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26/05/2019 Agregado de trióxido mineral e uso como material retro-obturador em cirurgia paraendodôntica

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ARTIGO DE REVISÃO

Agregado de trióxido mineral e uso como material


retro-obturador em cirurgia paraendodôntica
Mineral trioxide aggregate and the use as a material for retrofilling endodontic surgery

Introdução

U
Nielsen Barros Sousa
Mestre em Odontologia pelo PPGO/UFMA
Marjorie Adriane da Costa Nunes comunicação entre o sistema de canais radiculares e seus tecidos
Mestranda em Odontologia pelo PPGO/UFMA m material ideal
circundantes. de reparo
Além endodôntico
disso, deve devenão
ser atóxico, preencher as vias de
carcinogênico, não
Kátia Maria Martins Veloso genotóxico, biocompatível, insolúvel nos fluidos teciduais, dimensionalmente
Professora Mestra da FO/Instituto Florence
estável, antimicrobiano e radiopaco (4, 5). Materiais como amálgama, hidró-
Adriana de Fátima Vasconcelos Pereira
xido de cálcio, ionômero de vidro, resina composta, entre outros, podem ter
Professora Doutora do PPGO/UFMA
algumas ou a maioria destas características (11, 14).
RESUMO
O Agregado de Trióxido Mineral (MTA) foi de- Nos últimos anos, o Agregado de Trióxido Mineral (MTA) tem recebi-
senvolvido com a finalidade de selar perfurações do crescente interesse, especialmente em Endodontia, como material para
dentárias que ocorrem acidentalmente. A obturação
obturação retrógrada. Desenvolvido inicialmente com o objetivo específico
retrógrada consiste no tratamento de lesões perirra-
diculares que visa solucionar complicações decor- de tratar perfurações radiculares pode, também, ser utilizado em situações
rentes do tratamento endodôntico mal sucedido. Ma- clínicas da rotina endodôntica como capeamento pulpar direto, pulpotomia,
teriais como o MTA têm sido propostos com o objetivo
apicificação e retro-obturação. Devido à sua manipulação difícil e dificuldade
de promover o selamento do canal radicular por via
retrógrada. O objetivo deste trabalho foi realizar uma de inserção, não é habitualmente utilizado como material obturador do canal
revisão de literatura sobre o uso de MTA na Endodon- radicular (1, 2, 3).
tia, abordando aspectos de sua apresentação, com-
O MTA deve ser capaz de formar uma barreira protetora junto aos tecidos
posição, propriedades físicas, químicas e biológicas,
aplicações clínicas, enfatizando sua utilização na dentários e ao mesmo tempo exibir um comportamento biocompatível quan-
prática cirúrgica-periapical. Concluiu-se que o MTA do em contato com o periodonto. Juntamente com procedimentos cirúrgicos
pode ser empregado no retratamento endodôntico
endodônticos, torna-se uma alternativa para resolver os processos inflamató-
cirúrgico, apresentando-se como material promissor.
Palavras-chave: tecido periapical; materiais bio- rios que não podem ser tratados por meio de técnicas convencionais de trata-
compatíveis; obturação retrógrada. mento ou retratamento endodôntico (14, 15).
ABSTRACT Dentro desse contexto, este estudo teve o objetivo de abordar, por meio de
The Mineral Trioxide Aggregate (MTA) was ini- uma revisão de literatura, as propriedades químicas, físicas e biológicas do
tially developed in order to seal dental fractures that
may occur accidentally. The retrograde obturation
MTA, suas aplicações na prática odontológica, abordando principalmente seu
to solve complications by unsuccessful endodontic uso como material retro-obturador em cirurgia paraendodôntica.
treatment. Various materials have been proposed,
aiming to promote the sealing of the root canal by re- Revisão da Literatura
trograde via. The objective of this study was to review O MTA é um biomaterial estudado desde o início dos anos 90. Sua descri-
the literature on the mineral trioxide aggregate in
Endodontics, regarding to the presentation, compo-
ção foi realizada pela primeira vez, na literatura odontológica, em 1993 por
sition, physical, chemical and biological properties, Mahmoud Torabinejad, que demonstrou a capacidade de selamento do MTA
clinical applications It has concluded that MTA can em obturações retrógradas. A aprovação deste produto para uso endodôntico,
be used on surgical endodontic retreatment.
Keywords: periapical tissue; biocompatible ma-
pela Food and Drug Administration (FDA), ocorreu em 1998 (22) e seu uso
terials; retrograde obturation. como material retro-obturador associado à cirurgia apical foi relatado pela
primeira vez em 1999 (21).
Inicialmente comercializado em formulação cinza, o MTA tem sido subs-
tituído por uma formulação branca, devido problemas de descoloração dos
dentes. A formulação branca tem menor quantidade de ferro, alumínio e
magnésio, em comparação com a cinza (7). É um cimento odontológico que
consiste principalmente em íons cálcio e fosfato, os quais também são compo-
nentes dos tecidos dentais, conferindo biocompatibilidade ao material (3, 19).

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Autores
mente, (6, 17) afirmaram
microscopicamente quedifração
e pela o MTA era quaseX,idêntico,
de raios macroscopica-
ao cimento Portland
(cimento empregado em construções). No entanto, ESTRELA et al. (6) estu-
daram as propriedades químicas e antibacterianas de alguns materiais, inclu-
sive do cimento Portland e MTA. Eles observaram que o cimento Portland,
criado e patenteado por Aspdin em Koseph, 1824, na Inglaterra, contém os

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mesmos elementos químicos do MTA (silicato dicálcico, si- Óxido de bismuto, que é insolúvel, é adicionado ao MTA
licato tricálcico, aluminato tricálcico, gesso e aluminoferrite para fornecer radiopacidade (21). Porém, esta adição pode re-
tetracálcico) exceto o bismuto. duzir a estabilidade mecânica, pois haverá mais água não re-
O MTA encontra-se disponível no mercado odontoló- agente no cimento aumentando, portanto a porosidade o que
gico, sob os nomes comerciais de Pro-Root® MTA (Dents- vai gerar falhas na matriz do cimento que podem exacerbar
ply/ Maillefer, Ballaigues, Suíça) que foi a primeira versão o conjunto de fissuras. Além disso, o aumento da porosidade
comercialmente disponível e MTA-Angelus® (Londrina, PR, influencia na solubilidade e, assim, na degradação do material
Brasil), ambos com subtipos cinza e branco (9). o que pode afetar a longevidade do produto (10, 15).
A empresa brasileira Angelus (Indústria de Produtos O óxido de bismuto também afeta a biocompatibilidade
Odontológicos Ltda. Londrina, PR, Brasil) desenvolveu ci- do cimento, pois o mesmo dissolve-se em meio ácido e não
mentos MTA branco e cinza e, posteriormente, MTA-BIO induz a proliferação celular em cultura. Quando o MTA é
para diferentes aplicações clínicas na prática odontológica. colocado em ambiente ácido, como tecido inflamado, ocorre
De acordo com o fabricante, MTA-BIO é completamente a liberação de óxido de bismuto (12, 13).
sintetizado em laboratório sob condições altamente con- O MTA é um cimento bioativo, não irritante aos tecidos
troladas, seguindo as especificações da American Chemical periapicais, e que também induz a regeneração do cemento e
Society, para assegurar que o produto final esteja livre de do ligamento periodontal. Portanto, é um agente osteoindu-
substâncias contaminantes indesejadas, tais como arsênio tivo e cementogênico que estimula células imunes a libera-
e chumbo. Já uma formulação do MTA denominada Endo- rem linfocinas, necessárias ao reparo, regeneração e estímu-
-CPM-Sealer® (Buenos Aires, Argentina) foi desenvolvida lo de fatores de acoplamento ósseo para biomineralização e
para ser utilizada como cimento obturador dos canais radi- cura dos defeitos ósseos periapicais (8, 11).
culares (16, 17). O tratamento indicado para lesões endodônticas, com
O MTA apresenta propriedades físico-químicas que po- ou sem envolvimento do periápice, tem sido o endodôntico.
dem fornecer resultados excepcionais quando utilizado para Frente aos fracassos desta terapêutica e desde que haja con-
obturação total ou parcial do conduto. Algumas destas ca- dições viáveis, deve-se sempre indicar o retratamento não
racterísticas são observadas inicialmente durante o processo cirúrgico e, caso necessário, quando apenas este não conse-
de hidratação, quando silicatos de cálcio reagem para for- gue restabelecer a integridade dos tecidos periapicais, pode-
mar hidróxido e gel de silicato de cálcio, atingindo um pH -se optar por cirurgia parendodôntica como complemento
alcalino. Acredita-se que a biocompatibilidade do cimento da terapia (22).
é atribuída à liberação de íons hidroxila e à formação de hi- No entanto, esta visão clássica tem mudado com a utiliza-
dróxido de cálcio durante o processo de hidratação (15). ção da microscopia aliada a microinstrumentos, ultrassom e
As principais propriedades físico-químicas e mecânicas materiais retro-obturadores biologicamente mais aceitáveis.
deste cimento são: baixa solubilidade, capacidade de adesão O desenvolvimento de melhorias nas técnicas resultou em
à dentina, resistência relativa à umidade e resistência à com- maior compreensão da anatomia apical, aumento no sucesso
pressão. Estas características estão situadas nos parâmetros do tratamento e resposta favorável da terapêutica estipulada
próximos ao satisfatório, porém, dependem da proporção ao paciente (23).
pó/líquido, temperatura e presença de ar e umidade (13). Várias técnicas cirúrgicas foram sugeridas para tornar o
GOMES-FILHO et al. (7, 8) informaram que o MTA procedimento previsível, simples e mais seguro ao paciente.
pode ser obtido por meio da mistura de um pó, sob a for- Durante muitos anos, foi estabelecida uma abordagem tra-
ma de uma estrutura amorfa com aparência granular e dicional com brocas cirúrgicas e retro-obturação com amál-
cristalizada. Normalmente, a proporção é de 3:1 pó/líqui- gama. Técnicas modernas incorporaram o uso de pontas
do, que deve, ao fim de 30’ a 60’, apresentar uma consis- ultrassônicas e materiais de preenchimento mais biocompa-
tência arenosa, sendo que o tempo total de manipulação tíveis, tais como IRM®, Super EBA® e MTA (9). A microcirur-
limita-se a pouco menos de 4 a 5 minutos, embora este gia endodôntica é o mais recente passo na evolução da cirur-
possa ser aumentado se a mistura for coberta, diminuin- gia perirradicular, aplicando, não só técnicas modernas de
do a evaporação da água. preparo e preenchimento apical, mas também incorporando
O MTA é considerado um cimento hidráulico, isto é, está- instrumentos de microcirurgia e alto poder de ampliação e
vel em presença de água, mas a sua solubilidade é relativamen- iluminação (24).
te baixa. Os termos “cimento de silicato hidráulico” e apenas Apesar de alguns estudos (20-23) defenderem o uso de
“silicato hidráulico” são propostos para este material (5). abordagens cirúrgicas mais modernas, os procedimentos
Algumas características do MTA têm sido apontadas tradicionais ainda são os mais utilizados na cirurgia oral e
como limitantes do uso por dificultarem sua aplicação, maxilofacial, com amplo debate sobre a taxa de sucesso em
ocorrendo perda inicial do material, uma vez que este é pou- ambas as técnicas. Porém, alguns autores (11, 13, 25) reco-
nhecem a falta de provas substanciais para a tomada de uma
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co aderente
fatores em determinados
desfavoráveis, locais. Podem
como: consistência ser destacados
granulosa, tempo boa decisão em relação a estes tratamentos alternativos.
de trabalho curto e tempo de presa lento (16). Esta revisão de estudos tem por finalidade especificar as

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principais características do MTA, evidenciando sua indi- que não mostram diferenças significativas entre MTA e
cação em cirurgia periapical e, desta forma, fornecer infor- IRM®, embora o MTA tenha consistentemente elevado
mações aos cirurgiões-dentistas quanto a esta alternativa de índice de sucesso.
tratamento frente a prognósticos insatisfatórios da terapêu- O uso do MTA como biomaterial retro-obturador, após
tica endodôntica. cirurgia perirradicular, foi avaliado, em relato de caso clí-
Material e Método nico. Verificou-se que o cimento foi capaz de proporcionar
A presente pesquisa consistiu de um estudo por meio uma excelente vedação marginal além de induzir resposta
da revisão de literatura de artigos mais adequados ao tema, celular, devido à fase de formação de fosfato de cálcio, o que
obtidos das bases de dados Scielo, PUBMED e Google Aca- vem a estimular a adesão de osteoblastos ao material (21).
dêmico, utilizando os seguintes descritores: “Tecido peria- Estudo (16) verificou o comportamento de alguns ma-
pical/ Periapical Tissue”; “Materiais biocompatíveis/ Bio- teriais retro-obturadores após microcirurgia periapical
compatible Materials”; “Obturação retrógrada/ Retrograde e constatou que tanto IRM® quanto MTA apresentaram
Obturation”. Foram acessados 62 artigos dos quais 25 foram melhores resultados de cura que resina composta. O MTA
selecionados por abordarem de forma direta (tanto no “tí- fornece selamento notável e resposta biológica favorável,
tulo” quanto no “resumo”) os seguintes temas: cirurgia pe- o que pode estar associado ao potencial deste material em
riapical e material retro-obturador endodôntico, no período induzir a regeneração do ligamento periodontal ou mes-
de 1975 a 2012, priorizando-se os artigos mais recentes. Os mo aderir-se a ele (4).
títulos e resumos dos artigos identificados por este processo Pesquisa (1) avaliou, após cinco anos, o resultado de ci-
foram avaliados para verificar se atendiam aos critérios para rurgia apical realizada em 170 pacientes atendidos na Fa-
inclusão na pesquisa. culdade de Odontologia da Universidade de Berna, na Su-
íça, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2003. Os
Discussão autores observaram um índice de cura de 76%, sendo que o
Uma revisão de estudos clínicos (18) verificou materiais ProRoot® MTA apresentou melhores resultados como ma-
utilizados em retro-obturações e constatou que o amálgama terial retro-obturador (86%) seguido do Super EBA® (67%).
era o mais frequentemente utilizado nestes trabalhos. Ape- Porém, a taxa de cura após cinco anos foi 8% menor em re-
sar de vantagens associadas àquele material, como baixo lação ao primeiro ano de avaliação.
custo e fácil manuseio, o MTA apresentou-se promissor em No que diz respeito ao tipo de cirurgia, os casos onde
procedimentos de retro-obturação, pois produziu melhores o procedimento cirúrgico foi realizado pela primeira vez,
resultados, apresentando menor infiltração que outros ma- independentemente da técnica, demonstraram índices sig-
teriais utilizados em retro-obturações, independentemente nificativamente maiores de cura do que procedimentos de
do preparo cirúrgico-periapical. reintervenção cirúrgica. Estudos mostram que pacientes
Pesquisa avaliou a resposta do tecido perirradicular submetidos à nova cirurgia na mesma unidade dental po-
quando do uso do MTA como retro-obturador e verificou dem apresentar situações que dificultam a cicatrização e
a formação de tecido conjuntivo, após primeira semana. Os que podem levar a dificuldades quando do acesso cirúrgico
autores concluíram que o MTA é um material biocompa- (presença de microrganismos, anatomia radicular comple-
tível que estimula a reparação dos tecidos perirradiculares xa) (18, 21).
(4). Normalmente é um material bem indicado em casos de Casos tratados com o uso de microscópio durante a ci-
prognóstico desfavorável, aumentando as taxas de sucesso rurgia apical apresentam uma taxa mais elevada de cura.
de quaisquer outros procedimentos em que é utilizado (8). Este aparelho, com sua alta ampliação, proporciona melhor
No entanto, pelo seu custo ainda elevado, materiais alter- identificação de microestruturas na extremidade da raiz e,
nativos como o cimento Portland são investigados. Ambos como tal, pode facilitar a etapa subsequente de obturação
são constituídos pelos mesmos elementos, com exceção do retrógrada (22, 23).
bismuto, que está ausente no segundo material (16). A técnica de preparo retroapical foi avaliada como fator
O MTA demonstrou ser um material mais favorável ao de influência no prognóstico do tratamento, constatando o
processo de cura, em estudos comparativos com amálgama, fato de casos que utilizaram brocas no preparo e tiveram
quando utilizado como cimento retro-obturador, devido a uma taxa significativamente mais baixa de cura em relação
vários fatores, como a capacidade de vedação, biocompati- aos procedimentos onde foram utilizadas micropontas. En-
bilidade ou pH alcalino (6). O agregado de trióxido mineral tretanto, o uso de brocas não é mais recomendado (2).
tem a capacidade de reduzir a inflamação periapical, quan- Pesquisa (22) avaliou três técnicas de cirurgia apical:
do usado como material de preenchimento, permitindo a procedimento cirúrgico tradicional, microcirurgia e uso
formação de tecido duro (7, 8). Taxas de cura de aproxima- de microscopia como auxílio à técnica microcirúrgica. Na
damente 91,4% em relação a materiais como o cimento de primeira etapa da pesquisa, foi avaliada a possibilidade de
ionômero de vidro (51,2%) podem ser vistas (9). Este mes- sucesso entre técnica cirúrgica convencional e microcirur-
mo trabalho (9) cita dois ensaios clínicos randomizados gia. Constataram-se resultados mais favoráveis para mi-

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crocirurgia em relação à técnica convencional. Na segunda etapa do estudo (23), foram verificados os procedimentos de
microcirurgia realizados com e sem o uso de microscopia. Foi observada que a possibilidade de cura após o procedimento
cirúrgico foi efetivamente maior quando se utilizou o microscópio, o que influenciou diretamente nos resultados pelo seu
alto poder de ampliação (23).

Conclusão
Comprovou-se que o MTA mostra bons resultados biológicos quando em contato direto com tecidos parendodônticos,
apresentando-se como um excelente material nas aplicações clínicas e cirúrgico-endodônticas. As evidências científicas acerca
do uso deste aglomerado sustentam seu emprego no retratamento endodôntico cirúrgico como material promissor.

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Recebido em: 11/06/2014 / Aprovado em: 11/07/2014


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São Luís/MA, Brasil - CEP: 65070-017
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