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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA-UNIFOA

ENGENHARIA MECÂNICA

BIANCA MOLICA

THALLYS FURTADO

YURI DE PAULA

JUAN CARLOS

IURI VIRGILIO PEREIRA GOMES

JEFFERSON GOMES DE ALMEIDA

THIAGO ALVES BRAGA

SISTEMAS DE ENERGIA ALTERNATIVAS

ONDAS E MARÉS

VOLTA REDONDA
2022
SUMÁRIO

História da energia Ondas e Marés ................................................................ 4

Ciência Básica relativa á energia das marés .................................................. 4

Geração de energia elétrica através das Ondas e Marés ............................... 6

Tipos de energia oceânica .............................................................................. 6


Vantagens da energia ondas e marés: ........................................................... 9

Desvantagens da energia ondas e marés : .................................................. 10

Energia das ondas no Brasil ......................................................................... 11

Potencial energético ..................................................................................... 11

Como funciona o projeto no Brasil ................................................................ 12

Conclusão...........................................................................................14
Introdução

Existem diversas formas de geração de energia elétrica hoje em dia e o trabalho


a seguir vem trazendo maiores informações sobre a geração de energia elétrica
através das ondas e marés. A energia das marés, também chamada de energia
maremotriz,ou energia oceanica é uma energia renovável e limpa. O fenômeno
de maré deve-se às interações gravitacionais entre a Terra e outros astros
(principalmente a Lua e o Sol). Traduz-se pelas variações periódicas do nível do
mar associadas às correntes. A energia correspondente pode ser captada sob
duas formas sendo elas energia potencial (pelas variações do nível do mar) e
energia cinética (pelas correntes marítimas).
História da energia Ondas e Marés

A ideia de extrair a energia dos oceanos, utilizando a diferença entre a maré-alta


e a maré-baixa, na realidade, não é recente. No século XII havia na Europa
moinhos submarinos, instalados na entrada de estreitas baías (o fluxo e o refluxo
das águas moviam as pedras de moer). Contudo, os pioneiros da exploração das
marés na era moderna foram os habitantes de Husum, uma pequena ilha alemã
no mar do Norte, onde, em 1915, os tanques para o cultivo de ostras estavam
ligados ao mar, através de um canal, onde turbinas moviam um pequeno gerador
eléctrico, durante a passagem da água das marés. A electricidade produzida
neste processo era suficiente para iluminar a povoação referida.
Em Portugal, também não é uma novidade o aproveitamento da energia das
marés para conversão em outros tipos de energia, como é o caso dos diversos
moinhos de marés existentes no nosso país. O seu funcionamento é semelhante
ao dos pequenos moinhos: um jacto de água é dirigido de forma a incidir nas
penas do rodízio, imprimindo-lhe um movimento giratório, que um veio transmite
directamente à mó. Para que seja a diferença entre as marés a criar esse jacto,
o moinho tem de ser construído no local onde as águas do rio, sob a pressão da
maré-alta, crescem para a margem, alagando-a, regularizando essa mesma
entrada através de um canal, com uma comporta. Refiram-se alguns moinhos de
marés existentes em Portugal, como o de Azenhas de D. Prior, situado em Viana
de Castelo, onde o ribeiro de Fornelos desagua no rio Lima, bem como o de
Mourisca, em Setúbal.

Ciência Básica relativa á energia das marés

O sistema de marés terrestre resulta do movimento da Lua em torno da Terra e


sofre, também, a influência do movimento da Terra em torno do Sol.
A Terra e a Lua são duas massas que causam forças centrífugas “uma na outra”.
Considerando uma partícula de massa m localizada na superfície da Terra,
temse pela lei gravitacional de Newton:

𝐹 = 𝐺 𝑚1𝑚2/ 𝑅2
onde F é a força criada entre a massa 1 e a massa 2, G é a constante
gravitacional universal.
Tendo em conta a diferença entre a força que atrai a Terra em direcção à Lua e
a força necessária para a rotação da Terra, obtém-se uma expressão para a
força que gera as marés:

𝑇𝑖𝑑𝑎𝑙 𝐹𝑜𝑟𝑐𝑒 = 2𝐺𝑚𝑚𝑙 𝑎/ 𝑅3

onde m é a massa da Terra, a é o raio médio da Terra e R é a distância entre a


Terra e a superfície lunar.
Observa-se, então, o efeito do afastamento da partícula m 1 do centro da Terra,
sendo este o que causa a maré alta. Em última análise, este é o processo por
detrás do meio ciclo diário que resulta num período de 12 horas e 25 minutos
entre marés altas consecutivas.
Geração de energia elétrica através das Ondas e Marés

A energia das ondas e marés é uma fonte inesgotável de energia que provém do
movimento da onda em direção à costa, é uma das melhores formas de produzir
energia a partir de fontes renováveis e foi das primeiras a ser colocada em
prática.
O movimento das ondas em direção à costa provoca energia cinética, que é
usada para colocar uma turbina a funcionar. Através de dispositivos que
permitem “captar” essa energia cinética, através da elevação da onda numa
câmara de ar, esta provoca a saída do ar lá contido, o movimento deste é que
gira uma turbina e assim a energia mecânica da turbina transforma-se em
energia elétrica.
A onda ao se desfazer e a água recuar, o ar faz o sentido inverso, voltando a
passar pela turbina, entra na câmara de ar e volta a girar a turbina, produzindo
energia elétrica.
Mas há mais formas de tirar proveito da energia das ondas e marés, como
recorrer ao movimento de subida e descida da onda (ou seja, a sua oscilação)
que dá potência a um êmbolo que se move para cima e para baixo dentro de um
cilindro. E é esse êmbolo que colocar o gerador a funcionar.
Quando aplicada apenas às marés, envolve a construção de diques numa praia,
ou em locais onde se saiba que há grandes oscilações da maré alta e baixa. Ora,
a água armazenada no dique ao encher a maré, só vai produzir energia quando
a maré estiver a vazar, ou seja, a água a sair do dique. Funciona tal qual uma
barragem, mas neste caso com marés e correntes fortes.

Tipos de energia oceânica

Energia Olamotora

Também chamada energia das ondas, é aquela energia que vem da energia
mecânica gerada pelo movimento das ondas. Estima-se que cerca de 70%
da eletricidade gerada nos EUA em 2017 seja proveniente de energia das
ondas. Esses dados apresentam um futuro bastante otimista para o setor e
espera-se que seja uma das grandes revoluções energéticas nos próximos
anos.Dependendo da profundidade dos dispositivos, temos 3 tipos:

(1) Dispositivos terrestres integrados em quebra-mares ou no fundo de águas


rasas.
(2 e 3) Dispositivos próximos à costa que são suportados (2) ou flutuam (3) em
águas rasas (10-40m).
(4 e 5) Dispositivos localizados fora da costa e podem ser encontrados na
superfície (5) ou submersos (4) até 100 m de profundidade.

Energia atual marinha

A energia das correntes marinhas é um tipo de energia que é obtida


aproveitando a energia cinética das correntes marinhas, como o nome
indica. Embora não seja um tipo de energia muito explorado, tem a vantagem
de ser mais previsível que o vento e a luz solar.

As correntes marinhas são basicamente geradas pelo aumento e queda das


marés, que estão relacionadas às interações gravitacionais entre a terra, a lua
e o sol. Levando isso em conta, a energia cinética obtida pelas marés é
transformada em eletricidade da mesma forma que a energia eólica é obtida
através do vento: graças às turbinas.
Sua principal desvantagem é o preço, e isso se reflete nos US $ 0,66 que custa
produzir cada kWh de eletricidade, em comparação com os US $ 0,20-0,30 que
custa para produzir através da energia eólica. Isso não precisa ser uma má
notícia, apenas implica que não é um recurso disponível para todos os países.
Nos EUA, não é uma energia muito lucrativa, mas na usina elétrica da Coréia
do Sul, em Sihwa, especificamente, as dimensões da usina permitem esse tipo
de energia se forem rentáveis. A chave, como sempre, é se adaptar aos
recursos disponíveis para cada país.
Energia térmica oceânica

Também chamada de energia das marés, é produzida pelas diferenças entre


as águas oceânicas profundas (mais frias) e superficiais (mais quentes), que
têm a capacidade de mover uma máquina térmica e produzir um trabalho útil
na forma de eletricidade. Como cada oceano tem sua própria temperatura, as
áreas geográficas mais interessantes para explorar essa energia são as
encontradas na zona tropical equatorial, uma vez que é a área onde as
diferenças de temperatura são maiores.

Entre suas principais vantagens está o fato de ser inesgotável, renovável e não
emitir gases de efeito estufa, além do fato de que a quantidade de energia
acumulada nas camadas superficiais do oceano tem a capacidade de atender
às necessidades de energia de grande parte dos população Como sempre, sua
maior desvantagem é o alto custo das plantas de maré e o fato de não
poderem ser localizadas em nenhuma área, mas naquelas em que a variação
de temperatura ao longo do ano é de 20ºC.

Energia osmótica

A energia osmótica, ou energia azul, é obtida pela diferença na concentração


de sal entre a água do mar e a água dos rios e possui grande potencial nas
regiões que possuem grandes rios, como os Países Baixo.
Atualmente, esse processo pode ser realizado através de dois processos:

• Eletrodiálise reversa (RED) que envolve a criação de baterias de sal onde


os íons que irão gerar energia são transportados.
• Osmose com retardo de pressão (PRO) que envolve bombear água doce
para uma câmara cheia de água do mar, gerando um aumento na
pressão que gira a turbina.

Esse é provavelmente o método de gerar energia com menos informações


disponíveis e será necessário esperar alguns anos para poder analisar
corretamente os dados que as investigações emitem.
Vantagens da energia ondas e marés:

• Fonte de energia renovável e inesgotável. A energia das ondas nunca


irá acabar, haverá sempre ondas a embater na costa dos países, próximo
de zonas costeiras habitadas. As ondas não se limitam a apenas uma
determinada temporada, elas existem todo o ano, e não precisam do
homem para se formar.
• Amigas do ambiente. Ao contrário dos combustíveis fósseis, retirar
energia das ondas não gera gases prejudiciais ao meio ambiente, nem
poluição. Esta energia é retirada diretamente e transformada em
eletricidade através de um conjunto de geradores e bobines.
• Várias formas de recolher energia das ondas. São várias as formas
existentes para recolher energia das ondas. Desde instalar uma central
com hidrogeradores, ou mesmo plataformas instaladas no mar para
recolher essa mesa força das ondas (como grandes cilindros, com
êmbolos no seu interior).
• Fáceis de prever. Outra grande vantagem da força das ondas é que ao
contrário de outras fontes de energia, estas são fáceis de prever,
podemos mesmo calcular a sua capacidade de produção. É que a força
das ondas é consistente e garante resultados muito melhores que outras
fontes dependentes do vento ou exposição solar.
• Reduz a dependência de combustíveis fósseis. Ao se optar por este
tipo de produção de energia, iremos reduzir as necessidades de
combustíveis fósseis e assim, diminuir as emissões de CO2 para a
atmosfera.
• Não provocamos danos na superfície da terra. Ao contrário dos
combustíveis fósseis, em que temos de escavar para os encontrar.
• Baixos custos de manutenção e funcionamento. Os coletores de
energia das ondas podem ser colocados em qualquer lugar da costa,
desde que haja mar… apenas existe o investimento inicial, mas de resto
a longo prazo só há benefícios.
Desvantagens da energia ondas e marés :

• Adequadas apenas em certos locais. É uma das grandes desvantagens


deste tipo de energia renovável, pois apenas cidades próximas da costa
poderão tirar partido desta fonte de energia, não é viável para todos os
países, nem todas as zonas. Mas ainda assim é uma excelente fonte de
energia limpa!
• Afeta o ecossistema marítimo. Por mais limpa que possa ser retirar
energia das ondas, a forma como retirada pode prejudicar alguns animais
marinhos. Isso devido à maquinaria que é necessário colocar dentro da
água. Pois irão perturbar a flora marítima, mudar o habitat da costa ou
mesmo criar ruídos para afetarão a vida marinha.
• Podem prejudicar as rotas de navios privados e comerciais. A
instalação destas estruturas próximas da costa para capturar a energia
das ondas pode levar à perturbação das rotas marítimas.
• Dimensão da onda. A força do vento depende da dimensão da onda, ou
seja, da velocidade da onda, comprimento da onda e densidade da água.
É necessária uma corrente consistente de ondas para gerar uma
quantidade significativa de energia a partir das ondas.
• Tempestades reduzem o desempenho. O desempenho dos
equipamentos de conversão da energia das ondas em energia elétrica é
reduzido durante o tempo severo, como as tempestades.
• Poluição visual. Os geradores de energia a partir das ondas podem ser
excelentes para gerar energia elétrica, mas consoante os modelos
aplicados, podemos ter poluição visual (devido ao tamanho dos
equipamentos e localização dos mesmos). Também podem provocar
ruído, mas este é abafado pelo som das ondas!
• Comparado com outras formas de energia elétrica, a energia das
ondas é cara. O custo de gerar eletricidade a partir das ondas do mar
pode ir até os 0.20€/kWh, facto pelo qual não há muito investimento neste
tipo de energia renovável. E como tal não são a fonte primária da energia
renovável
Energia das ondas no Brasil

No Brasil em 2012, foi instalado um projeto piloto de energia de ondas, a Usina


do Porto do Pecém, está localizada no Ceará, o projeto que nasceu com uma
parceria dos pesquisadores da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação
de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é
financiado pela Tractebel Energia, dentro do programa de P&D da Aneel, e conta
com apoio do Governo do Estado do Ceará.
O potencial teórico a ser gerado, é de mais ou menos 100 quilowatts (KW) para
o abastecimento de energia do principal porto cearense.

Potencial energético

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil possui hoje 150 GW


de potência energética instalada, com uma predominância da energia
hidrelétrica. Estefen afirma que, considerando apenas a região costeira, o país
teria um potencial energético de 120 GW no oceano.
“Esse é o total, mas em partes a gente não pode instalar [usinas] por questões
envolvendo lazer, rota marítima, base militar, local de pesca”, diz. Assim,
considerando essas questões, o potencial ficaria próximo de 30 GW ou 40 GW,
equivalente a cerca de ¼ da capacidade atual do país.
Esse potencial também varia no Brasil, já que as características de ondas e
marés não são as mesmas em todas as regiões. “As ondas predominam do
Ceará até o Rio Grande do Sul, e as marés predominam do Maranhã para o
Norte. É algo complementar”, diz.
O potencial de geração das ondas, cerca de 90 GW, é, portanto, maior do que o
das marés, de pouco mais de 20 GW e, por isso, Piovani considera que o perfil
brasileiro seria de “aproveitamento das ondas”. Mas, mesmo com todo esse
potencial, ainda existem muitos desafios para o uso dessas fontes de energia.
O próprio processo de instalação de uma usina já é demorado. É necessário
fazer análises com simulações matemáticas, de terreno, oceanográfica e

também ambiental, já que o uso dos equipamentos de geração de energia pode


afetar a fauna e flora marítimas, sendo necessário empregar medidas de
mitigação, como o isolamento das turbinas.
“O IBGE e o Ibama afirmam que não têm informações de toda a fauna marítima
desde 2011, então, fica difícil saber onde ficam exatamente. Precisa de muito
estudo, precisa saber bem o terreno, ver a profundidade”, considera Piovani.
A questão ambiental é, segundo Estefen, um dos motivos para a energia
maremotriz ainda não ser muito aproveitada em regiões com grande potencial,
como na Europa. “O licenciamento ambiental é muito rígido porque afetam a
reprodução marinha próxima da costa”, diz.

Como funciona o projeto no Brasil

A energia de ondas é constituída por módulos, sendo assim cada módulo é


formado por um flutuador, um braço mecânico e uma bomba conectada a um
circuito de água doce. A medida que as ondas passam, os flutuadores acabam
subindo e descendo, e assim acionando as bombas hidráulicas, que fazem com
que a água doce contida em um circuito fechado, circule em um local de alta
pressão.
Essa água que sofre alta pressão vai para um acumulador, que tem água e ar
comprimidos em uma câmara hiperbárica. Além das ondas, o mar oferece a
possibilidade de geração de energia impulsionada pela movimentação das
marés. De acordo com estudos, o Brasil tem condições de explorar todas essas
fontes, em diferentes pontos ao longo da faixa litorânea.
• Flutuadores se movimentam com as ondas, movimentam braços
mecânicos e acionam uma bomba hidráulica que injeta água doce em
um sistema fechado de alta pressão.
• O jato faz girar hélices de uma turbina, que aciona o gerador para
produzir energia elétrica.

Estima-se que os 8 mil quilômetros de extensão litoral no Brasil podem receber


usinas de ondas suficientes para gerar 87 gigawatts. Sendo assim deste total,
20% seriam convertidos em energia elétrica, o que aproximadamente equivale a
cerca de 17% da capacidade total instalada no País.
8. Conclusão

A partir desse estudo podemos concluir que as ondas e marés são uma fonte
inesgotável de energia, considerada uma das melhores formas de produzir
energia a partir de fontes renováveis e foi uma das primeiras a ser colocada em
prática. Com um excelente potencial comprovado, atualmente é uma
possibilidade promissora de energia limpa, e com os significativos avanços
tecnológicos para geração de eletricidade, vantagens e termos de
acessibilidade e disponibilidade ela é uma ótima opção e vem sendo
propagada mundialmente para o desenvolvimento de alternativas energéticas.
Sem falar do aumento da demanda, impulsionado pelo crescimento da
economia mundial e comércio cada vez mais globalizado, está inserido num
cenário de preocupações com temas como o aquecimento global.

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