nível de de-
talhamento, além de ser redondo, o que não permite uma visualização de toda a
superfície ao mesmo tempo.
67
mapa. Essa projeção é importante para se comparar as áreas, mas apresentará, na
maioria das vezes, as formas dos continentes alongadas.
O último aspecto que pode ser preservado é a distância linear, mas que pro-
voca a distorção das áreas e das formas. Essa projeção é chamada de EQUIDISTANTE,
sendo considerada uma projeção geoestratégica, devido seu uso, principalmente
militar, na construção de sonares e de radares.
Além dessas projeções, ainda existe a projeção AFILÁTICA, que distorce os três
aspectos. Apesar de parecer contraditório, essa projeção é a que mais se aproxima
do real, pois ao distorcer um pouco de cada aspecto, evita que eles sofram defor-
mações em excesso, minimizando as distorções do conjunto.
68
5.2.2 Projeção Cilíndrica
Essa projeção utiliza como superfície um cilindro, que tangência o globo ter-
restre (ponto padrão) na linha do equador ou nas baixas latitudes, sendo por isso
mesmo ideal para representar os países que estão nas baixas latitudes, ou seja, pró-
ximo do Equador.
Suas maiores distorções ocorrem nos polos ou altas latitudes. Como resultado
dessa projeção, tem-se um mapa onde os paralelos e os meridianos são linhas retas,
formando entre si ângulos de 90º (perpendiculares).
Essa projeção foi muito utilizada durante as grandes navegações, principal-
mente porque, como paralelos e meridianos eram perpendiculares entre si, era mais
fácil traçar rotas de navegações mais retas.
Uma das projeções cilíndricas mais utilizadas na história, até os dias atuais, é a
projeção de Mercator, criada em 1569 e com uma visão eurocêntrica, pois além de
trazer a Europa no centro do mapa, ainda a coloca na parte de cima do mapa e
com uma área maior, proporcionalmente, do que realmente possui, valorizando o
continente no período das grandes navegações e de colonização.
A projeção de Mercator é conforme, pois mantem as formas reais dos conti-
nentes, mas distorce em excesso a proporção das áreas, desvalorizando África e
69
América do Sul, colônias de exploração nesse período.
70
Figura 23: Projeção de Peters
71
próximo dos trópicos, onde tangencia, sendo, portanto, ideal para representar países
de médias latitudes, ou zonas temperadas, onde estão EUA, Europa, China, Japão,
Austrália, dentre outros.
Essa projeção tem como fator limitante o fato de conseguir representar apenas
um hemisfério por vez, apresentando ainda as maiores deformações nos polos e pró-
ximo ao Equador. Nela os paralelos são curvos concêntricos e os meridianos são linhas
retas e que convergem em direção aos polos.
72
genciar qualquer parte do planeta, e quanto mais perto de seu centro (ponto pa-
drão), mais detalhados e com menos deformações serão os mapas.
Por ser uma projeção equidistante, que mantém as distâncias em linhas retas,
é muito utilizada em radares e sonares de aviões e equipamentos militares, exata-
mente, por isso, sendo também chamadas de geoestratégicas.
Essa projeção ainda é utilizada no símbolo da Organização das Nações Unidas
(ONU), pois por representar os polos, classificados com áreas internacionais, teorica-
mente, isso demonstraria neutralidade do organismo.
73
Fonte: Organização das Nações Unidas
5.2.5 Anamorfose
74
Apesar de existirem projeções mais famosas e mais usuais que outras, não se
pode afirmar que uma projeção é melhor, pois as qualidades dependem da neces-
sidade do cartografo. Pode-se então afirmar que cada projeção tem seu valor e uso
específico, sendo mais adequadas para um ou outro estudo, de acordo com o ob-
jetivo que se pretende.
75
FIXANDO O CONTEÚDO
a) A projeção azimutal fornece uma visão eurocêntrica do mundo e, por isso, ela não
é mais utilizada.
b) As distorções da representação, nas projeções cilíndricas, são maiores no Equador
e menores nos polos.
c) A Projeção de Peters é a única que não pretende privilegiar nenhum continente,
porque ela reproduz rigorosamente a realidade.
d) A Projeção Cônica só pode ser utilizada para representar grandes regiões, porque
as distorções são pequenas entre os trópicos, não representando, portanto, a rea-
lidade das áreas mapeadas.
e) As projeções cartográficas permitem que, na construção dos mapas temáticos, os
meridianos e os paralelos terrestres sejam transformados de uma realidade tridi-
mensional para uma realidade bidimensional.
76
O planisfério foi elaborado cartograficamente por meio da Projeção de Gall-Pe-
ters, concebida inicialmente por James Gall no final do século XIX e retomada por
Arno Peters a partir da metade do século seguinte, cujo contexto político-econô-
mico fortemente o influenciou para o desenvolvimento desse mapa.
77
a) Os meridianos e paralelos não se cruzam formando ângulos de 90°, o que promove
um aumento das massas continentais em latitudes elevadas.
b) Os meridianos e paralelos se cruzam formando ângulos de 90°, o que distorce mais
as porções terrestres próximas aos polos e menos as porções próximas ao Equador.
c) Não há distorções nas massas continentais e oceanos em nenhuma latitude, pos-
sibilitando o uso deste mapa para a navegação marítima até os dias atuais.
d) Os meridianos e paralelos se cruzam formando ângulos perfeitos de 90°, o que pos-
sibilita a representação da Terra sem deformações.
e) É a projeção mais próxima do real que existe, sendo por isso amplamente utilizada
durante as grandes navegações.
78
c) É uma projeção cuja principal qualidade está no respeito às formas dos continen-
tes, procurando representá-las com fidelidade, ao contrário das áreas que são
mostradas de maneira desigual, sendo maiores próximas aos polos e reduzidas na
faixa intertropical.
d) A disposição perpendicular da rede de paralelos e meridianos nesse mapa revela
que a Projeção de Gall-Peters é do tipo Azimutal ou Polar.
e) Peters, que retomou a elaboração dessa projeção durante o período da “Guerra
Fria”, procurou ressaltar no mapa, a partir da representação das dimensões das
áreas, a superioridade dos Estados Unidos sobre as demais porções do globo.
5. (MACK)
http://www.grida.no/prog/global/cgiar/images/twat.gif
79
6. (FUVEST) Sempre deixamos marcas no meio ambiente. Para medir essas marcas,
William Rees propôs um(a) indicador/estimativa chamado(a) de “Pegada Ecoló-
gica”. Segundo a Organização WWF, esse índice calcula a superfície exigida para
sustentar um gênero de vida específico. Mostra até que ponto a nossa forma de
viver está de acordo com a capacidade do Planeta de oferecer e renovar seus
recursos naturais e também de absorver os resíduos que geramos. Assim, por exem-
plo, países de alto consumo e grande produção de lixo, bem como países mais
industrializados e com alta emissão de CO2, apresentam maior Pegada Ecológica.
www.wwf.org.br. Acessado em 17/08/09. Adaptado.
Assinale a anamorfose que melhor representa a atual Pegada Ecológica dos dife-
rentes países.
a)
b)
c)
d)
80
e)
81
Com base na comparação entre essas imagens, conclui-se que o território das
Américas que tem a área mais ampliada com o uso da Projeção de Mercator é:
a) Brasil.
b) México.
c) Argentina.
d) Groenlândia.
e) Cuba.
82
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS E UNIDADE
06
SENSORIAMENTO REMOTO
6.1 INTRODUÇÃO
A cartografia, mesmo que não se perceba, cada dia está mais presente no
cotidiano das pessoas através de aplicativos e programas presentes em celulares,
computadores e automóveis. É uma ferramenta e uma tecnologia que veio para fi-
car e facilitar a vida da população, portanto, saber lidar com ela, reconhecer suas
convenções e manter seus dados atualizados é essencial.
As convenções cartográficas são usadas no mundo todo e, como uma nova
linguagem, permitem as pessoas, de certa forma, se comunicarem e conseguirem
chegar aonde pretendem.
As guerras trouxeram os satélites, que ampliaram nosso campo de visão do
Planeta, permitindo compreender fenômenos globais que antes só era possível en-
xergar e analisar parcialmente. Em seguida veio a revolução digital e a populariza-
ção das ferramentas de sensoriamento remoto e de monitoramento, como o GPS e
o Waze, ou mesmo as imagens do google maps, disponíveis para todos na rede mun-
dial de computadores.
Você, aluno, nessa unidade aprenderá mais sobre as convenções e seu uso e
compreenderá como o Sensoriamento remoto tem contribuído para o avanço da
humanidade em vários campos do conhecimento, de transportes a agricultura, pas-
sando por lazer e por questões militares.
83
Esses símbolos, que podem ser pontuais, lineares ou por área, são usados para
representar características de um determinado lugar, como rios, pontos turísticos, ma-
res, aeroportos, divisas de Estados, dentre outros. A maioria desses símbolos, normal-
mente, vem representado em legendas, expressando com clareza a mensagem do
mapa.
As variáveis são chamadas de qualitativas quando representam apenas a lo-
calização de determinados fenômenos ou acidentes geográficos, sem compará-los
hierarquicamente ou quantitativamente. Na realidade, pode-se afirmar que todo
mapa é qualitativo, uma vez que localiza no mapa o que se pretende.
Quando compara dados quantitativos, como por exemplo, fluxo de imigrantes
ou número de habitantes de cidades, classificando as baseadas nesse critério, o
mapa é quantitativo. É possível entender então, que o quantitativo está associado a
valores, números, quantidades, mesmo que o valor esteja implícito.
Finalmente, quando se ordena um determinado fenômeno, ou o hierarquiza,
tem se um mapa ordenado, que diferencia o símbolo de acordo com seu grau de
importância, como por exemplo, tipos de estradas (ruas, avenidas, rodovias estaduais
e rodovias federais).
Entre essas simbologias, representadas no início da unidade, uma das mais uti-
lizadas são as Isolíneas, que são curvas de mesmo valor, utilizadas em mapas topo-
gráficos, atmosféricos, meteorológicos e em cartas náuticas.
As principais isolineas são:
84
1- As linhas obrigatoriamente devem se fechar;
2- As linhas podem até se tocar, mas nunca se cruzarem;
3- Qualquer ponto em cima da linha tem a mesma medida;
4- As linhas são equidistantes, ou seja, aumentam ou diminuem utilizando o
mesmo intervalo;
5- Quanto mais próximas as linhas estão, mais íngreme é o terreno e quanto
mais distante, mais plano;
6- O ponto mais alto não é marcado pela última linha, mas pelo espaço em
branco que, por acaso, exista dentro dela.
85
Figura 29: Perfil Topográfico
86
Durante um tempo esta tecnologia esteve restrita apenas ao uso militar, sendo
os EUA um dos precursores, com o lançamento de vários satélites, principalmente
após 1960, com destaque para o Landsat, o NOAA e, posteriormente para o IKONOS,
o que possibilitou a exploração da superfície da Terra, um levantamento de dados
em um ritmo nunca visto antes, além da contribuição para várias áreas de conheci-
mento como agricultura, geologia, planejamento urbano, meteorologia, dentre ou-
tros.
87
do mundo para lançamento de satélites.
O Brasil também é o único país do Hemisfério Sul do Planeta que participou do
programa de construção da Estação Espacial Internacional, o que possibilitou o envio
de um astronauta brasileiro ao espaço, o Tenente Coronel da Força Aérea Brasileira,
Marcos César Pontes.
Além de satélites, o Sensoriamento remoto também pode ser feitos por radares
ou por aviões, com câmeras acopladas, o que é chamado de Aerofotogrametria.
Os radares são constituídos de sensores ativos que emitem ondas eletromag-
néticas através de antenas, capitando as de volta e transformando as em imagens.
A partir da década de 1970, durante os governos militares, o Brasil lançou o maior
projeto de levantamento de dados via radares do mundo, levantando inicialmente
o potencial econômico e as riquezas naturais da floresta amazônica e, posterior-
mente de todo o país. Esse projeto ficou conhecido como Radam Brasil.
A aerofotogrametria, na pratica, são fotos obtidas por meio de câmeras aé-
reas, de alta precisão, instaladas em baixo de uma aeronave, que se desloca por
uma faixa pré-determinada, com velocidade constante e fazendo fotos em interva-
los regulares. O elevado nível de precisão e rapidez, além da excelente orientação
espacial, fazem com que esse seja um dos meios mais utilizados de levantamento de
dados em todo o mundo.
Figura 30: Imagem de aerofotogrametria no Distrito Federal para ajuste de cobrança de IPTU
88
Fonte: Agência R2F (2016, online)
89
Leia mais entenda como foi a participação do Brasil (cheia de altos e baixos) na con-
trução da Estação Espacial Internacional, a ISS (International Space Station) e o envio
do prime (e único) astronauta brasileiro ao espaço. Link a seguir: https://bit.ly/3pnbCyb.
Acesso em: 23 fev. 2020;
Entenda como foi o surgimento do programa CBERS uma parceria inédita entre Brasil e
China no setor técnico-científico espacial. Disponivel em: https://bit.ly/2GMxfpX. Acesso
em: 23 fev. 2020;
Como visto nesta ultima unidade de seu livro didático, o O sensoriamento remoto é uma
tecnologia que obtém informações relacionadas a objetos, regiões ou fenômenos na
Terra sem contato físico com eles. Leia mais em: https://bit.ly/35h2lzG. Acesso em: 23
fev. 2020;
90
6.4 SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL - GPS
91
Figura 32: Funcionamento do GPS
"Google Earth na Sala de Aula" é um projeto educacional sem fins lucrativos que visa criar
as condições necessárias para a aplicação da nova tecnologia da geografia como fer-
ramenta de ensino para atrair alunos a aprender com as descobertas. Desta forma, quais
podem ser os benefícios extraídos deste projeto como ferramenta didática para o ensino
de cartografia e geografia? Reflita.
92
93
FIXANDO O CONTEÚDO
a) V, F, V, V.
b) V, V, V, F.
c) F, V, V, V.
d) V, V, V, V.
e) V ,V, F, F.
2. (Ministério do Turismo). As curvas de nível são linhas curvas fechadas obtidas a par-
tir da interseção de planos horizontais com a superfície de um dado terreno, como
exemplificado na figura a seguir. Todos os pontos pertencentes a uma dessas linhas
encontram-se no mesmo nível e, portanto, apresentam a mesma cota altimétrica.
Os planos de interseção são paralelos e apresentam a mesma distância entre dois
planos adjacentes. Essa distância recebe o nome de equidistância vertical. Se-
gundo seu traçado, as curvas de nível classificam-se em mestras, representadas
por traços mais espessos, e cotadas, sendo normalmente múltiplas de 5 ou 10 m;
intermediárias, quando múltiplas da equidistância vertical e não são linhas mestras;
e curvas de meia equidistância, cuja finalidade é a densificação de terrenos muito
planos.
94
Com relação ao procedimento para representação de um terreno por meio de
curvas de nível, sua correta compreensão e suas recomendações normativas, as-
sinale a alternativa correta.
95
I e II. Analise este mapa, em que está indicada a localização desses acampamen-
tos, bem como outros elementos que compõem a paisagem da região percorrida
pelos escoteiros:
96
A origem do sensoriamento remoto vincula-se ao surgimento da fotografia aérea.
Assim, a história do sensoriamento remoto pode ser dividida em dois períodos: um,
de 1860 a 1960, baseado no uso de fotografias aéreas, e outro, de 1960 aos dias
de hoje, caracterizado por uma variedade de tipos de fotografias e imagens. O
sensoriamento remoto é fruto de um esforço multidisciplinar que integra os avan-
ços da Matemática, Física, Química, Biologia e das Ciências da Terra e da Com-
putação. A evolução das técnicas de sensoriamento remoto e a sua aplicação
envolvem um número cada vez maior de pessoas de diferentes áreas do conhe-
cimento.
97
imagens, pois a técnica por si mesma fornece instrumentos que facilitam a identi-
ficação e extração de informações para posterior interpretação.
e) A transformação de imagens em dados que possam representar informações úteis
está inteiramente realizada, uma vez que o sensoriamento remoto descarta a ne-
cessidade do especialista humano para identificar cada uma das classes de ob-
jetos passiveis de reconhecimento.
a) I, apenas.
b) I e III, apenas.
98
c) II, apenas.
d) I, II e III.
e) II e III, apenas.
7. (UFSM-RS). Os mapas podem mostrar algo mais do que apenas a posição do lugar,
isto é, podem fazer mais do que responder à questão “onde? ”
COELHO, Marcos A. e TERRA, Lygia. Geografia Geral: o espaço natural e socioeconômico. São Paulo:
Moderna, 2001. p. 24.
Escolha uma:
a) V, V, V.
b) V, F, V.
c) V, F, F.
d) F, F, V.
e) V, F, F.
8. (UFF) -Analise as afirmativas a seguir, que se referem a aspectos de natureza car-
tográfica.
99
sensoriamento remoto, utilizados no mapeamento do espaço geográfico.
II. As isoietas são linhas que unem pontos altimetricamente iguais e servem para
representar as variações existentes no relevo submarino.
III. As representações cartográficas de rochas, relevo e solos resultam, respectiva-
mente, em mapas geológicos, geomorfológicos e pedológicos.
a) Apenas II é verdadeira.
b) Apenas III é verdadeira.
c) Apenas I e II são verdadeiras.
d) Apenas I e III são verdadeiras.
e) I, II e III são verdadeiras.
100
O APARECIMENTO DA CIDADE NA UNIDADE
01
SOCIEDADE OCIDENTAL
101
influenciam na dinâmica populacional caracterizada por paisagens com muralhas,
torres e castelos.
Deste modo, o principal elemento que simbolizava a fundação das cidades
medievais são as muralhas, que delimitavam o espaço rural e o espaço urbano. Além
disso, estas muralhas tinham função de proteção contra futuras guerras e invasões,
além de facilitar o controle administrativo daquela região cercada, conforme ilus-
trado na Figura 1 (LE GOFF, 2006).
102
das cidades medievais.
Cabe destacar que estas cidades medievais tivessem semelhanças em rela-
ção as fortificações, marcadas por muralhas e torres, e por traços esculturais vertica-
lizados nas catedrais, conhecido como estilo gótico, conforme Figura 2. Contudo, es-
tas regiões urbanas tinham suas particularidades marcadas pela cultura e arte local
que contribuíram para a sua formação, ou seja, a combinação de elementos físicos,
culturais e sociais possibilitaram caracterizar a urbanidade do período medieval.
103
7.2 O RENASCIMENTO URBANO E AS CARACTERÍSTICAS DAS CIDADES
104
acordo com uma simetria e ordem estabelecida. Itália, Espanha e Portugal são al-
guns exemplos onde existiram estas cidades planejadas no período renascentista, e
que posteriormente se expandiu para algumas regiões africanas, conforme ilustrado
nas Figuras 3 e 4.
105
Fonte: Arquivo Virtual da Cartografia Portuguesa
106
FIXANDO O CONTEÚDO
1. De acordo com a forma de organização espacial na Idade Média, qual dos itens
a seguir melhor representa um lugar de poder econômico e político nas cidades:
2. Nesta unidade verificamos como as cidades foram se formando a partir das ca-
racterísticas de cada período histórico. Diante disso, qual alternativa poderia
contribuir para instigar o envolvimento dos alunos com esta temática?
107
e) Buscar se apoiar nos manuais e livros didáticos para aquisição e transmissão dos
conteúdos geográficos, pois são eles que direcionam os passos do aprendizado
gradual que ocorre em Geografia.
a) finalidade militar.
b) finalidade comercial.
c) finalidade religiosa.
d) finalidade turística.
e) finalidade estética.
108
e) Período de expansão do capitalismo comercial, valorização das artes e do co-
nhecimento científico, influenciando nos aspectos estéticos e culturais que pro-
porcionaram uma nova reconfiguração das cidades.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I, II e III.
a) São locais de prática comercial nos centros das cidades para o abastecimento
cotidiano dos seus habitantes.
109
b) Caracterizam-se por áreas exclusivas de câmbio e valorização das diversas moe-
das europeias.
a) Renascentista.
b) Bizantino.
c) Românico.
d) Gótico.
e) Barroco.
110
para a população devido à concentração do poder local.
III. No período de surgimento das cidades no período medieval e expansão comer-
cial na Europa ainda não havia universidades para a produção e difusão do co-
nhecimento científico.
a) I e II.
b) I e III.
c) I.
d) II.
e) I, II e III.
111
A INDUSTRIALIZAÇÃO E A UNIDADE
02
FORMAÇÃO DA SOCIEDADE
URBANA
112
Figura 5: Evolução histórica da industrialização
113
8.2 MUDANÇAS ESTRUTURAIS NO PAPEL DAS CIDADES
114
Com o aumento populacional que contribuiu para a expansão das cidades,
que nem sempre ocorria de modo organizado e planejado, ocorrendo uma ocupa-
ção dos espaços cada vez mais distantes dos núcleos urbanos centrais, no qual abri-
gavam tanto pessoas de maior poder aquisitivo, em casas com melhor estrutura em
espaços físicos maiores, em bairros de luxo, como assalariados que habitavam casas
menores, em bairros considerados mais pobres (SPOSITO, 1988).
Embora o nível de desenvolvimento industrial refletisse a prosperidade econô-
mica de uma cidade na Idade Moderna, estas aglomerações eram símbolo também
da falta de saneamento básico, que contribuía para proliferar algumas doenças, as-
sim como havia um descontrole da poluição atmosférica e dos resíduos gerados no
meio ambiente, devido à crescente produção industrial que não respeitava o ritmo
de desenvolvimento da natureza, conforme ilustrado na Figura 6.
115
116
FIXANDO O CONTEÚDO
a) Implantação de fábricas no espaço rural para evitar o êxodo rural e uma preocu-
pação com o desenvolvimento sustentável no campo.
b) Havia muitos trabalhadores nas fábricas para aumentar a produção têxtil, mas
pouco desenvolvimento técnico das máquinas sem investimento tecnológico.
c) O setor industrial interfere nas migrações em direção as regiões urbanas, na de-
manda da produção agrícola e na atividade comercial, ampliando a circulação
de mercadorias e pessoas.
d) A instalação gradativa de indústrias buscou preservar os locais de práticas comer-
ciais de produtos artesanais nos centros das cidades.
e) As poucas mudanças paisagísticas que ocorreram nas cidades contribuíram para
a manutenção dos valores culturais dos habitantes que não foram influenciados
pelo consumo em larga escala.
117
3. (Unemat - adaptado) – Veja as afirmações a seguir e depois assinale o item que
se refere às características do capitalismo industrial:
a) Somente I.
b) Somente II.
c) Somente III.
d) Somente II e III.
e) Nenhum dos itens anteriores.
118
principal fonte de energia para desenvolvimento industrial.
d) A primeira revolução industrial alterou diversos aspectos da paisagem das cidades
por meio do desenvolvimento da Informática, robótica, telecomunicações e mi-
croeletrônica em diversas regiões da Europa.
e) A industrialização tardia e pouco diversificada foi característica dos países desen-
volvidos localizados na Europa e América.
a) Nunca houve na história um tipo de sociedade industrial que não fosse nomeada
e produtivamente capitalista, ou seja, não há indústria em uma sociedade que
não seja capitalista, pois sempre buscam o lucro.
b) A industrialização se iniciou pela produção em pequena escala, localizada em
estabelecimentos fabris, com uso de maquinaria e pouca quantidade de mão de
obra, com o objetivo de atingir um mercado consumidor próximo.
c) A industrialização deve ser entendida como um processo gradual de beneficia-
mento da matéria-prima e que busca uma distribuição justa da riqueza adquirida.
d) A Inglaterra, Bélgica e Japão são considerados as nações pioneiras no processo
de industrialização.
e) O conceito de industrialização implica uma série de elementos específicos, como
as descobertas científicas e seu emprego nas atividades produtivas; uma combi-
nação entre as atividades de produção e de consumo; o mercado; a moeda
como instituições que norteiam a troca entre produtores e consumidores, etc.
119
e planejado evitando um grande número de migrantes nos espaços urbanos.
III. A industrialização dificultou uma hierarquia entre as cidades, pois todas tinham a
mesma função e importância econômica na Idade Moderna.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
7. “Uma das grandes invenções no século XVIII foi a máquina a vapor, tornando pos-
sível o uso da energia em todos os artifícios mecânicos, em quantidades maiores
do que qualquer outra coisa conseguiria realizar no passado. O mundo mudou
mais drasticamente (e mais rapidamente) do que em qualquer outra época desde
a invenção da agricultura, cerca de 10 mil anos antes.”
ASIMOV, I. Cronologia das Ciências e das Descobertas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993, p. 395.
120
e) Verificou-se nesta unidade, e por meio do texto, que a agricultura, se tornou um
obstáculo para o desenvolvimento da indústria com uma resistência da popula-
ção em migrar para as áreas urbanas.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
121
ANÁLISE DA CIDADE UNIDADE
03
CONTEMPORÂNEA
122
periféricas que se integram às áreas centrais através do intenso fluxo promovido por
diversas atividades econômicas no espaço urbano.
Diversos estudos buscam entender as aglomerações que ocorrem distantes
dos grandes centros urbanos, sendo um processo denominado como suburbaniza-
ção e que, embora possuam transportes públicos e tecnologias que integram estes
espaços residenciais e comerciais que se expandem principalmente no entorno de
rodovias e outros eixos viários, possuem uma relação de dependência com os espa-
ços centrais das cidades (HALL, 2011).
Algumas pesquisas indicam que este crescimento das cidades nas margens
das rodovias se iniciou em 1950 nos EUA, onde ocorreu uma rápida expansão da ur-
banização em algumas cidades que tiveram grande adensamento das suas bordas.
Este fenômeno de urbanização periférica, conhecido como edge city, posterior-
mente ocorreu também em outras regiões da América Latina nas últimas décadas
(GARREAU, 1991).
No Brasil, esta periferização foi marcada inicialmente pela rápida implantação
de conjuntos habitacionais ocupados por famílias de baixa renda. Posteriormente, a
paisagem da periferia ficou caracterizada pela construção dos chamados enclaves
fortificados, que são condomínios residenciais fechados com investimentos em segu-
rança, além de espaços de lazer e comércio próximos como a construção de shop-
ping centers.
Por outro lado, novos loteamentos fechados surgem sem considerar a impor-
tância da preservação de Áreas de Proteção Permanente (APP), conforme ilustrado
na Figura 7. O rápido crescimento dos empreendimentos imobiliários não respeita os
aspectos naturais de algumas bacias hidrográficas que são áreas lentamente degra-
dadas devido o crescente descarte irregular de resíduos no meio ambiente.
123
Fonte: TURCZYN (2019)
Deste modo, verifica-se que não existe um único elemento norteador de cres-
cimento como ocorria nas cidades medievais, com os castelos, ou com as cidades
industriais do período da Revolução Industrial. Por meio da estagnação urbana das
áreas centrais, há um fenômeno de crescimento das periferias e que, embora pos-
suam diversos problemas ambientais e sociais, são independentes e marcadas por
áreas residenciais, industriais e de lazer, conforme o interesse imobiliário e o Plano Di-
retor de cada cidade.
124
junto de cidades interligadas umas às outras pelo sistema de transportes e comuni-
cações. Inicialmente, as redes urbanas se estabelecem em algumas cidades de
maior desenvolvimento econômico, mas com o advento da globalização em todo
espaço geográfico e maior fluidez entre pessoas, transportes e mercadorias diversas,
a rede urbana adquire amplitude mundial.
As maiores redes urbanas do período contemporâneo estão localizadas em
regiões mais industrializadas e urbanizadas dos países desenvolvidos, como Estados
Unidos, Japão e Inglaterra por exemplo. São regiões nas quais ocorreram rápido de-
senvolvimento econômico e que hoje se concentram a sede de grandes empresas
multinacionais e que apresentam grande fluidez econômica.
Conforme a quantidade e complexidade de bens e serviços apresentados por
uma cidade, ocorre uma capacidade de atração ou influência de áreas vizinhas ao
redor. Deste modo, conforme o papel que a cidade desempenha como centro po-
larizador e as relações que as cidades estabelecem entre si configura uma hierarquia
urbana.
A hierarquia estabelecida no século XIX se baseava em um modelo rígido e
verticalizado, com uma cidade menor com mais dependência por outra cidade
maior, apresentando pouca fluidez para espaços fora desta área de influência de-
vido à dependência entre estas áreas urbanas, conforme o esquema clássico da Fi-
gura 5. Porém, a partir de 1970 ocorre uma nova configuração desta hierarquia ur-
bana (SANTOS, 1997).
Através da Revolução Técnico-científica e modernização dos transportes, as
cidades se tornaram mais independentes e não se relacionavam mais apenas com
a cidade mais próxima, mas com metrópoles que estão mais distantes, conectando
uma cidade local com várias outras metrópoles, de acordo com o esquema atual
da Figura 8. E assim, a população de cidades menores pode estar mais integrada aos
grandes centros urbanos por meio deste avanço tecnológico que interliga cidades
de tamanhos e características distintas.
125
Fonte: Santos (1997. p.55)
126
Neste contexto de hierarquia urbana, as cidades contemporâneas apresen-
tam maior conexão com metrópoles que apresentam um crescimento urbano des-
contínuo em seus núcleos urbanos. Esta nova morfologia urbana pode ser percebida
em mapas urbanos com diferentes densidades populacionais, conforme exemplifi-
cado no mapa de Campinas na Figura 9. Muitas vezes existem áreas periféricas com
expansões residenciais separadas por áreas de baixa ou nenhuma ocupação de-
vido à especulação imobiliária e os múltiplos usos do solo (TURCZYN, 2019).
127
e informações. Verificaremos no próximo capítulo como se articula estas relações en-
tre o espaço urbano e rural que passaram a assumir novos papéis nas últimas déca-
das.
A agricultura, que surgiu há cerca de 10 mil anos, é uma das mais antigas ati-
vidades humanas e contribuiu para a formação das primeiras sociedades sedentárias
no qual o homem começou a produzir seu próprio alimento. A história da agricultura
é marcada pelo desenvolvimento de técnicas para superar os desafios do ambiente
físico, como diferentes tipos de solos, climas, geologia por exemplo, e para abastecer
a demanda crescente da população que migrava gradativamente para os espaços
urbanos.
Nas últimas décadas, as atividades agrícolas praticadas no espaço rural tive-
ram interferência de novas tecnologias, no qual ocorreu a presença de um maior
número de máquinas agrícolas e menor quantidade de trabalhadores em determi-
nadas atividades manuais. Embora esta modernização do campo tenha gerado
maior produtividade, houve uma transferência de grande parcela da população do
espaço rural para as cidades em diversos países, como o Brasil.
A relação cidade-campo foi se alterando no decorrer do tempo histórico,
sendo algumas vezes de modo conflitante, como ocorreu no período medieval, e em
outros momentos foi mais pacífico, como na Idade Moderna por exemplo. Diversas
cidades com maior desenvolvimento econômico e industrial se caracterizam hoje por
serem o centro de tomadas de decisão e acumulação de riquezas, no qual seus in-
teresses penetram e interferem diretamente na configuração do espaço agrário (LE-
FEBVRE, 2011).
O espaço rural e o espaço urbano possuem suas especificidades e são com-
plementares, pois à medida que a cidade fornece maior tecnologia para o campo
ocorre maior produção de alimentos para suprir a demanda de cidades de diferen-
tes tamanhos. Porém, o projeto de expansão de uma cidade, delineado em um
Plano Diretor, deve considerar as áreas de biodiversidade presentes no campo e que
devem ser preservadas de modo que os recursos naturais não sejam contaminados
pelo excesso de poluição gerado em diversos pontos dos espaços urbanos.
Essa nova configuração do espaço rural foi denominada de “novo rural”, no
128
qual ocorreu o desenvolvimento e maior importância de novas atividades a partir da
década de 1980. Também é usado o conceito de pluriatividade para denominar a
diversificação das atividades produtivas dentro da mesma área ou da mesma pro-
priedade rural. Atividades de lazer e pequenos negócios foram transformados em
novas oportunidades de renda para novos empreendedores residentes nas cidades
e novas opções de trabalho para os habitantes de áreas rurais. Alguns exemplos des-
sas atividades no espaço rural foi a piscicultura, a criação de pequenos animais, a
fruticultura de mesa e o plantio de flores, conforme exemplificado na Figura 10.
Figura 10: Plantação de crisântemos em estufa em São José do Vale do Rio Preto (RJ).
Com a diminuição das áreas verdes e dos espaços de lazer nas cidades, incre-
mentou-se atividades rurais não agrícolas para explorar o turismo rural e satisfazer os
interesses da população urbana. Deste modo, surgiram atividades ligadas à moradia,
à prestação de serviços, ao lazer, dentre outras que buscavam uma melhor integra-
ção dos habitantes das cidades com as paisagens naturais presentes no campo. Um
exemplo disso são as construções rurais, seja de casas de luxo, como segunda mora-
dia das populações de mais alta renda em chácaras e sítios de lazer, seja de casas
populares para as populações de baixa renda, que buscam no meio rural uma forma
mais tranquila e barata de obter moradia.
Diversas estruturas são construídas no espaço rural, como hotéis fazendas e
parques voltados para as pessoas que buscam tranquilidade da vida agitada dos
grandes centros urbanos, além de locais com atividades direcionadas para aqueles
129
que buscam sair da rotina para vivenciar a prática de esportes radicais como tirolesa,
arvorismo, rapel e caminhadas em trilhas monitoradas. Podemos citar ainda o desen-
volvimento de atividades agroindustriais derivadas do processamento de produtos
agrícolas, como a fabricação de doces e geleias, açúcar mascavo, aguardente,
etc.
Diante destas transformações espaciais, verifica-se que as cidades pequenas
e médias se tornam a base de operações de agroindústrias, e as cidades grandes
são fornecedoras de implementos e tecnologia para a agricultura intensiva em um
campo modernizado. Esta modernização é acompanhada por alguns desafios,
como a crescente desigualdade social na cidade e no campo, os embates de dife-
rentes classes sociais em conflitos ainda não superados e uma visível segregação so-
cioespacial desencadeada por interesses diversos pelo uso e ocupação do solo
(ELIAS et al., 2016).
130
é um documento que deve ser obrigatório para cidades com mais de vinte mil habi-
tantes, no qual estabelece um diagnóstico dos empreendimentos ou atividades com
significativo impacto ambiental e estabelece um prognóstico para um desenvolvi-
mento mais harmonioso dos diversos espaços de uma cidade, por meio da participa-
ção da sociedade civil nos processos decisórios.
De acordo com a Lei 10.257 de 10 de julho de 2001, a política de desenvolvi-
mento urbano será referenciada pelo artigo 2º que possui as seguintes diretrizes:
131
XIV. regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por po-
pulação de baixa renda mediante o estabelecimento de normas es-
peciais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consi-
deradas a situação socioeconômica da população e as normas am-
bientais;
XV. simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do
solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos
e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;
XVI. isonomia de condições para os agentes públicos e privados na
promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de
urbanização, atendido o interesse social (BRASIL, 2001).
132
rança, por exemplo. Espera-se que haja mais investimentos para se colocar em prá-
ticas as metas estabelecidas nos planos diretores de cada cidade e em projetos para
difusão destas cidades inteligentes, com redução da desigualdade social.
133
FIXANDO O CONTEÚDO
134
mais independentes e não se relacionavam mais apenas com a cidade mais pró-
xima, mas são conectadas com diversas cidades no espaço globalizado.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
a) Nas últimas décadas, embora o espaço rural tenha se modernizado há uma inde-
pendência em relação às atividades do espaço urbano que não se integram e
continuam independentes.
b) O espaço rural adquiriu uma nova configuração nos últimos anos. Alguns exemplos
dessas novas atividades são a piscicultura, o ecoturismo, a fruticultura de mesa e
o plantio de flores.
c) Algumas atividades não contribuem para conectar os espaços rurais e urbanos e
um destes exemplos é a pouca oferta e demanda para explorar o turismo rural por
meio de empreendimentos como hotéis fazendas e aluguéis de chácaras.
d) O espaço rural e o espaço urbano possuem suas especificidades e são comple-
mentares, ou seja, o espaço urbano possui empresas que geram poluição, mas
que não afetam o espaço rural, pois ambos são considerados sustentáveis.
e) A relação cidade-campo foi se alterando no decorrer do tempo histórico, embora
na Idade Média e Moderna ocorreu pacificamente a integração entre estes es-
paços sem ocorrer conflitos de interesses.
135
a) O Plano Diretor é um documento que deve ser obrigatório para cidades com mais
de vinte mil habitantes, no qual estabelece um diagnóstico dos empreendimentos
com significativo impacto ambiental e estabelece metas para um melhor desen-
volvimento econômico das cidades.
b) A política de desenvolvimento urbano não garante uma gestão democrática por
meio da participação da população e de associações representativas dos vários
segmentos da comunidade pois as decisões são centralizadas só com o poder
municipal e estadual.
c) O estatuto da cidade não prevê a oferta de equipamentos urbanos e comunitá-
rios, transporte e serviços adequados aos interesses e necessidades da população,
pois estes geralmente são providenciados pelo poder privado.
d) Em relação ao uso e ocupação do solo, existe poucas medidas com vistas a per-
mitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacio-
nais para a população.
e) O estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) é um antigo documento utilizado
por empreendimentos do espaço rural para regularizar a poluição emitida, mas
que não é mais utilizado hoje em dia.
136
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
137
um dos itens que as tornam diferentes.
b) O aumento da procura por espaços para habitação em áreas de proteção am-
biental pelas populações pobres em cidades de países periféricos e emergentes,
gera a disseminação de ocupações irregulares, com a intensa degradação desse
meio ambiente.
c) O mercado imobiliário do Brasil, ao transformar a ocupação domiciliar em um pro-
duto, uma mercadoria, beneficia tanto as classes economicamente privilegiadas
como as menos favorecidas, através do acesso às áreas de melhor localização
que, geralmente, são dotadas de serviços de esgoto e água potável.
d) Um ambiente urbano ecologicamente equilibrado ocorre em alguns locais do Bra-
sil onde tanto as populações pobres como as economicamente privilegiadas vi-
venciam acesso à moradia de qualidade, o uso sustentável de seus recursos natu-
rais e a redução da poluição a níveis considerados aceitáveis.
e) Uma desigualdade espacial ocorre em diversas cidades do Brasil lentamente, de-
nunciando que as populações pobres têm sido submetidas a processos de segre-
gação voluntária, uma vez que são induzidas a deslocamentos para áreas nobres,
tendo como consequência a proliferação de doenças endêmicas.
A QUESTÃO URBANA
OBSERVANDO AS RELAÇÕES INTER
138
E INTRAURBANA, E OS UNIDADE
04
DESDOBRAMENTOS DESTAS
RELAÇÕES NA PRODUÇÃO E
REPRODUÇÃO DO ESPAÇO
URBANO
139
sempre teve um planejamento e investimento necessários para instalação de um sis-
tema de água, esgoto, drenagem urbana e coleta de lixo, sendo regiões carentes
de saneamento básico e sem preservação dos recursos naturais.
Embora algumas áreas periféricas existam condomínios fechados de alto pa-
drão, o que ocorre na maioria das vezes é um predomínio de uma população de
baixa renda em loteamentos irregulares, carentes de serviços básicos de infraestru-
tura e políticas públicas, sendo expostos a riscos ambientais, como alagamentos e
deslizamentos de terra por exemplo, no qual vai ocorrendo um acúmulo de diversos
problemas que contribuem para situações de vulnerabilidade socioambiental (ALVES
et al., 2009).
Para se entender melhor este processo de expansão urbana, que muitas vezes
ocorre de modo desordenado e sem a devida fiscalização, se busca o auxílio de
novas tecnologias como o sensoriamento remoto e o geoprocessamento que contri-
buem para mapear e mostrar os detalhes de crescimento das cidades. Deste modo,
órgãos públicos e privados podem coletar informações de locais com maior degra-
dação do meio ambiente, principalmente em áreas periurbanas, ou seja, zonas de
transição entre o espaço urbano e rural onde ocorre um aumento populacional com
o uso diversificado do solo devido este crescimento das cidades (PARKINSON; TAYLER,
2003).
Um dos maiores problemas destes locais de vulnerabilidade socioambiental
em áreas periurbanas nos países em desenvolvimento ou emergentes é a necessi-
dade de consumo de água não tratada e a falta de saneamento básico. Em alguns
casos, existem moradias com esgoto a céu aberto e águas residuais misturadas com
efluentes industriais despejadas em terrenos próximos que contribuem para a prolife-
ração de doenças, conforme ilustrado na Figura 11.
140
Fonte: Parkinson;Tayler (2003)
141
Fonte: Amaral (2009)
142
sidades e centros de pesquisa que possuem mão de obra qualificada para o desen-
volvimento em áreas de alta tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento e o
melhoramento de produtos. Temos como exemplo os polos tecnológicos de Campi-
nas, estado de São Paulo, localizados em bairros periféricos, próximos à Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), e com fácil acesso por diversas rodovias do es-
tado.
Em algumas cidades, as áreas periféricas são destinadas com finalidades turís-
ticas atraindo pessoas que buscam uma fuga de seu trabalho e em busca de lazer e
entretenimento. Um exemplo é a cidade de Aquiraz, no litoral cearense, no qual ocor-
reu a apropriação de uma bela paisagem natural para se tornar um espaço turístico
de lazer, com a instalação de hotéis, resorts e parques aquáticos. Embora haja maior
valorização e infraestrutura urbana é preciso considerar a formação de espaços de
exclusão social e sem a devida preocupação com a preservação ambiental (CORI-
OLANO; BARBOSA; SAMPAIO, 2010).
A relação entre segregação residencial e a periferização ocorre em diversas
cidades do Brasil e do mundo. São marcadas por habitações carentes de infraestru-
tura, no qual reside uma parte da população que não tem condições financeiras de
morar em áreas centrais, e em alguns locais predomina condomínios de alto padrão
para uma parcela da população que busca mais segurança e tranquilidade. As no-
vas funcionalidades presentes nestes espaços contribuem para acumulação de ca-
pital e oportunidades de emprego, mas reforçam estas desigualdades físicas e soci-
ais.
143
FIXANDO O CONTEÚDO
a) Embora nas últimas décadas do século XX tenha ocorrido grande êxodo rural, isto
não foi suficiente para a expansão de diversas cidades no Brasil que ainda conti-
nuam com crescimento estagnado.
b) O século XXI foi marcado por uma política agrária eficiente e incentivo aos produ-
tores rurais que tem melhorado suas condições de vida no campo.
c) A rápida urbanização de diversas metrópoles no Brasil foi caracterizada por atrair
maior população devido à concentração de diversas empresas comerciais, indus-
triais e bancárias no qual agregam diversos serviços.
d) A valorização de alguns loteamentos contribuiu para atrair uma população de
maior poder aquisitivo para as áreas centrais e expandir horizontalmente as cida-
des.
e) A expansão física das áreas urbanas interligou cidades vizinhas e este processo
ficou conhecido como conurbação, pois conectou espacialmente as cidades
médias e pequenas.
144
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
a) A expansão dos espaços periféricos das cidades contribui para uma homogenei-
zação destes espaços que costumam ter investimentos do setor privado e público.
b) Uma das novas funcionalidades do espaço urbano é agregar determinadas em-
presas que se instalam estrategicamente em uma cidade e se organizam em polos
tecnológicos ou tecnopolos, próximos a universidades e centros de pesquisa que
possuem mão de obra qualificada.
c) Em algumas cidades, as áreas periféricas são destinadas a finalidades turísticas,
atraindo pessoas que buscam lazer e entretenimento. Este fato contribui para mi-
nimizar a segregação social e evitar possíveis impactos ambientais.
d) As novas funcionalidades presentes nos espaços urbanos contribuem para agravar
o desemprego e reduzir os espaços residenciais em áreas periféricas da popula-
ção com maior poder aquisitivo.
e) A instalação de shopping centers em áreas centrais contribui para a valorização
destas áreas e inclusão da população carente com a geração de empregos.
145
III. A diminuição dos espaços verdes e a expansão física das áreas urbanas que inter-
liga cidades vizinhas ficou conhecido como periferização.
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
5. (UFPA – adaptado) No estudo das interações da sociedade com o meio físico de-
vem-se considerar fatores sociais, econômicos, tecnológicos e culturais que influ-
enciam na expansão do espaço urbano. Deste modo, pode-se concluir que:
6. (URCA - adaptado) Leia com atenção o trecho da letra da música de Luiz Gon-
zaga e responda à questão logo a seguir.
Pau de Arara
146
seu môço, do meu Bodocó
e o cadeado era um nó
a) Periferização.
b) Conurbação.
c) Êxodo Rural.
d) Metropolização
e) Favelização.
“O Brasil experimentou, na segunda metade do século XX, uma das mais rápidas
transições urbanas da história mundial. Ela transformou rapidamente um país rural
e agrícola em um país urbano e metropolitano, no qual grande parte da popula-
ção passou a morar em cidades grandes. Hoje, quase dois quintos da população
total residem em uma cidade de pelo menos um milhão de habitantes.
147
Adaptado de George Martine e Gordon McGranahan, “A transição urbana brasileira: trajetória, dificuldades e lições aprendidas”, em
Rosana Baeninger (org.), População e cidades: subsídios para o planejamento e para as políticas sociais. Campinas: Nepo / Brasília: UN-
148
c) o mercado imobiliário atual, ao transformar a ocupação domiciliar em um pro-
duto, uma mercadoria, beneficia tanto as classes economicamente privilegiadas
como as menos favorecidas nos grandes centros urbanos.
d) o século XXI tem sido marcado pelo surgimento de cidades sustentáveis no Brasil,
no qual tanto as populações pobres como as economicamente privilegiadas vi-
venciam acesso à moradia de qualidade, o uso sustentável de seus recursos natu-
rais e a redução da poluição a níveis considerados aceitáveis.
e) as desigualdades espaciais que ocorrem nas cidades médias denunciam que as
populações pobres têm sido submetidas a processos de segregação voluntária,
uma vez que são induzidas a deslocamentos para áreas nobres.
149
O DIREITO À CIDADE UNIDADE
150
As cidades tornam-se espaços cada vez mais mercantilizados no qual os meios
de comunicação influenciam nos hábitos culturais de determinados grupos sociais,
em que há uma tendência de gastarem mais tempo no trabalho do que com o lazer
nos grandes centros urbanos. A mídia influencia diferentes modos de vida em cada
indivíduo, que pode ficar alienado e perder um antigo estilo de vida em espaços de
produção capitalista que contribuem para uma homogeneização do consumo e cul-
tura.
Observa-se nos grandes centros urbanos o processo de ocidentalização, ou
seja, a grande tendência de padronização de hábitos culturais que se intensificou
em decorrência do avanço das tecnologias de informação. Temos como exemplo a
influência da literatura, do teatro e do cinema da Europa e dos Estados Unidos prin-
cipalmente. No entanto, existem movimentos antiglobalização para reforçar a impor-
tância da permanência das culturas locais e conseguir se opor à imposição e depen-
dência da cultura ocidental.
Em contrapartida, conforme verificado anteriormente, hoje existe uma hierar-
quia urbana mais flexível, e as cidade médias e pequenas se tornaram mais indepen-
dentes. Diante deste fato, se constata a permanência de alguns valores culturais e
uma identidade regional nestas cidades de menor porte e distantes dos centros
econômicos globais (DAMIANI, 2006).
Deste modo, analisar a configuração espacial e econômica de uma cidade
é um importante aspecto para se refletir sobre as influências externas, que podem
moldar as decisões sobre os diferentes estilos de vida e que podem ser transformados
bruscamente ou resistir as rápidas mudanças impostas pela globalização.
151
áreas urbanas têm se envolvido em movimentos sociais para reivindicar ao Estado o
investimento e implantação de serviços públicos essenciais para uma vida digna nas
cidades, como saneamento básico e espaços de lazer por exemplo. Desta forma,
cria-se espaços de resistência para que a cidade busque incluir e não excluir diversos
grupos sociais que também lutam pelo direito de vida digna na cidade (CORRÊA,
2004).
As favelas são um exemplo de espaço urbano no qual as pessoas residentes
possuem representantes que lutam constantemente por seus direitos e agregam ser-
viços essenciais ao longo dos anos. Um exemplo de melhoria são as favelas localiza-
das em algumas cidades da Colômbia que eram espaços marginalizados e domina-
dos por algumas facções e traficantes de drogas e após um período de transforma-
ções e luta por melhorias hoje se tornaram referência de espaços revitalizados e sus-
tentáveis graças a ação conjunta dos moradores e do Estado.
A taxa de urbanização do Brasil é superior a 80% e com o rápido populacional
nas grandes e médias cidades verifica-se um aumento da desigualdade entre aque-
les que possuem maior capacidade de compra por terras e agregam valor ao es-
paço privado e aqueles que lutam para se integrar nestes espaços e estão em per-
manente conflito na busca de seus direitos que nem sempre o Estado fornece.
Devido a interesses econômicos de grandes empresários o espaço urbano se
torna refém de uma constante especulação e valorização do solo que exclui os gru-
pos sociais com menor poder aquisitivo. Neste sentido, se torna importante a partici-
pação democrática de todos os indivíduos nos processos decisórios que envolvem
questões ligadas ao espaço urbano ou cobrar de seus representantes de modo que
seus direitos estejam assegurados e a prática da cidadania esteja presente.
O espaço urbano se transforma constantemente e todos os grupos sociais de-
vem compreender que são agentes deste processo para a construção de sua iden-
tidade de modo que os cidadãos tenham acesso a uma qualidade de vida digna
nas cidades no qual pertencem (RECHIA, 2015).
152
5.3 O direito a cidade na perspectiva da Agenda 2030 e os 17 ODS
153
ODS 10 - Redução das desigualdades. O ODS 10 discute sobre a redu-
ção da desigualdade social e econômica abordando diferentes pers-
pectivas dentro dos países e entre eles.
ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis. O ODS 11 visa tornar
as cidades sustentáveis e os assentamentos humanos inclusivos, segu-
ros e resilientes.
ODS 12 – Consumo responsável. O ODS 12 busca garantir padrões de
consumo e de produção sustentáveis.
ODS 13 – Combate às mudanças climáticas. Este ODS busca adotar
medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus
impactos.
ODS 14 – Vida debaixo da água. Conservar e usar de forma sustentá-
vel os oceanos, mares e recursos marinhos.
ODS 15 - Vida sobre a terra. O ODS 15 promover o uso sustentável dos
ecossistemas terrestres, combater a degradação dos solos e a perda
da biodiversidade.
ODS 16 – Paz, Justiça e instituições eficazes. Este ODS busca promover
sociedades pacíficas, reduzir a violência, proporcionar o acesso a jus-
tiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusi-
vas.
ODS 17 - Parcerias e meios de implementação. O ODS 17 buscar refor-
çar os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o
desenvolvimento sustentável (UNRIC, 2021).
154
155
Fixando o conteúdo
e) Buscar se apoiar na nova BNCC e nos livros didáticos para aquisição e transmis-
são dos conteúdos geográficos dentro da sala de aula, desconsiderando ativida-
des de campo, pois as cidades são muito violentas e deve-se evitar atividades
extracurriculares.
2. Leia frase abaixo e a seguir marque a alternativa que melhor preenche as lacunas:
156
a) Capitalismo comercial – burguesia.
b) Globalização – lucratividade.
c) Capitalismo financeiro – desigualdade social.
d) Metropolização – cidadania.
e) Globalização – desigualdade social.
a) Somente I.
b) I e II.
c) II e III.
d) I e III.
4. Nesta unidade discutimos sobre o espaço urbano e a cidadania. Sobre este tema,
157
marque o item correto.
158
É correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
6. (Enem - adaptado) “[…] Pensar mobilidade urbana vai muito além de restringir a
circulação de automóveis, ampliar o número de ciclovias ou de linhas de metrô,
de priorizar o transporte coletivo em detrimento do particular.
159
e) a redução dos problemas sociais, econômicos e ambientais nas áreas centrais e
periféricas.
Colaborar para que todos tenham direito a cidade, contribuindo para instalação de no-
vos espaços educativos para a prática da cidadania, inclusivos e eficazes para todos.
160
tanto falar e ser falado quanto ser visto são índices do desejo de "espelha-
mento" (SODRÉ, 2002).
161
AS METRÓPOLES, AS CIDADES UNIDADE
06
MÉDIAS E PEQUENAS
162
da elevação da temperatura de uma área urbana, e a intensificação da inversão
térmica, que ocorre quando uma camada de ar frio fica abaixo da primeira camada
de ar quente, retendo todos os poluentes, uma vez que não ocorre circulação de ar.
Os problemas climáticos e ambientais são comuns nas metrópoles, que são
cidades com uma complexidade de serviços, bens e funções, capazes de atender
as necessidades da população urbana ao seu redor. O elevado padrão de consumo
dos habitantes e o crescimento desordenado das metrópoles causam a degradação
ambiental e a ampliação do impacto dos desastres naturais.
Outra consequência da expansão urbana é a formação de megalópoles, que
ocorre quando duas ou mais metrópoles se expandem, aproximando-se umas das
outras. A primeira megalópole foi formada no nordeste dos Estados Unidos, ligando a
cidade de Boston a Washington. O Brasil ainda não possui uma megalópole, mas se
as metrópoles do Rio de Janeiro e São Paulo continuarem se expandindo poderá
ocorrer a formação deste fenômeno espacial.
As grandes aglomerações urbanas com população acima de 10 milhões de
habitantes são chamadas de megacidades, como São Paulo por exemplo. Outro
processo decorrente da rápida urbanização foi a formação das cidades globais que
apresentam uma concentração de atividades econômicas, políticas e financeiras e
um grau de influência sobre centros urbanos em outras partes do globo. Essa classifi-
cação não depende do número de habitantes da cidade, como ocorre em uma
megacidade, mas sim da variedade de serviços e infraestrutura de que ela dispõe,
podendo ser classificadas como alfa, beta e gama, conforme o nível de decrescente
de comando e poder de cada cidade global, que pode ser verificado na Figura 13.
Figura 13: Mapa-múndi com a localização das cidades globais e megacidades em 2015
163
Fonte: United Nations Population Division (2015)
164
Fonte: Henrique (2010)
165
A consolidação da rede urbana brasileira iniciou-se a partir da segunda me-
tade do século XX, conforme verificado na Figura 15, com o aumento do êxodo rural
e concentração da população urbana em algumas áreas metropolitanas que foram
se formando, principalmente na região Sudeste e próximo a algumas regiões litorâ-
neas do país onde estabeleceu intensa industrialização e urbanização (ANDRADE;
LODDER, 1979).
166
sobre a outra, de acordo com sua infraestrutura. Existem diversos estudos que mos-
tram alguns critérios para definir a hierarquia urbana, como número de habitantes,
poder decisório de gestão do território, capacidade de atrair empresas e articulação
com a economia global.
Na unidade 3 verificamos uma comparação entre a rede urbana clássica e a
atual. A partir das décadas de 1980 e 1990 ocorreu uma mudança gradual das redes
de cidades, que assumem novas funções econômicas e políticas no contexto da glo-
balização. Através de uma descentralização do poder econômico, estabelecido
nesta nova hierarquia urbana, as cidades pequenas e médias possuem maior auto-
nomia e cooperação com outros municípios horizontalmente, não dependendo das
grandes metrópoles na tomada de decisões e aquisição de recursos (VAZ; REIS, 2018).
Esta ausência de uma hierarquia rígida possibilitou uma menor burocracia e
um papel mais relevante para as cidades menores em suas gestões municipais, não
excluindo a relevância das cidades globais no cenário internacional. Deste modo,
ocorre maior fluidez entre pessoas, mercadorias e informações entre os diversos mu-
nicípios com funções distintas (econômicas, turísticas, industriais, comerciais ou agrá-
rias) para a formação de uma ampla rede de cidades no Brasil.
Assim, verifica-se que o que determina a relação hierárquica atual entre as
cidades não é seu tamanho populacional ou localização geográfica, mas sim uma
gestão participativa democrática, além da disponibilidade e acesso de recursos e
tecnologias que contribuam para um aumento do PIB e uma geração de renda equi-
tativa aos seus habitantes.
167
61% apresentavam população inferior a 10.000 habitantes. O estado apresenta ape-
nas 23 municípios com mais de 100.000 habitantes no qual se concentram as ativida-
des produtivas, principalmente do setor industrial e de serviços, responsável por mais
da metade do PIB do estado (BRITO; SOARES; FREITAS, 2004).
Os desequilíbrios regionais no estado de Minas Gerais são reflexos de uma con-
centração fundiária e intensa urbanização em determinadas áreas do estado onde
houve maior crescimento populacional a partir da segunda metade do século XX. O
espaço urbano começa a crescer e predominar sobre o espaço rural a partir do sé-
culo XVIII com atividades voltadas para a mineração, que contribuiu para uma nova
dinâmica social e cultural com o aumento de vilas e núcleos urbanos, sobretudo na
região central do estado (CUNHA, 2009).
A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) apresentou altas taxas de
migrações no período de 1970 a 1980, motivado pela expansão industrial em algumas
cidades como Betim e Contagem, apresentando crescimento populacional superior
à Belo Horizonte. O crescimento populacional nos municípios ao redor de Belo Hori-
zonte, principalmente a partir da década de 1980, contribuiu para uma nova dinâ-
mica espacial da região metropolitana e mudanças nos fluxos migratórios, como os
movimentos pendulares, no qual as pessoas se deslocavam para outras regiões urba-
nas por motivos de estudo ou trabalho e retornavam periodicamente para seus mu-
nicípios de origem (SOUZA; BRITO, 2006).
A área urbana de Belo Horizonte havia sido planejada para abrigar a popula-
ção com melhores condições socioeconômicas e ao longo das décadas do século
XX houve concentração e especulação imobiliária da região urbana central de Belo
Horizonte. Esta dinâmica espacial foi acompanhada pelo intenso crescimento popu-
lacional que contribuiu para o aumento da desigualdade social que se tornou um
fenômeno comum nas grandes metrópoles do Brasil (SOUZA, 2008).
A Tabela 1 abaixo mostra que as regiões com menor desenvolvimento econô-
mico do estado apresentaram menor crescimento populacional entre 1991 e 2000,
como as mesorregiões Norte, Noroeste e Jequitinhonha, enquanto as regiões mais
ricas tiveram rápido crescimento e desenvolvimento urbano, sobretudo a região me-
tropolitana de Belo Horizonte, que atraiu grande número de imigrantes em busca de
melhoria da qualidade de vida.
168
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Censos demográficos de Minas Gerais
de 1991 e 2000.
169
170
FIXANDO O CONTEÚDO
I. Brasil, México e EUA tiveram uma industrialização diversificada e tardia que con-
tribuiu para atrair diversos imigrantes nos séculos XIX e XX.
II. Urbanização e desenvolvimento sustentável são conceitos que não se relacio-
nam, pois a sustentabilidade tem como pilar principal somente o meio ambiente.
III. As cidades que apresentam uma concentração de atividades econômicas, po-
líticas e financeiras e atraem pessoas e empresas de todo o mundo são denomi-
nadas cidades globais.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
2. Leia a frase abaixo e a seguir marque a alternativa que melhor preenche as lacu-
nas.
a) Megalópole – conurbação.
b) Megacidade – megalópole.
171
c) Metrópole – cidade grande.
d) Megacidade – metrópole.
e) Megalópole – cidade global.
172
médias do Brasil muito dependentes das metrópoles e possuem pouca autono-
mia nas decisões administrativas e políticas para o seu desenvolvimento.
III. O espaço urbano do estado de Minas Gerais se caracterizou de forma desigual,
pois algumas regiões se industrializaram em um ritmo mais rápido devido alguns
fatores como mercado consumidor, mão de obra disponível e matéria-prima
como é o caso das regiões Sul, Sudoeste e região metropolitana de Belo Hori-
zonte.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
EdUSP, 2005.
A) pela reconstrução dos leitos originais dos cursos d’água antes canalizados nos
centros urbanos.
B) pela recomposição de áreas verdes nas áreas centrais dos centros urbanos que
possuem maior temperatura.
173
C) pelo uso de materiais com alta capacidade de reflexão no topo dos edifícios
que aumentam a incidência de ilhas de calor.
II. Em geral, a expansão nos grandes centros urbanos brasileiros tem sido realizada
em terrenos ambientalmente instáveis e com alta vulnerabilidade à ocupação.
IV. Parques, áreas verdes e matas ciliares, contribuem para a melhoria do clima ur-
bano, amenizando os problemas respiratórios da população decorrentes do ex-
cesso de poluição e da circulação dos vírus como o Covid -19.
a) II e III.
b) II e IV.
c) I e II.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
174
7. (UEPA-adaptado) O crescimento precipitado das cidades em decorrência do
acelerado desenvolvimento tecnológico da segunda metade do século XX pro-
duziu um espaço urbano cada vez mais fragmentado, caracterizado pelas desi-
gualdades sociais, segregação espacial e graves problemas ambientais. Sobre
os problemas socioambientais nos espaços urbanos-industriais é correto afirmar
que:
a) o ar mais quente se eleva, enquanto uma frente fria traz ar mais frio, que se infiltra
por baixo, formando um manto de calor na cidade.
b) existem áreas tomadas por muitos prédios, casas e ruas asfaltadas, que absorvem
a radiação solar para transformá-la em calor latente.
175
c) as áreas de lagos e rios absorvem maior quantidade de radiação solar direta, o
que as transformam em pontos quentes urbanos.
d) existem na superfície das cidades grandes da região metropolitana de Belo Hori-
zonte pontos apenas pela ocorrência dos vários fenômenos meteorológicos.
belo Horizonte possui maior circulação de transportes e indústrias que compromete
a qualidade do ar e da água da capital e da região metropolitana.
176
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 01 UNIDADE 02
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 A QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 A
UNIDADE 03 UNIDADE 04
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 E
UNIDADE 05 UNIDADE 06
QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 A QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 A QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 D
177
UNIDADE 07 UNIDADE 08
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 A QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 E QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 A QUESTÃO 8 E
UNIDADE 09 UNIDADE 10
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 E QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 A QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 D QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 C QUESTÃO 8 A
UNIDADE 11 UNIDADE 12
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 E QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 B
178
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