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ENERGIA DAS MARÉS

ENERGIA DAS MARÉS


Embora o total do fluxo de energia das marés seja grande,
cerca de 2 TW (2x106 MW), somente uma fração muito
pequena de seu potencial poderá ser utilizada futuramente
numa previsão realista.

Isto porque a energia é bastante difusa sobre uma grande


área, requerendo uma usina grande e cara para sua reunião, e
é geralmente disponível somente em áreas remotas em relação
as áreas consumidoras.

O mecanismo pioneiro de exploração da energia das marés, é o


emprego de barragens estuarinas em locais adequados com
grandes variações de marés.
ENERGIA DAS MARÉS
A FÍSICA DA ENERGIA DAS MARÉS

A energia das marés é derivada de forças gravitacionais da


atração operada entre a Terra e a Lua e entre a Terra e o
Sol.

A força gravitacional que atrai mutuamente dois corpos é


diretamente proporcional ao produto de suas massas.
A FÍSICA DA ENERGIA DAS MARÉS
A força de atração exercida pela Lua em uma molécula de
água é dada por:

f = K.M.m/d2
onde:
M = a massa da Lua;
m = a massa da molécula da água;
d = a distância entre a molécula da água e a Lua;
k = a constante gravitacional universal.
A FÍSICA DA ENERGIA DAS MARÉS

A força de atração exercida pelo Sol é aproximadamente


2,17 vezes menor devido a enorme distância que separa a
Terra do Sol.
AMPLITUDE DAS MARÉS
MARÉ COM AMPLITUDES MÁXIMAS

O Sol e a Lua estão alinhados com a concordância das


atrações solares e lunares, ocorre na lua cheia e lua nova
e acarretam as marés de maior intensidade.
AMPLITUDE DAS MARÉS
MARÉ COM AMPLITUDES MÍNIMAS

O Sol e a Lua estão em quadratura, com as atrações


solares e lunares, defasadas de 90º, ocorrem no quarto
minguante e quarto crescente.
As máximas amplitudes ocorrem com o Sol e a Lua
alinhados, com a concordância das atrações solares e
lunares, isto ocorre na lua cheia e na lua nova e acarretam
as marés de maior intensidade.

Quando o Sol e a Lua estão em quadratura e as atrações


solares e lunares defasadas de 90º, ocorrem as marés com
amplitudes mínimas, no quarto minguante e quarto
crescente.
TIPOS DE MARÉS
O fenômeno da maré é periódico.

A natureza exata do período resultante varia de acordo com


a interação entre os efeitos gravitacionais lunar e solar,
respectivos movimentos da Lua e do Sol, e outras
peculiaridades geográficas.

Há três tipos principais do fenômeno da maré em diferentes


locais da Terra: - MARÉ SEMI-DIURNA COM VARIAÇÃO MENSAL
- MARÉ DIURNA COM VARIAÇÃO MENSAL
- MARÉ MISTA
MARÉ SEMI-DIURNA COM VARIAÇÃO MENSAL

Tem período semelhante ao do período fundamental da Lua (12 hs


25min) e é ocasionado pelo comportamento lunar.

Na Lua cheia, quando a Lua e o Sol estão em posição diametralmente


opostas, as marés são as mais intensas.

Isto devido ao centro de gravidade resultante da Lua e da Terra estar


próximo do Sol, também ocorre um elevado efeito gravitacional
diretamente pelo Sol.

Na lua nova, a extensão de máxima maré é menor. As menores marés


ocorrem entre duas máximas e corresponde à meia-lua, quando a
atração da Lua e Sol está em quadratura, isto é, a atração resultante é a
soma do vetor da atração direta da Lua e Sol, respectivamente. Nesse
caso a atração gravitacional resultante é mínima.
MARÉ DIURNA COM VARIAÇÃO MENSAL

Este tipo de maré é encontrada no mar da China e no


Taiti, o período da maré neste caso corresponde a uma
revolução completa da Lua em relação a Terra (24hs
56min).
MARÉS MISTAS

As marés mistas combinam características das marés


semidiurna e diurna. Elas podem também manifestar
variações mensalmente e bimensalmente.

Podem ser observados no Mediterrâneo e em Saigon.


TIPOS DE MARÉS
COMPONENTES PERIÓDICOS PRINCIPAIS

Os seguintes componentes periódicos no comportamento


das marés podem ser identificados:

- Um ciclo de 14 dias, resultante do campo gravitacional


da Lua combinado com o Sol para dar a máxima e mínima
maré, (chamada alta e baixa maré, respectivamente).

Este ciclo é modificado suavemente porque a órbita da Lua


é uma elipse, então os sucessivos ciclos alta-baixa podem
variar em amplitude de aproximadamente 15%
COMPONENTES PERIÓDICOS PRINCIPAIS

- Um ciclo de meio ano, devido a inclinação da órbita da


Lua em relação à Terra, dando um período de 178 dias
entre as maiores marés altas, as quais ocorrem em março
e setembro

- O Saros, um período de 18,67 anos, requeridos pela


Terra, Sol e Lua para retornar à mesma posição relativa.
COMPONENTES PERIÓDICOS PRINCIPAIS

A altura máxima alcançada pela elevação da água varia em


ciclos de 14 dias com sete dias entre altas (grande faixa de
maré) e baixas (pequenas faixa de maré), onde a alta
pode ser o dobro da baixa.

Variações semestrais são de aproximadamente 11% e


durante 18,67 anos aproximadamente 4%.
COMPONENTES PERIÓDICOS PRINCIPAIS

Em oceano aberto, a máxima amplitude das marés é


menor que um metro.

As amplitudes das marés estão decrescendo


substancialmente particularmente em estuários por efeitos
locais como depressões, afunilamentos, reflexões e
ressonâncias.
O POTENCIAL MAREMOTRIZ
A quantidade de energia disponível de uma maré varia
aproximadamente com o quadrado da variação da maré.

A extração de energia das marés é considerada possível


somente onde existem grandes variações e onde a
geografia provê locais adequados para a construção de
usinas marémotriz.

Tais locais não são comuns. Aproximadamente vinte regiões


adequadas para o desenvolvimento de usinas marémotriz foram
identificadas no mundo.
O POTENCIAL MAREMOTRIZ NA EUROPA

O potencial de energia das marés estimado para países da


Europa, em locais razoáveis para exploração, com uma
média de altura superior a três metros proporcionariam
energia total da ordem de 105 TWh/ano.

Este potencial está principalmente no Reino Unido (59


TWh/ano) e França (44 TWh/ano), com menores
distribuições na Irlanda, Holanda, Alemanha e Espanha.
O POTENCIAL MAREMOTRIZ NO MUNDO

O potencial de energia total no mundo, estimado entre 500


a 1000 TWh/ano (500 a 1000 x 106 MWh/ano), entre 5 e
10 vezes o potencial do Oeste Europeu.

Isto representa de 3 a 7% da energia total dissipada pelas


marés no mundo.

Somente uma parte destes locais são provavelmente


exploráveis devido a restrições econômicas e outras.
RECURSO MAREMOTRIZ DISPONÍVEL NA EUROPA

RECURSO MAREMOTRIZ PERCENTUAL


PAÍS DISPONÍVEL DO RECURSO
GW TWh/ANO NA EUROPA
REINO UNIDO 25,2 50,2 47,7
FRANÇA 22,8 44,4 42,1
IRLANDA 4,3 8 7,6
HOLANDA 1 1,8 1,8
ALEMANHA 0,4 0,8 0,7
ESPANHA 0,07 0,13 0,1
OUTROS 0 0 0
TOTAL 63,8 105,4 100
O POTENCIAL MAREMOTRIZ

Principais locais para aproveitamentos


maremotrizes no mundo.
FORMA DE APROVEITAMENTO
ENERGIA DAS MARÉS

Muitos métodos para extrair energia potencial ou cinética


das marés foram experimentadas no passado.

Os dispositivos usados incluíam rodas d'água, plataformas


flutuantes, compressores de ar, pressurização d'água e
muitos outros.
FORMA DE APROVEITAMENTO
ENERGIA DAS MARÉS

Contudo, nenhum parece oferecer alguma vantagem mais


significativa que se aproxime basicamente da utilização do
velho moinho de marés.

Este consistia simplesmente numa lagoa de


armazenamento que era preenchida durante as subidas da
maré através de uma eclusa e esvaziada durante a maré
vazante através de uma roda d'água.
FORMA DE APROVEITAMENTO
FLUXO OU RESERVATÓRIO

FLUXO OU RESERVATÓRIO

A energia pode ser extraída também diretamente pela


obtenção da energia cinética do fluxo de uma maré ou
usando um reservatório para reter a energia potencial de
uma massa d'água subindo e descendo.
APROVEITAMENTO DA ENERGIA DAS MARÉS
FLUXO DA MARÉ

FLUXO DA MARÉ: Os fluxos de maré têm uma densidade de


energia pobre. A energia teórica disponível é dada por:

P =  .A.V3
Onde:  = densidade do fluído
A = área do rotor da turbina, e
V = velocidade laminar da corrente

A energia é obtida tem baixo rendimento máximo, requer


rotores de diâmetro muito grande para se conseguir
substanciais quantidades de energia. A produção de energia
diretamente por este caminho, não exige, em geral, estruturas
adicionais mais onerosas.
APROVEITAMENTO DA ENERGIA DAS MARÉS
RESERVATÓRIO

RESERVATÓRIO: Este método envolve a construção de


uma barragem e a formação de um reservatório a partir
de uma baía ou estuário naturais.

Ocorrem custos extras consideráveis porém é compensado


pela energia extra que se extrai.

A energia disponível de uma turbina em uma barragem eficiente


é de uma a duas vezes maior que a de um tamanho de turbina
similar em uma corrente de maré, por exemplo, de 2 m/s.

O custo extra da construção da barragem pode ser um terço do


custo total do empreendimento.
MOINHOS DE MARÉ

Desde o século XII, tem-se conhecimento do aproveitamento da


energia das marés no litoral europeu para a moagem.

Similar aos moinhos de vento, os moinhos de maré expandiram-


se por toda a Europa ao longo dos séc. XIII e XIV, tinham uma
grande vantagem sobre as outras formas energéticas: a sua
constância e previsibilidade.

Existem duas marés diárias o que garantia cerca de 4 horas de


moagem. Eram construídos nos estuários dos rios em terrenos
baixos, e em zonas abrigadas que permitissem represar as
águas.
MOINHO DE MARÉ DE CORROIOS - PORTUGAL
MOINHO DE MARÉ

Estes arranjos permitiam o aproveitamento de energia de


marés de intensidades relativamente baixas.

A partir da 2ª metade do século XX, os esforços se


concentraram na construção de aproveitamentos maiores,
para a geração de energia elétrica.
CENTRAIS DE MARÉS
APROVEITAMENTOS DE MARÉS EXISTENTES

Relativamente poucas usinas marémotrizes foram


construídas até hoje.

A primeira e maior durante mais de 40 anos é a barragem


de 240 MW em La Rance (França), que foi construída
para produção comercial em 1968 e tem operado com
sucesso.

Esta usina é composta de 24 geradores, cada um


fornecendo 10 MW.
APROVEITAMENTOS DE MARÉS EXISTENTES

Outras usinas marémotrizes incluem a usina de Annapolis


(Canadá) com 17,8 MW, a de Kislaya Guba (Rússia)
onde foi construída uma usina experimental de 400 KW, a
estação de Jiangria com 3,2 MW e um número de
diversas pequenas usinas na China.
APROVEITAMENTOS DE MARÉS EXISTENTES

Capacidade em
Centrais País
(MW) operação
Annapolis 20,0 Canada 1984
Jiangxia 3,2 China 1980
Kislaya Guba 1,7 Russia 1968
La Rance 240,0 França 1966
Sihwa Lake 254,0 Coreia do Sul 2011
Strangford Lough SeaGen 1,2 Reino Unido 2008
Uldolmok 1,5 Coreia do Sul 2009
APROVEITAMENTOS DE MARÉS EXISTENTES

A experiência operacional em La
Rance, Kislaya Guba e Annapolis foi
positiva, mais em termos de
conhecimento do que em viabilidade.
USINA DE “LA RANCE” - FRANÇA
A usina de La Rance, comissionada em 1966 durante
décadas a maior central maremotriz em operação.

O projeto tem uma área de reservatório de 17 km2, e


capacidade instalada de 240 MW, e usa saída de energia
de aproximadamente 0,54 TWh/ano.

A variação média da maré é de 8 metros.

Um evento importante da usina La Rance em 1988 foi a


introdução da operação automática da usina.
USINA DE “LA RANCE” - FRANÇA

ESQUEMA DE INSTALAÇÃO DA TURBINA NA USINA


USINA DE “LA RANCE” - FRANÇA

VISTA AÉREA DA BARRAGEM


USINA DE LAKE SIHWA – COREIA DO SUL
O lago Sihwa está localizado na porção meio oeste da Coréia
do Sul. O lago foi criado em 1994 com a construção de um
dique bloqueando a entrada de água salgada no estuário.

Os objetivos eram criar um lago de água doce e regular a


variação das marés permitindo melhorias na agricultura da
região.

O projeto falhou após diversas contaminações da água por


resíduos do complexo industrial de Ansan. Em 2004, o nível
de poluição era tão elevado que se decidiu reabrir a entrada
de água salgada para melhoria da qualidade da água no local.
USINA DE LAKE SIHWA – COREIA DO SUL
USINA DE LAKE SIHWA – COREIA DO SUL

Diversos estudos foram feitos na região para o


aproveitamento da energia contida nas marés de grande
amplitude (média de 7,8m) da região.

Com o fim do lago Sihwa como reservatório de água doce, a


solução proposta para o aproveitamento da estrutura
construída foi a criação de uma usina de geração de energia a
partir das marés usando o dique existente como barragem.
USINA DE LAKE SIHWA – COREIA DO SUL
USINA DE LAKE SIHWA – COREIA DO SUL
USINA DE LAKE SIHWA – COREIA DO SUL
Em 2005 se iniciou a construção da usina que tem término
EM 2011, são 10 turbinas bulbo de 25,4MW (7,5m de
diâmetro e 64RPM), totalizando uma capacidade instalada de
254MW. É esperada a geração de 552,7GWh por ano de
energia elétrica.

A usina coreana irá gerar energia na maré enchente.


Quando a maré tem sua menor elevação e começa a subir
no lado do oceano, a passagem de água pelas turbinas é
liberada e a energia começa a ser gerada.
USINA DE LAKE SIHWA – COREIA DO SUL
USINA DE LAKE SIHWA – COREIA DO SUL
MODO DE OPERAÇÃO
MODO DE OPERAÇÃO

A maré é o único fator que afeta a atividade de geração de


uma usina marémotriz que está programada para produzir
um fornecimento máximo.

O fornecimento em determinado tempo pode ser


acuradamente calculado tão antecipadamente quanto
necessário.
MODO DE OPERAÇÃO
GERAÇÃO COM FLUXO EXTERNO (BAIXO)
DE SIMPLES AÇÃO

O método simples é a geração em baixa usando um simples


reservatório, este é enchido através de comportas.

A geração tem lugar com o reservatório sendo esvaziado via


turbinas tão logo o nível da maré caiu suficientemente.
MODO DE OPERAÇÃO
GERAÇÃO DE ENCHENTE

É um método alternativo o qual provê energia enquanto o


reservatório enche.

Este método não é tão eficiente quanto o de geração


baixa.
MODO DE OPERAÇÃO
GERAÇÃO NOS DOIS SENTIDOS

É a geração nos dois sentidos é a combinação das


gerações baixa e enchente, gerando enquanto o
reservatório enche ou esvazia, porém com uma saída de
energia menor que na simples geração em baixa (exceto
na variação maior das marés) devido a variação reduzida
dentro do reservatório.
MODO DE OPERAÇÃO
GERAÇÃO NOS DOIS SENTIDOS
Há uma redução de rendimento na geração nos dois sentidos uma vez que
as turbinas e o fluxo de água não podem ser otimizados.

As turbinas projetadas para operar em ambas as direções são mais caras,


porém produzem eletricidade mais regulamente.

A energia é produzida em ciclos de cerca de 6 horas, com menor saída de


energia e maior fator de utilização da usina.

A saída mais regular requer menos regulação para produzir a mesma


capacidade. Nos últimos anos La Rance foi operada como um esquema de
duplo sentido com bombeamento, na maré alta, do mar para o
reservatório.
Produção de usinas de fluxo de ação simples
Geração na baixa
Geração baixa e em dois sentidos
ESCOLHA DE UM LOCAL PARA A USINA
Locais com potencial para usinas de energia das marés
devem ser examinados com os seguintes critérios:
- Faixa da Maré Média: quanto mais alta a média de
maré, melhor é o local. A faixa média da maré é 8 m em La
Rance, 11 m em Fundy Bay, e 7 m em Severn.
- Construção da usina e fechamento do reservatório,
incluído a relação entre a largura do estuário e a área da
superfície do reservatório, tipo e profundidade das fundações
requeridas e o grau de exposição às ondas.
- Impacto ambiental, inclusive a compatibilidade com
outras atividades existentes ou planejadas nas cercanias da
usina projetada (pesca, portos, turismo, etc.)
CARACTERISTICAS REQUERIDAS DE UM PROJETO

O fator econômico é vital, a determinação precisa da


capacidade projetada para satisfazer as necessidades.

Requer informações detalhadas dos valores da energia, hora


por hora e dia por dia, pelo menos nos primeiros dez anos de
operação.
CARACTERISTICAS REQUERIDAS DE UM PROJETO

Previamente ao decisão do projeto final é necessário as


seguintes avaliações técnicas:

- Tipo da estrutura (reservatório simples, duplo).


- Barragem e localização da usina.
- Método de operação (simples ou dupla ação com ou
sem bombeamento.
- Potência por unidade das turbinas e geradores.
- Saída total de energia.
COMPONENTES DE UMA BARRAGEM
MARÉMOTRIZ

Uma barragem de energia marémotriz irá requerer um


número de diques passivos, uma ou mais eclusas e
edifícios para a usina.

O método desenvolvido na construção da barragem de La


Rance, usa módulos pré-fabricados ou caixões, de
concreto ou aço que podem ser levados flutuando até a
posição, rebocados desde o local de construção e
depositados sobre as fundações preparadas .
COMPONENTES DE UMA BARRAGEM
MARÉMOTRIZ

Os módulos pré-fabricados podem estar prontos para


receber três ou quatro turbinas ou comportas, a turbina
completa pesa mais de 600 toneladas sendo transportada
e lançada ao mar.

Algumas seções da barragem, sem comportas ou turbinas


podem ser completadas com caixões ocos, ou barragem
convencional em águas rasas.

Este método de construção tem grandes vantagens sobre


outros métodos que requerem o uso de ensecadeiras
enquanto uma seção da barragem é construída.
COMPONENTES DE UMA BARRAGEM
MARÉMOTRIZ

A escolha do tipo de turbina e gerador é determinada


pelas condições de operação e considerações ambientais
(corrosão e ondas), levando em conta:

- baixa altura
- variação da relação de altura e vazão
- requisitos para bombeamento e operação contínua
- requisitos para operação de geração nos dois sentidos
- freqüência de partidas e paradas
INSTALAÇÃO COM TURBINA BULBO
Turbogeradores usados na Central de La Rance é do tipo
bulbo e geradores tipo coroa.

A variação de altura é superada pelo controle duplo de


regulação do fluxo através do tubo de sucção de duas
maneiras, por palhetas diretrizes e pela variação do passo
das lâminas da hélice da turbina.

As turbinas bulbo têm seus geradores blindados em bulbos


de aço a prova de água à montante dos rotores. Elas
podem gerar e bombear em ambas as direções.
INSTALAÇÃO COM TURBINA BULBO
INSTALAÇÃO COM TURBINA BULBO
INSTALAÇÃO COM TURBINA STRAFLO

Outro tipo de arranjo de turbina e gerador foi utilizado nos


anos oitenta, no projeto de Annapolis (Canadá),
constituído de uma turbina do tipo “rim”, denominada de
turbina Straflo (do inglês “straight flow”).

Estas turbinas reduzem o problema de acesso ao gerador


uma vez que este é montado no interior da barragem,
entretanto existem dificuldades para regular o
desempenho destas turbinas e não podem se usadas para
bombeamento.
INSTALAÇÃO COM TURBINA STRAFLO
INSTALAÇÃO COM TURBINA STRAFLO
INSTALAÇÃO COM TURBINA TUBULAR

Nos estudos para construção de uma central marémotriz


em Severn no Reino Unido foi proposta turbina tubular.

Esta turbina tem pás conectadas a um longo eixo em uma


inclinação que permite que o gerador na outra
extermidade do eixo se localize na parte superior da
barragem.
INSTALAÇÃO COM TURBINA TUBULAR
PROJETOS DE BARRAGENS
MARÉMOTRIZES PELO MUNDO

Há em torno de vinte regiões pelo mundo onde há


variação de maré suficiente e costas adequadas para
aproveitar economicamente substanciais quantidades de
energia marémotriz.

A possibilidade econômica de projetos de barragens


marémotrizes é dependente do preço dos combustíveis
fósseis, na vida útil do projeto, e na importância da
eletricidade que deixa de ser produzida por combustíveis
fósseis.
LOCAIS ESTUDADOS PARA PROJETOS NO MUNDO
NÍVEL MÉDIO ÁREA DO CAPAC. PROD. APROX. FATOR DE
LOCAIS
MARÉS (m) RESERV.(KM2) INSTAL.(MW) (TWh/ANO) CARGA
Argentina
San José 5,9 6.800 20
Austrália
Secure Bay 1 10,9 2,4
Secure Bay 2 10,9 5,4
Canadá
Cobequid 12,4 240 5338 14 0,3
Cumberland 10,9 90 1400 3,4 0,28
Shepody 10 115 1800 4,8 0,3
Índia
Gulf of Kutch 5,3 170 900 1,7 0,22
Gulf of Cambay 6,8 1970 7000 15 0,24
Coréia
Garolin 4,7 100 480 0,53 0,13
Cheonsu 4,5 1,2
México
Rio Colorado 6 5,4
Tiburon I ? ?
Reino Unido
Severn 7.0 520 8640 17 0,22
Mersey 6,5 61 700 1,5 0,24
Wyre 6 5,8 47 0,09 0,22
Conwy 5,2 5,5 33 0,06 0,21
Estados Unidos
Passamaquoddy 5,5
Knik Arm 7,5 2900 7,4 0,29
Turnagain Arm 7,5 6500 16,6 0,29
Rússia
Mezen 9,1 2300 15000 50 0,38
Tugur * 10000 27 0,31
Penzhinskaya 6 50000 200 0,45
Cauba
*uma variante da barragem de Tugur, de 7000 MW, está sob investigação.
REINO UNIDO: A BARRAGEM SEVERN

Severn é provavelmente a mais bem conhecida de todas as


localizações potenciais de energia marémotriz, e projetos para
represar o estuário do Severn datam de mais de um século atrás.
Ele tem um nível de maré que pode variar acima de 11 metros
sendo ampliado e afunilado pelo Canal Bristol.
A maior atenção está dirigida aos projetos adicionais abaixo do
estuário onde o nível da maré é reduzido e uma barragem mais
longa é necessária, porém onde a energia aproveitável é muitas
vezes maior.
A barragem proposta poderia ter 16 km, construída principalmente
de caixões de concreto reforçados fabricados nas instalações em
terra e levados até o local.
REINO UNIDO: A BARRAGEM SEVERN - II

Haveriam 216 geradores bulbo, cada um fornecendo 40 MV com


turbinas de 9 metros de diâmetro e saída de energia anual de 17,0
TWh (109 kWh).
Estudos em modelos têm mostrado o desejo de instalar a maior
área possível de turbinamento para a máxima saída de energia, e
ganhos econômicos mensuráveis. Foi proposto o bombeamento
com aumento estimado de 11% na saída de energia.
O desenvolvimento proposto custaria 10 bilhões de libras, levaria
sete anos para fechar a barragem e conseguir a primeira geração
de energia comercial, e dois anos suplementares para completar a
barragem e conseguir fornecimento completo de energia. O lay-out
proposto da barragem está ilustrado a seguir.
PROJETO DA BARRAGEM SEVERN
PROJETO DA BARRAGEM SEVERN
OUTRAS BARRAGENS NO REINO UNIDO
a barragem Mercey com saída de energia anual proposta, de
cerca de 1,5 TWh, a barragem teria 28 turbogeradores com 25
MW cada e aproximadamente 2 km de comprimento.
Outros projetos propostos no Reino Unido incluem: a Barragem
Convy (ao norte de Gales) com seis geradores de 5,5 MW, e
capacidade instalada de 33 MW;
a Barragem Wyre (Lancashire) com uma capacidade instalada
de cerca de 48 MW.
Para a barragem Convy, o nível médio da maré varia de 7,08 m
(ascendente) a 3,54 m (maré baixa) e a energia média anual é
56.800 MWh (60.200 MWh com bombeamento).
FRANÇA: USINA MAREMOTRIZ DE "LA RANCE“

Os resultados altamente satisfatórios obtidos da usina de


La Rance, comissionada em 1966 credenciam a maior
central maremotriz em operação.

O projeto tem uma área de reservatório de 17 km2, e


capacidade instalada de 240 MW, e usa saída de energia de
aproximadamente 0,54 TWh/ano.

A variação média da maré é de 8 metros. Relatórios


favoráveis têm sido recebidos em relação as excelentes
condições do equipamento da usina.
FRANÇA: USINA MAREMOTRIZ DE "LA RANCE“

Desde que os trabalhos de reparo nos geradores foram


completados em 1983, a perda de tempo involuntária com o
conjunto de geradores tem sido extremamente rara e o tempo
perdido em manutenção é concentrado nos períodos de pouca
água quando a atividade dos geradores é mais baixa.

Ao todo, a perda de produção devida ao equipamento


indisponível fica abaixo de 1% do tempo teórico de produção.
Um evento importante na vida da usina La Rance se deu em
1988 com a introdução da operação completamente
automática da usina.
LOCAIS NA RUSSIA
Alguns dos locais de maior potencial no mundo podem ser
encontrados na Rússia. Considerável experiência foi obtida na
instalação de Kislaya Guba (Kislogubsk). Com uma capacidade
instalada de 0,4 MW foi comissionada em 1968.
Grandes locais sob investigação são encontrados no mar Branco e
na Baía de Okhotsk, ambos na região ártica.
Em Mezen, o dique da Baía de Mezen com uma barragem de 92
km criaria um reservatório de 2300 Km2 de área e com uma
variação média da maré de 9,1 metros produziria 15 GW (50
TWh/ano) de aproximadamente 800 turbinas bulbo.
Central de Kislaya Guba - Russia
A Central Maremotriz de Kislaya Guba é um projeto
experimental no mar de Barrents, na Russia.

Era a quinta maior central de maré do mundo, com potencia


de 1,7 MW. Iniciou a operação em 1968, e ficou fechada por
10 anos, ate 2004, quando seu gerador de 0,4 MW foi
desmontado e substituido por outros com a capacidade atual.

O local foi escolhido por ser um fiorde comprido e fundo, mas


extreito, o que facilita a contrução da barragem.
Central de Kislaya Guba - Russia

"Kislaya Guba tidal power station" by Сайга20К - Own work. Licensed


under CC BY-SA 3.0 via Wikimedia Commons
-
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Kislaya_Guba_tidal_power_station.JPG#/media/File:Kislaya_Gub
a_tidal_power_station.JPG
LOCAIS NA RUSSIA - II
Em Tugur a capacidade instalada proposta poderia ser de 10 GW,
com uma saída de energia anual de aproximadamente 27 TWh.
Penzhinskaya Caubu (Baía de Penzhinsk) tem um reservatório de
20.500 km2 de área, uma variação média da maré de 6 metros, e
poderia ter uma capacidade instalada de pelo menos 50 GW com
uma saída de energia anual de aproximadamente 200 TWh.
A maior barragem teria 72 km de comprimento e poderia produzir
cerca de 80 GW. Para se conseguir a potência completa, o
esquema maior poderia usar caixões de três camadas em 60
metros de água, abrigando oito turbinas nas duas camadas mais
baixas e eclusas na superior.
LOCAIS NA CHINA
O potencial de energia marémotriz de 156 baías e 33 estuários
é calculado em 20,9 GW com uma produção de energia de 58
TWh/ano, predominantemente de locais no litoral nordeste.
A maior estação experimental é Jianxia, instalada em uma
barragem de rocha construída originalmente com o propósito
de recuperação de terras.
As seis turbinas agora instaladas tem uma capacidade de 3
MW.
LOCAIS NA CHINA - Jianxia
LOCAIS NA CHINA - II
O esquema opera com geração nos dois sentidos. Há três
esquemas similares, porém menores, em operação em
Shashan, Liuhe e Baishkou.

Três locais maiores foram identificados ao longo da costa da


China no estuário de Chientang Kiang do Yantze (7000 MW),
Hangzhou Bay 200 km ao sul (2800 a 5500 MW, 9,8 a 18,0
TWh/ano) e na mesma baía em Jianxia, Leqing Bay, a qual
produziria estimadamente 550 MW (2,34 TWh/ano).
LOCAIS NA COREIA DO SUL
Dos dez locais identificados na costa oeste na Coréia do Sul,
Garolim Bay recebeu o estudo mais amplo para a época.
Em 1981, a Korea Eletric Power Corporation (KEPCO) comissionou
estudos no projeto Garolim em Sogreah.
As mais recente estimativas para a capacidade do esquema
proposto sugere 24 turbinas de 20 MW em média dando uma
capacidade de 480 MW, as quais gerariam 530 GWh/ano.
Outro local é em Cheonsu, o qual daria um fornecimento anual de
energia de aproximadamente 1,2 TWh.
LOCAIS NA INDIA
Na costa oeste de Gurarat há dois estuários adequados, o
Golfo de Cambay e o Golfo de Kutch com variações médias
da maré de 6,8 e 5,3 respectivamente.
No Golfo de Kutch um projeto de 900 MW foi estudado um
projeto detalhado.
Outros projetos possíveis incluem o Golfo de Cambay com
uma área de reservatório de 1970 km2 (7000 MW) e uma
saída de energia anual de aproximadamente 15 TWh.
Há também pequenos esquemas em Sunderbans ao longo
da costa leste da Índia em West Bengal, com a contribuição
de 20 MW de locais em Dungaduani, Belladonna Creek e
Pitts Creek.
LOCAIS NO CANADA
Por um longo tempo, Fundy Bay (Baía de Fundy) tem sido
considerada uma das mais promissoras áreas para aproveitamento
da energia das marés principalmente por causa da grande variação
das marés (acima de 10 metros) e pela forma da costa.
LOCAIS NO CANADA
BAÍA DE FUNDY - COMPARAÇÃO DA SUA AMPLITUDE DE MARÉ
LOCAIS NO CANADA
Por um longo tempo, Fundy Bay (Baía de Fundy) tem sido
considerada uma das mais promissoras áreas para aproveitamento
da energia das marés principalmente por causa da grande variação
das marés (acima de 10 metros) e pela forma da costa.
Muitos locais em Fundy Bay foram examinados em 1966 a 1967. As
alternativas foram-se estreitando a três locais potenciais, Cobequid
com área de reservatório de 248 km2 e capacidade instalada
proposta de 5,338 GW (14 TWh/ano). Cumberland com reservatório
de 90 km2 e capacidade instalada proposta de 1,4 GW (3,4
TWh/ano), e Shepody com reservatório de 115 km2 e capacidade
proposta de 1,8 GW (4,8 TWh/ano).
Após estudos orçamentários foi decidido não levar adiante a
construção.
Annapolis - Canada
Annapolis - Canada
Turbina Straflo - Annapolis
Turbina Straflo
Turbina Straflo
NOVAS PERSPECTIVAS PARA
CENTRAIS MARÉMOTRIZES
NOVAS PERSPECTIVAS PARA
CENTRAIS MARÉMOTRIZES
Embora o interesse tenha se concentrado em estuários, onde
grandes volumes d’água passam por estreitos canais gerando
velocidades elevadas e apesar do sucesso de La Rance,
pouquíssimas barragens marémotriz foram construídas.

Em parte devido a questões ambientais.

As barragens são um obstáculo à navegação e aos peixes, a


redução da amplitude das pode destruir muito deste habitat
usado por pássaros, os sedimentos retidos pela barragem
podem reduzir o volume do estuário com o tempo.
NOVAS PERSPECTIVAS PARA
CENTRAIS MARÉMOTRIZES
No inicio dos anos 90, os pesquisadores começaram a se
interessar pelo potencial das marés ao longo da costa.

Com as marés freqüentemente são geradas correntes em


águas costeiras (especialmente em áreas distantes de
baías e estuários).

Em muitos lugares a forma do leito oceânico força a água


a fluir através de canais estreitos ou em torno de bancos
emersos (semelhante ao vento através de vales estreitos
ou em torno dos montes).
NOVAS PERSPECTIVAS PARA
CENTRAIS MARÉMOTRIZES
Entretanto, a água do mar tem uma densidade muito mais
elevada que o ar, significando que correntes entre 5 e 8
nós geram tanta energia quanto ventos com uma
velocidade muito mais elevada.

Além disso, ao contrário do vento, as correntes litorâneas


geradas pela maré são previsíveis.

A maré vem e vai a cada doze horas, resultando em


correntes que alcançam a velocidade máxima quatro vezes
ao dia.
NOVAS PERSPECTIVAS PARA
CENTRAIS MARÉMOTRIZES
Existem duas tecnologias concorrentes as “CERCAS DE
MARÉ” (tidal fences) e as “TURBINAS DE MARÉ” (tidal
turbines), que estão sendo desenvolvidas para aproveitar a
energia destas correntes.

Essas correntes são mais fortes próximo à costa e um


levantamento dos prováveis locais, estimou este recurso
de energia acima de 330.000 MW.

O sudeste asiático é uma área onde tais correntes


poderiam ser exploradas para geração de energia.
A “CERCA DE MARÉ” (TIDAL FENCE)

Os dispositivos denominados “TIDAL FENCES“ (CERCAS DE


MARÉ), são barragens que obstruem completamente um
canal.
Como discutido anteriormente, se instalado na saída de um
estuário podem ser muito prejudiciais ao meio ambiente.
Entretanto, nos anos 90, sua instalação em canais localizados
entre pequenas ilhas ou em estreitos entre o continente e
uma ilha, foi cada vez mais considerado uma opção viável de
geração de energia em grandes quantidades.
A “CERCA DE MARÉ” (TIDAL FENCE)
A vantagem deste dispositivo é que todo o equipamento
elétrico (geradores e transformadores) podem estar em uma
cota elevada, acima do nível d’água.

Também a diminuição da seção de passagem da água pelo


canal, aumenta significativamente a velocidade através das
turbinas.

As primeiras “TIDAL FENCES“ em grande escala e comerciais,


serão construídas provavelmente no sudeste asiático.
A “CERCA DE MARÉ” (TIDAL FENCE)
O projeto mais avançado esta previsto na chamada
passagem de Dalupiri, entre as ilhas de Dalupiri e Samar nas
Filipinas, de acordo com os entendimentos entre o governo
das Filipinas e a Blue Energy Engineering Company.

O local, no lado sul do estreito de San Bernardino, tem


aproximadamente 41 metros de profundidade, um fundo
relativamente plano e têm uma velocidade máxima da água
por conta da maré de aproximadamente 8 nós. Em
conseqüência, espera-se gerar até 2.200 MW de potência
máxima (pico), com uma média diária de 1100 MW.
A “CERCA DE MARÉ” (TIDAL FENCE)
O projeto preve uma estrutura com 4 km de comprimento,
projetada para suportar ventos de tufões com velocidades
de 150 mph e ondas de TSUNAMI de 7 metros.

A usina de Dalupiri utilizará 274 turbinas oceânicas do tipo


DAVIS, cada uma gerando entre 7MW e 14 MW.

Entretanto, este projeto de US$2.800.000.000 (dois bilhões


e oitocentos milhões de dólares) é apenas a primeira fase
de uma configuração proposta muito maior.
A “CERCA DE MARÉ” (TIDAL FENCE)
Gerando energia renovável em larga escala, a passagem
de San Bernardino poderia ajudar às Filipinas a
transformar-se em um exportador de energia elétrica.

A natureza modular deste sistema (Blue Energy Power


System), permite que se gere energia a partir do quarto
ano do inicio do projeto, e que a capacidade instalada
aumente gradualmente até atingir a plena capacidade no
sexto ano.

Este será um dos maiores projetos de geração de energia


renovável no mundo.
CERCA DE MARÉ COM TURBINA DAVIS
DETALHAMENTO
DE UMA TURBINA DAVIS
FUNCIONAMENTO
DE UMA TURBINA DAVIS
MÓDULO CONTENDO DUAS TURBINAS DAVIS
CERCA DE MARÉ
TURBINAS DE MARÉ ou CORRENTEZAS DE MARÉ

As “TURBINAS DE MARÉ” (“TIDAL TURBINES”) ou


“TURBINAS DE CORRENTEZAS DE MARÉ” (TIDAL
STREAM) são a principal concorrente das chamadas
“CERCAS DE MARÉS” (TIDAL FENCES).

Semelhantes a uma turbina de vento, oferecem inúmeras


vantagens sobre as “CERCAS”.

São menos prejudiciais à fauna e permitem que barcos


pequenos continuem a usar a área, além disso têm menos
exigências materiais que as “CERCAS”.
TURBINAS DE MARÉS
Estas turbinas funcionam bem em um litoral com velocidade
de correntes em torno de 2 a 2,5 m/s (correntes lentas
tendem a ser antieconômicas enquanto que correntes
maiores podem desgastar os equipamentos).

Tais correntes fornecem uma densidade da energia quatro


vezes maior que o ar (vento), significando que uma turbina
do diâmetro de 15m gerará tanta energia quanto um
moinho de vento com diâmetro de 60m.

Além disso as correntes originadas das marés são


previsíveis e confiáveis.
TURBINAS DE MARÉS
Outra vantagem comparativa deses sistemas são certos
impactos ambientais, pois a maioria do conjunto fica abaixo
da linha d’água, e os cabos são instalados no leito do
oceano.

Existem inúmeros locais no mundo onde as “TURBINAS DE


MARÉS” poderiam ser instaladas. O local ideal deve estar
próximo da costa (dentro de 1 quilômetro), com
profundidades de aproximadamente de 20-30m.
TURBINAS DE MARÉS
A empresa MARINE CURRENT TURBINES (UK), acredita
que os melhores locais poderiam gerar mais de 10
megawatts de energia por quilômetro quadrado.

A União Européia já identificou 106 locais que seriam


apropriados para as turbinas, 42 destes no Reino Unido,
acredita-se que países com Filipinas, Indonésia, China e
Japão poderiam desenvolver campos subaquáticos com
estas “turbinas”.
TURBINAS DE MARÉS
A MARINE CURRENT TURBINES pretendia enviar uma
turbina protótipo, com escala comercial, para a costa
sudoeste da Inglaterra no verão de 2001. Gerará 300 KW
(suficiente para suprir uma pequena vila).

Embora o custo da energia desta turbina-protótipo seja de


0,10 US$/kwh (dez centavos de dólar por kilowatt-hora),
os custos devem cair como o aprimoramento da
tecnologia.
TURBINAS DE MARÉS
TURBINAS DE MARÉ ou CORRENTEZAS DE MARÉ

Em 2007 em Strangford Lough no Reino Unido instalou-


se a primeira central comercial de energia de fluxo ou
correnteza de marés do mundo.

O gerador submerso de 1,2 MW aproveita a rápida


correnteza das marés no Lough, que pode atingir até 4 m/s.
Embora o gerador possa suprir energia para até mil casas, a
turbina tem um impacto ambiental mínimo, uma vez que é
quase totalmente submersa, e os rotores giram lentamente
o suficiente para não representar perigo a vida selvagem.
TURBINAS DE MARÉS - Strangford Lough - UK
TURBINAS DE MARÉ ou CORRENTEZAS DE MARÉ

Desde Junho de 2008 um dispositivo de energia das marés chamado


Evopod foi testado em Strangford Lough. O dispositivo é um protótipo de
escala 1/10, semi flutuante com turbina de marés submersa ancorado ao
fundo do mar por uma bóia giratória que mantém sempre uma ótima
posição no sentido do fluxo de corrente.
TURBINAS DE MARÉS – MeyGen - UK
ENERGIA DAS MARÉS

FIM

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