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Universidade Fundação Oswaldo Aranha

UniFOA

SOLDAGEM
Soldagem no Estado Sólido

Alunos: Bianca Molica Caetano


Thallys Wilian Furtado Barbosa
Matriculas:201920418
201720438

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VOLTA REDONDA
MARÇO/2023
SUMÁRIO
Tema-----------------------------------------------------------------------Pág 1
Sumário-------------------------------------------------------------------Pág 2
Introdução sobre soldagem------------------------------------------Pág 3
Soldagem no Estado Sólido------------------------------------------Pág 4
Soldagem por Forjamento a Quente------------------------------Pág 5
Equipamentos e Métodos----------------------------------------------------------------------Pág 6

Soldagem por Forjamento a Frio-----------------------------------Pág 6


Materiais-------------------------------------------------------------------------------------------Pág 8

Soldagem por Difusão------------------------------------------------Pág 9


Soldagem por Laminação -------------------------------------------Pág 11
Soldagem Por Explosão----------------------------------------------Pág 11
Soldagem por Fricção------------------------------------------------Pág 14
Aplicações-----------------------------------------------------------------------------------------Pág 15

Soldagem por Ultrassom---------------------------------------------Pág 15


O sistema de soldagem por ultrassom----------------------------------------------------Pág 16
Para o que é adequada a soldagem por ultrassom? -----------------------------------Pág 18

Conclusão--------------------------------------------------------------Pág 19
Referencias Bibliográficas------------------------------------------Pág 19

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Introdução
Soldagem é o processo de união de materiais no qual duas ou mais peças são coalescidas em
suas superfícies de contato pela aplicação adequada de calor e/ou pressão. Muitos processos
de soldagem são realizados somente com calor, sem pressão aplicada; outros por uma
combinação de calor e pressão; e ainda outros somente por pressão, sem aplicação externa de
calor. Em alguns processos de soldagem, um material de adição é adicionado para facilitar a
coalescência. Na Figura 1 ilustra um modelo de soldagem.

A importância comercial e tecnológica da soldagem decorre do seguinte: A

soldagem fornece uma junta permanente.

As juntas soldadas podem ser tão resistentes quanto os materiais de base

A soldagem é usualmente a maneira mais econômica para unir componentes em termos de


custos de utilização de material e custos de fabricação.

A soldagem não se restringe a ambientes industriais. Pode ser realizada "no campo".

Embora a soldagem tenha as vantagens já indicadas, ela também tem suas limitações e
desvantagens:

A maioria das operações de soldagem é realizada manualmente e é cara em termos de mão de


obra de custos do trabalho.

A maioria dos processos de soldagem são inerentemente perigosa porque envolve o uso de alta
energia.

Como a soldagem realiza uma ligação permanente entre os componentes, não permite
desmontagem simples.

A junta soldada pode apresentar certos tipos de defeitos difíceis de detectar.

Figura 1- modelo de soldagem

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Soldagem no Estado Sólido
Soldagem no estado solido refere-se aos processos de união nos quais o coalescimento
resulta apenas da aplicação de pressão ou a combinação de calor e pressão.
Os processos de soldagem representativos neste grupo incluem:

 Soldagem a Forjamento a Quente;


 Soldagem a Forjamento a Frio;
 Soldagem por difusão (diffusion welding DFW). Duas superfícies são
unidas sob pressão em elevadas temperaturas e coalescem por difusão
no estado solido;
 Soldagem por Laminação;
 Soldagem por Explosão;
 Soldagem por fricção (friction welding -FRW). A coalescência é
alcançada pelo calor do atrito entre duas superfícies;
 Soldagem por ultrassom (ultrasonic welding USW). Pressão moderada
é aplicada entre as duas peças e um movimento oscilante em
frequências ultrassónicas é usado na direção paralela da superfície de
contato. A combinação das forças vibratória e normal resulta em
tensões cisalhantes que removem filmes de superfície e atingem as
ligações atômicas das superfícies;
Na maioria dos processos no estado solido, a ligação metalúrgica é criada com pouca
ou nenhuma fusão do metal de base. Para a ligação metalúrgica de metais similares ou
dissimilares, os dois metais devem estar em contato, de modo que suas forças
atômicas de atração coesivas atuem entre si. Em contato físico normal entre duas
superfícies, o contato completo não é possível pela presença de filmes químicos, gases,
óleos, e assim por diante.
Em soldagem no estado solido, os filmes e outros contaminantes devem ser removidos
por meios que permitam realizar a ligação metalúrgica. Os processos de soldagem que
não envolvem fusão tem muitas vantagens sobre os processos de soldagem por fusão.
Se não ocorre a fusão, então não existe zona termicamente afetada e o metal em
torno da junta preserva suas propriedades.

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Soldagem por Forjamento a quente
A soldagem por forjamento é o processo de soldagem no qual os componentes que
serão unidos são aquecidos em temperaturas de trabalho a quente e, em seguida, são
forjados juntos por um martelo ou outros meios. O processo pode ser de interesse
histórico, entretanto, ele tem atualmente importância comercial menor, exceto por
suas variações: soldagem por forjamento a frio e soldagem por laminação. (Figura 2)

Figura 2-Forjamento a quente

Vantagens de forjamento a Quente


Componentes forjados a quente possuem maior ductilidade, o que os torna desejáveis
para muitas configurações. Além disso, como técnica, o forjamento a quente é mais
flexível do que o forjamento a frio, já que peças customizadas podem ser fabricadas. A
excelente qualidade de superfície permite uma ampla gama de trabalhos de
acabamento como polimento, revestimento ou pintura, adaptados às necessidades
específicas dos clientes.
Desvantagens de forjamento a Quente
Tolerância dimensional menos precisa é uma possível desvantagem dos componentes
forjados a quente em comparação com os forjados a frio. O processo de resfriamento
também deve ser realizado sob condições especiais; caso contrário, existe o risco de
deformação. Além disso, a estrutura de grãos dos metais forjados pode variar e há
sempre a possibilidade de reações entre a atmosfera e a peça de trabalho.

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Equipamentos e Métodos

Os equipamentos comumente empregados incluem duas classes principais:

■ (a) Martelos de forja, que deformam o metal através de rápidos golpes de


impacto na superfície do mesmo; e

■ (b) Prensas, que deformam o metal submetendo-o a uma compressão contínua


com velocidade relativamente baixa.

■ Os processos convencionais de forjamento são executados tipicamente em


diversas etapas, começando com o corte do material, aquecimento, pré-
conformação mediante operações de forjamento livre, forjamento em matriz
(em uma ou mais etapas) e rebarbação.

Materiais Soldados

De um modo geral, todos os materiais conformáveis podem ser forjados. Os mais


utilizados para a produção de peças forjadas são os aços (comuns e ligados, aços
estruturais, aços para cementação e para beneficiamento, aços inoxidáveis ferríticos e
austeníticos, aços ferramenta), ligas de alumínio, de cobre (especialmente os latões),
de magnésio, de níquel (inclusive as chamadas superligas, como Waspaloy, Astraloy,
Inconel, Udimet 700, etc., empregadas principalmente na indústria aeroespacial) e de
titânio.

Soldagem por forjamento a frio


A soldagem por forjamento a frio (cold welding - CW) é um processo de soldagem no
estado solido realizado pela aplicação de pressão elevada entre superfícies de contato
limpas, em temperatura ambiente. As superfícies de atrito precisam ser
excepcionalmente limpas para o processo ser realizado, e a limpeza é em geral feita
pelo desengorduramento e escovação de imediato antes de unir. Também, pelo
menos um dos metais a serem soldados, e de preferência ambos, deve ser muito dúctil
e livre de encruamento. Metais como o alumínio macio e o cobre podem ser soldados
a frio com facilidade. (Figura 3)

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Figura 3-Forjamento a frio por pressão

Vantagens de forjamento a Frio

Os fabricantes podem preferir o processo de forjamento a frio; já que as peças forjadas


a frio requerem muito pouco ou nenhum trabalho de acabamento, o que economiza
custos. A segunda vantagem significativa é a economia de material obtida por meio de
formas de precisão. As vantagens econômicas combinadas com altas taxas de
produção e vida útil longa são mais que suficientes para convencer muitos fabricantes
de que o forjamento a frio é a melhor opção para eles.
Desvantagens de forjamento a Frio
Dependendo dos requisitos do fabricante, algumas das características do forjamento a
frio podem gerar desvantagens; por exemplo. Apenas formas simples em grandes
volumes podem ser moldadas. Portanto, se o cliente estiver procurando por um
componente personalizado específico, o forjamento a frio não será a melhor
alternativa. Uma segunda desvantagem mais significativa é que os metais forjados a
frio são menos dúcteis, o que os torna inadequados para certas configurações. Além
disso, devido à estrutura de grãos que dá ao material sua resistência, pode ocorrer
estresse residual (como fraturas por excesso de dureza).
O procedimento certo para uma boa execução
Para uma boa execução do processo de Forjamento, a ETMA obedece a um
procedimento com as seguintes etapas:

 Analisar o desenho final do cliente verificando dimensões, tolerâncias


dimensionais, entre outros;
 Confirmar as reduções de área a serem obtidas, tendo em conta os
limites permitidos pelo material a utilizar;
 Calcular o volume e o peso da peça a partir do desenho do forjado;
 Determinar o comprimento inicial da pré-forma a partir do peso
calculado e utilizar, sempre que possível, padrões normalizados;

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 Delinear o plano de operações onde constam as etapas de
processamento, desde o corte até à operação final de forjamento, os
limites do processo, como reduções de área, comprimento máximo da
pré-forma fora da matriz superior e inferior, passos de conformação
necessários e ainda limitações do equipamento, como curso de
extração, capacidade de deslocação de material e velocidade de
conformação;
 Ao projetar as ferramentas, adequá-las aos “padrões” da empresa e,
neste momento, confirmar que o curso da extração permite que a peça
esteja, realmente, solta das matrizes e em condições de permitir a
atuação do sistema transferência entre postos;

Materiais
Em materiais não ferrosos como o chumbo, zinco e cobre foram às primeiras
aplicações do forjamento a frio. Inicialmente, em relação ao uso de aço, empregou-se
quase que exclusivamente aço não ligado. O efeito do encruamento provocando um
aumento na resistência mecânica foi de extrema relevância. Atualmente, já são
também deformados a frio aços que apresentam alta resistência mecânica. Todos os
materiais que apresentam uma determinada ductilidade a temperatura ambiente
podem ser deformados a frio.
Peças com cantos vivos, rebaixos internos, furos com diâmetros pequenos e profundos
e massas assimétricas não são adequados para a produção pela deformação a frio.
Comparado à usinagem e ao forjamento a quente, o forjamento a frio apresenta maior
produtividade e economia de matéria-prima, o que torna esse processo altamente
competitivo para a produção de peças em aço.
Como exemplo de alguns materiais comumente deformados a frio destacam-se:
• Aços não ligados: AISI 1010, 1015, 1020;
• Aços ligados: AISI 5115, 6120, 3115;
• Aços para tratamentos térmicos: não ligados: AISI 5140, 4130, 4140,
8620.
• Aços inoxidáveis:
– perlíticos: AISI 410, 430, 431;
– austeníticos: AISI 302, 304, 316, 321.
• Ligas de alumínio:
– baixa liga: 1285, 1070, 1050, 1100;
– sem encruamento: 3003, 5152, 5052;
– com encruamento: 6063, 6053, 6066, 2017, 2024, 7075.

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Soldagem por Difusão
A soldagem por difusão (Diffusion Welding, DFW) é um processo de união no estado
sólido que produz a solda pela aplicação de pressão a elevada temperatura sem a
deformação macroscópica das peças. Um metal de adição pode ser colocado entre as
superficies da junta. A figura 6 ilustra o princípio deste processo. A soldagem por
difusão é um processo especializado de soldagem de aplicação restrita quando
desejase: (a) evitar problemas metalúrgicos associados com a soldagem por fusão, (b)
fabricar componentes de dimensões e forma próximas das desejadas no produto final
("net shape"), e (c) produzir peças espessas com propriedades uniformes ao longo da
espessura. O processo só é economicamente viável quando materiais especiais e de
elevado custo são utilizados ou quando existe uma grande exigência quanto às
dimensões da peça soldada, tendo suas aplicações sido, até o presente, limitadas, em
geral, às indústrias eletrônica e aero-espacial.

Vantagens

As vantagens do processo de soldagem por difusão são várias; o processo não modifica
o estado do material; permite montagens de grandes superfícies e montagens
complexas, próximas ao estágio final; apresenta menores deformações, quando
comparado à soldagem por fusão; trabalha com juntas múltiplas em uma só operação
e permite união de metais e materiais considerados não soldáveis ou de difícil
soldabilidade por fusão, como cerâmicas e ligas refratárias, além da união de metais
dissimilares sob o aspecto metalúrgico, a exemplo dos aços austeníticos com liga de
alumínio.
Desvantagens

As desvantagens da soldagem por difusão são o custo do investimento inicial e o fato


de que o processo não é aplicável na produção em grande escala. A união entre os
materiais segue uma sequência que inicia com a colocação das peças em
contato.(Figura 4)
Na primeira etapa (1) pode-se verificar a rugosidade superficial, pois alguns pontos não
se tocam.
Na segunda etapa (2) a superfície recebe aplicação de pressão e aumento de
temperatura, o que provoca aumento da área de contato e deformações plásticas.
Na terceira etapa (3), a temperatura e a pressão, que podem estar aliadas a uma
atmosfera protetora, permanecem por um certo tempo, favorecendo a difusão
atômica entre as superfícies.

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No estágio final (4), são eliminadas praticamente todas as descontinuidades
encontradas no processo inicial e a soldagem é completada.

Figura 4 –Estagio da soldagem por Difusão

Aplicação
A soldagem por difusão é aplicada preferencialmente nas situações em que a união
por processos de soldagem convencionais, notadamente os processos por fusão a arco
elétrico, não é possível. Como exemplos, podem-se destacar a soldagem de secções
transversais com revestimentos anticorrosivos e a união de materiais diferentes e
metalurgicamente incompatíveis, como o aço e o alumínio. A soldagem por difusão
confere alta qualidade à junta, podendo alcançar valores de resistência mecânica
semelhantes aos do material de base.
A grande maioria dos metais pode ser soldada por difusão; um quadro permite
visualizar as combinações mais comuns entre metais. Algumas dessas combinações
não foram examinadas ou ainda não existem resultados de testes realizados. (Figura 5)

Figura 5-Tabela de combinação de metais


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Soldagem por laminação
A soldagem por laminação (roll welding – ROW) é um processo de soldagem no estado
solido, no qual a pressão suficiente para provocar o coalescimento é aplicada por meio
de rolos, com ou sem aplicação externa de calor. As aplicações de soldagem por
laminação incluem o revestimento de acho doce ou baixa liga, com acho inoxidável
para resistência à corrosão, preparação de tiras bi metálicas para medir temperatura e
produção de moedas do tipo “sanduiche”.(Figura 6)
Comumente usado na união para a produção de chapas bimetálicas através
da laminação conjunta de chapas de metais diferentes, normalmente em
temperaturas próximas da ambiente. É utilizado na fabricação de chapas de alumínio e
aço para a fabricação de bronzinas

Figura 6-Laminação tipo sanduiche

Soldagem por Explosão


A soldagem por explosão (Explosive Welding, EXW) é um processo que utiliza a energia
de detonação de um explosivo para promover a união de peças metálicas. Uma das
peças é lançada ao encontro da outra pela explosão e, durante a colisão, desenvolvese
uma intensa deformação plástica superficial capaz de remover as contaminações
superficiais e promover a união das peças. Devido ao forte choque nas superficies da
junta, a solda resultante tem um aspecto típico ondulado . O processo pode ser
utilizado para união de praticamente todos os metais e ligas que possuam dutililidade
suficiente para não se romper durante a explosão e tem sido utilizado industrialmente
para a fabricação de revestimentos, de chapas bimetálicas e para a união de metais
metalurgicamente incompatíveis em processos de soldagem por fusão. A fabricação de
chapas com revestimentos protetores contra a corrosão em vasos de pressão e em
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trocadores de calor e de peças de transição entre estruturas de alumínio e aço são
alguns exemplos de aplicações deste processo. (Figura 7 –Ilustração da soldagem por
Explosão)

Figura 7 –Soldagem por Explosão

Um amortecedor (borracha ou plástico) é normalmente usados entre o explosivo e a placa de


revestimento para proteger sua superfície.

As variações na velocidade de colisão (8500m/s) e no angulo de impacto durante processo


podem ocasionar uma interface ondulada entre os dois metais. Este tipo de interface reforça a
ligação porque aumenta a área de contato, levando interação mecânica entre as duas
superfícies.

Vantagens
O processo de soldagem por explosão apresenta muitas vantagens; é rápido, pois é
possível obter uma junta em 10-6 seg; a camada de intermetálicos gerada é muito
pequena; não é necessária uma limpeza rígida das superfícies, exceto no caso de
carepa em chapas de aço laminadas a quente; não é preciso investimento em
equipamentos.
Desvantagens

Entre as desvantagens do processo de soldagem por explosão podem-se citar o


endurecimento sofrido pelas superfícies de aço-carbono e de baixa liga, o que obriga a
um alívio de tensões posterior; é necessário dispor de um local adequado e distante
dos grandes centros para a execução do processo; por ser perigoso, só deve ser

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utilizado por pessoas treinadas e especializadas no seu manuseio; em todos os países,
a comercialização, o transporte, o uso e o armazenamento dos explosivos são
controlados, o que dificulta a implantação do processo. No Brasil este controle é
exercido pelo Ministério do Exército.

Aplicação
 As aplicações da soldagem por explosão variam de chapas de grandes
dimensões a pequenos componentes eletrônicos. Sua maior aplicação é para o
revestimento ou “clad” de chapas de até 6 metros de comprimento. As maiores
superfícies até agora soldadas por explosão têm até 40 m2. As placas
superiores, de menor espessura, são geralmente utilizadas em trabalhos que
requeiram resistência à corrosão.
 O processo também é utilizado na fabricação de materiais compostos, na
soldagem de tubos em espelho para trocadores de calor, em chapas cladeadas
ou revestidas para as indústrias naval, química, petroquímica, alimentícia, papel
e celulose e em reatores nucleares. Destina-se, principalmente, ao
revestimento de grandes superfícies, para soldar chapas de aço inoxidável com
chapas de aço carbono e aço de baixa liga; cobre com alumínio; níquel,
alumínio, titânio e tântalo com aço

Soldagem por Fricção


A soldagem de fricção (Friction Welding ,FW) é um processo que utiliza energia mecânica, em
geral associada com a rotação de uma peça, para a geração de calor na região de junta a ser
soldada. Após o aquecimento adequado da junta, a peças são pressionadas para a formação da
junta. A figura a seguir ilustra a soldagem por fricção. O processo é ,em geral, usado para
soldagem de peças de simetria cilíndrica (tubos e barras),que podem ser de metais dissimilares.
O processo pode também ser aplicado, através da rotação e pressão de uma barra contra a
superfície de uma peça, para a deposição de revestimentos especiais sobre essas peça ou a
soldagem de um pino no interior da sala ,Na década 90 foi desenvolvido um processo de
soldagem por fricção (Stir Friction Welding) que utiliza a passagem de uma ferramenta em
rotação entre as faces da junta para realizar a união das peças. Este processo tem sido aplicado
principalmente na soldagem de ligas de alumínio .

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Figura 8-Processo de Soldagem FW-(a) Um membro é colocado em rotação,(b)inicia-se a força de compressão,
(c)inicia-se a formação da solda e (d)a solda é completada.

Existem dois sistemas de movimentação principais, diferenciando os dois tipos de


processo FRW:
(1) Soldagem por fricção por arraste continuo: a peça é conduzida a uma
velocidade rotacional constante e pressionada para ter contato com a peça
estacionária, a certo nível de força, que gera calor de atrito na interface. Quando a
temperatura de trabalho a quente é alcançado um travamento é aplicado para parar a
rotação de forma abrupta, e, simultaneamente, as pesas são forçadas em conjunto por
pressões de forjamento.
(2) Soldagem por fricção inercial: a peça girando é conectada a um volante, que
tem velocidade predeterminada. Em seguida, o volante é desacoplado do motor, e as
partes são pressionadas em conjunto. A energia cinética armazenada no volante é
dissipada na forma de calor de atrito para gerar a coalescência nas superfícies. Ele é
aplicado em vários tipos de eixos e pecas tubulares, industrias tais como automotiva,
aeronaves, equipamentos agrícolas, petróleo e gás natural
Vantagens

 Atenção Especial com a limpeza da superfície não é necessária, uma vez que a
soldagem por fricção tem de rompê-la, deslocar, e finalmente remover os
filmes de superfície no flash ("colar") da solda.;
 Metal de enchimento, fluxo, e gás protetor não são requeridos.;
 Defeitos associados a fenômenos de solidificação, como porosidade e
segregação, não estão presentes!;
 É possível de se fazer juntas de metais dissimilares que são difíceis ou até
impossíveis de serem soldadas por outros processos;
 Baixos custos, simplicidade de operação, instalações simples, baixo consumo de
energia, e um curto ciclo de soldagem.;
 O processo é facilmente automatizado para reproduzir soldas de alta qualidade;
 O equipamento atual pode ser operado a até 4 quilômetros, sendo adequado
para aplicações distante sem ambientes perigosos.;
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 Estreita zona termicamente afetada associada ao processo.

Desvantagens

 A área de pelo menos uma peça deve ser simétrica, deforma que a parte poça
girar sobre o eixo do plano de rotação;
 As geometrias típicas que podem soldadas por fricção são: barra com barra,
barra com tubo, barra com chapa, tubo com tubo e tubo com chapa. ;
 O processo é normalmente limitado a fazer juntas de topo planas e angulares
(ou cônicas) ;
 O material de pelo menos um componente deve ser plasticamente deformável
sob as dadas condições de soldagem;
 Preparação e alinhamento das peças podem ser críticas para o
desenvolvimento uniforme do atrito e aquecimento ;
 Capital de equipamento e custos com ferramentas são altos ;
 Ligas usinadas são difíceis de serem soldadas.

Aplicações
A soldagem por fricção é um método que permite a soldagem de componentes com
altas demandas de resistência à compressão e estanqueidade. O método permite a
produção de painéis largos, como tetos ou laterais de trens, difíceis ou impossíveis de
extrudar. A tecnologia também é superior em termos de obter juntas sem vazamentos
ao vedar diferentes tipos de compartimentos de alumínio, como dissipadores de calor
líquidos.

Solda por Ultrassom


A soldagem por ultra-som (Ultrasonic Welding, USW) produz a união das peças pela
aplicação localizada de energia vibracional de alta frequência (ultra-som), enquanto as
peças são mantidas sob pressão. A união ocorre por aquecimento e deformação
plástica localizada das superficies em contato. O processo é usualmente aplicado para
a soldagem de juntas brepostas de metais dúteis, similares ou não, de pequena
espessura e para a plásticos, por exemplo, na Indústria eletrônica e na fabricação de
embalagens.
O movimento oscilatório é transmitido para a peça de trabalho superior por meio de
um sonotrodo, que é acoplado a um transdutor ultrassônico. Este dispositivo converte
energia elétrica em movimento vibratório de alta frequência. As frequências usadas
nos processos USW normalmente estão entre 15 e 75 kHz com amplitudes de 0,018 a
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0,13 mm. ◦ As operações do processo USW são em geral limitadas a juntas sobrepostas
em materiais macios, como o alumínio e cobre.(Figura 9)

Figura 9

VANTAGENS

É um processo de soldagem rápido;


Possui tempo de secagem rápido, ou seja, as peças não permanecem por muito tempo
nas luminárias para secar;
Pode ser facilmente automatizado;
Produz uma junta limpa e precisa;
Apresenta pontos de solda limpos e não requer trabalho de retoque;
Produz um baixo impacto térmico nos materiais.
DESVANTAGENS
Não pode ser usado para produzir juntas grandes (superiores a 250 x 300 mm);
Requer juntas especialmente projetadas, para que possa fazer contato com a ponta
durante o processo de soldagem;
Alto custo de ferramentas para os acessórios;
O processo de soldagem ultrassônica é restrito às juntas sobrepostas.

O sistema de soldagem por ultrassom


O sistema de soldagem por ultrassom completo é composto por diferentes
componentes. Os componentes ativos são responsáveis por criar, transmitir e aplicar o
som às peças soldadas. Os componentes passivos absorvem as forças aplicadas,
mantêm as peças soldadas na posição e oferecem suporte principalmente para o
cordão de solda (ponto em que os componentes são unidos).(Figura 10)

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Figura 10-Sistema de soldagem por ultrassom

Ativos:
Gerador de Ultrasom :Os geradores de ultrassom produzem a alta tensão e energia
necessárias para o processo de soldagem e mantêm a amplitude constante.
Conversor:O conversor de ultrassom converte vibrações elétricas de alta frequência
em uma vibração longitudinal mecânica com uma amplitude de saída constante.
Booster(Impulsionadora):Fortalece a vibração mecânica inicial do conversor de
ultrassom para a amplitude de soldagem dependente de plástico do sonotrodo.
Sonotrodo :O sonotrodo direciona delicadamente as vibrações mecânicas para o
componente plástico com base em um padrão uniforme de vibração.

O conversor, o booster e o sonotrodo constituem juntos o chamado conjunto acústico.

Passivos :
Dispositivos para peça de trabalho:Equipamento para a retenção e alojamento da
aplicação plástica. Eles formam o contra-rolamento para a força de soldagem que é
exercida pelo sonotrodo.
Bigornas:Os contornos das ferramentas das bigornas focalizam a energia e asseguram
a melhor qualidade de selagem durante a selagem do filme.

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Para o que é adequada a soldagem por ultrassom?
A soldagem por ultrassom pode ser feita em uma fração de segundo sem meios
auxiliares tais como adesivos ou parafusos. O ultrassom é usado para criar embalagens,
peças de automóveis, brinquedos e muito mais, por exemplo, para:

• Unir peças moldadas por injeção (por ex., para brinquedos)


• Unir membranas (por ex., para membranas de filtros em componentes
médicos)
• Prender fibras de couro, não-tecidos e outros materiais têxteis (por ex., filtros
de ar em automóveis)
• Rebitar materiais de tipos diferentes (por ex., para airbags)
• Produzir conexões positivas usando uma técnica de moldagem (por ex.,
contatos magnéticos em carregadores)
• Prensar buchas e ímãs (por ex., ímãs encapsulados para o acionamento de
sensores)

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Conclusão
No caso da soldagem no estado sólido deve-se considerar a temperatura e a pressão
ser exercida na interface de soldagem. Como sabemos, os materiais apresentam
rugosidade superficial, de forma que quando aproximamos as partes a serem unidas
no estado sólido, apenas algumas partes se tocam. Então é de suma importância ter o
conhecimento ao se aplicar quaisquer técnica mencionada.

Referencia Bibliografica
[1] ASM handbook. (1990). Metals Park,Ohio: ASM.

[2] Kou, Sindo. Welding Metallurgic – Second Edition. New Jersey: A JOHN WILEY & SONS, INC.,
2003.

[3] Thomas W et al (1995). Friction stir butt-welding, U.S. Patent 5,460,317, October 24.

[4] SANTOS, A.J. Análise, projeto e construção de uma máquina didática por solda a fricção. 8°
congresso brasileiro de engenharia de fabricação, 2015. Disponível em: . Acessado em 27 de
junho de 2016.

[5] CHANDRASEKARAN, M. et all., Friction Surfacing of Metal Coatings on Steel and Aluminum
Substrate. Journal of Materials Processing Technology 72, 1997, pp.446-452.

[6] MODENESI, Paulo J.; MARQUES, Paulo V.; SANTOS, Dagoberto B.. Introdução à Metalurgia
da Soldagem. Belo Horizonte: Ufmg - Universidade Federal Minas Gerais, 2012. 209 p.

[7] MATTEI, Fabiano. Desenvolvimento de equipamento para estudo de soldagem por fricção.
Porto alegre: UFRGS, 2011. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2011.

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